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EDUCAÇÃO NO CAMPO: UM OLHAR SOBRE OS AVANÇOS E

DESAFIOS POR ESSA MODALIDADE

Resumo:

A presente artigo tem como objetivo abordar sobre a educação no campo, de modo que possa trazer os avanços e
desafios que essa modalidade enfrenta durante muito tempo no povoado de Curva Grande – Maranhão. Assim
iremos entender a realidade vivenciada pelas escolas rurais; identificar as dificuldades enfrentadas pelos
segmentos que compõem a escola; e indicar quais os avanços e os desafios enfrentados pela educação no campo.
Procura-se desenvolver um pensamento crítico em relação a Educação no Campo trazendo um olhar sobre os
desafios e avanços dessa modalidade de ensino. A pesquisa foi construída através de relatos de professores do
próprio povoado. Pretende-se conhecer essa modalidade a fim de que haja um engajamento para refletir sobre a
educação no campo.

Palavras-chave: Educação no campo. Desafios. Modalidade. Avanços. Pesquisa.

Abstract:
The present article aims to address the education in the field, so that it can bring the advances and challenges that
this modality faces for a long time in the village of Curva Grande - Maranhão. Thus, we will understand the
reality experienced by rural schools; identify the difficulties faced by the segments that make up the school; and
indicate the advances and challenges faced by education in the field. The goal is to develop critical thinking in
relation to rural education, bringing a look at the challenges and advances of this kind of education. The research
was built through the reports of teachers from the village itself. The intention is to get to know this modality in
order to have an engagement to reflect about education in the countryside.

Keywords: Education in the countryside. Challenges. Modality. Advances. Research.

Resumen:
El presente artículo tiene como objetivo abordar la educación en el campo, para que pueda traer los avances y
desafíos que esta modalidad se enfrenta desde hace mucho tiempo en el pueblo de Curva Grande - Maranhão.
Así, entenderemos la realidad que viven las escuelas rurales; identificaremos las dificultades que enfrentan los
segmentos que la componen; e indicaremos cuáles son los avances y desafíos que enfrenta la educación en el
campo. Buscamos desarrollar un pensamiento crítico en relación con la educación rural, aportando una mirada a
los retos y avances de este tipo de educación. La investigación se construyó a través de los informes de los
profesores del propio pueblo. Se pretende conocer esta modalidad para tener un compromiso de reflexión sobre
la educación en el campo.

Palabras Clave: Educación en el campo. Desafíos. Modalidad. Avances. Investigación.

INTRODUÇÃO

A educação no campo é uma modalidade de ensino voltada para espaços rurais. Está
ligada a toda forma de educação em espaços florestais, agriculturas, camponeses,
agropecuárias e até nos espaços de comunidades quilombolas e indígenas, comunidades
pesqueiras, entre outras. Nessa modalidade de ensino é de suma importância levar em
consideração todos os saberes ali existentes, os conhecimentos empíricos que eles trazem
consigo e que vão passando adiante para novas gerações.
A dificuldade de ensino nesse meio é muito nítida e envolve todas as pessoas, a falta
de políticas educacionais acaba produzindo uma limitação para a comunidade, tornando mais
difícil o acesso a uma educação de qualidade.
Diante disso, achamos necessário trazer uma reflexão sobre esse tema, com o intuito
de mostrar quais os desafios encontrados por ela e os avanços que podemos citar neste
trabalho, trazendo reflexões sobre a temática, e o que podemos citar como mudanças claras
diante de Leis que asseguram o ensino no campo.
Dessa forma, essa pesquisa encontra-se fundamentada em trabalhos científicos,
propondo reflexões sobre os avanços e desafios vivenciados por essa modalidade de ensino. E
por meio desse trabalho apresentar um olhar mais amplo sobre essa situação, bem como
proporcionar melhorias para essa modalidade, e também para a comunidade.
O objetivo principal deste estudo é pesquisar sobre a Educação no campo, de modo
que possa trazer os avanços e desafios que essa modalidade enfrenta até os dias atuais. Aqui,
procuramos entender a realidade vivenciada pelas escolas rurais, identificando as dificuldades
expostas pelos segmentos que compõem a escola e indicando quais avanços e desafios que
são presentes na educação no campo.

METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia é a forma como foi feita a coleta de dados, mostrando os instrumentos


que foram utilizados, as abordagens utilizadas na pesquisa, procedimentos e técnicas que
foram usadas e serviram como base para solucionar o problema do tema. A partir da
metodologia que tivemos o direcionamento de como resolver o problema, e para isso foi
preciso trazer aqui todas as etapas da pesquisa.
A metodologia é um conjunto de técnicas de pesquisa que integra diferentes meios que
ajudam na prática da investigação científica, e que ajuda a conduzir determinados temas. De
acordo com Sampaio (2013, p. 10):

A metodologia é o caminho, a trajetória demarcada para apreender o objeto


ou fenômeno investigado a partir de procedimentos em relação aos tipos de
pesquisa e as formas de colher os dados e tratá-los. É imperioso esclarecer
que a pesquisa sistematizada por métodos indica uma classificação conforme
o objeto, delineamento e procedimento.

A Metodologia pode ser estabelecida como um conjunto de etapas e ferramentas pelo


qual o investigador científico visa sua proposta de trabalho com princípios de caráter
científico, para compreender dados que sustentam seus princípios iniciais. Assim, o
investigador pode optar por definir quais os melhores recursos que vai usar, no sentido de
conduzir cada tipo de estudo.
Já os métodos e técnicas de pesquisa são princípios para estabelecer o campo da
prática, mostrando a concepção de um novo modelo capaz de conduzir os trabalhos de
pesquisa, para estabelecer problemas não observados ou não estabelecidos pela população
partidária do padrão até então presente, tem-se a prática da transformação científica. Neste
sentido Vizzotto (2016, p. 5) afirma:

O Método científico é a ordem que se deve impor aos diferentes processos


necessários para atingir um dado fim ou um resultado desejado. De modo
que, nas ciências, entende-se por método o conjunto de processos que o
espírito humano deve empregar na investigação e demonstração da verdade.

O método científico é fundamental para analisar e obter experiências, bem como para
desenvolver princípios e produzir conhecimentos para uma produção científica.

ABORDAGEM METODOLÓGICA

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) tem


como objetivo incentivar a pesquisa no Brasil, proporcionando pesquisas científicas e
tecnológicas nas diversas áreas do conhecimento. No CNPq1 consta que:

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)


é uma agência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MC&TI)
destinada ao fomento da pesquisa científica e tecnológica e à formação de
recursos humanos para a pesquisa no país que adota determinada árvore de
conhecimento como suporte para o desenvolvimento dos seus trabalhos.

O CNPq tem uma utilização abrangente, sendo usado por estruturas presentes em
conhecimento, desenvolvimento, produção, arte e revolução. É um Conselho para organizar
referências tendo em vista fornecer e determinar projetos e ações que estabelecem critérios
aos seus clientes, a fim de construírem uma base curricular sólida e selecionar especialistas
em todas as áreas.
Na abordagem metodológica considera-se também a pesquisa pura básica que,
segundo Garces (2010, p. 14):

A Pesquisa Pura Básica: tem a curiosidade intelectual como motivação.


(Visa desenvolver teorias). As principais características são: entender ou
descobrir novos fenômenos; gerar conhecimentos básicos ou fundamentais;
requer a divulgação dos conhecimentos obtidos; produzir artigos científicos.
Nessa perspectiva, esse tipo de Pesquisa Pura Básica orienta o trabalho do cientista,
sendo fundamental a aplicação aos problemas que ele levanta, seu tipo de pesquisa e o grupo
de suas problematizações.
A pesquisa será também explicativa, pelo fato de explicar os aspectos que controlam
ou especificam as situações das manifestações. Por isso, é a que mais investiga a relação da
prática. De maneira ampla pode-se considerar que a prática científica está baseada nos efeitos
dos estudos explicativos. Nesse sentido Gil (2007, p. 7) afirma:

Este tipo de pesquisa tem como objetivo proporcionar maior familiaridade


com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir
hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: (a) levantamento
bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas
com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a
compreensão.

A pesquisa explicativa tem por finalidade desenvolver hipóteses, ratificar recursos e


promover a prática com a área do conhecimento. É bastante aplicada em estudos em que o
tema foi raramente utilizado, conseguindo ser utilizado em conhecimentos iniciais, sendo
capaz de obter uma compreensão maior da parte de práticas e fatos.
A escolha do trabalho de campo se deu pelo fato de se querer buscar o envolvimento
das manifestações fundamentais em seu ambiente, onde o observador adentra em um local do
cotidiano, em contato com as pessoas de uma determinada região. Trata-se de aprofundar em
um lugar onde as pessoas aparecem, onde surgem os seus sistemas tradicionalmente
estabelecidos, que constituem papel da vida excepcional da sociedade em geral. Diante disso
Chizzotti (2001, p. 103) diz que:

Os trabalhos de campo reúnem informações que são documentadas


abrangendo qualquer tipo de informação disponível, escrita, oral, gravada ou
filmada que se preste para fundamentar o relatório do caso que será, por sua
vez, objeto de análise crítica pelos informantes ou por qualquer interessado.

