Você está na página 1de 19

WAGNER MENEZES

, (0RGANI7ADOR)

t
ITO INTE RNA CIONAL ~l
EM EXPANSÃO

DIREITO INTERNACIONAL EM EXPANSÃO:


ESTADO DAARTE

VOL UME ~II

== ~-a:
ARRAF5
EDI T ORES
• CONSELHO EDITORIAL
Álvaro Rio rdo ele Souza Cru z Jorge Bacd ar Gouvm - Portu gal
Andrf Cordeiro Udl Jorge M. Ltsrnar
Andrt upp Pinto Bm o Lupi Jose Antonio Moreno Moluu - Espanha
António Márcio da Cunhd Guimarães José Luiz Qiadros de Mag;ilhles
Ant6oto Rodrigues de Freitas Junior K1wonghi Bizawu
IkrnArdo G. B. Nogue1rd Leandro EustJquio de Mdtos Monwro
Carlos Aul(usto Cancelo G. dd Silva Luc,ano Stoller de Fana
Carlos Bruno Ferm ra dd Silva Luiz Henrique Sormani Barbug1ani
1 Carlos Henrique Soares Luiz Manoel Gomes Júnior
Claud1a Rosane Roesler Luiz Moreira
Clemmon Merlin Cleve Márcio Luis de Oliveira
David França Ribeiro de Carvalho Maria de Fátima Frme Sá
Dhen1s Cruz Madeira M.irio Lúcio Qumtão Soares
Dirceo Torrecill,u Ramos Martonio Mont'Alverne Barreto Lima
Edson Ricardo Saleme Nelson Rosenvald
Eliane M. Octaviano Martins RenatoCa ram
Emerson Garcia Roberto Correia da Silva Gomes Caldas
Felipe Cluarello de Souza Pinto Rodolfo Viana Pereira
Florisbal de Souza Del'Olmo Rodrigo Almeida Magalhães
Frederico Barbosa Gomes Rol(hio F1lippetto de Oliveira
Gilberto Bercovici Rubens Beçak
Gregório Assagra de Almeida Serg10 André Rocha
Gustavo Corgosinho Sidney Guerra
Gustavo Silveira Siqueira Vladrnir Oliveira da Silveira
Jamile Bergamasc hine Ma ta Diz Wagner Menezes
Janalna Rigo Santin William Eduardo Freire
Jean Carlos Fernandes

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, _por_ qualquer meio e!etrônico,
inclusive por processos reprográficos, sem autonzaçao expressa da editora .
Impresso no Brasil I Printed in Brazil

Arraes Editores Ltda., 2022.


Coordenação Editorial: Fabiana Carvalho
Produção Editorial e Capa: Danilo Jorge da Silva
Revisão : Responsabilidade do Autor
o Brasileiro
341 .026 Congresso Brasileiro de Direito Internacional, (20:202 1) Anais do XX Congress
volume 22 / (o rganizado
D598 de Direito Internacional. ln: Direito internacio nal em expansão :
2022 por] Wagner Menezes . Belo Horizonte: Arroes Editores, 2022.
v.22 74 7 p.

ISBN: 9 78-65-59 29-198-4 ISBN: 9 78-85-82 38-346- 9 (Série)


ISBN: 978-65-5 929-194 -6 (E-book) ISBN: 978-85-8238-34 7-6 (E-book Série)
Vórios autores.
Direito internaci onal público.
1. Direito internacional. 2. Direito internacio nal dos direitos humanos. 3.
. 8. Direito internaci onal
4 . Globalização. 5. Epidemias. 6. Brasil - Justiço reparatório. 7. Direito tributório
de Direitos Humano s.
privado. 9. Comissão lnteromericono de Direitos Humanos. 1O. Corte lnterome ricono
(Org.). li. Título. Ili. Série Direito internacional em
11. Arbitragem comercial internacional. 1. Menezes, Wagner
expansão , v.22.

CDD(23.ed.) - 341 .026


CDDir - 34 1. 12 19
Elaborado por: Fótimo Falei
CRB/ 6 -nº 700

M.niuz F1UAL
Av. Nossa Senhora do Cirmo, 1650/loja 29 - Bairro Sion Rua Senador Feijó, 154/ cj 64 - Bairro Sé
BeJo Horizontc/MG - CEP 30330-000 São Paulo/ SP - CEP 01006-000
Tcl: (3 1) 303 1-2330 TcJ: (11) 310~3 70

www.arracseditorcs.com.br
arracs@arracseditorcs.com.br
Bdo lforizon tt·
2022
CAPÍTUL O 17

A PROTEÇÃO DOS DIREITO S LGBTI NAS ~RICAS :


UMA HOMENAGEM AO TRABAL HO DE FLÁVIA PIOVESAN À
FRENTE DA RELATO RIA DO TEMA NA CIDH
Nathalia Penha Cardoso de França

RESUMO: Os direitos das pessoas LGBTI, compreendidos como ramo de direitos humanos,
encontram entraves de aplicação nos Estados e seus aparatos, fazendo surgir violações graves a
tais direitos nos mais diversos âmbitos. No Sistema lnteramericano de Direitos Humanos, a Co-
missão e a Corte são protagonistas na interpretação da Convenção Americana e da ConvenÇ20
lnteramericana Contra Toda Forma de Discriminação e Intolerância, para comandar medidas de
reparação e mudanças paradigmáticas nos ordenamentos jurídicos domésticos do Estados-partes.
Um eixo impulsionador da criação de um standard interamericano de proteção aos direitos das
pessoas LGBTI é a Relatoria sobre os Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e
lntersex, que foi encabeçada por Flávia Piovesan entre 2018 e 2021, período em que atividades
relevantes às discussões do tema tomaram lugar. Com base do método hipotético-dedutivo,
investiga-se a hipótese de que o standard interamericano de proteção aos direitos LGBTI ho1e
existente é fruto da Relatoria temática do SIDH.
PALAVRAS-CHAVE: Direitos humanos, direitos LGBTI, Sistema lnteramericano, Rel.1tori.1,
slandard interamericano.

lliE PROTEC77ON OF LGBTI RJGHTS IN THE AMER!CAS: A TRIBUTE 'IV FLÁVIA


PIOVESAN'S WORK AS THE IACHR'S RAPPORTEUR ON THE THEME

ABS~cr: The rights of LGBTI people, understood as a branch of human rights,_íi nd


ª?P 1•~tion obstacles in the States and their apparatus, giving rise to serious violations of such
n~h~s rn the most diverse areas. ln the lnter-American System of Human Rights, the Com-
misSion ª nd the Court are protagonists in the interpretation of the American Convention
nd the Inter-American Convention against Ali Forms of Discrimination and lntolerancc,
ª
tofcomma nd measures of reparation and paradigmatic changes in the domestic legal sy lem~
5
0 the Stat p · · st d d for
th ~s arties. A driving force behind the creation of an Inter-Amencan ªn ar .
Ge pr~tection of the rights of LGBTI people is the Rapporteurshi p on the Rights of Lesbt.in,
1• Bisexual, Trans and lntersex People which was headed by Flávia Piovesan between
2021
º
2 18
:n • ª period in which relevant a~tivities discussions on the topic took place. BaSed
n t1le hypoth . 1 . h . A ·can
sta d etica -deductive method, the hypothesis is invest1gated that t e mter- mert .
rd 1h th
Ra; ª for th e protection of LGBTI rights that exists today is the result of e ematJC
J<E;,r~urship 0 f the IAHRS. .
·Ainer· RDS: Human rights, LGBTI rights lnter-American System, Rapporteurship , Inter·
ican standard. ,
2so L _ ---- ----- ----
JNTROO UÇÀO

O continente .1merican o, .ipc-,,H de tr.id1uonalmente liderar e . '


obre protcçfo de dii citos hununos , como os Pactos lnternJciona· 5edia_r d,~ _
s . . . ' S . . is sobre l)· \I~
vis e Políticos, e sobre D, rcttos Econom1cm. oc1a1s e Culturais de 196 . •r~it(),, . l
Americana de Direitos Hum.mos de 1969; .l Convenção lnteramer·1 6, a Vlttv~• \'
.
Punir e ErradicJr a Violência contra a Mulher de 1994; a Conven •C.tna P.tra Pre,,,-~
. .
bre os Direitos das Pessoas com De fi1c1enc1a
. . d 200
e 7, dentre tantos O Internac1.0 n~J
Çao tnir
·
1
. . . • , . litros d~
ainda é palco de d1scnmin açao, preconcc1tos, estereottp os, violên · fi . vs.u~ 'li.lo
CIas ISIQ
s, {)sito\'O\
. • .
cas e sexuais contra pessoas com ortent,1ç,io sexual, 1dcntidJdcs e
. ~ . , expressõe1 d °ti·
diversas ou nao normat1v,1s. ' gb)tt
Esse contexto impede que ,1s pessoas que se idcntific.i m com !)
exerçam plenamente os seus dtrettos, . · . 0 Pane d
o que C<'rt.imente é um" situa • . CSte gr\111..
. d 1) · . 11
perante o Sistema lnteramencano e ,rcttos 1umtlnos e que deveçao. inconVtnt1on.! r,
· ·1, · · d.1ç:to. str
várias frentes, dentre e1.is. .i v1g1anc1,1 e a 1u ns respectiv.imente d comba
Co . ll1.1,1
.L
Poi
Corte Interamerican<,s de Direitos Humanos. ª m1sslo t d.i
Uma das fig.ur,1s que contribuiu p.lr<l a estandardização intera .
r: . FI ' . C . .
101 avia nsllna p·10vcsan . pro f.essora de Dº1re1to · Co nstitucional mencc1na
e d . do teni,
manos da Faculdade de Direito d.i Pontiflcia Universidade Católica de~~0 ireitoi Htr
foi eleita em 21 de junho de 2017 pela Assembleia Geral da OEA par/º Paulo,~
de 4 anos na Comiss:io lnteramericana de Direitos Humanos que se • . ~m m• nd•10
janeiro de 2018 e se encerrou neste último 31 de dezembro •de 2021 iniciou S
em 1• d
. e
d
~ . fi . l , . , -d . . ua <:.1minlutb
aca em1cerpro 1ss1onJ perpassou estag1os pos outora1s na Harvard LawSch
Oxford Univeristy e no Max Planck lnstitute for Compara tive Public Law and r°°l r,.
tional Law, trabalhos como o de Secretária Especial de Direitos Humanos, e dnt~na-
em diversos programas de Pós-Graduação e na Academia de Direitos Hum=
American University.
Pouco depois de sua entrada em exercício na Comissão lnteramericana de Oiro-
tos Humanos, a professora foi escolhida para trabalhar à frente da Relatoria sobre os
Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex, cadeira hoje já assu-
mida pela Comissionada Roberta Clarke.2 A Relatoria encontra desafios diariamentcc
procura cada vez mais endurecer o núcleo de proteção dos direitos das pessoas LGBTI
no contexto interamericano.
Esta pesquisa, portanto, é uma homenagem ao trabalho da professora Flavia Pio-
vesan à frente da Relataria sobre os Direitos das Pessoas LGBTI da Comissão lntm·
mericana de Direitos Humanos. Para tanto, será usado o método hipotético-dedurivo
. ' de que o standar,d.mteramen.
para re futarou comprovar a h1potese cano de. .proteção
. aumos
direitos LGBTI hoje existente é fruto da Relatoria temática do SIDH, a iniciar ~r •di-
olhar nem sempre óbvio de gênero e espécie entre os termos "direit~s hu~anosxu:l nv
. LGBTI" , atraves ' do eixo . da prol.b.1çao de d' . .
re1to
.
N

