Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MARCELCLEMENS/SHUTTERSTOCK
Sem dúvida, o telescópio Hubble é um dos mais complexos já construídos pelo homem. Ele utiliza espelhos
no lugar de lentes e é, por isso, um telescópio de reflexão. Uma de suas vantagens em relação aos telescópios
na superfície da Terra é o fato de ele não sofrer influência da atmosfera da Terra, que filtra e distorce a luz que a
atravessa, tornando-o 10 vezes mais poderoso que os telescópios instalados na superfície dela. Seu nome foi uma
homenagem ao grande cientista Edwin P. Hubble (1889 - 1953), que muito contribuiu com a cosmologia moderna.
Ao todo, o telescópio tem massa de mais de 10 toneladas e 13 metros de ponta a ponta, e seu espelho côncavo
tem raio de 1,2 m. Desde 1990, está orbitando a Terra distante, aproximadamente, 600 km, e visualiza galáxias a
aproximadamente 14 bilhões de anos-luz . Junto com outros equipamentos, suas imagens permitem aos cientistas
a compreensão das origens do Universo. Devido a uma falha no espelho principal, as imagens que conhecemos
obtidas por ele só foram feitas após a instalação de lentes corretivas em 1993.
Eixo principal V C
α
Calota (2) Calota (1)
R
espelho.
221
EP
P P´ V
Espelho côncavo
Física
Para que os espelhos esféricos formem um sistema Raio de luz
óptico estigmático, eles devem obedecer às condições de ni-
tidez de Gauss: “Os raios luminosos devem incidir paralelos
ou pouco inclinados em relação ao eixo principal e próximos
dele”. Nessas condições, o ângulo α de abertura do espelho
131
NICKU/SHUTTERSTOCK
C F V
Acesse: <http://www.megacurioso.com. tro de curvatura (C) e o vértice do espelho (V). Assim, a distân-
br/arquitetura-e-engenharia/37929- cia entre o foco e o vértice, chamada de distância focal (f), é
221
Observação R
Se o feixe de raios paralelos é inclinado em relação ao f=
2
eixo principal, o foco localiza-se fora do eixo principal, confor-
Física
me figuras.
Normal
i
C F V r
C F V
Eixo FS
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
secundário f
R
Distância focal (f) e raio de curvatura (R) no espelho esférico
F C
V
FS
2. Raios notáveis
Eixo De todos os raios luminosos incidentes sobre um espe-
secundário lho esférico, alguns apresentam um comportamento especí-
Foco principal (F) e foco secundário (FS) fico ao sofrer reflexão em sua superfície. Esses raios, denomi-
nos espelhos côncavo e convexo nados raios notáveis, são os seguintes:
1. Todo raio de luz que incide paralelamente ao eixo principal do espelho retorna, após a reflexão, numa direção que passa
pelo foco principal do espelho.
Côncavo Convexo
132
C F V V F C
LIVRO DO PROFESSOR
2. Todo raio de luz que incide numa direção que passa pelo foco do espelho retorna, após a reflexão, numa direção paralela
ao eixo principal do espelho (princípio da reversibilidade da luz).
Côncavo Convexo
C F V V F C
EMI-15-60
9
si mesmo.
Côncavo Convexo
221
C F V V F C
Física
4. Todo raio de luz que incide sobre o vértice do espelho retorna, após a reflexão, numa direção simétrica à incidente, em
relação ao eixo principal.
α α
C F α V α V F C
133
me mostram as figuras.
Na figura seguinte, temos uma representação esquemá-
tica de um objeto real (AB), posicionado perpendicularmente
sobre o eixo principal (EP) de um espelho côncavo, e as loca- A
lizações do centro de curvatura (C), do foco principal (F) e do B' E.P.
vértice do espelho (V). B C F V
A'
A
LIVRO DO PROFESSOR
Determinação geométrica da imagem conjugada por um espelho côncavo
E.P. de um objeto real AB. Os raios notáveis escolhidos foram o 1 e o 2.
B C F V
eixo principal, e a imagem A' B', do objeto AB, é perpendicular Experimento para obtenção da imagem
ao eixo principal. conjugada por um espelho côncavo.
direita ou invertida, maior, menor ou do mesmo tamanho que o objeto. Em contrapartida, o espelho convexo sempre forma uma
imagem virtual, direita e menor que objeto, para qualquer posição do objeto real diante dele.
221
Para verificar todas essas possibilidades citadas, acompanhe os exercícios resolvidos a seguir.
APRENDER SEMPRE 17
01. 4. Objeto no foco principal
Complete a tabela, considerando um objeto real AB co-
locado sobre o eixo principal de um espelho côncavo. Em
cada caso, faça a determinação geométrica utilizando pelo o
Física
de curvatura)
R > d > f (objeto entre o centro
de curvatura e o foco principal)
i
d = f (objeto no foco o
principal do espelho)
d < f (objeto entre o foco C F V virtual
principal e o vértice do espelho) Imagem direita
maior
Resolução
1. Objeto antes do centro de curvatura
Distância (d) do objeto Características
real ao vértice do espelho da imagem
d > R (objeto antes do Real, invertida e menor
centro de curvatura) que o tamanho do objeto
o
d = R (objeto no centro Real, invertida e do mesmo
134
02.
o
LIVRO DO PROFESSOR
o o
i
C F V V F C
i real virtual
Imagem invertida Imagem direita
maior menor
EMI-15-60
9
convexo, a imagem conjugada é virtual, direita e menor que de sinais, conforme a tabela a seguir.
o tamanho do objeto.
Distância Abscissa
221
Espelho Abscissa da imagem
focal do objeto
p'> 0 (real e invertida)
Côncavo f>0 p > 0 (real)
p'< 0 (virtual e direita)
Acesse:
Convexo f<0 p > 0 (real) p'< 0 (virtual e direita)
<http://www.edy.pro.br/espelhos/simulador.swf>.
