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Índice
5.1. Introdução.................................................................................................................... 25
5.2. Produção de Calor Pelo Corpo Humano......................................................................25
5.3. Temperatura................................................................................................................. 26
5.4. Balanço Térmico do Corpo Humano............................................................................26
5.5. Influência do Vestuário................................................................................................. 27
5.6. Regulação Térmica...................................................................................................... 27
6. Agentes biológicos.............................................................................................................. 28
6.1. Enquadramento Legislativo..........................................................................................28
6.2. Definições do Decreto-lei n.º 84/97, de 16 de Abril......................................................28
6.3. Classificação dos Agentes Biológicos..........................................................................29
6.4. Imunidade aos Agentes Biológicos...............................................................................30
6.5. Avaliação de Riscos..................................................................................................... 31
Bibliografia.............................................................................................................................. 33
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SHSTCC – Noções de Higiene do Trabalho
Capítulo 11
1.1. Introdução
A
segurança e higiene é, na sua mais ampla acepção, um conceito
substancialmente unido ao de ser humano, individual ou socialmente considerado.
O seu desenvolvimento e evolução circunscrevem-se ao progresso humano com a
mesma relevância de outros aspectos que são facetas do mesmo poliedro, tais como a
ecologia, o bem-estar social, a estabilização das pressões sociais, em suma, a qualidade de
vida em todas as suas componentes e circunstâncias. Historicamente, a Segurança como
sinónimo de Prevenção de Acidentes evoluiu de uma forma crescente, englobando um
número cada vez maior de factores e actividades, desde as primeiras acções de reparação
de danos (lesões) até um conceito mais amplo onde se buscou a prevenção de todas as
situações geradoras de efeitos indesejados para o trabalho.
Com efeito, a par da segurança social, surgiram e evoluíram em diversos países acções
tendentes a prevenir danos nas pessoas, decorrentes de actividades laborais. A prevenção
de acidentes de trabalho surge, enfim, como um imperativo de consciência face à
eventualidade de danos físicos, psíquicos e morais para a vítima, que perderia a sua
capacidade de ganho e a possibilidade de desfrutar de uma vida activa normal.
De entre as várias formas que, na contratação colectiva, assume o tratamento desta matéria,
cumpre realçar a imposição ao empregador do encargo de emitir um regulamento de higiene
e segurança, com a particularização dos postos de trabalho considerados perigosos e das
medidas de segurança a adoptar.
Para o trabalho render, têm de se acatar as regras que a higiene e segurança impõem ao
ambiente onde ele se realiza. O trabalho deve ser executado nas melhores condições
possíveis, para se conseguir dos trabalhadores o rendimento máximo com o mínimo de
desgaste físico e psíquico. Por isso se exige um desenvolvido estudo de cada ambiente, que
procure corrigir os seus defeitos e impeça os trabalhadores de desempenharem as suas
tarefas em meios insalubres, onde os riscos de acidentes de trabalho e doenças profissionais
são maiores. Um ambiente salubre não prejudica a saúde. Depende de várias condições,
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umas de ordem geral, que se aplicam a todos os locais de trabalho, outras de ordem
especial, que se aplicam a ambientes de trabalho com riscos específicos.
A disposição das diferentes secções das instalações é outro elemento a considerar, sendo
fundamental separá-las de acordo com o tipo de riscos ligados à actividade a desenvolver.
A superfície e o pé direito da oficina devem ser tais que cada trabalhador disponha de um
mínimo de 11,5 m3 em volume de ar. Este volume de ar, que cabe a cada um dos
trabalhadores, chama-se cubagem.
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Quanto à ventilação, pode ser natural, artificial ou mista. A natural faz-se através de
aberturas, como janelas ou portas. Não é, no entanto, a melhor ventilação, pois pode
ocasionar perigosas correntes de ar e não renova completamente o ar do ambiente de
trabalho. A ventilação mais perfeita é a artificial, obtida com aparelhos especiais que
conseguem a renovação permanente do ar e a diminuição da concentração dos
contaminantes que nele existam.
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2. Agentes químicos
Estado Sólido:
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Estado Líquido:
Estado Gasoso:
Vapores – fase gasosa de substâncias que nas condições-padrão (25 ºC, 760 mm Hg) se
encontram no estado sólido ou no estado líquido.
Poeiras
Poeiras Inertes
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Não produzem alterações fisiológicas significativas, embora possam ficar retidas nos
pulmões. Somente apresentam problemas em concentrações muito elevadas.
(Por exemplo, alguns carbonos, celulose, caulino.)