1scnmmaçao Pº r onentaçao
N

. se. dentro
. . . .
Sistema Interamencano de Direitos Humanos como maior marco normauvo, e,
·_...,rj1ti
'ri(IS !)\'!'
CIDH. Avanços e retrocessos para o reconhecimento dos direitos das pessoas LGBTI nas i\111(.
. :(1;'<1
º
em https://cidhoea wixsite.corn/avances-lgbti/portugues. Acesso em 02 jan. 2 22 · Trans v 111terstl 1)1~
CIDH. Relatoría sobre los Derechos de las Personas Lesbianas, Gays, s·,sexuales, m· 02jan.· 2021
•·
• • . Accssoe ·
em https://www.oas.org/es/c1dh/JsFonn/? F1le=/es/ClDH/r/DLGBTUre1ator.asp.
- ~_=:..:..:--- - - - -. - - - - - - - - - -
. l xr.-..NsAo - V oLUMe
. ACIONA L. l'l~
.M~ - XXII
)~
() I~ d'
, . 0
,e ,seu tir-se-ã o ca so s co nt en ci os os da C or te
' Atal a Ri ffo y N m .- In te
deste toP. CIJSI' as ve rs us C h I·1e, os ra m... .
-- ic ana 281
1ea J111g E ua do r e A zu OJas l R . M , ca so s D uq - no
0
rsUS q ar m e ou tr a versus Pe ue v" su 1 Co1 · tadarnente
Fr eire ve '
. sa- o Ma rta Lu cí a A 1va re z G ira · ld (Co ru be o rnbi..t, Flor
d~ eorn 15_ o la m bi
A

a) T B rn co rn ·
e S H O o os •n
,

e s,r no n C ar lin e Ed w ar ds Q am ai ca ); no te rc ei ro 'tó . . e . fo rm.._.-


11eot1 . ub lic ad as no s ul , . pi co d. · arnaICa) e
au s p ttm os 4 an os pa ra o , ~t ac ar-se-à G,ueth
e oorrn . va d Flávia P1. 0vesan ; e, po fi av an ço da m , . 0
na e
. r 1m, no qu ar to to, pt.
co ateria sob a lidos ~ento~
Relato d , . se rá e . .
do a ar te da' prot eç ão 1u nd 1c a da s pe ss oa s LGBT • nt tca rnente er,1nça d,
o estª I no no ss • b'
lh res para os de sa fio s do fu tu ro . o arn ito reg. ex aminado
· nd l
o ª es . d 'º , com
As qu tões pr ob le m at tz an te s o pr es en te es
• co ns id er ad os d1. re . tu do giram
LGBTl sao 1tos hu m an os ? Po r
qu e e so b qualernd' to.rno de: D11e·
•ca no eles )
se su st en ta m . a um H , . ·
·nterarnen tto<;
1
LGBTl em co ns tru ça_o.) n . . _
st an da rd m te ra m er ica no dtre1to co nven c1onal
soas ~ a is sa o os ca so s da . e proteçao •
, 1 ') nu ai s fo ra m os d Co m is sã d,H pes.
Jfirma- o. --e ap or te s o tra ba lho o e da Co t . .
da R da to ria sobre os r e qut' ~r m 1tem
soas LGB TI da C ID H en tr e 2017 e 2021. ~ ) n . o · .
trenos das Pes-
G BT , . . a l é o es ta do da arte
pessoas L I na s A m en ca s e qu ai s os de sa pr ot er 'j • 'd'
fio s qu e o te m a enfre
nta')
~·º 1u n 1ca ~s
·
1. DIREITOS LGBT
I SÃ O D IR E IT O S H
PROIBIÇÃO D E D IS U M A N O S: O EIXO
C R IM IN A Ç Ã O PO DA
SISTEMA IN T E R A M R O R IE NTAÇÃO SEXUAL N
E R IC A N O D E D IR O
EI TO S HUMANOS
Neste pr im ei ro tó pi co
, te nd o po r ba se as pr
reitos humanos do Si st em ot eç õe s in te rn ac io na l
a In te ra m er ic an o, en e regional de di-
dos direitos LGBTI co m fre nt ar -s e- á o debate so
o co ns ec tá rio s da pr bre a consideraçjo
É inegável qu e, no s úl tim ot eç ão geral de direito
os an os , há ce rto en s humanos.
de reconhecimento qu e tu si as m o em emplacar
pr et en de av an ça r na uma política
minadas e negadas, na re av al ia çã o positiva da
de sc on st ru çã o de es s identidades discri-
a valorização da di ve rs te re ót ip os e preconce
id ad e cu ltu ra l, co m itos, e caminhc1r para
Como af irm a Ro se -M fo rte im pa ct o no tema dos direitos LGBT
ar ie Be lle A nt oi ne , "[ I.
cia e normas in te rn ac io u] m co rp o impositivo de juris
na is de di re ito s hu m prudên-
do SlDH"3, ou seja, no ss an os cresceu co m o re
o si st em a re gi on al te su ltado do trabalho
eficiência na sa lv ag ua rd m se de m on st ra do de
a de di re ito s hu m an vital importância e
Da mesma fo rm a, Jo aq os .
ui n H er re ra Fl or es
P~m uma ra ci on al id ad uz qu e os direitos
ad e de re si st ên ci a, já humanos co m-
sohdam espaços de lu ta qu e tra du ze m processos
pe la di gn id ad e hu m que abrem ~ ~on-
ª compreensão de di re ito s an a no âm bi to intera
LG B TI mericano. 4 Inicia-se
da proibiç- d d ' • co m o di re ito s hu m an os a pa
. . ao a 1s cn m•m aç ao _ . rti r da salutar cláusula
Direitos H , en un ci ad a ex pr es sa m en C o
dades ne um an os , qu e es ta be le ce o de ve r
te na nven ça-o Americana . de
la h • do s Es ta do s d · di re ito
n h recon ec1dos e a ga ra . e respeitar os s
. e _hber-
en uma so t nt ir se u liv re e pl en , · di sc rim maçao de
.
r e, po r m ot iv o exercicio, sem
o de ra ça , co r, se xo , . .
1d1oma, re 1·1g1a ·- o, 0 1·niões políu.cas ou d
P e
~ en<>us Ptop~ ose-Man
c Bc llc . Ac ces s to Ri gh Ch'ld
, ts for Vu lne rab le Gr ou
Oflntern ,e, Women an d
Pe rso ns wi th Di sab ilit ps - LGBTI, . 1 ren• Afro-<lescendants, lndig-
t-t at onal Rei ti ies in the lnt er- Am eri Carlbbtan Journal
''-ÜREs J . 1
on can Human Rights Syste
n. d, ' Gaqum He s, vo l. 5, n. 1, 20 18 . p. 44 . m.
""'•2002, p. _ rre ra. "D ire ito s Hu ma
7 no s, int erc ult ura lid ad ·~i•ncia". Sequrncia. v. ,,
· natidade de n:st,
e e racio e 2..,,
p W~GNt:1ttvf
~ ~
282 f).ie,J:s (O.e; J
· . 1ou soc1a . 1 s1ç . ~ . ·
, on ge m nac 10 na , po ao eco nô mi ca e
qu alqu er ou tra na tur eza ' nascun nto ou
.1ção socia . 1 (essenc1a . Ime nte , o co nte u, d o do art igo 12)_
qu a Iq~ er ou tra co n d
fun da nte som a-s e o pri nc ípi o da igu ald ad e for ma l Por rnei
A essa clá usu la
d d·1plorn a no~ma_t1·v_o mt · era me ric an o,' "todas O do
·
qu a1, ~eg~n d ~ o art igo 24 .º
te a lei,
me
ten
sm
do
o_
d1r e1t o, s~m d1 scn mi ~a ~ã o alg um a,
à iguaJ r;s~
so as~ :,º 1g~a1s ~e ran e Político p t~ o
sar do Pa cto lnt ern ac1 0n al do s DJ ret tos Civ is
da lei. ~ Al em dis so, ape igo pú~tdrn1tir
ga ran tia s e a res triç ão a dir eit os em casos de gu err a, per
a sus pe nsã o de s~co, ~u
nis ta ex pli cit am en te adv ert e qu e tal suspen

~:•ds~~·
ma
da da em mo tiv os de raça e ªº
o tra tad o hu
ou tra em erg ên cia , nao
im pli car dis cri mi na ção fun
po de , de for ma alg um a, inderrogáv~l
igi ão ou ori ge m soc ial , en un cia nd o, ain da , um nú cle o irei-
idi om a, rel . 27
d d d o art igo .
tos - e' o qu e se ep ree n e endiment
a lnt era me ric ano de Di rei tos Hu ma no s o ent
Já é co nso lid ad o no Sis tem
ald ade pe ran te a lei e a igual pro
teção da 1~
mi naç ão, ao lad o da igu
de qu e a nã o dis cri à proteçãei
mi naç ão são pri ncí pio s fun dan tes , básicos, e geral relativo
sem ne nh um a dis cri me nte dir eit os LGBTI a não con
~
hu ma no s. Sã o rec on hec ida
int ern aci on al do s dir eit os , a des cri mi nal iza ção de relações sexuai
s
dad e co mo pat olo gia
sid era ção da ho mo sse xu ali sentimento (em
en tre pes soa s do me sm o sex o, a equ ipa raç ão da ida de de con
co nse nti da s no mercado de tra-
às pes soa s het ero sse xua is), a pro ibi ção da dis cri mi naç ão
co mp ara ção o óvil, as unioo
con tra os cri me s de ód io e a inc ita ção destes, o cas am ent
ba lho , as leis
civis e a ado ção . tór ico dessa lut a político-jurídic
a, nota-
te mo me nto , po rta nto , o his
Ab ord a-s e nes cias inter-
nd o os pri nci pai s asp ect os fáticos e jur ídi cos , as consequên
da me nte en fre nta la Riffo
s, e os apo rte s par a a est and ard iza ção do tem a no s casos Ata
nas e int era me ric ana r Fre ire versus Eq uad or, e Azul
Rojas
Du qu e ver sus Co lôm bia , Flo
y Ni na s versus Ch ile , era me ric an a; e os casos Marta Luc
ía
u, jul gad os pel a Co rte lnt
Ma rín e ou tra versus Per ) e Ga ret h He nry e Simone Car
line
ia) , T.B . e S.H . (Ja ma ica
Á.lvarez Gi ral do (C olô mb r fim , faz-se um a ret om ada do estado
do s pel a Co mi ssã o. Po
Ed wa rds (Jamaica), analisa jetivo de servir de
pro teç ão do s dir eit os LG BT I no âm bit o reg ion al, co m ob
da art e da s na área.
de pes qu isa e po nto de par tid a par a pro po siç õe s e ava nço
arc ab ou ço
direitos
nç as da cor te int era me ric an a de direitos hu ma no s sobre
1.1. Sente
LGBTI
~s julg~-
uz ido , est e sub tóp ico abr e esp aço pa ra as análises do s cas
Co nfo rm e int rod lt·
ric ana , no s sub tóp ico s de 1.1.1 a 1.1.4. Nã o foi necessário rea 4
dos pela Co rte lnt era me eli zm ent e, são apenas
rec ort e epi ste mo lóg ico típ ico de art igo s cur tos , po is, inf
zar um
os pel a Ct lD H qu e toc am no tem a do s dir eit os LGBTI.
os casos jul gad

e atala riffo y nin as ver sus ch


ile
1.1.1. As balizas do /eading cas
· g case ,·uJgado
.
pri me iro , po rta nto leadm
N est e mo me nto , destacamos o pap el do
. , em 24 de fev ereiro
I · · ffo y nu. ias versus Ch ile
R1
I C
Pe ª ort e nte ram enc ana , o cas o At ala
coo-
maciooal:_cJesafi:rrifº
liz.ação dos Dire itos Hum ano s e Hum aniz açã o do Direito lnte
PJOVESAN. Flávia. lntemaciona Boletim da Sociedade era sile
tra ;
PER EIRA, Ant ônio Cel so Alves; MENEZES, Wa gne r. 103. P· 3 .
e
lemporân_os. ln: mbr o 201 7, n. 125-130 . v.
al: Edl çio Com emo rati va Centen,ria, Ano Cll, Julh o/D eze
lnternac1on
E •pANSÃO - Vo1.u M F XX II 283
,... N~I EM .X
r(ffJtNACIO , •
1
• d. . ente foi a n alisa da a responesabili dade intern aciona l do Est ad o
f)l~r1ro
. ine 1tam , , . d . ,. . . .
o12, pois, discri minat ono e a mter1e renc1a mdev1 da na vida privad a e
de 2 dO tratam ento
face . , u a orient ação sexual .

