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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA)

CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS (CMPF)


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIA (DETEC)

SINAIS E SISTEMAS

Aula 03 - Sinais de Tempo Contínuo


e Tempo Discreto

Prof.: Pedro Thiago Valério de Souza


UFERSA – Campus Pau dos Ferros
pedro.souza@ufersa.edu.br
Revisão
Sinais de tempo contínuo: x ( t ) t ∈ 
Sinais encontrados na natureza (ex. sinal
x ( t1 )
sonoro, temperatura, velocidade do vento x
altura).
x ( t2 )

t
t1 t2

Sinais de tempo discreto:


3 [ 0] 2 =
x= x [1] 2,5 x =
[ −1] 3
x [ n] 2,5
2 amostra
1
3
n
−3 −2 −1 0 1 2
−1,5
© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas
Sinais de Tempo Contínuo e Tempo Discreto
Representação funcional:
 2π n 
x ( t ) = cos ( 20000π t ) x [ n ] = cos   Substituir os valores de t ou n para
 5 
determinar o gráfico
x ( t ) = e −3t cos ( 3t ) x [ n ] = 0,8n

Exemplo 3.1: Obtenha o gráfico de x[n] para 0 ≤ n ≤ 4 para os seguintes sinais de tempo discreto:
x [ n ] = 0,5n

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Sinais de Tempo Contínuo e Tempo Discreto
• Sinais de tempo discreto geralmente são obtidos através da amostragem de sinais de tempo
contínuo:
xa (t ) é o sinal de tempo contínuo original
 n 
x [ n ] x=
= a ( nT ) x  T é o intervalo de amostragem [s]
 FS  1
FS = é a frequência de amostragem [Hz]
TS

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x [ n ] = xa ( nT )

xa ( t )

x [ n]

t
T 2T 3T
Sinais
Energia e potência:
• Energia: ∞
2
Ex  ∫ x (t )
−∞
dt

2
Ex  ∑ x [ n]
n =−∞

• Potência: Energia média em um intervalo.


T
1 2
Px  lim
T →∞ 2T ∫ x (t )
−T
dt

1 N
2
Px  lim ∑ x [ n]
N →∞ 2 N + 1
n =− N

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Sinais
Exemplo 3.2: Determine a energia dos sinais a seguir.
x (t )

t
−1 2 12

Observação: Valor rms (root-mean-square).

rms  Px

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Operações básicas com sinais
y = x ( t )  Variável dependente (amplitude)
y = x (t )
t  Variável independente (tempo)

Manipulações envolvendo a amplitude:


• Escala:
= y ( t ) kx ( t ) k ∈
y [ n ] = kx [ n ]

Exemplo: Amplificadores de áudio.

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x(t)
4

-1

-2

-3

-4
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t

y(t) = 2,5x(t)
4

-1

-2

-3

-4
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t
Operações básicas com sinais
Manipulações envolvendo a amplitude:
• Soma: y ( t =) x1 ( t ) + x2 ( t ) +  + x p ( t )
y [ n= ] x1 [ n ] + x2 [ n ] +  + x p [ n ]

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x (t)
1
1

0.5

-0.5

-1
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t
x (t)
2
5

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t

y(t) = x 1
(t) + x 2
(t)
6

-2
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t
Operações básicas com sinais
Manipulações envolvendo a amplitude:
• Combinação linear: y =(t ) a1 x1 ( t ) + a2 x2 ( t ) +  + a p x p ( t )
y [=n] a1 x1 [ n ] + a2 x2 [ n ] +  + a p x p [ n ]
a1 , a2 , , a p ∈ 
Exemplo: Mixer de áudio.

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x (t)
1
2

-1

-2
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t
x (t)
2
2

-1

-2
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t

y(t) = 0,5x 1
(t) + 1,5x 2
(t)
3

-1

-2

-3
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t
Operações básicas com sinais
Manipulações envolvendo a amplitude:
• Multiplicação: y ( t ) = x1 ( t ) x2 ( t ) x p ( t )
y [ n ] = x1 [ n ] x2 [ n ] x p [ n ]
Exemplo: Modulador em amplitude.

