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IALTH – Instituto Aliança de Linguística, Teologia e Humanidades

Curso: Bacharel Em Teologia Turma 7


Matéria: Temas atuais em teologia
Professor: Jackson Souza
Aluno: Leandro Mendonça Justino

Com base no Novo Dicionário da Bíblia responda às questões 01 a 03.

01) Explique o uso do verbo pisteuõ nos diversos casos, dando exemplo bíblico
para cada caso:

a) Seguido de “que”

R= o verbo pisteou é frequentemente seguido pela palavra “que”, indicando


que a fé diz respeito a fatos. Isso é muito frequente, conforme Jesus deixou claro
para os judeus em João 8.24

b) Seguido de dativo simples

R= o verbo pisteou também pode ser seguido pelo dativo simples, quando o sentido
é dar crédito ou aceitar como verdadeiro aquilo que alguém afirma, como Jesus
relembra aos judeus em Mateus 21;32

c) Seguido da preposição eis

R= quando o verbo pisteou é seguido pela preposição eis ela está indicando
a fé salvadora, João 15.4

d) Seguido de epi

R = quando pisteou é seguido por epi “sobre”, isso quer fala sobre uma fé
com uma base firme, como em Atos 9.42, onde o povo pode ver o que Cristo é
capaz de fazer e depositaram sua fé “sobre” ele.
e) Uso absoluto do verbo

R = o uso absoluto do verbo pisteou é visto em João 4.41 quando Jesus


estava entre os samaritanos e eles creram nele por causa de suas palavras, eles
creram e não é adicionado nenhuma explicação extra.

f) uso dos tempos verbais

R = O tempo aoristo aponta para um ato único no passado, e indica o


caráter determinativo da fé. O tempo presente, por outro lado, tem a ideia de
continuidade. O tempo perfeito combina em si ambas essas ideias.

02) Explique o uso do verbo pisteuõ nos casos particulares, dando exemplo
bíblico para cada caso:

a) Evangelhos sinóticos

R = Nos evangelhos sinóticos, fé é frequentemente ligada com a cura, como


quando Jesus disse à mulher que tocou na fímbria de sua veste no meio da
multidão: "Tem bom ânimo, filha, atua fé te salvou" (Mt 9.22). Porém, esses
evangelhos também se ocupam com a fé num sentido mais lato. Marcos, por
exemplo, registra para nós as palavras do Senhor Jesus: "Tudo é possível ao que
crê!" (Mc 9.23). Semelhantemente, o Senhor fala sobre os grandes resultados para
aquele que tem "fé como um grão de mostarda" (Mt 17.20: Lc 17.6). É evidente que
nosso Senhor exigiu fé em si mesmo, pessoalmente. A exigência cristã característica
de fé em Cristo, descansa, afinal de contas, em seu próprio requerimento.

b) Evangelho de João
R= No quarto evangelho, a fé ocupa um lugar proeminentíssimo, pois ali o
verbo pisteuo é encontrado por 98 vezes. Curioso é que o substantivo pistis "fé",
nunca é usado. Isso possivelmente se deve ao seu uso em círculos de tipo gnóstico.
Existem indicações que João tinha tais oponentes em vista, e é possível que ele
tivesse querido evitar um vocábulo que os gnósticos usavam constantemente. Ou
talvez tenha preferido o significado mais dinâmico expresso pelo verbo. Qualquer
que tenha sido a sua razão, João emprega o verbo pisteuo mais frequentemente que
qualquer outro escritor do NT, de fato, três vezes com mais frequência que os três
primeiros evangelhos conjuntamente. Sua construção característica é o verbo
pisteuo com a preposição eis, "confiar dentro de", "confiar baseado em". O ponto
importante é a conexão entre o crente e o Cristo. De acordo com isso, João se
refere, por muitas e muitas vezes, sobre o crer nele, chamando isso de fé "no nome"
de Cristo (p. ex., Jo 3.18). "Nome", para os homens da antiguidade, era uma
maneira de sumarizar a personalidade inteira Crer no nome de Cristo, por
conseguinte, significa confiar em tudo quanto ele é essencialmente em si mesmo. Jo
3.:18 também diz: "Quem nele crê não é julgado: o que não crê já está julgado". É
ponto característico do ensino joanino que as questões eternas são decididas agora
e nesta existência. Fé não dá simplesmente segurança aos homens de que
possuem uma vida perpétua em algum tempo específico do futuro. Mas lhes
concede vida eterna agora, desde esta própria existência. Aquele que confia no Filho
"tem" a vida eterna (3.36 cf. 5.24 etc).

