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Módulo II

Aula IX - Ato de Fé

1. O nosso estudo agora vai se deter no ato de Fé. Quando Deus se revela nós
somos convidados a dar uma resposta. E a resposta à Divina Revelação se
chama Fé. Vamos estudar esse ato de fé, ou seja, a fé enquanto resposta
do ser humano à Revelação de Deus. Nesse sentido, é importante recordar
mais uma vez que, quando nós falamos fé, estamos considerando basica-
mente três grandes aspectos, que são: primeiro, a fé no sentido de entrega
a Deus, onde essa entrega se dá em aspectos mais subjetivos, como a con-
fiança (aspecto esse que Lutero pegou e que trabalhou tanto que acabou
deixando tudo nessa parte, mas é uma visão unilateral ficar limitado a esse
único aspecto). O segundo aspecto diz respeito aos conteúdos da Fé, algo
mais objetivo, são os artigos da fé, que Martinho Lutero foi pouco a pouco
sendo obrigado a se preocupar com essa parte de conteúdo.1 Esse segundo
aspecto, mais objetivo, nós chamamos de fides quae, enquanto a primeira
chamamos fides qua, a fé pela qual cremos nesse aspecto mais subjetivo. Já
o terceiro aspecto é o motivo pelo qual cremos: creio porque Deus me re-
velou. Cremos porque Deus nos revelou. É o que nós chamamos de motivo
formal da fé; não creio porque alguém disse, nem porque a ciência provou,
ou por mera convenção, eu creio porque Deus mesmo revelou e como Deus
não se equivoca, porque Ele é a Suma Verdade, Ele é o Ser e, como Ser, Ele é
a Verdade, uma vez que a verdade nada mais é do que um transcendental do
próprio Ser de Deus. Se Deus é a Verdade, se Deus não pode se equivocar,
esse é o motivo formal da Fé.

1 O protestantismo de Mar tinho Lutero tem um catecismo, uma doutrina, dividida em um


c a t e c i s m o m a i o r, u m c a t e c i s m o m e n o r e , i n c l u s i v e , C o n f i s s õ e s d e F é . I s s o a c a b a d a n d o
aos protestantes uma dimensão um pouco mais objetiva da Fé, por exemplo, a ótica do
famoso teólogo protestante Carl Bar th é uma dogmática em vários volumes. Esse aspecto
objetivo foi crescendo tanto no mundo protestante que outro famoso protestante, que
acabou inclusive protestando contra esse “dogmatismo” do próprio protestantismo, foi
A d o l f Vo n H a r n a c k , q u e p r e t e n d e u “ d e s d o g m a t i z a r ” t o d o o c r i s t i a n i s m o , d e m a n e i r a m u i -
to especial a Igreja Católica, e de maneira par ticular o próprio protestantismo.

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To d o s o s d i r e i t o s r e s e r v a d o s . N e n h u m a p a r t e d e s t a o b r a p o d e s e r r e p r o d u z i d a , a r q u i v a d a o u
t r a n s m i t i d a d e n e n h u m a f o r m a o u p o r n e n h u m m e i o , s e m a p e r m i s s ã o e x p r e s s a d o a u t o r.
2. No Antigo Testamento nós temos a palavra batah – em hebraico significa
confiar, esperar, esperar confiadamente em alguém – e junto com essa pa-
lavra que expressa a fé, ainda no Antigo Testamento nós temos a palavra
aman – manter-se fiel, ser estável, estar fundado. Essas duas palavras, batah
e aman, acabam expressando na língua hebraica o que significa a Fé, ou
seja, a Fé traz essa ideia de apoiar-se em alguém, de encontrar um funda-
mento para a própria vida, e dessa maneira apoiar-se em alguém é crer em
Deus. Assim foram as relações de Deus com Abraão, com Moisés, com os
profetas, com os sábios dos Salmos (que costumamos atribuir ao Rei Davi),
etc. A natureza da fé no antigo testamento se apresenta como uma relação
com Deus, em toda sua totalidade, de tal maneira que o homem se envolve
tanto nessa relação com Deus que se apóia totalmente no Senhor. Esse é o
panorama no Antigo Testamento, que não está tão relacionado ainda com
a questão do conteúdo da Fé, está mais no apoiar-se em Deus, entretanto,
sem dúvida alguma, a Fé do Antigo Testamento já tem conteúdo, visto que
os israelitas deviam acreditar que há um só Deus, um só Senhor, quer dizer,
o monoteísmo. Além do monoteísmo, deviam também professar e viver
a monolatria, adorar apenas a um único Deus confessando que só há um
único Deus. Depois, a fé irá adquirindo cada vez mais conteúdo: quando as
promessas de Deus se fazem presentes na comunidade de Israel, eles preci-
sam acreditar na presença de Deus, numa Terra Prometida; depois a manei-
ra como os profetas vão anunciando as revelações também acabam sendo
objeto da fé do povo de Israel

