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ARTE

ENSINO MÉDIO

DANÇAS RITUAIS
DANÇAS RITUAIS
DE QUE POVOS SÃO AS DANÇAS E RITUAIS?
DANÇAS RITUAIS
DANÇAS RITUAIS

DEVOÇÃO, FESTA, ARTE E CURA

A dança, tal como todas as manifestações artísticas, é fruto da


necessidade de expressão do homem, de maneira que seu
aparecimento se liga tanto às necessidades mais concretas dos homens
quanto àquelas mais subjetivas.
Assim, se a arquitetura nasce da necessidade da construção de
moradias adequadas e seguras, a dança, provavelmente, veio da
necessidade de exprimir a alegria ou de aplacar fúria dos deuses.
Podemos classificar a dança em três formas distintas: a étnica, a
folclórica e a teatral. Acredita-se que as danças folclóricas são fruto da
migração das danças religiosas de dentro dos templos para as praças
públicas.
Com esta migração, estes ritos que antes eram permitidos só aos
iniciados, passaram a fazer parte do universo simbólico de uma
população cada vez maior. Desta maneira, estas manifestações
religiosas passaram a tomar um caráter de manifestações populares
criando, então, um importante progresso na história da dança.
DANÇAS RITUAIS

Com esta mudança de caráter e com o passar do tempo, a ligação


entre estas manifestações e os deuses foi se diluindo, e as
danças, primeiramente, religiosas hoje aparecem como
folclóricas.
DANÇAS RITUAIS

Dançar na roda nos permite


experimentar um “senso de unidade”.
Dançar em círculo é uma das mais
antigas e simples modalidades de
comunhão grupal.

O círculo é associado aos tempos cíclicos das festas sagradas que


reverte o tempo cronológico, linear, permitindo-nos voltar às
origens, a um estado de alegria e inocência, em conexão com o
aspecto lúdico e criativo da nossa natureza.

Dentro da roda, as orações ressoam até que Deus as escute. Só


quem está na roda sabe o que está acontecendo

As danças rituais agradecem, reverenciam os deuses, pedem


proteção nas caçadas, lutas, colheita, saúde, paz, energias
espirituais, lamento, alegria, nascimento, morte, etc.
DANÇAS RITUAIS

Dançando as várias tradições, nos


permitimos vivenciar as diversas
linguagens e suas fusões, num
autêntico sincretismo cultural e
religioso, característica louvável do
povo brasileiro em geral.

Da Amazônia ao Himalaya, todos


têm suas danças de roda,
sagradas e profanas. Coreografias
simples, muitas vezes dançadas
em forma de ciranda ou mandalas,
numa delicada fronteira imaginária
entre a arte e a fé.
DANÇAS RITUAIS
DANÇAS-RITUAIS INDÍGENAS:
devoção, cura, arte e festa.
Nos seus rituais e crenças, a dança e a música têm um papel fundamental e
uma grande influência na sua vida social.
O índio dança para celebrar atos, fatos e feitos relativos à vida e aos
costumes. Dançam enquanto preparam a guerra; bem como ao retornarem
dela. Para celebrar um cacique, safras, o amadurecimento de frutas, uma boa
pescaria; para assinalar a puberdade de adolescentes ou homenagear os
mortos em rituais fúnebres; espantar doenças, epidemias e outros flagelos.

As danças indígenas podem ser realizadas


por um único indivíduo ou em grupo e, salvo
raras exceções no alto Xingu, não é
executada em pares. As mulheres não
participam de danças sagradas, executadas
pelos pajés ou grupos de homens. São
utilizados, ainda, símbolos, mágicos, totens,
amuletos, imagens e diversos instrumentos
musicais e guerreiros em danças religiosas, Dança do Toré pelos índios Capinauá
dependendo do objetivo da cerimônia. durante os Jogos dos Povos Indígenas
de 2007.
DANÇAS RITUAIS

Entre os rituais e danças mais conhecidos dos índios brasileiros estão o toré e
o kuarup.
A dança do toré apresenta variações de ritmos e toadas dependendo de
cada povo.
O maracá – chocalho indígena feito de uma cabaça seca, sem miolo, na qual
se colocam pedras ou sementes – marca o tom das pisadas e os índios
dançam, em geral, ao ar livre e em círculos. O ritual do toré é considerado o
símbolo maior de resistência e união entre os índios do Nordeste brasileiro.