O trabalho de campo demanda do pesquisador uma relação direta com o


desenvolvimento compreendido. É necessário pensar a situação prática do sistema, da
sociedade, do educador, da organização e dos estudantes. Entrar em um campo estabelece um
interesse de perspectivas em todos os elementos. Assim sendo, a forma como o pesquisador
circula pelo processo, embora na frente de suas características e necessidades, apresenta o
meio de onde a pesquisa parte.
O método escolhido na pesquisa foi o estudo de caso, que trata dos princípios
relacionados a ações e recursos de coleta de dados. Primeiramente, definem-se os aspectos de
informações fundamentais (obtidas totalmente pelo observador, por experiência, pela
reprodução de entrevistas) ou inferiores (obtidos por demais pessoas, por pensamento, por
recursos de documentos). Além disso, é necessário alinhar os participantes e entrevistadores
em relação ao ambiente da pesquisa. Chizzotti (2001, p. 102) afirma que:

O estudo de caso é uma caracterização abrangente para designar uma


diversidade de pesquisa que coletam e registram dados de um caso particular
ou de vários casos a fim de organizar um relatório ordenado e crítico de uma
experiência, ou avaliá-la analiticamente, objetivando tomar decisões a seu
respeito ou propor uma ação transformadora.

Diante do exposto, o estudo de caso tem como técnica de pesquisa apresentar suas
particularidades e dificuldades, garantindo aos pesquisadores desenvolver relações extraídas
da existência própria ou geral. Nesse sentido, é constante e quantificável.
A abordagem metodológica escolhida é a pesquisa qualitativa, pois essa proporciona
ao investigador buscar, considerar, estabelecer ou determinar as características para
desenvolver as estatísticas, verificar grupos ou construir corporações. A pesquisa qualitativa
assegura a existência da qualidade descritiva, assim como pode ser generalizável (utilizando
processos estatísticos de inferência). Com isso Ludke (1996, p. 11) afirma que:

A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de


dados e o pesquisador como sendo o principal. Nessa pesquisa supõe o
contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente e a situação que
está sendo investigada, via regra através do trabalho intensivo de campo.

Nesse sentido, as técnicas de pesquisa qualitativa de modo geral são utilizadas quando
se quer medir princípios, ações, impressões, normas e práticas, etc. de um conjunto (público-
alvo) por meio de um modelo que o apresente de um sistema estatisticamente comprovado.
Sua classificação será observacional, pois neste tipo de estudo transforma-se uma
técnica científica a partir do período que passa por estruturação, organização e gestão da
decisão. O observador não está apenas percebendo o que está procedendo, mas analisando
com uma visão preparada para diferentes situações específicas. Nessa perspectiva, Ludke
(1996, p. 29) afirma:

O observador como participante tem um papel em que a identidade do


pesquisador e os objetivos do estudo são revelados ao grupo pesquisado
desde o início, nessa posição o pesquisador pode ter acesso a uma gama
variada de informações, até mesmo confidenciais. Pode pedir cooperação ao
grupo, contudo, terá em geral que aceitar o controle do grupo sobre o que
será ou não tornado público pela pesquisa.
A observação contribui muito com o pesquisador e seu maior benefício está associado
com a capacidade de se alcançar o conhecimento no sucesso verdadeiro da situação. A
observação é necessária para o estudo, especialmente no seu sentido qualitativo, porque esta
existe desde a formação da questão, apresentando pelo sistema de casos, coleta, análise e
desempenho dos dados. Ou seja, ela realiza função fundamental no desenvolvimento de
pesquisa.
A técnica de coleta de dados escolhida foi o questionário, pelo fato de ser um
mecanismo de investigação baseado por uma série de questionamentos sobre um determinado
conteúdo. Isso porque compreende a investigação estimada em um grupo de problemas
distintos e deve ser feito de forma a diminuir as desigualdades nas respostas. Com isso,
Chizzotti (2001, p. 55) afirma que:

Os questionários consistem em um conjunto de questões pré-elaboradas,


sistemáticas e sequencialmente dispostas em itens que constituem o tema da
pesquisa, com o objetivo de suscitar dos informantes respostas por escrito ou
verbalmente sobre assuntos que os informantes saibam opinar ou informar.

