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Ao Islã pouco importa a conversão interior do pecador, porque para ele a conversão
não se dá interiormente, mas apenas exteriormente, quando nos submetemos às
prescrições do Corão. Se o sujeito, dentro do quarto dele, sem ninguém ver, é um
homossexual, o Islã não vê nenhum problema nisso! No Irã, por exemplo, para alguém ser
condenado pelo crime de homossexualismo, são necessárias 4 testemunhas (nem me
perguntem como essas 4 testemunhas obtiveram a informação do “crime” haha).
Vê-se, só por esses poucos exemplos, que apesar de ter proibido a propaganda
LGBT, o Catar não é um exemplo de país, longe disso! Seguindo a Sharia, o país proíbe
qualquer proselitismo de outra religião que não a islâmica. É proibido que templos cristãos
coloquem cruzes ou outros símbolos religiosos à vista do público. Você pode até ser
católico, mas dentro de sua casa, sem se manifestar publicamente.
Há aqueles, entretanto, que criticaram o Catar pela proibição da propaganda LGBT,
por, supostamente, contrariar a liberdade de expressão, direito supervalorizado no
Ocidente. O que a nossa fé nos diz sobre isso?
A liberdade é um dom de Deus. É por meio dela que somos capazes de responder à
nossa vocação de amor a que somos chamados. A liberdade nos torna responsáveis por
nossos atos e semelhantes a Deus. Entretanto, a liberdade não é um simples optar entre
diversas possibilidades ou fazer o que se bem entender. A liberdade, como dom, pode ser
perdida quando mal utilizada! Uma pessoas viciada em drogas ou em pornografia, por
exemplo, não é livre. A liberdade, quando mal utilizada, diminui, nos torna escravos de nós
mesmos, dos outros ou de qualquer outra coisa. Muitos pensam que são livres mas são
escravos de ideologias ou de grandes corporações que financiam diversas pautas. Só há
liberdade verdadeira quando agimos baseados na verdade! Se agimos contra a verdade,
agimos contra a nossa própria natureza que tende a Deus e nos tornamos servos de
mentiras, necessariamente. O grande erro do Ocidente é acreditar numa liberdade sem
verdade, reduzida a um mero direito de se fazer o que se quiser. O Ocidente herdou
conceitos profundamente cristãos, como o próprio conceito de liberdade, mas retirou deles
seu fundamento último, Deus e, por essa razão, defende pautas que contrariam
abertamente a natureza humana e escravizam o homem.
A pauta LGBT é uma delas. Se devemos amar e procurar ajudar o que sofrem com a
atração pelo mesmo sexo, não devemos nunca achar normal que se propague pelos meios
de comunicação uma apologia de condutas sexuais que contrariam abertamente a lei
natural! Muitos podem achar que estão imunes à influência dessas propagandas,
entretanto, isso não é verdade! Quanto mais elas são veiculadas pelos meios de
comunicação, mais tendemos achar que é normal algo que não é!
Lembremos do Catecismo da Igreja Católica: “Quanto mais pratica o bem, mais a
pessoa se torna livre. Não há verdadeira liberdade a não ser a serviço do bem e da justiça.
A escolha da desobediência e do mal é um abuso de liberdade e condu à “escravidão do
pecado”. (§1733)). O Ocidente confunde “abuso de liberdade” que conduz à “escravidão”,
com a própria liberdade.
Portanto, a liberdade de expressão nunca pode ser utilizada para justificar a defesa
de mentiras ou de condutas que contrariam a lei moral, inscrita no coração de cada homem.
Assim o Magistério da Igreja sempre se posicionou. “Porventura dirá alguém que se podem
e devem espalhar livremente venenos ativos, vendê-los publicamente e dá-los a tomar,
porque pode acontecer que, quem os use, não seja arrebatado pela morte?”, perguntava o
Papa Gregório XVI a quem defendia “o direito de trazer-se à baila toda espécie de escritos”
(Mirari vos, n. 11). E o que é, senão veneno, o que a propaganda LGBT realiza?
Nessa questão, os católicos devem ter muito claro, portanto, que nem o Catar é um
exemplo a ser seguido nem a ideologia ocidental deve ser louvada. Devemos, sempre, ser
fiéis, antes de tudo a Cristo e à Sua Igreja, que nos ensinam o amor aos pecadores mas,
também, o amor pela verdadeira Liberdade, que consiste em buscar o bem e a verdade,
não o erro e a mentira.