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Como ajudar o aluno a atingir seus objetivos e ensinar o que ele necessita ?
Gradativamente. Não esquecendo que a língua é como a construção de uma casa, tijolo por tijolo.
Portanto, se esquecermos de colocar um só tijolo que seja, isto causará um buraco no processo de
ensino-aprendizagem do aluno que lhe poderá afetar ao longo do curso.
2. Cuidado! O livro-texto não deve ser sua tábua de salvação, pois terminará delineando seu trabalho
ou delimitando-o. Use e abuse do material que disponibilizamos em nosso Blog.
3. O uso somente do livro-texto como única ferramenta não garantirá o desenvolvimento do ELFO
(=Escrever, Ler, Falar, Ouvir). Temos muito material para este fim.
4. Sempre haverá a necessidade de suplementar o livro-texto com material extra, para isto o professor
também poderá contar com material fornecido pelas supervisoras e/ou disponibilizados em nosso
Blog.
5. Tenha muito cuidado para não passar para o aluno a ideia de que o livro-texto é a única referência
da matéria a ser estudada.
6. Normalmente, o aluno espera que o livro-texto seja usado por completo, sem “pular” nenhuma
página, e às vezes, nem mesmo nenhum de seus exercícios.
Portanto sugerimos 2 coisas:
a) Recicle o exercício usando sua criatividade;
b) Se tiver que pular um exercício, explique sua decisão ao aluno (já fizemos outro
parecido, voltaremos nesse exercício na hora da revisão, etc.).
7. Cautela! Os alunos não aprenderão gramática lendo apenas o apêndice gramatical do livro-texto. Ele
é apenas uma referência e jamais substituirá a sistematização da gramática pelo professor em sala de
aula; reforços com resumos; quadros impressos; exercícios vários; links para pesquisar, etc.
8. De nenhuma maneira baseie-se e/ou indique ao aluno que consulte um tema gramatical no
apêndice do livro-texto, ele apresenta várias irregularidades como: erros, informações incompletas,
etc. Na dúvida, a melhor prática é consultar sua supervisora.
GRADE GRAMATICAL
PROGRAMA DE PORTUGUÊS – NÍVEL 1 AO 6
NÍVEL 1 – CICLO BÁSICO
OBJETIVOS FONOLÓGICOS
Nas duas primeiras aulas, deverá introduzir as regras de fonética com sua respectiva introdução:
conceito de fonema, letra e fonema, classificação dos fonemas (sensibilização), encontros vocálicos;
consonantais e dígrafos (sensibilização), notações léxicas, o alfabeto, as regras fonéticas propriamente
ditas. A ordem de exposição dos itens citados; permanece a critério de cada professor.
Neste ciclo de aprendizagem, o ensino adequado das regras de fonética são sumamente importantes
para o aluno, pois sua capacidade produtiva oral é imensamente inferior ou quase nula comparada a sua
capacidade receptiva auditiva.
É fundamental a dedicação apurada e primorosa no trabalho e desenvolvimento de cada aula das regras
básicas de fonética, estabelecendo e marcando as dificuldades dos hispano-falantes na produção de
determinados fonemas.
Dê ênfase às vogais e suas variantes fonológicas nos ditongos orais e nasais e às consoantes com suas
variantes de entonação e dicção, lembrando que o trabalho com as vogais é o responsável pela
naturalização fonética na pronúncia do português; enquanto o trabalho com as consoantes é pela
desnaturalização fonética do idioma espanhol.
Lembre-se que, excetuando os alunos que já estudaram ou estudam outro idioma, quase a totalidade
dos alunos está tendo contato pela primeira vez com o estudo do idioma de forma sistemática,
ordenada e planificada. Neste sentido, durante todo o curso, deve haver momentos de sistematização
de aspectos fonético-fonológicos. Desta forma o aprendiz vai, pouco a pouco, internalizando-os e
incorporando-os em sua produção oral.
Dê as regras de fonética utilizando o “Guia de Fonologia e Fonética” de nosso departamento para tal
fim. Vale a pena recordar que existe uma versão deste guia para alunos, que pode ser enviada por e-
mail ou entregue em mãos.
* Consulte “Categoria 14. Fonética”, disponível em nosso Blog no seguinte link:
http://deptoportuguescui.wordpress.com/category/14-fonetica/
Devemos usar uma prática de gerenciamento e administração dos erros dos alunos nas aulas. Se os
analisarmos como evidências ou ¨termômetros¨ de como se está dando o processo de aprendizagem,
poderemos determinar as diferentes maneiras para corrigi-los. O professor tem que evidenciar e mostrar
o erro que o aluno cometeu para que ele perceba sua falha e opere as mudanças necessárias para a
correção. Para isto, use as sugestões do ”Instrutivo Início Cursos”.