c) Atos

R= Em Atos, com seu relato de vigoroso avanço missionário, não é


surpreendente que a expressão característica seja o uso do tempo aoristo para
indicar o ato da decisão. Lucas registra muitas ocasiões em que pessoas vieram a
depositar sua confiança em Cristo. Outras construções gramaticais também são
encontradas, e são mencionados tanto o estado contínuo de fé como os resultados
permanentes da fé. Porém, a decisão é que é o ponto característico

d) Hebreus
O escritor da Epístola aos Hebreus compreende que a fé sempre foi uma
característica do povo de Deus. Em sua grande galeria de retratos de vultos
eminentes da fé, em Hb 11, ele passa em revisão os heróis do passado, mostrando
como um por um ilustram o grande tema que "sem fé é impossível agradar a Deus"
(Hb 11:6). Ele mostra-se particularmente interessado na oposição entre a fé e a
vista. A fé é a "certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não
vêem" (Hb 11.1). O escritor sagrado frisa o ponto que os homens que nada
possuíam no referente a provas externas para confirmar as promessas de Deus,
apegaram-se, não obstante, firmemente as mesmas. Em outras palavras, andavam
pela fé, e não pela vista.

e) Demais escritores do NT
R = Quanto aos demais escritores do NT, devemos notar Tiago, pois ele tem
sido por muitos reputado como escritor em contradição com Paulo nessa questão.
Onde Paulo insiste que o homem é justificado pela fé e não pelas obras, Tiago
mantém que "uma pessoa é justificada por obras, e não por fé somente" (Tg 2.24).
Entretanto, não há aqui mais que uma contradição verbal. A espécie de "fé" que
Tiago combate não é aquela calorosa confiança pessoal num Salvador vivo, que é a
fé da qual Paulo fala. Mas é antes a fé que o próprio Tiago descreve: "Crês, tu, que
Deus, é um só? Fazes bem. Até os demónios crêem, e tremem" (Tg 2.19). Ele tem
em mente o mero assentimento intelectual a certas verdades, um assentimento que
não é acompanhado por uma vida vivida de conformidade com essas verdades (Tg
2.15). O que Tiago combate é a afirmação de alguns que diziam ter fé, ao mesmo
tempo que os frutos não se achavam presentes para comprová-la

