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Belo Horizonte – MG
2013
Sumário
1.Dados do estagiário..........................................................................................4
2.Identificação do Campo de estágio...................................................................4
3.Dados do estágio..............................................................................................4
4.Descrição da escola..........................................................................................5
5. Relatório Crítico do Campo de estágio............................................................6
5.1 Primeiro ano A...............................................................................................6
5.2 Segundo ano A..............................................................................................8
5.3 Terceiro ano C.............................................................................................13
5.4 Minha experiência na docência...................................................................17
6.Conclusão......................................................................................................19
7. Bibliografia.....................................................................................................21
8.Anexos............................................................................................................22
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1.Dados do estagiário
3.Dados do estágio
4.Descrição da Escola
Realizei o estágio na Escola Estadual Murício Murgel pelo fato de ter salas de
aula no período noturno que possui juntos alunos surdos e ouvintes, a
chamada “inclusão”.
As entrevistas que realizei com os professores e alunos, bem como a feita com
o bibliotecário, ocorreram todas de modo informal, em situação descontraída, o
objetivo era que os entrevistados não se sentissem pressionados e pudessem
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5.1.Primeiro ano A
Na sala de aula do professor Calbi havia 56 alunos, sendo seis destes surdos.
Mesmo com a ausência de muitos alunos nas aulas, pois no período noturno os
alunos costumam faltar ou chegar muito atrasados na escola, a sala de aula
era muito cheia. A situação se agravava ainda mais pela agitação dos alunos:
conversas paralelas, desatenção para com o professor, uso de celulares etc.
O professor não utiliza o livro didático (LD) e disse que recebe, no início do
ano, os temas que deverá trabalhar com os alunos. É ele mesmo quem
programa o conteúdo de suas aulas. Ele possui um caderno com as aulas
planejadas. Na maioria das vezes, a aula transcorre do modo tradicional: o
assunto é escrito no quadro para que os alunos copiem. Verifiquei que quase
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não há temas que promovam reflexão ou debate em sala, pois a maioria dos
assuntos estava voltado ao ensino da gramática tradicional – alguns deles
foram: vícios de linguagem, definição de verbo, fonema e ortografia.
Verbo- quando se pratica uma ação, a palavra que representa essa ação
indicando o momento em que ela ocorre é o verbo.
Nada mais foi discutido acerca dessa afirmação, não houve exemplos, textos
ou exercícios para que os alunos pudessem aplicar – ou questionar - tal
conceito à prática.
5.2.Segundo ano A
A turma da professora Cláudia e da intérprete Elizete não era tão cheia quanto
à do primeiro ano (não sei mencionar agora o número exato de alunos
matriculados), chegando alguns dias a ter cerca de vinte alunos. Essa é a
turma com maior número de alunos do período noturno: são sete. Dos dois
meses em que observei as aulas, alguns imprevistos ocorreram: a professora
adoeceu, ficou de atestado médico, a turma ficou sem aula de português por
alguns dias, uma nova professora assumiu as aulas e, no final do estágio, a
professora titular voltou.
Pude perceber nessa sala, que há muitos alunos interessados, mas o modo
como a aula acontece não parece ser tão agradável a eles. Cito um exemplo
para ilustrar: durante uma aula sobre sílabas tônicas e métrica, a professora
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explica sobre o modo de ler um poema juntando os sons das palavras som a
verso “Ah! Quem há de exprimir, alma impotente e escrava.” Primeiramente,
trata-se de uma aula de difícil entendimento aos surdos, uma vez que ensinar o
som das palavras requer AUDIÇÃO! Como era de se esperar, os surdos
tiveram muita dificuldade em compreender a explicação. Assim sendo, a
intérprete teve que solicitar, por mais de uma vez, que a professora tentasse
explicar de modo mais claro o assunto, mesmo assim a explicação não foi
muito bem compreendida pelos alunos surdos. Qual o objetivo de se ensinar a
alunos surdos que se pode pronunciar as palavras “de exprimir” como
“disprimir”? Na verdade, a meu ver, esse é um dos temas que cabe ao
professor dominar e não aos alunos (sejam eles surdos ou ouvintes).