* Consulte “Instrutivo Início Cursos”, disponível em nosso Blog no seguinte link:
http://deptoportuguescui.files.wordpress.com/2011/09/instrutivo-inc3adcio-aulas.pdf
PONTOS FRACOS DO LIVRO-TEXTO
Lembre-se que TODOS OS TEMAS SERÃO AVALIADOS NO EXAME FINAL. Portanto, devem ser
sistematizados pelo professor e exercitados pelos alunos.
Considere que pode acontecer que um tema gramatical que esteja no caderno de exercícios, não esteja
no apêndice gramatical do livro-texto ou esteja incompleto, como os que observaremos abaixo:
a) O alfabeto.
d) Pronomes interrogativos.
RECOMENDAÇÕES PEDAGÓGICAS
Com relação ao processo de ensino-aprendizagem, o aluno apresenta um caráter de subordinação e
dependência ao professor.
Como material complementar, o professor poderá utilizar tudo o que o departamento disponibiliza em
nosso Blog.
* Consulte o Blog, através do seguinte link:
http://deptoportuguescui.wordpress.com/
OBSERVAÇÕES
Considere que neste nível devemos explorar as habilidades comunicativas básicas da vida quotidiana.
Também que já no primeiro nível podemos e devemos falar de “Conectivos” e de “Paralelismo Verbal”,
lembrando sempre de que a “Preposição” também é um CONECTIVO (para palavras subordinadas), da
mesma forma que as “Conjunções Coordenativas” (para orações independentes). Ainda, de que o
trabalho com a formação de orações, utilizando-se de diferentes tempos do “Modo Indicativo”; também
se trata de “Paralelismo Verbal”. Conectivos e Paralelismo Verbal; os alunos têm que estar familiarizados
com este vocabulário para que não tenham inconvenientes no próximo nível com os “Conectivos
Subordinativos” e o “Consecutio Temporum” (Paralelismo Verbal subordinativo).
Neste nível devemos explorar as habilidades comunicativas básicas da vida cotidiana, tais como:
cumprimentar; indicar preferências e emitir opiniões; descrever figuras; responder perguntas diretas;
relatar atividades; elaborar pequenos diálogos; expressar um desejo.
OBJETIVOS COMUNICATIVOS
― Apresentar o curso, o professor e os alunos.
― Cumprimentar utilizando expressões e diferentes níveis de linguagem (formal e informal).
― Indicar preferências, emitir opiniões e apreciações.
― Descrever figuras e realizar comentários.
― Elaborar questões e responder perguntas (afirmativamente ou negativamente).
― Relatar atividades.
― Responder informações sobre textos.
― Elaborar pequenos diálogos, em duplas, empregando adequadamente as formas de tratamento.
― Expressar um desejo.
― Argumentar, responder, exigir, pedir, descrever, caracterizar.
CONTEÚDOS GRAMATICAIS
DESENVOLVIMENTO
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
AULA 07 livro-texto
Escritura + Oralidade
AULA 08
(começar da página 21)
AULA 09
Audição + Oralidade
AULA 10
AULA 11
Início do trabalho com o
AULA 12 caderno de exercícios Leitura + Oralidade
AULA 13
AULA 14
(começar da página 00) Escritura + Oralidade
A meta é evitar a tradicional rota gramatical determinada pelo livro texto utilizado para este nível, onde
a aprendizagem de elementos básicos somente ocorre depois de dois ou três após o início do curso.
Esta planificação pedagógica retarda em grande parte a autonomia linguística inicial do aluno, causando
uma percepção de estagnação e perda de tempo com a consequente frustração linguística. Este quadro
toma ainda mais sentido ao considerarmos o perfil do aluno hispano-falante iniciante que é ao principio
do curso de português, tipicamente ansioso e impaciente.
Ao longo do tempo, observou-se em vários cursos de nível 01 do Ciclo básico, que o estudante deste
nível, motiva-se enormemente quando se sente seguro linguisticamente ainda que possua e/ou conheça
elementos linguísticos rudimentares.
Com poucas semanas de estudo do idioma, sua percepção motivacional altera-se radicalmente, em seu
sentido positivo, ao possuir e/ou conhecer elementos básicos ou primários que lhe possibilitem
construir semi-frases ou frases, ainda que sejam rudimentares ou incorretas.
PRONOMES PESSOAIS
São palavras que substituem os nomes e representam as pessoas do discurso.