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x (t)
1
1

0.5

-0.5

-1
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t
x (t)
2
1

0.5

-0.5

-1
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t

y(t) = 0,5x 1
(t) + 1,5x 2
(t)
1

0.5

-0.5

-1
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
t
Operações básicas com sinais
Manipulações envolvendo a amplitude:
• Soma com uma constante: y ( t ) =x1 ( t ) + k k ∈
y=[ n] x1 [ n] + k
Observação: Todos os sinais devem ter o mesmo tamanho.

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Operações básicas com sinais
Exemplo 3.3: Dado os seguintes sinais, realize a seguinte operação:
y [ n ] 2 x1 [ n ] − x2 [ n ]
=

x1 [ n ] x2 [ n ]
3
2 2
1 1
n n
−1

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Operações básicas com sinais
Manipulações envolvendo o tempo:
• Deslocamento:
t0 > 0  deslocamento para direita
t ) x ( t − t0 )
y (=
t0 < 0  deslocamento para esquerda
n0 > 0  deslocamento para direita
n ] x [ n − n0 ]
y [=
n0 < 0  deslocamento para esquerda

Exemplo 3.4: Dado o sinal abaixo, determine: y (=


t ) x (t − 2)
x (t )
1

t
−1 1
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Operações básicas com sinais
Manipulações envolvendo o tempo:
• Reflexão: Rebatimento em relação ao eixo vertical.
y ( t=
) x ( −t )
y [ n=] x [ −n]
Exemplo 3.5: Dado o sinal abaixo, determine y [ n=
] x [ −n]
x [ n]
3
2
1
n

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Operações básicas com sinais
Manipulações envolvendo o tempo:
a > 1  compressão
• Mudança de escala:=
y ( t ) x ( at ) a ∈ , a > 0
0 < a < 1  expansão

Exemplo 3.6: Dado o sinal, determine x1 ( t ) = x ( 2t ) e x2 ( t ) = x ( t 2 )


x (t )
1

t
−1 1

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Operações básicas com sinais
Manipulações envolvendo o tempo:
• Subamostragem:=
y [ n ] x [ kn ] k ∈ , k > 0
Consiste em diminuir a quantidade de amostras do sinal, "pulando" k-1 amostras.

• Sobreamostragem:
 x [n k ] n k ∈ 
y [ n=
] x( k ) [ n=]  k ∈ , k > 0
0 caso contrário

Consiste em aumentar a quantidade de amostras do sinal, inserindo k-1 amostras nulas


entre as amostras do sinal original.

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Operações básicas com sinais
Exemplo 3.7: Dado o seguinte sinal, realize as seguintes operações:
y1 [ n ] = x [ 2n ]
 x [ n 2] n 2 ∈ 
y2 [ n ] x=
= ( 2) [ n] 
0 caso contrário
x [ n]
3
2
1
n

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Operações básicas com sinais
Manipulações envolvendo o tempo:
Relação entre mudança de escala, subamostragem e sobreamostragem:

Tempo contínuo Tempo discreto


Compressão Subamostragem
Expansão Sobreamostragem

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Operações básicas com sinais
( t ) x ( at − b ) .
Operações combinadas: Supor que desejamos realizar a operação y=
a) Realizar o deslocamento por b, obtendo x(t - b) e depois realizar a escala por a, obtendo x(at -
b).
b) Realizar a escala por a, obtendo x(at), e depois realizar o deslocamento por b/a, obtendo x(a(t –
b/a)) = x(at - b).

( t ) x ( 2t − 3)
Exemplo 3.8: Dado o sinal abaixo, determine: y=
x (t )
1

t
−1 1

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Classificação de sinais
1. Tempo contínuo vs. Tempo discreto:

x (t ) t ∈  x [ n] n ∈ 

Tempo contínuo Tempo discreto

2. Analógico vs. Digital:


• Analógico: amplitude pode assumir um conjunto infinito de valores;
• Digital: amplitude pode assumir um conjunto finito (enumerado) de valores.
xa (t ) Analógico xd (t )
Digital

t t
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Classificação de sinais
3. Periódicos vs. Aperiódicos:
t ) x (t + T )
Tempo contínuo: x (= T Período (s)

Periódico Aperiódico
Sinal periódico com período T Sinal periódico com período 2T,3T,4T...
Menor valor de período Período fundamental (T0)