03) Para os teólogos protestantes mais antigos, a Revelação limitava-se à


comunicação divina acerca de Si e sua vontade. Esta Revelação estava limitada
aos escritores bíblicos. Discorra melhor sobre esta questão destacando a reação
dos teólogos modernos.
R= Eu entendo que o posicionamento dos teólogos protestantes mais antigos seja
parecido com o meu pensamento quando eu era criança e o mesmo pensamento
que eu tinha assim que aceitei a Cristo como meu salvador já sendo jovem, que é:
Deus se revelou de forma escrita aos homens, essa revelação é a bíblia, quando
alguém ler a bíblia, então é Deus falando com ela. Deus fala por meio dos ensinos
contidos na Bíblia. Esse era o meu pensamento e eu ainda continuo pensando
assim, porém, além de Deus ter revelado sua vontade e muitas verdades na bíblia,
isso não quer dizer que a sua revelação se limita aos autores bíblicos e ao que já foi
revelado na bíblia, por exemplo, Deus revelou o fim dos tempos a João na ilha de
Patmos, hoje Deus pode dar a mesma experiencia ou semelhante a um cristão que
Ele queira. E, eu acho estranho uma pessoa que acredita na bíblia como sendo
verdadeira e não acredita nisso. Porque, o livro de Apocalipse está dizendo isso,
Deus pode dar esse tipo de experiência aos homens, revelações, visões, etc. Não
acredito que uma revelação pessoa que Deus dá a uma pessoa deva ser
considerado Escritura ao ser escrita ou compartilhada oralmente. Porém, eu acredito
que tudo o que está na bíblia, todos os milagres, e forma de Deus se revelar o Deus
que operou no passado continua operando no presente e continuará a se revelar. O
que ele fez no passado, faz no presente e fará ainda mais no futuro. Ele é o “Eu sou
o que Sou”. Aquele que é no passado, presente e futuro.
O posicionamento dos teólogos modernos ao meu ver é uma forma de
tornar aceitável o ensino bíblico sobre a revelação para os incrédulos. No período
medieval a fé estava acima da razão, no período moderno a razão está acima da fé,
então é natural que os teólogos modernos eles quisessem racionalizar os ensinos
bíblicos e deixa-los palatáveis para o pensamento moderno, que segundo a época
era um pensamento racionalista e empirista/cientifico. Então, ver a bíblia como uma
revelação sobrenatural de um Deus todo-poderosa e invisível era contrario a sua
filosofia de vida atual.

Com base na Enciclopédia Histórico-teológica da Igreja Cristã responda às


questões 04 a 06.

04) Faça uma resenha do artigo “Fé” relacionando ao conteúdo da aula.


O autor inicia o artigo falando sobre a palavra fé no hebraico e grego, seus
usos e sentidos. Depois de falar sobre a ideia geral da fé, ele fala de usos
específicos feitos por Tiago, explica que a fé é o conjunto de verdades cridas, e
informa que até mesmo Jesus falava de confiança para poder operar milagres, a fé
necessária. O conceito geral que ele traz três considerações para entendermos a
ideia bíblica de fé, são elas: 1) a fé em Deus envolve a crença certa a respeito de
Deus; 2) a fé baseia-se no testemunho Divino; e 3) a fé é um dom divino
sobrenatural.
O autor do artigo diz que de inicio ao fim a bíblia apresenta o povo de Deus
vivendo da fé. No Antigo Testamento fé significa varias coisas como: descansar,
confiar, esperar no Senhor, apegar-se a Ele. No Novo Testamento os fies do Antigo
Testamento manifestaram uma fé que é um padrão que os cristãos devem
reproduzir.
Por fim, o autor do artigo fala sobre o debate ao longa da história falando
sobre a fé, desde do inicio da igreja o combate contra os gnósticos, passando pela
escolástica, a reforma e o liberalismo teológico. A conclusão é que em cada período
a fé entendida de acordo com o modo como cada grupo ou pessoas ver a bíblia, e
entende sobre quem é Deus.

05) Faça uma resenha do artigo “Revelação Especial” relacionando ao conteúdo da


aula.

No artigo o autor fala sobre o interesse sobre a revelação no século XX, fala
dos opositores da religião revelada. Definindo o termo revelação ele informa que ela
é a exposição daquilo que anteriormente era desconhecido. Ele explica a diferença
entre revelação geral e especial. A revelação geral é aquela que Deus faz através da
natureza, na história e na consciência. A revelação especial por sua vez é a
revelação redentora transmitida por atos e palavras sobrenaturais.
O autor aborda conceitos falsos acerta da revelação como a preocupação
platônica com ideias eternas. A ideia idealista de que a revelação de Deus é dada
apenas de modo geral, de que ela é apenas uma ideia universalmente acessível. E,
o racionalismo do Século XVIII.
Por fim ele aborda sobre a revelação no aspecto racional. Onde o ensino
bíblico sobre a revelação divina das escrituras encontra opositores como os neo-
ortodoxos, mas a igreja encontra teóricos que afirmam a necessidade da revelação
sobre a razão.

06) Faça uma resenha do artigo “Revelação Geral” relacionando ao conteúdo da


aula.

