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Há muito tempo, o conceito de trabalho vem ganhando diferentes e diversos significados.

É
após a Revolução Industrial, durante os séculos XVIII e XIX, que ele passa por mudanças
mais drásticas, já que as alterações no mundo do trabalho começam a se tornar cada vez
mais rápidas e de forma radical. Por isso, a Psicologia, sendo mais específica, a Psicologia
Organizacional e do Trabalho, passa a evoluir em consenso com o movimento, além de se
tornar de certa importância ao praticamente tomar controle das demandas que nascem com
o contexto em que está inserida.

A Revolução Industrial teve seu início na Inglaterra com a evolução tecnológica e,


inicialmente, com a criação da máquina à vapor, algo que abriu as portas para as
possibilidades de se ter produções de larga escala de produtos, os quais eram demanda na
época (tecidos, utensílios e ferramentas). Então, as indústrias, que inicialmente eram
apenas grupos de artesões com o objetivo de uma produção coletiva, começam a
lentamente introduzir a produção automatizada, isso acontece no começo, com os teares
movidos à vapor, que substituem o trabalho de vários artesãos. A Revolução Industrial faz
com que uma nova situação se inicie no mundo, algo que muitos conhecem atualmente
como capitalismo, já que aqueles que possuíam o capital (dinheiro) conseguiam comprar as
máquinas e a "força de trabalho" que precisavam para a produção, assim, eles lucravam
com o quê ganhavam da venda produzida.

Por conta da Revolução, que marca a "mudança de uma era", aos poucos o trabalho
cotidiano, a mentalidade das pessoas, a cultura, relações sociais e várias outras partes da
vida do ser humano, são afetadas e transformadas. Essa transformação carrega
consequências importantes para a psicologia, como: a noção de emprego e o trabalho
assalariado, ou seja, o trabalhador passa a receber um salário pelo trabalho dele, o quê
transforma o homem em trabalhador, livre para vender a força de trabalho dele; foram
desenvolvidas novas relações trabalhistas entre patrão e empregado, então, mesmo que o
capital estava consolidando o ganho, era uma liberdade limitada; além do mais, o trabalho
também sofreu mudanças drásticas, porque as fábricas eram construídas pensando nas
máquinas e não nos homens, os trabalhadores têm as atividades estabelecidas e
controladas em função das máquinas, criando uma divisão entre a concepção e a
realização do trabalho, algo que acarreta um processo de alienação do trabalhador.

Com a evolução da industrialização, a automatização e a racionalização do trabalho, várias


técnicas e teorias começaram a surgir para tentar atender às demandas dessa era.
Atualmente, a Psicologia possui um forte suporte teórico que a permite questionar os
modelos de gestão e produção que foram criados através dos anos, entretanto, a formação
da Psicologia, no Brasil, beneficia mais o aprofundamento teórico e prático para a atuação
na área clínica, do quê para as outras áreas, como a Psicologia Organizacional e do
Trabalho. E segundo as pesquisas divulgadas CFP, o campo de Psicologia Organizacional e
do Trabalho, como área de trabalho e pesquisa, é o segundo que mais absorve os
profissionais de Psicologia no Brasil. Essa irregularidade entre formação, pesquisa e
atuação cria um baixo nível de desempenho por falta de conhecimento teórico ou prático e,
em consequência, de realização profissional.

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