Física
APRENDER SEMPRE 18
4. Estudo analítico dos
01. Mackenzie-SP
espelhos esféricos Um pequeno objeto foi colocado sobre o eixo principal
Vamos considerar um objeto real disposto perpendicular- de um espelho esférico côncavo, que obedece às condi-
mente ao eixo principal de um espelho e sua respectiva ima- ções de Gauss, conforme ilustra a figura a seguir. O raio da
gem, conforme figura. esfera, da qual foi retirada a calota que constitui o espelho,
p Objeto
o
F C
C F V
f 10 cm
i
a. 240 cm
R
b. 150 cm
p' c. 75 cm
d. 60 cm
e. 50 cm
135
f = distância focal
o = ordenada (altura) do objeto Resolução
i = ordenada (altura) da imagem A distância focal do espelho é:
p = abscissa (posição) do objeto
p’ = abscissa (posição) da imagem = R ⇒ f = 0,50 m = 50 cm
2
Conhecendo-se a ordenada (o) e a abscissa (p) de um A abscissa do objeto é: p = 50 + 10 p = 60 cm.
objeto em relação a um espelho esférico, podemos determi- A abscissa da imagem é dada por:
nar a ordenada (i) e a abscissa (p') da imagem conjugada por
1=1+ 1 ⇒ 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 − 1
ele. Para isso, utilizamos duas equações, a primeira é a equa-
LIVRO DO PROFESSOR
f p p’ 50 60 p ’ p ’ 50 60
ção de Gauss e a segunda é a equação do aumento linear que
será apresentada no livro 7. p´ = 300 cm
Portanto, a distância entre o objeto e a respectiva ima-
B.1. Equação dos pontos conjugados gem é:
(equação de Gauss) D = 300 − 60
Esta equação relaciona a distância focal do espelho (f), a D = 240 cm
abscissa do objeto (p) e a abscissa da imagem (p'): Alternativa correta: A
1 1 1
= +
f p p'
EMI-15-60
A. Espelhos esféricos
221
s to ck
tter
hu
/S
yg
h bz
c hi n a
podem ser podem ser
Física
Espelhos esféricos
Baciu / Shutterstoc k
andreevarf / Shutterstoc
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Côncavo Convexo k
que produzem
imagem
Virtual – menor
que o objeto
Real – maior, menor
ou igual ao objeto
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-15-60
9
Espelhos esféricos: definição e formação de imagens
221
Exercícios de Aplicação
01. Unicid-SP 03. Enem
Os automóveis modernos vêm equipados com espelhos Os espelhos retrovisores, que deveriam auxiliar
Física
retrovisores externos não planos do lado direito do motorista. os motoristas na hora de estacionar ou mudar
Tais espelhos são: de pista, muitas vezes causam problemas. É que
a. côncavos, pois conjugam imagens simétricas dos ob- o espelho retrovisor do lado direito, em alguns
jetos em relação ao espelho. modelos, distorce a imagem, dando a impressão
b. côncavos, pois conjugam imagens reais menores que de que o veículo está a uma distância maior do que
os objetos. a real. Esse tipo de espelho, chamado convexo, é
c. côncavos, pois conjugam imagens virtuais menores utilizado com o objetivo de ampliar o campo visual
que os objetos. do motorista, já que no Brasil se adota a direção do
HOLBOX/SHUTTERSTOCK
que o objeto. Nessas condições, eles ampliam o campo de vi-
são do motorista.
Alternativa correta: E
137
vador diante do espelho é: parece estar em conflito com a informação apresentada na re-
a. virtual, direita e maior que a vela. portagem. Essa aparente contradição é explicada pelo fato de:
b. real, invertida e maior que a vela. a. a imagem projetada na retina do motorista ser menor
c. real, invertida e menor que a vela. do que o objeto.
d. virtual, direita e menor que a vela. b. a velocidade do automóvel afetar a percepção da distância.
e. real, invertida e do mesmo tamanho da vela. c. o cérebro humano interpretar como distante uma ima-
gem pequena.
Resolução
d. o espelho convexo ser capaz de aumentar o campo
No espelho côncavo, para o objeto em questão, apoiado visual do motorista.
sobre o eixo principal entre o centro de curvatura e o foco do e. o motorista perceber a luz vinda do espelho com a par-
espelho, a imagem conjugada é real, invertida e maior que o te lateral do olho. LIVRO DO PROFESSOR
objeto.
Alternativa correta: B Resolução
Para qualquer localização do objeto, as características da ima-
gem no espelho convexo são sempre as mesmas; virtual, menor
e direita. A vantagem do espelho convexo sobre o plano é, como o
próprio texto diz, ter maior campo visual, porém com o inconvenien-
te de não dar noção de distância: nossos olhos estão acostumados
com imagens em espelhos planos, onde imagens de objetos mais
distantes nos parecem cada vez menores – isso é levado para o
espelho convexo: o fato de a imagem ser menor que o objeto leva
o cérebro a interpretar que o objeto parece mais longe do que real-
mente está.
Alternativa correta: C
Habilidade
EMI-15-60
Um astrônomo amador aponta seu telescópio, cuja obje- Suponha que o espelho do farol de um automóvel seja es-
tiva é um espelho côncavo, para o planeta Marte. Devido às férico de raio 10 cm e reflita um feixe de raios paralelos cuja
dimensões envolvidas nessa situação, pode-se considerar fonte é a lâmpada colocada no foco. A distância de lâmpada
que Marte está a uma distância infinita do telescópio. Dessa desse farol ao vértice do espelho é:
forma, a imagem de Marte conjugada pelo espelho do teles- a. 10 cm
cópio será: b. 5 cm
a. virtual, direita e maior do que o objeto. c. 2 cm
Física
Seu espaço
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Sobre o módulo
Os principais objetivos deste módulo são a construção dos raios notáveis, a construção de todas as possibilidades de ima-
gens nos espelhos côncavos e a única possibilidade de imagem no espelho convexo. É importante ressaltar que não existe
duplicidade de imagem nos espelhos côncavos e convexos.
Sugerimos que o exercício resolvido apresentado no final do módulo seja comentado com os alunos, passo a passo, solici-
tando que ele seja resolvido com a construção de outros raios notáveis.
Na web
Vídeo mostrando a formação de imagens em espelhos esféricos:
<https://www.youtube.com/watch?v=J8H9fTa5-wc>.
138
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-60
9
Da teoria, leia os tópicos 1, 2 e 3. a. A captação é feita por meio de uma lente convexa,
221
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento convergindo os raios para o foco.
b. Pelo uso de um espelho côncavo, e todos os raios se
concentram no centro de curvatura.
06. Unemat-MT c. Usando uma lente convergente, e os raios incidindo
Uma mulher, em pé, enquanto retoca a maquiagem, ob- no seu vértice.
serva os detalhes ampliados do seu rosto diante de um es- d. Pelo uso de um espelho parabólico, e os raios solares
pelho esférico. se concentram no seu vértice.
Física
Quanto ao tipo de espelho usado e a distância entre a e. Por ser um espelho côncavo, e toda a energia se con-
pessoa e o espelho, é correto afirmar: centra no foco.
a. Convexo; menor que a distância focal do espelho
b. Convexo; maior que a distância focal do espelho 10. UFSM-RS
c. Côncavo; igual à distância focal do espelho A figura de Escher, Mão com uma esfera espelhada, apre-
d. Côncavo; menor que a distância focal do espelho sentada a seguir, foi usada para revisar propriedades dos es-
e. Côncavo; maior que a distância focal do espelho pelhos esféricos. Então, preencha as lacunas.
