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Instrução de Manutenção: IM-SE-00420


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ESPECIFICAÇÃO, ENSAIOS E
VERIFICAÇÃO DE ATERRAMENTO
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DE SUBESTAÇÕES

CONTROLE DE REVISÃO
Revisão Data Item Descrição das alterações
a 30/06/2011 -- Emissão inicial cancela e substitui IM-OM-SE-00420

Distribuição de Cópias: Este documento, uma vez impresso, será considerado cópia não controlada.

Elaborado por: Visto Editado por: Visto Verificado por: Visto


Fernando Antônio M.
GT Transformação e Manobra Elio Vicente Silva
Bueno

SESMT Visto Recomendado por: Visto Aprovado por: Visto


João José Magalhães Soares Paulo Gonçalves Vanelli Marcelo José de A. Hugo
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1. OBJETIVO

Este procedimento tem como objetivo determinar a especificação, os ensaios de


recebimento e a verificação dos conjuntos de aterramento temporário utilizados em
subestação, com tensões a partir de 13,8 kV.

2. APLICAÇÃO
Este procedimento aplica-se a todas as Gerências do Serviço de Distribuição, na utilização
de cabos de aterramento em equipamentos de subestação.

3. REFERÊNCIAS
• IEEE Guide for Safety in Substation Grounding, IEEE Standard 80, 1986
• ASTM F 855 –96 – Temporary Protective Grounds to Be Used on De-energized Electric
Power Lines and Equipment.
• GCOI – Grupo Coordenador para Operação Interligada: Recomendação de Aterramento
para Manutenção – SCM-012, 1975
• NR 10 – Instalações e Serviços em Eletricidade, CLT, Ministério do Trabalho.
• Ritz do Brasil S.A. – Manual Técnico de Aterramento e Curto-circuito Temporário,
ref.:MT-018P-00-ATR
• CEMIG Especificação Técnica: 02.118 CEMIG 0518
• CEMIG Especificação Técnica: 02.118 CEMIG 0293
• Norma 01000-DGT-1A – Liberação de Equipamentos do Sistema
• IT-SESMT-4.5.1-001a – Critérios para ensaios elétricos em EPI, EPC e ferramentas
isoladas
As demais normas e procedimentos não listados acima e necessários para a execução da
tarefa deverão ser pesquisados e utilizados.

4. FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
• Aterramento temporário, bastão de manobra.

Os demais materiais, ferramentas, EPI’s e EPC’s não listados acima e necessários para a
execução da tarefa deverão ser relacionados e utilizados de acordo com a análise de risco
no local.

5. RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES
Cabe aos coordenadores, supervisores e técnicos dos processos exigir a prática deste
procedimento, bem como garantir o treinamento do teor deste aos empregados envolvidos
no serviço de campo.
Cabe aos líderes, encarregados de equipes e executores orientar, aplicar e cumprir os
critérios deste procedimento.
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ATIVIDADES RESPONSÁVEIS
Implementar e divulgar a IM RT / Supervisor
Verificar a aplicação dos procedimentos descritos
RT / Supervisor
neste documento
Cumprir a IM Empregados envolvidos
Sugestões para revisão da IM Empregados envolvidos
Revisão e atualização da IM CD/CS

6. IDENTIFICAÇÃO E MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS E IMPACTOS


A identificação de perigos, a avaliação de riscos, definição dos controles de segurança e saúde,
bem como os aspectos e impactos relativos ao meio ambiente, nos processos e suas
respectivas atividades dos núcleos com ou em processo de certificação deverão ser verificados
em consonância com os documentos IT-SESMT-4.3.1-001 e PG-03, respectivamente. Para as
demais áreas deverão ser utilizadas as instruções dos documentos IT-SESMT-4.3.1-001 e DPR-
45/2000.