A dança do kuarup (nome de uma árvore sagrada) - um ritual de reverência


aos mortos – é própria de povos indígenas do Alto Xingu, em Mato Grosso.
Iniciada sempre aos sábados pela manhã, os índios dançam e cantam em
frente a troncos de kuarup, colocados no local onde os mortos
homenageados foram enterrados.
DANÇAS RITUAIS

Acyigua, uma dança mística destinada a resgatar a alma do índio


que morre assassinado. Característica dos índios Guarani, é
executada pelo pajé auxiliado pelo melhor guerreiro caçador da
tribo.

Buzoa, uma tradição do povo Pankararú, os passos são diferentes


do toré e os índios não dançam em círculo.
DANÇAS RITUAIS

DANÇAS-RITUAIS AFRICANAS
A tradição é a força cultural dos povos africanos em plena festa de ritmos,
transmissão da cultura dos antepassados e o retrato do dia a dia nas aldeias
africanas.
A dança, como força de expressão dos rituais, era chamada em todas as
ocasiões como ponto de partida para qualquer cerimônia.

A dança está na essência do povo africano e é um condimento


indispensável às suas vidas.

Os africanos têm um talento nato


para o ritmo, para o movimento e a
dança.

Danças africanas:

Kizomba, Semba, Funaná,


Kuduro, DançaTribal, Lundu
Maracatu, Afoxé, Tambor de
Crioula, Jongo, Capoeira, etc.
DANÇAS RITUAIS
A dança originou-se na África como parte essencial da vida nas
aldeias. Ela acentua a unidade entre seus membros. Em sua maioria,
todos os homens, mulheres e crianças participam da dança, batem
palmas ou formam círculos em torno dos bailarinos.
Todos os acontecimentos da vida africana são comemorados com
dança, nascimento, morte, plantio ou colheita; ela é a parte mais
importante das festas realizadas para agradecer aos deuses, uma
colheita farta.
As danças africanas variam muito de
região para região, mas a maioria
delas tem certas características em
comum.
Os participantes geralmente dançam
em filas ou em círculos, raramente
dançam sós ou em par.
As danças chegam a apresentar
algumas vezes até seis ritmos ao
mesmo tempo e seus dançarinos
podem usar máscaras ou enfeitar-se.
DANÇAS RITUAIS

Na dança africana, os pés estão


bem ausentes na Terra, os saltos
são leves como gazelas que
exploram o ar, os movimentos são
explosivos e descoordenados como
labaredas de Fogo e o nosso corpo
flui como Água quando se
movimenta num espaço livre de
expressarmos o que o nosso
coração sente ao ritmo de um
tambor.

Este, guarda as memórias das


tradições e rituais e faz despertar
em nós sensações que nos estão
esquecidas mas que estão no fundo
do nosso coração.
DANÇAS RITUAIS

Danças Tribais Africanas - Danças e rituais que despertam o ritmo e


as expressões corporais e que existem dentro de nós, inspirando o
corpo e a alma em que a música se entrelaça com o dinamismo e a
alegria de viver. Dançadas individualmente.
Dança de saltos, figurinos exóticos e ritmos de êxtase. É uma
expressão fortíssima de sentimentos artísticos, emocionais e
religiosos.