Felizmente sabemos que não é bem assim como a professora afirmou que as
coisas funcionam. Como um falante, ao ler um poema, saberá qual o modo que
os falantes do período em que tal poesia fora escrita liam/pronunciavam?
Outro ponto interessante é que um dos alunos surdos solicita à professora mais
tempo para realizar sua prova, uma vez que não conseguira terminar no horário
de sua aula. Cláudia concede o pedido e ele a acompanha no horário seguinte.
A meu ver foi muito válido o pedido, pois alunos que têm como materno o
idioma no qual foi redigida a avaliação conseguirão realizá-la em menos tempo,
em tese, que alunos que têm esse idioma como segunda língua.
Têm acesso à língua oral e à língua Têm acesso à língua escrita por meio
escrita. da visão.
Para Silva, algumas mudanças na forma de ver a pessoa surda podem ajudar a
compreender seu processo de escrita. Desse modo, as características
presentes no texto de um sujeito surdo passarão a ser vistos como uma marca
de diferença e não meramente um desvio da norma padrão do português. Para
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essa autora, é preciso entender que essas diferenças na escrita desse sujeito
podem ocorrer:
“_porque o surdo é falante de uma outra língua – a LS;
_ porque ele se apropria da LP escrita por meio da visão;
_ porque, para ele, aprender a LP é estar em contato com a
língua de outro grupo social.” (Silva, 2011).
fim de possibilitar que os alunos interagissem. Foi uma experiência muito boa!
No grupo em que estava, cuja temática era sexualidade, havia dois alunos
surdos, sendo que um deles era oralizado, e cinco ouvintes. Durante as
discussões, os surdos participavam, davam opiniões e os alunos ouvintes
colaboravam com minha interpretação (falando mais devagar, por exemplo).
5.3.Terceiro ano C
Esse trabalho foi o que mais explorava a oralidade, o que vai ao encontro do
que estabelece os Parâmetros Curriculares Nacionais, que diz que:
A intérprete também é muito séria com seu trabalho: interpreta tanto as falas da
docente, quanto o que é discutido pelos alunos ouvintes durante as atividades
que exigem a participação de todos. Quando algum aluno surdo a chama,
durante uma fala de Norma, para uma conversa, imediatamente Zélia pede
para aguardar e só após a tradução da fala da professora abre espaço para
conversa. Durante uma entrevista que tive com ela sobre a realidade da
inclusão, Zélia me relatou que, para ela, e inclusão traz uma vantagem: como
já trabalhou em escolas especiais (bilíngues), viu que nessas instituições os
surdos são tratados como crianças, as atividades são não condizem com a
faixa etária e interesse dos alunos, diferente das escolas de inclusão.
Apesar da boa didática da professora, as aulas ainda são muito voltadas para a
maioria ouvinte. São solicitados aos alunos que leiam as obras Vidas Secas,
de Graciliano Ramos, e O quinze, de Raquel de Queiroz, para que sejam
avaliados na prova bimestral. Diferentemente dos alunos ouvintes, que têm a
língua portuguesa como materna, os alunos surdos a aprendem como segunda
língua (L2) e como todo aprendiz de L2 possuem muita dificuldade com o
léxico.
significado das palavras que lhe são desconhecidas? E são muitas! É preciso
trabalhar estratégias de leitura com esses alunos de modo diferente do que se
é trabalhado com os ouvintes. A avaliação também deve ser especial.
Apesar da professora ter relatado que os alunos surdos são avaliados de modo
diferente dos ouvintes, vi que na prática isso não acontece. Apenas na aula do
professor Calbi pude ver uma tentativa de avaliá-los de modo diferente: numa
atividade de produção de texto os alunos surdos foram avaliados conforme
participação. Se fizeram a redação, receberam os pontos da atividade. O ponto
negativo disso é que o professor apenas deu um “visto” na redação, os alunos
não tiveram um feed back. Penso que o modelo proposto por Ruiz, 2010, que
ela chama de correção textual-interativa, seria muito válido nessa situação,
uma vez que o professor deixa “bilhetes” para o alunos apontando aspectos
positivos e negativos de seu texto. A valorização do aspecto semântico do texto
do aluno surdo já é prevista no decreto 5626 de 2005:
Ministrei um total de três aulas para os alunos, sendo uma para os alunos do
segundo ano e duas para alunos do primeiro.
