Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
E
COESÃO REFERENCIAL
Professora: Maisa Avelino
Matéria: Língua Portuguesa
POLO COPS
O QUE SÃO OS GÊNEROS TEXTUAIS?
Narração, descrição, argumentação, injunção e Telefonema, carta comercial, sermão, romance, aula
exposição. expositiva, receita culinária, cardápio, piada, edital
de concurso, resenha etc.
Como explica o The New England Journal of Medicine, a paciente, chamada Joanie Simpson, tinha sinais de infarto,
como dores no peito e pressão alta, e apresentava problemas nas artérias coronárias. Ao fazerem um
ecocardiograma, os médicos encontraram o problema: cardiomiopatia de Takotsubo, conhecida como síndrome do
coração-partido.
Essa condição médica tipicamente acontece com mulheres em fase pós-menstrual e pode ser precedida por um
evento muito estressante ou emotivo. Nesses casos, o coração apresenta um movimento discinético transitório da
parede anterior do ventrículo esquerdo, com acentuação da cinética da base ventricular, de acordo com um artigo
médico brasileiro que relata um caso semelhante. Simpson foi encaminhada para casa após dois dias e passou a
tomar medicamentos regulares.
Ao Washington Post, ela contou que estava quase inconsolável após a perda de seu animal de estimação, um cão da
raça yorkshire terrier. Recuperada após cerca de um ano, ela diz que não abrirá mão de ter um animal de estimação
porque aprecia a companhia e o amor que os cachorros dão aos humanos. O caso aconteceu em Houston, nos
Estados Unidos.
•
Disponível em: https//exame.abril.com.br. Acesso em 1 dez 2017.
Pelas características do texto lido, que trata das consequências da perda de um
animal de estimação, considera-se que ele se enquadra no gênero
a) conto, pois exibe a história de vida de Joanie Simpson.
b) depoimento, pois expõe o sofrimento da dona do animal.
c) reportagem, pois discute cientificamente a cardiomiopatia.
d) relato, pois narra um fato estressante vivido pela paciente.
e) notícia, pois divulga fatos sobre a síndrome do coração partido.
O objetivo do texto é informar o seu leitor das consequências de um animal de estimação,
como, por exemplo, o surgimento da síndrome do coração-partido. O texto possui todas as
características de um texto do gênero textual notícia, por isso se caracteriza como o gabarito
da questão.
2. (ENEM – 2019)
Receita
Tome-se um poeta não cansado,
Uma nuvem de sonho e uma flor,
Três gotas de tristeza, um tom dourado,
Uma veia sangrando de pavor.
Quando a massa já ferve e se retorce
Deita-se a luz dum corpo de mulher,
Duma pitada de morte se reforce,
Que um amor de poeta assim requer.
Exemplo: Geminianos são muito estilos. Eles sabem se vestir e possuem um jeito
de viver especial.
Exemplo: O que eu gosto nos geminianos é isto: eles não têm medo de ousar.
1.(UERJ – 2016)
O uso de palavras que se referem a termos já enunciados, sem que seja necessário
repeti-los, faz parte dos processos de coesão da linguagem. Na pergunta feita no segundo
quadrinho, uma palavra empregada com esse objetivo é:
a) nós
b) aqui
c) nossa
d) porque
A compreensão acerca do uso da função catafórica e da função anafórica foi cobrada. Nesse
caso, “aqui” se estabelece como um termo anafórico, que se refere ao termo “pátria” já
mencionado anteriormente. Tal mecanismo linguístico se faz muito necessário, uma vez que
evita a repetição de termos num texto e faz com que a leitura ocorra com maior fluidez.
Veja, por exemplo, que se “aqui” não fosse utilizado como um termo de referência, a frase
ficaria repetitiva: “Nós amamos a nossa pátria só porque nascemos na nossa pátria?”
2. (ENEM – 2014)
Há qualquer coisa de especial nisso de botar a cara na janela em crônica de jornal ‒ eu não fazia isso
há muitos anos, enquanto me escondia em poesia e ficção. Crônica algumas vezes também é feita,
intencionalmente, para provocar. Além do mais, em certos dias mesmo o escritor mais escolado não
está lá grande coisa. Tem os que mostram sua cara escrevendo para reclamar: moderna demais,
antiquada demais.
Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os textos que parecem passar
despercebidos, outros rendem um montão de recados: “Você escreveu exatamente o que eu sinto”,
“Isso é exatamente o que falo com meus pacientes”, “É isso que digo para meus pais”, “Comentei com
minha namorada”. Os estímulos são valiosos pra quem nesses tempos andava meio assim: é como me
botarem no colo ‒ também eu preciso. Na verdade, nunca fui tão posta no colo por leitores como na
janela do jornal. De modo que está sendo ótima, essa brincadeira séria, com alguns textos que iam
acabar neste livro, outros espalhados por aí. Porque eu levo a sério ser sério… mesmo quando parece
que estou brincando: essa é uma das maravilhas de escrever. Como escrevi há muitos anos e continua
sendo a minha verdade: palavras são meu jeito mais secreto de calar.
LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de janeiro: Record, 2004.
Os textos fazem uso constante de recurso que permitem a articulação entre suas partes. Quanto à
construção do fragmento, o elemento
a) “nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”.
b) “assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”.
c) “isso” remete a “escondia em poesia e ficção”.
d) “alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”.
e) “essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”.
Em todas as alternativas, é necessário considerar a posição dos elementos e analisar as relações
semânticas assimiladas. Dessa forma, observa-se que a supressão da preposição “em” com o
pronome demonstrativo “isso”, “nisso”, refere-se a um fragmento a ser expresso em seguida, “botar
a cara na janela em crônica de jornal”, funcionando como seu introdutor. Logo, podemos concluir
que estamos diante da função catafórica.
É importante ressaltar que, de acordo com a gramática normativa, pronomes demonstrativos, como
“isso”, devem ser utilizados anaforicamente dentro de um texto. Contudo, no dia a dia, é muito
comum o uso de tais elementos para introduzir outros termos, desviando-se do que a gramática
tradicional caracteriza como correto. Logo, perceba que o comando da questão não se preocupa
com o fato de que o pronome demonstrativo utilizado não é o mais indicado, atentando-se apenas à
relação que os termos possuem na construção do texto, isto é, à relação coesiva entre os dois.
3. (ENEM – 2016)
“O nome próprio da pessoa marca a sua identidade e a sua experiência social e, por isso, é um dado
essencial na sua vida”, diz Francisco Martins, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de
Brasília e autor do livro Nome próprio (Editora UnB). “Mas não dá para dizer que ele conduz a um
destino específico. É você quem constrói a sua identidade. Existe um processo de elaboração, em
que você toma posse do nome que lhe foi dado. Então, ele pesa, mas não é decisivo”. De acordo
com Martins, essa apropriação do nome se dá em várias fases: na infância, quando se desenvolve a
identidade sexual; na adolescência, quando a pessoa começa a assinar o nome; no casamento,
quando ela adiciona (ou não) o sobrenome do marido ao seu. “O importante é a pessoa tomar
posse do nome, e não ficar brigando com ele”.
Apesar de
Não lembro quem disse que a gente gosta de uma pessoa não por causa de, mas apesar de.
Gostar daquilo que é gostável é fácil: gentileza, bom humor, inteligência, simpatia, tudo isso a
gente tem em estoque na hora em que conhece uma pessoa e resolve conquistá-la. Os defeitos
ficam guardadinhos nos primeiros dias e só então, com a convivência, vão saindo do
esconderijo e revelando-se no dia a dia. Você então descobre que ele não é apenas gentil e
doce, mas também um tremendo casca-grossa quando trata os próprios funcionários. E ela não
é apenas segura e determinada, mas uma chorona que passa 20 dias por mês com TPM. E que
ele ronca, e que ela diz palavrão demais, e que ele é supersticioso por bobagens, e que ela
enjoa na estrada, e que ele não gosta de criança, e que ela não gosta de cachorro, e agora?
Agora, convoquem o amor para resolver essa encrenca.