08. Unicamp-SP
139
A figura mostra um ponto objeto P e um ponto imagem P',
conjugados por um espelho côncavo de eixo O1O2.
P'
O1 O2
LIVRO DO PROFESSOR
Mão com uma esfera espelhada, de Mauritis Escher
a. Localize graficamente o espelho côncavo.
b. Indique a natureza da imagem P'(real ou virtual). A imagem na esfera espelhada é ___________; nesse caso, os
raios que incidem no espelho são ___________ numa direção que
09. UENP-PR passa pelo ___________ principal, afastando-se do ___________ principal
A utilização do forno solar como forma de substituição do espelho.
ao uso da lenha, é uma forma de energia limpa e renovável. A A sequência correta é:
possibilidade do seu uso reside em qual fato? a. virtual – refletidos – foco – eixo
b. real – refratados – eixo – foco
c. virtual – refletidos – eixo – eixo
d. real – refletidos – eixo – foco
e. virtual – refratados – foco – foco
11. IFPE
Um objeto real, representado pela vela, é colocado no
foco de um espelho esférico côncavo, conforme a figura a
EMI-15-60
Por motivos de segurança, a eficiência dos faróis tem 16. Os espelhos utilizados em telescópios são côncavos
sido objeto de pesquisa da indústria automobilística. Em al- e as imagens por eles formadas são reais e se locali-
guns automóveis, são adotados faróis cujo sistema óptico é zam aproximadamente no foco dos espelhos.
formado por dois espelhos esféricos, E1 e E2, como mostra a
figura. Com base nela, é correto afirmar que a localização da 15. UEM-PR
lâmpada está: Sobre a formação de imagens de objetos pontuais e ex-
tensos em espelhos planos e espelhos esféricos estigmá-
E1 ticos, analise as alternativas e dê a soma dos números dos
itens corretos.
01. Em um espelho plano, um ponto imagem virtual po-
dem ser definido pela interseção efetiva dos raios de
E2
luz emergentes do espelho.
Eixo óptico 02. Nos espelhos côncavos, o foco principal é real, enquan-
to nos espelhos convexos o foco principal é virtual.
04. A imagem de um objeto extenso colocado entre o
foco e o vértice de um espelho esférico côncavo é
140
Os refletores de faróis, holofotes e lanternas podem ser tro de curvatura C, como representado na figura.
espelhos esféricos côncavos, embora os refletores parabóli-
cos sejam mais vantajosos. Considere um holofote de jardim
constituído de dois espelhos esféricos, um maior, E1, e um
menor, E2. Para aumentar a eficiência luminosa, um filamento
1 2 3 4
luminoso é colocado entre os dois espelhos esféricos cônca-
vos, de mesmos eixos principais e voltados um para o outro,
F C
de modo que todos os raios emergentes do filamento que in-
cidem em E2 se refletem no espelho maior, E1, e se projetam 5 6 7 8
paralelos para o espaço. Suponha que o raio de curvatura de
E1 é igual a 30 cm e é o triplo do raio de curvatura do espelho
E2. Nesse caso, a posição do filamento luminoso e a distância
entre os espelhos são, respectivamente: Objetos são colocados nas regiões 2, 3 e 4. Determine
a. no centro de curvatura de E1 e no foco de E2 e 10 cm. as regiões respectivas de formação das imagens e dê suas
b. no centro de curvatura de ambos os espelhos e 15 cm. características:
EMI-15-60
9
Espelhos esféricos: equação de Gauss
221
Exercícios de Aplicação
01. 03. Mackenzie-SP
Um rapaz coloca um objeto a 1 cm de um espelho côn- Um objeto real é colocado sobre o eixo principal de um es-
Física
cavo, de distância focal igual a 0,5 cm. Calcule a abscissa da pelho esférico côncavo a 4 cm de seu vértice. A imagem con-
imagem e diga qual a sua natureza. jugada desse objeto é real e está situada a 12 cm do vértice
do espelho, cujo raio de curvatura é:
Resolução
a. 2 cm
1 = 1+ 1 ⇒ 1 = 1+ 1 ⇒ 1 = 1 −1 b. 3 cm
f p p’ 0,5 1 p ’ p ’ 0,5 1
1 = 2 − 1 ⇒ p ’ = 1 cm
c. 4 cm
p’ 1 d. 5 cm
e. 6 cm
Resolução
Como a imagem está atrás do espelho, temos que
141
p’ = – 50 cm= – 0,5 m.
1 1 1
= +
f p p’
1 1 1
= +
f 2 −0,5
1 1 2
= −
f 2 1
1 1 − 4 −3
= =
f 2 2
2
LIVRO DO PROFESSOR
f=− m
3
Sendo a distância focal negativa, o espelho é convexo.
EMI-15-60
Uma superfície refletora esférica côncava, cujo raio de Dois espelhos esféricos côncavos, um de distância focal
curvatura é de 30 cm, é usada para formar a imagem de um 2,0 m e outro de distância focal 5,0 m, foram colocados um
pequeno objeto localizado a 60 cm da superfície, conforme voltado para o outro, de forma que seus eixos principais coin-
o esquema. cidissem. Na metade da distância entre os dois espelhos, a
1 m da superfície refletora de cada um deles, foi colocado o
objeto AB.
Física
60 cm
B
A imagem se forma a uma distância da superfície que vale, pelos espelhos, isoladamente, em m, é de:
em cm:
a. 15 c. 30 e. 60 a. 21 c. 17 e. 13
b. 20 d. 45 4 4 4
b. 19 d. 15
4 4
Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, tratamos do estudo analítico dos espelhos esféricos: côncavos e convexos. Não vemos necessidade da de-
dução da equação dos pontos conjugados. O importante é saber utilizá-la nas mais variadas situações. Para isso, é preciso tratar
as distâncias do objeto e da imagem ao espelho como abscissas.
No livro 7, teremos a continuação deste capítulo, acrescentando a equação do aumento linear transversal.
Na web
142
EMI-15-60
9
Da teoria, leia o tópico 4. de 0,6, ou seja, 60% da intensidade incidente é refleti-
221
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento da. Estime a potência total incidente na região do foco.
09. Unisa-SP
06. Uespi Para comprar um espelho especial para análise bucal, um
Um espelho esférico convexo possui distância focal, em dentista se dirige a uma loja do ramo e encontra algumas op-
módulo, igual a 40 cm. Um objeto é colocado a 160 cm do es- ções fornecidas pelo vendedor. Para escolher aquele que lhe
pelho. A que distância do espelho, em módulo, encontra-se a forneça maior aumento, fato este de extrema importância para
Física
sua imagem? o profissional, ele estima a distância do espelho ao dente a ser
a. 16 cm d. 66 cm observado em cerca de 1,0 cm. São oferecidos a ele cinco es-
b. 32 cm e. 72 cm pelhos de tipos e raios de curvatura diferentes. Para que consi-
c. 48 cm ga ter o maior aumento possível, deverá escolher um:
a. côncavo, de raio de curvatura R = 4,0 cm.
