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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Sumário
1. Apresentação.......................................................................................................... 2
2. Noções Gerais sobre o Concurso do MPF ................................................................ 6
3. Estratégia de estudo para a primeira fase ............................................................... 9
4. Estratégia de estudo para a segunda fase ............................................................. 14
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Estratégia de Estudos
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
1. Apresentação
Nesta aula, o professor João Lordelo (1º colocado – MPF 27º Concurso) – Procurador
da República, Coordenador do Curso Reta Final MPF e do Curso Juiz Federal e Procurador da
República - tem por objetivo passar estratégias de prova e de estudo, compartilhando de sua
experiência na realização de concursos públicos.
O foco neste momento é a 1ª fase do concurso do MPF, que se aproxima.
Lordelo foi aprovado em alguns concursos públicos ao longo de sua trajetória. Seu
primeiro concurso foi o de Procurador do Estado de Pernambuco, no qual foi aprovado fora
das vagas, tendo sido, curiosamente, nomeado recentemente para o cargo.
Com o passar do tempo e o acumulo de experiência, seu rendimento cresceu muito e
em seu concurso seguinte, que foi o da Defensoria Pública da União – cargo que exerceu ao
longo de quase três anos – Lordelo alcançou a primeira colocação na prova objetiva. Este
feito se deveu, segundo o próprio professor a um trabalho de aperfeiçoamento,
consistente, especialmente, em observar as suas deficiências e trabalhar os seus pontos
mais fracos.
Na opinião de Lordelo, não há nenhum mistério no estudo para concursos – traçando
um paralelo com uma academia de musculação ou uma prática de halterofilismo – define:
não há como chegar a um determinado resultado, um objetivo, sem se preparar
adequadamente para este tanto. O estudo para concursos exige uma prática contínua,
diária – assemelhada a um exercício físico – um exercício para o cérebro.
Na opinião do professor, concurso público não é um mundo de gênios; muito pelo
contrário – muitas vezes estes se dão muito mal. É um mundo dominado por pessoas
esforçadas, que se dedicam e que tentam tornar o seu estudo o mais eficiente possível.
Lordelo esclarece, citando o seu histórico pessoal, que a prova objetiva tem um estilo
totalmente diferente da prova subjetiva. A prova objetiva é feita para si mesmo – basta
marcar uma alternativa para demonstrar conhecimento, ao passo que a prova subjetiva é
feita para os outros. Existe uma necessidade de demonstrar conhecimento.
Notadamente em relação ao MPF – que é alvo de uma mistificação muito grande
por parte dos candidatos em torno do concurso – Lordelo alerta que o estudante não deve
ter receio com relação ao tempo de preparo, ao tipo de aluno que se foi no passado - em
especial na faculdade. Comenta que recebe muitos e-mails de alunos relatando este fato, de
não terem feito uma boa faculdade e, como conselho, recomenda que faça da melhor
maneira a partir daquele ponto.
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Não existe nenhum tipo de relação que faça com que os melhores alunos da
faculdade passem no MPF ou em outros concursos específicos. Trata-se de uma grande
mistificação.
Neste sentido, Lordelo relata duas histórias interessantes:
1) O professor teve um colega – hoje, Procurador da República, aprovado no 25º
Concurso - ao qual sempre admirou muito, dentre outras coisas, por seu
desempenho acadêmico. Logo ao se formar, este colega passou na AGU e por
isso, Lordelo resolveu consultá-lo com relação ao seu método de estudo. A
resposta foi que o seu método era o da exaustão.
Apesar de se tratar de um excelente aluno – talvez o melhor de todos que Lordelo
conheceu em sua vida acadêmica – este colega não deixou de exaurir ao máximo
todo o seu tempo em dedicação ao estudo para os Concursos públicos.
Daí vem a sugestão do professor para qualquer concurso: é necessário exaurir o
tempo disponível para estudo; ler, reler, fazer um bom caderno, compilar
informações para acesso rápido, formar o assunto na cabeça concatenando as
ideias.
Lordelo sempre buscou solucionar todas as suas dúvidas em seu dia-a-dia – de
preferência, de imediato -, evitando ficar com dúvidas na cabeça. Buscou
aproveitar todos os momentos e todas as situações que lhe suscitassem algum
tipo de dúvida para tirar proveito da situação e ampliar o seu conhecimento.
