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II Estudo de Caso – Módulo 01 – Direito da Família e Sucessões

O alarmante cenário mundial decorrente da pandemia da COVID-19 trouxe importantes discussões


para o âmbito do sistema de guarda e visitação de menores. Recentemente, ganhou destaque o caso
da mãe que, em virtude das medidas de isolamento social para evitar a propagação da doença,
solicitou a suspensão das visitas presenciais do pai. Alegou a genitora que além da integridade física
da menor, as visitas poderiam pôr em risco a saúde da avó da criança, pertencente ao grupo de risco
e com quem residem. Em decisão de 1º grau, o juiz alterou o regime de convivência para a
modalidade virtual. O pai, por sua vez, alegou que trabalha em sistema de home office há 6 anos e
que, devido as orientações dos órgãos competentes, teve alterada sua rotina, com o acréscimo de
todos os cuidados necessários. O relator do recurso entendeu pela reversão da liminar proferida e
pelo revezamento da convivência dos genitores por 15 dias consecutivos. Em seu voto, alegou que
“o genitor aponta que sua atividade laboral é desenvolvida dentro de casa, tanto quanto a genitora
assim também afirmou na petição. O discurso de ambos é convergente entre si, diferenciando-se
apenas quanto à moradia de uma pessoa de idade junto à mãe – e que serviu para arrimar a tese de
perigo de contágio a indivíduo em grupo de risco. Destaco que o dever de cuidado – não só nesse
momento desafiador – é mútuo e aparentemente o agravante envida os mesmos esforços da
agravada para garantir o bem-estar e saúde da filha em comum.”

Assim como o demonstrado acima, por motivos similares, outros casos estão recorrentemente sendo
levados à análise do Judiciário.

I. Levando em consideração apenas o que foi apresentado, haja vista que o processo corre em
segredo de justiça, apresente seus apontamentos sobre o tema.

II. Em sua opinião, caso o pai fosse, por exemplo, profissional da saúde, como poderia ser
conciliado os direitos e obrigações dos genitores e da menor com relação às visitas?

III. Como você entende o impedimento do exercício da guarda ou do direito à visitação como
medida de prevenção ao COVID-19?

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