07. PUC-PR (adaptado) b. côncavo, de raio de curvatura R = 5,0 cm.
Diante de um espelho que supre as condições de Gauss, c. côncavo, de raio de curvatura R = 6,0 cm.
é colocado um objeto a 30 cm do vértice e perpendicular ao d. convexo, de raio de curvatura R = 1,0 cm.
143
do navio estavam ardendo em chamas. gem desse objeto?
b. Se substituíssemos o espelho convexo por um espe-
Sol
lho plano, a que distância deste espelho seria vista a
imagem daquele objeto?
12. Mackenzie-SP
Um objeto real o encontra-se diante de um espelho esfé-
Raios rico côncavo, que obedece às condições de Gauss, conforme
incidentes
o esquema adiante.
LIVRO DO PROFESSOR
i o
30 m F C
Isso foi repetido para cada navio e, assim, não foi dessa 10 cm
vez que Siracusa caiu. Uma forma de entendermos o que
ocorreu consiste em tratar o conjunto de espelhos como x
um espelho côncavo. Suponha que os raios do Sol cheguem
paralelos ao espelho e sejam focalizados na vela do navio.
a. Qual deve ser o raio do espelho côncavo para que a in- 21 cm
tensidade do Sol concentrado seja máxima?
b. Considere a intensidade da radiação solar no momen- A distância x entre o objeto e o vértice do espelho é:
EMI-15-60
to da batalha como 500 W/m2. Considere que a refleti- a. 6,0 cm c. 10,5 cm e. 35,0 cm
vidade efetiva do bronze sobre todo o espectro solar é b. 9,0 cm d. 11,0 cm
a. 50,83 cm
b. 49,58 cm 10 cm 10 cm
c. 30,00 cm
d. 12,50 cm
e. 2,50 cm
Se esse objeto está em repouso a 20 cm do vértice sobre
15. ITA-SP o eixo principal do espelho e, em seguida, oscila em torno da
Um espelho plano está colocado em frente a um espelho posição inicial com amplitude de 10 cm, então as máximas
côncavo, perpendicularmente ao eixo principal. Uma fonte lu- distâncias à direita e à esquerda em relação à imagem inicial
minosa A, centrada no eixo principal entre os dois espelhos, serão, respectivamente, em cm, iguais a:
emite raios que se refletem sucessivamente sobre os dois a. 3,0 e 4,5. c. 4,5 e 7,5. e. 12 e 15.
espelhos e formam sobre a própria fonte A uma imagem real b. 3,0 e 7,5. d. 7,5 e 12.
dela mesma. O raio de curvatura do espelho é de 40 cm e a
distância do centro da fonte A até o centro do espelho esférico
é de 30 cm. A distância d do espelho plano até o centro do
espelho côncavo é, então:
144
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-60
AT 222
Capítulo 7 ................146
Módulo 16 ............155
M
Módulo 17 ............159
a
Módulo 18 ...........164
sic
Fí
UÍ
Q
O
BI
O
LP
IS
GE H
O
L
FI
S
C
SO
FÍ
S
RE
ZOLLAN23/GETTY IMAGES
SHIHINA / SHUTTERSTOCK
O movimento circular está presente em várias situações,
como no movimento dos pneus de um automóvel, no funcio-
222
R R
C R 0
LIVRO DO PROFESSOR
7
2 π
ressante: para meia circunferência, não é possível obtermos 2
31 π
um número “exato” de radianos. Entenda-se por “exato” um 4
222
π
número racional. Naquela época, isso foi considerado mais 6
que um escândalo, pois era uma ameaça às ideias de perfei-
ção do mundo vigentes até então. 3 0
Uma maneira de descobrir quantos radianos há em meia π 2π
circunferência é medir o comprimento da base de um cilin-
dro e dividir pelo seu diâmetro (2 · R); a esse valor, deu-se o
nome de π, a letra p em grego, a qual se lê pi.
Física
Matematicamente, podemos escrever o comprimento da
circunferência como: 3π
2
C=2·π·R
Para converter determinado ângulo θ fornecido em graus
para radianos, basta montar uma regra de três simples, apli-
Modernamente, sabemos que meia circunferência pode cando a relação a seguir.
149
Veja alguns exemplos na tabela.
Radianos Graus
π R
30o
6 ∆θ ∆s
π
45o
4
LIVRO DO PROFESSOR
1 57,3o
π
60o
3 Nela, ∆s é o deslocamento escalar, medido sobre o arco
π da circunferência, ∆θ é o deslocamento angular, medido em
90o rad, e R é o raio da circunferência.
2
Por definição, o deslocamento angular ∆θ é dado pela
2 114,6o razão entre o deslocamento escalar ∆s e o raio de curva-
tura R.
3 171,9o
π 180o ∆θ = ∆s
R
3π ou
270o
2
∆s = ∆θ
∆θ ⋅ R
EMI-15-60
2π 360o
Medidores de deslocamento
222
0 0
Bloco Bloco
padrão padrão
D Peça D . ∆θ
Sendo v = ∆s e ∆s = ∆θ · R, temos:
P1(t1) ∆t
∆θ ⋅ R
v= , mas ω = ∆θ , então:
A velocidade escalar que o móvel apresenta sobre a traje- ∆t ∆t
tória é sempre tangente à curva e no mesmo sentido de rota- No v = ω · R são:
ção, e seu módulo é dado por: v => m/s
ω => rad/s
v = ∆s R => m
∆t
EMI-15-60
7
THE LIBRARY OF CONGRESS PRINTS & PHOTOGRAPHS DIVISION
Chamamos de período de um movimento circular e uni-
forme o intervalo de tempo necessário para que o móvel rea-
222
lize uma volta completa.
Assim, para uma rotação, temos:
∆θ = 2π rad ⇒ ∆t = T (período)
A Terra, por exemplo, gasta aproximadamente 24 horas
para dar uma volta completa em torno de seu eixo, por isso
um dia dura 24 horas.
Física
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
23,5o
A cada 24 horas, a Terra completa uma volta em torno de seu eixo. Heinrich Rudolf Hertz (1857-1894), que demonstrou a
À medida que ela gira, experimentamos tempos alternados de dia e existência da radiação eletromagnética e criou vários
noite, de acordo com a posição da face do planeta em relação ao Sol. aparelhos de emissão e recepção de ondas de rádio.
