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As teorias de currículo dividem-se em três segmentos de diferentes ideologias

e recortes no tempo, são essas: as teorias tradicionais, as teorias críticas e as


teorias pós-modernas.

As teorias tradicionais consistem em um ensino humanístico de cultura


generalizada. É pautada pela exaltação do intelecto, em um ensino
verbalizado, constituído pela memorização e repetição do conteúdo pelo
educando. Iniciou-se no começo do séc. XIX. Voltando-se em uma educação
para o mundo industrial, tendo como suporte o Taylorismo. Um dos principais
autores do movimento foi o pedagogo estadunidense John Franklin Bobbit, ele
associava o currículo a uma questão mecânica, para ele o sistema educacional
estaria relacionado a ao sistema fabril. Para as teorias tradicionalistas, era feito
uma listagem das disciplinas que deveriam ser ensinadas pelo professor, que
aqui é o único detentor do conhecimento, e memorizada pelos alunos.

as teorias curriculares críticas, vem de encontro com os ideias das linhas


tradicionalistas. Tem seus fundamentos em um marxismo social, onde visam a
concepção de sociedade dividida em classes sociais. Para os seus seguidores
a escola seria dividida em duas: a PP – primário profissional (voltada para os
trabalhadores) e SS – secundário superior (destinada a burguesia). Os
apoiadores desses movimentos eram contrários ao modelo tecnicista da teoria
tradicional, tendo como seu objetivo fazer um ensino voltado para os mais
variados alunos de classes sociais distintas. Aqui vemos uma forte influencia
dos movimentos dos anos 50 e 60, movimento dos direitos civis nos EUA, o
movimento feminista, o Woodstock, todos os movimentos de paz durante a
Guerra Fria, se refletiram nas teorias críticas. Tinham como base pensadores
como Theodor W. Adorno da Escola de Frankfurt e o próprio Karl Marx foi
usado como base para esse movimento.

Após a década de 70, correu-se pelo mundo da educação uma contraposição


as teorias critica, as chamadas teorias pós-modernas. Advindas de todo um
contexto social de ditaduras, guerras e movimentos pela liberdade, as teorias
pós-modernas se distingue das criticas pelo fator: multiculturalismo. Nas teorias
pós-modernas vemos que o foco principal da educação é o sujeito, e é dever
do educador utilizar de todas as formas possíveis para integrar aquele sujeito
em seu radar educacional. Busca-se um currículo multicultural, atendendo o
indígena, o negro, os homossexuais, os deficientes, fazendo da educação algo
inclusivo e não exclusivo para a classe dominante. Por mais que as teorias
pós-modernas se assemelham as críticas, no quesito democratização do
ensino, aqui vemos um leque mais abrangente do currículo. Hoje as escolas
contemporâneas são pautadas no pós moderno.

Em suma podemos ver nitidamente que cada linha teórica teve/tem seu tempo
de atuação e seus seguidores. Devemos lembrar que a educação não é neutra,
ela é constituída por homens de seu próprio tempo, sendo assim, não nos cabe
a julgar mas sim procurar se adequar aos novos parâmetros.

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