1
Frequência: f 0 = Linear (Hz)
T0

ω0 2=
= π f0 Angular (rad/s)
T0
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Classificação de sinais
3. Periódicos vs. Aperiódicos:
Tempo discreto: x [=
n] x [ n + N ] N Período (adimensional)
N ∈

Periódico Aperiódico
Sinal periódico com período N Sinal periódico com período 2N,3N,4N...
Menor valor de período Período fundamental (N0)


Frequência: ω0 = Angular (rad)
N0

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Classificação de sinais
4. Par vs. Impar:
Par: x ( t=
) x ( −t ) Impar: x ( t ) =− x ( −t )
x [ n=
] x [ −n] x [ n] =− x [ −n]

Par Impar

Sem
simetria

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Classificação de sinais
4. Par vs. Impar:
Propriedade 1 - Todo sinal pode ser escrito tal que:
1
x ( t ) xe ( t ) + xo ( t )
= ( t )  x ( t ) + x ( −t )
xe=
2
x [ n ] xe [ n ] + xo [ n ]
= Parte par
1
[ ] ( x [ n ] + x [ − n ])
xe=n
2
1
( t )  x ( t ) − x ( −t )
xo=
2
1 Parte impar
[ n ] ( x [ n ] − x [ − n ])
xo=
2
ter: x ( 0 ) 0=
Propriedade 2 - Um sinal com simetria impar deve = x [ 0] 0

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Classificação de sinais
5. Duração finita vs. Duração infinita:
t > t H n > nH
Duração finita: x ( t ) = 0  x [ n] = 0 
 t < tL  n < nL
Caso contrário  duração infinita.

Finita Infinita
Duração infinita:
a) Lateral direito;
b) Lateral esquerdo;
c) Bilateral.

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0.6

0.4

0.2

0
-10 -5 0 5 10

1.5

0.5

0
-10 -5 0 5 10

0.5

0
-10 -5 0 5 10
Classificação de sinais
6. Energia vs. Potência:
∞ T
2 1 2
Ex  ∫ x (t )
−∞
dt Px  lim
T →∞ 2T ∫ x (t )
−T
dt

2 1 N
2
Ex  ∑ x [ n]
n =−∞
Px  lim
N →∞ 2 N + 1

n =− N
x [ n]

• Sinais de Energia: Energia finita e potência nula;


• Exemplos: Sinais de duração finita ou sequências de duração infinita, mas que decrescem
de amplitude.
• Sinais de Potência: Energia infinita e potência finita;
• Exemplos: Sinais periódicas.
• Nem energia, nem potência.

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Classificação de sinais
6. Energia vs. Potência:
Potência para sinal periódicos:
T
1 2 1 N −1 2
Px = ∫ x ( t ) Px = ∑ x [ n ]
T0 N n =0
7. Causais vs. Não-causais:
x (t ) 0
Causal:= t<0
x [ n] 0
= n<0
Não-causal, caso contrário.

Causal Não-causal

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Modelos para sinais de tempo contínuo
1. Degrau unitário:
u (t )

1 t ≥ 0 1
u (t ) = 
0 t < 0 t

Utilidades:
1. Para determinar que um sinal comece em t = 0 (torna-lo causal), basta multiplica-lo por u(t);
2. Descrever uma função com diferentes descrições matemáticas em diferentes intervalos de
tempo em apenas uma expressão matemática.

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Modelos para sinais de tempo contínuo
=
2. Impulso unitário: δ (t ) 0 t≠0

∫ δ ( t ) dt = 1
−∞

Outro entendimento,

p∆ ( t )
1
1∆  0≤t <∆
p∆ ( t ) =  ∆ Pulso com largura Δ, amplitude
0 caso contrário 1/Δ e área unitária
t

δ ( t ) = lim δ ∆ ( t )
∆→0

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Modelos para sinais de tempo contínuo
2. Impulso unitário:
p∆ ( t )
1∆ Duração  0
lim
∆→0 δ ( t= 0 ) → ∞
δ (t ≠ 0) = 0
t Área = 1

Representação gráfica:
δ (t ) kδ ( t )
k
1
t t

Amplitude da seta = Área


do impulso
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Modelos para sinais de tempo contínuo
Propriedades do Degrau unitário e Impulso unitário:
t

P1) u ( t ) = ∫ δ (τ ) dτ
−∞
du ( t )
P2) δ ( t ) =
dt
P3) x ( t ) δ ( t −
= t0 ) x ( t0 ) δ ( t − t0 )