A dança está presente no


dia a dia das pessoas, seja
no vilarejo ou no bosque
sagrado ou das florestas.
A dança interrompe a
monotonia e estrutura do
tempo.
Assim como uma canção,
a dança é uma forma de
contar histórias.
DANÇAS RITUAIS

DANÇA AFRO-PRIMITIVA E DANÇA DOS ORIXÁS

A África é o ponto de origem dos Orixás e dela vem o seu culto. Os rituais,
fundamentos, formas, métodos, linguagem, versos, cantigas e rezas são de
origem africana. Foram eles, os africanos, que criaram as lendas. Os navios
negreiros chegaram ao Brasil carregando não apenas homens, mulheres e
crianças escravizados mas também foram levados com eles os seus deuses,
uma outra sabedoria e um poder, que rapidamente se espalharam por toda a
costa brasileira.

Forças como: Exu, Ogum, Xangô, Iansã, Nanã,


Obaluaê-Omolu e tantos outros... Sementes,
pedras, apetrechos e talismãs sagrados
foram levados para o Brasil e os cultos
africanos criaram raízes, mudando hábitos
e enriquecendo consideravelmente a cultura
brasileira.
Hoje, o Brasil tem como influência cultural
africana o samba, o frevo, o maracatu, a
folia de reis, capoeira, jongo, tambor de
crioula, além de tantas outras.
DANÇAS RITUAIS

O termo Orixá vem de um território chamado Iorubá na África.

É o termo que designa a religião dos iorubás. A religião ou mito dos


Orixás relaciona-se com a família e os seus antepassados.
O Orixá seria em princípio um antepassado divinizado que em vida
exercia um poder sobre as forças da natureza como o trovão, o
vento, as águas doces ou salgadas, ou então dando-lhe a
possibilidade de exercer certas atividades como a caça, o trabalho
com metais ou o trabalho com plantas e ervas e a sua utilização.

Elaborando um sistema, podemos


dizer que cada Orixá torna-se
um arquétipo de atividade, de
profissão, de funções complementares
umas das outras, estes representam o
conjunto das forças que regem o
mundo: terra, fogo, ar, água…
DANÇAS RITUAIS

Os instrumentos musicais que deram uma


imagem de dança à Capoeira, com músicas
que falam de deuses africanos e reis das
tribos vieram de fatos acontecidos na roda de
Capoeira, acontecimentos e sofrimentos do
dia a dia dos escravos, etc.
Dança do Congo: É uma dança teatralizada
que tem lugar na gravana, ao ar livre, realizada
durante as festas religiosas e populares.
Cada grupo de Dança do Congo é constituído
por uma seção musical (três ou quatro
tambores, flautas e ganzás) e um número
variável de figurantes, todos eles hábeis
dançarinos: o capitão congo, o logozu, o anju
môlê (anjo que morreu), o anju cantá (anjo
cantador), o opé pó , ulogi o feiticeiro, o
zuguzugu (ajudante de feiticeiro), três ou
quatro bobos, o djabu (diabo) e dez a dezoito
soldados dançarinos.
DANÇAS RITUAIS

Tendo sido usada em rituais sagrados em contato direto com a mãe natureza
(agricultura, pesca, guerreiros, etc), a dança africana foi, na sociedade
moderna, transformada numa atividade cultural, que envolve ritmo,
sincronia, forma e união.

Danças Tribais:
Não há performances solos no Estilo Tribal. As bailarinas, como numa tribo,
celebram a vida e a dança em grupo. Dentre as várias disposições cênicas
do Estilo Tribal estão a roda e a meia lua.
No grande círculo, as bailarinas têm a oportunidade de se comunicarem
visualmente, de dançarem umas para as outras, de manterem o vínculo que
as une como trupe.
Da meia lua, surgem duetos, trios, quartetos,
pequenos grupos
que se destacam
para levar até o
público esta
interatividade.
DANÇAS RITUAIS - INDONÉSIA

A enorme riqueza do seu folclore reflete a diversidade étnica e cultural do país.


DANÇAS INDONESAS: PAKARENA, GIRING-GIRING, YOSPAN, INDANG,
LENGGAN, TCENDERAWASIH,TOR-TOR ,YOSPAN, PIRING, GANJEN,
JAIPONGAN, ETC.
TOR-TOR: Trata-se de uma dança originária do norte da Sumatra e que
integrava um ritual destinado a comunicar com os espíritos, que são chamados
à vida, e com esculturas de pedra, símbolo dos espíritos ancestrais.
A dança evoluiu ao som de música produzida por tambores, flauta e trompete.