151
Comparando as duas equações anteriores, podemos con-
T = 6 =2s
3 cluir que a frequência é o inverso do período e vice-versa.
Se adotarmos a seguinte convenção: Então:
N – número de rotações realizadas;
∆t – tempo gasto no processo; f = 1 ou T = 1
T f
teremos:
N _____________________________ ∆t
1 rot _____________________________ T A unidade de período é a mesma de tempo (hora, minuto,
segundo etc.).
T = ∆t A unidade de frequência pode ser rps (rotações por se-
N
gundo ou Hz – (hertz), rpm (rotações por minuto) etc. LIVRO DO PROFESSOR
O aparelho de DVD tem a função de achar e ler as in- com velocidade constante, de modo tal que seus pneus ro-
formações armazenadas em um DVD. Trata-se de um equi- lam sem qualquer deslizamento na pista. Cada pneu tem
pamento excepcionalmente preciso. O motor que gira o diâmetro D = 0,50 m, e um medidor colocado em um deles
disco é precisamente controlado para efetuar de 200 a 500 registra uma frequência de 840 rpm. Dado π = 3, qual a ve-
rotações em um minuto. Considerando que o motor esteja locidade do automóvel em m/s?
efetuando 300 rotações a cada minuto, determine:
a. a frequência em rpm; Resolução
Física
b. a frequência em Hz;
Convertendo a frequência para Hz:
c. o período em segundos.
840 rpm
f=
Resolução 60
f = 14 H
Hz
a. f = N Então:
∆t v = 2⋅ π ⋅R⋅ f
f = 300 0,5
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
1 v = 2⋅3⋅ ⋅14
f = 300 rrpm 2
v = 21 m / s
300 rpm
b. f =
60
f = 5H
Hz
c. T = 1
f
Como o velocímetro mede
T=1 a velocidade do carro?
5
T = 0,2 s O velocímetro funciona como um tradutor
da velocidade, o que pode ser feito pela rotação
da roda ou pela rotação do motor. Atualmente,
B. Cálculo das velocidades em função analisa-se a velocidade pela rotação do motor,
da frequência e do período que cria impulsos elétricos em um sensor co-
nectado a um microcomputador, o qual traduz
Em muitos casos, será necessário calcular a velocidade esses impulsos elétricos para a velocidade em
152
escalar e a velocidade angular em função da frequência ou do km/h. Essa tecnologia vem substituindo os ve-
período. Imaginemos uma partícula em movimento circular uni- locímetros mecânicos, menos precisos, que rei-
forme, que leva um período (T) para completar uma volta e cujo naram do início do século XX aos anos 1990.
deslocamento escalar é o comprimento da circunferência: Nesses modelos, o giro da roda é transmitido
∆s = 2 · π · R por um cabo até um ímã localizado atrás do
Assim: painel. Ao girar, o ímã cria um campo magné-
tico, que será responsável por movimentar o
v = ∆s ponteiro e indicar a velocidade.
∆t Na imagem a seguir, temos um exemplo de velocíme-
tro (à direita). Ao lado dele, temos o popularmente conheci-
LIVRO DO PROFESSOR
v=2·π·R·f
ω = ∆θ
∆t
Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/
materia/como-o-velocimetro-mede-a-velocidade-do-
ω = 2⋅ π ou ω = 2 · π · f
EMI-15-60
7
Vimos, no módulo 15, que todo objeto que descreve um
angular para o MCU movimento curvilíneo apresenta um tipo muito especial de
222
No estudo do MU, mostramos que a posição de um mó-
vel pode ser obtida por meio da equação horária do espaço aceleração: a centrípeta, que é em módulo
s = s0 + v ∙ t. Se dividirmos todos os membros dessa equa-
ac = v
2
ção por R, obteremos a equação horária angular do MCU.
R
s = s0 + v ⋅ t No MCU, é muito útil escrever a aceleração centrípeta em
R R R função da velocidade angular.
Física
Como v = ω · R, temos:
θ = θ0 + ω · t ac =
(ω ⋅ R)2 = ω2 ⋅ R2
R R
Em que:
θ é a posição angular em rad; ac = ω2 · R
θ0 é a posição angular inicial em rad;
ω é a velocidade angular rad/s.
153
Frequência 60 Hz
01. Consumo de energia 1
0,31 kWh
A função horária da posição angular de uma partícula Consumo de água1 137 L
em tráfego, em uma circunferência de raio 2 m, é dada por: Capacidade de roupa seca 2
11 kg
θ = 4 + 2 · t (SI) Corrente máxima 105 A / 5,5 A
Pede-se: Potência máxima 850 W
a. a posição angular inicial e a velocidade angular da
Centrifugação 750 rpm
partícula;
b. a velocidade linear;
LIVRO DO PROFESSOR
Exemplo das informações técnicas presentes
c. o período e a frequência de seu movimento. nos manuais das máquinas de lavar
Resolução
a. θ0 = 4 rad
ω = 2 rad/s
b. v = ω · R
v=2·2
v = 4 m/s
c. ω = 2 · π · f
2=2·3·f
f = 1/3 Hz
T=1
f
T= 1
1
3
EMI-15-60
T =3 s
A. Velocidade
222
Física
Velocidade
Angular
Escalar
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
v = ∆s ω = ∆θ
∆t ∆t
v=ω·R
ω=2·π·R ω=2·π
T T
ω = 2 · π · R· f Pode ser escrito ω=2·π·f
em função
VICTOR TORRES / SHUTTERSTOCK
do período da frequência
T = ∆t f= N
N ∆t
T= 1
f
154
LIVRO DO PROFESSOR
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-15-60
7
Movimento circular uniforme (MCU)
222
Exercícios de Aplicação
01. 02. Fuvest-SP
Complete os espaços fazendo corretamente as conver- O ponteiro dos minutos de um relógio mede 50 cm.
Física
sões de unidades. a. Qual é a velocidade angular do ponteiro?
a. 60o = _______________________________ rad b. Calcule a velocidade linear da extremidade do ponteiro.
b. 150o = _______________________________ rad
Resolução
2π rad _______________________________
c. = graus 2π = 2π rad
3 a. ω =
T 60 min
d. 7π rad = _______________________________ graus π rad π rad
6 ∴ω = =
30min 1800 s
155
3 a. Elas sairiam pela tangente com velocidade de 500 m/s.
θ = 120o b. Elas sairiam perpendicularmente com velocidade de
ou 1 600 km/h.
c. Elas continuariam paradas em relação à Terra.
2π = θgraus ⋅ π d. Elas sairiam tangenciando a Terra com velocidade de
3 180° 1 600 km/h.
