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Lee & Kang

Tropical Journal of Pharmaceutical Research maio de 2016; 15 (5): 989-993 ISSN: 1596-5996 (impressão);
1596-9827 (eletrônico) © Grupo de Farmacoterapia,
Faculdade de Farmácia, Universidade de Benin, Cidade de Benin, 300001 Nigéria.
Todos os direitos reservados.

Disponível online em http://www.tjpr.org

http://dx.doi.org/10.4314/tjpr.v15i5.13

Artigo de pesquisa original

Avaliação do armazenamento e descarte de medicamentos em

algumas residências na área do governo local do norte de Jos, em Plateau
Estado, Nigéria
Clique em Baixar para salvar Samuel B Banwat*, Asa Auta mp3 youtube com
Departamento de Farmácia Clínica, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de Jos, Nigéria

*Para correspondência: Email: samuelbanwat@yahoo.com Tel: +2348035865698

Recebido: 15 de abril de 2014 Revisado aceito: 6 de abril de 2016

Abstrato
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a forma como os medicamentos são armazenados e descartados em alguns domicílios na
área de governo local (LGA) de Jos North, no estado de Plateau, na Nigéria.
Métodos: Uma pesquisa transversal de 130 domicílios em Jos foi realizada por meio de um questionário para verificar as práticas
associadas ao armazenamento de medicamentos e seu descarte.
Resultados: Os resultados mostraram que 105 (80,8%) domicílios possuíam 635 medicamentos em suas residências, sendo 65,8%
medicamentos em uso (3,2 medicamentos em uso por domicílio). Alguns agregados familiares guardavam os medicamentos em sacos/
recipientes (76,2%) enquanto outros os guardavam em armários/ armários (21,96%), frigoríficos (10,5%) ou outros locais (3,3%). Os
métodos de descarte de medicamentos não utilizados variaram entre os domicílios, alguns descartando-os em latas de lixo (70,5%)
enquanto outros os descartavam em banheiros (19,0%) ou queimavam (10,5%). Apenas 10,5% (n=11) dos entrevistados sabiam como
os medicamentos eram descartados corretamente.

Conclusão: Embora a maioria dos domicílios armazene seus medicamentos de forma adequada, a maioria deles adota métodos
inadequados de descarte de medicamentos que não precisam mais em suas casas. A educação em saúde pública sobre o descarte
problemático de medicamentos é essencial.

Palavras-chave: Domicílios de Jos North, Medicamentos, Armazenamento, Descarte.

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INTRODUÇÃO acúmulo de medicamentos não utilizados ou

Manuseio, armazenamento ou descarte
inadequados de medicamentos podem levar ao
abuso de drogas, envenenamentos acidentais e
poluição ambiental. Além disso, o armazenamento
de medicamentos não utilizados nas residências
pode ter um impacto econômico adverso sobre
os membros da família em países onde o
pagamento pelos cuidados de saúde é feito do
próprio bolso [1].
Fatores como má adesão, descontinuação da
medicação, efeitos adversos e mudanças de dose
têm levado a
vencidos em alguns domicílios [2].
O desperdício de medicamentos refere-se explicitamente
a medicamentos parcialmente ou totalmente não
utilizados, bem como medicamentos vencidos [3].
O armazenamento adequado de medicamentos,
incluindo vitaminas e suplementos vitamínicos,
em casa é essencial para seu uso adequado e
segurança. Manter os medicamentos armazenados
adequadamente também os manterá em
condições físicas para uma eficácia ideal [4].