Imagem: Jean-Pierre Dalbéra / Creative Commons


Imagem: Mkranch / GNU Free Documentation

Attribution 2.0 Generic.


License.
DANÇAS RITUAIS - JAPÃO
A dança japonesa, na Antiguidade, como elemento de cerimônias, desenvolveu-se no
decorrer dos séculos, em íntima relação com vários gêneros de artes: é apresentada
em movimentos básicos, associados ao comportamento diário.

Originalmente as danças clássicas japonesas


foram desenvolvidas, com base em rituais,
tais como evocações de espíritos de mortos
ou orações para repouso das almas.
A dança do kabuki buyo é a referência, a
partir dela, surgiram vários estilos.
Os movimentos contidos e seus passos,
sempre presos ao chão, induzem a uma
expressão introspectiva. A dança clássica
japonesa busca estabelecer e confirmar o
contato com a terra. Seus movimentos
tendem à flexão dos quadris e membros
inferiores, abaixando mais o corpo,
impressão ainda reforçada pelos pés que se
arrastam e pisam forte o chão. É uma dança
com passos intensivos, cujo ideal técnico é
expressar a beleza da idade avançada.
DANÇAS RITUAIS – JAPÃO
BON-ODORI
Bon, em japonês, significa finados e Odori, dança, que é apresentada nos
templos budistas e xintoístas japoneses no mês, é hoje executada como forma
de preservação da cultura do povo do sol nascente.
O Bon-odori é uma dança que surgiu há centenas de anos na região norte do
Japão.
A dança manifesta o sentimento de gratidão a Deus pela boa colheita ou uma
boa produtividade do ano. Coube ao kabuki dar uma expressão artística
refinada ao Odori, às danças de festivais rústicos e populares, todas elas
executadas em grupo. Bon-odori é realizada para entreter os espíritos de seus
ancestrais e em quase todo o Japão pode-se assistir a sua performance.

Imagem: wikitaro / Public domain.


DANÇAS RITUAIS - CHINA

A arte da dança chinesa traça as


suas origens até mesmo antes do
apareci-mento dos primeiros
caracteres escritos chineses. Potes
de cerâmica têm sido desenterrados
no sítio de escavação de Sun Chia
Chai no município de Tatung, na
província chinesa ocidental de
Chinghai, que mostram figuras
dançantes coloridas. Um estudo
destes artefatos arqueológicos
revela que o povo da cultura
neolítica Yang-shao, por volta do
quarto milênio a.C., já coreografava
danças em grupo nas quais os
participantes fechavam os braços e
batiam os pés enquanto cantavam
com acom-panhamento instrumental.
DANÇAS RITUAIS CHINA

A dança chinesa era dividida em dois tipos: civil e militar, durante os


períodos Shang e Chou do primeiro milênio a.C. Na dança civil, os
dançarinos seguravam bandeiras de penas em suas mãos,
simbolizando a distribuição dos resultados da caça ou da pesca do
dia. Isso desenvolveu-se gradativamente na dança usada nos rituais
periódicos do imperador de sacrifícios rituais realizados fora da
cidade e outros rituais religiosos.

A "Dança das Oito


Filas“, da antiga
cerimônia celebrando
Confúcio, é class-
ificada como uma
dança "civil".
DANÇAS RITUAIS - CHINA

No grande grupo da dança militar, por outro lado, os


dançarinos carregavam armas em suas mãos,
movendo-se para frente e para trás em um movimento
grupal coordenado. Isso mais tarde transformou-se em
movimentos usados nos exercícios militares.