~:jJiar da vítima ª s O O litígi o judici a l chilen o havia culmi nado na decisã o da Co t


ra breve resum ' . , d ' d " fi ,. re
's que determ inou a custo ia as tres ilhas da vitima ao pai ·ust
J
Ern d . e " ' a-
daque1e pai ' -
nao po ena iaze-lo pois
.
conviv ia com outra
suprerna ento de que a sr a. Atala
ente sob o argum
do mesmo sexo. . , . .
(T1
pessoa de guarda , o fator dec1s ono tomad o pelas autori dades públic as compe-
Ern casos l d . . ,
. capaci dade mater nal ou patern a os md1vi duos que preten dem mante r
tes deve ser a . . ,
análise O estudo
ten d d ·ncapa zes. Por isso, depree nde-se como mtnns eca a essa
uar a e 1 aos filhos, porém, quand o esse
J g . da capaci dade de prove r um lar •adequ ado • .
a respeito . . d . e • •
um grupo social, muito
, io se dá com o ob1et1 vo e est1gm at1zar ou mreno nzar
escruttn . e · 1· . l - d. . ' . ade e à não
além de prejudicar a vida 1ami iar, torna- se uma v10 açao ao iretto a iguald
discriminação. . . ,
Karen Atala Riffo se casou com Ricard o Jaime López Allend e em 1993, sendo que
e o sr. Allen-
três filhas nasceram desta união nos anos subseq uentes . Em 2002, a sra. Atala
e, inicial mente,
de resolveram dissolver o casam ento, separa ndo-se de fato. A mãe mantev
nheira , Emma
a guarda das filhas, e, meses depois , passo u a conviv er com sua nova compa
tomar a guarda
de Ramón. No início do ano seguin te, o sr. Allen de inicio u proces so para
sendo posto em
das filhas, pois acredi tava que o desen volvim ento das menin as estava
risco, pois sua ex-esposa estava m viven do uma relaçã o não hetero ssexua l.
conced ida
Passados os trâmit es legais e todos os recurs os dispon íveis, a guarda foi
ao pai pela Corte Supre ma de Justiç a do Chile em 31 de maio de 2004. Após
passar
de 2012, ela se
pela Comissão sem sucess o, o caso chego u à Corte e, em 24 de fevere iro
manifestou a respeit o do caso.
ação das
A Corte realizo u o contro le de conve ncion alidad e e analis ou a adequ
conclu indo
decisões judiciais intern as chilen as em relaçã o à Conve nção Ameri cana,
ter se dado
por sua violação. Apesa r da funda menta ção da Corte Supre ma de Justiça
e~ r~la~o à proteç ão das crianç as, os estere ótipos utiliza dos
demon stram tratam ento
, · · l
d1scnm
. Inaton o em relaçã o a Karen Atala Riffo, pessoa LGBT I. Essa sena uma c ara
violação aos artigos . . h ·1
1. 1 e 24 da Conv enção Amer icana, já que a decisã o c 1 ena apenas -
tem por b_ase uma crença preco nceitu osa e incon venci onal de que pessoa s
LGBTI nao
têm
caApacidade de cuida r dos própr ios filhos a penas por sê-lo.
• · · H "'ms tru-
lll
senten
. ça cons1·d erou a Conv enção Amen cana de Direit os umano s um .
ento vivo" . també m a catego ria
'CUJO art. 1º (1)
de O • é uma cláusu la aberta capaz de inclui r
nent ~ '
açao sexual na proib ição de discri minaç ão. Senão vejam os:

2-A orient - · d e ção Americana


açao sexual como categoria proteg ida pelo artigo 1. 1 a onven
83 os, que os tra-
. A Cor~e estabeleceu, assim como a Corte Europeia de Direitos Human d acomp anhar a
ta d0 s de d1 · h . • · - e .
~ rettos umano s são instrum entos vivos,. cuJa mterpr etaçao ev
eva1uçao tem pos e condiç . . . - Jução é consistente
e0 ões de vida atuais. Esta mterpretaçao em devoConvenção Amen-.
.
m as regra s gerais . . • 29 ª . d
can b de interpr etação estabd ecidas no• artigob Direito dos 1 rata os
.
a, ein co mo as estabelecidas na Conve nção de Viena so re 0
(trad _
uçao própria).6

~ ht'l>s:t/c011 . Case of At1 I


eidh.or.c r/d ª Riffo and Daughters v. Chile, Judgement of february 22 •
4 2 ºp-·p. -19·
Disponlvd em:

......... __ OCs/casos/articulos/seriec_ 239 _ing.pd f. Acesso em 10 mai. 202 ·


.• .
w,,,.,. M ~
f.Np.;,4 (

t um dt'ver do E 5i ,1do agir p,ira eliminar ª d'iscri. • ~G.J


Fincou-se. 11o r1.1 0to , que . (j • • . • .
.
i JClaJs para rnu tilm . ll'ltnaçào
ente tent ar 61 ind
du zir dec isões art{. ·1· .
dt seu ter ritú rio

n,10 pro
dm
. • .
,1m icas ª~111 rnres ocorre?1, e isso deve
ser ab:r fi. ª~
lh.1 s do ex c,tsal. Mu da nça s nas 0
rv1d0
da, 0 entendimento da Cor
ade . Ad oto u-se exp ressam ent e, ain
pda socied u~ºPeia
Go odw in vs. the Un ited Kin gd om de que "considerando-se oted~ireu0
t"m Christin e d . d
end er gcn

ero com o etermma o puramente Por crtt. é .ao
c.is,lmen to, não se dev e ent .d ' , rias
. o que ape nas sex o, o qual denota
term o ma is apr op na cara cter '
biológicos", se.ndo o - LGBTI • is.
s e de esü gm a à pop 1
u açao
ricas bio log iza nte

que versus colômbia


Ll.2. As contribuições do caso du
e par caso
s pela Corte Int. eradmericana, parte-s ao
Ainda na análise dos casos julgado fc e 201 6, repudi ou do co
ça, de 26 dedevere1. -ro ntexto
Duque 71mus Colômbia, pois a senten .b. - ent re pes soas do mes m
s a pro1 tçao e umoes _ o sexo.
interamericano de direitos .humano _
açao da b pen sao po r mo rte a
o caso, em curtas lmhas, versava sobre a neg .. .
0, a lei dom
uma
éstica
hom oss exu al, poi s, no mo m~ nto em que so11c1tou esse eneflc1
pessoa tipo de direit
bia na não per mit ia que cas ais do mesmo sexo recebessem esse
colom ivesse a pensã:·
dis so, dem and ant e, em sen do portador do vírus HN , se não obt 7
Além ncia.
teria meios mínimos de sobrevivê
0 '

fica ria sem ser viç o de saú de e não


ersos sistemas
Co rte obs erv ou que a pen são po r morte, direito garantido em div
A s de sua
s par a a pro teç ão da fam ília do trabalhador dos efeitos econômico
doméstico uições em
por req uis itos o cum pri me nto de condições legais, como contrib
morte, tem portan-
De ntr e os pos sív eis ben efic iári os, está o cônjuge sobrevivente, e,
dia e carência. figura
con ced er a pen são po r se tra tar de um casal não heterossexual con
to, a recusa em os
dir eito s à igu ald ade e à não dis criminação, protegidos pelos artig
uma violação dos
J. l e 24 da Convenção Americana. 15 de setembro de 2001, data em
e G. viv era m com o cas al até
Os srs. Duque ia Colombiana
G. fale ceu . Su bse que nte me nte , o sr. Duque solicitou à Companh
que em 19 de março
mi nis tra dor a de Fu ndo s de Pen sões e Separação (Colfondos),
Ad companheiro.
2, os req uis itos par a ob ter a pensão de sobrevivência de seu
de 200 iário, pois
ta do órg ão, foi inf orm ado de que era inelegível como benefic
Na respos que são
col om bia na em ma tér ia de seguridade social [... ] contempla
"a legislação s que
( ... ) côn jug e, com pan hei ra e companheiro sobreviventes", ma
beneficiários em e
lid ade de ben efi ciá rio , a lei a estabelece da un ião de um hom
para "<'Sta qua
ent e tal leg isla ção não con templa a união de duas pessoas
uma mulher; [eJ atu alm
do mesmo sexo". onheceu juris-
ape nas em 200 7 qu e a Co rte Constitucional da Colômbia rec
Foi cumpram
~te a con stit uiç ão de cas ais do mesmo gênero. Assim, casais que
Prudencia lm~ nte de
tos leg ais pas sam a con stit uir união conjugal, independenteme
com os req~JS1
por um hom em e um a mu lhe r, dois homens, ou duas mulheres,
5t'1
em con SIJtuidos benefic1•0s antes reserva dos a casai
·s hete·
de s~x D ["
'" º·
dmtro das def inw ões essa orm a, os
1
d • . h · • conJug . al homossexua,l deveriam
ro~sexu ' .11s pel a aus · 'ªa 1ode rc:con· 1ec,· me
ênc ·
d
nto da un ião
.
P-,H~.i r a ser gar a nti dos os, Jnc um o a pensão po r morte
·ortcidb-
t- Cai o Dyq 1t vs e u; bi cro dr 2016 l>i!>p001vcl cm: hlfps://www.c
f CJRT fl)fl
a. Scntcoc ia de 26 de febr
' or cr OOC't,'C-aS(.):,;11rtKulos/<,tn~ JOIOm
" ' ·""' , ,... ., ""' 10 ""''· 2022.
~ 1: p<\"-l S ÀÜ - V ü t.lJ M [
N~c ,oNAL f M , :-. .
XXII
285
1
IJliflf1J ,..--ri,tt · bra que não h á justificativa que autorize tratament 0 d'r .
relem · • herenciad 0
A corte . mples fato de este constituir um casal homosse 18 E
e pelo s1 h . xua . mesm 0
r. Ququ d a partir d e 2010, ten a concedido a pensão a Albe t D '
~as . o Esta o, ~ d fi . . . . r o uque, esta
depois . d decisão correta nao escon 1gura a d1scnmmação f .d
que1
· • eia a · so n a pelo sr
ne0 1en1en r, ci men to de seu companheiro, em setembro de 2001 C b . ·
sur~ d sde o ia 1e d. . . , . , . om ase nisso
Duque determino
e . u que ho uve tratamento 1scnmmatono de Angel Alb D '
. , erto uque
a Corre de seu companheiro ate o ano de 2010.
a morte . b , 1· d " . . , .
desde , ós rodo este 1m rog 10 1scnm1natono e uma aparente sol - .
Mesmo ap . . uçao Justa,
d ·a O Colfondos tentou aplicar a regra do artigo 488 do Código S 6 .
. da que tar 1 , . . . u stant1-
a1n
do Trabalho, que determma o. prazo. prescnc1onal de 3 anos para requerer Os d 1re1tos
º .
vo d resta lei Ora, quena-se, amda que de outro modo evitar O pagam t d
uula os po · . . ' en o e
re0 década de pensões que haviam sido negadas ao sr. Duque por motiºv -
uase uma . . . açao
9_ . . to' ria Sobre essa negativa, a Corte decidiu que o Estado colombiano persiºst·
d1scnmina . . . . ia
. lação dos direitos de Alberto Duque, e determmou o pagamento retroativo dos
na vto ue a discriminação .
q o 1mped"iram d e receb er.
anos em . . . .
Adecisão const1tu1 um marco no tema dos direitos LGBTI, uma vez que aponta
veementemente o erro da decisão estatal em negar um direito básico aplicável a todos
sob bases discriminatórias, ainda que a lei trabalhista falasse textualmente em união en-
ue homem e mulher, o que por si só é inconvencional. Mesmo após tal entendimento
se alterar no país, ainda houve tentativa de negar o direito indiretamente, nova oportu-
nidade que a Corte não desperdiçou em reafirmar que a retroatividade era necessária e
medida de justiça.