3. Evidentemente o terceiro aspecto está sempre mais presente, porque é


acreditar no Deus que se revela pelo fato de ser Deus, porque Ele fala a
verdade. No Novo Testamento, o campo semântico de aman se faz presente
com o verbo grego pisteuein, sendo seu substantivo pistis, que aparece no
Novo Testamento pouco menos de 500 vezes; a palavra fé (pistis), para ser
mais exato, está presente 484 no Novo Testamento, em que o centro para
o qual a fé se dirige é Jesus de Nazaré. Esse é o ponto a ser destacado na fé
no Novo Testamento: Jesus de Nazaré. Nós temos que acreditar em Jesus
de Nazaré. Na mente dos apóstolos, daqueles que seguem o cristianismo

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t r a n s m i t i d a d e n e n h u m a f o r m a o u p o r n e n h u m m e i o , s e m a p e r m i s s ã o e x p r e s s a d o a u t o r.
inicialmente, é muito claro que eles sabiam que precisavam acreditar que
Jesus é o Cristo, o Ungido, o prometido pelas profecias, que a Jesus eles vão
se converter e em Jesus eles vão acreditar. O conteúdo da Fé está em Jesus,
é Jesus que possui todo universalismo, portanto há Nele uma realidade uni-
versalizante. Jesus abarca tudo o que a Fé do Antigo Testamento já pedia
aos israelitas e mais.

4. No Novo Testamento existe como que uma personalização da Fé, temos


que personalizar nossa Fé em uma pessoa, que é o Verbo que se fez carne e
habitou entre nós. Portanto, temos que nos converter à Palavra, temos que
nos converter ao Verbo, temos que lançar-nos nas mãos do Verbo encarna-
do, temos que ver que nEle está todo o conteúdo da nossa Fé e temos que
acreditar nEle, porque Ele é a Verdade: “Eu sou o caminho a verdade e a
vida” (Jo 14, 6), tudo o que estava prometido, tudo que era sinal no Antigo
Testamento, agora é realidade. Essa realidade é o próprio Cristo, inclusive
aquelas coisas que eram conteúdos no Antigo Testamento, para os israelitas
eram conteúdos de fé e para nós cristãos foram apenas figuras de realidades
que viriam. Por exemplo, o Sábado é uma figura de uma realidade que viria.
Como diz São Paulo na carta aos Colossenses, era apenas figura, a realidade
é Cristo. Quer dizer, até o sábado se resume na pessoa de Jesus Cristo e, por
isso, Jesus Cristo aparece no Novo Testamento como que quebrando o sá-
bado. Na verdade, Ele não quebra o sábado, mas dá uma nova interpretação
para o sábado, uma interpretação que assusta o judeu, tanto é assim que as
instituições se escandalizam muito quando Jesus fala do sábado, do Templo
ou da Lei. Essas três instituições de Israel que Jesus não poderia mexer, mas
Jesus mexe. Ele cura no sábado, tem uma grande liberdade de atuação no
sábado – para tristeza de alguns Adventistas, que continuam com essa men-
talidade judaica com relação ao sábado e não vivem o cristianismo nesse
aspecto ainda. Depois, o Templo: Ele mesmo fala que podem destruir esse
Templo, eu vou reconstruí-lo em três dias... (cf. Jo 2, 19), e aquilo pare-
cia um absurdo tremendo para os judeus que o escutavam, porque além de
“afrontar” a grandiosidade do Templo de Jerusalém, ainda fala que Ele vai
reconstruir algo que demorou mais de 40 anos para ser construído. Todas

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t r a n s m i t i d a d e n e n h u m a f o r m a o u p o r n e n h u m m e i o , s e m a p e r m i s s ã o e x p r e s s a d o a u t o r.
essas falas de Jesus escandalizavam, assustavam muito. Sobre a Lei, outro
exemplo, no Sermão da Montanha: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não
cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar
de cobiça para uma mulher já adulterou com ela em seu coração” (Mt 5, 27-
28), nisso Jesus vai interiorizando a Lei, vai levando a Lei a uma realidade
que os judeus não suspeitavam que poderia chegar a tanto.

