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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

Método das bielas e


tirantes e
aplicações
Prof. Larissa Araújo

Descrição

A aplicação do método das bielas e tirantes em consolos, dentes Gerber, vigas-parede e sapatas com
apresentação do modelo utilizado em cada caso e o desenvolvimento dos cálculos para dimensionamento.

Propósito

O método das bielas e dos tirantes é uma importante ferramenta para o engenheiro projetista estrutural
realizar um projeto de modo racional e adequado para o dimensionamento e o detalhamento de elementos
especiais de concreto, passando a evitar os acidentes estruturais que eram frequentes em tais elementos.

Objetivos
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Módulo 1

Conceitos básicos para aplicação do método


Reconhecer os conceitos básicos aplicados ao método das bielas e tirantes.

Módulo 2

Consolos curtos e dentes Gerber


Aplicar o modelo de bielas e tirantes para o dimensionamento de consolos curtos e dentes Gerber.

Módulo 3

Sapatas rígidas
Aplicar o modelo de bielas e tirantes para o dimensionamento de sapatas rígidas com carga concentrada.

Módulo 4

Vigas-parede
Aplicar o modelo de bielas e tirantes para o dimensionamento de vigas-parede biapoiadas.

meeting_room
Introdução
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Olá! Antes de começarmos, assista ao vídeo e compreenda os conceitos que serão abordados neste
conteúdo.

1 - Conceitos básicos para aplicação do método


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os conceitos básicos aplicados ao
método das bielas e tirantes.

Vamos começar!

video_library
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Reconhecendo os conceitos básicos aplicados ao


método das bielas e tirantes
Confira os principais conceitos que serão abordados ao longo deste módulo.

Fundamentos e bases teóricas


O Teorema Estático da Teoria da Plasticidade fundamenta os modelos de bielas e tirantes e campos de
tensão. Tais modelos são utilizados para o dimensionamento e o detalhamento de estruturas em concreto
estrutural.

Para a compreensão do método, é importante lembrar que o concreto é


considerado um material rígido-plástico, enquanto o aço é elástico linear e
perfeitamente plástico.

A imagem da esquerda é um caso do concreto, e a imagem da direita é um caso do aço. Veja:

Diagrama tensão-deformação de material idealizado rígido-plástico.

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Diagrama tensão-deformação de material elastoplástico bilinear.

Em que:

E : módulo de elasticidade;

fy : tensão de escoamento;

σ : tensão aplicada;

ε : deformação específica;

εy : deformação específica para o escoamento.

Momento-curvatura de viga de seção retangular em


flexão e viga biengastada
Observe agora uma seção retangular com material elastoplástico perfeito e submetida à flexão em torno do
eixo y.

Tensões e deformações em seções retangulares submetidas a momento fletor.

Em que M refere-se ao momento, M y ao momento de escoamento e M p ao momento de plasticidade.

Considerando que a seção permanecerá plana após a deformação, teremos:

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ε = κZ

Rotacione a tela. screen_rotation


Sendo κ o ângulo, conforme representado na imagem anterior.

E a condição de equilíbrio será:

M = ∫ σzdA

Rotacione a tela. screen_rotation


A fase elástica se caracteriza por:

3
bh
σ = Eε e M = EI κ, com I =
12

Rotacione a tela. screen_rotation


Já o fim da fase elástica é dada por:

2
2f y bh
κy =  e M y = fy = W fy
Eh 6

Rotacione a tela. screen_rotation


Sendo W o módulo elástico da seção.
I
=
h/2

E a fase elastoplástica se caracteriza por:

2 2 2
fy bh bα h 1
κ =  e M = ( − )f y , ≤ α ≤ 0
Eαh 4 3 2

Rotacione a tela. screen_rotation


Sendo a relação entre M e κ dada por:

2
M 3 κ
y
= −
2
My 2 2κ

Rotacione a tela. screen_rotation

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Por fim, quando κ → ∞ , a resistência plástica da seção é atingida, logo:

2
bh
Mp = f y = Zf y = λM y
4

Rotacione a tela. screen_rotation


Em que Z é o módulo plástico e λ = Z/W é o fator de forma da seção transversal. Para seções
retangulares, λ = 1, 5 .

Na próxima imagem, é apresentado o diagrama momento-curvatura bilinear, com fator de forma λ = 1, 0 ,


uma aproximação muito empregada na prática que permite assumir rótulas plásticas ideais que tornam os
cálculos mais simples.

Diagrama momento-curvatura de uma viga com material elastoplástico.

Já para uma viga biengastada com carregamento uniforme (p), assumimos, inicialmente, p = 0, a viga livre
de tensões residuais e o diagrama momento-curvatura bilinear para todas as seções. A carga (p) será
aumentada monotonicamente para que os momentos fletores nas suas extremidades atinjam o limite M p :

2
pL 12M p
−M p = − → p = py =
2
12 L

Rotacione a tela. screen_rotation


A próxima imagem, por meio do diagrama M − κ , mostra que as extremidades não permitem incremento
de momentos, mas permitem acréscimos na curvatura. Assim, são criadas rótulas plásticas nas
extremidades, e a viga reage como uma viga biapoiada com momento máximo no meio do vão:

2
ΔpL
M =
8

Rotacione a tela. screen_rotation


Em que Δ representa um incremento.
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O estado limite (fim da fase elastoplástica, p = pr ) ocorre quando o momento no meio do vão atinge o
limite plástico e a viga se torna um mecanismo. A carga última será dada por:

12M p 4M p 16M p
p r = p y + Δp = + =
2 2 2
L L L

Rotacione a tela. screen_rotation


A próxima imagem apresenta, esquematicamente, a situação da viga biengastada.

Análise elastoplástica de uma viga biengastada com carga uniformemente distribuída.

A partir dos exemplos vistos, podemos concluir que, para determinar a carga última de um material com
comportamento elastoplástico, não precisamos calcular todo o histórico de carregamento.

Análises-limite
As análises-limite são realizadas com a finalidade de determinar os carregamentos-limite de sistemas
rígido-plásticos perfeitos. Sendo assim, permitem o dimensionamento e a verificação de segurança
estrutural de sistemas com materiais ou elementos de comportamento plástico. As hipóteses utilizadas
são:

1ª hipótese
Linearidade geométrica, ou seja, as deformações, rotações e deslocamentos são pequenos

2ª hipótese
Ductilidade infinita, ou seja, sem limite para as deformações plásticas.

Veja a seguir os teoremas cinemático e estático da teoria da plasticidades!

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Teorema cinemático

"Um carregamento Q s que está em equilíbrio com um campo de deslocamentos cinematicamente


admissível, formando um mecanismo, possui um valor igual ou superior ao carregamento Q R que leva a
estrutura ao colapso".

Por suposição, o carregamento externo não está em equilíbrio com os campos de


tensão, logo, os critérios de resistência dos materiais não são respeitados em toda
a estrutura.

O carregamento Q s determinado é maior ou igual ao carregamento-limite Q R , portanto, a estrutura entrará


em colapso. Por isso, esse teorema também é conhecido como teorema do limite superior.

Teorema estático
“Um carregamento Q s atuando sobre uma estrutura, gerando um campo de tensões estáticas e
plasticamente admissível, é um limite inferior do carregamento Q R que leva a estrutura ao colapso”.

Os campos de tensões considerados serão:

Campo de tensões estaticamente admissível


As condições de equilíbrio são satisfeitas.

Campo de tensões plasticamente admissível


Os critérios de resistência dos materiais são respeitados.

É conhecido como o teorema do limite inferior e permite dimensionar a estrutura a favor da segurança.

Os modelos de bielas e tirantes, também chamados de campos de tensões, são baseados


nesse teorema!

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Aplicação da teoria da plasticidade em estruturas de


concreto
Utilizando o teorema estático, podemos determinar o carregamento-limite de um elemento por analogia de
treliça. Nos modelos de bielas e tirantes, é preciso que ocorra o equilíbrio entre o carregamento externo e as
solicitações internas e que as bielas, os tirantes e os nós da treliça não tenham seus critérios de resistência
violados.

