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Política

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Por Ludwig von Mises

13/04/2024

O que os nazistas copiaram de


Marx
Para ambos, a mente de um indivíduo é determinada por
sua classe social ou etnia

Nota do Editor:

Os marxistas, incapazes de refutar as ideias de seus


adversários e incapazes até mesmo de validar as suas próprias
ideias, se fundamentaram no polilogismo para levar adiante
sua ideologia.

Em poucas palavras, o polilogismo é a crença de que há uma


variedade de formas de lógica, que estão subdivididas de
acordo com as características de grupos humanos. É uma
crença inerentemente racista. Esse polilogismo foi a base
sobre a qual se assentou e avançou o nazismo alemão,
provocando consequências devastadoras sobre o povo judeu.

Hoje, quase 80 anos após a queda do regime nazista, o


antissemitismo ganhou novo fôlego, em especial entre os
adeptos da ideologia marxista. Os ataques terroristas do dia 7
de outubro e a posterior guerra entre Israel e Gaza na Faixa
de Gaza foram o estopim para esse aumento do
antissemitismo no Brasil. Falas do presidente Lula pioraram a
situação.

No artigo a seguir, Mises combate o polilogismo e denuncia


sua origem. "Trata-se da substituição da razão e da ciência
pela superstição. É a mentalidade característica de uma era
caótica".

_______________________________________________________

O marxismo afirma que a forma de pensar de uma pessoa é


determinada pela classe a que pertence. Toda classe social
tem sua lógica própria. Logo, o produto do pensamento de um
determinado indivíduo não pode ser nada além de um
"disfarce ideológico" dos interesses egoístas da classe à qual
ele pertence.

A tarefa de uma "sociologia do conhecimento", segundo os


marxistas, é desmascarar filosofias e teorias científicas e expor
o seu vazio "ideológico". A economia seria um expediente
"burguês" e os economistas são sicofantas do capital. Somente
a sociedade sem classes da utopia socialista substituirá as
mentiras "ideológicas" pela verdade.

Este polilogismo, posteriormente, assumiu várias outras


formas. O historicismo afirma que a estrutura lógica da ação e
do pensamento humano está sujeita a mudanças no curso da
evolução histórica.O polilogismo racial atribui a cada raça uma
lógica própria.

O polilogismo, portanto, é a crença de que há uma


multiplicidade de irreconciliáveis formas de lógica dentro da
população humana, e estas formas estão subdivididas em
algumas características grupais.

Os nazistas fizeram amplo uso do polilogismo. Mas os nazistas


não inventaram o polilogismo. Eles apenas criaram seu próprio
estilo de polilogismo.

A lógica da mente
Até a metade do século XIX, ninguém se atrevia a questionar
o fato de que a estrutura lógica da mente era imutável e
comum a todos os seres humanos. Todas as interrelações
humanas são baseadas nesta premissa de que há uma
estrutura lógica uniforme. Podemos dialogar uns com os
outros apenas porque podemos recorrer a algo em comum a
todos nós: a estrutura lógica da razão.

Alguns homens têm a capacidade de pensar de forma mais


profunda e refinada do que outros. Há homens que
infelizmente não conseguem compreender um processo de
inferência em cadeias lógicas de pensamento dedutivo. Mas,
considerando-se que um homem seja capaz de pensar e trilhar
um processo de pensamento discursivo, ele sempre aderirá
aos mesmos princípios fundamentais de raciocínio que são
utilizados por todos os outros homens.

Há pessoas que não conseguem contar além de três; mas sua


contagem, até onde ele consegue ir, não difere da contagem
de Gauss ou de Laplace. Nenhum historiador ou viajante
jamais nos trouxe nenhuma informação sobre povos para
quem A e não-A fossem idênticos, ou sobre povos que não
conseguissem perceber a diferença entre afirmação e negação.
Diariamente, é verdade, as pessoas violam os princípios
lógicos da razão. Mas qualquer um que se puser a examinar
suas deduções de forma competente será capaz de descobrir
seus erros.