Poeiras Fibrogénicas ou Pneumoconióticas
São poeiras susceptíveis de provocar reacções químicas ao nível dos alvéolos pulmonares,
dando origem a doenças graves (pneumoconioses).
(Por exemplo, sílica livre, cristalina (silicose), amianto (asbestose).)
Gases e Vapores
Irritantes
Têm uma acção química ou corrosiva, produzindo inflamação dos tecidos com os quais
entram em contacto. Actuam principalmente sobre os tecidos de revestimento e epiteliais,
como a pele, mucosas das vias respiratórias e olhos.
Os irritantes muito solúveis são absorvidos pelos primeiros tecidos epiteliais que encontram,
ou seja, quando penetram pela via respiratória, são essencialmente absorvidos ao nível do
nariz e da garganta (por exemplo, o amoníaco). Os irritantes de solubilidade moderada
actuam em todas as partes do sistema respiratório (por exemplo, o cloro e o ozono).
Asfixiantes
Podem ser classificados em simples e químicos.
Simples – sem interferir nas funções do organismo, podem provocar asfixia por
impedirem a concentração de oxigénio no ar.
(Por exemplo, azoto, hidrogénio, acetileno.)
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Narcóticos
Apresentam uma acção depressiva sobre o sistema nervoso central, produzindo efeito
anestésico, após terem sido absorvidos pelo sangue (por exemplo, éter etílico, acetona).
Tóxicos
Os vapores orgânicos são produtos tóxicos sistémicos e, tal como as poeiras anteriormente
referidas, podem causar lesões em vários órgãos, tais como o fígado e os rins. É o caso dos
hidrocarbonetos halogenados (por exemplo, tetracloreto de carbono, tricloroetileno,
clorofórmio).
Factores intrínsecos: idade, sexo, código genético, susceptibilidade – não afectam a dose.
Inerte – composto ou substância que, apesar de poder ser tóxico, só produz efeitos nefastos
para a saúde em doses elevadas.
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Elementos químicos e seus compostos, no seu estado natural ou obtidos por qualquer
processo de produção, contendo qualquer aditivo necessário para preservar a estabilidade
do produto ou qualquer impureza derivada do processo de produção.
o ponto de fusão;
o ponto de ebulição;
a temperatura de auto-inflamação;
o grau de volatilidade;
o limite de explosividade;
a resistência ao choque;
a influência da luz;
a solubilidade dos solventes a utilizar;
a viscosidade;
a densidade.
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Média ponderada VLE-MP – valor limite expresso em concentração média diária, para um dia
de trabalho de 8 h e uma semana de 40 h, ponderada em função do tempo de exposição.
Concentração máxima VLE-CM – valor limite expresso por uma concentração que nunca
deve ser excedida simultaneamente.
Nota: Para as substâncias cujo valor limite é expresso por uma média diária ponderada,
as flutuações de concentração acima da média não devem exceder 3 vezes o VLE-MP em
mais de 30 min, no total, por dia de trabalho, e nunca deve exceder 5 vezes o VLE-MP.
NP 1796/98
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ANEXOS - NP 1796/98
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3. Ruído
3.1. Introdução
O
ruído constitui uma causa de incómodo para o trabalho e um obstáculo às
comunicações verbais e sonoras, podendo provocar fadiga geral e, em casos
extremos, trauma auditivo e alterações fisiológicas extra-auditivas.
As ondas sonoras podem transmitir-se da fonte até ao ouvido, tanto directamente, pelo ar,
como indirectamente, por condução nos materiais – estruturas sólidas, paredes, pavimentos
e tectos – que funcionam como fontes secundárias. Quando o ruído atinge determinados
níveis, o aparelho auditivo apresenta fadiga que, embora inicialmente seja susceptível de
recuperação, pode, em casos de exposição prolongada a ruído intenso, transformar-se em
surdez permanente devido a lesões irreversíveis do ouvido interno.
3.2. O Som
Qualquer fonte sonora emite uma determinada potência acústica, característica e de valor
fixo, relacionada com a saída da mesma. As vibrações sonoras originadas pela fonte têm, no
entanto, valores variáveis dependentes de factores externos, tais como distância e
orientação do receptor, variações de temperatura, tipo de local, etc. Quando, num espaço de
ar, a pressão do gás é perturbada por acções mecânicas, ocorrem rapidamente oscilações
de pressão que, à semelhança das perturbações mecânicas na água, se espalham sob
forma de ondas. Enquanto estas oscilações de pressão se movem em determinada faixa de
frequência e intensidade, podem ser percebidas pelo ouvido humano como som. A medida
das oscilações de pressão corresponde à pressão sonora. A intensidade de uma sensação
sonora é determinada pela pressão sonora. O número de oscilações da pressão por segundo
– expresso em Hertz (Hz) – determina a frequência de um som; dela depende a altura do
som subjectivo que percebemos. A maioria dos sons compõe-se de um grande número de
ondas sonoras com diversas frequências. Se as frequências altas predominam, percebemos
o som como alto; por outro lado, se tivermos frequência baixas, teremos a percepção de um
som grave.