1.1.3. Os aportes do caso flor freire versus equador

É também necessário explorar a terceira oportunidade em que o órgão judicial


interamericano pôde emitir decisão de mérito sobre o tema dos direitos LGBTI: o caso
Flor Freire versus Equador, julgado em 31 de agosto de 2016, mesmo ano do caso ana-
lisado no item 2.1.2.
O sr. Flor Freire, em breves linhas, era militar da Força Terrestre equatoriana
desde 1992. Em 2000, foi iniciado um processo disciplinar militar que resultou em sua
exon~ração, pois teria sido visto tendo relações sexuais no seu quarto com um soldado,
e~,leg1slaça' 0 cons1·d erava "homossexualismo"
. como conduta d esv1ante,
· · o • um
e, por iss
tv1a1or entro
.
I . . 1 F .
una sa a ex1g1ndo a entrega da arma do sr. For reire.
pre ~1ndª que a vítima tenha se visto em situação de negar os fatos, tamanha ª re-
sua
ensao de s b.
eu am tente, analisa-se a decisão da Corte de que, tn · d epen d en temente. de.
Verdadeir · · - d ráter d1scn-
ntinat ' . ª orientação sexual, o sr. Flor Freire sofreu uma pumçao e ca . _
ono e dete . . . ., . ~ d rsos de capac1taçao
no te , rmmou 1nden1zação pecuntana, a promoçao e cu
llla, alem d . . ~ . .
Prel· . ª rest1tu1çao de sua patente militar. ,
.-
vinculad
ltninarm . _ 1 d uma pessoa esta
ente, a Corte lembrou que a onentaçao sexua e .
a ao conceito de liberdade e à possibilidade de cada pessoa se autodetermmar

~ recon CIO, Ferna d . de Direitos Humanos que


w hece direit~ n ª Tomé de Almeida. Dec isão Consultiva da Corte lnteramencana .- ln- MENEZES.
agnc V" plenos a . dº . 1 manos do 8 ras11• .
li . t (org.) 01 os casa1s do mesmosex.o c suarepercussãonos ireitos tu• d vol XVII. Belo
0r,100 · relto 1 •~ . . •t compara o, ·
te· Atrac: E . n..,rnaCJonal cn1 Expanslo: Direito Internacional e 0 irei 0
8
d11ores, 20 19, pp. 88- 105.
~
~
286 -- ~W~AGNF.R Mi,r-.tz
--t-----------------------
""'1111111

. . d- 'd a' sua existência d t:.~(o~


e escoIh er 11vrem ente as circun stJ.nc1as que ao senti o
G.)

l de , ed acordo co
suas própric1s o pções e convi cções, de modo que a orient ação sexua pen er' d rn
eles se auto identi ficam .
ª e corno
Neste caso em específico, o sr. Flor Freire negou reiteradame nte a ocorrê .
.
não se 1·d . nc1a do
ato sexua l com o utro home m e afirm ou consi stente mente que ent1fi
Freire se id ~ coino
h omos sexual. Portcm to, para a Corte, a forma como o sr. Flo r
· · coisa · re levant e na defim1çao · açao
· ~ d e sua onent ~ sexua I. Entre tanto enttfica e' a
umca . h ouve discrimina' para~ fins da
. , . d rnar se
d ec1são ,a Corte obser vou que era neces sano eterm
' · a no proce sso d e separa çao ~ d as fcorças arma d as d ev1do· a uma Çao. contra
a supos ta v1t1m . orienta -
. . bida. Çao
sexua l difere nte, seJa real ou perce
pessoa é u
A esse respeito, a Corte lembr ou que a orient ação sexual de uma tna cate-
. proteg i.da pe1a Conven çao, h
- e, conse quent ement e, nen uma norma , decisão ou ,.
gona
ca domé stica, seja por autori dades estatais ou partic ulares , pode dimin uir ou restri ~rati.
b . - I - novam ente, real ou perceb ng1r os
. . ase em sua onent açao sexua ·
d1re1tos de uma pessoa com
enção Americana. ida
-, porqu e isso seria contrá rio às disposições do artigo 1. I da Conv
Da mesm a forma , a Corte reitero u que isso não se limita à homos
em si, mas inclui sua expressão e as conse quênc ias necessárias nos
sexualid d
projetos de vida
a orientação sexu 1
~a:
pessoas. Nesse sentid o, os atos sexuais são uma forma de expre ssar
o direit o à não discr~-
de uma pessoa, razão pela qual ela está proteg ida dentr o do mesm
minaç ão com base na orient ação sexual.
Outra s partes da decisão tratarã o do acesso à justiça e da legalidade,
mais ou contrá-
o presente estu-
rios à iguald ade e à proibi ção de discri minaç ão, que é mais relevante para
da questão da proteção
do. Ao final, portan to, ou impac to deste caso para a conso lidaçã o
Freire a patente que
das pessoas LGBTI, a Corte orden ou ao Estad o: conce der ao Sr. Flor
medid a e colocá-lo na
corres ponda aos seus colegas no mome nto do cump rimen to desta
previdenciários ineren-
situaç ão de militar em situação de reform a, com todos os direit os
rar que nenhum ato
tes; adota r todas as medid as jurídi cas intern as necessárias para assegu
ia publicação da sen-
admin istrati vo viole mais direitos do sr. Flor Freire; além da própr
itação sobre o assunto.
tença como forma de repara ção e da criaçã o de progr amas de capac

1.1.4. Os contributos do caso azul rojas e outra versus peru

o caso mais re-


Fecha ndo os casos julgad os pela Corte Intera meric ana no tema,
que o órgão proferiu
cente, julgad o em 12 de março de 2020, repres enta a prime ira vez
sen tença sobre uma situaç ão de violên cia flsica contr a pesso a
LGBTI. A sra. Marín,
home m cisgênero gay,
mulh er transg ênero que à época dos fatos se identi ficada como
uer ju srifi·
foi detida arbitr ariam ente em 2008 sem que os polici ais apres entass em qualq
ca tiva legal para tanto.
a e, durante es~e
A própr ia deten ção não foi forma lment e regist rada pela políci
fóbic os, viol~ncta
tempo, a vítim a sofreu uma série de agressões verba is, insult os homo
en·
fins de id_
fisica e ~ ual. O Estad o peruano alegou que a deten ção foi realizada para· meudo
- de tortura de acordo com a classificação do cnme co
~ e sem a fi1guraç ao
t 1fjicaçao

no mome nto d os fatos.


. l M. . , . p . b . . st . ado dos do
O equ1v a ente ao rn1stc:rio u l1co peruano, a Fiscalía, inicio u mve ig r-
o encerra
aJ~d os aros de tortur a, ma~. como pode-se imaginar, o caso foi consi der:id
por fd}U dt· elemt>ntos c.on vmcen tes.
~ / •rfR NilCIO
/Jf~f111 ~
1
NM " ' fae <N SÃ O-
.

e recebeu o .
VOWM>S XX I/

ca so e de
.
c1
.
dr n qu e
, .
o Peru era res ponsav , el 1 . _
a v1olaçao da
287

A eor t
.
da da v1 t1m a, alé m de v· 1 a Cope nv -
va 10 ar
·nregrid ade e vida pn qu e a vi ol • al
ençao Intera-
'b rd.ide, on • rque entendeu açao sexu ª que se refere
.
li ' 1e, rra a Tortura.. Isso _po . e m or al a'
1na e
da no e hu milhaçao física, men
ta l pessoa que ' send° afetada
rne r us a sv
uma de antagem por
uror ca
ao-ente do Estado, en
qu an to detida, reflete , . sua vulne-
0
te. É um .me de od 10 motivad
n0r um t- demonstrando a abuso de po de r existen
J
cn o
r- . .d de 1
tJb1 , a
1 , - . . . . ,
la orientaçao sex~a . at iv o Ju ns pr ud en ci al a decisão que, para alem das
pe É um ve rdadetro m. ardco .norm . . .
. .d 1s . d m emzaça- o e m .
ve st1 gação dos. fa,tos , determrnou a cnação de
_,i·das indivt ua . e . - so s envolvendo vw lencia co ntra pessoas LGBTI e
mcul
ra m ve st1 ga ça o de ca . . .
rotocolo pa . _ m a de Ju sti ça.
umP
de ca pa c1 taç ao so br e o tema para o siste
cursos
manos sobre
co m iss ão in te ra m ericana de direitos hu
12. Informes da
direitos LGBTI
de
m er ic an a, ta m bé m são poucos os informes
Inte ra
Já no âmbito da Comissão LGBTI, conforme disponível no sítio da Relataria
s direitos s após 0
mérito sobre o tema do I, se nd o um de 20 18 e dois de 2020, ambo
ssoas LGBT tes últi-
sobre os Direitos das Pe mente na Comissão. Es
9

áv ia Pi ov es an ju sta
ofessora Fl líticos
início do mandato da pr sã o re la tiv os ao s m esmos aspectos sociopo
njunto, pois a análise
mos serão tratados em co pu bl ic ad os na m es ma data. Passa-se a um
terem sido o dos
do mesmo país, além de es ta nd ar di za çã o ín teramerícana de proteçã
sões para a
dos casos e suas repercus
I.
direitos das pessoas LGBT
bia)
so de m ar ta lu cí a ál varez giraldo (colôm
11.1. O ca 0
o in fo rm e de m éri to sobre
blicou
ou tu br o de 2018, pu 1' b. 1O mbiana que estava. no
A Comissão, em 5 de , . lh es 1c a co
M ar ta Lu ci ,a Alvarez Giraldo, m u
, .
er
d base em preconceitos
CJso .6511 6, de . . , . . a nega com O
• ..
51st ema pnswnal e teve seu
diretto a v1S1ta mt1m . . · - além
10 0•
or ie nt aç ão se xu al . ·b· ão de d1 sc nm m aç a
br e su a d , d 0 documento.
discri minatórios so . . . , 1g .
,
Ha, no caso, v10lação ao di re lto . , ·
a ua ld a e e a pr o~ iç
°
·d pnvada '. segun d dados mate-
. 6 an a na Vl ª ra1 LG os I à vis.ita
do d'1re·ito de na~ o sofrer mgerenc1a ar ttr d ª reparação mteg
A •