Uma vez que todos consideram tais fatos inquestionáveis, os


homens são capazes de entrar em discussões e
argumentações. Eles conversam entre si, escrevem cartas e
livros, tentam provar ou refutar. A cooperação social e
intelectual entre os homens seria impossível se a realidade
não fosse essa. Nossas mentes simplesmente não são capazes
de imaginar um mundo povoado por homens com estruturas
lógicas distintas entre si ou com estruturas lógicas diferentes
da nossa.

Surge Marx

Mesmo assim, durante o século XIX, este fato inquestionável


foi contestado. Marx e os marxistas, entre eles o "filósofo
proletário" Dietzgen, ensinaram que o pensamento é
determinado pela classe social do pensador.

O que o pensamento produz não é a verdade, mas apenas


"ideologias". Esta palavra significa, no contexto da filosofia
marxista, um disfarce dos interesses egoístas da classe social
à qual pertence o pensador. Por conseguinte, seria inútil
discutir qualquer coisa com pessoas de outra classe social.

Não seria necessário refutar ideologias por meio do raciocínio


discursivo; ideologias devem apenas ser desmascaradas,
denunciando a classe e a origem social de seus autores.
Assim, os marxistas não discutem os méritos das teorias
científicas; eles simplesmente revelam a origem "burguesa"
dos cientistas.

Os marxistas se refugiam no polilogismo porque não


conseguem refutar com métodos lógicos as teorias
desenvolvidas pela ciência econômica "burguesa"; tampouco
conseguem responder às inferências derivadas destas teorias,
como as que demonstram a impossibilidade prática do
socialismo.

Dado que não conseguiram demonstrar racionalmente a


validade de suas idéias e nem a invalidade das idéias de seus
adversários, eles simplesmente passaram a condenar os
métodos lógicos. O sucesso deste estratagema marxista foi
sem precedentes. Ele se tornou uma blindagem contra
qualquer crítica racional à pseudo-economia e à pseudo-
sociologia marxistas. Ele fez com que todas as críticas
racionais ao marxismo fossem inócuas.

Foi justamente por causa dos truques do polilogismo que o


estatismo conseguiu ganhar força no pensamento moderno.

O polilogismo é incoerente

O polilogismo é tão inerentemente sem sentido, que é


impossível levá-lo consistentemente às suas últimas
consequências lógicas. Nenhum marxista foi corajoso o
suficiente para derivar todas as conclusões que seu ponto de
vista epistemológico exige. O princípio do polilogismo levaria à
inferência de que os ensinamentos marxistas também não são
objetivamente verdadeiros, mas sim apenas afirmações
"ideológicas". Mas isso os marxistas negam. Eles reivindicam
para suas próprias doutrinas o caráter de verdade absoluta.

Dietzgen ensina que "as idéias da lógica proletária não são


idéias partidárias, mas sim o resultado da mais pura e simples
lógica". Ou seja, a lógica proletária não é "ideologia", mas sim
lógica absoluta. Os atuais marxistas, que rotulam seus
ensinamentos de sociologia do conhecimento, dão provas de
sofrerem desta mesma inconsistência.

Um de seus defensores, o professor Mannheim, procura


demonstrar que há certos homens, os "intelectuais não-
engajados", que possuem o dom de apreender a verdade sem
serem vítimas de erros ideológicos. Claro, o professor
Mannheim está convencido de que ele mesmo é o maior dos
"intelectuais não-engajados". Você simplesmente não pode
refutá-lo. Se você discorda dele, você estará apenas provando
que não pertence à elite dos "intelectuais não-engajados", e
que seus pensamentos são meras tolices ideológicas.

Os nazistas copiaram a lógica

Os nacional-socialistas alemães tiveram de enfrentar o mesmo


problema dos marxistas.