Os chineses usavam os movimentos coreográficos das


mãos e pés para expressar a sua veneração dos
espíritos do céu e da terra. E representar aspectos de
sua vida cotidiana e dar expressão a sentimentos
compartilhados de alegria e prazer. A dança também
era uma arte de apresentação que trazia prazer tanto
para os artistas como para o público.
DANÇAS RITUAIS CHINA
Cada grupo minoritário de pessoas
ou aborígenes da China tem suas
próprias formas de danças
folclóricas. DANÇA ABORÍGENE
O povo Miao (também conhecido
como Hmong) do sudoeste da China,
por exemplo, desenvolveu uma forma
viva de canto antífono e dança
competitiva; os aborígenes de
Taiwan, influenciados por sua vida na
ilha e pelo ambiente, criaram danças
de linhas de mãos dadas como parte
do ritual da colheita.
As danças folclóricas refletem
diretamente os estilos de vida e os
costumes de um povo e, além de seu
valor artístico como danças, elas são
uma parte preciosa da herança
cultural da China.
DANÇAS RITUAIS CHINA

A dança do Dragão e sua história


O dragão é um animal lendário. Na China, ele é um símbolo auspicioso e nobre.
Também, ele é considerado o animal que consegue chamar a chuva. Numa
seca, as pessoas sempre pediam chuva em frente de templos, usando a figura
do dragão. Isso é um costume muito antigo.

A dança do dragão começou a ser


documentada na Dinastia Han (206-220); até
o fim da Dinastia Song (960-1279), esta
dança ficou muito popular.
Tradicionalmente, esta dança aparecia
sempre em festejos que celebravam
boa colheita ou clima favorável à agricultura,
que mostram a prosperidade da vida.
Imagem: 龙女 / Creative Commons Attribution 2.5 China
Mais tarde, essa dança virou também um Mainland.
show duma técnica folclórica especial.
E hoje ela parece muito em festejos diferen-
tes, ou em inauguração de empresas e de
eventos.
DANÇAS RITUAIS CHINA

Tradicionalmente, antes que a dança comece, há uma cerimônia


para pintar os olhos do dragão. A cerimônia é bem importante
porque a alma do dragão depende dos olhos, e o dragão é
considerado vivo somente depois da cerimônia.

A bola do dragão - Na dança do dragão, há uma bola importante,


que fica sempre em frente do dragão, tendo por função dirigir a
dança. Essa bola é chamada de "a bola do dragão".
A pessoa que carrega a bola na dança é o comandante do grupo.
Durante a dança, o dragão deve seguir a bola e mostrar que é ele
quem está jogando a bola.
Numa dança do dragão, há mais de dez tipos diferentes de danças,
por exemplo: o dragão sai da caverna, o dragão pega a bola, o
dragão sobe o pilar etc.
A pessoa que carrega a bola normalmente tem um apito para dar
sinais para o grupo quando mudam as danças.
DANÇAS RITUAIS CHINA
Dançar com a cabeça do dragão
é o trabalho mais pesado nesta dança.
A pessoa que carrega a cabeça deve ser
alta e forte.
Durante a dança, o dragão fica seguindo a
bola, mantendo uma distância de cerca de
um metro; ele se vira e pula, os olhos dele
se concentram na bola, parece que vai
engoli-la.
Para interpretar bem a vitalidade do
dragão, esta pessoa tem que correr e
saltar muito.
A cabeça dirige também o corpo para
fazer movimentos bonitos. Uma coisa bem
importante é que a cabeça do dragão tem
que ficar virando durante a dança, de modo a parecer que o dragão fica
olhando tudo ao seu redor, para mostrar um estilo poderoso. Os três pontos
mais importantes da dança são: a bola, a cabeça e a cauda do dragão. A
coordenação desses três pontos decide a qualidade da dança. Se eles não se
coordenarem bem, o dragão parecerá quebrado.
DANÇAS RITUAIS - HAVAÍ

HULA - A Dança Havaiana, conhecida como Hula, é uma tradição


passada de geração a geração, que remonta do Período Histórico
Matriarcal.

Ela é a interpretação de um texto poético, logo, o conhecimento do canto,


conhecido por Mele, é que gera a base para um repertório rico em
movimentos, repleto de significados e variações.