Ao aplicar o teorema do limite inferior, atribuímos ao aço e ao concreto um comportamento de material


rígido plástico com deformações plásticas infinitas, o que difere bastante do comportamento do concreto.

Logo, em estruturas de concreto simples, esse teorema não deve ser aplicado; e, em estruturas de concreto
armado, pode ser necessária a comprovação da deformação plástica para não ocorrer ruptura prematura da
estrutura.

Modelo de bielas e tirantes e campos de tensões

Como desenvolver o modelo


No modelo de bielas e tirantes, as bielas representam os campos de tensões de compressão, enquanto os
tirantes representam os campos de tensões de tração. Já os nós são os volumes de concreto onde as
forças que agem nas bielas e nos tirantes se encontram e se equilibram. Na maioria das vezes, os esforços
e tensões nas bielas representam estes no concreto, enquanto os esforços e tensões no tirante
representam estes na armadura de aço.

Observe abaixo variados elementos e pontos de elementos estruturais com suas duas regiões:

Região B
Onde os esforços internos podem ser obtidos pelo equilíbrio da seção transversal (Vale a hipótese de
Bernoulli-Euler).

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Região D
Onde as deformações específicas na seção transversal são não lineares e os métodos das seções não são
aplicáveis.

Agora analise a seguinte representação gráfica:

Regiões D (área laranja) com distribuição de deformações não linear devido a: a) descontinuidade geométrica; b) descontinuidade estática; c)
descontinuidade geométrica e estática.

Embora a análise das regiões B possa ser feita pelo método das seções, os modelos de bielas e tirantes
também são aplicáveis e podem ser a base das formulações para o método das seções.

Campo de tensões e modelo de bielas e tirantes


aplicados a vigas altas
Vamos considerar a viga da próxima imagem:

Viga-parede biapoiada submetida a duas forças concentradas e simétricas.

Para resolver a viga, podemos adotar a solução de uma treliça isostática através do teorema do limite
inferior, conforme imagem abaixo. As larguras das bielas dependem da resistência do concreto.

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Idealização do equilíbrio interno de uma viga biapoiada com duas forças iguais e simétricas e próximas aos apoios.

Vamos utilizar os dados a seguir para determinar a largura da biela.

Resistência efetiva do concreto: f cp = 15M P a .

Resistência plástica do tirante de aço: f yd = 435M P a .

Estima-se a largura y, por exemplo, y = 0, 2h = 21cm .

Determina-se o braço de alavanca e, por consequência, o ângulo de inclinação da biela:

z = h − y = 105 − 21 = 84cm

Rotacione a tela. screen_rotation


e

z 84

tan θ = = = 1, 05 → θ ≅ 46, 4
a 80

Rotacione a tela. screen_rotation


Determina-se o binário de forças (banzo comprimido e tirante) e a espessura do banzo:

600
F cd = F td = F d cot θ = = 571, 4kN
1, 05

F cd 571, 4
y = = = 19, 0cm
(b w f cp ) 20 × 1, 5

Rotacione a tela. screen_rotation


A largura estimada é aproximadamente igual à calculada (y est ?
≅ y calc  )

Resposta

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Não. Então, deve-se atualizar o valor de y e recomeçar o procedimento até que elas sejam aproximadamente
iguais.

Observação: o exemplo em questão tem solução direta, veja:

2 2
h − √ h − 4a p a 105 − √ 105 − 4 × 20 × 80
y = = ≅ 18, 5cm
2 2

Rotacione a tela. screen_rotation


Assim, o equilíbrio interno da viga é dado por:

Solução baseada na teoria da plasticidade do problema proposto.

O equilíbrio mostra que não é necessária a colocação de estribos, porém, armaduras verticais (estribos) ou
horizontais (pele) são indispensáveis e deve ser considerado o mínimo exigido pela norma.

Considerando um carregamento distribuído que produz as mesmas resultantes, observamos na imagem a


seguir, que para situações de carregamento distribuído, a geometria das curvas AB e CD da zona nodal
segue uma função hiperbólica, porém não importa, pois a geometria no nó é triangular.

Viga biapoiada submetida a carregamento distribuído.

Para o caso de carregamento distribuído, o campo de tensões de compressão possui o formato de um


leque, as tensões ao longo das bielas são variáveis e possuem maior valor na seção mais estreita.

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Logo, a resistência do nó tracionado é considerada menor do que a do nó comprimido, e, assim, os campos


de tensões com as bielas prismáticas são substituídos por diagonais em formato de leque. Analise a
próxima imagem:

Solução usual para concreto estrutural.

Campo de tensões e modelo de bielas e tirantes


aplicados a vigas medianamente esbeltas
Considere a seguinte viga:

Viga medianamente esbelta biapoiada submetida a suas forças concentradas e simétricas.

A solução de biela direta mostra que a espessura do montante comprimido será de:

2 √ 2
y = d − √ d − 2a p a = 80 − 80 − 2 × 20 × 120 = 40cm

Rotacione a tela. screen_rotation


E resulta em uma inclinação de biela igual a θ ∘
= 26, 6 (tan θ = 0, 5) . Porém, essa inclinação só é
possível em certas condições, sendo assim, um modelo alternativo é adotado para evitar o problema que
surge na transmissão de forças pelo concreto quando uma biela sem armadura de cisalhamento fica muito
próxima da armadura de flexão – surgimento de grandes fissuras que atravessam a biela. Veja:

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Idealização do equilíbrio interno de uma viga biapoiada com duas forças iguais e simétricas e próximas aos apoios.

Neste modelo, a força aplicada não é transmitida diretamente ao apoio, mas através de uma suspensão de
carga intermediária. Assim, o equilíbrio é obtido por dois sistemas de transporte de cargas. A biela é
equilibrada no nó inferior por dois tirantes: um horizontal (armadura de flexão) e um vertical (estribos). O
estribo transfere a força do nó inferior para o superior, por isso é muito importante que os estribos estejam
bem ancorados na parte inferior e superior da viga. Veja a representação:

Combinação de dois sistemas de transporte da força com suspensão.

Assim, o equilíbrio do problema será dado por este modelo:

Campo de tensões e modelo de bielas e tirantes com suspensão entre a força aplicada e a reação.

Esse modelo permite que a armadura seja reduzida no apoio, já que a tração no apoio é de 502,6kN e a
tração máxima do vão é de 1200kN. Logo, algumas armaduras podem ser cortadas antes de entrarem na
zona nodal.

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Na imagem anterior, observamos que as bielas em leque se sobrepõem no triângulo ABC e ainda pode ser
mais rigoroso: distribuindo os estribos em uma faixa menor – evitando a sobreposição, ou aumentando a
largura do nó do apoio e garantindo o equilíbrio apenas por aderência.

É importante ressaltar que, segundo a ABNT NBR 6118, os ângulos de inclinação permitidos entre bielas e
tirantes são:

∘ ∘
30 ≤ θ ≤ 63, 4

Rotacione a tela. screen_rotation


Ou seja:

0, 577 ≤ tan θ ≤ 2

Rotacione a tela. screen_rotation


No entanto, em vigas usuais, o ângulo θ não pode ser maior do que 45 ∘ , porém, em regiões de
descontinuidade, como vigas-parede, é desejável θ > 45

.

Carga próxima ao apoio


Quando há carga aplicada próxima ao apoio, a força é transferida diretamente ao apoio via uma biela direta,
ou seja, sem a contribuição de estribo e com o auxílio de armaduras secundárias.

Aqui, apresentaremos dois modelos para este carregamento.

Descontinuidade total

Em cargas muito próximas ao apoio, a tendência é que a transmissão seja direta e que o campo de
compressões tenha o formato de garrafa. A tração transversal F td para zona de descontinuidade total pode
ser dada por:

0, 7a
F td = 0, 25F d (1 − )
h

Rotacione a tela. screen_rotation

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Descontinuidade parcial
E no caso de descontinuidade parcial, temos:

a
F td = 0, 25F d (1 − )
b

Rotacione a tela. screen_rotation


Os dois casos são apresentados nos seguintes modelos:

Parâmetros para a determinação das forças de tração transversais num campo de tensões em formato de garrafa: a) descontinuidade parcial e
b) descontinuidade total.