θgraus = 120°
e. Elas seriam arremessadas no sentido oposto ao de
rotação da Terra.
7π = θgraus ⋅ π
d.
6 180° Resolução
LIVRO DO PROFESSOR
θgraus = 210° a. Incorreta. A velocidade tangencial é de:
2 ⋅ π ⋅ R 2 ⋅ 3 ⋅ 6 400 000
v= = ≈ 444 m/s
T 86 400
b. Incorreta. A velocidade é tangencial.
c. Incorreta. Por inércia, elas tendem a permanecer em
movimento retilíneo e uniforme.
d. Correta.
2 ⋅ π ⋅ R 2 ⋅ 3 ⋅ 6 400
v= = = 1 600 km / h
T 24
e. Incorreta. A velocidade escalar possui o mesmo senti-
do de rotação da Terra.
Alternativa correta: D
Habilidade
Utilizar funções matemáticas para descrever movimen-
EMI-15-60
Um móvel executa um movimento circular de raio 5 m. O A roda de um automóvel tem raio de 30 cm. Calcule o
deslocamento angular do móvel quando ele percorre 30 m de número de voltas dadas pela roda após o carro ter percorrido
deslocamento linear é de: 180 m. Considere π = 3.
a. 6 rad
b. 1 rad
6
Física
c. 30 rad
d. 5 rad
e. 150 rad
Seu espaço
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Na web Cinemateca
Sobre a questão do movimento circular, temos a videoau-
Acesse: <http://www.ufrgs.br/espmat/ la número 11, que pode ser encontrada no link a seguir.
disciplinas/geotri/modulo3/mod3_recursos/
geogebra/circulo_trigo.html>.
156
Acesse: <http://www.telecurso.org.br/fisica/>.
Nesse link, há um círculo trigonométrico dinâmico, que
pode ser usado para mostrar ao aluno os ângulos no círculo
trigonométrico.
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-60
7
Da teoria, leia os tópicos 1, 2 e 3 11.
222
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Em um texto bíblico, consta que um moço chamado Davi
matou o gigante Golias usando uma funda. A funda consiste
em uma tira de couro que leva uma pedra; ao se girar a funda,
06. a pedra ganha velocidade e depois é abandonada.
Transforme em graus: A figura mostra a visão superior de uma funda em ação. O
círculo menor representa a pedra em sua posição inicial, e a
a. 2π rad circunferência maior representa o sentido de rotação.
3
Física
π rad
b.
4
4 π rad
c. Davi
3 Pedra
11 π rad Funda
d.
12
08. a.
A velocidade angular de um objeto que descreve um MCU
é π rad/s. Calcule: b.
4
a. o intervalo de tempo necessário para dar duas voltas c.
completas;
b. a velocidade linear desse objeto, sabendo que ele se d.
encontra a 20 cm do centro de curvatura.
157
09. e.
A velocidade angular é uma grandeza física definida como
a razão entre o deslocamento angular do móvel e o intervalo 12. UFSC (adaptado)
de tempo desse deslocamento. Essa grandeza é muito utiliza- O ciclismo praticado em uma pista oval e coberta, mais
da no movimento circular uniforme (MCU). conhecida como velódromo, é uma das modalidades de
Comparando a velocidade angular do ponteiro das horas competição dos Jogos Olímpicos. Vamos considerar um
de um relógio de pulso, do relógio da torre Elizabeth Tower velódromo com pista circular de madeira, que possua uma
(conhecido mundialmente como Big Ben), a rotação da Terra inclinação de 45° com a horizontal e raio de curvatura de
e sua translação, temos: 18,0 m na parte interna e 24,0 m na parte externa. A cir-
a. ωpulso = ωBig ben > ωrotação = ωtranslação cunferência da pista varia de 113,1 m na parte interna e LIVRO DO PROFESSOR
b. ωpulso = ωBig ben > ωrotação > ωtranslação 150,8 m na parte externa. Admita que a massa do conjunto
c. ωpulso < ωBig ben < ωrotação < ωtranslação bicicleta + atleta é de 80 kg.
d. ωpulso > ωBig ben > ωrotação > ωtranslação Dados: sen 45o = cos 45o = 0,7; tg 45o = 1,0.
e. ωpulso = ωBig ben = ωrotação < ωtranslação
REPRODUÇÃO
10.
Complete os espaços fazendo as conversões de unida-
des corretamente.
a. 30o = _______________________________ rad
b. 40o = _______________________________ rad
c. 5π rad = _______________________________ o
3
d. 9π rad = _______________________________ o
EMI-15-60
a. A velocidade angular do ciclista que corre na parte ex- Os ponteiros de um relógio realizam movimento circular
terna da pista é sempre maior do que a do ciclista que que pode ser considerado uniforme. A velocidade angular em
222
globo.com/economia/brasil-vai-construir-satelite-para-levar-banda-
larga-para-todo-pais-4439167>. Acesso em: 16 abr. 2012. Adaptado.
fície terreste.
Considerando-se o raio da Terra igual a 6 400 km e π ≈ 3,
A posição média de um satélite geoestacionário em rela- pode-se afirmar que:
ção à superfície terrestre se mantém constante: a. ao se aproximar da Terra, a ISS se dissipará na at-
a. por sua velocidade angular ser igual à velocidade an- mosfera.
gular da superfície terrestre. b. a aceleração escalar da estação é, aproximadamente,
b. por sua velocidade tangencial ser igual à velocidade 0,25 km/h2.
tangencial da superfície terrestre. c. a velocidade linear orbital da estação é, aproximada-
c. por sua aceleração centrípeta ser proporcional ao mente, 27 · 103 km/h.
cubo da velocidade tangencial do satélite. d. a velocidade angular orbital da estação é, aproximada-
LIVRO DO PROFESSOR
d. pela força gravitacional terrestre ser igual à velocidade mente, 0,25 rad/h.
angular do satélite. e. ao reingressar na atmosfera, a aceleração resul-
e. pela força gravitacional terrestre ser nula no espaço, tante da estação espacial será radial e de módulo
local em que a atmosfera é rarefeita. constante.
EMI-15-60
7
Período e frequência
222
Exercícios de Aplicação
01. 02.