No Havaí, ela não é apenas uma


dança, mas um estilo de vida
baseado numa religião ancestral
de seu povo, com cantos e
variedades de ritmo, rica em
acessórios naturais, totalmente
baseada numa Mitologia repleta
de lendas, orações e amor à Mãe
Natureza. Trata-se de uma dança
devocional, que assumiu caráter
de performance após a ocupação
estrangeira no Havaí.
Imagem: Catatonique / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported.
DANÇAS RITUAIS - HULA

A dança hula, uma forma de dança nativa do Havaí, proporciona


entretenimento, mas tem as suas raízes num antigo ritual.
O objetivo da dança Hula é transmitir significado através do movimento.

A dança Hula entrelaça os artistas com o


espírito do universo por unificar a sua
existência com a natureza.

A dança Hula é uma forma artística complexa, e


há muitos movimentos de mão usados para
significar os aspectos da natureza.

Os passos básicos em dança Hula


Passo kaholo, Passo Ka'o (Passo Gingado),
Passo Ami (Incluindo movimentos de mão),
Movimentos básicos de mão na dança Hula,
Movimento Coqueiro (lado direito).
Há combinação do passo Kaholo com o
movimento Hula e combinando o passo Ka'o e Imagem: Joe Mabel / GNU Free Documentation License.
o movimento Coqueiro:
DANÇAS RITUAIS - EGITO

A primeira grande cultura a infundir a música em sua sociedade foi o


Egito Antigo. Todos os tipos de celebrações eram cheios com
música e dança.

Como em qualquer festa, havia dançarinas, cantores e músicos


tocando flautas, harpas, tambores, símbalos e tamborins.

Durante os festivais e festas religiosas, a dança e a música eram


uma prática bastante difundida.

Em muitas pinturas nos interiores de tumbas e em papiros, podemos


ver cenas interessantes de mulheres tocando e dançando.

A importância da música no Antigo Egito pode ser facilmente


comprovada pelo número de instrumentos musicais espalhados nas
coleções dos museus por todo o mundo.
DANÇAS RITUAIS - EGITO

Dança foi muito mais do que um passatempo


divertido no Antigo Egito.
Durante o Período Pré-Dinástico, encontramos
figuras femininas de Deusas e Sacerdotisas
dançando com seus braços no alto da cabeça.
O ato da dança teve sem dúvida um caráter de
muita importância no Antigo Egito no que diz
respeito a rituais religiosos e celebrações.
As mulheres dançavam geralmente
reverenciando deuses da inundação como o
deus Hapy, a fim de garantir uma boa cheia e
uma boa colheita.
Rituais de danças vistos nos afrescos das
tumbas revelam, porém, que homens e mulheres
nunca dançavam juntos.
As dançarinas que acompanhavam os funerais Imagem: Otto Sarony / the use of this image is free
for any purpose.
serão conhecidas como Mu-dancers , elas
usavam coroas vermelhas e um tipo de
vestimenta especial.
Eram contratadas especialmente para essas
ocasiões e realizavam danças especiais.
DANÇAS RITUAIS - EGITO

A DANÇA DOS SETE VÉUS

Possui três origens:


A primeira origem da dança dos sete
véus refere-se à deusa babilônica Ishtar,
que atravessou sete vezes por sete
portais, a fim de resgatar o amado do vale

Imagem: Jack Versloot / Creative Commons Attribution 2.0 Generic.


da morte.
Em cada um dos portais, deixou uma
peça do vestuário que simboliza a
capacidade de entrega da mulher ao
matrimônio e ao homem que ama.