No segundo ano, tentei verificar como é realizar uma aula de poesia para
alunos surdos e ouvintes. Meu objetivo foi vivenciar exatamente o que o
professor e alunos passam nas salas de inclusão. Não fiz, em meu
planejamento, nenhuma adaptação no plano de aula. Planejei-a para alunos de
língua materna, mas como se tratava de uma poesia que possuía rimas, preferi
não trabalhar com seu aspecto sonoro, mas sim seu conteúdo semântico,
como pode ser visto nos anexos deste relatório, no qual descrevo todas as
etapas, que acabaram sendo adaptadas para um trabalho de uma aula.
equilíbrio: não pude tratar o aspecto sonoro do poema com os alunos surdos,
como não pude dar atenção aos grupos de alunos ouvintes, pois era preciso
atender aos surdos explicando aspectos pontuais da poesia.
Apesar de ter sido uma aula muito rica em participação – alguns alunos ficaram
chateados em saber que eu não iria ministrar mais aula naquela turma – a
professora destacou que acredita que poemas como o que escolhi, não eram
“muito bons poemas”, uma vez que ela prefere os cânones, os mais
“elaborados”. Isso nos faz pensar no que a escola ensina. Quais são os
gêneros privilegiados pela escola? São aqueles que a elite domina e, por isso,
achamos que todos devem dominar. Essa predileção acaba por desmerecer os
outros gêneros e seus papeis em outros contextos, como fica marcado na fala
da professora, uma vez que o poema de Silvana Trajano encontra-se na
periferia de nossa literatura.
Já no primeiro ano optei por planejar duas aulas que incluíssem estratégias de
leitura de segunda língua, como pode ser visto nos anexos. Minhas maiores
dificuldades em aplicar o planejado foram: agitação dos alunos, conversas
paralelas, uso de celulares e o que chamei de “escolha de interpretação” por
parte do intérprete.
O objetivo dessas aulas foi exatamente levar os alunos a pensar sobre a língua
e suas mais diversas possibilidades de uso – não só quanto à língua
portuguesa, mas também quanto à Libras. Para Cora Coralina, 1996, “(...) a
língua é viva e móvel. Os gramáticos a querem estática, solene, rígida. Só o
povo a faz renovada e corrente sem por isso escrever mal.”. Um dos pontos
discutidos com os alunos era exatamente esse: quem escreve mal na internet
fará o mesmo em uma produção de texto, por exemplo? Com isso refletimos
sobre o papel de uma língua, sua renovação e criação de novas palavras,
dentre outros temas.
6.Conclusão
Como pontos positivos, destaco o bom recebimento que tive por parte dos
professores e alunos, o curso de Libras oferecido aos alunos e professores
ouvintes e a biblioteca muito bem equipada. Como negativos cito o
desinteresse dos alunos nas aulas, a desmotivação de alguns dos professores,
o excesso de alunos em sala de aula.
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7. Bibliografia
8.Anexos
INTRODUÇÃO
O poema é um gênero literário muitas vezes pouco explorado em sala
de aula, o que acaba contribuindo para aumentar o receio que muitos alunos
têm ao se deparar com ele. Muitos reclamam da dificuldade de interpretação,
fator que se agrava com a proposta de leitura que desconsidera o contexto de
produção desse tipo de texto.
Considerando que a poesia é um registro de uma manifestação cultural,
esta aula pretende mostrar como a identificação do contexto de produção e a
relação dele com o poema são importantes para o entendimento da poesia.
o Esta aula é indicada para alunos do 2º ano do Ensino Médio, no CBC – Conteúdo
Básico Comum, a temática escolhida integra o eixo III que se refere a “A Literatura
Brasileira e outras Manifestações Culturais”, abordando o conteúdo “Vida social e
política na literatura brasileira”
OBJETIVO
- Identificar, nos poemas estudados, o contexto de produção (fatos históricos,
época de produção);
- Reconhecer que a poesia é a visão de mundo do seu produtor, e que esta
visão depende de quem escreve.
- Compreender e usar, produtiva e autonomamente, estratégias de interação com
textos literários.