Uma partícula percorre uma trajetória circular com veloci- A polia de um motor elétrico gira em MCU, descrevendo
Física
dade escalar constante. Entre os instantes t1 = 1,0 s e t2 = 8,0 s, 750 rotações em 15 segundos. Calcule:
seu percurso é de exatamente 14 voltas. Calcule: a. a frequência da polia em Hz e em rpm;
a. o período T do movimento; b. seu período em segundos;
b. a frequência do movimento em Hz e rpm. c. a velocidade angular ω da polia em rad/s;
d. a velocidade escalar de um ponto da periferia da polia,
Resolução
em m/s, sabendo que o raio da mesma é de 20 cm.
a. 14 voltas ____________ 7 s
1 volta _________________ T Resolução
T = ∆t
1 1
b. T = = = 0,02 s
N f 50
T = 8 − 1 = 0,5 s c. ω = 2π·f = 2π·50
14
ω = 100 π rad/s
1 1 = 2 Hz
b. f = = d. v = ω· R
T 0,5
f = 2⋅60 = 120 rpm v = 100 π·0,2
v = 20 π m/s
159
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-60
O cavalo anda nas pontas dos cascos. Ne- a. Incorreta. O período é o inverso da frequência.
nhum animal se parece tanto com uma estrela T = 1 = 1 =2s
f 0,5
222
N 10
Como a primeira foto é a referência t0 = 0, para as 12
fotos, temos 11 intervalos de tempo.
ttotal = 0,2 · 11 = 2,2 s
c. Incorreta. O período foi de 2 segundos, passando-se
10 fotos (∆s = 10 · 1,5 = 15 m).
d. Correta.
v = ∆s = 15 = 7,5 m/s
∆t 2
Eadweard Muybrige Muybridge. Galloping Horse, 1878. Disponível em: e. Incorreta. A velocidade é 7,5 m/s
<http://www.masters-of-photography.com/M/muybridge/muybridge_ Alternativa correta: D
galloping_horse_full.html>. Acesso em: 20 out. 2010. Adaptado.
Habilidade
Suponha que a sequência de imagens apresentada na fi- Aplicar a relação entre frequência e período em movimen-
gura tenha sido obtida com o auxílio de câmeras fotográficas tos circulares.
dispostas a cada 1,5 m, ao longo da trajetória do cavalo.
160
EMI-15-60
7
04. FEI-SP 05. UERJ
222
Em uma máquina de cortar grama, o comprimento má- Uma pequena pedra amarrada a uma das extremidades
ximo do fio que corta a grama é L = 25 cm. Se a velocidade de um fio inextensível de 1 m de comprimento, preso a um
máxima que a extremidade do fio pode ter é de 5 m/s, qual é a galho de árvore pela outra extremidade, oscila sob ação do
rotação máxima do motor? vento entre dois pontos equidistantes e próximos à vertical.
Durante 10 s, observou-se que a pedra foi de um extremo ao
600 rpm
a. outro, retornando ao ponto de partida, 20 vezes.
π
Calcule a frequência de oscilação desse pêndulo.
500 rpm
Física
b.
π
400 rpm
c.
π
d. 500π rpm
e. 400π rpm
161
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-60
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento 0,25 Hz, pequenos roletes das pontas da estrela, distantes
6 cm do centro desta, esmagam a mangueira flexível con-
tra um anteparo curvo e rígido, fazendo com que o líquido
06. UFPR seja obrigado a se mover em direção ao gotejador. Sob essas
Calcule a velocidade angular, em rad/s, de um eixo de mo- condições:
tor que gira a 1 200 rotações por minuto. Dado: π = 3,1.
a. a velocidade escalar média imposta ao líquido em
Física
dos em três cidades: Macapá, localizada na linha do Equador, Os primeiros satélites artificiais lançados em torno da
São Paulo, no trópico de Capricórnio, e Selekhard, na Rússia, Terra (1957-58) levaram aproximadamente 120 min para dar
localizada no círculo Polar Ártico. Pode-se afirmar que esses uma volta completa em movimento periódico. Determine:
três corpos giram em torno do eixo da Terra descrevendo mo- a. o período em segundos;
vimentos circulares uniformes, com: b. a frequência em hertz.
a. as mesmas frequência e velocidade angular, mas o
corpo localizado em Macapá tem a maior velocidade 11.
tangencial. A frequência da roda de uma locomotiva é de 120 rpm.
b. as mesmas frequência e velocidade angular, mas o Para um ponto situado a 60 cm do eixo de rotação, deter-
corpo localizado em São Paulo tem a maior velocidade mine:
tangencial. a. a velocidade angular (em rad/s);
c. as mesmas frequência e velocidade angular, mas o b. a velocidade escalar (em m/s).
corpo localizado em Selekhard tem a maior velocidade
tangencial. 12. UFF-RJ
d. as mesmas frequência, velocidade angular e velocida- Segundo os autores de um artigo publicado
de tangencial, em qualquer cidade. recentemente na revista The Physics Teacher*, o
162
e. frequência, velocidade angular e velocidade tangen- que faz do corredor Usain Bolt um atleta espe-
cial diferentes entre si, em cada cidade. cial é o tamanho de sua passada.
Para efeito de comparação, Usain Bolt precisa
09. FGV-SP (adaptado) apenas de 41 passadas para completar os 100 m
Fazendo parte da tecnologia hospitalar, o aparelho repre- de uma corrida, enquanto outros atletas de elite
sentado na figura é capaz de controlar a administração de me- necessitam de 45 passadas para completar esse
dicamentos em um paciente. percurso em 10 s.
*A. Shinabargar, M. Hellvich; B. Baker, The Physics
Teacher 48, 385. Sept. 2010.
LIVRO DO PROFESSOR
7
máquina que, em rad/s, corresponde a: a. a velocidade escalar média do caminhão, em km/h;
Admita π = 3. b. a distância percorrida por ele nesse trecho do trajeto.
222
a. 1 300
b. 2 170 16.
c. 26 000 Um satélite estacionário (período de 24 horas), usado em
d. 39 000 comunicações, é colocado em órbita circular de aproximada-
e. 78 000 mente 3,6 · 103 km, acima da linha do Equador. Podemos afir-
mar que a velocidade linear do satélite e a velocidade angular,
14. PUC-SP em seu movimento em torno do eixo da Terra, é respectiva-
Física
Um disco de 10 cm de raio gira com frequência de 6 rps. mente igual a:
Um ponto A está distante 2,0 cm do eixo de rotação, enquanto a. 6,4 · 103 km/h e 0,25 rad/h
B é um ponto da periferia do disco. A razão entre os módulos b. 2,5 · 103 km/h e 0,25 rad/h
das velocidades lineares de A e de B é: c. 25 km/h e 2,5 rad/h
a. 1,0 d. 6,4 · 103 km/h e 25 rad/h
b. 0,8 e. 3,6 · 103 km/h e 0,25 rad/h
c. 0,5
d. 0,4 Note e adote
163
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-60
Função horária
222
Exercícios de Aplicação
01. e. θ = θ0 + ω· t
Um ponto material descreve um MCU de raio R = 10 cm θ = π + π ·t
Física
+
C R 0
Resolução
a. P1
+
C R 0 P2
LIVRO DO PROFESSOR
2π − π
b. ωm = =∆ θ 2
∆t 3
ω m = π rad/ s
2
c. Para um MCU
ω = ωm = π rad/s
2
d. ω = 2π·f
π = 2π·f
2
f = 1 Hz
4
EMI-15-60
7
Um ponto material descreve um MCU e no instante t0 = 0 s Considere o looping mostrado na figura, constituído por um
trilho inclinado seguido de um círculo. Quando uma pequena
encontra-se na posição angular θ = π rad. Sabendo que sua
222
esfera é abandonada no trecho inclinado do trilho, a partir de
4 determinada altura, percorre toda a trajetória curva do trilho,
velocidade angular é ω = π rad/ s, encontre: sempre em contato com ele e com velocidade constante.
a. a função horária angular desse MCU;
b. a posição angular (fase) no instante t = 10 s.