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A utilização de protecção individual, para fazer face ao ruído justifica-se quando não é
possível a implementação de medidas de protecção colectiva, ainda que possa ser usada
complementarmente.
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Auriculares Auscultadores
Vantagens
leves, pequenos; de fácil uso e adaptação, fáceis de
facilmente usados com outros colocar e retirar;
equipamentos de protecção da tendência para um melhor
cabeça, vias respiratórias, olhos e ajustamento em períodos de tempos
rostos; longos;
mais frescos e confortáveis; melhor atenuação de altas
melhor atenuação de baixas frequências.
frequências.
Desvantagens
o podem ser deslocados da colocação o quentes;
ideal pela conversação ou mastigação; o adaptação rígida à cabeça;
o adaptação inicial mais difícil; o dificuldade de uso com outros
o necessitam de cuidados especiais de equipamentos de protecção,
uso e limpeza; nomeadamente capacetes e óculos,
o não podem ser usados quando o canal ou viseiras;
do ouvido externo está inflamado; o desconfortáveis quando usados
o tamanho tem de ser individualizado. durante períodos de tempo longos.
Existem várias razões pelas quais se procede à medição do ruído, sendo as mais frequentes:
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Sonómetro.
Existe uma grande variedade de sonómetros, desde os que dão apenas valores aproximados
de níveis sonoros, passando pelos equipados com filtros de ponderação (A, B, C, D),
respostas a impulsos, etc., até sonómetros que indicam o nível sonoro contínuo equivalente.
O sonómetro pode ser acoplado a um analisador de frequências (filtro de oitavas ou de
terços de oitavas), se se pretender efectuar uma determinação do espectro de ruído.
Quase todos os aparelhos apresentam várias constantes de tempo, sendo as mais utilizadas
as seguintes:
Por sua vez, o dosímetro é um equipamento de uso pessoal que permite medir a dose de
ruído a que um trabalhador está exposto durante um determinado período de trabalho.
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Dosímetro.
Assim, contribui
para distúrbios
gastrointestinais e
distúrbios
relacionados com
o sistema
nervoso central
(por exemplo,
dificuldade em
falar, problemas
sensoriais
caracterizados
por diminuição da
memória de
retenção). Um
ruído súbito e
intenso acelera o
pulso, eleva a Efeitos fisiológicos do ruído sobre
o organismo (segundo Bruel & Kjaer).
pressão arterial,
contrai os vasos sanguíneos e os músculos do estômago.
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Os ruídos podem também alterar o equilíbrio psicológico das pessoas. Um local de trabalho
ruidoso concorre no sentido de aumentar as tensões a que o indivíduo está normalmente
sujeito. Pode ocasionar irritabilidade em indivíduos normalmente tensos e agravar os estados
de angústia em pessoas predispostas a depressões.
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Segundo Lehmann, podem considerar-se 4 zonas de efeitos do ruído, de acordo com o valor
da intensidade do mesmo.
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4. Vibrações
4.1 Introdução
O
corpo humano constitui um sistema físico e biológico extremamente complexo. Do
ponto de vista mecânico pode ser grosseiramente representado por um sistema
simplificado, composto por vários subsistemas primários de tipo massa-mola-
amortecedor. Estes representam a cabeça (o globo ocular e as estruturas intra-oculares
constituem, por si só, um sistema), os ombros, o volume pulmonar, os braços, as pernas,
etc..
A resposta do corpo humano às vibrações externas depende da sua postura (de pé, sentado
ou deitado) e do ponto de aplicação das forças vibratórias.
Uma das partes mais importantes do sistema é o sistema tórax-abdómen, que apresenta um
efeito particular de ressonância na gama de 3 a 6 Hz e torna muito difícil um isolamento das
vibrações que afectam um indivíduo de pé ou sentado.
Conceito de Vibração:
“Movimento oscilatório em torno de um ponto de equilíbrio”
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4.4 Intensidade
Grandezas físicas:
Dois pontos de aplicação das vibrações têm um papel importante para a ergonomia: os pés
ou o assento (em veículos) e as mãos (na utilização de ferramentas vibratórias ou
máquinas). De importância é também a direcção das oscilações, onde a direcção vertical
(pés-cabeça) ou talvez a direcção mão-braço sejam as mais frequentes.
