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Práticas Corporais de Aventura

Colégio da Polícia Militar


João Victor Lacerda Melo
Professor: Nilton Santos
Série/Turma: 2ºD
Parkour
P

arkour é um tipo de atividade física inspirada no “método natural de


educação física”, idealizado por Georges Hébert. Ele idealizou um percurso
para treinamento militar, chamado de parcours militaire, muito utilizado
pelo exército francês. Daí surge o nome, Parkour tem origem em parcour,
percurso em francês.
Baseado nesse estilo de treinamento, David Belle estruturou uma
série de movimentos físicos com a proposta de utilizar os elementos dos
meios rurais e urbanos, como obstáculos a serem ultrapassados. O modo de
lidar com esses obstáculos, passando de um ponto a outro, deve sempre ser
o mais eficiente possível.
O praticante do Parkour é chamado de traceur (algo como traçador –
de rota – em português), e as praticantes, de traceuses (feminino de
traceur). Seu objetivo é tentar encontrar um meio de fazer os caminhos que
as pessoas normalmente fariam andando, de maneiras diferentes. Para isso
ele observa o caminho a ser percorrido e traça uma trajetória que seja
simples, rápida e eficaz. A simplicidade não ocorre quando há a pretensão
de incluir movimentos acrobáticos, mas a sua prática utilizando o meio
como obstáculo resulta muitas vezes em uma estética particular associada a
um prazer pessoal.
Existem técnicas específicas que marcam o Parkour como esporte:
saltos, rolamentos, aterrissagens e equilíbrio. Segue uma lista com os
principais movimentos:
1) Saltos: 4) Equilíbrios:
- Salto do gato: Quando o objetivo é - Simples: Manter o corpo sobre
pendurar e se fixar em algum lugar; locais de pequeno apoio;
- Salto de precisão: Salto que requer - Equilíbrio do Gato: Manter o corpo
muito equilíbrio, pois ocorre quando sobre local de pequeno apoio em
o praticante passa de um local em quatro apoios, ou seja, imitando um
que está imóvel a outro, para gato;
também permanecer estático.
Geralmente são feitos de locais 5) Passagem por baixo da
pequenos para locais pequenos, por
isso o nome “precisão”;
barra: Quando o praticante faz a
passagem por baixo de locais baixos;
- Passagem de obstáculo reversa:
Salto em que as duas mãos são 6) Passagem de Muros:
utilizadas como apoio no solo, Impulsão com os pés na parede, para
enquanto o corpo faz uma volta de se agarrar no topo e, depois, fazer o
360 graus. movimento de subida;
2) Desmonte: Quando o 7) Subida: subir em algum local,
praticante se solta do seu local para sem o auxílio das pernas, apenas a
outro; partir das forças dos braços.
3) Aterrissagem: Queda branda
com o intuito de minimizar lesões;
Surgimento do parkour
Inspirado no educador físico francês Georges Hebert (1875-1957) e no seu
Método Natural de Educação Física, o também francês David Belle, nascido em 1973
no Sena Marítimo, na Normandia, desenvolveu a prática que hoje conhecemos
como Parkour.
Tudo começou quando David Belle e
os irmãos Yahn, Frederic Hnautra e David
Malgogne e um grupo de amigos resolveram
adaptar para a cidade e o Urbanismo a
disciplina militar conhecida como:
”parcours du combattent”(o percurso do
combatente), disciplina militar derivada do
método natural, a qual Reymond Belle (pai
de David Belle) praticou e repassou os
conceitos para o filho, O nome Le Parkour
surgiu desta expressão “parcous du
combattent”.
Após anos de treinamento estes jovens em questão cresceram e dois deles se
tornaram ícones da atividade por desenvolverem a arte de forma profissional. Dois deles
são os conhecidos David Belle e Sebastien Foucan. Devido a sua família e
principalmente ao seu pai, David tinha forte ligação com o militarismo, e inspirado em
técnicas de salvamento e fuga e com o apoio de amigos nos treinamentos, ele planejou e
estruturou a prática hoje conhecida no mundo todo. O Reino Unido foi o primeiro país
do mundo a reconhecer o parkour como um esporte, e esse reconhecimento pode ser
acompanhado por outros países em breve. Conhecido na Inglaterra como freerunning,
por lá o Parkour tem muitos praticantes, e o intuito é desenvolver a modalidade cada vez
mais, inclusive nas escolas.

O Inicio do Parkour no Brasil


O Parkour no Brasil começou em 2004 com vários praticantes começando a
atividade no mesmo tempo. Os nomes que mais se destacaram nessa época são o do
Tracer Leonard Ribeiro Jacinto (conhecido como Leonard Akira ou somente “Akira”)
criador do Grupo Parkour Brazil e
Eduardo Bittencourt criador do
grupo Le Parkour Brasil. Na mesma
época outros jovens de São Paulo,
Rio de Janeiro e Brasília também
começaram a se aventurar na prática
de origem francesa, e estudar sua
filosofia.
O Parkour recebe muitas críticas por ser tido como um esporte de alto
risco, mas é preciso grifar que os praticantes experientes nunca se machucam,
pois calculam todos os riscos antes de realizarem suas manobras. Mas alguns
riscos sempre existem e são minimizados quando o praticante tem consciência de
sua limitação física. Um traceur que tem ótima condição física, musculatura bem
definida e um grau de flexibilidade bom, resiste melhor aos impactos com o solo,
o que reduz os riscos de lesões. Além disso, a boa condição física também facilita
o processo de aquisição de movimentos específicos, o que aumenta a
autoconfiança nos iniciantes da prática.