BT
·
Exa a-se, portanto o in fo rm e qu e re co m en ou s pesso as .
. mm d di reitos da s qu e pe rm item
, . ' a ga ra nt ia . os .
nais · t1m a, pe rm an en te fc do ai nda as norma
, e mo ra is da v1 . , .
. no, re or m an
mti ma no Institu . to Nacional Pemtenc1a s· a
sideração o istemde
· ·inação. d -o
tal d'iscnm d - e leva-se em ·coInquanto o Pª ra ões
N ste ca so fala-se no va m en te em eten·çafjo, trutura soctade ou seja, as p~1s·
e . 'd
Pen ·r ·, ' bi an o no qu al ta nt o a m raesonormattVI ª ' , . , cuJ·a 1den·
J en c1ario C ol om
' d h mos genet1cos
P~nf'i mento in . m rt e im pa ct o a eter 1
-1a terno tê fo , homen s em 1 ' heterossexua ·
te r
. _
llla~u r s sa-o proJ.etadas exclusivamente para . taçao sexua e
· ina
?L"f1 -/es/
tidade d ~
ne ro é m as cu lin a e também sua on en · h/1sforml ' e--
e ge org/cs /cr d
" WWW,OIJ5 • Glr•Wo, Cl>-
:----__ is nível em http:;.1/ iuc í• ;i1var ez . n , 012 .
( ' ln~
CJ01-1 1 so,. Fond o. D Po rn·
) M•rt•df. J\CesSo e · 09 Jª .-
Cro,,· nforrn es so br t Ptticlones y C• . 2022 c,clón • :
r lrll)LGB . em: 02 Jªº· · ndo (publf
C'1D1-1 TI!c1dh.aspll2 . Acesso 6, ln fo rm t d~ Fo 120 1s1co rv 1 f65
6ES-P
2/18 -C aso 11.65
loQJ .' Informe No. 12 .si 'dh/decrsrones
. ef em h11ps://www.oas.org/c ' e,
bra. o·15 J>on1v
288 +- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- w"'"" "'~
vez
A m esma coisa acon tece com os presí dios femin inos, uma
1:1 -;~ (~

presí dios femin inos foi conce dido às. orden s, religi osas em sua fu nqdue ~ controJe d J
açao
. . 6 °s
pensa dos para mulheres do pont o de V1sta genet1co, com ident idade d ~ , eles
1 N ,
- sexual e, heterossexua . esse cena no, as necessidad d . e gener e ºrani
. onen . taçao O tetni .
n1n0
e cuJa . _ . es as p
são ignor adas ou nao consi derad as qu . essoas e
orien tação sexual diversa ' O
e lln f Ol!J
p tca 9Ue sel!
direit os sejam violados.
ro de D s
Mart ha Lucia Álvarez cump ria uma pena de 33 anos no Cent
solic itou o exerc ício do direi to de visita e _etenção Dos
Queb radas "La Badea", onde b . . . . . . on1ugal
. re v1s1ta s con1u ga1s no mten or prisõ es, poré confor.
me previ sto nas norm as so
' los para o exercICIO ' · d esse d·ue1to · , apare ntem ente por sua orien ta a- m, enco ntrou
o bstacu
· por
O
·d · R · 1d ·- · e graça , ç sexual
·
isso, recor reu a' O uv1 ona eg1ona a regia o para mterc eder ' s a atua -
ual emiti u autor12 · ?º do
Omb udsm an, em 26 de julho de 1994, a Prom otori a estad
comu nicaç ão foi ª~ Para
0
que a petic ionár ia exercesse seu direi to à visita íntim a. A
Dos quebradas. enviada na-
quele 27 de julho à Diret oria de Dete nção de Mulh eres de
conjugal é enviad
No entan to, o oficio em que a Prom otori a autor iza a visita
a respectiva autor izaçã o ao Diret or do Cent ro de Dete nção Femi nina "La Badea" do corn
n. b d .d d'd , , .
. , e neces sano reenviar . outro document e Dos
'<Ye ra as, e, em segui a, per o - assim
I
tos de Mart ha Álvarez no
º·
Além disso, vê-se subse quen te viola ção dos direi d 'd d · · s proce-
d . . . . d a foi negado, exi-
.
d 1men tos a mm1strat1vos inter nos, quan o o pe I o e VISlta íntim
idade s impediram a entrada
gindo docu ment os que não pude ram ser obtid os - as autor
tes Criminais, que era um
da petic ionár ia porq ue não possu ía a Certi dão de Ante ceden
que obviamente, devido à
requi sito essencial para acess,ar o Cent ro de Dete nção , mas
edido .
situa ção juríd ica de Mart ha Alvarez, não pode ria ser conc
como o acesso a entida-
O caso de Mart ha Álvarez Giral do é um exem plo claro de
s estatais estão bloqueados. A
des supra nacio nais é uma altern ativa útil quan do os canai
ez com sua companheira,
Corte enten deu que impe dir a visita conju gal de Mart ha Álvar
izaçõ es para dar cumpri-
gerar as trans ferên cias e evita r os pedid os de revis ão das autor
as já estabelecidas em nível
ment o a esses pedid os estava bloqu eand o o acesso às norm
e efeito desta decisão para
nacio nal e a seus diversos recursos. Eis, porta nto, o impo rtant
dos direit os LGBTI.
a conso lidaç ão de um patam ar norm ativo inter amer icano

y e Simone Carline
1.2.2. Os casos de T.B. e S.H. (Jamaica) e de Gareth Henr
Edwards (Jamaica)
uncia r no tema dos
Os casos mais recentes em que a Com issão pôde se pron rd5
I são o de T.B. e S.H. e o de Gare th Henr y e Simo ne Carline Edwa_ '
direit os LGBT . . ·1ares, por JSSO
. deze mbro de 2020 , com tema s muit o s1m1
ambo s publi cado s em 31 de
rn
seu trata ment o conju nto. . . . .d d ssoais estava
. . es pe b de
O pnm euo caso trata de duas pesso as cu1as Vidas e mteg n a
lares em 21 de setem ~ºque
em perig o - o que tamb ém foi moti vo de medi das caute
2011 -, porq ue sofri am ameaças, agressões e asséd ios
devid o à orien tação sex~a que
, ,, da Jama ica,
11
se dá, infel izme nte, sob a égide da "lei de so d omta
osten tavam . Isso
crimi naliz a "con dutas hom ossex uais".
._,.,, em:
· n0n1 n
Hh ~~ ~ -
li • e No. 401/20 , Caso 13.095 , Informe de Fondo (publi cación), T.B. Y S. ·•
CJOII. Inform 22
F. Acesso em: 09 jan. 20 ·
https://www.oas.org/ es/ci<lh/decisi ones/20 20/JM _l3.095__ES.PD
·10NAI fl\.l l~
: xPA"" SÀ O - VOLU ME XXII
INft,llN A(
o,~orO ' C
. a on1 issã o q u e o . Esta do tem o dev er de repa rar in l 289
Q1sse ano s _ inte grid ade pess oal, hon ra e dign idad regra me .
. . s hum e . ~te ds violações
de direito eran te a lei,. pro teça- o JU . d" . l ,
ic1a e saud e - que com eteu, .cucu 1açao e res1d . ,
·ntiJJdade P •ra sim ilar , o seg und o caso , encia,
1f!- D rnan et
. dos srs. Hen ry e Ed d
e .. di scri min ató na con tra o sr. war s fal b
. policia 1 fl . Hen ry, hom em g ' ª so re vio-
Jên' 'ª . d
e sob re viol ênc ia 1s1ca e gru pos hom ofó ay, que o d .
_ graves, . bico s eixo
Jesoes , b.ca con s1st en te em ois tiro s, d . . con tra a sra E.du com
que tam bém qua s b
rnu lh er les t ' e aca aram com
· Wards,
sua
vida.12 ni·un to nor mat ivo que crim inal iza a inti mid
Esse co ade sexu 1 . d
hotne n s foi con test ado no caso em apre ço, Ja ., ª priva a conse 1
que ele perm ite d"
.
entre _ mea ças viol ênc ia e falta de prot eção Iretamente dº nsua
do Esta do fato s d ·
inaçao, a tscn-
rn . . , •os que ' se vira . . . . '
m obri gad os a fug u da Jam aica e reiv indi emonstrados pelos
peuc1onan ' . c _
. dos no exte rior. ar proteç.ao como
refugia · d
BusCo u-se, por tant d
. o, uma man eira _e ter ecla . rado que essas le,·s v10 · 1am
- legai s da Jam aICa sob a Con ven çao as obn-.
gaçoes . . Am eric ana sobr e Dire itos Hu
.
eom1.ssa- 0 , em deci são .prel imi nar con fide ncia l de 28 de sete mbr o de 2019 manc.os, ed a
- con11rma a
por u ma deci . são púb lica de . 31 de , dez emb . ro de 202 0 -, con clui u que ao man t
_ .
. . , er as 1eis
pena l·s antt-LGBT, a Jam aica esta em vtol açao due ta
.
Americana, sob retu do igua ldad e e nao disc nmm
_ . . . _ de suas obrigações da Convença-o
aça o, que abarca duas concepções, se-
gundo a Com issã o:

O prin cípio da igua ldad e e da não disc rimi


naçã o engloba duas concepções: "um.i con-
cepção negativa relac iona da à proi biçã o de
diferenças arbitrárias de tratamento, e uma
concepção posi tiva relac iona da à obri gaçã o dos
Estados de criar condições de igualdade
real em relação a grup os histo ricam ente excl
uído s ou que correm maior risco de serem
discr imin ados . 13 {trad ução próp ria)

Dessa form a, para amb os os caso s, a Com issã


o inst ou a Jam aica a revogar as dis-
posições legais ofen siva s, sob retu do os artig os
76, 77 e 79 da Offinces A.gainst the Person
Act de 186414 e a tom ar outr as med idas para
prot eger as pessoas LGBT, com o educação
e treinamento, nov a legi slaç ão anti disc rim inaç
ão e cole ta de dad os sobre prevalência e
natureza da disc rimi naçã o e viol ênc ia enfr enta
da pela com unid ade LGBT no país. Vale
ressaltar que a Jam aica não imp lem ento u as
reco men daçõ es da Com issã o e continua,
portanto, a viol ar o dire ito inte rnac iona l.
Configura, entr etan to, um mar co no pap el
da Com issã o a dire ta recomendação,
por duas vezes, pela derr oga ção dos arti gos dest
cada a Lei de Deli tos con tra Pessoa que tipifi-
d co mo cnm ·
e a ativ idad e sexu al con sens ual real izad a de
modo pnv · adO entr d ltos
eª u
/ m_es~o sexo, o esta bele cim ento de mar cos
ISCflm ina - . .
jurí dico s que proí bam qual quer forma de
çao sim ilar, den tre outr as vári as med idas .
;:--_ __
., CII)- ; - ; - : - - _
li. lnform N
F.cswarc1 e
s, Jam 1c
º· 4.00/20: Caso 13 637 Informe de Fondo (publicaclón). Gareth Henry y Simone C11rllnt
•i 09 jan. 2
022
• ª· Dispo . '
nivel em: hups ://ww w.oas .org/e s/cidh /dcc1. . 3 637 ES.PDF. Acesso em..
s1one s/2020/JM _ 1 · -
Cto ·
li. Informe N
https://W\\- 0
401/20, Caso 13.095, Informe de Fondo (pubU H
caclón), T,B. Y S. ·• Jªmaica· Disponivel em:
!"¾l.1c.t;::·
1•

?22
0 5
rg/c /cidh /deci sione s/20 20/JM_ 13.09 5_ ES.P DF.
cs-;,20Aoa· Aces so em:_ 09 j~n. 2 ·default/file s/laws /Offen-
Otrences Agai nst the Person Act Dispo nível
., inst¾ 20th º em https ://moJ .gov.J nt/Site s/
.
C1/o20Pe rsono/e20A ct_O.pdf. Aces so em 13
mai. 2022 .
290
; - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - -- - - -w"'ºNi:~M
2. DESTAQ UES DA ATUAÇÃO DA RELATORIA SOBRE f.NEzes(~ -l