HABILIDADES
- Capacidade de interpretação de poemas;
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PLANEJAMENTO
- Providenciar aparelho projetor ou cópia xerográfica para exibir o conteúdo
teórico e os poemas;
- Se possível, providenciar as obras que contém os poemas para apresentar
para a turma. Informar-se sobre o autor e sua obra para contextualizar os
alunos.
- Preparar a leitura do material de suporte teórico para ministrar a aula. Texto A
poesia como registro de uma manifestação cultural, de CAMPOS et all.
PROCEDIMENTO
O poema foi escrito em junho de 2013, durante as manifestações ocorridas no Brasil. A crítica evidencia a
reação violenta da polícia com os manifestantes que reivindicavam nas ruas melhores condições sociais
no país, como transporte, saúde e educação. A obra faz parte da coletânea Vinagre: uma antologia de
poetas neobarracos, disponível virtualmente.
- Após levantar essas informações, sinalizar as respostas corretas para os
alunos e apresentar a autora, bem como a coletânea da qual o poema foi
retirado ressaltando a questão do papel social da poesia.
AVALIAÇÃO
A turma será avaliada por meio da participação. A aula se concretiza em
forma de questionamentos orais, o que se faz um instrumento medidor de
conhecimentos prévios e consolidados durante a atividade. Cabe ao professor
instigar a participação de todos de modo que o conhecimento seja construído
em grupo.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. 16. ed. Rio de Janeiro ;
São Paulo: Record, c1995. 205p
ELIOT, T. S. De poesia e poetas. São Paulo: Brasiliense, 1991. (p. 25-37)
OVELHINHAS
Silvana Trajano
Ovelha, ovelhinha
Quem mandou sair da linha?
Num rebanho tão obediente
Que história é essa de ser diferente?
E não é que outra segue bem animada
Atrás da ovelhinha desgarrada?
E mais uma e duas e de repente
Quantas ovelhinhas transviadas!
Lá vão as desencaminhadas
Berram velhas ovelhas, indignadas
INTRODUÇÃO
Muito se ouve dizer por parte dos professores e pais de alunos que hoje
em dia “os adolescentes escrevem e leem muito pouco”. Acontece que fora dos
muros da sala de aula os jovem escrevem e leem sim! E muito! São
bilhetinhos, poemas de amor, livros best sellers, e, claro, a comunicação virtual:
blogs, facebook, e-mails, twitter e vários outros. Mas por que os alunos não
gostam de ler e escrever em sala de aula? E quanto aos “erros gramaticais”?
Eles ignoram mesmo as regras?
Acreditando no quão importante seja debater questões como o lugar de
fala, a função da língua e o objetivo da mensagem, o professor usará a sala de
aula como um lugar de exposição de ideias e mediará um debate sobre o tema.
Aproveitar-se-á também para explicar o que é “erro de português”, o que pode
ser considerado adequado num dado contexto linguístico pode inadequado em
outro e outras questões reflexivas sobre a língua.
Esta aula é indicada para alunos do 1º ano do Ensino Médio e pode ser
trabalhada em salas de aula de inclusão que contenha alunos ouvintes e
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OBJETIVO
- Analisar como o português brasileiro atual está inserido no mundo globalizado
e quais as consequências disso na língua (empréstimos, neologismos e
arcaísmos).
- Analisar as condições de uso e os efeitos de sentido de estrangeirismos.
- Trabalhar os conceitos de erro de português, adequação e inadequação
vocabular.
- Mostrar que cada situação comunicativa seleciona um determinado tipo de
uso da língua, podendo ser mais ou menos formal.
- Desmitificar o mito que os estrangeirismos são prejudiciais a uma língua.
- Mostrar exemplos de estrangeirismos no português e na Libras.
HABILIDADES
- Reconhecer que o sentido não está apenas nas formas linguísticas, mas na
interação que relaciona usuários, formas, situação comunicativa e contexto,
segundo o CBC.
- Capacidade de argumentar de forma consistente.
- Capacidade de se posicionar diante de um texto: a favor ou contra as ideias
defendidas pelo autor.
- Distinguir e selecionar diferentes usos da língua portuguesa e adequá-los a
distintos contextos.
- Perceber que existem diferentes níveis de formalidade e informalidade.