Logo, o questionário confirma a normalização e a semelhança das informações por


meio dos entrevistadores, desenvolvendo a rapidez e a necessidade dos documentos e
permitindo os registros. Os questionários são desenvolvidos para cada grupo de acordo com o
estudo, que pode ser população, regiões, instituições, entidades e outros.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa foi realizada com professores de uma comunidade rural da cidade de


Araioses-MA, chamado Curva Grande, uma comunidade formada na sua maioria por pessoas
analfabetas que vivem principalmente da agricultura, tira seu sustento através da produção de
lavouras e roças. A escolha da temática ocorreu por meio da observação da precariedade do
ensino nesta localidade.
Diante dos fatos observados e mediante um estudo, foi realizado um questionário com
sete questões para ser respondido pelos entrevistados. Foi pedido a cada um dos entrevistados
a colaboração para responder a pesquisa e assinar o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido.
O questionário foi direcionado a três professores da rede de ensino básico que já atuam
nesse interior e nessa modalidade há alguns anos. Eles tiveram um tempo para responder, com
bastante calma. Conseguiram responder às perguntas de forma clara e específica, e a partir daí
foi possível fazer o levantamento e a análise dos dados, considerando as respostas das
questões feitas aos entrevistados.

A EDUCAÇÃO DO CAMPO E SEU PÚBLICO ALVO

A Educação do campo é uma especificidade de prática que tem como finalidade o


ensino de adolescentes, crianças e adultos que se encontram no campo. Assim, trata-se de um
sistema público que permite a comunicação do conhecimento a indivíduos que estão fora do
meio urbano e que necessitam ter esse direito assegurado pelo Estado.
A educação direcionada para uma população de interesse específico é fundamental,
deve ser fornecida nas instituições escolares situadas no campo, de modo que melhore o
conhecimento acerca do campo, que tradicionalmente foi ignorado e subjugado pela
população do meio urbano. O Decreto 7352/2010 sobre a política de educação do campo e o
Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária, em seu artigo 1º conceitua populações
de campo e escola do campo, a saber:

§ 1º Para os efeitos deste Decreto, entende-se por: I - populações do campo:


os agricultores familiares, os extrativistas, os pescadores artesanais, os
ribeirinhos, os assentados e acampados da reforma agrária, os trabalhadores
assalariados rurais, os quilombolas, os caiçaras, os povos da floresta, os
caboclos e outros que produzam suas condições materiais de existência a
partir do trabalho no meio rural; e II - escola do campo: aquela situada em
área rural, conforme definida pela Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE, ou aquela situada em área urbana, desde que
atenda predominantemente a populações do campo.

Nesse sentido, faz-se necessário uma educação que respeite e valorize a cultura da
população na qual a escola está inserida, a fim de que os alunos construam suas identidades de
forma positiva e valorativa. Assim, conclui que o “que caracteriza os povos do campo” é o
jeito peculiar de se relacionarem com a natureza, o trabalho na terra, a organização das
atividades produtivas mediante mão de obra dos membros da família, cultura e valores que
enfatizam as relações familiares e de vizinhança.

AVANÇOS E DESAFIOS PARA SUA EFETIVAÇÃO

No que se refere aos avanços e desafios para a efetivação da Educação no Campo,


Dosso (2013, p. 12) diz:

Identifica e apresenta a Educação do Campo como a Educação que respeita


os acampados, assentados, atende aos faxinalenses, ilhéus, ribeirinhos e
quilombolas. Entende Escola do Campo aquela que busca praticar uma
Educação que estude a realidade dos pequenos produtores, assalariados
rurais temporários, bóias frias, atingidos por barragens e arrendatários de
terras.

A Educação do Campo tem sido tradicionalmente excluída na construção de políticas


públicas. Tratada como política compensatória, suas necessidades e seu aspecto
eventualmente têm sido objeto de estudo no espaço da academia e na formação de programas
nos diversos níveis e aspectos de ensino. A educação do âmbito rural é adquirida a partir de
um currículo principalmente urbano e, normalmente, inadequado às práticas e realidades do
campo.
A educação no campo tem se tornado um avanço coletivo que procura conhecimentos
que sejam de acordo com os trabalhos, dificuldades e costumes das pessoas do campo.

AS DIFICULDADES ENCONTRADAS NESSA MODALIDADE

O tema proposto corresponde a uma temática que historicamente representa um fato


novo, pois ainda existem muitos que desconhecem a sua importância e necessidade. A
educação no campo ainda é muito esquecida pelas autoridades. E não somente a educação,
mas também em outros pontos, como estradas, saúde, falta de políticas públicas para as
pessoas que moram nesse meio. Ainda nesse sentindo, Peripolli (2009, p. 276) ressalta que:

Não há como tratarmos as muitas questões que envolvem as escolas do


campo sem pensarmos, primeiro, as muitas questões que envolvem o campo.
Mais especificamente, a falta de políticas públicas voltadas a atender os
interesses da classe trabalhadora, que vive e trabalha na terra, os
camponeses.