7. DISPOSIÇÕES GERAIS

7.1 Os conjuntos de aterramentos temporários são EPC (Equipamentos de Proteção Coletiva)


compostos de cabos e grampos adequadamente dimensionados para suportar a máxima
corrente de curto do ponto operativo onde serão aplicados.
7.2 Devem ser utilizados em circuitos elétricos e equipamentos desligados e são destinados a
proteger o pessoal durante serviços de manutenção contra energizações acidentais
decorrentes de:
♦ Manobras incorretas
♦ Descargas atmosféricas
♦ Tensões estáticas
♦ Tensões induzidas
7.3 Os conjuntos podem ser calculados em função de dois fatores:
♦ Capacidade de condução de corrente para os cabos;
♦ Queda de tensão admissível para efeito de condição segura das equipes no local de
trabalho.

7.4 A especificação dos conjuntos tem de ser refeita quando se muda o arranjo e o nível de
curto-circuito da subestação.
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8. AÇÕES E MÉTODOS

8.1 O comprimento e a bitola do cabo são fatores fundamentais na suportabilidade do


conjunto de aterramento, portanto nunca deve se usar um cabo de bitola menor que a
especificada e de comprimento maior do que o especificado. A conseqüência será a
ruptura do cabo antes da eliminação da falta pela proteção ou o surgimento de valores
de tensão terminal maior do que a especificada, provocando circulação de correntes de
fibrilação, podendo ter conseqüências fatais para o trabalhador.

8.2 Os conjuntos submetidos a curtos-circuitos nunca devem ser reaproveitados, devendo


ser descartados, pois certamente não cumprirão mais a função conforme especificado.

8.3 ATUALIZAÇÃO DOS NÍVEIS DE CURTO-CIRCUITO

8.3.1 Os cálculos dos conjuntos precisam ser atualizadas nos seguintes casos:
♦ Mudança dos níveis de curto nas barras
♦ Modificação da altura dos arranjos, decorrentes de ampliações
♦ Introdução de novos arranjos com novos níveis de tensão
♦ Alteração de bitolas de cabos e barramentos

8.4 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS CONJUNTOS DE ATERRAMENTO

8.4.1 Os conjuntos de aterramento devem possuir as seguintes características:


♦ Capacidade para conduzir a máxima corrente de curto pelo tempo necessário à
atuação do sistema de proteção, garantindo a segurança da equipe de manutenção,
no caso de energização inadvertida da linha ou equipamento, além de conduzir
correntes induzidas de estado permanente.
♦ Capacidade para suportar três energizações consecutivas.
♦ Os cabos, grampos e conectores deverão suportar os esforços mecânicos criados
pelas correntes de curto, sem se desprenderem nas conexões, nem se romperem.
♦ Deve ser adequado e funcional ao serviço de manutenção.
♦ Manter, por ocasião da corrente de curto-circuito, uma queda de tensão através do
conjunto de aterramento, não prejudicial à pessoa em paralelo com o mesmo.
♦ Capacidade para suportar os surtos devido a descargas atmosféricas.

8.5 ESPECIFICAÇÃO DO CONJUNTO DE ATERRAMENTO


8.5.1 Cada conjunto de aterramento é composto de 3 cabos de aterramento de cobre
extraflexível com cobertura isolante, transparente, para 600V, com 2 grampos em
cada cabo, sendo um grampo para ligação a terra e um grampo para ligação ao
terminal fase conforme especificado nos itens abaixo.
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8.5.2 Não serão aceitas em nenhuma hipótese, conexões soldadas (estanhadas) entre os
cabos e os grampos.
8.5.3 As características básicas para a composição dos conjuntos são:
♦ Bitola do cabo: 35, 50 ou 70 mm²
♦ Comprimento: 6, 9 ou 12 metros.
♦ Capa de PVC: Transparente.
♦ Tipo de grampo para ligação a fase: Conector multiangular ou conector para tubo
♦ Tipo de grampo para ligação à terra: Conector tipo torno

8.6 ENSAIOS DE RECEBIMENTO


8.6.1 Os conjuntos devem atender às especificações mínimas dos ensaios de recebimento
(e quando solicitado, dos ensaios de tipo) para efeito de compra ou aquisição
relacionada abaixo.

