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Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

Todos nós sabemos que a intolerância religiosa no Brasil não é recente, ela provém
desde a colonização há 523 anos atrás. Confirmando esse fato, até hoje as religiões que
não tem as suas raízes fundadas no cristianismo sofrem com a intolerância. Com a chegada
dos portugueses ao Brasil, além da cultura, eles trouxeram a religião católica onde,
praticamente, apagou a religião dos povos indígenas que aqui viviam. Essa religião que foi
o xamanismo ela foi, como já havia dito, demonizada pelos portugueses quando aqui
chegaram, pois eles estavam acostumados com a religião católica, onde o culto é feito
dentro de uma igreja com cânticos e passagens bíblicas.

Frequentemente outras práticas que igualmente são marginalizadas são as religiões


de matrizes africanas. Essas práticas são mal vistas por causa da colonização. Hoje em dia
do mesmo modo há muito preconceito em relação a elas pois a demonização foi passada
de geração para geração. O que incentiva a intolerância é a insuficiência de laicidade do
Estado, esse direito que é assegurado pela constituição de 1988, outro motivo é a
existência de uma “bancada cristã” nos parlamentos do Estado.

No qual, para melhorar isso o governo deveria impor maiores fiscalizações no


cumprimento de leis, como o artigo 208 do código penal, além disso o poder público deve
ser mais imparcial religiosamente. Da mesma forma que pode ter uma criação de um
projeto a nível nacional, incentivando a tolerância religiosa, onde pode ser implantado
debates periódicos com líderes religiosos, visando acabar com estereótipos impostos pela
mídia e pelas fake News, assim deixando obrigatório em todas as escolas (públicas e
privadas) a disciplina de ensino religioso.

Igualmente, não devemos apenas responsabilizar o Estado, assim como, cabe aos
cidadãos repudiar a inferiorização das crenças e parar de difamar as mesmas. Além disso
as prefeituras poderiam incentivar a população para que conheça as religiões de fato, não
aquilo que é falado para elas. Ademais as escolas poderiam promover passeios com fins
educativos em templos religiosos onde as crianças e adolescentes poderiam adentrar
nessas religiões, e perceber que todas giram em torno de uma só coisa que é desvendar os
mistérios que a ciência não consegue afirmar nem negar. Como diria o sociólogo Zygmunt
Bauman: Enquanto houver quem alimente a intolerância haverá quem defenda a
descriminalização.

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