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Norma Técnica SABESP

NTS 097

IMPLANTAÇÃO DE PONTOS DE COORDENADAS


COM UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE
POSICIONAMENTO GLOBAL POR SATÉLITES

Especificação

São Paulo
Revisão 1 - Julho 2006
NTS 097 : 2006 rev.1 Norma Técnica SABESP

SUMÁRIO

1. OBJETIVO ......................................................................................................................1
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS......................................................................................1
3. ABRANGÊNCIA..............................................................................................................1
4. FORMULÁRIOS UTILIZADOS .......................................................................................1
5. DEFINIÇÕES E SIGLAS .................................................................................................1
6. APARELHAGEM OU EQUIPAMENTOS ........................................................................1
7. PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS................................................................................2
7.1. Implantação.................................................................................................................2
7.2. Metodologia de observação ......................................................................................2
7.4. Trabalhos de escritório..............................................................................................2
7.5. Material a ser entregue ..............................................................................................3
8. ANEXO............................................................................................................................4
Anexo A – Monografia de Vértice Geodésico – GPS......................................................4
Anexo B – Marcos de concreto para demarcação da Sabesp.......................................5
Anexo C – Pilares de concreto padrão “USP” de centragem forçada..........................6
Anexo D – Caderneta de Campo - G P S .......................................................................8

31/07/2006
Norma Técnica SABESP NTS 097 : 2006 rev.1

IMPLANTAÇÃO DE PONTOS DE COORDENADAS COM UTILIZAÇÃO


DE SISTEMAS DE POSICIONAMENTO GLOBAL POR SATÉLITES

1. OBJETIVO
Esta norma tem por objetivo a determinação de pontos geodésicos para ampliação ou
manutenção de rede geodésica, por rastreamento de satélites para apoios topográficos.

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
• NBR 13133 - Execução de Levantamento Topográfico.
• NBR 14166 – Rede de Referência Cadastral.
• NTS 092 - Condições Gerais para Levantamentos Topográficos e Geodésicos.
• Referência Pr 22 de 21/7/1983 do IBGE.
• Referência Pr 23 de 21/2/1989 do IBGE.
• Referência Pr 05 de 31/3/1993 do IBGE (Especificações e Normas Gerais para
Levantamentos GPS – versão preliminar).
• Norma técnica para georreferenciamento de imóveis rurais – INCRA – (lei 10267
de 28/08/2001 – Decreto 4449 de 30/10/2002).

3. ABRANGÊNCIA
Aos profissionais da Sabesp que desenvolvam a atividade e às empresas contratadas
para prestação de serviços de Topografia e Geodésia.

4. FORMULÁRIOS UTILIZADOS
Monografia de Vértice Geodésico, conforme anexo A.

5. DEFINIÇÕES E SIGLAS
Consultar item 5 da NTS 092.

6. APARELHAGEM OU EQUIPAMENTOS
O equipamento rastreador de satélites deve ter as seguintes especificações mínimas:
a) Para linhas-base de até 20km:
• código C/A e freqüência L1
• desvio padrão para o método estático:
- horizontal ± (10mm + 2ppm)
- vertical ± (20mm + 2ppm)
- azimute ± (1"+ (5/D)), sendo D = distância em km
• baixo nível de ruído no código e fase
• capacidade mínima de armazenamento 1 megabyte

b) Para linhas-base superiores a 20km


• código c/a e as freqüências L1 e L2.
• as demais especificações são iguais às do item anterior.

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7. PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS
7.1. Implantação
Os marcos a empregar na monumentação devem ser:
• pinos de aço ou chapas de bronze em:
ƒ cabeceiras de pontes e viadutos ou outras estruturas estáveis.
ƒ reservatórios semi-enterrados da SABESP.
• marcos de concreto, estáveis, conforme item 7.1.1 da NTS 092, e desenho Anexo B.
• pilares de concreto, estáveis, padrão “USP” com sistema de centragem
forçada.(desenho Anexo C)
Os pontos devem estar em locais com boa visibilidade, tanto para os satélites quanto
para o emprego de metodologia geodésica clássica. Recomenda-se que os pontos sejam
intervisíveis aos pares.
O serviço deve ser executado empregando-se um polígono “fechado” (enquadrado) por
no mínimo 2 pontos referenciados ao SGB.

