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MINISTÉRIO PÚBLICO

DO ESTADO DO ACRE
Promotorias Especializadas
de Defesa da Saúde e da Cidadania e Idoso

TERMO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL

REF.: INQUÉRITO CIVIL Nº 06.2013.00000198-2

Pelo presente instrumento, denominado TERMO DE ACORDO


EXTRAJUDICIAL, fundamentado nas disposições expressas no art. 5º, § 6º, da Lei
nº 7.347, de 24 de julho de 1985, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE,
presentado pelos Promotores de Justiça XXXXXXXXXXXXX e XXXXXXX, doravante
denominado COMPROMITENTE, e, de outro lado, o MUNICÍPIO DE RIO
BRANCO/AC, presentado pelo Prefeito XXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro, casado,
Engenheiro Civil, portador da CIRG N.º XXXXXXXXXXXX SSP-AC, inscrito no
C.P.F. sob o nº XXXXXXXXXX, residente e domiciliado nesta Cidade, doravante
denominado PRIMEIRO COMPROMISSÁRIO; e o ESTADO DO ACRE,
representado pela Procuradora-Geral do Estado, Maria Lídia Soares de Assis,
doravante denominado SEGUNDO COMPROMISSÁRIO, e a Secretaria de Estado
de Saúde, presentada pelo seu Secretário, XXXXXXXXXXXX, brasileiro, casado,
portador do RG XXXX SSP/AC, inscrito no CPF XXXXXXX, residente e domiciliado
nesta Capital, doravante denominado INTERVENIENTE.

Considerando que o MINISTÉRIO PÚBLICO é “instituição


permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da
ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis”, conforme dispõe o art. 127, caput, da Constituição da República,
sendo-lhe dada legitimação ativa para a defesa judicial e extrajudicial dos direitos
difusos e coletivos, de acordo com o art. 129, inciso III, da Constituição da
República, e o art. 5º, § 6º, da Lei Federal nº 7.347/85;

Considerando que a Constituição da República, em seu art.


1º, incisos I e II, preceitua como fundamentos a cidadania e a dignidade da pessoa
humana, bem como em seu art. 3º, incisos I, III e IV, tem por escopo tanto a
construção de uma sociedade livre, justa e solidária como a promoção do bem de
todos e ainda a redução das desigualdades sociais;

Considerando que a igualdade é signo fundamental da


República e vem como forma de proteger a cidadania e a dignidade, fundamentos
do Estado Democrático de Direito, eliminando-se as desigualdades sociais, que é
um dos objetivos fundamentais de nossa República (art. 1º, II e III, art. 3º, I, III e IV e
art. 5º da Constituição Federal);

Travessa Roraima, nº 96 – Bairro Capoeira – CEP: 69.905-014 – Rio Branco – Acre


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Considerando que a Convenção dos Direitos das Pessoas


com Deficiência, aprovada pelo Congresso Nacional através do Decreto Legislativo
nº 186, de 09.07.2008 e posteriormente incorporada à Constituição Federal através
do Decreto 6.949 de 25.08.2009, nos termos do artigo 5º, § 3º, da CF/88, tem como
propósito promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os
direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e
promover o respeito pela sua dignidade inerente;

Considerando que, conforme a Convenção dos Direitos das


Pessoas com Deficiência, a deficiência resulta da interação das pessoas com
deficiência e as barreiras devidas às atitudes e ao ambiente que impedem a plena e
efetiva participação dessas pessoas na sociedade em igualdade de oportunidades
com as demais pessoas, podendo-se considerar que a maior parte das pessoas com
transtornos mentais graves sejam pessoas com deficiência;

Considerando que pessoas com transtorno mental


institucionalizadas há vários anos, em geral, não possuem vínculos familiares, razão
pela qual são consideradas pessoas em situação de risco social;

Considerando que a proteção especial à pessoa com


deficiência deve garantir o mais básico dos direitos individuais, qual seja, o direito à
igualdade, que deverá assegurar a proteção daquele, muitas vezes ultrapassando a
igualdade formal, para assegurar sua cidadania;

Considerando que para aplicar o princípio da igualdade, deve-


se, inicialmente, analisar o nível de desigualdade que se demonstra entre os
destinatários, e, a partir daí, buscar meios de tratamento desiguais para que todos
os destinatários sejam atingidos proporcionalmente às suas desigualdades.
Portanto, havendo desigualdade, e atuando de forma justificada, está o Estado
autorizado a tratar a seus administrados de forma desigual;

Considerando que a Convenção dos Direitos das Pessoas


com Deficiência, em seu art. 1º, alínea ‘c’, prevê que os Estados Partes se
comprometem a levar em conta, em todos os programas e políticas, a proteção e a
promoção das pessoas com deficiência;

