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Polo: Bacabal

Curso: Farmácia 5° Período/Noturno


Disciplina: Homem, Cultura e Sociedade
Acadêmica: Amanda Viana Gonzaga
Atividade Discursiva
O multiculturalismo é um movimento que defende todas as ideias e culturas que
constituem um povo, afirmando que as mesmas devem ser reconhecidas e respeitadas,
sejam elas culturas trazidas com imigrantes estrangeiros ou nacionais.

Vale ressaltar que historicamente o multiculturalismo não foi muito favorecido, e


ocorreram muitos ditos genocídios culturais, que é a destruição de uma cultura, na
história do mundo. Tais genocídios culturais ocorreram pois algumas culturas, vistas
como inferiores, não foram valorizadas e, por isso, desapareceram.

Nesse sentido, as políticas públicas tem grande relevância, pois sendo as mesmas feitas
pelo governo ou pela iniciativa privada tem o objetivo de corrigir desigualdades raciais
presentes na sociedade, acumuladas ao longo de anos. Uma ação afirmativa que busca
oferecer igualdade de oportunidades a todos e buscam soluções para que genocídios
culturais fiquem no passado, contribuindo, portanto, para o avanço da ideia do
multiculturismo através da valorização da cultura e ações com o objetivo de reverter a
representação negativa dos negros, promover igualdade de oportunidades e combater o
preconceito e o racismo.

Para compreender a necessidade de uma ação afirmativa, é preciso, antes de tudo,


compreender o contexto social vivido por um país, por isso o que gera preconceito por
parte de setores da sociedade em muitos casos é analisar uma ação afirmativa sem antes
entender o histórico que precedeu a política pública.

 Ao debater as cotas para negros nas universidades, por exemplo, é preciso retornar ao
Brasil colonial e perceber como o processo de escravidão criou desigualdades sociais
que são presentes até hoje, mesmo após mais de 100 anos da abolição da escravidão. A
partir de dados estatísticos que demonstram a diferença entre negros nas universidades
comparados com o percentual desta população no total de brasileiros, o governo
comprova a necessidade de criar uma política para compensar séculos de desigualdades.

É assim que nasce uma política de ação afirmativa. Após a leitura de um diagnóstico
sociocultural histórico, há a comprovação estatística das desigualdades existentes e da
necessidade de reparos. Após o diagnóstico e o planejamento de uma política de ação
afirmativa, os gestores governamentais encaminham a legislação, monitoram sua
aprovação e implementação.

Desse maneira, é dada a oportunidade de que culturas que antes não eram representadas
pela sociedade passem a ser melhor representadas: por exemplo, uma tribo indígena que
ficou por anos esquecida e que não possui boas escolas e que antes tinha poucas chances
de conseguir aprovar um jovem no vestibular, agora, com as ações afirmativas, pode
enviar um jovem para a universidade e ele pode, nesta oportunidade, aprender e ensinar
sobre a sua cultura em um ambiente acadêmico.

Com este tipo de ação, nós preservarmos culturas e povos, impedindo genocídios
culturais, isto é, o apagamento de uma cultura marginal pela cultura hegemônica e
garantimos que a nossa sociedade seja um pouco mais multicultural e um pouco menos
culturalmente hegemônica.

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