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N-1859 REV.

D ABR / 96

CONSUMÍVEL DE SOLDAGEM COM


PROPRIEDADE ASSEGURADA

Especificação
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

n Indicação de item, tabela ou figura de conteúdo alterado em relação à revisão


anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto
desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário
desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
SC - 26 Recomendada].
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Soldagem
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
Autora.
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.
“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho


– GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 12 páginas


N-1859 REV. D ABR / 96

PÁGINA EM BRANCO

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1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para fornecimento de consumíveis de soldagem
destinados à fabricação, montagem, reparos e manutenção de equipamentos e estruturas que
necessitem utilizar consumíveis com propriedades asseguradas.

1.2 Os consumíveis de soldagem compreendidos nesta Norma são:

a) eletrodo revestido;
b) arames tubulares;
c) pares arame - fluxo para soldagem ao arco submerso;
d) arame para soldagem Mig e Mag;
e) varetas para soldagem Tig.

n 2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.

2.1 Referências Normativas

PETROBRAS N-1438 - Soldagem;


PETROBRAS N-2319 - Qualidade;
ABNT NBR 10474 - Qualificação em Soldagem;
ABNT NBR 10516 - Consumíveis em Soldagem;
ABNT NBR 10614 - Eletrodos Revestidos de Aço Carbono para Soldagem a
Arco Elétrico;
ABNT NBR 10615 - Eletrodos Revestidos de Aço Carbono para Soldagem a
Arco Elétrico;
ABNT NBR 10616 - Eletrodos Revestidos de Aço Carbono para Soldagem a
Arco Elétrico;
ABNT NBR 10617 - Eletrodos de Aço Carbono e Fluxos para Soldagem a Arco
Submerso;
ABNT NBR 10618 - Eletrodos de Aço Carbono e Fluxos para Soldagem a Arco
Submerso;
ABNT NBR 10619 - Eletrodos de Aço Carbono e Fluxos para Soldagem a Arco
Submerso;
ASTM A 370-94 - Methods and Definitions for Mechanical Testing of Steel
Products;
AWS A 5.1-91 - Specification for Covered Carbon Steel Arc Welding
Electrodes;
AWS A 5.4-92 - Specification for Covered Corrosion Resisting Chromium
and Chromium - Nickel Steel Welding Electrodes;
AWS A 5.5-81 - Specification for Low Alloy Steel Covered Arc Welding
Electrodes;

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AWS A 5.7-84 - Specification for Copper and Copper Alloy Bare Welding
Rods and Electrodes;
AWS A 5.9-93 - Specification for Corrosion Resisting Chromium and
Chromium - Nickel Steel Bare and Composite Metal Cored
and Stranded Welding Electrodes and Welding Rods;
AWS A 5.11-90 - Specification for Nickel and Nickel Alloy Covered
Welding Electrodes;
AWS A 5.14-89 - Specification for Nickel and Nickel Alloy Bare Welding
Rods and Electrodes;
AWS A 5.17-89 - Specification for Carbon Steel Electrodes and Fluxes for
Submerged Arc Welding;
AWS A 5.18-93 - Specification for Carbon Steel Filler Metals for Gas
Shielded arc Welding;
AWS A 5.20-95 - Specification for Carbon Steel Electrodes for Flux Cored
Arc Welding;
AWS A 5.23-90 - Specification for Low Alloy Steel Electrodes and Fluxes
for Submerged Arc Welding;
AWS A 5.28-79 - Specification for Low Alloy Steel Filler Metals for Gas
Shielded Arc Welding;
AWS A 5.29-80 - Specification for Low Alloy Electrodes for Flux Cored
Arc Welding;
BSI BS 4360-90 - Specification for Weldable Structural Steels;
BSI BS 7448-91 - Methods for Crack Opening Displacement (COD) Testing.

3 DEFINIÇÕES

Para fins desta Norma são adotadas definições constantes nas normas PETROBRAS N-1438,
N-2319, ABNT NBR 10516 e ABNT NBR 10714 e a seguinte:

3.1 Lote

Quantidade predeterminada de consumível, fabricada a partir de uma mesma corrida de arame.