7.2. Metodologia de observação


A correção ionosférica deve ser aplicada para as estações que tenham espaçamento
acima de 20km.
A taxa de coleta das observações deve ser no máximo de 15 segundos.
Para todos os métodos de posicionamento aplicáveis, deve-se verificar as condições
locais visando identificar objetos que possam obstruir sinais, produzir multicaminhamento,
etc. As obstruções do horizonte não podem passar acima de 20° de elevação, com
especial cuidado à leitura e registro da altura da antena, que deve ser observada ao
menos no início e no fim do rastreio.
As antenas devem ser direcionadas ao Norte.
Cada sessão deve ter um mínimo de 4 satélites, observados simultaneamente pelo
menos durante 75% do tempo de observação.
A duração da coleta de dados será definida em função da precisão desejada, do
comprimento da linha-base, da constelação observada e dos equipamentos e programas
disponíveis. Recomenda-se GDOP < 6.
Obs: GDOP – Um dos tipos de DOP (Dilution Of Precision) que determina a precisão
obtida devido à geometria dos satélites e tempo de propagação do sinal.

7.4. Trabalhos de escritório


Após ajustamento vetorial, com injunção mínima, todos os vetores da rede devem ter erro
inferior a 2 ppm (1/500.000). Recomenda-se a solução da ambigüidade com fixação de
inteiros, respeitado tal limite de precisão.
Considerando-se qualquer um dos três vetores componentes (x, y e z) deve-se observar:
a) O erro de fechamento máximo permitido.
b) O erro máximo de fechamento relativo ao comprimento da poligonal.
Os pontos devem ser ajustados pelo método dos mínimos quadrados (ajustamento
vetorial).
As coordenadas finais dos pontos, que estão no DATUM WGS 84 devem ser
transformadas para o Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) segundo os parâmetros da
resolução Pr 23 de 21/02/1989. A critério da Sabesp, poderá ser solicitada a
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transformação para o sistema Córrego Alegre que será feita segundo os parâmetros da
resolução Pr 22 de 21/07/1983 do IBGE.
A planta de localização, conforme item 7.5 da NTS 092, deve conter a indicação dos
marcos que são intervisíveis.

7.5. Material a ser entregue


Monografias dos vértices implantados conforme item 7.1.1 da NTS 092.
Planta de localização conforme item 7.5 da NTS 092.
Relatório técnico conforme item 7.7 da NTS 092.
Dados de campo em meio digital e formato “rinex2”.
Cadernetas de Campo ( Anexo D ).
Relatório de pós-processamento e ajustamento, em meio digital e impresso, contendo:
- Coordenadas obtidas nos pontos;
- Pontos de injunção utilizados;
- Tipo de solução apresentada pelo software;
- Desvio padrão da linha de base;
- Desvio padrão de cada uma das componentes da base dX, dY, dZ ou dN, dE, dh;
- Variância de referência após o ajustamento;
- Resultado do teste de hipótese de igualdade entre variâncias de referência a priori
e a posteriori (teste qui-quadrado);
- Matriz variância-covariância ou matriz de correlação dos parâmetros após o
ajustamento;
- Erro Médio Quadrático dos resíduos da fase da portadora.

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8. ANEXO

Anexo A – Monografia de Vértice Geodésico – GPS

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Anexo B – Marcos de concreto para demarcação da Sabesp

7,00 7,00
PLAQUETA DE PINO METÁLICO
IDENTIFICAÇÃO (vide notas 4 e 5)
(Vide nota 4)

sabesp
3,50

PINO METÁLICO
(Vide notas 4 e 5)

