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Este impulso pela dominação nasce, segundo Horkheimer e Adorno, do medo da perda
do próprio Eu, medo que se revela em toda situação de ameaça do sujeito em face do
desconhecido. Em outras palavras, tanto o mito/religião, quanto a ciência, têm origem
comum: controlar as forças desconhecidas da natureza. Ulisses, na Odisseia, decidiu que,
para não ser seduzido pelo belo e encantador canto das sereias, ele seria amarrado ao
Crítica à noção de progresso: não é por meio da razão instrumental ocidental que
virá a salvação da humanidade.
“Marx diz que as revoluções são as locomotivas da história; talvez seja o contrário.
Elas são os freios de emergência da humanidade que viaja nesse trem” Walter Benjamin
O que é preciso fazer? Re-encantar o mundo! Reinterrogar a razão para ela cumprir as
suas tarefas não-efetivadas, tudo o que ficou a dever às suas próprias esperanças. É
preciso que a razão, mantendo o que nos legou o cálculo, concilie-nos com a incerteza da
realidade. É preciso uma nova apreensão do tempo e da fruição da vida, que não seja o
tempo industrial. Marcuse disse: “é preciso que as leis da razão sejam conciliadas com os
interesses dos sentidos.” Sensação, sensualidade e sensibilidade; eis os três “S” que podem
nos salvar. Aristóteles acertou em cheio: a arte tem um potencial catártico. É preciso saltar
para fora do progresso!