5. Como podemos notar, a Fé consiste em crer no Senhor Jesus, os homens


que aderem a Cristo são chamados de crentes, ou seja, aqueles que crêem.
São João tem uma perspectiva um pouco diferente com relação a todos os
outros Evangelistas, aliás, São João sempre tem uma perspectiva mais alta.
Em São João a Fé é, além de tudo isso que foi dito, aceitar o testemunho
e seguir Jesus Cristo, é permanecer em Jesus Cristo. Isso podemos notar
em Jo 6, 35; 10, 26-30. Em São João, a Fé está ligada à pessoa mesma de
Jesus Cristo, é Fé pessoal, de tal maneira que se pode “reclinar a cabeça no
lado do Senhor” (cf. Jo 13, 23). Essa experiência aparece na medida em que
ele, falando de fé, vai expressando aquilo que ele mesmo experimentou ao
lado de Cristo. A Fé é o caminho para salvação pessoal e tem um sentido
dinâmico e ativo em São João. Por isso, ele utiliza sempre as formas verbais
de pisteuein em lugar de pistis (substantivo), quer dizer, quer manifestar
mais o caráter dinâmico e existencial da Fé, mais do que uma realidade
substantiva,. O verbo, quando utilizado em alguns tempos verbais, expressa
dinamicidade. Essa análise sintática supõe que, para o substantivo, a frase
já encerra seu significado. Verbo é ação. No substantivo a Fé é um conceito,
poderíamos até dizer que alguém “tem Fé”; ainda assim, o verbo é muito
mais dinâmico que o substantivo de modo que São João gosta do verbo.

6.
2
A Fé em São João, em São Paulo, bem como em todos os apóstolos é sem-
pre graça de Deus, é Deus quem nos confere a Fé, é Deus quem move nossos
primeiros momentos na Fé. Essa ideia vai continuar na Patrística, a Fé é Fé

2 Podemos notar também essa dimensão joanina a par tir de suas car tas. São João fala cons-
tantemente sobre a filiação divina, como viver como filhos de Deus, e lemos na primeira
car ta de São João a expressão “filhinhos”, ou seja, já se manifestou, já somos filhos de
Deus, ainda que não tenha se manifestado tudo aquilo que seremos, porque quando se
manifestar seremos semelhantes a Ele, isto é, nós estamos no processo, estamos num ca-
m i n h a r.

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em Cristo, e também é Fé na Igreja. Os gnósticos do século segundo/ter-
ceiro vão tentar introduzir na Igreja uma espécie de oposição entre a Fé e a
gnosis (conhecimento infuso). Voltaremos a falar sobre isso num outro mo-
mento, basta dizer por enquanto: a Fé é aquilo com a qual todos podemos
crer, porque Deus quer. Como diz o apóstolo Paulo, Deus quer que todos os
homens se salvem e cheguem ao conhecimento da Verdade (cf. 1 Tm 2, 3-4),
quer dizer, a Fé é acessível a todos enquanto graça e Deus quer conceder
essa graça a todos, enquanto a Fé é a porta para salvação; então se Deus quer
que todos os homens se salvem, então nós temos que pressupor que Deus
está oferecendo a todos os homens a possibilidade de acreditarem nEle.

7. Gnosis significa conhecimento, e sem dúvida alguma a Fé é um conheci-


mento, entretanto a Fé é um conhecimento que, se é necessário para a sal-
vação, e se Deus quer que todos os homens se salvem, então Deus tem que
encontrar uma maneira de oferecer essa graça a todos, sem deixar de ser
graça, porque não é obrigatório que Deus faça isso. Mais uma vez, Ele quer.
Nós podemos falar de uma espécie de necessidade hipotética. Na hipótese
de que Deus queira salvar a todos os homens e na hipótese de que Deus
coloque a fé como algo necessário, então a lógica dessas nossas afirmações
é que, hipoteticamente, é necessário que Deus conceda a Fé como graça.
Não é necessário com necessidade absoluta, mas é necessário conhecer,
necessidade hipotética. E, na hipótese de que Deus queira algo, esse algo
será, logo, necessário hipoteticamente bem como Ele queira os meios para
conseguir esse algo. Seguimos, se Deus quer que todos os homens se salvem
então Deus tem que conceder o dom da Fé ou, pelo menos, estar “com os
braços abertos” para conceder o dom da Fé, sem que a Fé seja obrigatória
e sem que a Fé seja meritória nos seus inícios, porque Deus simplesmente
dá como dom.