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Atualmente, o descarte de medicamentos indesejados
nas residências está se tornando um problema
crescente para as autoridades locais e nacionais de
saúde e meio ambiente devido aos riscos diretos
associados ao descarte inseguro [5]. A principal via de
entrada de produtos farmacêuticos no meio ambiente
é o uso e descarte de medicamentos [6].
Foi relatado que esses produtos farmacêuticos se
acumulam no solo, nas águas subterrâneas e na água
potável [7]. Por exemplo, a fim de garantir o descarte
seguro de inaladores contendo carbonos clorofloro, o
FDA instrui que asdeinstalações locais de lixo e
reciclagem devem ser contatadas para orientação
sobre as medidas adequadas a serem tomadas [8].
Como o armazenamento e o descarte de medicamentos
não utilizados variam em diferentes contextos, há
necessidade de avaliação de práticas em diversas
áreas. O objetivo do estudo foi, portanto, avaliar as
práticas de armazenamento e descarte de
medicamentos em algumas residências na área do
governo local de Jos North, no estado de Plateau, na
Nigéria.
MÉTODOS
ambiente de estudo
Este estudo foi realizado na área de governo local de
Jos North, no estado de Plateau, que está localizado
na parte central da Nigéria. As áreas abrangidas no
estudo são comunidades urbanas habitadas por
pessoas de diferentes origens culturais, religiosas,
educacionais e sociais.
Design de estudo
Este estudo foi uma pesquisa transversal realizada
entre 130 domicílios. Consistia em uma amostra de
conveniência de membros das comunidades e
vizinhos; alguns deles eram membros da igreja que
viviam nas comunidades.
instrumento de estudo
O instrumento do estudo foi um questionário
estruturado, composto por questões abertas e
fechadas, destinado a coletar informações
demográficas, bem como informações sobre
armazenamento e descarte de medicamentos. tinha
dois
Seções; a primeira seção foi projetada para coletar
informações demográficas e de dados pessoais,
enquanto a segunda seção continha perguntas para
determinar a atitude e o conhecimento dos entrevistados
em relação aos medicamentos. Assim, na primeira
seção, os participantes foram solicitados a fornecer
informações sobre sexo, idade, formação acadêmica
dos chefes de família, ocupações dos chefes de
família, membros da família responsáveis pela guarda
de medicamentos, número de pessoas que moram em
cada casa e se os membros eram cobertos pelo plano
de seguro de saúde ou não. Na segunda seção, os
entrevistados fizeram perguntas relacionadas à sua
opinião e valor percebido sobre armazenamento e
descarte de medicamentos. Também dispunha de
local para registro dos diversos tipos de medicamentos
guardados em casa.
Nesta seção, informações
sobre nomes de medicamentos (de marca e genéricos),
formas farmacêuticas, dosagens, datas de validade,
quantidades restantes (se sobraram medicamentos),
locais de compra, se os medicamentos foram obtidos
mediante receita ou automedicação, bem como como
locais de armazenamento e descarte foram incluídos.
O questionário foi pré-testado em dez domicílios por
um período de cinco dias e ajustado para atender aos
objetivos declarados.
Coleção de dados
Foi realizada uma visita a cada domicílio participante.
Durante a visita, o objetivo e o escopo da pesquisa
foram explicados aos membros do domicílio e seu
consentimento verbal informado foi solicitado. Os
membros da família foram informados de que as
informações coletadas seriam confidenciais. Eles
foram então entrevistados para obter informações
sobre armazenamento e descarte de medicamentos e
fatores que influenciaram sua escolha de
armazenamento e descarte.
Isso foi orientado pelo questionário e as drogas
encontradas nesses domicílios foram registradas.
Análise de dados
Os dados coletados desse questionário foram inseridos
no pacote estatístico para ciências sociais (SPSS)
versão 16.0 para gerar estatísticas descritivas.
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RESULTADOS (33,3%). De todos os medicamentos encontrados nos domicílios,

Foram visitados 130 domicílios e apenas 105 (80,8%) desses
domicílios possuíam medicamentos em suas residências. A
idade média dos representantes dos domicílios entrevistados foi
de 33,01 ± 11,80 anos. Esses entrevistados consistiam em
27,7% (36) homens e 72,3% (94) mulheres e o número médio
de pessoas por domicílio era de 6 ± 3.
0,03% (16) não estavam rotulados, 0,07% (42) estavam vencidos
e apenas 0,07% estavam nas embalagens originais. Vários
motivos foram apresentados para manter os medicamentos em
suas casas (Tabela 3).
Tabela 2: Formas farmacêuticas de medicamentos encontradas
nos domicílios