8.6.2 Os ensaios de recebimento e inspeção deverão ser feitos conforme especificação ET


02.118 CEMIG 0481, ET 02.118 CEMIG 293 i e norma CEI IEC 81230. Constam
basicamente de:
♦ Verificação dimensional
♦ Verificação da massa dos grampos
♦ Ensaios de torque no parafuso do conector e parafusos em geral
♦ Inspeção visual quanto ao acabamento e características construtivas
♦ Ensaio de resistência ôhmica referenciando-se nos valores determinados na tabela 01,
conforme o comprimento do cabo.

Bitola Seção Nominal Resistência Nominal Valor de Aceitação


(AWG) (mm²) (µΩ / mt) (max. e mín. / mt)
2 35 521 495 a 547
1/0 50 329 312 a 345
2/0 70 260 247 a 273
3/0 90 206 205 a 216
TABELA Nº 01

♦ Teste de tração no cabo de aterramento e seus conectores, aplicando-se os valores


de carga estabelecidos pela norma CEI IEC 81230, quais sejam:
o Cabo de bitola 35 mm² deve ser tracionado com 350kgf

o Cabo de bitola 50 mm² deve ser tracionado com 500kgf

o Cabo de bitola 70 mm² deve ser tracionado com 580kgf

o Cabo de bitola 90 mm² deve ser tracionado com 780kgf


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8.7 CRITÉRIOS DE AMOSTRAGEM E ACEITAÇÃO


A amostragem, para cada tipo de conjunto, deverá ser feita da seguinte maneira:

A) Primeiro lote (3 conjuntos completos)

• Se não ocorrer nenhuma falha – aprovado


• Se ocorrer mais de uma falha – reprovado
• Se ocorrer apenas uma falha – escolhe-se um segundo lote

B) Segundo lote (3 conjuntos completos)

• Se não ocorrer nenhuma falha – aprovado


• Se ocorrer uma ou mais falhas – reprovado

Nota: A critério da CEMIG, os conjuntos de aterramento poderão ser aceitos sem os


ensaios de tipo, desde que o fornecedor apresente os relatórios dos ensaios realizados,
para aprovação pela CEMIG.

8.8 CARACTERÍSTICAS DO CONJUNTO DE ATERRAMENTO PARA REQUISIÇÃO OU


COMPRA

8.8.1 CABOS DE COBRE

8.8.1.1 Os conjuntos devem utilizar cabos de cobre extraflexível, com capa protetora com
isolação de 600V, em PVC ou outro material resistente às ações do tempo
( intempéries, raios ultra-violetas ) e quando solicitado no edital de licitação para
compra, os cabos deverão ser fornecidos com capa transparente e tarja colorida ao
longo da capa protetora, com o objetivo de diferenciar conjuntos para aplicações em
subestações no que se refere ao nível de curto-circuito, comprimento do cabo e nível
de tensão dos pontos a serem aterrados.

8.8.1.2 Quanto à determinação da bitola dos cabos condutores para o conjunto de aterramento,
devem-se levar em consideração dois fatores principais:

8.8.1.2.1 O primeiro fator a considerar refere-se à sua capacidade de condução de corrente. Isto
pode ser feito através da análise dos valores de curto-circuito em cabos isolados,
mostrados na tabela 02.
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Corrente Simétrica aplicada


SEÇÃO RESISTENCIA [Àmperes ]
DIAMETRO SEÇÃO
ELETRICA
BITOLA NOMINA DO NOMINAL ( para falta de 30 ciclos )
[A W G , L CONDUTO [ OHMS / km [m m2 ]
CM ] R (EQUIVALE
[ m m2 ] a 20 º C ] Cabo
NTE) Cabo de Cabo de
[mm] de
9m 12m
6m
2 33,630 7,42 0,5211 35 15990 10660 7990

1/0 53,460 9,46 0,3288 50 25340 16890 12670


2/0 67,440 10,64 0,2605 70 31980 21320 15990
3/0 85,020 11,94 0,2065 90 40350 26900 20170