Eles também não foram capazes nem de demonstrar a


veracidade de suas próprias declarações e nem de refutar as
teorias da economia e da praxeologia. Consequentemente,
eles foram buscar abrigo no polilogismo, já preparado para
eles pelos marxistas.

Sim, eles criaram sua própria marca de polilogismo. A


estrutura lógica da mente, diziam eles, é diferente para cada
nação e para cada raça. Cada raça ou nação possui sua própria
lógica e, portanto, sua própria economia, matemática, física
etc. Porém, não menos inconsistente do que o Professor
Mannheim, o professor Tirala, seu congênere defensor da
epistemologia ariana, declara que as únicas lógica e ciência
verdadeiras, corretas e perenes são as arianas.

Aos olhos dos marxistas, Ricardo, Freud, Bergson e Einstein


estão errados porque são burgueses; aos olhos dos nazistas,
estão errados porque são judeus. Um dos maiores objetivos
dos nazistas é libertar a alma ariana da poluição das filosofias
ocidentais de Descartes, Hume e John Stuart Mill. Eles estão
em busca da ciência alemã arteigen, ou seja, da ciência
adequada às características raciais dos alemães.

Como hipótese, suponhamos que as capacidades mentais do


homem sejam resultado de suas características corporais. Sim,
não podemos demonstrar a veracidade desta hipótese, mas
também não é possível demonstrar a veracidade da hipótese
oposta, conforme expressada pela hipótese teológica. Somos
forçados a admitir que não sabemos como os pensamentos
surgem dos processos fisiológicos. Temos vagas noções dos
danos causados por traumatismos ou por outras lesões
infligidas em certos órgãos do copo; sabemos que tais danos
podem restringir ou destruir por completo as capacidades e
funções mentais dos homens. Mas isso é tudo.

Seria uma enorme insolência afirmar que as ciências naturais


nos fornecem informações a respeito da suposta diversidade
da estrutura lógica da mente. O polilogismo não pode ser
derivado da fisiologia ou da anatomia, e nem de nenhuma
outra ciência natural.

Nazistas e marxistas têm o mesmo problema

Nem o polilogismo marxista e nem o nazista conseguiram ir


além de declarar que a estrutura lógica da mente é diferente
entre as várias classes ou raças. Eles nunca se atreveram a
demonstrar precisamente no quê a lógica do proletariado
difere da lógica da burguesia, ou no quê a lógica ariana difere
da lógica dos judeus ou dos ingleses.

Rejeitar a teoria das vantagens comparativas de Ricardo ou a


teoria da relatividade de Einstein por causa das origens raciais
de seus autores é inócuo. Primeiro, seria necessário
desenvolver um sistema de lógica ariana que fosse diferente
da lógica não-ariana. Depois, seria necessário examinar, ponto
a ponto, estas duas teorias concorrentes, e mostrar onde, em
cada raciocínio, são feitas inferências que são inválidas do
ponto de vista da lógica ariana mas corretas do ponto de vista
não-ariano. E, finalmente, seria necessário explicar a que tipo
de conclusão a substituição das erradas inferências não-
arianas pelas corretas inferências arianas deve chegar.

Mas isso jamais foi e jamais será tentado por ninguém. O


professor Tirala, um loquaz defensor do racismo e do
polilogismo ariano, não diz uma palavra sobre a diferença
entre a lógica ariana e a lógica não-ariana. O polilogismo, seja
ele marxista ou nazista, jamais entrou em detalhes.

O polilogismo possui um método peculiar de lidar com opiniões


divergentes. Se seus defensores não forem capazes de
descobrir as origens e o histórico de um oponente, eles
simplesmente o rotulam de "traidor". Tanto marxistas quanto
nazistas conhecem apenas duas categorias de adversários: os
alienados -- sejam eles membros de uma classe não-proletária
ou de uma raça não-ariana -- estão errados porque são
alienados; e os opositores que são de origem proletária ou
ariana estão errados porque são traidores.

Assim, eles levianamente descartam o incômodo fato de que


há divergências entre os membros daquela que dizem ser sua
classe ou sua raça.

