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DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
São Luís
2021
“Uma breve incursão na história dos termos ajudará a fixar o momento do surgimento
dos direitos humanos. As pessoas do século XVIII não usavam frequentemente a
expressão “direitos humanos” e, quando faziam, em geral queriam dizer algo diferente
do significado que hoje lhe atribuímos”. (P.11)
“A ambiguidade dos direitos humanos foi percebida pelo pastor calvinistas Jean-Paul
Rabaut Saint-Étienne, que escreveu ao rei francês em 1787 para se queixar das
limitações de um projeto de edito de tolerância para protestantes como ele próprio...
“Chegou a hora em que não é mais aceitável que uma lei que invalide abertamente os
direitos da humanidade, que são muito bem conhecidos em todo o mundo””. (P.17)
“Os direitos humanos são difíceis de determinar porque sua definição, e na verdade a
sua própria existência, depende tanto das emoções quanto da razão. A reivindicação de
auto evidência se baseia em última análise num apelo emocional: ela é convincente se
ressoa dentro de cada indivíduo”. (P.17-18)
“Para ter direitos humanos, as pessoas deviam ser vistas como indivíduos separados que
eram capazes de exercer um julgamento moral independente; como dizia Blackstone, os
direitos do homem acompanhavam o indivíduo “considerado como um agente livre,
dotado de discernimento para distinguir o bem e o mal””. (P.19)
“Na década de 1780, a abolição da tortura e das formas bárbaras de punição corporal
tinham se tornado artigos essenciais na nova doutrina dos direitos humanos”. (P.25)
“Acredito que a mudança social e política, nesse caso, os direitos humanos, ocorre
porque muitos indivíduos tiveram experiências semelhantes, não porque todos
habitassem o mesmo contexto social, mas porque, por meio de suas interações entre si e
com suas leituras e visões, eles realmente criaram um novo contexto social. Em suma,
estou insistindo que qualquer relato de mudança histórica deve no fim das contas
explicar a alteração das mentes individuais. Para que os direitos humanos se tornassem
autoevidentes, as pessoas comuns precisaram ter novas compreensões que nasceram de
novos tipos de sentimentos”. (P.29-30)
“Aprender a sentir empatia abriu o caminho para os direitos humanos, mas não
assegurava que todos seriam capazes de seguir imediatamente esse caminho. Ninguém
compreendeu isso melhor, nem se afligiu mais a esse respeito, do que o autor da
Declaração da Independência”. (P.47)
Em suma, o texto aborda a questão dos direitos humanos sua origem no contexto
histórico e como se desenvolvera como hoje conhecemos. Vemos que os “direitos
naturais” englobavam parcelas de pessoas e não todas, como por exemplo os africanos
que eram tratados como animais sendo lhes retirados os direitos básicos para viver.
Observamos que os direitos humanos são resultados de longas lutas e revoluções,
devem ser reconhecidos a cada indivíduo independente de suas preferências pessoais.