4 CONDIÇÕES GERAIS

n 4.1 Os consumíveis devem ser classificados segundo os testes aplicáveis para cada lote como
segue:

a) tipo I - consumível para o qual é requerida a execução dos testes previstos na


Norma AWS aplicável, na aceitação do lote. A quantidade máxima do lote é de
45 toneladas;
b) tipo II - consumível para o qual é requerida, além da execução dos testes
previstos na norma AWS aplicável, a execução do teste de "Crack Opening
Displacement" (COD), conforme descrito no item 5.2. A quantidade máxima do
lote é de 30 toneladas.

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4.2 Deve ser emitido um certificado de qualidade para cada lote aprovado, contendo: registros
dos testes; especificação NBR ou AWS aplicável; tipo do consumível (I ou II); e identificação
do lote.

4.3 Os consumíveis devem atender aos requisitos de análise química e propriedades mecânicas
das respectivas especificações ABNT NBR 10614 ou AWS A 5.1, AWS A 5.4, AWS A 5.5,
AWS A 5.7, AWS A 5.9, AWS A 5.11, AWS A 5.14, ABNT NBR 10617 ou AWS A 5.17,
AWS A 5.18, AWS A 5.20, AWS A 5.23, AWS A 5.28 e AWS A 5.29 e aos itens 4.4.4 e
4.4.5 abaixo.

4.4 Para o consumível tipo II, além dos requisitos prescritos nos itens 4.1 a 4.3, são aplicáveis
os seguintes:

4.4.1 A cada lote do consumível deve ser preparada uma chapa de teste conforme item 5.1.2.2
e o metal de solda deve ser submetido a ensaios de tração, impacto e análise química.

4.4.2 A intervalos não superiores a 24 meses, deve ser preparada uma chapa de teste
conforme item 5.1.2.3 e além dos ensaios previstos no item 4.4.1, o metal deve ser submetido
a ensaio de COD.

4.4.3 O metal de solda deve ser ensaiado nas condições "como soldado" (CS) "e como
tratado" (CT) e quando exigido no projeto da estrutura ou equipamento. O tratamento térmico
de alívio de tensões (TTAT) deve ser executado com os seguintes parâmetros:

a) patamar: 600°C ± 20°C;


b) tempo de patamar: 2 min/mm;
25
c) taxa de aquecimento: 220 x Graus C / h,
espessura em mm

porém não maior que 220° C/h;

25
d) taxa de resfriamento: 280 x Graus C / h,
espessura em mm

porém não maior que 280° C/h.

4.4.4 No ensaio de impacto os valores de energia média mínima e os valores de energia


individual mínima devem ser conforme a TABELA:

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TABELA - REQUISITOS DE ENERGIA CHARPY V

Tipo Média Individual


Consumíveis classe 70 Ksi 54 Joules ≥ 38 Joules
Consumíveis classe 80/90 Ksi 67 Joules ≥ 47 Joules

Nota: A temperatura é definida como sendo (Tp-40)°C, para


estruturas, e (Tp-10)°C para equipamentos onde Tp é
a temperatura mínima de projeto.

4.4.5 No ensaio de COD, na condição CS, o valor de COD mínimo deve ser de 0,35 mm na
temperatura de projeto da estrutura ou equipamento. Na condição CT, o valor mínimo de
COD deve ser de 0,25 mm.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Descrição das Chapas de Teste

5.1.1 Para o consumível do Tipo I, os testes e chapa de teste são os descritos nas normas
NBR ou AWS aplicáveis.

5.1.2 Para o consumível do Tipo II valem os requisitos abaixo citados:

5.1.2.1 O material para a chapa de teste deve ser conforme a norma BS 4360 Gr. 50D ou
similar.

5.1.2.2 As dimensões da chapa de teste a ser preparada a cada corrida devem ser conforme
ANEXO, FIGURA 1A.

5.1.2.3 As dimensões da chapa de teste a ser preparada a intervalos não superiores a 24 meses
devem ser conforme ANEXO, FIGURA 1B.

5.1.2.4 O tipo de corrente e de polaridade empregados na soldagem deve estar de acordo com
as normas NBR ou AWS do consumível. A chapa de teste deve ser preaquecida a 150°C e a
temperatura máxima interpasse deve ser 250°C, medida no centro do cordão de solda.

