Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Na época do apóstolo Paulo, o uso do véu (ou não usá-lo) tinha tantas implicações
sociais e religiosas, vale a pena se aprofundar nestes aspectos para ter uma clara
compreensão e apreciação desta prática bíblica. Aparentemente, esta prática social no
mundo greco romano foi uma influência Oriental. Porque em terras orientais uma mulher
com véu simbolizava a honra e a dignidade feminina. Com um véu em sua cabeça, ela era
capaz de ir a qualquer lugar em segurança e profundo respeito. Na visão Oriental a
autoridade de uma mulher e dignidade desaparece quando ela não se cobria com o véu.
Vejamos o que alguns comentadores “Padres da Igreja” diz sobre o uso do véu:
“Mas admoestamos às mulheres que não deixem esta disciplina do véu nem por um
momento, nem sequer por uma hora.” — Tertuliano (160– 222 d.C.); Em outra passagem
escreve: "Te rogo, sejas tu mãe, ou irmã, ou filha virgem, cobre tua cabeça". Tertuliano
(160–222 d.C.)
Em toda a Grécia, e algumas das suas províncias bárbaras, a maioria das igrejas
mantém as suas virgens cobertas. Na verdade, esta prática é seguida em certos lugares
sob o céu Africano.”
“Além disso, apontarei como modelos as igrejas que foram fundadas por apóstolos ou
homens apostólicos... Os Coríntios compreenderam o que ele disse. Até ao presente os
Coríntios cobrem as suas virgens. O que os apóstolos ensinaram, os discípulos dos
apóstolos confirmaram. [Tertuliano, The Veiling of Virgins The Ante-Nicene Fathers
[O Véu das Virgens, Os Pais Pré-Niceia] vol. 4 pp 27-29,33].”
“Que fará a mulher cristã se descuidasse esta ordem? Calará a oração espontânea de
agradecimento? Se enfrentará à tentação sem a arma da oração? Deixará de cumprir com
seu Senhor, privando a uma alma precisada de um depoimento? Desafiará ao Senhor e
menosprezará seu mandato, orando e testemunhando sem o véu? Desonrará a seu Senhor
ou usará o véu durante todo o dia para assim encontrar-se o tempo todo em comunhão
com seu Deus, disposta para testemunhar?” —S. João Crisóstomo (344– 407 d.C.)
«Se ela despreza a cobertura provida pela ordenança divina, que também desfaça a
cobertura provida pela natureza». (S. João Crisóstomo). Esse são excertos tirados da sua
Homilia XXVI explicando I Coríntios.
❖ São Jerônimo:
A Igreja sempre recomendou o uso do véu. São Jerônimo, escrevendo uma carta,
abordou o assunto dizendo:
“É comum nos mosteiros do Egito e da Síria que as virgens e viúvas que se entregaram a
Deus, renunciaram ao mundo e jogaram ao chão os prazeres, peçam às mães de suas
comunidades que cortem seus cabelos; não que depois elas possam ir com as cabeças
descobertas em desafio ao mandamento do Apóstolo, elas usam uma capa fechada e véu.”
(Carta 147, 5)
• Santo Agostinho
Agostinho de Hipona, na sua Carta CCXLV, escreveu que as mulheres não devem
ter as suas cabeças descobertas uma vez que “o apóstolo ordena às mulheres que cubram
as suas cabeças”.
Santo Hipólito, um padre da igreja em Roma, por volta do ano 200, compilou um
registo de vários costumes e práticas na igreja das gerações que o precederam. O seu livro
“Tradição Apostólica” contém a seguinte declaração:
Por muitos séculos, até por volta de 1175, mulheres anglo-saxãs e anglo-
normandas, excetuando as jovens solteiras, usavam véus que cobriam totalmente os
cabelos e, por vezes, o pescoço e o queixo. Apenas no período Tudor (1485), quando o
uso de capuzes se tornou popular, véus desse tipo começaram a ser menos comuns.
Antes do Concílio Vaticano II, era tradição da Igreja Católica Apostólica Romana
o uso do véu pelas mulheres durante a Missa, contudo, após o Concílio Vaticano II o
Código de Direito Canônico, que ditava essa obrigatoriedade, foi alterado silenciando
sobre o assunto. Aqui no Ocidente as mulheres deixaram de usar o véu na Missa e muitas
pessoas pensam que essa tradição foi abolida e até proibida. Mas o uso do véu ainda é
parte das doutrinas e tradições católicas, fundamentadas na Palavra de Deus que ordena
as mulheres a usarem véu quando oram ou profetizam.
