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Apresentação

Circuitos Lógicos
Situação Prática

Em um primeiro momento, as portas lógicas não parecem fazer muita coisa.


Circuitos
CircuitosLógicos
Lógicos
Entretanto, usando a lógica combinacional para montar circuitos lógicos, isso
muda. Mas o que é um circuito lógico? Basicamente, é uma combinação de portas
Resolução da lógicas usada para a resolução de um problema específico, ou seja, para resolução ou
Situação Prática
implementação de uma tabela verdade.
Referências
Bibliográficas
Flip-Flop RS
Quando você realimenta um conjunto de portas lógicas, adequadamente
interligadas, ocorre o chamado efeito memória ou efeito flip-flop. Esse efeito
permite que este conjunto de portas lógicas armazene um valor lógico ao longo
do tempo. E um flip-flop tipo RS é exatamente este tipo de circuito, como mostra a
figura a seguir:

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Situação Prática

Circuitos Lógicos

Resolução da
Situação Prática

Referências
Bibliográficas

Figura 16 – Circuito Flip-Flop

Na prática, não interessa saber como é construído um flip-flop. Além disso, os


fabricantes encapsulam FFs (abreviação de flip-flop) já montados dentro de CIs, tendo

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apenas os terminais de trabalho disponíveis nos seus pinos. Por isso, apenas se você
usa a representação em um único bloco (último desenho da Figura 16) com apenas os
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terminais S, R, Q e Q. A seguir, veja a lista com a função de cada um dos terminais do
FF tipo RS:
Situação Prática
Q – é a saída do FF.
Circuitos Lógicos
Q – é a saída complementar do FF.

Resolução da Observação: o complementar binário (bit) é o binário inverso. Se a saída Q estiver em nível
Situação Prática
1, então a saída complementar Q estará em nível 0, e vice-versa.
Referências
Bibliográficas S – é o terminal que coloca saída em nível 1. Vem do inglês Set.

R – é o terminal que coloca a saída em nível 0. Do inglês Reset.

Já a tabela verdade para o FF tipo RS fica desta forma:

Figura 17 – Tabela da verdade de um Flip-flop

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A princípio, ela pode parecer um pouco estranha, mas é apenas uma abordagem
lógica:
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» Se você quer colocar a saída do FF em nível 1 (e consequentemente a saída
complementar em nível 0), você logicamente colocaria 1 no pino Set e 0 no pino
Situação Prática
Reset.
» Se você quer colocar a saída em nível 0, basta colocar 0 no pino Set o 1 no pino Reset.
Circuitos
Características
Lógicos
» Colocando nível 0 nas duas entradas (R e S), você indica que não deseja “setar1” nem
“resetar2” a saída. Em outras palavras, isso deixa a saída como está, permanecendo
Resolução da
Situação Prática a condição anterior. Se a saída estava em nível 1, ela permanece em nível 1 quando
as entradas R e S forem colocadas em nível 0. Se a saída estiver em nível 0, ela
Referências permanece em nível 0 quando as entradas R e S forem colocadas em nível 0. Como o
Bibliográficas
estado anterior tanto pode ser 0 ou 1 na tabela aparece escrito “permanece”.
» Na última combinação está escrito ilógico, pois não se pode colocar a saída em nível
lógico 0 e 1 ao mesmo tempo. Na lógica binária isso não é possível.

Acessórios dos Flip-flops


Além dos terminais básicos, os fabricantes também resolveram juntar outras funções
acessórias aos FFs:

Clear

Esta entrada tem a função de colocar a saída do flip-flop em nível lógico 0,


independente das entradas. É um pino prioritário, já que, enquanto ele estiver ativo, as
outras entradas do FF serão ignoradas.

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Preset
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Esta entrada tem a função de colocar a saída do flip-flop em nível lógico 1,
independente das entradas. Este também é um pino prioritário e, enquanto ele estiver
Situação Prática ativo, as outras entradas do FF serão ignoradas. A figura a seguir mostra o símbolo de
um flip-flop RS com os pinos preset e clear:
Circuitos
Características
Lógicos

PRESET
Resolução da S Q
Situação Prática

Referências
Bibliográficas

R Q
CLEAR

Figura 18 – Flip-flop com Preset e Clear

Clock

O sinal de clock em um flip-flop faz o papel de um chaveador, garantindo que a leitura


das entradas seja feita apenas em um determinado momento.

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Resolução da
Situação Prática
Figura 19 – Flip-flop com sinal de clock
Referências
Bibliográficas
Repare que a entrada de clock do flip-flop é representada por um triângulo. Quando
esta entrada de clock for sensível à borda de descida, é colocada uma “bolinha” na
frente da entrada (b). Se não houver esta “bolinha”, então a entrada de clock é sensível
à borda de subida (a).