Contradições nazistas

Os nazistas gostam de contrastar a economia alemã com as


economias judaicas e anglo-saxônicas. Mas o que chamam de
economia alemã não difere em nada de algumas tendências
observadas em outras economias. A economia nacional-
socialista foi moldada tendo por base os ensinamentos do
genovês Sismondi e dos socialistas franceses e ingleses.
Alguns dos mais velhos representantes desta suposta
economia alemã apenas importaram idéias estrangeiras para a
Alemanha. Frederick List trouxe as idéias de Alexander
Hamilton à Alemanha; Hildebrand e Brentano trouxeram as
idéias dos primeiros socialistas ingleses. A economia
alemã arteigen é praticamente igual às tendências
contemporâneas observadas em outros países, como, por
exemplo, o institucionalismo americano.

Por outro lado, o que os nazistas chamam de economia


ocidental -- e, portanto, artfremd [estranho à raça] -- é em
grande medida uma conquista de homens a quem nem mesmo
os nazistas podem negar o termo 'alemão'. Os economistas
nazistas gastaram muito tempo pesquisando a árvore
genealógica de Carl Menger à procura de antepassados
judeus; não conseguiram. É um despautério querer explicar o
conflito que há entre, de um lado, a genuína teoria econômica
e, de outro, o institucionalismo e o empiricismo histórico como
se fosse um conflito racial ou nacional.

Conclusão

O polilogismo não é uma filosofia ou uma teoria


epistemológica. É apenas uma postura de fanáticos de
mentalidade estreita que não conseguem conceber que haja
pessoas mais sensatas ou mais inteligentes que eles próprios.

Tampouco é o polilogismo algo científico. Trata-se da


substituição da razão e da ciência pela superstição. É a
mentalidade característica de uma era caótica.
Artigo extraído do livro Omnipotent Government: The Rise of
Total State and Total War, originalmente publicado em 1944.

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Leia também:

Por que o comunismo não é tão odiado quanto o nazismo,


embora tenha matado muito mais?

Por que o nazismo era socialismo e por que o socialismo é


totalitário

Afinal, os nazistas eram capitalistas, socialistas ou "terceira


via"?

*Este artigo foi originalmente publicado em 6 de junho de


2020.

Sobre o autor

Ludwig von Mises


Ludwig von Mises foi o reconhecido líder da Escola Austríaca, um
prodigioso originador na teoria econômica e um autor prolífico. Os
escritos e palestras de Mises abarcavam teoria econômica, história,
epistemologia, governo e filosofia política.

Comentários (125)

Burgues Conservador 05/02/2013


Então poligolismo é o que certos filósofos de meia tigela andam fazendo nos fóruns desse
sitio, Mises sempre fazendo a minha cultura aumentar. Ele, como sempre, destruindo o
Marxismo sem misericódia.

Anarco-individualista 05/02/2013

O tal filósofo e o tal conservador se merecem.

Marcelo 08/06/2020
Coletivismo em nome do Estado = Fascismo.
Coletivismo em nome da Classe social =
Socialismo/comunismo.
Coletivismo em nome da raça = Nazismo.

Responder

Gredson 05/02/2013
Nossa isso é um perigo do caramba, isso abre as portas para uma ditadura, em vez de
refutar uma teoria eu simplesmente ataca a pessoa.
Por isso acredito que Marxismo deveria ser tão perigoso quanto o nazismo, atualmente em
muitos países é proibido trocar idéias nazistas, inclusive no Brasil um autor de um livro foi
preso. Eu sei que vai contra a ideia de liberdade, Mas porque proíbem o nazismo e não
proíbem o Marxismo?

*42 05/12/2013

Não só não proíbem, como incentivam educadores a ensinar


História e Geografia marxistas, levando em conta o ponto de
vista da prole e evitando ao máximo enaltecer a burguesia.
Vivemos em tempos difíceis.