Para o caso de descontinuidade parcial, b ef = b

E para o caso de descontinuidade total, b ef = 0, 5H + 0, 65a; a ≤ h

Na maioria dos casos, não é comum a utilização de armadura incinada e, por isso, é realizada a
decomposição da força em vertical (F wvd ) e horizontal (F whd ):

F wvd = 2F td cos θ

F whd = 2F td sin θ

Rotacione a tela. screen_rotation


Com o aumento da distância entre a carga e a reação, o modelo deixa de ser o de garrafa (como mostrado
na imagem anterior), e passa a ser o modelo de biela direta com o modelo de suspensão total, como vemos
a seguir:

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Modelos de bielas e tirantes para cargas próximas ao apoio: a) modelo de biela direta.

Modelos de bielas e tirantes para cargas próximas ao apoio: b) modelo de suspensão total da força.

Modelos de bielas e tirantes para cargas próximas ao apoio: c) modelo hiperestático que combina as duas soluções.

Sendo:

2(a/z) − 1
β = ; 0, 5 ≤ a/z ≤ 2
3

Rotacione a tela. screen_rotation


Lembrando que a carga é transmitida integralmente ao apoio quando a/z = 0, 5 e que a suspensão é total
quando a/z = 2 . A NBR 6118, para o cálculo da armadura transversal para apoio direto, faz as seguintes
recomendações:

A força cortante oriunda de carga distribuída pode ser considerada, no trecho entre o apoio e a seção
situada a distância d/2 da face do apoio, constante e igual à desta seção.

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A força cortante devida a uma carga concentrada aplicada a uma distância a ≤ 2d do eixo teórico do
apoio pode, nesse trecho de comprimento a, ser reduzida, multiplicando-a por a/2d. Porém, essa redução
não se aplica às forças cortantes provenientes de cabos inclinados de protensão.

Para a força de tração horizontal, nos casos em que a armadura secundária horizontal é mais importante do
que a vertical (especialmente em consolos altos), deve-se usar a equação:

F whd = (0, 4 − 0, 2a/z)F d

0, 4 ≤ a/z ≤ 2

Rotacione a tela. screen_rotation

Resistência em tirantes, bielas e nós

Resistência nos tirantes


Para a NBR 6118, o diagrama tensão-deformação de materiais elastoplásticos perfeitos como os aços
ativos e passivos deve ser como o esquematizado nas próximas imagens.

Diagrama tensão-deformação para aços: a) passivos b) ativos.

Logo, o critério de resistência de um tirante, devidamente ancorado, será dado por:

F td ≤ A s f yd + A p f pyd

Rotacione a tela. screen_rotation


Sendo a primeira parcela referente à força suportada pela armadura passiva e a segunda parcela referente à
força suportada pela armadura ativa.
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Resistência nas bielas


Segundo a NBR 6118, a resistência das bielas, prismáticas, em leque e em formato de garrafa segue o
padrão abaixo:

Biela confinada ativa ou passivamente expand_more

Notação: Não existe.

Resistência:

(f ck +4σ 1 )
0, 85α v2 ≤ 3, 3f cd1
Vc

Aplicação:

- Compressão axial.

- Confinamento lateral (introdução de forças concentradas, pilares com confinamento dado por
estribos).

Biela sem fissuras em compressão uniaxial expand_more

Notação: f cd1

Resistência:

0, 85α v2 f cd

Aplicação:

- Compressão pura.

- Banzo de compressão comprimido por flexão de vigas, lajes e paredes.

Biela fissurada com tração ortogonal expand_more

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Notação: f cd2

Resistência:

0, 6α v2 f cd

Aplicação:

- Bielas em formato de garrafa.

- Elementos com deformação lateral imposta.

Biela fissurada com tração diagonal expand_more

Notação: f cd2

Resistência:

0, 6α v2 f cd

Aplicação:

- Almas de vigas sujeitas a cortante e à torção.

- Almas de vigas-parede.

Concreto sem controle de fissuras expand_more

Notação: Não existe.

Resistência: Não aplicável

Aplicação:

Lajes sem armadura de cisalhamento submetidas a esforços elevados (por exemplo, punção).

Em que:

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f ck
α v2 = (1 − ), 20 ≤ f ck ≤ 90M P a
250

f ck
f cd =
γc

Rotacione a tela. screen_rotation


σ1 é a tensão principal mínima de compressão (em módulo).

Resistência nos nós


Os nós possuem estados de tensões diferentes e precisam ser verificados separadamente, pois, nos
modelos de bielas e tirantes, normalmente os nós governam o dimensionamento dos elementos estruturais.

Os nós, no plano, são:

CCC expand_more

Quando apenas forças de compressão são equilibradas, por exemplo: apoio interno de uma viga
contínua e quinas de consolos. De acordo com a NBR 6118, nestes nós, é necessário apenas
verificar se as tensões são menores que a resistência do nó pela inequação:

σ cd ≤ f cd1 = 0, 85α v2 f cd

CCT expand_more

Quando as barras tracionadas são ancoradas em apenas uma direção, por exemplo: apoio extremo
de vigas e região de aplicação da carga direta em cosolos. De acordo com a NBR 6118, a resistência
deste nó é dada por:

f cd3 = 0, 72α v2 f cd

CTT expand_more

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Quando as barras tracionadas são ancoradas em duas direções, por exemplo, em nós de pórticos e
consolos submetidos à carga indireta. De acordo com a NBR 6118, a resistência deste nó é dada por:

f cd2 = 0, 6α v2 f cd

TTT expand_more

Quando apenas tirantes confluem para o nó. É recomendado evitar a utilização desse tipo de nó.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

O teorema _____________, conhecido como o teorema do limite _______________, dimensiona as


estruturas a favor da segurança e é utilizado nos modelos de bielas e tirantes.

Marque a opção que preencha a frase corretamente.

A estático; inferior.

B estático; superior.

C cinemático; inferior.

D cinemático; superior.

E plástico; superior.

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Parabéns! A alternativa A está correta.

O teorema cinemático é conhecido como o teorema do limite superior, enquanto o teorema estático é
conhecido como teorema do limite inferior. O método das bielas e tirantes seguem o limite inferior.

Questão 2

Dada a viga mediante esbelta a seguir e suas dimensões, marque a opção que apresenta a espessura
do montante comprimido, sabendo que:

2
y = d − √ d − 2a p a

A 32cm

B 34cm

C 36cm

D 38cm

E 40cm

Parabéns! A alternativa D está correta.

Analise a solução da equação:

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2
y = d − √ d − 2a p a

2
y = 90 − √ 90 − 2 × 20 × 135 = 38cm

2 - Consolos curtos e dentes Gerber


Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar o modelo de bielas e tirantes para o
dimensionamento de consolos curtos e dentes Gerber.

Vamos começar!

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Você sabe aplicar o modelo de bielas e tirantes para
dimensionar consolos curtos e dentes Gerber?

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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

Confira os principais conceitos que serão abordados ao longo deste módulo.

Aplicação do modelo

Para dimensionamento de consolos


Em consolos, a força vertical é transmitida diretamente a um nó comprimido (nó A) no topo do pilar inferior
e é resistida por um banzo comprimido no pilar inferior e por um tirante proveniente do pilar superior.
Admitimos que o apoio dado à biela diagonal é fornecido apenas pelo banzo comprimido do pilar inferior.
Como o nó é CCC, a largura do apoio será:

Vd
a1 =
bf cd1

Rotacione a tela. screen_rotation


E o modelo é dado por:

Modelo principal para a determinação da armadura do tirante.