TABELA Nº 02

Nota: Os valores de corrente da tabela 02 são cerca de 70% dos valores de corrente
necessários para fundir um cabo novo. Os ensaios de fábrica feitos em conjuntos de aterramento
mostraram que esses cabos irão geralmente suportar no mínimo três vezes consecutivas estas
correntes sem fundir.
Para exemplificar, se a corrente de curto-circuito em determinado sistema for de 20.000 ampéres
e se considerando o tempo de 30 ciclos para atuação do equipamento de proteção como
suficientemente seguro, tem-se, de acordo com a tabela 02, a indicação do cabo de bitola 1/0
AWG ou o equivalente de 50 mm2 .
Para assegurar a não fusão durante falha, deve ser escolhido um cabo capaz de suportar 140%
da corrente de curto-circuito.
Neste caso, ter-se-á uma corrente de 20000 x 1,4 = 28000 A, com a escolha recaindo sobre o
cabo 2/0 AWG (equivalente de 70 mm2).
8.8.1.2.2 O segundo fator a considerar diz respeito à resistência do jamper de aterramento e
conseqüente queda de tensão no local de trabalho. Considerando, para efeito deste
estudo, o valor de 500 ohms para a resistência oferecida pelo corpo humano, medida
da palma de uma das mãos à palma de outra mão ou do pé (excluídas as resistências
de contato) e a corrente de 100 mA como a máxima possível a ser suportada pelo
corpo humano durante 30 ciclos, sem que se produza alterações ou consequências
graves para o homem de manutenção, teremos como limite para queda de tensão no
local de trabalho o valor de 0,1 A x 500 Ω = 50 V. Assim, no exemplo considerado,
a máxima resistência admissível para o conjunto de aterramento seria de R = 50 V /
20.000 A = 0,0025 Ω.
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Pela Tabela 01, para um cabo 2/ 0 AWG:


♦ Ω/ km →
0,2605Ω 1000 m
♦ w → 6m ⇒ w = 8 x 0,2605 / 1000 = 0,001563ΩΩ < 0,0025 Ω
♦ y → 9m ⇒ y = 9 x 0,2605 / 1000 = 0,0023455Ω < 0,0025 Ω
♦ z → 12 m ⇒ z = 12 x 0,2605 / 1000 = 0,003128ΩΩ > 0,0025 Ω

Considerando que as conexões dos cabos de aterramento apresentam baixa resistência de


contato, podemos verificar pela tabela 2 e pelos cálculos do exemplo acima que um cabo de
aterramento de 2/0 AWG ( 70mm2 ) atenderia quanto ao limite de queda de tensão no local de
trabalho, e também quanto à capacidade de condução de corrente considerando-se um
comprimento necessário de 6 metros.

Já o cabos 2/0 AWG de 9 m atenderia ao critério de queda de tensão admissível de 50 V (R


=0,0023455Ω < 0,0025 Ω ) , mas não quanto ao limite mínimo de condução de corrente (ICC =
21320A < 28000A) .

O cabo 2/0 AWG de 12 m não atende a nenhum dos dois critérios pois :
R = 0,003126Ω > 0,0025 Ω , e ICC = 15990A < 28000A .

Desta forma, o cabo a ser escolhido para formar o conjunto de aterramento no exemplo citado
seria o de bitola 2 / 0 AWG e comprimento de 6 m.

8.8.1.2.3 EXEMPLO PRÁTICO


Especificar o cabo adequado para o conjunto de aterramento temporário da SE Poços de Caldas
cujo nível de curto-cicuito na barra PCSD é de 4951,8A.
• De acordo com os critérios de nível de curto-circuito da instalação e da resistência ôhmica de
aterramento, em função da queda de tensão segura no local de trabalho, temos :
♦ 4951,8A x 1,4 = 6932,5A, e pela Tabela 1 a escolha recai sobre o cabo 2AWG (ou seu equivalente
de 35 mm2) nos comprimentos de 6, 9 ou 12 metros.
♦ R = 50 V / 4951,8A = 0,010097 Ω.
♦ Para o cabo de 12m, tem-se: R = 12m x 0,5211 Ω / 1000m = 0,006253 Ω, que é
< 0,010097Ω.
♦ Ao se atender ao comprimento de 12m , as demais condições (6 e 9m) estão
automaticamente atendidas.