Estevam 26/08/2014

Há países na Europa em que se é proibido manifestar a


respeito do comunismo, se você pesquisar na internet
achará, não me lembro de cabeça.

Mas para um liberal toda ideia deve ser exposta nem que seja
para refutar. Não estou certo se o mesmo se refere ao
conservador, visto que algumas retóricas são capazes de
disparar fenômenos histéricos nos imbecilizados.

Ricardo 27/08/2014

inacreditavel.com.br/wp/fundamentos-economicos-do-
nacional-socialismo/

Ugo Mello 17/09/2022

Nos paises que sofreram sob as botas opressoras do


comunismo toda a simbologia comunista é proibida e creio
eu, criminalizado o seu uso, assim como a simbologia nazista.
Aqui no Brasil "capitalizaram" os simbolos comunistas. Daí a
contradição: jovens burgueses estudantes de faculdades
públicas usando camisas de Che Guevara, Marx e toda a
simbologia desta nefasta ideologia. Vai fazer isso na polônia,
por exemplo, pra ver o inquérito que vai dar.

Responder

Mateus 05/02/2013
É interessante notar que a grande maioria dos teóricos marxistas não tinham nada de
proletário. Marx era filho de um notório advogado, Engels era industrial, Georg Lukács era
filho do maior banqueiro da Hungria.... Porque os principais representantes da "ciência
proletária" não eram proletários?

Roger 26/08/2014

E por que a maioria dos libertários que conheço trabalha


para o governo?

Alessandro 19/09/2020

Marx além de ser filho de um advogado, era sustentado pela


esposa que era burguesa, pelo amigo que ajudou a escrever
os livros sobre o comunismo que também era burguês,
deixava a família na miséria pois era um economista que não
sabia cuidar nem das finanças de casa mas queria cuidar do
mundo, trabalhou só uma vez na vida e foi num jornal por um
tempo curtíssimo ainda era racista e antissemita.

Responder

Antônio Galdiano 05/02/2013


Ciências Humanas é foda... Todo tipo de charlatanismo vinga nessa área!

Uma das forma de polilogismo adotadas hoje em dia é o ecoterrorismo.

Qualquer evidência científica contrária a teorias de aquecimento global são tidas,


aprioristicamente, como NEGACIONISTAS do aquecimento global e portanto contra os
interesses da humanidade. E olha que o próprio método científico consiste primeiro na
elaboração das hipóteses sobre determinado fenômeno e depois a tentativa de destruí-las
ou 1)pela inspeção de algum absurdo na lógica interna ou 2)pela confrontação com a
realidade.

Uma curiosidade: seria realmente o marxismo a ideologia que inaugurou o polilogismo?


Eu tenho sérias dúvidas que esse pessoal conseguisse inventar até mesmo isso...

Particularmente eu acredito que essa "tecnologia social" deve ter sido criada nas
sociedades politeístas, com deuses rivais e consequentemente sociedades fragmentadas.

Angelo Viacava 05/02/2013

Antônio Galdino: subestimar a inteligência do adversário não


resulta em melhor situação para o contestador. Marxistas são
assim porque acreditam, simplesmente, que suas ideias são
certas, e se discordamos deles, somos os errados, apesar de
estarmos certos.
Não sei se evoluiremos, ou regrediremos, a uma sociedade
sem governo, mas é fato que, depois que passou a existir, em
nenhum lugar do mundo houve uma sociedade que deixasse
de "terceirizar" esta parte da vida. Sabemos que não
precisamos deles, mas não sabemos como fazê-los deixar de
existir.
Parece-me que, uma sociedade sem governo, seria como
voltar ao tempo anterior ao pecado original, e disso não há
indicações. Estaríamos fadados a suportar esta gente,
somente escolhendo entre males menores ou maiores?
Como exterminar todas as baratas do mundo?

