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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA

CURSO DE DIREITO

Allicya Georgya da Motta de Paula Silva


Ana Paula Silva Valentim
Evellyn Moreira Figueiredo
Mariana Madero Salvino de Araújo
Mylena Villas Bôas
Raiara da Silva Oliveira Machado
Tayna da Silva Pereira

COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

RIO DE JANEIRO
2023
Allicya Georgya da Motta de Paula Silva-23106438
Ana Paula Silva Valentim-23107351
Evellyn Moreira Figueiredo-23108892
Mariana Madero Salvino de Araujo-23109216
Mylena Villas Bôas -23107848
Raiara da Silva Oliveira Machado-23109345
Tayna da Silva Pereira-23108023

COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Etapa 2 do projeto apresentado ao Curso de Graduação


em Direito do Centro Universitário Augusto Motta
como requisito parcial para a aprovação no Módulo
Determinantes Sócio-Histórico do Direito

Orientador : DR. Robson Rodrigues de Paula

RIO DE JANEIRO
2023
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como finalidade a realização de um estudo de caso , mais


concretamente falando sobre a intolerância religiosa e seus efeitos . O objetivo deste
trabalho é relatar uma breve entrevista feita com o Luiz Felipe de Paula Campos ,
Advogado e frequentador de religiões de matrizes africanas , suas vivências e projetos
para evidenciar as lutas que as pessoas de religiões de matrizes africanas sofrem e
incluir as pessoas menos favorecidas
TEMA : COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

ESTUDO DE CASO

UNIDADE DE ANÁLISE : Entrevista feita com o Advogado Luiz Felipe de Paula


Campos na OAB 57a Subseção Barra da Tijuca Avenida das Américas n 3959 /
Marapendi shopping

O Advogado quando era estagiário , no final da faculdade fundou um projeto chamado


Judicializando o Axé , que foi um projeto que ele começou a ver que o povo dos
terreiros, roças tem uma certa debilidade e deficiência em relação à informação. Nesse
percurso ele começou a frequentar os terreiros dos centros de umbanda e viu que a
maioria são distantes por conta das perseguições policiais. Havia um contexto histórico
não muito favorável da polícia perseguir terreiros e apreender os artefatos usados nos
cultos . Existe um movimento muito importante que foi a retirada do museu da polícia
civil dos artefatos que foram apreendidos e levados a um outro museu histórico , ou
seja, retiraram o que era essencial para a prática e colocaram para a história do museu
de arte descumprindo o que diz na Constituição de 1988 que protege formalmente o
exercício religioso, local onde é praticado e até mesmo quem não tem nenhuma crença.

Um fator de importância que foi citado na entrevista foi que não dá para falar de
intolerância religiosa sem falar do racismo, que existe ha mais de quinhetos anos desde
o periodo colonial ate os dias atuais, por exemplo atualmente no nosso sistema
judiciário possuimos cento e oitenta e nove desembargadores brancos e somente um
negro. O advogado também citou o ocorrido recente de um motorista de aplicativo que
se recusou a levar três passageiras porque estavam vestidas de trajes típicos da religião
afro-brasileira , neste caso os vestidos brancos e os Ojás (pano da cabeça). Outro fato
citado foi um caso que ele trbalhou em que seu cliente que era tradutor e intérprete de
libras da igreja católica foi expulso do trabalho por ser umbandista , o mesmo era
homossexual , porém quando descobriram a sua religião ele foi expulso na frente de
todos e infelizmente o caso foi arquivado por conta de um depoimento eclesiático.

Atualmente já existe instituições que lidam com essas questões , aqui no Rio de Janeiro
temos a DECRADI, Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância , que foi
fundada no dia 13 de dezembro de 2018 e é um órgão público criado para o combate
aos crimes de racismo e homofobia , preconceito , e intolerância , sobretudo religiosa
contra as religiões de matriz africana , a exemplo do Candomblé e Umbanda. A
DECRADI é um projeto antigo (2003) que demorou a ser fundado porque necessitava
de uma série de coisas, como por exemplo questão de verbas , manutenção sanitária,
funcionários , maquinário.
Segundo o jornal Globo a comissão da OAB\RJ apostará na educação para o combate à
intolerância religiosa , Instruir para prevenir. Algumas das grandes apostas da
reformulada Comissão de combate à Intolerância Religiosa da OAB\RJ são medidas
educativas em escolas. Diante ao aumento de denúncias , principalmente os recentes
ataques a terreiros de umbanda e candomblé no estado, os 15 advogados que
recém-ocuparam a comissão estão em fase de desenhar propostas efetivas que articulem
organizações públicas e privadas em torno da causa. Uma das providências será
promover palestras aos alunos, explicando o que a constituição diz , qual o papel do
promotor , do juiz, e dos advogados e quais as consequências para os tipos de crime.

Mediante aos fatos mencionados , observamos que a intolerância religiosa é uma luta de
extrema importância muitas pessoas sofreram e ainda sofrem com o descaso da
sociedade, logo tolerar a religião do outro é muito mais do que aceitar sua existência ,
tem que haver respeito para que haja harmonia na sociedade e que cada vez mais
diminua os acontecimentos de descaso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante aos fatos mencionados concluímos que a intolerância religiosa é um fator que
assola a sociedade desde o período colonial , como por exemplo a catequização dos
indígenas pelos jesuítas euroupeus e infelizmente é um fator que não para de crescer até
os dias atuais como vimos nos exemplos citados acima. A princípio, nota-se a
discriminaçao da sociedade com os indivíduos que seguem uma religião diferente da
sua, mais concretamente as de matriz africana.

Segundo o sociólogo Émile Durkheim , o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar
dotada de generalidade exterioridade e coercitividade ,analogicamente , se um indivíduo
crê-se convivendo com intolerantes, tende a seguir o mesmo exemplo , criando um ciclo
social.

Apesar das incessantes lutas pelo direito à liberdade religiosa e a garantia de direitos
constitucionais, a desinformação , o preconceito , discriminação e a intolerancia
continuam sendo os principais motivos de desreipeito ás religiões .
No Brasil , o dia Nacional de combate à intolerância religiosa , é celebrado no dia 21 de
Janeiro em alusão a morte da ialorixá baiana Gildásia dos Santos , conhecida como mãe
Gilda , fundadora do terreiro de candomblé ilê Asé Abassá.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição (1988).


Constituição da República
Federativa do Brasil. DF: Centro
Gráfico , 1988

A Comissão da OAB\RJ aposta em educação para combater intolerância religiosa Jornal O


Globo Rio de Janeiro. Disponível em
https://oglobo.globo.com/rio/comissao-da-oab-aposta-em-educacao-para-combater-intoleranc
ia-religiosa-22032678

21 de JANEIRO -DIA NACIONAL DE COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA


DISPONÍVEL EM:
https://findect.org.br/noticias/dia-nacional-combate-intolerancia-religiosa/#:~:text=A%20data
%20foi%20escolhida%20para,intoler%C3%A2ncia%20religiosa%20em%20seu%20terreiro

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