Está escrito no Código de Direito Canônico de 1917: Cânon 1262, que a mulher
tem que cobrir suas cabeças-- "especialmente quando se aproximam da mesa sagrada"
(altar). "Mulieres autem, capite cooperto et modest vestitae, maxime cum ad mesnam
Domincam accedunt". Após tantos anos de repúdio e/ou indiferença ao véu por parte das
mulheres e num contexto geral, o Vaticano (como é de costume após o CVII), não
querendo confrontar e/ou decepcionar as feministas, simplesmente fingem que o
problema não existe. Quando o Código de Direito Canônico de 1983 foi produzido, a
questão do véu simplesmente não foi mencionada (não foi abolida, simplesmente não
mencionada). De qualquer forma, Cânones 20-21 do Código de Direito Canônico de
1983 deixa claro que a nova Lei Canônica só abole a Velha Lei Canônica quando eles
escreverem explicitamente isto, e que em caso de dúvidas, a Lei Antiga não deve ser
revogada, pelo contrario; Cânon 20 (Código Direito Canônico). Consequentemente, de
acordo com a Lei Canônica e o costume, a mulher continua tendo o dever de cobrir suas
cabeças. O véu cristão é um assunto muito sério, e não somente um que diz respeito à Lei
Canônica, mas também o de dois milênios de Tradição da Igreja --na qual se encontra na
Tradição do Velho Testamento e no Novo Testamento.
Na mesma ordem de idéias, lembramos aos nossos caríssimos Sacerdotes que devem
empenhar-se a fundo por conservar nos fiéis o amor à modéstia e ao recato, que os tornam
menos indignos de receber os Santos Sacramentos.
Não nos esqueçamos de que, se a sociedade se paganiza, se ela foge da mentalidade cristã,
como esta se define nas máximas evangélicas, não o faz sem a conivência e a cooperação
das famílias católicas e, portanto, em grande parte, por nossa culpa, de nós Sacerdotes.
Ou por comodismo, que em nós cria aversão ao exercício de nossa função de orientadores
do povo fiel, ou quiçá – PRO DOLOR! – por condescendência com a sensualidade
reinante, somos remissos em declarar, sem rebuços, que as modas de hoje destoam
gravemente da virtude cristã, e, mais ainda remissos somos, em usar da firmeza
apostólica, ainda que suavemente exercida, para afastar dos Sacramentos a atmosfera
sensual atualmente introduzida na sociedade pelas vestes femininas.
E por que não tomam todos os Sacerdotes medidas a fim de que com semelhantes trajes,
não se apresentem aos Sacramentos as senhoras e moças, ou para recebê-los ou como
madrinhas ou testemunhas? Seria o mínimo que se poderia pedir a quem está realmente
interessado por que a adaptação de que tanto se fala, não seja uma profanação do Sagrado,
com prejuízo pessoal, para o povo fiel e para a sociedade em geral.
Caríssimos Sacerdotes. O zelo pela Casa de Deus, bem como a caridade com o próximo
pedem, nos tempos atuais, maior atenção à maneira de vestir dos fiéis que o são e querem
viver cristãmente. A Sagrada Escritura lembra que “as vestes do corpo, o riso dos dentes
e o modo de andar de um homem fazem-no conhecer” (Ecli. 19, 27).
E Pio XII comenta: “A sociedade, por assim dizer, fala com a roupa que veste; com a
roupa revela suas secretas aspirações, e dela se serve, ao menos em parte, para construir
o seu próprio futuro” (“Disc. e Radiomes.” Vol. 19, p. 578). Ninguém negará o valor
objetivo desta observação do Papa Pacelli.
Divino Espírito Santo, hóspede da minha alma, convencida de que a minha verdadeira
vida está escondida com Cristo em Deus Pai, visto este véu na minha cabeça na
esperança não de aparecer, mas de desaparecer, não para atrair a atenção sobre a
minha pessoa mas, para esconder-me na imitação de Maria Santíssima.
Que todos olhem para Vós Deus Pai, Filho e Espírito Santo,
Amém.