Considerando que a Convenção dos Direitos das Pessoas


com Deficiência, em seu art. 11, estabelece que os Estados Partes tomarão todas as
medidas necessárias para assegurar a proteção e a segurança das pessoas com
deficiência que se encontrarem em situação de risco;

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Considerando que a Convenção dos Direitos das Pessoas


com Deficiência, em seu art. 19, alínea ‘b’, determina que os Estados Partes
assegurem que as pessoas com deficiência tenham acesso a uma variedade de
serviços de apoio em domicílio ou em instituições residenciais ou a outros serviços
comunitários de apoio, inclusive os serviços de atendentes pessoais que forem
necessários como apoio para que as pessoas com deficiência vivam e sejam
incluídas na comunidade e para evitar que fiquem isoladas ou segregadas da
comunidade;

Considerando que compete a União, Estados, Distrito Federal


e Municípios a proteção e garantia das pessoas com deficiência (art. 23, II, da
Constituição Federal);

Considerando que a saúde, a moradia, o lazer, a segurança e


a proteção das pessoas com deficiência são direitos sociais constitucionalmente
garantidos, incumbindo ao Poder Público promover ações para a efetivação destes
direitos, conforme os arts. 6º e 23, inciso II da Constituição Federal;

Considerando que ao Poder Público e seus órgãos cabe


assegurar às pessoas com deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos,
inclusive os que lhes propiciem bem-estar pessoal, social e econômico (art. 2º,
caput, da Lei Federal nº 7.853/89);
Considerando que o direito à saúde vem regulamentado pela
Lei n.º 8.080/90, que ratifica a garantia de acesso universal e igualitário às ações e
serviços para a sua promoção, proteção e recuperação;

Considerando que à direção municipal do Sistema Único de


Saúde (SUS) compete planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços
de saúde e gerir e executar os serviços de saúde, na dicção do inciso I do artigo 18
da Lei Federal nº 8.080/90;

Considerando que a Lei nº 10.216/2001 criou um novo modelo


de atenção à saúde mental;

Considerando que é direito da pessoa portadora de transtorno


mental ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, conforme suas
necessidades (Lei nº 10.216/2001, art. 2º, paragrafo único, inciso I);

Considerando que é direito da pessoa portadora de transtorno


mental ser tratada com humanidade e respeito, no interesse exclusivo de beneficiar
sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e
na comunidade (Lei nº 10.216/2001, art. 4º);

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Considerando que é direito da pessoa portadora de transtorno


mental ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis
(Lei nº 10.216/2001, art. 2º, paragrafo único, inciso III);

Considerando que a internação, em qualquer de suas


modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem
insuficientes (Lei nº 10.216/2001, art. 4º);

Considerando que o tratamento visará, como finalidade


permanente, a reinserção social do paciente em seu meio (Lei nº 10.2016/2001, art.
4º, paragrafo primeiro);

Considerando que o paciente há longo tempo hospitalizado ou


para o qual se caracterize situação de grave dependência institucional, decorrente
de seu quadro clinico ou de ausência de suporte social, será objeto de politica
específica de alta planejada e reabilitação psicossocial assistida (Lei nº 10.216/2001,
art. 5º);

Considerando que, segundo o novo modelo, quando houver


indicação de alta e a pessoa portadora de transtorno mental não possuir suporte
social e laços familiares que viabilizem sua inserção social, há previsão para que
seja ofertado um serviço de residência terapêutica;

Considerando a Lei nº 10.708, de 31 de julho de 2003, que


institui o auxílio-reabilitação psicossocial para pacientes acometidos de transtornos
mentais egressos de internações;

Considerando a Portaria nº 106/GM/MS, de 11 de fevereiro de


2000, que cria os Serviços Residenciais Terapêuticos no âmbito do Sistema Único
de Saúde (SUS);

Considerando as Portarias nº 52/GM/MS e 53/GM/MS, de 20


de janeiro de 2004, que estabelecem a redução progressiva dos leitos nos hospitais
psiquiátricos do país;

Considerando a Portaria nº 3.088/GM/MS, de 23 de dezembro


de 2011, que institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento
ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e
outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde;

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Considerando que o município de Rio Branco recebeu em


2012 recurso do Ministério da Saúde (MS) que atualmente totaliza R$ 63.284,26
para a implantação de um CAPS II e, não obstante, até o presente momento a
concretização do serviço não avançou;

Considerando a Portaria nº 3.089/GM/MS, de 23 de dezembro


de 2011, que dispõe, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial, sobre o
financiamento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), prevendo para a
modalidade CAPS II o montante de R$ 33.086,25 para fins de custeio mensal;