Espanhol Português
(variação argentina) (variação brasileira)
1ª. pessoa yo eu
SINGULAR 2ª. pessoa vos tu *¹, você *² o senhor *³, a senhora *³
3ª. pessoa él, ella ele, ela
*² Pronome “você”
É um pronome de tratamento pessoal, empregado como forma de intimidade ou infomalidade. Também
se emprega, fora do campo da intimidade, como tratamento de igual para igual ou de superior para
inferior.
Seu uso verbal se dá na segunda pessoa (substituição do pronome “tu”), porém, é conjugado como a
terceira pessoa (ele) por tratar-se de um pronome de tratamento. No português de Portugal, "você" é
utilizado em situação formal, enquanto "tu" é usado em situação informal.
Sua origem etimológica encontra-se na expressão de tratamento de deferência "vossa mercê", que
evoluiu sucessivamente a "vossemecê", "vosmecê", "vancê" e “você”. "Vossa mercê" (mercê significa
graça, concessão) era um tratamento dado a pessoas às quais não era possível se dirigir pelo pronome
tu. Em galego a expressão evoluiu para o termo vostede.
*³ Pronomes de tratamento “o(s) senhor(es)”, “a(s) senhora(s)”
O senhor, a senhora são, nas variantes europeia e americana do português, formas de respeito ou de
cortesia e, como tais, opõem-se a “tu” e “você” que exprimem intimidade ou informalidade.
Seu uso verbal se dá na 3ª. pessoa do singular ou plural por tratarem-se de pronomes de tratamento.
GÊNERO*¹,*²
GRAU*¹,*² NÚMERO*¹,*² Masculino Feminino
1ª. PESSOA eu meu(s) minha(s)
SINGULAR 2ª. PESSOA você seu (s) sua (s)
3ª. PESSOA ele, ela seu (s) dele(s) *³ sua (s) dela(s) *³
VARIÁVEIS*¹, *²
MASCULINO FEMININO
INVARIÁVEIS*¹, *³
NÚMERO SINGULAR PLURAL SINGULAR PLURAL
1ª. PESSOA o falante este estes esta estas isto
2ª. PESSOA o ouvinte esse esses essa essas isso
3ª. PESSOA de quem se fala aquele aqueles aquela aquelas aquilo
MASCULINO FEMININO
SINGULAR PLURAL SINGULAR PLURAL
DEFINIDOS o *¹,*²,*³ os *¹,*²,*³ a *¹,*²,*³ as *¹,*²,*³
CLASSIFICAÇÃO
a *³, ante, após, até, com, contra, de *³, desde, em *³, entre, para *⁴,
ESSENCIAIS *¹ per *³, perante, por, sem, sob, sobre, trás
*¹ Preposições
Essenciais: são aquelas que sempre foram preposições.
Acidentais: são aquelas que passaram a ser preposições depois de exercerem na língua outras funções.
b) Combinação: quando nessa união a preposição não perde nenhum fonema; temos somente duas
situações:
― “ao”: contração da preposição “a” + artigo definido “o”
― “à”: contração da preposição “a” + artigo definido “a”. Esta união é somente ortográfica,
indicando uma estrutura denominada “acento crase”.
Pra, pro, pras e pros são formas sincopadas das contrações de “para” + “a(s)”; “para” + “o(s)”.
Em uma linguagem dissertativa, deve ser evitada. Estas formas sincopadas são usadas somente em
situações coloquiais ou domésticas, devendo somente ser utilizadas para representar a pronúncia
popular. É normal que se utilize na linguagem falada/escrita coloquial, mas se deve evitar na linguagem
falada/escrita formal.
É bom ressaltar, entretanto, que o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLPE) registra a
existência da forma sincopada "pra", atribuindo-lhe a equivalência de preposição. Esse registro também
existe nos principais dicionários da Língua Portuguesa que são editados no Brasil. Há, porém, quase que
um consenso quanto à não conveniência de sua utilização na linguagem falada/escrita formal.
QUADRO GERAL CONTRAÇÕES E COMBINAÇÕES OBRIGATÓRIO
NÃO
OBRIGATÓRIO
*¹ Martinho de Dume
Foi um bispo de Braga e de Dume, considerado santo pela Igreja Católica. Nasceu na Panónia, atual
Hungria, no século VI.
É tido como o apóstolo dos Suevos, responsável maior por sua conversão do arianismo ao catolicismo.
É também uma figura de capital importância para a história da cultura e língua portuguesas.
Considerando indigno de bons cristãos que se continuasse a chamar os dias da semana pelos nomes
latinos pagãos, foi o primeiro a usar a terminologia eclesiástica para designá-los.