LGBTI ENTRE 2018 E 2021 os DIREttos


Como expressão do trabalho realizado à frente da Relatoria te , .
LGBTI, Flávia Piovesan é uma das autoras do Relatório sobre Rematthca ~os direit
. . . con ecun os
D 1re1tos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo nas Arn ' ento .
dos
, . . encas, ern
2019, com analise de important es avanços de. Estados da região dad
" . ~ . ' os estatís .
corrobora m a urgenc1a do tema e a esquemat lzaçao dos direitos LGBTI. 15 ttcos que
O relatório examina os importan tes avanços alcançado s nos Estados da re .,
. 1· . giao
para garantir que estas pessoas rea 1zem eseus proJetos de vida com ple
. , . . na autono .
e respeito a sua vontade, livres de toda 10rma de v10lência, a partir deu rnia
, · que com b ma ' · d epen d encia · 1·
" · e universa idade dos direitos h rnenfoqu e
h o l1st1Co a inter
e inclui a perspectiv a de segurança integral das pessoas LGBTI. Infeliz urnanos,
·
· fíis1ca,
· l"encia · l'og1ca• e sexual baseada na orimente'. 0
d ocument o prova que a v10 psICo
en taçao
sexua 1, 1.d ent1 .d a d e e/ ou expressao "
- d e genero e d.1versi.d ade corporal cont·rnua pre-
._
sente na reg1ao.
Também, é importan te ressaltar o Informe sobre Pessoas Transe de Gênero Di-
verso, e seus direitos econômic os, sociais, culturais e ambientai s, de 2020, realizado
junto com a Relatoria Especial sobre os DESCA'6, que evidencia o trabalho conjunto
de Flávia Piovesan com a REDESCA, ou seja, sua dedicação aos temas de direitos eco-
nômicos, sociais, culturais e ambientai s.
A Comissão e sua Relatoria Especial realizaram uma análise dos desafios persis-
tentes e boas práticas para a garantia do direito à educação e cultura, trabalho e saúde,
em cada um dos capítulos centrais do relatório. Além disso, trouxe um eixo fático mun-
dial, a pandemia de COVID-19, que fez com que o relatório dedicasse um capítulo para
a análise da situação de direitos econômic os, sociais, culturais e ambientais das pessoas
trans e de gênero diverso na região. Ao fim, o relatório traz uma série de conclusões
e recomend ações direcionad as aos Estados da região para erradicar a exclusão estru·
tural das pessoas trans e de gênero diverso por meio da formulaçã o e implementação
de marcos normativo s e políticas públicas que explicitam ente dediquem atenção aos
efeitos concretos desta situação de exclusão histórica, dentro de uma estratégia integral
encaminh ada à redução das desigualdades. 8
As principais ações da Relatoria sobre os direitos LGBTI entre os anos de ZOl e
2021, mandato de Flávia Piovesan, perpassa as visitas em 2018 em Hondu:as , que ap~~:
tou medidas educacion ais sobre o tema da violência de gênero e de diversidade sex~\s
bre as van
no mesmo ano, no Brasil, que ressaltou as informaçõ es preocupan tes so . 0 bserva·
formas de violência contra pessoas LGBTl1 8; e em 2019 em El Salvador, cu1as
i..Afs,'
. . . estcidh/infort11CSif"'
li
CIDH. Reconoclmiento de derechos de personas LGBTI. D1spon1vcl cm http://www.oas.org/ ,
LGBTI-ReconocimientoDerechos201 9.pdf Acesso em : 09 jan. 2022. les cultur•leS ~
11
Diverso y sus derechos ccon Órn lcos •.soe pdf' AceSSo i:Jll·
CIDJI. Informe sobre Personas Trans y de Género DESCA-es. ·
. . ~&
ambientales. D1spomvcl em htlps://www.oas.org/es/cidh/informes/pd fs/PersonasTrans
09 Jan. 2022. :1,..,..,w.ol!S·
. • https· .. .~
CJDH. Observaciones preliminares de la visita de la C IDH a Honduras. D1spomvel em , •.lJ~
· 1esi'"'
c1dh/ prensa/comun icados/20 18/17 1A .asp. A cesso em : 09 jan. 2022. ·//www.oas.oí8
C IDH. Observações preliminares da visita in loco da CIDH ao Brasil. Disponóvel em h(tps.
prensatcomun icados/20 l 8/238OPport.pdf. Acesso em: 09 jan; 20 22.
. ·.J.o _ Vo1t rMF X.XII 29]
-;.\I f\1 !• V.\'!,
1 ,. . t d . 1~ . . _
w 1-:
,1, rfll'-'f t()
. e to eranc ia quan o aos casos e vto encia e dis cnmin
• da de açao
Jnl 1mpun1 J9
. JenorJf _ ntra pessoas LGBT I. . . d
-:~ l her e co .
1
rnu a Comi ssão realiz ou v1s1ta e 22 a 24 de maio de 2019, em segui-.
10 .i
J-Iondu r.-1s, . . d .
ivo e Justa mente obser var.O cump rim en to ou
,~11
. f,rn . . , •0 de 2018, com obJet
' ,is1tJ ,,, ,o, - ulc1das pe a eom1s. sao
1 - . . anten or. A delegação da
rneoro .i rnenda ções form na visita
or para Hond uras , e integr ad l
niü d~ 5 reco_ sidida por Joel Hern. ández , Relat M . . a pe o
_ sjo 1 fo pre
LJ.1011~~CA- Como impo rtante c~nqm sta, uma esa Esp:c1al de Ass~ssona Técnica foi
RfDE-'l . fiscalizar O cump nmen to dasd recom endaç oes da Comi ssão
b .
. 1~d,1 parJ .
deu entre 5 e 12 e novem rode 2018, a convi te do próprio
1n)ld , Brasil, a visita se
~o r motivos de nacio nalid ade, não conto u com Flávia
Piovesan. A Comissão
·d d
. '" Ponessa oport uni a e, que:
:n;IS.
,:irmou,

A discriminação e o precon ceito recorr entes, difuso s e dirigid os


com intensidade para a
ições de saúde, 0 traba-
população transe m institu ições com~ a famíli a, a escola, as institu
os repressivos
lho e a igreja, dentre outras . Em particu lar, destac amos os diversos discurs
que atacam as bande iras das pessoa s trans e de toda a comun idade
LGBTI ferindo seus
20
direitos e sua cidada nia.

com sucesso
Em El Salvador, por fim, a Comi ssão, com Flávia Piovesan, realizou
O objetivo foi observar
sua nsita entre 2 e 4 de dezem bro de 2019, por convi te do país.
no terreno a situação dos direit os huma nos no país, em partic
ular, questões relaciona-
ria, verdade,
d..s com a segurança e a situaç ão das pessoas priva das de liberdade; memó
"n'!:ÍÇ4 e acesso à justiça; a situaç ão dos direit os das
mulhe res e das pessoas LGBTI; e a si-
::..iç.io dos migrantes, deslo cados e direit os econô micos , sociai
s, culturais e ambientais.
na visita a El
Sobre justamente os direit os das pessoas LGBTI, a Comi ssão observou,
5',,~dor, sua preocupação com a ausên cia de institu ições de proteção
e garantia dos direi-
da Secretaria de
:os,aes_se grupo. De acordo com as inform ações recebidas, após a extinção
.:Cl!J5.ao SociaL foi criada no Minis tério da Cultu ra a
Unida de de Gênero e Diversidade,
...:m O manda to de proteger a divers idade e prom over o fim da discri
minação.
para os di-
...., No entanto, ainda está pende nte a aprov ação de um plano quinquenal
o. A Co-
~---~ das pessoas LGBTI, bem como a aprov ação da Lei de Identidade de Gêner · d
e
que os poucos avanços alcan çados até agora no país possam estar em nsco
~.s~o teme
•#

••: ~ ou desaparecimento, devid o à ausên cia de


50 uma rubrica orçamentária dedicada
fi d fc · d t ba
,unto• no r ecente orçam ento geral apres entad o, bem como o 1m as eiras os ra ·
, i:-r,
4nter1orrn . . - · st1· · - s
cia de espaç os de art:Icu laçao entre m tutçoe
j_ Lt.id ente promo vidos e a ausên
LGB1l
e represemantes da socied ade civil em defesa dos direitos das pessoas
0

30
· csr
DfRE~" AD() DA ARTE E OS DESAFIOS PARA A PROTEÇÃO
DOS
ros lGBTJ
l:.rn ca ·
', t\• d
• od
ratcr de e . t ma retom ada
. .
ncerra mento da s discu ssões. foz-se neste • mome n · u de d1re1tos
°
c1 arte do d·. ·
' ~ irc1tos das pessoas LGBTI no conte xto tntera menc ano

~ r "i"'-'
i
'
'( IIPf . 11 • oba
~ ' (). =nível em h1trs://www.
v r t ■ I " k f o l c prelhtt lnarn de s u visit• ln loco• •:1Salvado r. •:.,--
ft)lf
{¾t ,dh,.flten>Jl,<:orn · d

.
. oai. org/estcidh/
~.,. t rv•t~ pr unKa os~O19/.l J 5.a,p Accsw cm: ()(} Jílll. 2022. :1/www. .
<#!~11,cQ(lo;,,.,,., ~ llll:nar-u da vkha ln loco da C IDH ■
II o Brasil. Du,ponó vel em h11ps
•.:•Jl k n) l<Of>
~ por, rJt ACC'>SU trn. 09 Jan. 2022.
292 +--------------------
- - W ÀGNER.M ~ ~
''Nli)..ts(o._cJ ,
fios prin cipa is para a im le
hum ano s, já visl umb rand o quai s são os desa p menta Çáo ~ e
. d este grnp o.
· 'd 1ca
- JUrt
peta
l d a prot eçao
ºlll-
Adv ogam Pau lo Rob .erto Iotti Vec chia tti e Thia go Gom es Via na pela
. . . ' . . · c~nstrurã
de uma cida dani a rnte rnac 1ona l arco-1ns, ou seJa, um rol .de prot eção 1·ur'd I Ica a )o
. ' . b ita a part icip ação s Pessoa s
com at_e nte, perm
LGBTI que, de form a ema nc1p aton a e stes &rup
içõe s e opo rtun idad es Afitrma de
soci ais da vida púb lica em igua ldad e de cond
0
. rn que: s
o de violações de d' .
Apesar da resistência, .dian te dodquad rodepid. êmic l . nas Américas a 1re1tos pcrpetradas
s o mun o, tnc us1ve
cont ra LGBTI em varias .parte. . l t . d . , construção do que
mter naao na arco- 1rrs eu impo rtant es passos
aqui se cunh a de cidad ama rumo ao
mem bros (as) da famí lia hum ana e reconhe.
cime nto das pessoas LGBTI . com o ' nessa qual'd
I d ' · J_J I . I
ade,
vam ente a heterossexuais eis
portadores(as) de inerente e 1g11a zgmau ue reati a e da paz gêner os, de
dade, da justiç
direitos iguais e inalienáveis, fund ame nto da21liber·t· · ·
· nats do texto) no tnund o, ta1
• b I d DUD H . ( gn os ongt
qual proclamado no pream u o a

