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O livro “Gestão democrática da Educação: atuais tendências, novos desafios”, no que

diz respeito a política e gestão da educação, pode ser considerado como referência nestas
áreas. Os desafios e tendências dentro do processo de democratização da gestão escolar e
também suas políticas de formação são abordados com cuidado no que se refere as condições
atuais da educação.
A nova realidade internacional dentro da educação e sua administração derivam de
reações da busca do ser humano em condição de cidadãos em um mundo de condições
materiais e espirituais trabalhadas em conjunto. Há um desejo, uma necessidade de se firmar
enquanto cidadão.
No primeiro capitulo do livro é explorada a autonomia e flexibilização da gestão
escolar em Portugal. Apresenta-se propostas de um programa de reforço da autonomia das
escolas que se desenvolvem de forma ampla dentro das medidas políticas educativas que em
outros países busca a solução das crises do governo e da educação como um todo. O estudo
feito por João Barroso foi utilizado como base pelo governo de Portugal sobre a autonomia e
a gestão de escolas tendo como fundamento uma analise dessa autonomia da escola, chamada
de “territorialização das políticas educativas” com finalidade de “empreender uma ação
coletiva” de forma que designe varias modalidades. Os princípios e estratégias das medidas
propostas evidenciam a dimensão da política dentro do processo de reforço da autonomia que
estaria socialmente constituída. A atenção é voltada para a verdadeira essência da autonomia
das escolas que vem a se tratar das melhores condições da escola e a formação dos alunos.
No segundo capitulo é apresentado um criterioso estudo de impactos da globalização
da economia e das novas estratégias de gestão sobre a educação através das novas políticas
educacionais e suas exigências. Há uma contradição entre a crescente exclusão e as demandas
da ampliação da educação básica e tecnológica e seus impactos na democratização das
oportunidades do trabalho e da educação são examinados à luz do levantamento que
desenvolve.
No terceiro capítulo Luis Gutierrez e Afrânio Mendes Catani descrevem um panorama
atual das principais questões que estão sendo discutidas no campo da participação, autogestão
e gestão democrática e desenvolve no cenário mundial sobre alternativas organizacionais
participativas nos diferentes contextos. Nesta linha de raciocínio são enfocadas as gestões das
universidades públicas, particularmente as paulistas, enquanto uma solução participativa
qualitativamente próxima da realidade escolar que inspira soluções gerenciais, desde que
devidamente adequadas e repensadas. O texto também ilustra algumas especificidades da
gestão escolar.
No quarto capítulo Luiz Fernandes Dourado relata que as políticas educacionais são
expressão dos embates travados no âmbito do Estado e nos desdobramentos assumidos por
este. Neste sentido a democratização do processo pedagógico não se da a margem de relações
sociais maiores, daí vem a importância de se recuperar o caráter político da educação, de
modo a reestruturar a pratica educacional por meio do enfrentamento real de questões básicas.
Assim parte-se da premissa de que a participação não deve ser confinada apenas à dimensão
política do voto, mas a esta deve associar-se o construto da participação coletiva por meio da
criação ou aperfeiçoamento de instrumentos.
No quinto capitulo apresenta-se uma transformação do mundo contemporâneo em
função da globalização que afeta mundialmente a sociedade desafiando as políticas publicas e
administração da educação incluindo a formação de profissionais da educação. Socialmente
em todas as dimensões o individualismo vem predominando e aumentando as explorações dos
seres humanos que se sentem diminuídos em suas possibilidades e extensão da virtude
humana. Os avanços científicos e tecnológicos desde a década de 80 permitiu a formação de
oligopólios e redes globais de interação que configuram um novo sistema mundial de
produção. Vivemos uma revolução tecnológica que garante um progresso nas possibilidades
de avanços de integração. As transformações dos processos de produtivos exibem uma
sociedade que vive tangente ao trabalho e a vida, em condição inuma. O trabalho criativo
deverá ser desenvolvido e haverão desafios a serem trabalhados nessa nova etapa que abre as
portas para uma nova forma de vida e construção de uma sociedade mais humana. E é nesse
ponto que os educadores devem trabalhar sobre as suas responsabilidades junto com os
administradores, só assim haverá uma chance de sobrevivência digna, com conhecimento,
governo humano e socialmente possível. É preciso uma valorização solidária como forma de
conhecimento e diminuição do caos social. A nova administração da educação deverá formar
seres humanos capazes de encarar as dificuldades com dignidade, as novas exigências
imporão praticas políticas educacionais mais comprometidas, amplas e efetivas dentre as
necessidades reais e urgentes da formação e valorização dos profissionais da educação.

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