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Eu nasci dia 28 de abril 

de 1889 e morri dia 27 de julho de 1970. Fui


um ditador nacionalista português. Além de chefiar diversos ministérios, fui presidente
do Conselho de Ministros do governo ditatorial do Estado Novo  e professor catedrático
de Economia Política, Ciência das Finanças e Economia Social da Universidade de
Coimbra.

O meu percurso no Estado português iniciou-se quando fui escolhido pelos


militares para Ministro das Finanças durante um curto período de duas semanas, na
sequência da revolução de 28 de maio de 1926. Fui Ministro das Finanças entre 1928 e
1932

Fui uma figura de destaque e promotor do Estado Novo, eu dirigi os destinos de


Portugal como presidente do Ministério de forma autocrática entre 1932 e 1933 e,
como Presidente do Conselho de Ministros entre 1933 e 1968.

Biografia
Após completar os estudos, permaneci em Viseu por mais dois anos. Porém, em
1910, mudei-me para Coimbra para estudar Direito. Em 1914, conclui o curso de Direito
com a alta classificação de 19 valores e torna-se, dois anos depois, assistente
de Ciências Económicas.
Entre 1920 e 1923 fui provedor da Santa Casa da Misericórdia de Coimbra.
Em 1921 fui eleito deputado por Guimarães pelo Centro Católico Português
tendo tido nessa breve legislatura uma única comparência, a 21 de julho, na Câmara
dos Deputados, o parlamento da Primeira República. Estive apenas dois dias de estadia
em Lisboa.

Em junho de 1926 os militares convidam-me para a pasta das finanças; mas


passados treze dias eu renunciei-me ao cargo e retorno a Coimbra por não me haverem
satisfeitas as condições que achava indispensáveis ao meu exercício.
Em 27 de abril de 1928, após a eleição do general Óscar Carmona e na sequência
do fracasso do seu antecessor em conseguir um avultado empréstimo externo com vista
ao equilíbrio das contas públicas, eu reassumi a pasta das finanças, mas exigi o controlo
sobre as despesas e receitas de todos os ministérios.
Na imprensa, que era controlada pela censura, eu seria muitas vezes retratado
como "salvador da pátria"

Em 1932, ano em que a 21 de abril recebeu a grã-cruz da Ordem do Império


Colonial e a 28 de Maio (sexto aniversário do golpe) a grã-cruz da Ordem Militar da
Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, era publicado o projecto de uma nova
constituição que seria aprovada em 1933 através de um plebiscito popular directo e em
que pela primeira vez em Portugal algumas mulheres são autorizadas a votar. Esta foi a
única Constituição Portuguesa a ser aprovada por sufrágio referendário. Num universo
eleitoral de cerca de um milhão e trezentos mil eleitores, as abstenções e os votos em
branco contaram como votos a favor e o número de “nãos” ficou-se por pouco mais de
seis mil votos.
Com esta constituição, eu criei o Estado Novo, uma ditadura antiliberal,
anticomunista, e antidemocrática que se orienta segundo os princípios conservadores
autoritários: "Deus, Pátria e Família".

Olídia Gomes

N º 14

6ºj

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