O binário de forças atuantes deve ser resistido por um binário interno dado pela tração (F td1 ) do tirante
principal e pela compressão horizontal (F cd ), conforme ilustra o modelo anterior. Logo, essas forças são
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dadas por:

F cd = F td1 − H d

F td1 = V d cot θ + H d

a
cot θ =
d − y/2

y = d − √ d − 2a 1 a
2

a = a 1 /2 + a c + e

Hd

e = d
Vd

Rotacione a tela. screen_rotation


É importante ressaltar que o consolo é um elemento isostático sem capacidade de redistribuição de
esforços e, portanto, a ductilidade é muito importante. Para verificar a capacidade de rotação plástica,
vamos considerar o consolo como uma viga, e sua profundidade da linha neutra (x) será dada por (NBR
6118):

x/d ≤ 0, 4

Rotacione a tela. screen_rotation


A armadura secundária será determinada utilizando o modelo de biela em garrafa:

a bie
F twd = 0, 25F cwd (1 − 1, 4 sin θ)
z

Rotacione a tela. screen_rotation


Se a largura da biela no nó A for diferente da largura do nó B (ver modelo), pode-se usar a largura média
dada por:

A B
a + a
bie bie
a bie =
2

Rotacione a tela. screen_rotation


As forças pra o detalhamento das armaduras são dadas por:

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F wvd = 2F twd cos θ

F whd = 2F twd sin θ

Rotacione a tela. screen_rotation


Observe as armaduras secundárias em consolos curtos:

Armadura secundária em consolos curtos.

Agora, veja uma estrutura com diversos consolos curtos:

Consolos curtos de pilares.

Para dimensionamento de dentes Gerber


São dois os modelos principais aplicados a dentes Gerber, o de suspensão vertical e o com tirante diagonal.
Porém, a NBR 6118 indica apenas o modelo de suspensão vertical (conforme a próxima imagem). A norma
estabelece que “a armadura de suspensão deve ser calculada para uma força no mínimo igual a F d , de
acordo com o modelo biela-tirante adotado”.

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Modelo de bielas e tirantes segundo a Norma NBR 6118.

O modelo de bielas e tirantes do dente Gerber é semelhante ao utilizado para consolos, a diferença é que a
biela inclinada não se equilibra mais no canto do pilar, mas na armadura de suspensão. E a força no tirante é
dada por:

F td1 = V d cotg θ 1

Rotacione a tela. screen_rotation


De acordo com a NBR 9062, deve existir uma armadura de suspensão para resistir à totalidade das cargas
verticais aplicadas no dente (F d ) com tensão f yd , e esta tensão não pode superar 435M P a. A armadura
de suspensão deve ser disposta concentrada na extremidade da viga adjacente ao dente de apoio, na forma
de estribos fechados que envolvam a armadura longitudinal da viga, veja:

Detalhe das armaduras de dente Gerber segundo a norma de pré-moldados.

Observe agora o modelo de suspensão vertical para o modelo de bielas e tirantes e a armadura necessária.
A armadura horizontal é ancorada pela biela entre os nós C e D. A inclinação da biela, no modelo, é θ 1 , de
modo que:

F td2 = F td4 = V d

Rotacione a tela. screen_rotation

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Modelo de suspensão vertical: a) modelo de bielas e tirantes e b) armaduras necessárias.

Em que:

a = a 1 /2 + a c + c

a 1 = (n − 1)s + ∅

Rotacione a tela. screen_rotation


A tensão na biela horizontal do nó B pode ser considerada igual à resistência f cd3 (nó CCT), e assim:

2V d a
2
y = d 1 − √d −
1
bf cd3

Rotacione a tela. screen_rotation


E,

z1 d 1 − y/2
tan θ 1 = =
a a

Rotacione a tela. screen_rotation


Sendo assim, o modelo combinado de suspensão vertical com força horizontal pode ser dado pelo seguinte
esquema:

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Modelo combinado de suspensão vertical com força horizontal.

Determinação das armaduras

Armadura principal
De acordo com o que estabelece a NBR 6118, a armadura mínima do tirante deve ser determinada pelo
mesmo critério de vigas. E o momento fletor mínimo, respeitando a taxa mínima absoluta de 0, 15%, é dado
por:

M d,m ín  = 0, 8W 0 f ctk,sup

Rotacione a tela. screen_rotation


Em que, W 0 é o módulo de resistência da seção transversal bruta de concreto, relativo à fibra mais
tracionada e f ctk,sup é a resistência característica superior do concreto à tração. Já a força de cálculo
mínima na armadura principal, respeitando o ângulo máximo entre biela e tirante, é:

F td1,min = 0, 4V d + H d

Rotacione a tela. screen_rotation


Para calcular a área de aço mínima, pode-se utilizar os dados fornecidos pela seguinte tabela:

Valores de ρ min = A s /bh(%)

f ck (M P a) 20 25 30 3

0,15 0,15 0,15 0

Tabela: Taxa mínima de armadura de flexão.


(NBR 6118, 2014 apud SANTOS, 2021, p. 91)

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Armaduras secundárias
De acordo com a NBR 9062, a armadura mínima secundária horizontal, também conhecida como armadura
de costura, é dada por:

Consolos com 0, 5 < a c /d ≤ 1

V d cot θ
A sh,mín = 0, 4
f yd

Consolos com a c /d ≤ 0, 5

V d cot θ
A sh,min = 0, 5
f yd

Nos dois casos, a armadura deve ser distribuída em 2d/3 a partir do tirante, ou seja:

Consolos com 0, 5 < a c /d ≤ 1

A sh,min V d cot θ
= 0, 6
sv df yd

Consolos com a c /d ≤ 0, 5

A sh,min V d cot θ
= 0, 75
sv df yd

E ainda, deve-se respeitar a armadura mínima:

A sh,min
= 0, 15b cm/m
sv

Rotacione a tela. screen_rotation

Dimensionamento e detalhamento

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Exemplo de consolo
Para entender esse exemplo, vamos precisar dos seguintes dados:

Concreto: C35 (f ck = 35M P a), γ c = 1, 4

Aço: CA-50 (f yk = 500M P a), γ s = 1, 15

Cobrimento: 3cm

Aparelho de apoio: 25cm x 10cm

Veja agora a geometria e as forças atuantes:

Geometria e forças do exemplo de cálculo.

Sabendo disso, vamos ao passo a passo para resolver o exemplo:

1º Passo

Para a classificação de consolos, temos:

Consolo curto: 0, 5 ≤ a c /d ≤ 1, 0

Consolo muito curto: a c /d < 0, 5

Como, a c /d = 0, 33 , trata-se de consolo muito curto, vamos calcular a resistência da biela de acordo com
a NBR 6118 considerando a biela sem fissuras em compressão axial:

f ck
f cd1 = 0, 85. α v2 ⋅ f cd ; α v2 = (1 − )
250

Logo,

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35 35
f cd1 = 0, 85 × (1 − ) × = 18, 28M P a
250 1, 4

Rotacione a tela. screen_rotation

2º Passo
Agora prosseguimos para a equação da largura do apoio dado à biela diagonal:

Vd
a1 =
b⋅f cd1

E para o cálculo da distância "a":

a1 H ′
a = + a c + e; e = ⋅ d
2 V

Portanto,

300
a1 = = 5, 47cm
30 × 1, 828

5, 47
a = + 10 + 0, 2 × 5 = 13, 74cm
2

Rotacione a tela. screen_rotation

3º Passo

Agora vamos calcular a espessura da biela:

2
y = d − √ d − 2a 1 a

Logo,

2
y = 30 − √ 30 − 2 × 5, 47 × 13, 74 = 2, 62cm

Rotacione a tela. screen_rotation


Verificação simplificada da capacidade de rotação plástica:

x y
= ≤ 0, 4
d λd

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0, 8 para f ck ≤ 50M P a

λ = { f ck −50
0, 8 − ( ) para f ck > 50M P a
400

y
z = d −
2

Logo,

x 2, 62
= = 0, 11 < 0, 4, 0K!
d 0, 8 × 30

2, 62
z = 30 − = 28, 69cm
2

Rotacione a tela. screen_rotation

4º Passo
Sabendo que:

y
cot θ = e cot θ mín = 0, 4
a1

Temos que,

2, 62
cot θ = = 0, 48 > 0, 4(OK!)
5, 47

Rotacione a tela. screen_rotation


Logo, a equação é satisfeita para consolo muito curto.

