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ENGENHARIA
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº REVISÃO: Nº PÁG
ENG - IN.134 04 1 / 13
HISTÓRICO DE REVISÕES
1. OBJETIVO
Essa instrução estabelece e normatiza os critérios a serem adotados pela Tabocas, na construção de
cavaletes para proteção de travessias durante o lançamento de cabos em Linhas de Transmissão.
2. APLICAÇÃO
Implantação/Construção de Linhas de Transmissão e Subestação.
• Estacas – Nome dado nas cantoneiras cravadas ao solo, para a ancoragem das cordas de fixação de
dos cavaletes de proteção nas travessias;
• Morto – Nome dado ao processo de fixação da corda ou cabo de aço ao solo, utilizado para
ancoragem, o qual consiste basicamente num buraco feito no solo com profundidade aproximada
de 80 cm onde se coloca no fundo uma estaca de madeira de diâmetro e comprimento aproximados
de 20 cm e 1,5 m, envolvido por um estropo. As escavações dos mortos serão feitas manualmente
com utilização de enxadão, picareta, alavanca, cavadeira e pá. Eventualmente poderá ser utilizada
uma retroescavadeira.
4. AUTORIDADES E RESPONSABILIDADES
4.1 Engenheiro Residente
o Liberar recursos necessários a execução da atividade, analisar criticamente o procedimento de
execução da atividade e todas as extensões, antes do início da mesma;
o Caso o site não contenha colaborador do Setor da Qualidade, o Setor Técnico é responsável pela
atividade citada neste.
5. PROCEDIMENTO
5.1 Generalidades.
Quando o lançamento de cabos para-raios e cabos condutores forem realizados sobre estradas vicinais ou
secundárias, rodovias estaduais ou federais, ferrovias, vias navegáveis, redes elétricas ou telefônicas, ou
outros obstáculos, serão construídos cavaletes para travessias, visando evitar danos aos cabos e proteger o
trânsito de veículos e pedestres durante o lançamento de cabos, bem como, prevenir acidentes durante os
trabalhos, principalmente nas travessias sobre redes elétricas energizadas.
Para as situações de construção de cavaletes para travessias em redes elétricas energizadas só poderá ser
executado com os bloqueios do religador automático das LD´s ou LT´s.
A localização das travessias e dos cavaletes está indicada nos Planos de Lançamento de Cabos Para-raios e
Condutores.
Quando houver dúvidas sobre a exata localização do cavalete, a topografia deverá ser solicitada para
executar a locação.
Normalmente os cavaletes serão atirantados, pois não só devem resistir a eventuais quedas dos cabos
condutores como a possível arrasto dos mesmos, especialmente se passarem por eles emendas do cabo.
Em alguns casos, dependendo da altura, poderão ser utilizados andaimes metálicos (andaimes tubulares)
amarrados, quando necessário, em postes de eucalipto.
As toras de madeira devem ser carregadas e descarregadas com o auxílio de guindaste ou munck e
transportadas através de carreta ou caminhão apropriados, utilizando “fueiros” metálicos presos à
carroceria por pinos ou parafusos de aço, para escorar adequadamente a carga. As toras devem ser
amarradas com cabos de aço compatíveis ao peso da carga, presos em ganchos de aço soldados na carroceria
e esticados por catracas, visando acondicionar a carga de modo adequado e seguro, prevenindo-se assim,
acidentes tanto no carregamento, como no transporte e descarregamento das toras de madeira.
Após o termino do travamento será colocado cordas em foram de X e fechando as laterais, de modo a evitar
que o cabo desça além das cordas.
O andaime deve ser estaiado em quatro pontos, com ângulo de aproximadamente 45°.
Todos os andaimes deverão ter barras de travamento transversais para dar equilíbrio ao andaime.
Todos os trabalhadores devem utilizar cinto de segurança, tipo paraquedista. Os andaimes devem estar
apoiados sobre sapatas. Quando houver desnível no piso, usar bases ajustáveis e ou pranchas de madeira.
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Sob as sapatas dos andaimes, devem ser dispostos pranchões de madeira ou similar, com espessura mínima
de 40 mm (quarenta milímetros), de modo que as sapatas fiquem totalmente apoiadas sobre estes
pranchões.
Os painéis dos andaimes devem ter seus encaixes travados com parafusos, braçadeiras, contra pinos ou
sistema similar.