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Cada sistema tem uma frequência própria. Quanto mais próximo a frequência excitadora
chega à frequência própria do sistema excitado, maior será a amplitude da oscilação forçada.
Com isso, a amplitude da oscilação forçada pode vir a ser maior que a oscilação excitadora;
esta manifestação designa-se ressonância.
De maneira inversa, em cada sistema as oscilações também podem ser freadas, o que se
designa por amortecimento. Assim, por exemplo, as oscilações verticais das pernas são
significativamente amortecidas ao estar de pé.
náuseas e vómitos (baixas frequências <1 Hz) responsáveis pelo “mal dos
transportes”;
Alterações osteoarticulares ou esqueléticas (baixas frequências 30 Hz).
São as mais divulgadas como manifestação da doença das vibrações e são devidas a
alterações do metabolismo dos ossos e das cartilagens, manifestando-se por dor e
impotência funcional ao nível das articulações atingidas.
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As vibrações parecem accionar reflexos musculares que têm claramente uma função de
defesa. Eles aparecem em cada vibração e encurtam a musculatura distendida pelas
oscilações. Segundo Hettinger, os reflexos devem, após um prolongado trabalho com o
martelo pneumático – por crescente cansaço – diminuir ou desaparecer. A capacidade de
reflexo da musculatura explica o muitas vezes observado aumento do consumo de energia,
da frequência cardíaca e da respiração na exposição a fortes vibrações. Estes efeitos da
vibração sobre o metabolismo, a circulação e a respiração são de pequena intensidade e têm
pouca importância.
O efeito adverso das vibrações sobre a visão é de maior importância, já que o desempenho
de manobradores de tractores, camiões, máquinas de construção e outras máquinas diminui,
aumentando assim o risco de acidentes. As vibrações, por um lado, reduzem a visão
enquanto, por outro lado, fazem a imagem ficar tremida.
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4.12. Queixas
A repetição diária das exposições a vibrações no local de trabalho pode levar a modificações
doentias das partes do corpo atingidas. O tipo de doença é diferente para as duas partes do
corpo mais sujeitas às vibrações: as oscilações verticais, que penetram no corpo que está
sentado ou de pé sobre bases vibratórias (veículos), levam sobretudo a manifestações de
desgaste na coluna vertebral, enquanto as oscilações de ferramentas motorizadas
produzem, na maior parte das vezes, modificações doentias nas mãos e braços.
Em diferentes países foram observados aumentos de danos nos discos vertebrais e artroses
na coluna em manobradores de tractores. Além disso, queixas de estômago e intestino estão
acima da média, e uma notável predisposição para doenças da próstata e hemorróides foi
observada.
Em três estudos em série, com espaço de 5 anos cada, com os mesmos manobradores de
tractores, encontrou-se um aumento de situações radiológicas desfavoráveis da coluna. Com
isto foi possível estabelecer um aumento de achados patológicos na coluna vertebral em
relação ao tempo anual de condução dos tractores. O frequente aparecimento de doenças da
coluna vertebral de trabalhadores que estão expostos a altas oscilações verticais dá origem à
suposição de que fortes e prolongadas vibrações provocam um excessivo desgaste dos
discos intervertebrais e das articulações. Isto, no entanto, fica ainda no terreno das
hipóteses, já que não foi comprovada categoricamente a relação causal.
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5. Ambiente térmico
5.1. Introdução
N
o quadro do melhoramento das condições de trabalho, bem como da qualidade de
vida, o ambiente térmico de trabalho desempenha um papel fundamental. O
problema colocado pelos ambientes térmicos é o da homeotermia (manutenção da
temperatura interna do corpo), que garante um funcionamento pelo corpo igual ao fluxo de
calor cedido ao ambiente. Por outras palavras, o calor gerado pelo corpo tem de ser cedido
constantemente ao ambiente externo, por forma a que a temperatura do organismo se
mantenha constante (37 0,8 ºC).
Em certos ambientes térmicos, a igualdade dos fluxos de calor pode realizar-se de forma
agradável e não gravosa para o homem, normalmente designado por ambiente neutro ou
confortável. Fora desse ambiente neutro, o organismo poderá continuar a assegurar a
homeotermia, mas ao preço de certas reacções fisiológicas vegetativas ou comportamentos
destinados a ajustar o equilíbrio térmico. As alterações fisiológicas que daí resultam tornam
estas situações inconfortáveis, ainda que toleráveis, pois que a homeotermia está
assegurada. Quanto mais o ambiente térmico se afasta da zona de neutralidade, mais as
alterações fisiológicas se acentuam até atingirem o seu nível máximo.
