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Resumo

Introdução: O transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio


neuropsicomotor, caracterizado por alterações no desenvolvimento social, assim como
na comunicação e comportamento. Ainda não se sabe o fator etiológico do TEA,
existem indicações que fatores genéticos e ambientais estejam envolvidos na etiologia.
No Brasil existem poucos estudos que abrangem sua prevalência, porém estudos
apontam um aumento da prevalência nos últimos anos. Na Atenção Primária é possível
trabalhar na perspectiva da promoção da saúde e redução dos agravos, acompanhando o
crescimento e o desenvolvimento infantil durante as ações de puericultura, tendo a
detecção precoce de TEA e permitindo ações imediatas. Objetivos: O objetivo geral
será quantificar os casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em usuários de uma
equipe de saúde da Família de Fortaleza-CE; e os específicos: informar as
características dos usurários com diagnóstico de TEA atendidos na Equipe Amarela da
UAPS Guiomar Arruda; apontar os cuidadores dos usuários com diagnóstico de TEA;
especificar a especialidade médica que realizou o diagnóstico nos usuários com TEA;
estimar quantitativamente a prevalência do TEA de acordo com a idade, sexo, cor e
microárea da equipe de saúde; identificar quais usuários com TEA estão em
acompanhamento com Equipe Multidisciplinar. Método: Foi realizada uma pesquisa do
tipo descritiva, documental, transversal, com abordagem quantitativa, em uma Unidade
de Atenção Primária de Saúde (UAPS) Guiomar Arruda, na cidade de Fortaleza, Ceará,
Brasil. Foram identificados 23 usuários que atenderam o critério de inclusão para a
amostra. Os dados foram coletados através do prontuário eletrônico, os quais foram
transcritos para o farmato Excell e os resultados armazenados e processados no
Statistical Package for the Social Sciences 20.0. Procedeu a análise de forma descritiva
por meio dos cálculos para frequência absoluta e relativa, os resultados foram
organizados e apresentados em tabelas e quadros. O estudo respeitou as políticas que
envolvem pesquisas em seres humanos. Resultados: Dentre os 23 usuários, 17 eram do
sexo masculino, com idade entre 1 à 40 anos, sendo mais prevalente entre 18 meses à 5
anos (47,8%). A cor Parda (82,6%) foi prevalente, seguida da cor Branca (4,4%). Entre
os cuidadores a mãe teve maior prevalência (82,6%), e a especialidade com maior
identificação diagnóstica foi a de neurologia (56,5%). Quanto ao sexo, idade, cor e
microárea, a prevalência foi maior no sexo masculino (73,1%), entre 18 meses à 5 anos
de idade (47,8%), cor Parda (82,6%). Os casos de TEA corresponderam à 1% na
população total, onde a maioria estava presente na microárea 4 (30,3%). Apenas 30,4%
dos usuários fazem acompanhamento multiprofissional. Conclusão: Concluímos que
ainda há escassez de estudos sobre prevalência de TEA no Brasil que possamos abordar
de forma comparativa, porém podemos identificar, comparando com estudos anteriores,
que a prevalência de TEA vem aumentando. Portanto, faz-se necessária a elaboração de
novos estudos referente aos motivos para que isso possa estar ocorrendo, e ainda que
seja realizado mais estudos epidemiológicos, para que se possa elaborar mais fluxos de
atendimentos e acompanhamento para esses usuários.

Descritores: Transtorno do Espectro Autista; Prevalência; Equipe de saúde; Unidade de


Saúde.
AGRADECIMENTOS

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