Resolução
a. θ = θ0 + ω· t
Física
θ = π + π· t
4 Sendo v a velocidade instantânea e a a aceleração da es-
π fera, o esquema que melhor representa esses dois vetores no
b. θ = + π· t ponto mais alto da trajetória no interior do círculo é:
4
π
θ = + π·10 a. v c. v
4
41π a
v a
Resolução
a. Correta. A velocidade é tangencial, no sentido do movi-
mento, e a aceleração resultante é centrípeta.
b. Incorreta. O movimento é circular e uniforme, portan-
to não possui aceleração tangencial, e a velocidade é
tangente à trajetória.
c. Incorreta. O sentido do movimento é anti-horário, as-
sim, a velocidade é para a esquerda.
d. Incorreta. A esfera não está subindo
Alternativa correta: A
165
Habilidade
Calcular e prever a aceleração, o deslocamento e a velo-
cidade de objetos descrevendo movimento circular uniforme.
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-60
Toda vez que o vetor velocidade sofre alguma variação, Se uma partícula descreve uma trajetória circular de raio
significa que existe uma aceleração atuando. Existem a ace- 1 m, realizando 2 voltas, em cada 8 s, então a aceleração cen-
leração tangencial ou linear e a aceleração centrípeta. trípeta dela é, aproximadamente, igual a:
Assinale a alternativa correta que caracteriza cada uma Considere π2 = 10.
dessas duas acelerações. a. 0,5 m/s2
a. Aceleração tangencial é consequência da variação no b. 1,2 m/s2
módulo do vetor velocidade; aceleração centrípeta é con- c. 1,8 m/s2
Física
Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, veremos novamente o conceito de aceleração centrípeta, estudado no módulo 15, mostrando, neste momen-
to, sua relação com a velocidade angular, situação que ainda não foi tratada. Além desse conceito, deve-se explicar para o aluno
como trabalhar com a função horária angular, possibilitando-lhe conhecer as características dessa função e como aplica-lá.
Na web
Demonstração da equação da aceleração centrípeta.
166
Acesse: <http://educar.sc.usp.br/fisica/circteo.html>.
Experimento
Este link mostra um experimento simples no qual é possível explorar o conceito de aceleração centrípeta.
Acesse: <http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/mec16.htm>.
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-60
7
Da teoria, leia os tópicos 6 e 7. c. A poderia acompanhar B se a velocidade angular de A
222
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento fosse maior do que a de B, em módulo.
d. Se as massas dos corredores são iguais, a força cen-
trípeta sobre B é maior do que a força centrípeta sobre
06. A, em módulo.
Um ponto material descreve um MCU de raio R = 20 cm e. Se A e B estivessem correndo na mesma raia, as for-
cuja trajetória está representada a seguir, de maneira que no ças centrípetas teriam módulos iguais, independente-
instante t0 = 0 s sua posição angular é θ = π rad e no instante mente das massas.
Física
t1 = 10 s sua posição angular é 5π rad.
Considere π2 = 10. 10.
a. Represente na trajetória essas duas posições. Um ponto material descreve um MCU com frequência de
b. Encontre a função horária angular que descreve o mo- 20 Hz partindo da origem dos espaços. Encontre:
vimento. a. a equação angular desse MCU;
c. Calcule sua aceleração centrípeta. b. o instante em que o corpo retorna à origem pela pri-
meira vez.
167
da aceleração centrípeta dos pontos na periferia. Sobre o movimento circular uniforme, assinale o que for
Adote π2 = 10. incorreto.
a. Período é o intervalo de tempo que um móvel gasta
09. UFSM-RS para efetuar uma volta completa.
A figura representa dois atletas numa corrida, percorren- b. A frequência de rotação é dada pelo número de voltas
do uma curva circular, cada um em uma raia. Eles desenvol- que um móvel efetua por unidade de tempo.
vem velocidades lineares com módulos iguais e constantes, c. A distância que um móvel em movimento circular uni-
num referencial fixo no solo. Atendendo à informação dada, forme percorre ao efetuar uma volta completa é direta-
assinale a resposta correta. mente proporcional ao raio de sua trajetória.
d. Quando um móvel efetua um movimento circular uni-
forme, sobre ele atua uma força centrípeta, a qual é LIVRO DO PROFESSOR
responsável pela mudança na direção da velocidade
do móvel.
B e. O módulo da aceleração centrípeta é diretamente pro-
A
porcional ao raio de sua trajetória.
14. UFPA
Dois corpos, A e B, descrevem movimentos circulares
uniformes de raios RA e RB. Se RA = 12 ·RB, a razão entre as
velocidades lineares (vA/vB), para que os corpos A e B tenham
a mesma aceleração centrípeta, é igual a:
a. 12
b. 6 2
a. Em módulo, a aceleração centrípeta de A é maior do c. 4 3
que a aceleração centrípeta de B. d. 6
EMI-15-60
Ao observarmos um relógio convencional, vemos que pou- Um DJ, ao preparar seu equipamento, esquece uma caixa
co tempo depois das 6,50 h o ponteiro dos minutos se encontra de fósforos sobre o disco de vinil, em um toca-discos desliga-
222
exatamente sobre o ponteiro das horas. O intervalo de tempo do. A caixa encontra-se a 10 cm do centro do disco. Quando o
mínimo necessário para que ocorra um novo encontro é: toca-discos é ligado, no instante t = 0, ele passa a girar com
a. 1,00 h aceleração angular constante α = 1,1 rad/s2, até que o disco
b. 1,05 h atinja a frequência final f = 33 rpm, que permanece constante.
c. 1,055 h O coeficiente de atrito estático entre a caixa de fósforos e o
disco é µe = 0,09. Determine:
d. 12 h a. a velocidade angular final do disco, ωf em rad/s;
11
Física
Note e adote
Aceleração da gravidade local g = 10 m/s2; π = 3.
168
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-60