Considerando que a mesma Portaria nº 3.089/GM/MS, de 23


de dezembro de 2011, prevê que, para a modalidade CAPS III, o montante para fins
de custeio mensal é de R$ 63.144,38, o que corresponde ao incremento de quase
100% sobre o custeio relativo ao CAPS II;

Considerando a Portaria nº 3.090/GM/MS, de 23 de dezembro


de 2011, que altera a Portaria nº 106/GM/MS, de 11 de fevereiro de 2000, e dispõe,
no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial, sobre o repasse de recursos de
incentivo de custeio e custeio mensal para implantação e/ou implementação e
funcionamento dos Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT);

Considerando a Portaria nº 2.840/GM/MS, de 29 de dezembro


de 2014, que cria o Programa de Desinstitucionalização integrante do componente
Estratégias de Desinstitucionalização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), e institui o respectivo incentivo financeiro
de custeio mensal;

Considerando que os Serviços Residenciais Terapêuticos


configuram-se como ponto de atenção do componente desinstitucionalização, sendo
estratégicos no processo de desospitalização e reinserção social de pessoas
longamente internadas nos hospitais psiquiátricos ou em hospitais de custódia;

Considerando que o Município de Rio Branco não dispõe de


CAPS II, CAPS III ou de Serviços de Residência Terapêutica (SRT), sendo os dois
primeiros necessários para referenciar o último;

Considerando que, atualmente, ainda há no Estado do Acre


pacientes com transtorno mental em situação de alta hospitalar internados em
ambiente manicomial;

Considerando que o Ministério Público já promoveu, no


mínimo, 16 (dezesseis) reuniões desde 22.04.2014 tendo como objeto a RAPS,

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sendo 10 (dez) no presente Inquérito Civil e 6 (seis) no Inquérito Civil nº


06.2012.00000108-9, o qual tramita na Promotoria Especializada de Defesa da
Saúde;

Considerando que as COMPROMISSÁRIAS reconhecem a


procedência das irregularidades acima mencionadas e manifestam interesse, neste
ato, em firmar TERMO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL objetivando saná-las;

Considerando que a celebração do presente TERMO DE


ACORDO EXTRAJUDICIAL e seu integral cumprimento dispensarão o ajuizamento
da competente ação civil pública de conhecimento, evitando assim desgastes às
partes celebrantes e o dispêndio de recursos públicos com a utilização da máquina
judiciária e administrativa e o pagamento de custas processuais, celebram o
presente TERMO conforme as cláusulas abaixo:

OBJETIVO

O presente TERMO tem por objetivo organizar a Rede de


Atenção Psicossocial (RAPS) em Rio Branco/AC de modo a garantir a inclusão dos
portadores de transtornos mentais em situação de alta e sem vínculos sociais e
familiares em Serviços de Residência Terapêutica;

PRIMEIRA CLÁUSULA

Os PRIMEIRO e SEGUNDO COMPROMISSÁRIOS


comprometem-se a cumprir e fazer cumprir o disposto na Lei nº 10.216/2001, Lei nº
8.080/1990, e demais normatizações do Ministério da Saúde quanto à Política
Nacional de Saúde Mental e Rede de Atenção Psicossocial – RAPS, notadamente
no que diz respeito ao adequado atendimento aos pacientes que demandam de
cuidados relacionados a sua saúde mental, sua reintegração social e atendimento
na rede extra-hospitalar;

SEGUNDA CLÁUSULA

O PRIMEIRO COMPROMISSÁRIO compromete-se a


implantar, até o final do ano de 2016, 01 (um) Centro de Atenção Psicossocial -
CAPS II, e a implantar até o ano de 2017 os Serviços Residenciais Terapêuticos –
SRT’S, a fim de abrigar os pacientes em situação de alta hospitalar e sem vínculos
sociais ou familiares que estejam institucionalizados no HOSMAC;
Os serviços do CAPS II serão oferecidos em imóvel próprio,
cujo projeto da obra já será adequado a acomodar os serviços inerentes a um CAPS
III, podendo a execução da obra se realizar em duas etapas (CAPS II e CAPS III), de

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modo que a licitação para a contratação da empresa responsável pela obra será
publicada até dezembro de 2015 e a ordem de serviço para a execução da obra será
emitida até janeiro do ano de 2016;
Durante a execução da obra a que se refere esta Cláusula, o
Município avaliará, até o término do primeiro trimestre de 2016, a possibilidade de
readequar o projeto de CAPS II para CAPS III junto ao Ministério da Saúde a fim de
habilitar o serviço por 24h (vinte e quatro horas), conforme perfil desenhado no art.
7º, § 4º, III, da Portaria GM/MS nº 3.088/2011, ou por outra normativa superveniente;
A Prefeitura Municipal de Rio Branco Acre dará prioridade à
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) com recursos financeiros para a construção
do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) remanejando, se necessário, a previsão
de ampliação dos valores destinados ao incentivo às instituições que prestem
serviços de atenção às pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou
dependência de substâncias psicoativas, conforme prevê a Lei Municipal nº 1922 de
18/07/2012.