Isto explica o fato de os mais antigos documentos redigidos em português, fortemente influenciados
por este latim eclesiástico, não terem qualquer vestígio da velha designação romana dos dias da
semana, prova da forte ação desenvolvida por Martinho e seus sucessores na substituição dos nomes.
*² Feira:
Uma feira é um evento em um local público em que as pessoas, em dias e épocas predeterminados,
expõem e vendem mercadorias. Também é uma designação complementar dos cinco dias úteis da
semana: segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira e sexta-feira.
A etimologia da palavra "feira" demonstra que a religião andou de mãos dadas com o comércio. A
palavra latina feria, que significa "dia santo ou feriado", é a palavra que deu origem à portuguesa "feira"
e à espanhola feria.
Durante a realização das feiras medievais, interrompiam-se guerras; a paz era garantida para que os
vendedores, dispostos lado a lado, pudessem trabalhar com segurança.
*³ O dia de Domingo
Também conhecido como Prima Feria era o dia em que os cristãos reuniam-se para fazer sua reunião de
culto em memória a Ressurreição de Cristo, dia de descanso para os cristãos.
A Tradição Apostólica fixa o dia de descanso dos cristãos no Domingo, em homenagem à ressurreição
de Cristo.[1] Em 325 D.C., as orientações decididas no Primeiro Concílio de Niceia,confirmam a Tradição
Apostólica.
*⁴ O Sabbatum
Era originado diretamente do hebreu Shabbat, de conotação religiosa, em uma época em que os
hebreus formavam um só povo e uma só cultura.
O dia Shabbat, era o dia de descanso dos israelitas que por essa razão afluíam com mais frequência a
sinagoga, hoje é o sábado, último dia de seu calendário semanal, sendo este o dia de descanso para os
judeus.
Durante a Reforma do Calendário Romano a cargo de Constantino I, o Grande - substitui-se o nome de "
Saturni Dies " que significa "Dia de Saturno" - forma como os pagãos referiam-se ao sábado - para
"Sabatum" introduzindo devido a influência cristã o dia de Sábado no calendário ocidental.
MESES DO ANO
É uma palavra invariável que liga um termo dependente a um termo principal, estabelecendo uma
relação entre ambos.
Homenagem a Jano, deus de duas faces, uma voltada para frente e outra para trás.
1°. mês JANEIRO Protetor das entradas e saídas, ele era considerado também deus dos princípios e
começos - como a primeira hora do dia e o primeiro mês do ano.
Dedicado a Marte, deus da guerra. Nesse mês - o primeiro do ano antes da reforma
3°. mês MARÇO feita por Pompílio -, escudos sagrados eram levados pelos sacerdotes em volta da
cidade, em homenagem à divindade.
Existem duas hipóteses. A primeira diz que o nome seria uma homenagem a Afrodite,
deusa do amor, a quem o mês é consagrado. A segunda afirma que ele seria derivado
4°. mês ABRIL da palavra latina aperire, referência à abertura das flores, já que, nesse período, é
primavera no hemisfério norte.
Deusa responsável pelo crescimento das plantas e mãe de Mercúrio, Maia era a
5°. mês MAIO divindade celebrada nessa época do ano.
O nome original Sextilis foi substituído, em 8 D.C., para homenagear o imperador César
8°. mês AGOSTO Augusto, que reformou a estrutura de governo do Império Romano, além de somar a
ele novos territórios.
O nome vem do latim septem, ou sete. Esse era o sétimo mês do primeiro calendário
9°. mês SETEMBRO romano, antes da reforma de Pompílio.
10°. mês OUTUBRO Vem do latim octo, ou oito. Era o oitavo mês antes da reforma de Pompílio.
ARÁBICOS CARDINAIS
1
2
um
dois
MILHAR CENTENA DEZENA UNIDADE
3
4
três
quatro
e e
5 cinco
6 seis
7 sete 1 2 3 6
8 oito e e
9 nove
10 dez
11 onze 0 4 6 8
12 doze e e
13 treze
14
15
quatorze (Brasil)
quinze 0 0 7 9
16 dezesseis e
17 dezessete
18 dezoito
1 5 0 0
19
20
dezenove
vinte
e
21 vinte e um
30 trinta
1 5 0 1
40
50
quarenta
cinquenta e
60 sessenta
70 setenta 1 5 1 0
80
90
oitenta
noventa
e
100 cem
200 duzentos
300 trezentos
400 quatrocentos
500 quinhentos
600 seiscentos
700 setecentos
800 oitocentos
900 novecentos
1000 mil
10. 000 dez mil
100. 000 cem mil
1 .000. 000 um milhão
BIBLIOGRAFIA
Gramática Ilustrada
Hildebrando A. de André
Evanildo Bechara