Forma de dosagem Porcentagem de frequência 406

Os 34 (32,4%) domicílios com medicamentos em casa tinham comprimidos 63,9 108 17,0 7 1,1 97
um familiar responsável por guardar os medicamentos. Em Cápsulas 15,2 17 2,8
94,1% (32) desses domicílios, a mãe assumiu essa injeções
responsabilidade, enquanto em 5,9% dos casos, o pai estava Suspensões/Xaropes
no comando. Dos domicílios visitados, 17,7% (23) informaram Cremes/Pomadas
possuir alguma forma de cobertura de seguro. N=635

Tabela 3: Por que os entrevistados tinham remédios em casa

Seiscentos e 635 medicamentos foram encontrados nos

domicílios pesquisados. Alguns dos medicamentos (217, 34,2%) Razão Frequência Domicílios (%) 27,6
estavam em uso no momento do estudo, enquanto o restante 31,4
(418, 65,8%) eram sobras de medicamentos, representando Emergências 29
uma média de 3,2 medicamentos não utilizados por domicílio. São medicamentos 33
normais
Os analgésicos (22,8%) constituíram a classe de medicamentos São restos de remédios 63 60,0
mais comum e foram seguidos de perto pelos antibióticos
(19,2%) (Tabela 1). Os comprimidos (63%) foram a forma Mantê-los em caso 40 38.1
farmacêutica dos medicamentos mais encontrada nos domicílios de doença
(Tabela 2). semelhante
Outras razões 26 24,8 N=105; NB.
Tabela 1: Classes de medicamentos encontradas nos domicílios
Alguns agregados familiares deram mais do que uma razão para
manter os medicamentos nas suas casas.

classe de medicina Frequência % 145 Os medicamentos eram frequentemente armazenados em

Analgésicos 22,8 122 19,2 48 7,6 7 bolsas/recipientes (76,2%), armário/armário (21,9%), geladeira
antibióticos 1,1 15 2,4 11 1,7 16 2,5 (10,5%) ou outros locais (3,8%). As fontes de informação sobre
Antimaláricos 42 6,6 49 7,7 3 0,5 39 armazenamento de medicamentos indicadas foram bulas (53%),
Antiplaquetários 6,1 11 1,7 72 11,3 55 bulas (5,7%) e equipe médica (1%).
Anti-hipertensivos 8,7
Antidiabéticos Para os entrevistados em domicílios com medicamentos, as
Antiespasmódicos fontes informadas foram a mídia (52%), livros (2,9%), internet
Antiúlceras (18,1%) e profissionais de saúde (24,8%). Até 40% dos
Anti-histamínicos participantes usaram seu critério no descarte de remédios.
Anti-helmínticos
Antidiarréicos Alguns entrevistados (70,5%) indicaram que descartavam seus
Preparação dos olhos medicamentos indesejados em lixeiras (70,5%), banheiro
Nutrição/derivado de sangue (19,0%) ou queima (10,5%) (Tabela 4). Apenas 10,5% (11) dos
Outros entrevistados sabiam como os medicamentos deveriam ser
N = 635 descartados corretamente.

O estudo mostrou que 62,7% (398) dos medicamentos

encontrados nos domicílios foram obtidos por automedicação.
A maioria desses domicílios (92,4%, 97) relatou que tinha a
intenção de reaproveitar os medicamentos. Além disso, a
maioria dos agregados familiares adquiriu a maioria dos seus
medicamentos em farmácias (83,8%), enquanto outros os
adquiriram em hospitais (41,3%) ou lojas de medicamentos
patenteados
DISCUSSÃO
O estudo mostrou que a maioria dos domicílios (65,8%) tinha
medicamentos sem uso em casa por motivos diversos. A maioria
desses medicamentos estava armazenada em bolsas/recipientes
(76%), armários/armários (21,96%) e geladeiras (10,5%). Alguns
dos

