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No senso comum, o termo “bárbaro” ou “barbárie” é empregado para designar o que não é civilizado,
algo rude, grosseiro, selvagem e agressivo. O bárbaro seria o indivíduo que não usa a razão ou argumentos para
resolver seus impasses. Quando os interesses do outro entram em conflito com os seus, o bárbaro tenta
confrontá-lo por meio da agressão, usando a força bruta para aniquilar o oponente e atingir seus objetivos: essa é
a noção usual do termo. Esse tipo de conduta é assemelhado à maneira como se comportam os demais animais,
que agem sem remorso, orientados apenas pelo instinto de sobrevivência.
A maioria dos pensadores do Iluminismo defendeu a ideia de que, quanto mais evoluídas fossem as
sociedades humanas, menos frequentes seriam as ações bárbaras. O desenvolvimento econômico e técnico-
científico supostamente contribuiria para o convívio cordial e harmônico entre as pessoas. Quer dizer, imaginava-
se que a humanidade caminharia para o seu aprimoramento na mesma velocidade com que as inovações
científico-tecnológicas e a economia avançavam.
Parece que o progresso, em vez de sufocar a irracionalidade humana, foi capaz de intensificá-la. Como
explicar essa situação. Como o desenvolvimento científico e tecnológico pôde trazer tanta destruição. Por que a
reflexão racional não se opôs ao fascismo, ao nazismo, ao stalinismo e às duas grandes guerras?
A Escola de Frankfurt
A Escola de Frankfurt foi fundada na Alemanha em 1923 com o nome de Instituto de Pesquisa Social. Em
1931, o filósofo alemão Max Horkheimer assumiu a direção da entidade, que passou a ser associada à
Universidade de Frankfurt. Os pensadores que se reuniram em torno da Escola de Frankfurt buscaram
compreender a complexa realidade pela qual o mundo passava, em seus mais diversos aspectos – econômico,
social, psicológico, filosófico e artístico. Eles foram influenciados pela teoria marxista, o que não os impediu de
submetê-la à crítica. Entre os frankfurtianos, além de Horkheimer, destacaram-se os filósofos Theodor Adorno,
Herbert Marcuse, o crítico literário Walter Benjamin e o psicólogo e sociólogo Erich Fromm.