Parkour para Crianças


Em Brasília, a modalidade ganha ainda mais força, agora também entre os
pequenos. Aliada a uma boa orientação, a prática pode ser benéfica ao desenvolvimento
de crianças e adolescentes. A atividade não é considerada esporte, pois não dispõe de
regras específicas nem de competições. Quem começa, depara-se com exercícios de
força, coordenação, mobilidade e equilíbrio. “O foco não é o alto rendimento e sim o
aperfeiçoamento do indivíduo. É algo mais filosófico. Tentamos trabalhar os valores
com as técnicas da atividade”, explica Felipe Ramos,
instrutor de parkour em Brasília.
No caso das crianças uma das questões
trabalhadas é a autonomia: “Não é apenas saltar algum
obstáculo. O parkour ensina a superar os medos, a
pensar os trajetos antes de executá-los. Isso é
extremamente positivo para o futuro de todos”,
destaca Felipe. Valores morais também são
constantemente trabalhados com a atividade. “O
altruísmo e a autonomia são ensinamentos constantes.
A atividade não se resume a pulos. O aluno tem de conseguir desenvolver algo sozinho
para saber lidar com obstáculos fora do ambiente de treino, sejam físicos ou aqueles que
a vida proporciona”, exemplifica Felipe.
No caso das crianças uma das questões trabalhadas é a autonomia: “Não é
apenas saltar algum obstáculo. O parkour ensina a superar os medos, a pensar os trajetos
antes de executá-los. Isso é extremamente positivo para o futuro de todos”, destaca
Felipe. Valores morais também são constantemente trabalhados com a atividade. “O
altruísmo e a autonomia são ensinamentos constantes. A atividade não se resume a
pulos. O aluno tem de conseguir desenvolver algo sozinho para saber lidar com
obstáculos fora do ambiente de treino, sejam físicos ou aqueles que a vida proporciona”,
exemplifica Felipe.
Prática feminina de parkour
Infelizmente no Brasil, apesar de estar cada vez maior e com ótimos exemplos
de praticantes mulheres, a maioria ainda é masculina. Isso é uma pena, pois acreditamos
que o movimento feminino tem muito a contribuir com o desenvolvimento do Parkour.
Talvez pela nossa cultura latina (meninos jogam futebol, meninas brincam de bonecas)
existam algumas barreiras para as mulheres se jogarem nesse universo de saltos,
corridas e rolamentos.
Além de ser uma modalidade esportiva praticada nas ruas, o parkour também é
uma filosofia de vida, como comenta a bailarina e praticante do esporte Vanessa
Santiago. “No parkour a gente ultrapassa os obstáculos, e da mesma forma a gente
ultrapassa os obstáculos na vida”
Mesmo exigindo muito preparo físico, as mulheres estão quebrando estereótipos
e dificuldades. A instrutora de parkour Karolina Oliveira comentou sobre a “hoje como
o parkour feminino está mais ampliado a questão de discriminação está bem menor”.  
As redes sociais são aliadas na busca de informações sobre a práticas, existem
várias páginas no facebook, onde os praticantes do parkour costumam marcar treinos,
estas páginas totalizam mais de 14 mil membros. A página do facebook parkour
feminino Brasil tem mais de 2 mil membros.”
DOCUMENTÁRIO SOLEAR
PARKOUR - Uberlândia - MG
https://www.youtube.com/watch?v=bLvqpd3u7bU

TV Universitária de Uberlândia

Documentário do grupo Solear parkour da cidade de Uberlândia Minas Gerais.


Contando como é um pouco da prática e convivência do parkour e de alguns
preconceitos em relação, a esse esporte radical.
Referências Bibliográficas:

https://www.coladaweb.com/educacao-fisica/parkour
https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/parkour.htm
https://www.uol.com.br/esporte/radicais/ultimas-noticias/2016/09/13/skate-e-parkour-
sao-esportes-de-homem-minas-da-periferia-mostram-que-nao.htm?foto=10
http://www.metodista.br/rronline/noticias/pratica-feminina-de-parkur-esta-mais-ampla-
e-menos-preconceituosa
http://sites.correioweb.com.br/app/noticia/encontro/revista/2017/07/05/
interna_revista,4147/parkour-para-criancas.shtml
https://pontob.com/mulheres-no-parkour/
http://mg-parkour.blogspot.com/2014/02/blog-post.html
https://www.parkourbrazil.com/2009/03/historia-do-parkour_22.html

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