8. A gnose parte da premissa de que até pode existir um conhecimento de


Fé, que é para todos, que são para a grande maioria dos cristãos, chamados
cristãos materiais, cristãos que não chegam a muito, que ficam só naquela
coisa básica; mas a Fé de uma pessoa que quiser aprofundar-se mais deve
passar pelo conhecimento dos mistérios, nessa ação de Fé dos cristãos espi-

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rituais, como que uma elite Cristã, assim entendiam-se os gnósticos, como
sendo os “cristãos de verdade”, aqueles que atingem o Espírito. Com isso,
acabaram criando uma espécie de elitismo dentro da Igreja, coisa que ela
sempre condenou, visto que nós não professamos um cristianismo de dois
níveis. Os gnósticos identificam então a pistis, a Fé, como uma realidade
secundária, provisional, por entenderem o que o cristão precisa conseguir
a gnosis, isto é, o “conhecimento perfeito”, de modo que se quiserem cha-
mar isso de Fé, então tudo bem; pode-se chamar assim, mas “a verdade é a
gnosis”, esse seria o autêntico campo da Fé.

9. Podemos perceber que há nessa concepção uma oposição entre Fé e gnosis,


pois se a Fé no seu momento inicial é provisional, secundária, passageira
até que se alcance a gnosis, e mesmo que chamemos a gnosis de Fé, na ver-
dade a gnosis é outra coisa, diferente da anterior, de tal maneira que a gno-
sis aparece como que oposta a Fé dos cristãos em geral. Essa oposição foi
um perigo e os nossos antigos Padres, especialmente Santo Irineu de Lyon,
teve que lutar para combater essa espécie de oposição entre Fé e gnosis.
Logicamente, nossa Fé pode crescer, aumentar cada vez mais, assim como
ensina Santa Teresa, atingindo as várias as partes do Castelo. Pensar assim
não tem nenhum problema, não se cria um elitismo nessa concepção, pois
algumas pessoas se abriram mais à Graça de Deus e evidentemente chegam
a altos níveis de contemplação.

10. Desse modo, um cristão que corresponde à Graça de Deus, que correspon-
de à Fé, pode chegar de fato à contemplação infusa, e isso nada mais é do
que o desenvolver necessário de uma vida de Fé. Não se trata, pois, de um
elitismo, porque não se está defendendo isso para “alguns poucos escolhi-
dos”. Essa contemplação infusa a qual falamos, a união com Deus no conhe-
cimento profundo, nada mais é do que o desembocar no término de um ca-
minho que começou lá no batismo, ao qual cada um vai progredindo. Essa
não é uma posição gnóstica, estamos apenas dizendo que é possível uma
união cada vez maior com Aquele a quem amamos, que é o próprio Deus.

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11. Outrossim, a Igreja defenderá justamente isso através na sua regra de Fé,
através dos Padres da Igreja, como Santo Agostinho, que vai afirmar que
a Fé é sim um conhecimento, mas de um outro tipo. Santo Agostinho fala
da contemplação da Ciência da Fé, donde tiramos aquelas famosas frases:
“Crer para entender” e “entender para crer”, uma afirmação profundamen-
te agostiniana. Em latim de Santo Agostinho credo ut intelligam et intelli-
gam ui credo, ou seja, temos que acreditar para entender cada vez mais e, à
medida que entendemos as verdades da Fé, acreditamos mais ainda.

12. Chegamos até aqui para entendermos que a Fé é um dom de Deus e é com-
promisso do homem. É justamente o ponto de chegada, nessa percepção de
que a fé é Graça de Deus e, ao mesmo tempo, é união profunda com Deus,
e se nós nos abrimos à Sua Graça, o desembocar natural dessa fonte que
começou no batismo será naturalmente, ou melhor, sobrenaturalmente, a
contemplação infusa.

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