Responder

Pensador de esquerda 05/02/2013


Ainda é cedo para enterrarem Marx. Se sua filosofia ainda está vivíssima é porque ela ainda
não foi compreendida.
O fato de o comunismo falhar na URSS, Camboja, China e Coreia do Norte não quer dizer
nada. A análise de Marx sobre a luta de classes é a melhor visão pra se entender a História.
Vejam o exemplo da terrível revolução industrial:

Os ingleses, desde o século XIV estavam retirando os camponeses da terra a fim


transformá-la em pasto para ovelhas enquanto a indústria têxtil começava a ganhar vulto.
Negar que estes quase 90% da população, produtora autônoma de sua existência, teve
suas terras expropriada e passaram séculos sendo doutrinados (as leis contra a vadiagem
falam por mim) e convencidos a se deslocar até a propriedade de outrem para vender sua
força de trabalho – única coisa que ainda lhes restavam… enfim, negar isso é falsear a
história, e no Brasil, é colaborar com a miséria geral do nosso povo.

Eu, um pensador (canhoto da mão, do pé e das ideias).

Tiago Moraes 06/02/2013

Nossa, erro de datas, equívocos a respeito da questão


fundiária britânica na época e uma visão implicitamente
idílica do campo. Enfim, você conseguiu escrever um
argumento amadoramente errado...

Primeiro: Século XIV amigão??? Você tem certeza disso??


Vamos lá, o século XIV começou em 1301 e terminou em 1400
e o suposto fenômeno que você aborda não ocorreu nessa
época. Estamos falando e uma Inglaterra ainda classicamente
feudal e governada pela antiga casa Plantageneta. Os fatores
condicionantes para a revolução industrial só foram ocorrer
3 séculos depois. Com o fim do do sistema de guildas e a
revolução inglesa que introduziram a Inglaterra em sua fase
pré-capitalista que culminaria com a revolução industrial no
século XVIII.

Segundo: Não havia propriedade fundiária por parte dos


camponeses, as terras pertenciam a nobreza de toga, então
não houve expropriação alguma.

Terceiro: Os camponeses foram deslocados para as cidades


porque as terras britânicas estavam sendo arrendadas por
capitalistas, que transformaram essas propriedades em
unidades racionais de produção de artefatos para a industria,
com isso, parte da população rural se deslocou para as
cidades, onde havia demanda pelo trabalho deles.

Quarto: As condições de vida do operariado britânico é


comumente criticada por historiadores por puro
anacronismo, eles simplesmente comparam a realidade da
época com a realidade atual, o que é errado. As condições de
vida da recém nascida classe operária britânica, deve ser
comparada com as condições de vida que eles tinham no
campo na mesma época, segundo Mises, os indicadores de
forte crescimento demográfico britânico são a prova cabal de
que a vida dos ingleses nas cidades, durante a revolução
industrial, ainda que ruim em comparação com nossas
modernas vidas do século XXI, era muito melhor que as
condições de vida no campo e da época.

rene 11/02/2013

Achei engraçado o comentário do pensador de esquerda, "O


fato de o comunismo falhar na URSS, Camboja, China e
Coreia do Norte não quer dizer nada".
Quer dizer que essa impressionante série de fracassos não
lhe diz nada?
Faltou falar do fracasso cubano e daquela tentativa de
socialismo, a Venezuela.

Dourado 16/02/2013

é claro que não significa nada para você.... o fracasso para um


marxista é apenas um eterno sucesso mal explicado

Gunnar 05/09/2014

Gente... será que ninguém saca sarcasmo por aqui?

LEONARDO OLIVEIRA 13/11/2022

E o que você acha do "marco zero" literário comunista


(Utopia, Morus, 1516) defender a ESCRAVIDÃO para aqueles
que não se enquadram?

Responder

Luciano A. 05/02/2013
Muito bom, finalmente entendi o significado de polilogismo.

O texto cita Alexander Hamilton, que pelo que eu pesquisei foi economista da Escola
America (que defendia o protecionismo) e ajudou a fundar o First Bank of United States,
aparentemente o primeiro banco central que existiu no país. Há aqui no IMB algum artigo
com uma análise crítica do pensamento da Escola Americana?