A moral da história é que Concurso público não aprova gênios. Aprova pessoas
dedicadas. Pode parecer uma frase autoajuda, ou algum tipo de proposta
messiânica, mas este não é o objetivo deste encontro, sendo Lordelo
completamente avesso a este tipo de expediente.
O objetivo é mostrar um pouco da realidade da vida e um pouco de história
pessoal. Este, aliás, foi um método bastante utilizado pelo professor João Lordelo
– sempre procurou conversar bastante com pessoas aprovadas em concursos
públicos.
Lordelo considera a proposta do Curso Ênfase muito interessante, pois reúne no
curso pessoas que foram aprovadas, geralmente em boas colocações. Estas
pessoas costumam ter uma boa experiência, uma boa receita para passar, algo
que pode se tornar um diferencial para ajudar o estudante a entrar no caminho
da aprovação.
2) Antes de adentrar em questões mais específicas sobre o concurso do MPF, o
professor João Lordelo compartilha uma segunda história que reputa
interessante: quando resolveu fazer o concurso do MPF – o 27º e penúltimo
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Lordelo relata nunca ter feito um concurso do qual saiu da prova acreditando ter ido muito bem,
reputando à prova a condição de fácil. Atribui um grande grau de dificuldade a ter uma noção de desempenho
na prova num momento imediatamente posterior à sua realização, até mesmo porque, ao sair da prova, o
candidato tende a levar consigo na memória as questões que não sabia responder. O normal, portanto, é sair
da prova com a ideia de que não foi obtido um bom resultado. É muito difícil sair com a ideia de que se obteve
um bom resultado.
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Lordelo não recomenda o estudo isolado por livros com grifos sem produzir
um caderno. A simples leitura dos grifos do livro não será tão eficiente quanto
a utilização de um caderno, que possibilita ao estudante resumir as
informações.
É muito interessante se ter um bom caderno, pois se trata de uma fonte de
consulta rápida.
Lordelo relata uma conversa que teve com o também professor do Curso João
Mendes, em que relembrou o fato de ter revisado todo o conteúdo de
Processo Civil em uma viagem a Belo Horizonte, usando o seu caderno
digitalizado em um tablet.
Lordelo também relata uma história relativa ao seu colega – personagem de
sua primeira história – que foi aprovado para técnico do MPF no segundo
semestre de faculdade. Ao questioná-lo sobre seu método, mais uma vez, sua
resposta embasou-se na repetição: afirmou ter lido o Código Civil 15 vezes.
Perceba: não há nenhuma genialidade envolvida nisto. É uma questão de
esforço.
O professor recomenda a leitura repetida dos cadernos, a utilização de
grifos, a revisão da leitura já grifada, a realização de anotações laterais – já
que a escrita é uma forma de aprender – como uma excelente técnica de
estudo.
A repetição do estudo é que vai, de fato, sedimentar o conhecimento
necessário e formar a base para a aprovação.
Lordelo cita como exemplo o seu caderno de Processo Coletivo –
disponibilizado aos alunos do curso -, que é fruto de uma compilação de cinco
ou seis livros lidos durante o seu mestrado. Obviamente o professor não
recomenda que se leia este número de livros para estudar uma única matéria
para concurso público, isto seria impossível. O exemplo serve para
demonstrar como um caderno conseguiu condensar o conhecimento que está
em cinco a seis livros.
O Conselho do professor é a escolha de um único livro e a elaboração do
caderno. A importância do caderno é algo central; algo que tem de ser
realmente considerado.
d) Grupo de estudos;
Os candidatos ao MPF costumam fazer grupos de estudos.
Isto é reputado pelo professor João Lordelo como muito importante. Existe
um caderno que foi apelidado de Santo Graal, que é resumo de cada ponto
da Resolução do Concurso do MPF. Este caderno é muito importante para a
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segunda fase, em especial para quem não conseguiu elaborar o seu próprio
caderno.
Lordelo relata ter feito uso de resumos destes candidatos nas matérias de
Direito Internacional, Direitos Humanos e Direito Econômico, uma vez que,
para as outras disciplinas, já dispunha de caderno próprio. A utilização do
mesmo material para o estudo repetido é reputada como importante pelo
professor, uma vez que ajuda a desenvolver a memória – até mesmo
fotográfica – de onde se encontra determinado assunto.
Quanto ao acesso a grupos de estudos, o professor afirma existir certa
dificuldade em conseguir acesso a determinados grupos – em especial grupos
fechados.
