Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Pergunta 1
Residia na Turquia
Um viúvo capitalista,
Se chamava Evangelista
Fizeram combinação,
E foram negociar
[...]
a. Narrativa.
b. Descritiva.
c. Explicativa.
d. Argumentativa.
e. Dialogal.
Feedback da resposta: Resposta: A. Comentário: O início do texto já esclarece que se trata de uma
"história", ou seja, de uma narrativa, em que há personagens, um fato acontecido com eles, em um
tempo e lugar, além da presença de um narrador.
Pergunta 2
Prima Julieta
Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo
ainda garoto e já sensibilíssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade.
Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Virgílio de outra mulher. Prima Julieta
caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando os belos braços brancos. A cabeleira
loura incluía reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde azulado borboleteavam. A voz
rouca e ácida, em dois planos: voz de pessoa da alta sociedade.
MENDES, M. A idade do serrote. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968.
Entre os elementos constitutivos dos gêneros está o modo como se organiza a própria composição
textual, tendo-se em vista o objetivo de seu autor: narrar, descrever, argumentar, explicar, instruir. No
trecho, reconhece-se uma sequência textual:
c. narrativa, em que se contam fatos que, no decorrer do tempo, envolvem prima Julieta.
d. descritiva, em que se constrói a imagem de prima Julieta a partir do que os sentidos do enunciador
captam.
e. argumentativa, em que se defende a opinião do enunciador sobre prima Julieta, buscando-se a adesão
do leitor a essas ideias.
Feedback da resposta: Resposta: D. Comentário: O texto tem como base a descrição, uma vez que
detalha a figura Julieta. Trata-se da estrutura em que há explanação do ser. No caso, Julieta é
caracterizada como “fascínio singular”; “feminilidade em pessoa” e assim por diante.
Pergunta 3
a. Enquanto os tipos textuais são constructos teóricos definidos por propriedades linguísticas intrínsecas
e recebem designações teóricas do tipo: narração, argumentação, injunção etc., os gêneros textuais são
realizações linguísticas concretas definidas por propriedades sociocomunicativas e exemplificam-se
como: conversações, receitas culinárias, fanfic, entre outras.
c. Usamos a expressão tipo de texto como uma noção propositalmente vaga para referir os textos
materializados que encontramos em nossa vida diária.
d. É impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossível se
comunicar verbalmente a não ser por algum texto. Logo, a comunicação verbal só é possível através de
algum tipo textual.
e. Para a noção de tipo textual, predominam os critérios de ação prática, circulação sócio-histórica,
funcionalidade, conteúdo temático, estilo e composição.
Pergunta 4
II- Ao contrário dos textos narrativos, que se apoiam na sucessão temporal, este texto apresenta uma
peculiaridade gramatical própria: os verbos estão no presente.
IV- A clareza e a precisão da descrição técnica não dão margem a interpretações variadas.
a. I e II.
b. I, III e IV.
d. I, II e V.
e. IV e V.
Feedback da resposta: Resposta C. Comentário: Pelo conteúdo do texto e linguagem, o gênero é bula,
cuja função é informar sobre um determinado medicamento. Para tanto, há o emprego de linguagem
com termos específicos, o verbo no tempo presente para designar definição. O texto não se dirige a
leigos.
Pergunta 5
Assinale a alternativa que melhor descreva uma abordagem contemporânea quanto ao estudo dos
gêneros textuais:
a. Os estudos sobre gêneros textuais têm percorrido um novo rumo ao considerar todos os enunciados
orais ou escritos, que atendam a um propósito comunicativo, um gênero do discurso. Assim, não só os
textos literários são agrupados em gêneros textuais, mas todo e qualquer texto que apresente uma
função sociocomunicativa dentro de uma sociedade.
b. Uma abordagem atual sobre os gêneros textuais está restrita aos textos literários em função de suas
características estilísticas.
c. Uma abordagem atual sobre os gêneros textuais está centrada no estudo dos textos orais em função
da espontaneidade que os caracteriza.
d. O estudo dos gêneros textuais, numa perspectiva contemporânea, está direcionado para os
fenômenos linguísticos de textos poéticos e jornalísticos.
e. O estudo dos gêneros textuais centra-se em textos literários que reproduzam características da
oralidade.