PLANEJAMENTO
- Providenciar aparelho projetor ou cópia xerográfica para exibir ou distribuir o
texto “Internetês” traz novas palavras, de Fábio Cherubini.
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PROCEDIMENTO
Primeira aula
1ª etapa (15 minutos): Pré leitura
O professor poderá começar sua aula perguntando aos alunos sobre o
uso da internet: se eles têm acesso à Internet, que tipo de site eles acessam e
com qual frequência, qual o tipo de linguagem eles costumam usar nesses
espaços virtuais, etc.
.Título: sobre qual tema o texto irá tratar? O que é internetês? Importante
indagar se eles conhecem a palavra e qual seu significado.
.Data: Explicar que é importante saber o período que foi escrito o texto, pois
ele está inserido num contexto social, econômico e político da época, que
muitos textos dependem desse conhecimento para serem interpretados. Pode-
se citar um exemplo.
Dica: trabalhe esse item detalhadamente com os alunos surdos, pelo fato do
português ser uma segunda língua para eles. Peça-os para procurar palavras
chaves, se há alguma palavra que se repita bastante ao longo do texto, qual o
sentido da figura no texto, etc.
Solicite a eles que façam uma leitura silenciosa. Sugestão: Peça aos
alunos surdos para que se sentem em duplas ou em trios para realizarem a
leitura em grupo, de modo que um possa ajudar ao outro.
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Após a leitura silenciosa, o professor fará uma leitura em voz alta. Neste
caso, o intérprete interpretará o texto para os alunos surdos.
2) Para o escritor Tezza, “Quem já escrevia mal vai fazer o mesmo na internet,
enquanto as pessoas que escreviam bem não vão deixar de fazer isso por
causa dela. O que temos é na verdade um problema na educação brasileira,
que independe dos computadores.” Dessa afirmação, pode-se concluir que:
a) As pessoas que passam muito tempo na internet escreverão cada vez pior
quando forem escrever em outros meios de comunicação.
c) A internet não é a vilã das pessoas que escrevem mal. Pois aquelas que
escrevem mal fora da internet, quando a usarem só repetirão as mesmas
inadequações.
d) Enche; abreviações.
4) Nas afirmativas abaixo sobre o texto, há duas que estão incorretas. Marque-
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as.
AVALIAÇÃO
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Texto
Já é comum, por exemplo, usar til no lugar de aspas para ressaltar uma palavra
– ~assim~. Escrever palavras inteiras em maiúsculo no meio de uma frase tem
o MESMO objetivo. Há também aquelas que são grafadas de forma errada,
mas que cumprem seu papel, como CORRÃO, em tom de humor. Mas isso
significa que a influência da internet é tanta a ponto de contribuir para a
transformação da língua portuguesa? Em parte, sim.
‘link’ e ‘deletar’. Mas elas não vêm necessariamente da internet, e sim do maior
uso da informática e do inglês nas nossas vidas”, explica o professor de
Linguística da UFPR Bruno Dallari.
Fala e escrita
Já para Tezza, o que acontece é que a inclusão gerada pela rede revelou
pessoas que não tinham o costume de se comunicar pela escrita, o que explica
tantos erros gritantes. “Quem já escrevia mal vai fazer o mesmo na internet,
enquanto as pessoas que escreviam bem não vão deixar de fazer isso por
causa dela. O que temos é na verdade um problema na educação brasileira,
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#todoslembra
Na internet, os bordões vão e vêm com facilidade. Reveja alguns dos mais
usados e repetidos pela rede
só que não
sua linda
vem gente
só que ao contrário
sou desses
todos chora, todos vai…
ri litros
#chatiado
tomar uns bons drink
REFERÊNCIAS
BAGNO, Marcos. Preconceito linguistico: o que é, como se faz. São Paulo:
Loyola, 1999, p. 52-61.
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/minicursos/portugues_em/
eixo1.htm
http://www.gazetadopovo.com.br/gaz/mundobit/a-fantastica-fabrica-de-
palavras/
http://jornalistasdetalento.blogspot.com.br/2012/02/perfil-de-talento-fabio-
cherubini.html
http://www.metropoledigital.ufrn.br/aulas/disciplinas/ingles/aula_02.html
Entrevistas
Materiais distribuídos em sala
Atividades feitas pelos alunos