O andaime deve ser estaiado, no máximo a cada 4 m (quatro metros), de forma a garantir sua total
estabilidade. Para tanto, utilizar cabos de aço e cordas dispostos de forma correta, e ancorados em “mortos”
ou em piquetes de aço cravados no solo.
A altura do andaime deve ultrapassar a altura do obstáculo a ser transposto em, no mínimo, 3 m (três metros)
e dispor de proteção para evitar danos ao cabo condutor, instalada em sua parte superior.
Os andaimes a ser montados próximos a redes elétricas energizadas devem ter sua estrutura aterrada
através de cabos, conectores e hastes cravadas no solo.
Não é permitido o uso de trenas metálicas para realizar medições próximas a redes elétricas energizadas.
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Notas:
• Caso seja colocado um único cavalete para proteção de rede telefônica, a distância entre a rede e o
cavalete depende da altura que for estabelecida para o cavalete, entretanto, a distância deve ser a
mínima possível.
• Para proteção de redes elétricas/ telefônicas, altura é estabelecida do topo da travessa até os cabos das
redes.
• No caso de rodovias, ferrovias e estradas vicinais/ secundárias, a altura dos cavaletes deverá ser
estabelecida do eixo das mesmas até a parte inferior da travessa.
• Nas rodovias, ferrovias e estradas vicinais/ secundárias os cavaletes devem ser afastados no mínimo a
largura total do acostamento.
• Nas estradas vicinais/ secundárias os cavaletes poderão ser instalados por fase, com largura de 5m
(mín).
• Nas travessias sobre redes telefônicas, redes elétricas, rodovias estaduais ou federais,
ferrovias, serão executados cavaletes com largura total.
• Nas travessias sobre estradas vicinais ou secundárias poderão ser executados cavaletes por
fases, com largura mínima de 5,0m.
• A altura dos cavaletes será em função do perfil do terreno e da altura da proteção necessária.
• A fixação da viga (trave) poderá ser feita por meio de parafusos ou amarrações com cabo de
aço ou uma combinação dos dois, porém de modo que, não entrem em contato com o cabo
a ser lançado.
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TORRE TORRE
5m
15 m
EIXO LT
15 m
REDE ELÉTRICA MAIOR
CAVALETE CAVALETE
OU IGUAL 230 KV
Nota: Para redes elétricas menores que 275 kV a distância entre a rede elétrica e o cavalete poderá ser de
3m.
TORRE TORRE
50 cm
15 m
EIXO LT
SENTIDO DO LANÇAMENTO
15 m
REDE
TELEFÔNICA
CAVALETE
Nota: caso se julgue necessário poderão ser colocados cavaletes dos dois lados da linha telefônica.
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TORRE TORRE
5m
ESTRADA
EIXO LT
5m
5m
CAVALETES
b
a
TORRE
TORRE
EIXO LT
b
CAVALETES
i) Sinalização de Cavaletes
• A sinalização dos cavaletes será feita com fita zebrada ou pintura nas mesmas
características (altura aproximada de 1,80m). Todos os cavaletes deverão ser sinalizados,
com material refletivo.
m) Ferramentas e Materiais
• Caminhão munck;
• Cinta de poliéster;
• Estropo de aço;
• Corda auxiliar (guia);
• Corda para malha de proteção (trançada entre as cruzetas);
• Roldana com gancho fechado (manilha);
• Fita zebrada;
• Esporas;
• Trator.
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Notas:
1. Em nenhuma hipótese será permitido o uso de madeira nativa para a execução de cavaletes.
2. Quando da retirada dos cavaletes os buracos deverão ser tampados com o mesmo solo e restituídas
(dentro do possível) as mesmas características do local antes da instalação dos cavaletes.
5.8 Tolerâncias
As tolerâncias admissíveis são as constantes em projeto.
6. DOCUMENTOS APLICÁVEIS
o ABNT NBR 5426 - Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção por Atributos
o ABNT NBR 5422 - Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica
o NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
o SGQ - IN.003 – Oportunidades de Melhoria, Ação Corretiva e Preventiva
7. ANEXOS
Não aplicável
8. CONTROLE DE REGISTRO
• Form.ENG-006 - Inspeção por Atributos Almoxarifado/Pátio de Materiais
• Form.ENG-015 - Inspeção por Atributos Obra
• Form.ENG-130 - Registro de Instalação de Cavaletes de Proteção
9. RISCOS ASSOCIADOS
RISCOS AÇÕES