Para o alca nce de tal obje tivo , o, SID H inst ituiu just ame nte o grup o de t ra 6alho
• p· _
san entr e 2018 e 2022, apesar de nao
no qua l trab alho u inca nsav elm ente Flav1a 10ve . b D. . ter
1 R 1aton a so re, o~ uett os das Pess oas LGB D da
sido ~ prim eira pess~a à fren te ~e _e: a e
s. A pag ma da web da ~el_atoria compila
Com ~ssã o Interamencan_a de D1~:1tos Hum a~o
no SID H sobr e a mat ena, sejam casos
a ma1 or part e do mat enal que Ja se prod u~m
issã o.
cont enci osos , seja m reco men daçõ es da Com
eção dos dire itos LGBTI sem repetir
Não há com o se falar no esta do da arte da prot
eric ana de Dire itos Hum anos , cujos casos
o pape l norm ativ o-ju dici al da Cor te Inte ram
de afir mar imp orta ntes standards no tema. o
para digm ático s se mos trara m opo rtun idad es
biçã o da este reot ipaç ão da pessoa LGBTI
Cas o Atal a Riff o pon tuou com veem ênci a a proi
a man uten ção da guar da de filhos, sob uma
para cum prim ento dos requ isito s legais para
caso Duq ue com and a a não discriminação,
perspectiva norm ativ a regional. Tam bém , o
cion ada, de pessoas LGBTI para o acesso
mes mo que indi reta e apar ente men te não rela
síveis a todo s. Em For Freire, o ambiente
a bene fkio s prev iden ciári os e fina ncei ros aces
rígid o, mac hist a e patr iarca l, também está
mili tar, mes mo que histó rica e fam osam ente
em disc rimi naçã o por orientação sexual,
proi bido de man ter prát icas e pun içõe s base adas
fim, em Azu l Roja s Mar ín, resta responsabi-
seja esta pres umi da e ficta ou verd adei ra. Por
as poss íveis as viol ênci as, sobre tudo flsica,
lizad o o país que não repu dia de toda s as form
por part icul ares.
cont ra pessoas LGBTI, seja pelo Esta do, seja
1, tão- som ente por limitações for-
Não foi obje to dest e estu do min ucio so do item
Con sult ivo OC- 24/1 7, sobr e as obrigações
mais , mas vale a men ção tam bém ao Pare cer
tida de de gên ero e aos dire itos derivados
estatais em relaç ão à mud ança de nom e, à iden
Nele , a Cor te prom ove u a inter pretação de
de um vínc ulo entr e casais do mes mo sexo .
rnac iona is sem a vinc ulaç ão com um caso
disp osit ivos espe cífic os de inst rum ento s inte
'fi b 1 .
side re que os pare , s con su1t1vo
cere
.
. s mteg ramo blo-
conc reto espec1 1co, e, em ora e a con
de, o que na prát ica os dota ria da mes ma efic ácia · que as 5entenças
d · ona l'd a
co e conv enci J
· ' eros Estados,
• nad a por mum
ofc ·d · rpre taçã o e, que stio
" essa inte
Pr en as em caso s con cret os,
. . ·1 q Hun13·
~, - . o Gom es. LGBT I e o Siste ma lntera mcric ano de o,re, o.11 Apart·
VECCJ J/Arn . l'aulo Robe rto lotti: VIANA. "fniag S J (ferS0cional dl
.. I\ st
..
mtem acional arco- íris. ln: S LL VEIRA. Vladm ir Oliveirda da; Dl/\ · e
nos. con ruçilo da c da<l.i11
1 1a a~b-
nal dos Direitos Humanos 1: XXIJI ConjlrcsSO Nf6~3
cido; LOPES, Ana Maria D'Áv ifa. Dlr~lto Internacio ·
igo s}?co< Fa3
CON 1v-., 1·
,., PEOl Flonan v,.,.J ts:

CONPEDI, 2014. Di!!ponível em http:/ /publ icadi rcilo.eom. br/art
9fa.:. Acesso cm: JO Jan. 2022.
, vv ll 29 3
F, PA""'Áº - \ 011 'rll ' "'
1 Fllf
1, ,
~, \ l t(
za ap en as re co m cn d ato, na . ,.22
l' ~" ar ec er es po ss d u e m un ,a na tu re . Po-
1 e os p . . xo d e na rra tiv. aa
dc nf ll qu o S ID H .1 re sp ei to o te m a_ co nt rib.ui .p a ra um flu
,)~•-= "\l
' lh d . I
Cl>ns1 .1b a o
1 n1 en ca no de pr ·o teç ao ao s di re ito s LGBT .
J .. .d
,1Jt
rc,do m interc . • s
.,
tt:11.
rr
stt tna o,,
r.4
.
ptd dn 1c nt e em rel aç ão à di ve rsi.dade dos ca. sos d e d 1re 1to
'('í de u ,,.,va nrr·~nd o . .
pe rce ba _
s1DH ve rn ... - lo sis tem a . Ai nd a qu e se a au
sa da s pe
GBTI qu e es tão se nd o an al1
f.l '
h
O s ex ua is, é po ssí ve l ob se rv ar

oJS L se

xu a1 s e _o m en s tra n_
s a ~s so a~ 1n ter
;J

~.is ~ e as os rd Jt i:o
co m po em o m ul ttf aceta do gr up o. da s pessoas
is id en tid ad es qu e .
,-efla.1 ais di ve rs., . tra ns ex ua 1s e trave·stis ' e até
me s
sobrr as m lh er es les e ho m en s ga ys , mu lh er es -
mu b1 ca s h · nt ira m na pe le N- so
: .i~
sn C(lmº qu e se ident::Jf ·
ica m co m o ete ro sse xu a1 s, ma s qu e .se O
r-
l G • h 1·d . a or ien taç ão ve rd ad eir a qu al
de pesso as om os se xu a 1 adbe, seJ.a su . à di s-
. flsica
. ar-.:io po r um .i su po sta .is ru tat s ca so s de vio " cta
. len
m0. bé - d
d discn m1 . 1nções an ali sa da s· ta
r- . m m va o os ma -ao em es ta belec 1m · en tos pr iva do s.
ª d · · d 1 a se gr eg aç
fur. · As
.
VIO Apr oc es so s JU
-
• 1c1a1s, pa ss an o dpe A , .ca s co nt a, ne ce ssa ria me nte ,
0
av an ço o te m a. na s m en
Cremos, po rta nt o, qu e o di re ito s pe ra nt e a Co -
,.111n.J Daça
m en to da s vi ol aç õe s a es tes
.
. · r ro bu ste z do
en. fr en ta
_.-Jm J. ma 10
. .
re ito s Hu m an os , seJ a no. pa pe l jur isd ici on al
na s de Di
. o e .., Co rte In te ra m en ca. s
.
in str um en to s leg ais reg ion ais , seja
po r
m1ss- er ic an a e em ou tro
c:m b.s.1do n~ Co nv en çã o Am
go ci aç ão .
rte0mc:ndações e me sa s de ne

CONCLUSÃO
ba lh o
tro du çã o ao pr es en te es tu do , a hi pó tes e do tra
in
Conform e ap re se nt ad o na ot eç ão ao s di re ito s LG BT I ho je ex ist en
te
te ra m er ic an o de pr
4uesrionc1va se o sta nd ar d in en fre nt ar o hi stó ric o de lu ta pe lo re co nh e-
ca do SI D H . Ap ós
f fruto da Re lat or ia tem áti hu m an os , es tu da r os ca so s pa rad ig
má tic os
I co m o di re ito s
cimento dos dir eit os LG BT an al isa do s pe la Co mi ss ão até o m om en
to ,
os pe la Co rte ou
e todos os que fo ra m ju lg ad ta , ho je, so b a ég id e do Si ste ma In ter am er i-
co nt ra es ta lu
m..lisa r em qu e sit ua çã o se en io r cr ia do r e pr op ag ad or de di re ito s hu m an os
os , en qu an to ma
an o de Direitos Hu m an
m os no ca m in ho pa ra um standa.rd in ter am er i-
qu e es ta
00
continente, po d~ se af irm ar ss e ín te rim , a Re lat or ia tem áti ca tem , sim ,
re ito s LG BT I. E, ne
c.no de proteção ao s di
· .
mo e im pu lsi on am en to
protagorns · oi-
in íc io de es tan da rd iza çã o sã o a ig ua ld ad e e a pr
b . Os e!e me nto s pr in cip ai
s de ste
as sa to do s os ca so s lev ad os ao SI DH ; lib er da de de
çã o, eix o qu e pe rp
1~ 0 de dis cri mi na
ro s, se m qu e iss o im pl iq ue di mi nu içã o de dir ei-
: (D~ç.ão sex u_al e de es co ·
lh a de pa rc ei
· s soc1a · pl en os e ga ra nt i·d os;
· 1s
· te gn da de fis ica , sa úd e e be ne fíc io
ou 0 portu n 1d ªd es; tn se xu ais
dt'\'er de
e cr im in al iz am a ho m oa fe tiv id ad e ou co nd ut. as d
~ h ron derrogação de lei s qu . . m ot ra ns fo bi a, qu an o
.
ete or. m ~ t iva . .
de ni za çã o po r ter so fri do ho
s, de ve r de in · s
a hon ra
- · r do Es tad o de co ns tru ir e m an te r ap art ato
e ª d1 gn 1d ad o vi ol ad as , · e de ve
· teg ra1m en t e a on·en aç ao
-
.e sa · em in
,1_
~ en,-> 1no e ·, · sp eit
·
esi ru tur a1 s , co m o pe ni te nc 1a na s, qu e re
~u tlJ d05 • .
A m en.ca na d e o ue · 1-.
\,o,,

ind 1v íd 5 , p ar a al ém de se u sexo bi ol ó gi co .
uo
1()\ LI
Até O
mo me nto • Po rta nt o, co m fu nd am en to na Co nv
en çã o . aç-ao
d e o·1s cn. m 1n
ll Urnan .
Co nv en ça-.o In te ra m en ca na Co nt ra To da Fo d ' . rm a
L • os e n a a
• rnc ºtq -inci .
cíf ico so b re tre 1tos LG BT I -, o
is n ã 0 h a· um tra ta do re gi on al es pe
..________
ª - Po
• - -~
1l \.t\ ~
tema lnt era -
.._ _ · ~ A lbi
IQ~ rq0 e Am alJ (f ...: Sou ,a. No dia do Or Ku lbo LG BT I, con
l1eça as per spe cti vas do Sir
- q.,. d
.
# . . ..

pos t/no -di a-d o-o rgu lho -l-


~ ...... • Olr.,,tos H1tru anc ,5 28 · 20 . Dis pon íve l cm : hu ps: //w ww.co sm op olit a.o rg/ ai . 202 2.
um anos. Ac ess o em 15 m
··lt'• -< '3 ·. 20J UJl
• "A 7a-as,..
lcm ml' rica no- <k - dirc1to s-h
J"ICrJi)C\.· tl\.a"-<.Jo..s ,-.1c rna -111
WAONJ:~ M
""F.lt.s (~ )
~
294 1
- . .
, .
con str uçã o pau lat ina de um pa tam ar mm im o Protetivo
aiDcla falta º robustez e mai~~ ,1ct
SID H lut a pela nd ~tinentaJ
dir eit os das pessoa s LG BTI,
para a proteção de dos Estados- me mb ros ·
lllp o
· 'd' ·
mt ern os
nos ord ena me nto s JUn 1cos