A força de cálculo na armadura principal (F td1 ) e a área de aço principal mínima (A s,tir,mín ) são dados
por:

F td1 = V d cot θ + H d

f ck
A s,tir,min = 0, 04 ⋅ b ⋅ d ⋅
f yk

Portanto,

F td1 = 300 × 0, 48 + 60 = 204kN

35
2
A s,tir,mín = 0, 04 × 30 × 30 × = 2, 52cm
500

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E, a área de aço da armadura do tirante (A s,tir ) é dada por:

F td1
A s,tir =
f yd
=
204

43,5
= 4, 69cm
2
.

Será utilizada esta área de aço já que é maior do que a área de aço mínima calculada.

5º Passo

Utilizando 6ϕ10, ou seja, três laços de 10mm:

2
A s,ef = 6 × 0, 8 = 4, 80cm

Rotacione a tela. screen_rotation

6º Passo
Este é o modelo utilizado:

Modelo de cálculo do exemplo.

O tirante está posicionado em uma região de má aderência (zona superior do consolo), com o uso de
ganchos, o comprimento de ancoragem necessário é dado por:

A s,calc
l b,nec = α 1 α 5 l b ≥ l b, mín 
As, ef

Rotacione a tela. screen_rotation


Sabendo que:

α 1 = 0, 7− > barra com gancho

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α 5 = 0, 7− > confinamento por compressão transversal

E,

∅f yd
lb =
4f bd

Rotacione a tela. screen_rotation


A tabela abaixo apresenta os dados para o cálculo do comprimento de ancoragem básico, segundo a NBR
6118.

l b /∅

f ck (M P a) 25 30 35 4

Boa aderência 38 34 30 2

Má aderência 54 48 43 3

Tabela: Razão entre o comprimento de ancoragem básico e o diâmetro da barra com dados da NBR 6118, 2014.
Santos, 2021, p. 57.

Sabendo disso, analise a seguinte equação:

l b,mi ́n = ma ́ x (0, 3l b ; 10∅; 100mm)

Rotacione a tela. screen_rotation


Portanto:

1
l b,nec = 0, 7 × 0, 7 × (43 × 1) = 21cm
1

l b, mín  = ma ́ x(0, 3 × 43; 10 × 1; 100mm) = 12, 9cm

l b, disp  = 10 + 10 − 3 − 0, 2 × 5 = 16cm (varia com a geometria do elemento) 

l b, nec  = 0, 7 × 21 = 14, 7cm OK!, pois l b, necessário  < l b, disponível 

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Barras transversais soldadas, α 5 = 0, 7 .

7º Passo

Como a armadura não se estende até 2d ′ além da face externa do apoio, a largura da biela em B é:

B ∘
a = a p sin θ = 10 × sin 64, 4 = 9, 02cm
bie

Rotacione a tela. screen_rotation


Como o nó é CCT, a resistência é dada por:

f cd3 = 0, 72 ⋅ α v2 ⋅ f cd

35 35
f cd3 = 0, 72 × (1 − ) × = 15, 48M P a
250 1, 4

Rotacione a tela. screen_rotation


E a força na biela é dada por:

Vd 300
F cw = = = 332, 7kN

sin θ sin 64, 4

 Verif ica ção da ancoragem da armadura principal: 

F cw
σ
B
cd
= ≤ f cd3 ,  se carga direta (n  CCT ) ó
B
b. a
bie

 Logo, 

332, 7
B
σ cd = × 10 = 12, 29M P a < 15, 48M P a(OK!)
30 × 9, 02

Rotacione a tela. screen_rotation


Na análise da tensão da biela, foi considerada a largura total do consolo e não do aparelho de apoio. Vale
ressaltar que essa verificação é válida apenas no caso de existir armadura de estribo “costurando” a tração
devido à “abertura” de carga transversalmente, e no caso de a distância da face do consolo até a borda do
2d

. Confira essas informações abaixo:

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Geometria simplificada do nó B.

Assim, a tensão introduzida pelo apoio será:

B Fd
σ = ≤ f cd3
cd,ap A aparelho 

30
B
σ cd,ap = × 100 = 12M P a < 15, 48M P a
25 × 10

Rotacione a tela. screen_rotation

8º Passo
Agora vamos calcular as áreas de aço das armações horizontal e vertical. Antes é importante lembrar que:

a bie
F wd = 0, 25F cwd (1 − 1, 4 ⋅ sin θ)
z

F wvd = 2F wd cos θ

F whd = 2F wd sin θ

F wvd
A sv =
f ywd

F whd
A sh =
f ywd

Portanto, os cálculos são dados por:

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A 2 2 2
= √ 5, 47 + 2, 62 = 6, 07cm
2
σ bie = √ a + y
1

6, 07 + 9, 02
a bie = = 7, 55cm
2

7, 55

F wd = 0, 25 × 332, 7 × (1 − 1, 4 × × sin 64, 4 ) = 55, 5kN
28, 69

F whd = 100, 1kN

F wvd = 100, 1kN = 48, 0kN

100, 1
2
A sh = = 2, 30cm
43, 5

48, 0 2
A sv = = 1, 10cm
43, 5

Rotacione a tela. screen_rotation

9º Passo
Armaduras mínimas:

300 × 0, 48
2
A sh,m in  = 0, 5 × = 1, 66cm
43, 5

A sh,min A sv,min cm 2
= = 0, 15b = 30 × 0, 15 = 4, 5cm /m
sv sh m

Rotacione a tela. screen_rotation

10º Passo
Este é o detalhamento:

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Detalhamento do exemplo de cálculo.

Exemplo de dentes Gerber


Para entender esse exemplo, vamos precisar dos seguintes dados:

Concreto: C35 (f ck = 35M P a), γ c = 1, 4

Aço: CA-50 (f yk = 500M P a), γ s = 1, 15

b w = 35cm

Cobrimento: 3cm

Aparelho de apoio: 25cmx10cm

V d = 200kN

H d = 40kN

Veja a ilustração da geometria do dente Gerber:

Exemplo de dente Gerber.

Dados auxiliares:

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35 35
f cd2 = 0, 6 (1 − ) × = 12, 90M P a
250 1, 4

35 35
f cd3 = 0, 72 (1 − ) × = 15, 48M P a
250 1, 4

Rotacione a tela. screen_rotation


Sabendo disso, vamos ao passo a passo para resolver o exemplo:

1º Passo
Estimativa da armadura de suspensão:

2
F td2 ≈ V d + H d /2 = 200 + 20 = 220kN → A s2 = 220/43, 5 = 5, 06cm

Rotacione a tela. screen_rotation


Sabendo que:

a 1 = (n − 1)s + ∅

Sendo, n o número de barras, s o espaçamento e ∅ o diâmetro das barras.