P4) ∫ x ( t ) δ ( t − t ) dt =
−∞
0 x ( t ) (teorema da amostragem)
0


P5) x ( t )
= ∫ x (τ ) δ ( t − τ ) dτ
−∞

(t )
P6) u= ∫ δ ( t − τ ) dτ
0
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=x ( t ) lim
∆τ →0
∑ x ( n∆τ ) p ( t − n∆τ )
n =−∞
∞ p ( t − n∆τ )
=lim
∆τ →0
∑ x ( n∆τ )
n =−∞ ∆τ
∆τ

Quando Δτ  0, a altura dos pulsos tende a infinito,


mas a área ainda é x ( n∆τ ).

=x ( t ) lim
∆τ →0
∑ x ( n∆τ )δ ( t − n∆τ ) ∆τ
n =−∞

∑→∫
Δτ  0 ∆τ → dτ
n∆τ → τ

=x (t ) ∫ x (τ ) δ ( t − τ ) dτ
−∞
Modelos para sinais de tempo contínuo
=
3. Exponencial real: x ( t ) Ce at C, a ∈ 

a>0 a<0

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Modelos para sinais de tempo contínuo
4. Sinais senoidais:
= x ( t ) A cos (ω0t + φ ) A  Amplitude
ω0 Frequência [rad/s]
φ  Fase inicial [rad]

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Modelos para sinais de tempo contínuo
4. Sinais senoidais:
Propriedade 1 - Os sinais senoidais são periódicos com período fundamental calculado como:


T0 =
ω0

Propriedade 2 - Se
= x1 ( t ) A cos (ω1t + φ ) , então: ω1 ≠ ω2 → x1 ( t ) ≠ x2 ( t )
x2 ( t ) A cos (ω2t + φ )
= ω2 → x1 ( t ) =
ω1 = x2 ( t )

Propriedade 3 - Relação entre frequência e período:

ω0 Oscilação T0

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ω1 > ω2 > ω3
Modelos para sinais de tempo contínuo
=
5. Exponenciais complexas: x ( t ) Ce at C, a ∈ 
x ( t ) = C e jθ e(
r + jω )t
C = C e jθ 0

= C e rt e ( 0 )
j ω t +θ
a= r + jω0
= C e rt cos (ω0t + θ ) + j sin (ω0t + θ ) 
= C e rt cos (ω0t + θ ) + j C e rt sin (ω0t + θ )
= xr ( t ) + jxi ( t )

xr ( t ) Re
= = { }
x ( t ) C e rt
cos (ω0t + θ ) Sinais senoidais amortecidos
(multiplicados) por uma exponencial real.
xi ( t ) Im
= = { x ( t )} C ert sin (ω0t + θ )

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xr ( t ) Re
= { x ( t )} C ert cos (ω0t + θ )
xi ( t ) Im
= { x ( t )} C ert sin (ω0t + θ )
r >0

r<0
Modelos para sinais de tempo contínuo
5. Exponenciais complexas:
Propriedade 1 - Os sinais exponenciais complexas são periódicos com período fundamental
calculado:

T0 =
ω0
Propriedade 2 - Se x1 ( t ) = C e e
j (ω1t +θ )
ω1 ≠ ω2 → x1 ( t ) ≠ x2 ( t )
rt
, então:
x2 ( t ) = C e rt e
j (ω2t +θ )
ω2 → x1 ( t ) =
ω1 = x2 ( t )

Propriedade 3 - Relação entre frequência e período:

ω0 Oscilação T0

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Modelos para sinais de tempo discreto
1
δ [ n]

1 n = 0
1. Impulso unitário: δ [ n ] =  0.5

0 n ≠ 0
0
-4 -2 0 2 4

u [ n]
1

1 n ≥ 0
2. Degrau unitário: u [ n ] =  0.5

0 n < 0
0
-4 -2 0 2 4

Utilidades:
1. Para determinar que um sinal comece em n = 0 (torna-lo causal), basta multiplica-lo por u[n];
2. Descrever uma função com diferentes descrições matemáticas em diferentes intervalos de
tempo em apenas uma expressão matemática.
© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 47
Modelos para sinais de tempo discreto
Propriedades do Degrau unitário e Impulso unitário:
n
P1) u [ n ] = ∑ δ [k ]
k =−∞