3,50

50,00

50,00
DETALHE - TOPO
ESCALA 1:2
B-B

12,00

A-A

2,50 7,00 2,50 12,00 12,00

PLANTA CORTE A-A CORTE B-B


ESCALA 1:5 ESCALA 1:5 ESCALA 1:5

5,00
N2
VAR
4 N2 Ø5.0 C=VAR

4 N1 Ø5.0 C= 47

N2
VAR
45,00

VAR
N2
VAR

N2 4 N2 Ø5.0 C = VAR

ARMADURA CONSTRUTIVA IMPLANTAÇÃO


ESQUEMA DE MONTAGEM SUGERIDO ESCALA 1:10
S/ ESCALA

NOTAS:
1 - Medidas em centímentos.
2 - Considerar recobrimento mínimo de 1,5cm.
3 - Para informações adicionais consultar NTS 092/2.002 (Revisão1).
4 - A plaqueta de identificação e o pino metálido deverão ser fixados no momento da concretagem do marco.
5 - O topo do pino metálico deverá distar aproximadamente 3mm da superfície acabada do marco.

sabesp - VISTO E ACEITO companhia de saneamento basico do estado de sao paulo Nº

ANALISAD O / / MARCOS DE CONCRETO PARA DEMARCAÇÕES FL.


REV.
ACEITO / / AREA PROJ.:
ZIP Nº FGI
VISTO / / SUB-AR EA PR OJ.:
015/03 5220/03
EXECUTADO DES. APROVADO POR ENGº LUIZ H. C APPELLAN O
15/09/2.003
FGI PROJ. CREA / / sabesp ESCALA
INDICADA

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Anexo C – Pilares de concreto padrão “USP” de centragem forçada


Pilar de concreto no formato cilíndrico com raio de 0,30 m e altura de 1,10 m, assentado
sobre uma base de 1,0 x 0,5 m com 0,40 m de profundidade e duas estacas moldadas “in
loco”. A Figura mostra o marco básico projetado.
Estabelece-se que os marcos devem ser construídos em solos estáveis com dois metros
de profundidade para as estacas, caso não se chegue antes à rocha ou material
impenetrável. O dispositivo de centragem forçada, denominado “dispositivo padrão USP”,
tem 13,8 mm de diâmetro e rosca padrão WILD. A Figura mostra detalhes deste
dispositivo. Mais detalhes quanto ao projeto do marco e do pino podem ser vistos em
NETTO (1994).

Modelo de Pilar com sistema de centragem forçada

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A fim de maximizar o número de satélites observáveis e evitar, durante o rastreio, sinais


refletidos e sinais com baixa relação sinal/ruído, os locais de implantação destes marcos
devem apresentar boa visibilidade do horizonte local – acima de 20º (vinte graus) – em
qualquer direção, e ser distantes de linhas de transmissão de energia elétrica e de faces
de edificações. As estações devem ainda ser de fácil acesso e estarem localizadas em
áreas protegidas de vandalismo.

REFERÊNCIA
NETTO, N.P. Especificações para a construção de pilares de redes geodésicas de
precisão com centragem forçada, Poli –USP, 1994.

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Anexo D – Caderneta de Campo - G P S

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IMPLANTAÇÃO DE PONTOS DE COORDENADAS COM UTILIZAÇÃO


DE SISTEMAS DE POSICIONAMENTO GLOBAL POR SATÉLITES

Considerações finais:

1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo


ser alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários
devem ser enviados à Assessoria para Desenvolvimento Tecnológico - TVV
2) Tomaram parte na segunda revisão desta norma:

ÁREA UNIDADE DE NOME


TRABALHO
C CPI Eraldo Basaglia
C CPI Jorge Henrique Venâncio
C CPI Luiz Henrique Cappellano
M MPD Marcos Almir Oliveira
M MLED-1 Maria José dos Santos
R REP Paulo Mendes
T TGS Manoel Joaquim de Loiola Filho
T TVV Luiz Carlos Rodello
T TVV Marco Aurélio Lima Barbosa

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Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo


Diretoria de Tecnologia e Planejamento - T
Assessoria para Desenvolvimento Tecnológico - TVV

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900


São Paulo - SP - Brasil
Telefone: (0xx11) 3388-8839 / FAX: (0xx11) 3814-6323
E-MAIL : lrodello@sabesp.com.br

- Palavras-chave: Topografia, geodésia

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