E,

a1 H ′
a = ac + c + + d
2 V

Assumindo inicialmente 4∅10c/5, temos:

a 1 = 3 × 5 + 1 = 16cm

16 40
a = 15 + 3 + + × 5 = 27cm
2 200

Rotacione a tela. screen_rotation

2º Passo

Vamos ao cálculo de y:

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2V d a 2 × 200 × 27
2 2
y = d 1 − √d − = 25 − √ 25 − = 4, 37cm
1
bf cd3 35 × 1, 548

Rotacione a tela. screen_rotation


Sabendo que:

x y
= ≤ 0, 4
d λd

E,

y
z = d −
2

Fazemos a verificação:

x 4, 37
= = 0, 22 < 0, 4(OK!)
d 0, 8 × 25

4, 37
z 1 = 25 − = 22, 82cm
2
4, 37
z = 55 − = 52, 82cm
2

Rotacione a tela. screen_rotation


Determinação das armaduras principais:

22, 82

tan θ 1 = = 0, 845 → θ 1 ≅ 40, 2
27

F td1 = V d cot θ 1 + H d = 200 × 1, 183 + 40 = 276, 68kN

2
A s,tir = 276, 68/43, 5 ≅ 6, 36cm

Rotacione a tela. screen_rotation


Utilizando três laços ∅12, 5mm:

2
A s,tir,ef = 7, 5cm

Rotacione a tela. screen_rotation

3º Passo

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Determinação da força de tração nos demais tirantes e validação do a 1 :

z1 22, 82
F td3 = V d cot θ 1 + H d = 200 × 1, 183 + 40 × = 253, 96kN
z 52, 82

2
A s,inf = 5, 84cm

Rotacione a tela. screen_rotation


Utilizando três laços ∅12, 5mm:

2
A s, inf ,ef   = 7, 5cm

F td2 = F td3 tan θ 1 = 253, 96 × 0, 845 = 214, 60kN

2
A s, sup  = 4, 93cm

c
2
4∅10 → A s, sup  = 6, 4cm (OK!)
5

Rotacione a tela. screen_rotation


Agora observe o modelo detalhado:

Modelo de bielas e tirantes do exemplo.

4º Passo

Depois de realizar essa parte, agora precisamo fazer a verificação dos nós.

Ancoragem das barras:

l b = 30∅ = 30 × 1, 25 = 37, 5cm

Rotacione a tela screen_rotation


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Rotacione a tela. screen_rotation
Nó A:

l b, disp  = 20 − 3 − 0, 2 × 5 = 16cm (varia com a geometria do elemento) 

Rotacione a tela. screen_rotation


Usando gancho e considerando a pressão transversal:

200
A
σ = × 10 = 8M P a > 7, 5M P a → α 5 = 0, 7
cd,ap
25 × 10
6, 36
l b, nec  = 0, 7 × 0, 7 × (37, 5) = 15, 6cm
7, 5

l b, nec  < l b, disp  , 0K!

Rotacione a tela. screen_rotation


Nó C:

l b, disp  = a 1 = 16cm

Rotacione a tela. screen_rotation


Usando gancho e barra transversal soldada:

5, 84
l b,nec = 0, 7 × 0, 7 × (37, 5) = 14, 3cm
7, 5

l b,nec < l b, disp  , 0K!

Rotacione a tela. screen_rotation


Pronto! Agora precisamos fazer a verificação das tensões nos nós:

Nó A:

A
a2 = a p sin θ 1 + u cos θ 1

u = 0

A ∘
a = 10 × sin 40, 2 = 6, 45cm
2

Rotacione a tela. screen_rotation


Logo:

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Vd 200
F cwd1 = = = 309, 87kN

sin θ 1 sin 40, 2

F cwd1 309, 87 × 10
A
σ = = = 13, 7M P a < f cd3 = 15, 48M P a(OK!)
cd A
bw ⋅ a 35 × 6, 45
2

Rotacione a tela. screen_rotation


Tensão introduzida pelo apoio:

A
200
σ cd,ap = × 10 = 8M P a
25 × 10
A
σ cd,ap < f cd3

Rotacione a tela. screen_rotation


Nó B: Não necessita ser verificado, uma vez que o cálculo de y respeita a tensão f cd3 .

Nó C:

C ∘
a2 = 16 × sin 40, 2 = 10, 32cm

Rotacione a tela. screen_rotation


Logo:

F td2 214, 6
F cwd2 = = = 332, 49kN

sin θ 1 sin 40, 2

332, 49 × 10
C
σ = = 9, 2M P a < f cd2 = 12, 9M P a(OK!)
cd
35 × 10, 32

Rotacione a tela. screen_rotation

5º Passo
ac
Armaduras secundárias ( d
= 0, 7) :

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04370/index.html# 47/74
27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

(2a/z − 1) (2 × 1, 183 − 1)
F wvd = V d = 200 × = 91, 1kN
3 3

91, 0
2
A sv = = 2, 1cm (2∅10)
43, 5

a
F wvd = V d (0, 4 − 0, 2 ) = 200 × (0, 4 − 0, 2 × 1, 183) = 32, 7kN
z

32, 7
2
A sh = = 0, 75cm
43, 5

Rotacione a tela. screen_rotation


Armaduras mínimas pela NBR 9062:

0, 4V d cot θ 0, 4 × 200 × 1, 183


2
A sh = = = 2, 17cm
f yd 43, 5

A sh,mí cm
2
= 0, 15b = 35 × 0, 15 = 5, 25cm /m
sv m

A sh,min
2
A sh,min = d = 5, 25 × 0, 25 = 1, 31cm
sv

Rotacione a tela. screen_rotation

6º Passo

Comprimento e ancoragem do tirante no nó D e distribuição da armadura vertical:

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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

D
a = 2 (d − d 1 ) cot θ 1 − a 1

D ∘
a = 2(55 − 25) cot 40, 2 − 16 = 54, 99cm

D
a = a 1 + 2 (d − d 1 ) (cot θ mi ́n − cot θ 1 )
m x á

D ∘ ∘
a = 16 + 2(55 − 25) (cot 30 − cot 40, 2 ) = 48, 9cm
m x á

D D
a > a
m x á

A sw Vd 200
2
= = ≅ 9, 4cm /m
D
s f yd a 0, 49 × 43, 5
m x á

A sw
2
→ ∅8c/10 (10cm /m)
s

Rotacione a tela. screen_rotation


Comprimento do tirante:

D
a1 a /2
L tir = L 1 + + (d − d 1 ) cot θ 1 +  maior entre  {
2 lb

16 48, 9/2

L tir = 30 + + (55 − 25) cot 40, 2 +  maior entre  { = 111cm
2 37, 5

Rotacione a tela. screen_rotation


Observe o detalhamento do dente Gerber:

Detalhamento do dente Gerber.

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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?


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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

Questão 1

Um engenheiro, ao dimensionar a área de aço principal do tirante (A s,tir ) do modelo das bielas e
tirantes de um dente Gerber, encontrou um ângulo θ 1 . Sabendo que as cargas vertical e

= 42

horizontal aplicadas ao dente Gerber, respectivamente, são iguais a 23kN e 60kN , marque a opção
que apresenta o valor encontrado pelo engenheiro para a área de aço.

A 6,8cm²

B 7,2cm²

C 8,2cm²

D 8,9cm²

E 9,6cm²

Parabéns! A alternativa B está correta.

Analise a solução da equação:

F td1 = V d cot θ 1 + H d = 230 × 1, 111 + 60 = 315, 53kN

2
A s,tir = 315, 53/43, 5 ≅ 7, 2cm

Questão 2

Em consolos, no modelo de bielas e tirantes, o binário gerado pelo carregamento externo, deve ser
resistido por um binário ____________ representado pelo tirante com esforços de _________________ e
pelas bielas com esforços de __________________.

Marque a alternativa que preenche, na sequência, corretamente a frase acima.

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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

A interno; tração; compressão.

B interno; compressão; tração.

C externo; tração; compressão.

D externo; compressão; tração.

E externo; tração; tração.

Parabéns! A alternativa A está correta.

Nos consolos, o modelo de biela e tirante apresenta um binário de forças internas para equilibrar com o
binário proveniente do carregamento externo, e no modelo em estudo, os tirantes sempre serão
responsáveis por absorver os esforços de tração, e as bielas os de compressão.

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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

3 - Sapatas rígidas
Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar o modelo de bielas e tirantes para o
dimensionamento de sapatas rígidas com carga concentrada.

Vamos começar!

video_library
Você sabe aplicar o modelo de bielas e tirantes para
dimensionar sapatas rígidas?
Confira os principais conceitos que serão abordados ao longo deste módulo.

Aplicação do modelo a sapatas rígidas


Segundo a NBR 6118, as sapatas são estruturas de volume usadas para transmitir ao terreno as cargas de
fundação direta. Temos as sapatas rígidas e flexíveis.