P2) δ [ n ] = u [ n ] − u [ n − 1]

P3) x [ n ]δ [ n −=
n0 ] x [ n0 ]δ [ n − n0 ]

P4) ∑ x [ n ]δ [ n − n ] =
n =−∞
0x [ n ] (teorema da amostragem)
0


P5) x [ n ]
= ∑ x [ k ]δ [ n − k ]
k =−∞

u [ n]
P6)= ∑δ [n − k ]
k =0

© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 48


x [ n ] = a−3δ [ n + 3] + a1δ [ n − 1] + a2δ [ n − 2] + a7δ [ n − 7 ]
x [ −3]δ [ n + 3] + x [1]δ [ n − 1] + x [ 2]δ [ n − 2] + x [ 7 ]δ [ n − 7 ]
=


=
Forma geral: x [ n] ∑ x [ k ]δ [ n − k ]
k =−∞
Modelos para sinais de tempo discreto
real: x [ n ] Cα C ,α ∈ 
n
=
3. Exponencial
1 6

0.8

4
0.6

0.4
2
0.2

0 0
0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10

1 6

4
0.5
2
0
0

-0.5 -2

-4
-1
0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10

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Modelos para sinais de tempo discreto
=
4. Sinais senoidais: x [ n ] A cos (ω0 n + φ ) A  Amplitude
ω0  Frequência [rad]
φ  Fase inicial [rad]

© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 51


Modelos para sinais de tempo discreto
4. Sinais senoidais:
Propriedade 1 - Um sinal senoidal de tempo discreto será periódico se e somente se:

=ω0 qπ q∈

Se essa condição é atendida, o período é calculado como:


2π k (escolher o menor valor de k que torna N inteiro)
N=
ω0

Exemplo 3.9: Determine se os sinais a seguir são periódicos, e caso sejam, determine o período
fundamental.

π   3π  1 
x1 [ n ] = cos  n  x2 [ n ] = cos  n x3 [ n ] = cos  n 
8   7  6 
© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 52
Modelos para sinais de tempo discreto
4. Sinais senoidais:
Propriedade 2 - Uma sequência senoidal com frequência ω0 é igual àquela com frequência ω0 +
2πk, k inteiro.
Propriedade 3 - Máxima frequência de oscilação = π.

© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 53


Modelos para sinais de tempo discreto
=
5. Sinais exponenciais complexas: x [ n ] Cα n C ,α ∈ 
C=Ce jθ
x [ n] = C e jθ
(α e ) jω0 n

=C α e( 0 )
n
α = α e jω 0 j ω n +θ

= C α cos (ω0 n + θ ) + j sin (ω0 n + θ ) 


n

= C α cos (ω0 n + θ ) + j C α sin (ω0 n + θ )


n n

= xr [ n ] + jxi [ n ]

xr [ n ] Re
= = { x [ n]} C α cos (ω0 n + θ )n
Sinais senoidais amortecidos por uma
exponencial real.
xi [ n ] Im
= = { x [ n]} C α sin (ω0 n + θ )n

© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 54


xr [ n ] Re
= = { x [ n]} C α cos (ω0 n + θ )
n

xi [ n ] Im
= { x [ n]} C α sin (ω0 n + θ )
n

α >1

α <1
Modelos para sinais de tempo discreto
5. Sinais exponenciais complexas:
Propriedade 1 - Um sinal exponencial complexo de tempo discreto será periódico se e somente
se:

=ω0 qπ q∈
Se essa condição é atendida, o período é calculado como:
2π k (escolher o menor valor de k que torna N inteiro)
N=
ω0

Propriedade 2 - Uma sequência senoidal com frequência Ω0 é igual àquela com frequência ω0 +
2πk, k inteiro.
Propriedade 3 - Máxima frequência de oscilação = π.

© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 56


Sistemas
x (t ) Sistema de y (t ) x [ n] Sistema de y [ n]
tempo contínuo tempo discreto

x (t ) → y (t ) x [ n] → y [ n]
y ( t ) = T { x ( t )} y [ n ] = T { x [ n ]}
Exemplos:
y (t ) 2x (t ) + 3
1. =
2. y ( t ) = x ( t ) cos (ω0t )
3. y [=
n] x [ n − k ]
n
4. y [ n ] = ∑ x [k ]
k =−∞
dy ( t )
5. + ay ( t ) = bx ( t )
dt
6. y [ n ] + ay [ n − 1] = x [ n]
© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 57
Interconexão de sistemas
1. Série (Cascata):

2. Paralela (Shunt):

© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 58


Interconexão de sistemas
3. Composta:

4. Realimentação (Feedback):

© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 59


Propriedades dos sistemas
1. Memória:
Sem memória:
y(t) em t = t0 depende apenas de x(t) em t = t0.
y[n] em n = n0 depende apenas de x[n] em n = n0.
Com memória, caso contrário.

Exemplo 3.10: Discuta se os seguintes sistemas possuem memória.

a) y ( t ) = x ( t )
2

b) y [=
n ] x [ n − 1]
n

c) y [ n ] = ∑ x [k ]
k =−∞

d) y [ n ] = x [ n ] + x [ n + 1]
© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 60
Propriedades dos sistemas
2. Causalidade:
Causal:
Saída em qualquer instante de tempo depende apenas da entrada nos instantes de tempo atual e
passados
ou
O sistema não pode antecipar entradas futuras.
Caso contrário, não-causal.

© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 61


Propriedades dos sistemas
Exemplo 3.11: Discuta se os seguintes sistemas são causais.

a) y [=
n ] x [ n − 1]

b) y [ n ] = x [ n ] + x [ n + 1]
t

c) y ( t ) = ∫ x (τ ) dτ
−∞

d) y ( t=
) x ( −t )

© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 62


Propriedades dos sistemas
3. Estabilidade:
Estável: Qualquer sinal de entrada que tenha amplitude limitada, resulte em um sinal de saída
com amplitude limitada.
Caso contrário, instável.

Exemplo 3.12: Discuta se os seguintes sistemas são estáveis.


a) y [=
n ] x [ n − 1]
1
b) y ( t ) =
x (t )
τ
c) y ( t ) = ∫ x (τ ) dτ
−∞

d) y ( t ) = x ( t ) cos (ω0t )
© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 63
Estudo de caso - pêndulo:

Estável

Pêndulo invertido:

Instável
Propriedades dos sistemas
4. Linearidade:
Linear:
Seja: T { x1} = y1
T { x2 } = y2

O sistema é dito linear se atender simultaneamente as seguintes condições:


T { x1 + x2 } =T { x1} + T { x2 } =y1 + y2
{ax1} aT
T= = { x1} ay1
Ou, de forma combinada:
T {ax1 + bx2 }= T {ax1} + T {bx2 }= aT { x1} + bT { x2 }
= ay1 + by2
Caso contrário, não-linear

© Pedro Souza, 2023 Sinais e Sistemas 65


Propriedades dos sistemas
4. Linearidade: Todo sistema linear tem a propriedade de entrada nula  saída nula.

Exemplo 3.13: Discuta se os seguintes sistemas são lineares.


a) y ( t ) = tx ( t )
b) y [ n ] = x [ n ]
2

y [ n] 2 x [ n] + 3
c) =

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Propriedades dos sistemas
5. Invariância no tempo:
Invariante no tempo:
T { x ( t )} = y ( t ) T { x [ n ]} = y [ n ]
T { x ( t − t0 )} = y ( t − t0 ) T { x [ n − n0 ]} = y [ n − n0 ]

Tempo contínuo Tempo discreto


Caso contrário, variante no tempo.

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Propriedades dos sistemas
Exemplo 3.14: Discuta se os seguintes sistemas são invariantes no tempo.

y [ n] 2 x [ n] + 3
a) =
b) y ( t ) = sin  x ( t ) 
c) y [ n ] = nx [ n ]
d) y ( t ) = x ( t ) cos ( t )

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Propriedades dos sistemas
6. Invertibilidade:
Invertível:
Existe um sistema inverso tal que, quando colocado em cascata com o sistema original, desfaz o
que o sistema original faz.
ou
Entrada diferentes  Saída diferentes
Caso contrário, não-invertível.

Exemplo 3.15: Discuta se os seguintes sistemas são invertíveis, e caso sejam, determine o seu
inverso.
a) y ( t ) = 2 x ( t ) c) y [ n ] = x [ n ]
2

b) y ( t ) = ∫ x (τ )dτ
−∞

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