No organismo humano, mesmo quando este se encontra em repouso, gera-se calor como
resultado da degradação da energia necessária para manter as funções vegetativas, tais
como a respiração, a circulação, etc.. Este calor designa-se por metabolismo basal e define-
se como a quantidade mínima de calor produzida pelo indivíduo em repouso físico e
intelectual a uma temperatura ambiente de 20 ºC, alguns instantes após o despertar matinal.
Quer em repouso, quer no trabalho, a energia em questão é conseguida por uma oxidação
(combustão), controlada pelas enzimas, dos hidratos de carbono, gorduras e proteínas, a
qual origina dióxido de carbono, azoto e vapor de água. O fluxo de calor produzido (reacção
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5.3. Temperatura
Sensação de calor/frio…
A temperatura da nossa pele sofre uma descida a uma taxa superior a 0,24 ºC/min.
Os sensores de frio detectam a descida e emitem um sinal de alarme para o
hipotálamo.
O hipotálamo toma conhecimento da situação e reage em conformidade (de acordo
com a intensidade do sinal de alarme).
A temperatura da nossa pele sofre um aumento a uma taxa superior a 0,06 ºC/min.
Os sensores de calor detectam a subida e emitem um sinal de alarme para o
hipotálamo.
O hipotálamo toma conhecimento da situação e reage em conformidade (de acordo
com a intensidade do sinal de alarme.
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Como se mede?
A unidade prática – clo – corresponde ao isolamento térmico de um conjunto de
vestuário igual a 0,155 K.m2 / W.
Onde M representa o calor gerado pelo metabolismo, C é o calor trocado por condução e
convecção, R o calor trocado por radiação, e E o calor perdido pela evaporação.
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6. Agentes biológicos
O
Decreto-lei n.º 84/97, de 16 de Abril, tem como objectivo estabelecer as
prescrições mínimas de protecção da segurança e da saúde dos trabalhadores
contra os riscos de exposição a agentes biológicos, abrangendo todas as
actividades em que aqueles estão expostos, nomeadamente trabalho em unidades de
produção alimentar, trabalho agrícola, actividades em que há contacto com animais e/ou
produtos de origem animal, trabalho em unidades de saúde, trabalho em laboratórios
clínicos, veterinário e de diagnóstico, trabalho em unidade de recolha, transporte e
eliminação de detritos, trabalho nas instalações de tratamento de esgoto, quer sejam no
sector privado, público, cooperativo ou social.
Trabalhos de risco:
De acordo com as definições do Decreto-lei n.º 84/97, de 16 de Abril, que transpõe para o
direito interno as definições de microrganismo e de agente biológico da Directiva
90/679/CEE, do Concelho de 26 de Novembro, relativa à protecção dos trabalhadores contra
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O homem, como qualquer ser vivo, está permanentemente a interagir com o meio ambiente.
Nesta interacção, os seres vivos utilizam mecanismos de regulação interna para se
defenderem das variações físico-químicas externas e dos agentes biológicos agressores,
minimizando assim os efeitos internos dessas mesmas variações e agressões. A esta
procura constante de manutenção do equilíbrio interno – homeostasia – está associado um
conjunto de mecanismos de defesa desse equilíbrio. Assim, a resistência natural a agentes
biológicos consoante a espécie do hospedeiro, com o factor racial e, finalmente, com o factor
individual. Por esta razão encontramos agentes biológicos capazes de infectar diferentes
animais, ao mesmo tempo que podem ser inofensivos para o homem.
Para além da resistência natural aos agentes biológicos, o homem apresenta mecanismos de
defesa inespecíficos – imunidade inata – e mecanismos de defesa específicos – imunidade
adquirida – que lhe permitem combater o agente biológico agressor actuando,
respectivamente, como primeira e segunda linha de defesa. A primeira linha de defesa é
genérica para qualquer tipo de agente biológico.
A pele cobre todo o corpo humano, como extensa barreira mecânica à penetração de
qualquer microrganismo; por outro lado, o pH ácido (3 a 5) e a contínua descamação da pele
evitam boas condições para a instalação dos microrganismos nela. Um ferimento na pele
constitui uma ruptura nesta barreira, permitindo que microrganismos aí se instalem e se
desenvolvam criando uma infecção.
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A avaliação dos riscos deve ter em conta todas as informações disponíveis, nomeadamente:
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A avaliação dos riscos deve ser repetida periodicamente, ainda mais se houver alteração das
condições de trabalho susceptível de afectar a exposição dos trabalhadores a agentes
biológicos.
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