Cita como exemplo, sua experiência pessoal, em que teve o seu acesso
negado a um grupo fechado, pois os componentes do grupo achavam que não
deviam compartilhar material de estudo. Após a primeira fase, os mesmos
componentes do grupo chamaram-no para compor o grupo. Aceitou o convite
e passou a compor o grupo a partir da segunda etapa.
Para a segunda etapa, o professor João Lordelo tende a formar grupos de
estudos com auxílio do aplicativo whatsapp.
e) Perfil dos examinadores;
Para o concurso do MPF, o perfil dos examinadores tem um grande peso. Do
25º concurso até o último (28º) não houve grande mudança na banca. A
essência da banca tem sido mantida. Existe uma corrente dentro do MPF, que
tende a se fortalecer, que visa à mudança da banca do concurso.
Independente do que aconteça, em termos de mudança ou manutenção da
banca, é muito importante que assim que for divulgada a banca, o candidato
pegue a lista e busque conhecer os examinadores – suas áreas de atuação,
etc.
Uma boa forma de fazer isso é através da plataforma Lattes, que disponibiliza
os currículos dos examinadores.
Para a primeira fase, Lordelo não acredita ser de suma importância a leitura
de artigos de examinadores, uma vez que se trata de uma fase subjetiva, mais
dogmática; no entanto, para a segunda fase é imprescindível ler o material de
produção dos examinadores, seus artigos; se possível pareceres.
João relata não ter lido material dos examinadores para a primeira fase, mas,
realizou uma investigação dos examinadores, procurando saber com o que
eles trabalhavam, buscando saber em que áreas eles trabalhavam e portanto,
o que poderiam cobrar mais.
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O site do STJ disponibiliza os informativos organizados por temas até o informativo atual em PDF
para download.
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Lordelo recomenda a leitura integral do Edital e da Resolução do concurso, de forma a tomar
conhecimento de absolutamente todo o regramento do concurso, que pode ser decisivo, por exemplo, para
tomar conhecimento de uma regra relativa a perda de pontos em virtude de número de erros, limite de linhas
em provas de segunda etapa, etc.
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A primeira dica para a primeira fase do MPF é a seguinte: treine bem as provas
anteriores. Dois são os motivos:
a) Detectar os assuntos que caem mais;
b) Treinar o tempo de prova.
A prova do 28º concurso foi extremamente extensa. A prova anterior, do 27º
também foi extensa, embora um pouco menos. É necessário treinar as provas para
não perder questões por motivos de tempo. Aproveite integralmente o tempo de
prova, mas é preciso saber administrar o tempo de prova.
Lordelo sugere que na prova objetiva, o candidato pule as questões em que
encontrar dificuldade, respondendo inicialmente as mais simples e sinalizando as que
deixou para responder posteriormente.
Lordelo selecionou alguns temas (serão enviados como material de apoio) como
extremamente importantes para a prova do MPF:
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Esta análise é de suma importância, pois mostra a grande proximidade que há entre os dois últimos
concursos.
5
De fato, em Direito Constitucional, o foco da prova foi quase idêntico; mantida a examinadora – Dra.
Deborah Duprat, foque nestes temas; em não se mantendo, é bom focar nestes temas e pesquisas outros
temas com os quais o novo examinador tenha afinidade.
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O manual do professor André de Carvalho Ramos é uma das melhores referências para esta
disciplina. É um dos maiores nomes do MPF e seu manual tem grande peso na elaboração das questões. Trata-
se de obra extensa, porém de leitura altamente recomendada.
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Nas provas do MPF, tradicionalmente, Direito Financeiro é pouco exigido e se contenta com a
literalidade da lei ou com conceitos principais. Perceba que a prova de Financeiro dependerá muito do
examinador – se o nível de cobrança for elevado, o rendimento dos candidatos será muito baixo, pois a
legislação, apesar de não ser muito extensa – basicamente existe uma lei específica do orçamento e a lei de
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responsabilidade fiscal - são muito extensas e específicas, com prazos, números, conceitos desconhecidos da
maioria dos candidatos, etc.
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Tende a ser bastante explorado nos próximos concursos, em virtude da Operação Lava-Jato.
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Recomenda-se a leitura da obra de Paulo Baltazar Jr. – Crimes Federais.
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Assecuratórias.
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