A segunda origem que nos cultos da


deusa grega Afrodite, a deusa do amor,
era um ritual antigo de sedução.
Tanto que consta até na Bíblia: Salomé
fez a dança dos sete véus para o rei
Heródes e pediu em troca a cabeça de
São João Batista.
DANÇAS RITUAIS - EGITO

A DANÇA DOS SETE VÉUS

A terceira origem, a dança dos sete véus é um dos mais


famosos, belos e misteriosos ritos primitivos.
Não era praticada em rituais de fecundação, mas pelas
sacerdotisas dentro dos templos da deusa egípcia Isis.
Cada um de seus véus correspondem a um grau de
iniciação e revelam os sete degraus da ascensão
espiritual.
A retirada de cada um dos véus, presos ao corpo da
dançarina, representa a dissolução dos aspectos mais
nefastos e a exaltação das qualidades pessoais.
A música tem de ser orquestrada ou clássica.
E a roupa da dançarina é a roupa comum de dança do
ventre, de preferência branca ou lilás: branca
simbolizando a transmutação.
DANÇAS RITUAIS - EGITO

DANÇA DO CANDELABRO - SHAMADAN

Dança sagrada e ritualística - no antigo Egito era costume


obrigar as escravas a circularem em festas e
acontecimentos importantes com várias lamparinas
acesas numa armação de metal que ficava sobre suas
cabeças.
O objetivo era iluminar o ambiente, já que as festas eram
realizadas à noite. Assim, a “luz ambulante” poderia se
deslocar conforme a vontade dos faraós e sua corte.
Assim como em cortejo de casamento para iluminar a
passagem dos noivos e dos convidados.
Dança-se, atualmente, como uma representação deste
rito social, utilizando o ritmo zaffa.
DANÇAS RITUAIS - EGITO
DANÇA DA ESPADA

Existem várias origens da dança com a espada:


Havia um tempo na história egípcia em que as dançarinas eram vendidas como
escravas nas cortes ou como propriedades dos ricos.
Costumavam dançar com espadas em batalhas. Não simulavam lutar nem disputar
armas delicadamente, espadas usadas em batalhas.
Não simulavam lutas nem disputas, mas delicadamente equilibravam a espada na
Cabeça, dançando destemidas, expressando-se livremente debaixo da espada. “Você
controla minha vida, segure a espada sobre minha cabeça, mas não controla meu
espírito."
Outra origem, que remete ás guerras entre gregos e
turcos.
Os Otamanos levam mulheres para os campos de
batalha e Elas dançavam com as espadas dos soldados
do exército inimigo. Os homens ficavam extasiados,
seduzidos e desarmados, assim o terreno estava
preparado para ataques surpresos.
A dança da espada reflete toda alma de luta do povo
árabe, sua disputa e dedicação pela terra amada. E um
número muito apreciado, onde a bailarina apresenta
Imagem: Jean-Léon Gérôme / Heliogravure
habilidades ao equilibrar a espada em diferentes Egypt - Sword dancer / Public domain.
pontos do corpo.
DANÇAS RITUAIS - EGITO

TANOURA

Esta dança egípcia deriva dos


Giros dos Dervishes (praticam um
ritual de giros, com o objetivo de
ficarem em harmonia com o
divino), mas, ao contrário dos
Giros dos Dervishes, esta
apresenta alguns objetivos
voltados para o espetáculo:

1- Não é acompanhada de
canções e orações;

2- Usam-se 4 saias coloridas


proporcionando um belíssimo
espetáculo. Imagem: Wouter Hagens / GNU Free Documentation License.
DANÇAS RITUAIS - MEDIEVAL

La Danse Macabre, também referida como Dança Macabra, Dança da Morte,


La Danza Macabra e Totentanz, é uma alegoria artística do final da Idade
Média sobre a universalidade da morte, que expressa a ideia de que não
importa o estatuto de uma pessoa em vida, a dança da morte une a todos.

O tema consiste na representação personificada da Morte, conduzindo uma


fileira de indivíduos de todos os estratos sociais a dançar em direção aos
próprios túmulos.

Típicamente nela estão representadas as figuras de um Imperador, um Rei,


um Papa, um monge, um jovem e uma bela mulher, todos sob a forma
esqueletal
As cenas finais do filme O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman, retratam um
tipo de "Danse Macabre".

No auge da sua carreira, em 1982, Michael Jackson dança ao lado de


zumbis no famoso vídeo TRHILLER.

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