Já li economistas estatistas afirmarem que o desenvolvimento econômico dos EUA, após


independência, só foi possível com protecionismo e planejamento da economia. Seria bom
ter uma refutação disto.

Leandro 05/02/2013

Qual planejamento? O governo federal americano era ínfimo,


e assim permaneceu até 1913, quando foram criados o Fed e o
Imposto de Renda.

Quanto a protecionismo, durante todo o século XIX, tarifas


de importação eram a única fonte de renda do governo
federal americano (era a única forma de tributo autorizada
pela Constituição). Estatistas escondem este fato e afirmam
que as tarifas eram política intervencionista e protecionista.

Responder

Bruno 05/02/2013
Estamos chutando uma bruxa morta que já foi queimada no século passado, e o pior somos
obrigados a continuar batendo nessa bruxa, sempre ao nos debatermos com algum
marxista, já que com algum nazista ficaria mais difícil pois a mídia se encarregou de fazer
o trabalho, você não vê nenhum nazista hoje em dia, fora exceções é claro.

Mas com marxismo é mais difícil..

Afinal estão aí, de plantão, os pensadores de esquerda...

Responder

Leonardo Ferreira 05/02/2013


Nunca consegui dialogar até os pormenores da teoria marxista co pessoas de pensamento
marxista. A conversa geralmente acaba comigo (e provavelmente com as demais pessoas)
sendo chamado de nazista, fascista, cruel ou burguês.

Gunnar 05/09/2014

Isso quando o "climão" não fica insustentável antes e alguém


sugere mudar o assunto.

Responder

Pedro 05/02/2013

O marxismo tanto de Marx como de seus siscipulos é FRANCAMENTE uma EMPULHAÇÃO, um


EMBUSTE de quinta que só engana indivíduos de sexta.

Segundo Marx (pero no mucho) todo valor decorre da quantidade de trabalho, medido em
tempo:
...então um marceneiro mais lerdo tem seu produto com maior valor ...que estupidez!
...então uma tábua serrada em pequenos e inuteis pedaços disformes (só p/ lenha) tem
maior valor que uma tábua inteira ...que estupidez!

Segundo Marx, o inventor da logica sem lógica, inexiste lógica pois que tudo é decorrente
da classe do indivíduo, que não interpreta a natureza, mas a inventa segundo interesses da
sua classe.

...então, sendo Marx um integrante da classe dos bem nascidos jamais poderia interpretar
o mundo pela "lógica" da classe dos proletários ...que estupidez!
- Trata-se de explicita contradição, strictu senso, mais uma entre as incontáveis que se
encontra no besteirol marxista. E como não podia deixar de ser, contrariado com a
flagrante estupidez em suas efetivas contradições, Marx inventou novo significado para a
palavra "contradição" com que lhe podiam desmoralizar e, desta forma, passou a gritar as
"contradições" do capitalismo como se este e não o seu estúpido besteirol contraditório
sobre seu "socialismo científico" apresentasse contradições - contrastes ou diferenças
viraram contradição. ...que estupidez!

Para Marx e marxistas um individuo, espontaneamente, oferecer seu trabalho para que
este produza um bem para outro, que poderá retroca-lo mais adiante constitui-se uma
exploração e uma "coisificação" (que ridícuiilo!) do trabalho ...que horror! uma heresia!
...contudopara os marxistas o governo COAGIR os trabalhadores para que cedam grande
parte de seu trabalho a politicos e funcionários estatais é legitimo ...mas que estupidez!

Para Marx um homem propor um negócio em que ambas as partes se beneficiam é algo
ilegitimo, uma exploração do homem pelo homem, dado que o valor dos bens e serviços
decorrem da quantidade de trabalho.