Nas rígidas, podemos admitir a distribuição de tensões normais no contato sapata-


terreno, caso não se disponha de informações mais detalhadas a respeito.

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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

Nas flexíveis, ou em casos extremos de fundação em rocha, mesmo com sapata rígida, essa hipótese deve
ser revista. Veja as dimensões de uma sapata:

Dimensões de uma sapata isolada.

Para as sapatas rígidas, a distribuição de deformações em uma seção transversal não é linear e por isso
não devemos aplicar a teoria de flexão em vigas. Uma solução é a análise por meio do método de bielas e
tirantes.

Para Araújo (2010), para a sapata ser considerada rígida, sua altura precisa ser superior à metade do
balanço. Essa condição é dada por:

h ≥ (A − a)/4

Rotacione a tela. screen_rotation


A espessura nas extremidades da sapata deve obedecer aos limites:

h/3
h0 ≥ {
20cm

Rotacione a tela. screen_rotation


Se, no local do pilar, for uma parede de concreto armado, a altura da sapata deve permitir que as barras da
armadura da parede possam ser ancoradas. Por conta das bielas de compressão inclinadas que convergem
para o topo da sapata, a ancoragem das armaduras da parede ocorre na região superior da sapata. Nesta
situação, podemos considerar um comprimento de ancoragem reduzido, e a altura da sapata também deve
seguir a equação:

h ≥ 0, 6l b + 5cm

Rotacione a tela. screen_rotation


Em que, l b é o comprimento básico de ancoragem das armaduras verticais da parede.

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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

Exemplo de aplicação de sapatas.

A armadura da parede, ou do pilar, deve ser estendida até o fundo da sapata, apoiar sobre a armadura
horizontal da sapata (com ganchos de 90°). Se a armadura estiver comprimida, ela poderá ser ancorada por
aderência ao longo do trecho reto dentro da sapata. E, se algumas barras da armadura estiverem
tracionadas, o gancho permitirá a redução do comprimento de ancoragem e, assim, a altura dada na
equação acima estará correta.

A imagem a seguir ilustra o modelo de bielas e tirantes para uma sapata. A carga de cálculo N d é
transmitida até a base da sapata por meio de uma série de bielas inclinadas que se apoiam no tirante
inferior representado pela armadura. As bielas mais distantes do eixo da parede possuem inclinação (θ m ):

−1
θ m = tan 1/2

Rotacione a tela. screen_rotation


A equação acima corresponde a sapatas com a altura mínima fornecida pela equação anterior,

h ≥ 0, 6l b + 5cm

Rotacione a tela. screen_rotation


Se a altura da sapata for maior do que este valor mínimo, a inclinação das bielas será maior, e assim
estaremos a favor da segurança.

Modelo de bielas e tirantes em sapatas rígidas.

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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

A tensão, σ d , aplicada no topo da sapata, é dada por:

Nd γf Nk
σd = =
a a

Rotacione a tela. screen_rotation


Em que, o valor usual de γ f = 1, 4 , e N k é a carga solicitante.

Atenção!

Quando há paredes em alvenaria sob as sapatas, a tensão de contato é pequena e, geralmente, não há
esmagamento das bielas de compressão. E, σ d é limitada pela resistência da alvenaria. No caso de paredes
de concreto armado, a tensão σ d pode ser superior à resistência do concreto da sapata, e a seção de
contato não é capaz de absorver a força aplicada sem o auxílio das armaduras da própria parede.

Sendo assim, as bielas de compressão devem convergir para uma seção situada a uma profundidade x a
partir do topo da sapata, onde as tensões de compressão no concreto já tenham sido reduzidas o suficiente
pra não ser necessária a colaboração da armadura da parede. Veja:

Tensão normal em uma seção dentro da sapata.

A tensão de compressão σ 1d em um plano horizontal situado a uma distância x do topo da sapata é dada
por:

Nd
σ 1d =
a + 4x

Rotacione a tela. screen_rotation


Portanto:

a
σ 1d = ( )σ d
a + 4x

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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

Rotacione a tela. screen_rotation


A próxima imagem apresenta as tensões de compressão no plano horizontal e em uma biela com uma
inclinação genérica θ. A tensão σ c na biela de compressão atua na área L sin θ, sendo L a largura da biela
medida na horizontal. E a força de compressão na biela será dada por:

F c = σ c L sin θ

Rotacione a tela. screen_rotation


Analise a representação gráfica:

Tensão de compressão na biela.

E a tensão de compressão na biela inclinada pode ser dada por:

σ 1d
σc =
2
(sin θ)

Rotacione a tela. screen_rotation


Para não ocorrer o esmagamento da biela de concreto, precisamos que:

2
σ 1d ≤ (sin θ) f cd

Rotacione a tela. screen_rotation


Porém, para a biela mais afastada do centro da sapata, temos que:

−1 2
θ = tan 1/2 e (sin θ) = 0, 20

Rotacione a tela. screen_rotation


A profundidade x será dada por:

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5σ d
x = 0, 25a ( − 1) ≥ 0
f cd

Rotacione a tela. screen_rotation

Cálculo da armadura
Se a altura da sapata for determinada por: h ≥ (A − a)/4 , o valor de x será inferior a 0, 15d, em que d é a
distância da armadura inferior de tração até o topo da sapata, o que chamamos de altura útil.

Logo, para casos usuais, o braço de alavanca Z = d − x poderá ser considerado igual a 0, 85d. A imagem
a seguir ilustra o modelo para o cálculo da armadura para o caso de carga centrada.

Modelo para o cálculo da armadura.

Do modelo de bielas e tirantes indicado na imagem anterior, podemos escrever:

R sd Z = 0, 5N d (0, 25A − 0, 25a)

Rotacione a tela. screen_rotation


Logo:

N d (A − a)
R sd = = A s f yd
8Z

Rotacione a tela. screen_rotation


E a área de aço (A S ) será dada por:

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N d (A − a) Nd (A − a)
As = ≅
8Zf yd 0, 85d 8f yd

Rotacione a tela. screen_rotation


Observe agora a disposição da armadura na sapata:

Disposição das armaduras em sapatas.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Uma sapata quadrada com dimensões de (1,30x1,30)m recebe um pilar quadrado de (26x26)cm.
Marque a opção que apresenta altura mínima que essa sapata precisa ter para ser considerada rígida.

A 26cm

B 28cm

C 30cm

D 32cm

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E 34cm

Parabéns! A alternativa A está correta.

Analise a solução da equação:

130−26
h ≥ = 26cm
4

Questão 2

Um engenheiro, ao dimensionar a área de aço da sapata rígidaA s , com dimensões de (1,10x1,10)m e


braço de alavanca de 25cm, que recebe um carregamento de cálculo do pilar com dimensões de
(20x20)cm de 250kN, utilizou aço CA-50. Com isso, obteve

A 2,6cm²/m.

B 2,8cm²/m.

C 3,0cm²/m

D 3,2cm²/m.

E 3,4cm²/m.

Parabéns! A alternativa A está correta.

Analise a solução da equação:

N d (A−a) 250(110−20) 2
As = = = 2, 6cm /m
8Zf yd 50
8.25⋅( )
1,15

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4 - Vigas-parede
Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar o modelo de bielas e tirantes para o
dimensionamento de vigas-parede biapoiadas.

Vamos começar!

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Você sabe aplicar o modelo de bielas e tirantes para
dimensionar vigas-parede?
Confira os principais conceitos que serão abordados ao longo deste módulo.

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Aplicação do modelo a vigas-parede


Nosso estudo do modelo de bielas e tirantes em vigas-paredes se limitará às vigas-parede biapoiadas.

Lembrando que, segundo a NBR 6118, vigas-parede apresentam a relação entre o vão e a atura (L/h)
inferior a 2 para vigas biapoiadas, sob carga uniformemente distribuída.