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os medicamentos eram dispensados sem a devida rotulagem e
o descarte pela maioria era feito de forma inadequada, pois os
medicamentos não utilizados eram descartados em lixeiras.
Tabela 4: Onde os entrevistados descartam seus remédios
Local Frequência Porcentagem de
de descarte respondentes
Cesto de lixo 74 70,5
Afundar 1,0
Banheiro 1 19,0
Queime isto 10,5
Outros 20 25,7
11 27 N = 105; Mais de um método de descarte foi indicado
por alguns domicílios.
O manuseio e armazenamento inadequados de medicamentos
podem levar ao consumo de drogas menos potentes, abuso de
drogas, envenenamento acidental ou desperdício de drogas
[9,10]. Dos resultados obtidos evidencia-se que a maioria dos
agregados familiares tinha consciência da necessidade de
guardar os medicamentos fora do alcance de pessoas não
autorizadas e vulneráveis no domicílio e também de os guardar
de forma a não comprometer a sua integridade por degradação.
É gratificante saber que a maioria dos domicílios tinha um
responsável pela guarda dos remédios e 90% atribuíam essa
função às mães dos domicílios. Embora as porcentagens de
medicamentos sem rótulo, expirados ou fora da embalagem
original fossem baixas, tomar esses medicamentos pode ser um
risco potencial à saúde. Quando os medicamentos são
armazenados fora de suas embalagens originais, os indivíduos
podem não conseguir se beneficiar das informações vitais sobre
medicamentos contidas nas bulas ou embalagens dos
medicamentos e isso pode resultar em manuseio e uso
inadequados dos medicamentos. Também pode levar à
administração de medicamentos vencidos.
Parece que aqueles que distribuíram os medicamentos para
aqueles que participaram do estudo muitas vezes não
forneceram informações adequadas sobre armazenamento e
descarte de medicamentos; isso não é surpreendente por causa
das muitas fontes não autorizadas de medicamentos na Nigéria.
No entanto, alguns farmacêuticos geralmente fornecem
educação relevante sobre como os medicamentos devem ser
armazenados. Descarte inadequado de medicamentos por até
mesmo farmacêuticos foi relatado no Kuwait, onde até 73% dos
144 farmacêuticos entrevistados admitiram descartar
medicamentos indesejados em latas de lixo [11]. Medicamentos
não utilizados descartados de forma inadequada podem criar
riscos ambientais [12]. O problema do descarte impróprio pode
ser resolvido por meio de um “programa de devolução de
medicamentos para descarte” no qual os membros da
comunidade seriam encorajados a devolver medicamentos
vencidos, indesejados ou
medicamentos não utilizados para a farmácia ou hospitais que
podem providenciar agências aprovadas para recolhê-los e
descartá-los adequadamente [5]. O que mais preocupa é a
elevada percentagem de sobras de medicamentos (65,8%) que
requerem intervenção urgente.
Uma vez que os analgésicos são medicamentos de venda livre
que as famílias compram para aliviar a dor e também os
medicamentos de primeira linha usados pelos membros da
comunidade em caso de doença, não é de surpreender que
eles sejam a classe mais comum de medicamentos armazenados
no lar.
No entanto, seu uso irracional pode levar a efeitos adversos.
Por exemplo, eles podem contribuir para o aumento do risco de
danos hepáticos e renais quando tomados em altas doses
[12,13]. No entanto, a elevada quantidade de antibióticos
encontrada nas residências é um indicativo de uso inadequado
de antibióticos e pode estar contribuindo para a resistência
bacteriana na maioria das comunidades.
A interpretação deste estudo pode ser limitada pela subnotificação
da identificação inadequada de medicamentos que podem ter
sido classificados adequadamente.
CONCLUSÃO
O estudo revelou que a maioria dos domicílios guardava os
medicamentos em sacolas, armários e outros locais.
O descarte de remédios que não mais precisavam era feito da
mesma forma que descartavam outros utensílios domésticos,
sem levar em consideração o possível perigo no meio ambiente.
Essas práticas em casa podem ser aprimoradas por meio de
educação e esclarecimento em saúde pública.
CONFLITO DE INTERESSES
Nenhum conflito de interesse associado a este trabalho.
CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES
Declaramos que este trabalho foi realizado pelos autores citados
neste artigo e todas as responsabilidades relativas a
reivindicações relativas ao conteúdo deste artigo serão
assumidas pelos autores.
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