Codificadores e Decodificadores
Os circuitos codificadores e decodificadores são os responsáveis por “traduzir” as
informações de um código para outro. Diversos códigos podem ser utilizados para
esta conversão, contudo o mais utilizado é o código BCD.

Código BCD 8421


BCD é uma sigla que significa Binary Coded Decimal. Este código é simplesmente o
código binário que você já aprendeu, com o LSb valendo 1 e o MSb valendo 8. O 8421 do
nome do código vem exatamente das potências de 2 de cada dígito binário.

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O que diferencia o BCD8421 dos números binários que você aprendeu é que este
código tem um número fixo de bits (4). Além disso, ele só representa valores de 0 até 9.
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Qualquer valor em binário acima de 9 é ignorado pelo código.

Situação Prática Codificadores

Circuitos Lógicos
Codificadores são circuitos que convertem de um código para outro. Ou, do ponto
de vista da comunicação entre homem e máquina, são circuitos que convertem um
código que os humanos (você) entendem (decimal) para um código que a máquina
Resolução da
Situação Prática entende (binário).

Referências
Bibliográficas
Decodificadores
Decodificadores também são circuitos que convertem de um código para outro. Ou, do
ponto de vista da comunicação entre homem e máquina, são circuitos que convertem
um código que a máquina entende (binário) para um código que você entende.

Shiff-Register ou Registrador de Deslocamento


Os registradores de deslocamento são os circuitos responsáveis por fazer a conversão
da informação na forma paralela para informação na forma serial. Ele são formados
por flip-flops tipo Data (uma configuração dos FF) ligados em cascata. A figura mostra
um circuito simplificado de um shift-register (registrador de deslocamento) com uma
palavra de apenas 3 bits.

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Entrada Paralela bit = 1

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Saída Paralela

Situação Prática

Q0 Q2 Q3
Circuitos Lógicos
Entrada PR PR PR Saída
D O D O D O
Serial Serial
Resolução da
Situação Prática

Referências O O O
Bibliográficas CL CL CL

Atenção: Terminais
Clock para sensivéis á borda de
Transferência subida.

Entrada Paralela bit = 0

Figura 20 – Circuito de um registrador de deslocamento

Para compreender o funcionamento do registrador de deslocamento, você irá analisar


o circuito da figura a seguir.

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Circuitos Lógicos

Resolução da
Situação Prática

Referências
Bibliográficas

Figura 21 – Parte do circuito de registrador de deslocamento

O registrador de deslocamento recebe este nome porque os seus bits se deslocam


entre os seus FFs. E o responsável por este deslocamento, ou transferência da
informação, de um FF para o próximo é o pulso de clock.

Veja que os bits da “palavra” que foi carregada paralelamente vão se deslocando do
FF-0 até o FF-2 a cada pulso de clock, ou seja, ela é transferida para a SAÍDA SERIAL
do registrador de deslocamento, bit a bit. Este circuito está configurado como um
registrador de deslocamento EP/SS e é um conversor paralelo-serial.

Assista agora à videoaula sobre Circuitos Lógicos.

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Situação Prática para Exercitar
Você está trabalhando no setor de manutenção de uma empresa metalúrgica.
Foi lhe solicitado implementar um sistema que monitora o estado de dois sensores e
aciona um cilindro pneumático. A condição lógica que lhe foi passada é que se um dos
sensores for acionado, o cilindro pneumático será acionado. Caso nenhum sensor, ou
ambos os sensores sejam acionados, nada deve acontecer.

Para esta aplicação, qual seria a porta lógica ideal para satisfazer a condição lógica?
( ) a) E
( ) b) OU
( ) c) Não E
( ) d) Coincidência
( ) e) OU Exclusiva

Assista agora à videoaula sobre Portas lógicas – Situação Prática.

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Referências Bibliográficas

Se você deseja saber mais sobre Portas lógicas, consulte:

ALL ELETRONICS. Álgebra Booleana para Circuitos Digitais. Youtube, 2014. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=gCYaf3hRGf4 Acesso em: 10 jul 2018.

ALL ELETRONICS. Mapa de Karnaugh: Circuitos Digitais. Youtube, 2014. Disponível


em: https://www.youtube.com/watch?v=SI8MkT-HTL8 Acesso em: 10 jul 2018.

CAPUANO, Francisco G.; IDOETA, Ivan V. Elementos de Eletrônica Digital. 41. ed. São
Paulo: Érica, 2014.

GARCIA, Paulo A.; MARTINI, José S. C. Eletrônica Digital: teoria e laboratório. 2. ed. São
Paulo: Érica, 2015.

Se você ficou com alguma dúvida, acesse o Fale Conosco e pergunte a um especialista,
mencionando o assunto: Portas Lógicas.

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