O autor inicia o artigo nos informando que a revelação geral trata daquela
revelação que é acessível a todas as pessoas, e que embora ela não ensine
verdades como a trindade, a encarnação e expiação, a revelação geral da a todos a
convicção de que Deus existe. Existem duas categorias de revelação geral, uma
interna a consciência e senso inato de deidade, e a externa a natureza, e a história
da providência.
O autor fala sobre os posicionamentos existentes com relação a revelação
geral, alguns não acreditam na existência da revelação geral, outro reconhecem a
existência dela, porém negam que o não regenerado tenham conhecimento concreto
dela. Outros, liberais, dizem que essa revelação é suficiente para a salvação. Alguns
teólogos como Aquino e a tradição tomista diz que a revelação geral é comprava
perfeitamente a existência de Deus. Outros teólogos como Agostinho, Lutero,
Calvino e outros acreditam na realidade objetiva da revelação geral, porém ela
segundo eles tem uma utilização limitada.
O autor cita passagens bíblicas que mostra que por meio da revelação geral
o homem é capaz de chegar a algum conhecimento rudimentar acerca de Deus. Por
fim o autor fala das finalidades da revelação universal, como por exemplo fornece
base autêntica para se distinguir o bem do mal, Todos possuem um conhecimento
rudimentar de Deus, e por isso os cristãos podem falar sobre Deus a eles e isso não
será algum incompreensível ao não crente. E, por ultimo a revelação geral faz a
revelação especial ter sentido.

07) No livro Introdução à Teologia, de J. B. Libanio, leia as páginas 36-38


(item 09) e as páginas 145-148 (item 01). Após a leitura responda:
Qual o papel da Teologia no que tange à atualização da Revelação e da Fé cristã
para os tempos modernos?

R = A teologia é o estudo sistemático, racional sobre Deus, a teologia cristã


é o estudo formal dos ensinos bíblicos. O papel da teologia cristã com relação a
atualização da revelação e da fé cristã para os tempos modernos é de por em
pratica o versículo de 1 Pedro 3.15, onde Pedro nos ensina a estar sempre
preparado para responder a quem nos pedir a razão da esperança que em nós há.
Em outras palavras, devemos estudar a bíblia para sermos capazes de responder a
questionamentos/dilemas contemporâneos. Refletir sobre questões éticas, morais,
justiça social, ecológica, meio ambiente, etc. O objetivo é manter a fé cristã viva ,
relevante e significativa em meio as mudanças e desafios da época atual.

08) Sobre Teologia Pública, pesquise:

a) O que é? Como surge o termo "teologia pública"? Como ela é aplicada ao dia a
dia?
A Teologia Pública, também conhecida como Teologia Pública Prática ou
Teologia Pública Aplicada, é uma área da Teologia que busca explorar a relevância
e a aplicação dos princípios teológicos no contexto da sociedade e da esfera pública
O termo "teologia pública" começou a ser mais amplamente utilizado na
década de 1960, especialmente na Alemanha, como uma resposta ao desafio de
lidar com questões sociais, políticas e éticas que afetavam a sociedade moderna.
Esse campo emergente da Teologia passou a enfocar a aplicação prática dos
princípios teológicos em áreas como política, economia, educação, direitos
humanos, justiça social e meio ambiente, entre outras.
No dia a dia a teologia publica pode ser aplicada de varias maneiras como:
participação cívica, influencia na formação politica, engajamento em temas
contemporâneos, etc.

b) Quais seus principais conceitos?


Diálogo interdisciplinar, Espaço público, Ética pública, Contribuição para o
bem comum, Justiça social, Pluralismo religioso, Política e teologia,
Responsabilidade social, Transformação cultural.

c) Quais seus principais expoentes no Brasil e no Mundo?

Principais expoentes da Teologia Pública: Jung Mo Sung, Luiz Carlos Susin,


Maria Clara Bingemer, Frei Betto, Jürgen Moltmann, Stanley Hauerwas, Nicholas
Wolterstorff.

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