8.8.2 GRAMPOS
8.8.2.1 Os grampos para ligação a terra devem ser do tipo torno, liga de bronze silício,
capacidade de conexão de 3,2 a 32mm e tendo como referência a ET 02.118 CEMIG
0518. A terminação do cabo para conexão a este grampo deve ser prensada. Não há
necessidade de que seja rosqueada (Figura 01).
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8.8.2.2 Os grampos para ligação ao terminal fase (cabo ou barramento tubular) poderão ser de
02 tipos, a serem especificados no edital de compra conforme relacionados abaixo:
1. Grampo multiangular, em liga de alumínio, com parafuso olhal, com capacidade de
conexão de 6,5 a 73 mm e tendo como referência a ET 02.118 CEMIG 0522. A
terminação do cabo para conexão a este grampo deve ser prensada, e é indispensável
que seja rosqueada ao mesmo (Figura 01).
2. Grampo para conexão a barramento de alumínio, em liga de alumínio, com
capacidade de conexão de 10 a 188 mm de diâmetro, tendo como referência a ET
02.118 CEMIG 0517. A terminação do cabo para conexão a este grampo deve ser
prensada, e é indispensável que seja rosqueada ao mesmo (Figura 01).
8.8.2.3 Os desenhos e soluções adotadas para os grampos deverão ser aprovados previamente
pela CEMIG.

8.9 MANUTENÇÃO DO EQUIPAMENTO DE ATERRAMENTO

8.9.1 Todo o equipamento necessário para o aterramento de uma linha ou equipamento


deverá ser periodicamente inspecionado, como descrito abaixo:
Os conjuntos de aterramento devem ser inspecionados no início de cada serviço, antes da
sua colocação, no que se refere ao aperto das conexões e ao estado do cabo de cobre, se
não há oxidação nos terminais prensados e rompimentos de fios dos condutores, nas
terminações da capa de PVC e ao longo dos mesmos. Essas inspeções não requerem
registros.

8.9.2 Anualmente deverá ser feita e registrada conforme formulário do anexo 1.


8.9.3 Não existe necessidade de submeter o conjunto de aterramento a testes de
resistência ôhmica e nem de tração anualmente, pois são ensaios que devem ser
realizados somente no momento de recebimento do conjunto, observando as
diretrizes da norma CEI IEC 61230 e da IT-SESMT-4.5.1.001a.
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9. ANEXOS

9.1 ANEXO 1 – Modelo de formulário para evidenciar as verificações anuais nos cabos de
aterramento temporário das subestações.

(O formulário é orientativo, podendo ser alterado desde que mantidos, no mínimo, os


itens de verificação descritos abaixo. O arquivamento deve ser feito conforme LR).

Atestado de Verificação de Cabo de Aterramento

Identificação do Cabo de Aterramento:


A - Itens Avaliados Sim Não
1. Há fios partidos ou danos físicos no cabo, principalmente próximo
aos conectores?

2. As mandíbulas serrilhadas estão limpas e sem danos?


3. A mangueira protetora está limpa e com visibilidade suficiente para
inspecionar o cabo de cobre flexível em seu interior?
4. Os parafusos de todas as conexões estão bem apertados?
5. Há sinais de arco elétrico ou informações de que esse cabo foi
submetido a curtos-circuitos?
B – Providências Para Sanar as Irregularidades Encontradas no campo A

C – Observações

Cabo: Aprovado Reprovado


Resultado • Aprovado: aquele que atende plenamente aos requisitos especificados e é liberado
Final para uso;
• Reprovado: aquele que não atende aos requisitos especificados e não está liberado
para uso.
Executado por: NP:
Assinatura: Data:

Ref.: IM-SE-00420a – Especificação, ensaios e verificação de aterramento temporário de equipamentos de SE

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