Comentário
O modelo de bielas e tirantes para vigas-parede biapoiadas é baseado no fluxo de tensões principais
mediante a análise elástica que é considerada segura em relação à análise plástica. E a diferença é ainda
maior com a consideração das armaduras secundárias mínimas pelas normas vigentes. Entretanto, o
dimensionamento plástico pode levar à fissuração excessiva do concreto em serviço.

Para o caso de vigas-parede com carregamento uniformemente distribuído, algumas regras são usualmente
empregadas, como o braço de alavanca (z):

Para 1 < L/h ≤ 2

z = 0, 6h

Para h ≥ L

z = 0, 6L

Assumir: z = 0, 6L , significa que:

0, 6L

tan θ ≅ = 2, 4 → θ ≅ 67, 4
0, 25L

Rotacione a tela. screen_rotation

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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

Para L > h , este é o esquema:

Exemplo de viga-parede isostática com L > h .

Porém, para respeitar o limite da NBR 6118, deve-se assumir: z = 0, 5L para h , assim, θ
> L ≅ 63, 4

ea
armadura principal será dada por:

2
M p d L /8 pd L pd L
As = = = cot θ =
zf yd 0, 5Lf yd 2 4f yd

Rotacione a tela. screen_rotation


Com o objetivo de respeitar o ELS (estado limite de serviço) e impedir a fissuração excessiva do concreto,
assumem-se inclinações máximas de bielas em relação às armaduras dentro dos limites normativos e
utilizam-se armaduras secundárias que costuram as trações que atravessam o campo de compressões.

Campos de tensões idealizados mostrando a necessidade de armaduras secundárias.

Geralmente, o nó singular sobre o apoio é submetido a tensões muito elevadas e por isso deve ser realizada
uma análise minuciosa das tensões nessa região.

A NBR 6118 sugere que a armadura inferior, devido ao momento positivo, deve ser
posicionada numa altura da ordem de 0, 15h. Isto é necessário para alargar a biela
diagonal e reduzir a tensão de compressão, com a finalidade de evitar a ruptura por
esmagamento do nó sobre o apoio.

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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

Também contribui para melhorar o quadro de fissuração por flexão, pois reduz a tensão nas barras e,
consequentemente, as deformações em serviço, após as primeiras fissuras.

Quando sobre a viga-parede há a aplicação de carga indireta (analise a próxima imagem), deve-se prever
armadura de suspensão. No caso de carga uniformemente distribuída, a armadura vertical por unidade de
comprimento será:

A sv q d,inf
=
s f yd

Rotacione a tela. screen_rotation


Vale ressaltar que a carga direta e a indireta vão apresentar o mesmo ângulo (braço de alavanca):

Carga indireta em vigas-parede (h≥L).

A NBR 6118 apresenta a taxa mínima para as armaduras secundárias horizontais e verticais como sendo:
0, 075%b , por face por metro. A próxima imagem ilustra um detalhamento de uma viga parede.

Detalhamento da viga-parede isostática com carregamento uniforme.

Exemplo de cálculo em viga-parede isostática


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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

Para entender esse exemplo, vamos precisar dos seguintes dados:

Concreto: C30 (f ck = 30M P a), γ c = 1, 4

Aço: CA-50 (f yk = 500M P a), γ s = 1, 15

Cobrimento: 3cm

Veja agora as dimensões e as combinações de cargas da viga-parede:

Exemplo de viga parede isostática.

Observe o modelo de bielas e tirantes para este caso:

Modelo de bielas e tirantes do exemplo de viga-parede isostática.

Sabendo disso, vamos ao passo a passo para resolver o exemplo:

1ª Passo
Cálculo da armadura principal:

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2
F td = R d cot θ = 800 × 0, 5 = 400kN → A s = 9, 2cm

2
u ≅ 0, 15h = 0, 6m → 5 × 2∅12, 5 a cada 15cm (12, 5cm )

Rotacione a tela. screen_rotation

2ª Passo
Armadura vertical (suspensão):

A s,susp 200
2
= = 4, 6cm /m
s 43, 5

A s,min
2
= 0, 15 × 20 = 3cm /m
s
A sv
2
= 4, 6cm /m
sh

Rotacione a tela. screen_rotation

3ª Passo
Armadura mínima horizontal ou vertical:

A s, mín 
2
= 0, 15 × 20 = 3cm /m
s

Rotacione a tela. screen_rotation

4ª Passo
Verificação do nó CCT sobre o apoio:

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∘ ∘
a bie = a 1 sin θ + u cos θ = 40 × sin 63, 4 + 60 × cos 63, 4 = 62, 6cm


800/ sin 63, 4 kN
σ cd,bie = = 0, 72 = 7, 2M P a
2
20 × 62, 6 cm

30 30
f cd3 = 0, 72α v2 f cd = 0, 72 × (1 − ) × = 13, 6M P a
250 1, 4

σ cd,bie < f cd3 (OK!)

Rotacione a tela. screen_rotation

5ª Passo
Agora é importante calcularmos a tensão vertical:

800 kN
σ cd,v = = 1 = 10M P a < f cd3 (OK!)
2
20 × 40 cm

Rotacione a tela. screen_rotation

6ª Passo
Analise as seguintes equações e dados sobre a ancoragem:

Região de boa aderência expand_more

l b = 34∅ = 42, 5cm

Laço expand_more

l b, nec  = α 1 l b = 0, 7 × 42, 5 ≅ 30cm

Comprimento de ancoragem disponível expand_more

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l b,disp = a p − c = 40 − 3 = 37cm

Emenda expand_more

100% de emenda na seção: l 0 = 2l b = 85cm

Este é o detalhamento:

Detalhamento do exemplo de viga-parede isostática.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Um engenheiro ao dimensionar a armadura principal de uma viga parede de altura h ,


= 5, 0m

utilizando o método das bielas e tirantes com ângulo de inclinação das bielas de 63, 4 e carregamento ∘

R d = 100kN , utilizando aço CA-50, obteve o valor de

A 7,4cm².

B 8,8cm².

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C 9,2cm².

D 10,4cm².

E 11,5cm².

Parabéns! A alternativa E está correta.

Analise a solução da equação:

F td = R d cot θ = 1000 × 0, 5 = 500kN

F td 500 2
As = = = 11, 5cm
f yd 50/1,15

Questão 2

Um engenheiro ao dimensionar a área de aço mínima para uma viga-parede de acordo com o modelo
das bielas e tirantes com as dimensões dadas abaixo, obteve o seguinte valor:

Altura da viga-parede: 4,5m

Comprimento da viga-parede: 4,5m

Largura da viga-parede: 25cm

A 5,2cm²/m

B 4,5cm²/m

C 3,8cm²/m

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D 3,2cm²/m

E 2,5cm²/m

Parabéns! A alternativa C está correta.

Analise a solução da equação:

A s,mín
2
= 0, 15 × b ⋅ 1 = 0, 15.25 = 3, 8cm /m
s

Considerações finais
O método das bielas e tirantes é uma ferramenta de extrema importância e de grande utilização pelos
engenheiros estruturais para o dimensionamento de diversos elementos estruturais.

Ao longo do conteúdo, estudamos sobre a teoria que envolve o método das bielas e tirantes e os modelos
para consolos, dentes Gerber, sapatas e viga-parede isostática. Entendemos qual a posição dos tirantes e
das bielas, a função de cada um e como eles auxiliam no dimensionamento das estruturas estudadas.

O engenheiro calculista precisa saber usar as diversas ferramentas de dimensionamento para aplicar a que
irá fornecer a melhor solução para o seu projeto.

headset
Podcast
Para encerrar, ouça um resumo dos aspectos mais relevantes deste conteúdo.

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Referências
ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. 3. ed. 4. v. Rio Grande do Sul: Dunas, 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 6118: Projeto de Estruturas de Concreto –
Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 9062: Projeto e execução de estruturas em
concreto pré-moldado. Rio de Janeiro, 2017.

SANTOS, D. M. Projeto estrutural por bielas e tirantes. São Paulo: Oficina de textos, 2021.

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27/05/2023, 17:34 Método das bielas e tirantes e aplicações

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