TERCEIRA CLÁUSULA

O PRIMEIRO COMPROMISSÁRIO se compromete a realizar


concurso público para contratação de equipe em caráter definitivo destinado a suprir
as necessidades de pessoal do CAPS II ou CAPS III e do SRT até dezembro de
2016, garantindo-se a posse dos servidores no início do ano de 2017;

QUARTA CLÁUSULA

O PRIMEIRO COMPROMISSÁRIO compromete-se, no prazo


de 60 (sessenta) dias contados da assinatura do presente termo, apresentar ao
COMPROMITENTE o cronograma de implementação do CAPS II (ou CAPS III) e
das residências terapêuticas e, quadrimestralmente, enviar relatório circunstanciado
das atividades desenvolvidas para o cumprimento destas obrigações;

QUINTA CLÁUSULA

O SEGUNDO COMPROMISSÁRIO compromete-se a


disponibilizar/ceder ao PRIMEIRO COMPROMISSÁRIO os recursos humanos
necessários para o bom funcionamento do CAPS II (ou CAPS III) e das SRT’s,
conforme padrão atual de recursos humanos em anexo, pelo prazo de 24 (vinte e
quatro) meses, tempo esse suficiente para que o primeiro compromissário realize
concurso público para contratação em caráter efetivo, e assuma completamente a
gestão do CAPS II (ou CAPS III) e SRT’s;

SEXTA CLÁUSULA

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O PRIMEIRO COMPROMISSÁRIO se compromete a adotar


todas as providências administrativas e jurídicas, notadamente quanto à legislação
orçamentária, para que haja previsão e dotação orçamentária destinada a cumprir a
SEGUNDA CLÁUSULA e a TERCEIRA CLÁUSULA;

SÉTIMA CLÁUSULA

Fica pactuado que, em caso de descumprimento de quaisquer


cláusulas gerais deste TERMO:
I - o PRIMEIRO COMPROMISSÁRIO compromete-se a pagar
multa diária no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), limitada ao máximo de R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais), valor este que sofrerá atualização monetária até seu efetivo
pagamento, a ser recolhido ao Fundo Estadual de Saúde;
II - o SEGUNDO COMPROMISSÁRIO compromete-se a pagar
multa diária no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), limitada ao máximo de R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais), valor este que sofrerá atualização monetária até seu efetivo
pagamento, a ser recolhido ao Fundo Estadual de Defesa dos Direitos Difusos,
previsto no art. 13 da lei nº 7.347/1985 e regulamentado pela Lei Estadual nº
1.341/2000.

OITAVA CLÁUSULA

O COMPROMITENTE poderá fiscalizar a execução do


presente acordo, tomando as providências cabíveis, sempre que necessário,
ajuizando, inclusive, as medidas pertinentes.

NONA CLÁUSULA

Em momento oportuno durante o ano de 2016, será elaborado


plano de ação para a desinstitucionalização das pessoas internadas no Hospital de
Saúde Mental do Estado do Acre (HOSMAC), o qual deverá respeitar as
normatizações referentes à Política Nacional de Saúde Mental, podendo o Ministério
Público iniciar a articulação com os gestores da saúde;

DÉCIMA CLÁUSULA

O presente acordo produz efeitos legais e tem eficácia plena a


partir de sua celebração, valendo como título executivo extrajudicial, na forma
dos artigos 5º, § 6º, da Lei Federal nº 7.347/85, e 585, inciso VII, do Código de
Processo Civil, podendo a sua execução ser manejada, em conjunto ou
separadamente, por qualquer dos Promotores de Justiça Executores.

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E por estarem de acordo, firmam o presente em 05 (cinco) vias


de igual teor e forma, para todos os fins legais.

Rio Branco, 18 de setembro de 2015.

XXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXX
Promotor de Justiça Promotor de Justiça

Município de Rio Branco/AC Município de Rio Branco/AC


(Primeiro Compromissário) (Procuradoria-Geral do Município)

Estado do Acre Estado do Acre


Procuradora-Geral do Estado (Secretário de Estado de Saúde)
(Segundo Compromissário)

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