Pergunta 6
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa,
desapontada, murmurou consigo: “Deixe estar, seu malandro, que já te curo!...E em voz alta:
– Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro,
gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos, como
namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.
– Muito bem! – exclama o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo,
limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vêm
vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.
Ao ouvir falar em cachorro, Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco,
dizendo:
– Infelizmente, amigo Co-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica pra outra
vez a festa, sim? Até logo.
E raspou-se.
a. Trata-se de um gênero do discurso primário, pois apesar de serem animais, no contexto literário são
interlocutores ativos do diálogo.
b. Não é um gênero do discurso, porque não trata de seres humanos falantes e ativos em uma situação
dialógica comum.
c. Trata-se de um gênero do discurso secundário que inclui o gênero do discurso primário, que é o
diálogo.
d. Fábulas não se constituem gêneros do discurso, pois procuram transmitir certos valores morais.
e. Não pode ser classificado como um gênero textual, pois trata-se de um texto narrativo.
Feedback da resposta: Resposta: C. Comentário: O gênero desse texto é fábula, que faz parte do
discurso secundário. No caso dessa fábula, o texto é constituído de conversação, cuja base é o tipo
dialogal; a conversação é considerada o primeiro gênero criado pela humanidade.
Pergunta 7
Todo gênero tem um suporte, que contribui para seleção de gêneros e sua forma de apresentação. No
entanto, a distinção entre ambos – gênero e suporte – nem sempre é simples e a identificação do
suporte exige cuidado. Nesse caso, considere as seguintes afirmativas sobre o livro:
II- O livro é um suporte maleável, mas com formatos definidos pela própria condição em que se
apresenta (capa, páginas, encadernação etc.).
III- O livro comporta os mais diversos gêneros, desde o romance até tese de doutorado.
a. Apenas I é afirmativa verdadeira.
Pergunta 8
sobre a imagem:
c. Tipologia: Injuntiva.
Pergunta 9
c. É um texto, enquanto roteiro escrito de um filme. Já no momento em que visto e ouvido em tela,
perde sua característica de texto, podendo ser classificado e analisado como um diálogo.
d. Por ser um roteiro escrito de um filme, traz todas as marcas de oralidade que caracterizam o diálogo
oral.
Feedback da resposta: Resposta: A. Comentário: O trecho do filme é marcado pela conversação, que é
um gênero textual. Esse gênero tem como tipologia o diálogo (tipo dialogal), mas como é escrito,
verificamos o apagamento das marcas da oralidade (como hesitação, repetição etc.).
Pergunta 10
Não são só ladrões, diz o santo, os que cortam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhes
colher a roupa: os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os
reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os
quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem:
estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco: estes sem temor, nem perigo; os
outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam. (Padre António Vieira)
a. O texto é do tipo opinativo, porque o autor critica os ladrões, pois eles invadem a propriedade alheia.
b. Vieira defende a ideia de que a propriedade privada deve ser preservada a qualquer custo, mesmo
que para isso inocentes sejam confundidos com criminosos.
c. A distinção que o autor faz sobre dois tipos de ladrões – os que estão no poder e roubam os povos e
os outros comuns que roubam e são enforcados – marca o tipo opinativo do texto, caracterizando o
gênero sermão.
d. O texto é do gênero sermão, típico do domínio discursivo religioso, e, como tal, tem sua base
tipológica na injunção, que serve, no fragmento do texto de Vieira, para ensinar os fiéis.
e. O tipo de argumento usado pelo Padre Antônio Vieira é a comparação; no caso, entre os ladrões de
bola e os ladrões investidos de autoridades, que despojam os povos sem medo.