...mas é o próprio Marx que anui com a idéia de "a cada um segundo sua necessidade e de
cada um segundo sua capacidade" e isso é a mais cabal defesa da exploração do homem
pelo homem, onde o mais necessitado, por quaisquer motivos, mesmo que sua
incapacidade, esta autorizado a ESTORQUIR dos mais capazes aquilo que necessita: ou
seja, também para Marx o mérito decorre da necessidade e não da ação do individuo ...mas
que estupidez!

Marx tinha interesse em tornar-se governante/politico, não tinha qualquer afinidade com a
classe proletária/operária mas arvorava-se defensor desta como rufiões defendem putas
(e as exploram) ...que estupidez!

Para Marx bastaria contratar um trabalhador e explora-lo para auferir a "mais valia" do
trabalho deste fazendo do empreendedor um explorador sem mérito algum.
...Mas quando os produtos encalham e o "explorador" os vendem (trocam) com prejuizo,
seria o caso de dizer que os assalariados exploraram o empresário?
Afinal, se dá lucro é porque houve exploração então se dá prejuizo também deve haver. Ora,
se não há valor nem mérito no ação de investir e empreender, a existencia de prejuizo só
poderá ser explicada pelo menor valor do trabalho dos assalariados ...mas que estupidez!
...marx e marxistas são imbecis absolutos! ...é muita estupidez o besteirol que apregoam.

MAS O MELHOR DE TUDO é Marx tentar escapar de suas asneiras, como sempre, através de
asneira ainda maior, por EXEMPLO:
Ao afirmar que todo valor decorre da quantidade de trabalho, a forma de aferir a
quantidade é em tempo, mas cada individuo possui habilidade diferente e mesmo o próprio
pode levar tempos diferentes para um mesmo produto. Então Marx defende que há um
padrão de valor para os produtos ...MAS QUEM ARBITRARIA O PADRÃO de QUANTIDADE DE
TRABALHO SOCIALSMENTE NECESSÁRIO??? ...seria o próprio marx? um balconista, um
vendedor, um vigia, um médico e etc. como se arbitraria cientificamente a quantidade de
trabalho??? ...QUE IDIOTICE ABSURDA!!! ..e os infinitos modelos de produtos, como se
aferiria a quantidade de trabalho?

Há inúmeras questões que o besteirol marxista não possui resposta, posto que é um
amontoado de asneiras estapafúrdias. Afinal, Marx era um POLÍTICO, atuava na politica com
ambição de obter cargos ...sua classe era a classe politica e sua estupida "lógica sem
lógica" era apenas sua ideologia em ação a fim de justificar seus interesses egoístas e
sobretudo safados. Afinal, era um pulha, vagabundo falastrão.
O besteirol marxista se constitui de uma amontoado de afirmaçãoes estapafurdias e
mesmo DESCONEXAS, um emaranhado de asneiras absurdas.

Responder

Pedro 05/02/2013
Nietzsche, muito antes do marxismo se impor percebeu e falou do que se tratava:
Algo assim: "O socialismo exige uma obediencia ao governo que jamais algum despota
ousou imaginar"

É de Nitzsche a percepção de que os socialistas são efetivos reacionários e


obscurantistas. Nietzsche percebeu que as idéias socialistas se identificavam com os
primórdios do feudalismo. Percebeu que a idéia socialista é uma mera defesa do
totalitarismo governamemntal, um despotismo exponencial insano que exige a absoluta
submissão da população à hierarquia estatal; com cortesãos, nobreza, realeza, puxa sacos
e tudo mais.

O socialismo é a exploração do homem pelo homem, isso é que se tem que falar a plenos
pulmões.
O valor do trabalho é subjetivo e dinamico.

Vinicius Costa 06/02/2013

Comecei a ler Nietzsche bem novo, mas na época me


importava apenas com a parte religiosa, talvez para
conseguir um apoio para o ateismo.
No começo desse ano li dois livros dele e comecei a perceber
esse tipo de assunto. Estado era o alvo de muitas criticas que
ele fazia, principalmente em relação ao 'bem-comum'
Considero ele bem próximo da Ayn Rand nesse assunto

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