5.1.2.5 Para o processo eletrodo revestido a chapa de teste, deve ser soldada na posição
vertical com progressão ascendente. Para a soldagem com arco submerso, a deposição deve
ser feita na posição plana, com energia mínima de 2,5 KJ/mm. Nos processos de soldagem,
arame tubular e Mig/Mag deve ser adotada a posição de soldagem vertical. Quando for
adotada a técnica de progressão ascendente, a trinca de fadiga do corpo de prova de COD
pode conter, no mínimo, 10% de zonas de grãos colunares da região fundida.

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5.1.2.6 É permitida a goivagem do passe de raiz.

5.1.2.7 Para evitar-se uma deformação angular excessiva na chapa de teste, esta deve ser
restringida durante a soldagem.

5.1.2.8 Nas chapas de teste soldadas com arame tubular, deve ser feito pós-aquecimento
conforme especificação AWS.

5.1.2.9 Na soldagem com eletrodo revestido, a oscilação máxima do eletrodo é 3 vezes o


diâmetro do arame da alma.

5.2 Ensaios

5.2.1 O consumível do tipo I deve ser submetido a todos os ensaios previstos na norma AWS
aplicável.

n 5.2.2 Ensaio de COD

5.2.2.1 O ensaio de COD deve ser conduzido conforme BS 7448.

5.2.2.2 A temperatura de ensaio deve ser a temperatura mínima de projeto conforme citado no
item 4.4.4.

5.2.2.3 O controle do ensaio deve ser por deslocamento, com velocidade de 1 mm/min.

5.2.2.4 Para cada condição (CS e CT), devem ser preparados 3 corpos de prova e
considerado como resultado do ensaio o menor valor obtido. O corpo de prova deve ser do
tipo subsidiário e as dimensões e o posicionamento do entalhe em relação ao cordão de solda
devem estar conforme ANEXO, FIGURA 2.

5.2.2.5 Para o início da trinca de fadiga, antes do ensaio de COD propriamente dito, deve ser
utilizada a relação entre cargas mínimas e máximas de 0,5. Após o início da trinca, este valor
deve ser reduzido para 0,1.

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n 5.2.3 Ensaio de Tração

5.2.3.1 O ensaio de tração do metal de solda deve ser conduzido conforme a norma
ASTM A 370-94.

5.2.3.2 Para cada condição (CS e CT), devem ser preparados 2 corpos de prova e
considerado o valor médio. As dimensões do corpo de prova e o posicionamento do mesmo
em relação ao cordão de solda devem estar conforme ANEXO, FIGURA 3, aplicável ao
consumível Tipo II.

n 5.2.4 Ensaios de Impacto

5.2.4.1 O ensaio de impacto do tipo Charpy V do metal de solda aplicável ao


consumível tipo II, deve ser conduzido conforme a norma ASTM A 370-94.

5.2.4.2 Para cada condição (CS e CT), devem ser preparados 2 conjuntos de 3 corpos de
prova e considerado o valor médio e individuais em cada posição. As dimensões do corpo de
prova e o posicionamento do mesmo em relação ao cordão de solda devem estar conforme
ANEXO, FIGURA 4, aplicável para o consumível Tipo II.

6 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

Caso não seja atendido o prescrito nesta Norma, o consumível não deve ser aceito como de
propriedade assegurada.

____________

/ANEXO

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ANEXO – FIGURAS

FIGURA 1 - CHAPA DE TESTE

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FIGURA 2 - CORPO DE PROVA PARA ENSAIO DE COD - TIPO


SUBSIDIÁRIO COM ENTALHE ATRAVÉS DA ESPESSURA

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FIGURA 3a - DIMENSÕES DO CORPO DE PROVA

FIGURA 3b - DETALHE DA RETIRADA DOS CORPOS DE PROVA

FIGURA 3 - CORPO DE PROVA PARA ENSAIO DE TRAÇÃO

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FIGURA 4b - POSIÇÃO DO ENTALHE DOS CORPOS DE PROVA CHARPY


NOTA : a) DIMENSÕES EM mm
FIGURA 4 - CORPO DE PROVA PARA ENSAIO DE IMPACTO

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