BIBLIOGRAFIA
, CJuldr~n, Afi-C>-<l~rndl ,1
Bcll e. Acc ess to Rig ht_ s fo~ -~u lnerabl e Groups - LGBTl ~ • 111-
ANTOINE, Rose-M arie
ab1l it1es in th e lnte r-Arnen c,rn
Hum.rn Rightt Syst~ . r. """' 1bbc
and Pers ons with Das ~
digenous ~op ie Women 4J-65 ·
r- '
nat ion al Rcl atio ns, vol. 5, n. 1, 2018, PP·
JournaJ oflntcr mcric.in,l dt' Direuos llum
Alm eida . Oec is.io Co nsultn•,1 da Corte lnteíJ
nos d irt"l!os hum ano$ do 8 ,'nr"
BONIFAC IO. Fern and a Tom é de
do mes mo S<'.IIO e su.1 r<"pcrcussJo
que reconhece direitos plen os aos casa is cio nal e Direito CornPl r~t1rado ltt
( ) D' re1't o Inte rna cion al cm Expansão: Dir eito Interna
Zc• s W ·
M[~NE• Jc..., agner org. . 1
9, PP· R8- J05.
izon te: Arr aes Edi tore s, 201
vol. XVII. Belo Hor rd Co rpos que nfo imporum• llll',J
io~s ; CA .RV ALI 10, Gra .s,elle Borges- Vic i . de. d I Co
BRITI'O, Fernand a Lac erda Ch.
tf''
sfob i,1 no Br;u il ap6 s ,u rKo
d
men :IÇ()('S emiti ª~ pe J mm.lo lnrc-r,m rrtc,n., ~
aná lise dos homicídios por mn ~P· IJ9-J ~2. Dii pon ível em: hrr!)\.,
es Citnti fkas, vol. 8. · 3, 202 I,
11
Hu ma nos de 201 5 a 202 0. Inte rfac
Direitos 10 J.Hl . 2022.
k/ v1cw/ l0446/ 4739. Acesso rm:
pC"1iodicos.se1.cdu.br/ dirri10/ a r1ic lli ~ O!J
rin y otr. i \ 'S. Prru : thc ír r~r l~1e
r•A_mcn ca 11 Co urt of Hurn,rn Rigl
l Roi ~s M.i Duponí\'tl
CARDINAL!, Chiara. Azu mu1 111y . DP CE On line , v. 43, n. 2, July 2020.
insr the LGU 11 Com
1orture and disc rim ina tion ag,1 6. Acesso cm: 10 ian . 2022.
tlll
ww. dpc con line .it/ rnJc .x.p hp/ Jpcronl111r/ miclc-/view/ JOJ2/ J00
h1tp://w nu Am áiw . D,ipon,\1'!
CCS SOi para o rcc onh «im cnt o dos dire itos das _pessoas LGBTI
CIDH. Avanços e rcfrO 1an. 2022.
ces,lib11/ porrugut's. Acesso t'nl 02
rm htrps:// cídhoe.1 .wixs,re.com/ .ivm
EI Sal vad or. Dnpon1vd rm hrrpr,1
H pre sen ta obsc :rva cio nes pre liminares de su visita in loco a
CID! I. CID 09 j,1n. 2022.
ieidos/ lO l9/ J35 .asp. Acesso em:
www.o.1s.org/es/ cidh/ p1cn~ ro mun Giraldo, Ú>
o J 1.6.5 6, Info rme de Fon do (pu blicación), M.u ta Luóa ÁJvarcz
CIDH. Informe No. 121,118 - Cu UI 1656E.5.pd [ Acesso em: 09 µn.1
f1l2
Dis pon fvrl cm http s:// "-ww .oas .org/es/ cidh/decisiones/ 2018/C OP
lombia. He nry y Simone C..rlinc
Cas o 13.6 37, Info rme de Fon do (publicación). Gar cth
CIDH. Informe No. 400 /20, _ES.PDF. Acesso eQ:
ível em: hnp s;// www .oas .org /es/ cidh/decisiones/ 2020/JM_ 13.637
Edwards,Jamaica. D,spoo
09 jan. 2022.
S.H., Jamaica. Disponll'd
401 /20 , Cas o 13.0 95, Info rme de Fondo (publicación), T.B. y
CIDH. Informe No. PDF. Acesso em: 09 jan. 2022.
dccisjoncs/ 2020/JM_ l3.095_ ES.
em: https://www.oas.org/es/ cidh/ ralcs
y de Género Diverso y sus dcr
cchos económicos, socialcs, cuhu
rme sob re Per son as Tra ns CA- i:s.p df ACff lO
CID H. Info so11asTransDES
Dis pon ível rm http s:// www .oas .org /es/cidh/ infor111es/p<lfs/Per
Y ambi~ntalcs.
em: 09 Jan. 2022.
w.oas.org/es/cidh/ jsForm/?File-
s sob r~ Pet icio nes Y Cas os. Fon do. Disponível em https:// ww
CIDH. Info rme
Acesso em: 02 jan. 2022.
cs/CIDH/ r/D LG Bll /c1dh.asp#2.
liminares de 1ª VJS · ·ita de la CIDH a Honduras. Disponível em https:j/wv.'W.o.is.ory
CID"H. Obscrv/ acioncs. pre d 2.
dh/ 8/l ?JAasp. Acesso rm: 09 jan. 202
es/ c1 prensa comumc-.1 os/ 201 . -'es '
B ·1 · ,
açõc s pre lim inar es da visi ta in loco da CID H ao . ras1 • D1s pon ove l em http s.//www.oas.o,&' V
~IDH. ObSCIV JSOP pd('
c1dh/ prensa/comunicados/ lOJS/l port. . Acesso em: 09 Jan ; 202
2.
. .
de . . / 10fo rmes /
ieot o de dcr ecb os LG ww .oas.org /es/ cidh
CIDH. Rcconocim rpdso[nAas BTI. Dis ~m vel em http ://w
pdfs/LGBTI-Reconocimicnt oDerechos201 . . cesso em: 09 1an. 2022.
o· ·vd
CIDH. Rda toría sobre los Dcrccbos de las personas Lesbianas, G ays, B.1sa ual cs, Tra ns y Intc-rsex. 1spant
h /.'/
em ttps: www.oas.org/es/cidh/
jsForm/ ?Fil e=/e s/CIDH r em: 02 jan. 202.2.
. / /DL GB TI/ rela tor.asp. Acesso .
CORTE IDH Cas e f Ch ' 2. Disp onível cat-
o A.ta la R1f fo and Dau ght ent o( Feb rua ry 24 201
·
h ttps://corteidh.or.cr/docs'casos/a r11cu - I / . ers v. ilc, Jud gem •
1' os senec 239 · g.pdf.· Acesso em 10 mai. 2022.
- _m rei·
CO RTE IDH Cas0 D uque vs Colô b ' Se .
·
. · m ia. nten cia de 26 de fcebrero d e 201 6. Dis ponível em : https://wWW,cor
dh.or.cr/ d ocs/ casos/ar11culos/seriec 310 es pdf. 2.
- - p. · Acesso em 10 mai . 202
CVIKLOVÁ L · . f . erni·
. , uc1e. Advancrment of human nghts standards fc LGB1' ple thro ugh the perspective O ,nt.
1
hona) hunian '6'•_ts aw. Joumal of Comparat • R
r·ni. . . or peo
iology vol. 3, n. 2, w111rl'I'
20 J'J
45 http s:/.'/ ww, .. . •~le c~arch m Anthropo.logy and Soc ' . 2012·
...leeo .com /search/ arti.clc-deta 1l?id =58276. Acesso em: 10 ian. ~
-, pp. -60. Dup ouív el em
,,,,,--- , FM F<MNSÃO - Vou,Me XXII
l>1TfRNACfONA ·
l)i~Ell{l " - · .
, . tkrrcr,1. D1mtm l lumanos, mterculturaltdadc e rac· l'd d 29S
rc Joaqu111 mna I a e de r . ê .
FI ORr,.,, 002 es1s1 nc1a". Scqu, .
11 44 2 • nc1a, v.
Z.l, · '
1 Post/ Colonu l Qucer Globaltsat1on and lnternational Hu R'
s.e; AcYª · · N
GRO · bal L,aw Rcvicw, vol. 4, m uc 2, ovember 201 3 pp. 98-130 man. 1ghts· (
, · mages of LGBT Rgh
. dai Glo . 2022 ' . . 0 ispon1vel em ht ·/ i fs.
J1n 58929. Acesso em: 10 pn. . tps. /ssrn.com/ab~-
10c1 23 . .
'A The Oífenccs Against thc Pcrson Act. D1sponívcl em https'// . .
J~~A!C~20Against0/o20t hc0/o20Person0/o20Act_O.pdf: Acesso em 13 mai 202; 01.gov.Jm/ sitcs/ dcfauh/ files/Jaws/
offenccs . .
s Albuquerque Arnaud de Souza. No dia do Orgulho LGBTI h
11MA. 1,uca . . 2 . . ' ' con cça as pcrs,-.f d .
' cricano de D1mtos Humanos. 8 1un. 2020. D1sponivel em: https·// r _~~ ivas o Sistema
lnteraotlho-lgbu<onhcO/o
. C30/oA?a-as-pcrspcct1vas-uo-s1stcma-mteram
. .1 • .
ericano-d• www.cosmopolna
.1 · . h º' /
.orb' post n<rd1a-
J c>-0rgu e""ue1tos- umanos A
rna1. 2022. . cesso em 15

MARTINEZ. Gloria Cristina Martínez; TAMAYO, Robinson Sánchez; PADILLA Ad ·I .d M , .


g r~ves a derechos huma nos de comum'd ades LGBT I en cl conflicto armado int
' e a1 aI ana b' !barra· V1olacio-
.
nes . d' p I' . . . crno co om ,ano como cri
de lesa humamdad. Revista Estu 10s o lttcos (Untvcrstdad de Antioquia) Medell' n b. men
. , ·// . d d . . ' 1 ' enero-a n1 2021, n. 60, p
179.202. Dispomvcl em https. rev1st as.u ea.e u.co/mdex.php/estud1ospoliticos/article/view/ J ~:
Acesso em: 10 1an. 2022. 4291512080501

NOGUEIRA,.Maria
, . Beatriz. Bonna. Thc. Promotion of LGBT Rights as lntcrnational Hum an R'1ghts Norms: Ex ,.
plainmg Braz1l s D1ploma11c Le~dersh1p. Global Govcrnancc, 23, 2017, pp. 545-563. Disponível em: h1tps://brill.
com/view/journals/gg/23/4/a rt1cle-p545_3.xml?language=en. Acesso em: 20 jan. 2022.
PICQ,_Manuela Lavinas; THI EL; Markus (eds.). Scxualitics in World Politics. How LGBTQclaims shapc Jntcr-
national Rclations. London & New York: Routlcdge, 2017.
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e Direito Constitucional Internacional, W cd, ver. e atual. Sfo Paulo:
SaraivJ, 2013.
PIOVESAN, Flávia. Internacionalização dos Direitos Humanos e Humanização do Direito Internacional: desafios
contemporâneos. ln: PEREIRA, Antônio Celso Alves; MENEZES, Wagner. Boletim da Sociedade Brasileira de
Direito Internacional: Edição Comemorativa Centenária, Ano Cll, Julho/ Dezembro 2017, n. 125-130, v. 103,
pp. 349-384.
PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos, 91 ed, rev., ampl., atual. São Paulo: Saraiva, 2016.
PIOVESAN, Flávia; KAMIMURA, Akemi. Proteção internacional à diversidade sexual e combate à violência e
d.iscnmmaçao
. . • baseadas ·
a onentação · ·
sexual e 1denttdade · de Derccho Público UDP, n. I, 2017,
de gênero. Anuano
PP- 173-189. Disponível em https://www.corteidh.or.cr/ tablas/r37886.pdf. Acesso em: 10 jan. 2 22· º
SERRA, N 1· . . . . GBT domestic violence remedies. Joumal
ata 1e E. O!Jeermg mternat1onal human nghts: L access to // rteidh or.cr/
ofGender, Social Policy & thc Law, vol. 21 , n. 3, 2013, pp. 583-607. Disponível em https: www.co ·
tablas/ r30530.pdf. Acesso em: 10 jan. 2022. • · terna·
Sll VA, El . . . . • . . E ·o·
.· am, Cnstma Gonzaga da. Direito Intcrnac1onal cm xpansa · encruzilhada entre coméroo m
cional, direitos humanos e meio ambiente. São Paulo: Saraiva, 2 16· º . de Direitos
'"'C . GBTI e o Sistema lnteramencano AS Jef-
• r.. CHIATTI, Paulo Roberto lotti- VIANA Th1ago Gomes. L V1 d · Oliveirda da; OI '
Hu ' ' . , · 1 · SILVEIRA. ª mir I
manos: A construção da cidadania internacional arco-ms. n.. D" citos Humanos : XXIII.
C,on·
b/
fcrson Aparecido· LOPES Ana Maria D'Ávila Direito lntcrnac10nal do~ 1tr ht1p·//publicadire1to.com- r
' ' . 14 D' onive em .
grcs50 Nacional do CONPEDI. Florianópolis: CONPEDI, 20 · ,sp
migosf.cod··a3f66d3a6aab9fa2. Acesso em: 10 jan. 2022.

Você também pode gostar