O autor ressalta que antes de mais nada precisa-se pensar sobre as pessoas que moram
nesse meio, conhecer a realidade delas. Com isso, aplicar uma didática que seja viável para
essa população. Assim, pode-se entender que ali é o lugar daquele povo, que não importa as
dificuldades que vivenciam, o campo continua sendo sua casa, seu trabalho, e que ali é o lugar
onde eles vivem as verdadeiras alegrias de suas vidas.
Em relação a isso Teixeira (2009, p. 122) afirma que:

[...] lugar de vida, onde as pessoas podem morar e trabalhar, estudar com
dignidade de quem tem o seu lugar, a sua identidade cultural. O campo não é
só o lugar da produção agropecuária e agroindustrial, do latifúndio e da
grilagem de terra. O campo é espaço e território dos camponeses e dos
quilombolas. É no campo que estão as florestas, onde vivem as diversas
nações indígenas. Por tudo isso, o campo é lugar de vida e, sobretudo, de
educação.
Nesse sentido, ele afirma que o campo é um lar, onde vivem os camponeses com sua
agricultura, o que para muitos é a única forma de tirar o sustento. Logo, o campo também é
um lugar de educação.
Nesse meio vemos as dificuldades diárias que os professores enfrentam, podemos
ressaltar a falta de água, falta de funcionários na área de limpeza e na área da merenda,
acessibilidade, capacitação de professores, falta de combustível para os ônibus escolares,
entre outras. Por esses e outros motivos fizeram com que esse tema fosse colocado em
discussão, objetivando torná-lo um tema abrangente e mais reconhecido.
Infelizmente muitas pessoas não conseguem ver a escassez de assistência que existe
nas escolas da sociedade, isso por falta de interesse nos assuntos da comunidade ou porque
simplesmente não querem ver os problemas que estão bem nítidos ao seu redor. Isso também
cabe aos pais de alunos que, por sua vez, não comparecem nas reuniões de pais e mestres,
ficando sem saber os problemas que acontecem na escola de seus filhos.
Entretanto, sempre estão ali prontos para criticar a gestão das escolas e os demais
funcionários do quadro escolar, principalmente os professores, que além de tudo são as
principais vítimas de toda essa negligência, tanto por parte dos pais como por parte da
administração.
Nesse sentido Pimenta (1991, p. 128) afirma que:

[...] a sociedade é, além do mais, um grande agrupamento social, que


comporta inúmeros subgrupos (família, escola, etc). Aprender a conviver em
grupos é uma forma de preparar-se para a vida social, a importância do
grupo está também em propiciar a aprendizagem de papéis sociais diferentes
e complementares na organização social como um todo. Assim, viver
democraticamente na escola, expressar opiniões, aprender a ouvir respeitar a
opinião alheia, identificar as verdadeiras lideranças, organizar-se em torno
delas, são as virtudes democráticas que, aprendidas na escola, serão
transportadas para a vida social.

A autora afirma que a escola e a família são subgrupos que formam a comunidade, e
que eles precisam estar em harmonia para poder transferir para as crianças a importância da
vivência em grupos da sociedade.
Com esta pesquisa, pretende-se trazer melhorias para as comunidades, chamar a
atenção das autoridades para uma realidade que é pouco conhecida por tantas pessoas. Além
disso, este trabalho busca a valorização da cultura de um povo, novas oportunidades para
todos que ali moram, colocar em reflexão a importância dos pais na escola, mostrar a
evolução da educação no campo, o que houve de avanços e quais as dificuldades que ainda
são nítidas.
Diante dos fatos observados e analisados no povoado foi evidenciado que a maioria
das pessoas mais velhas são analfabetas, pois não tiveram oportunidade de estudar quando
ainda eram jovens, um exemplo disso são as pessoas com idade entre 50 a 60. Alguns
estudaram até a 3ª série do ensino fundamental menor, porém não aprenderam a ler. Outros
aprenderam apenas a escrever seu nome com muita dificuldade. Já outras pessoas tiveram
outras oportunidades, essas já fizeram muita diferença na comunidade em que vivem.
Antes as escolas nos interiores eram poucas, podendo ter em alguma somente uma por
comunidade, e muitas eram multisseriadas. Assim, muitas pessoas cediam suas casas para que
as alfabetizadoras pudessem ensinar as crianças que moravam mais distante das escolas, pois
as mesmas nem sempre tinham transporte para ir até as escolas. Nesse contexto, a prefeitura
não disponibiliza ônibus para que os alunos pudessem se locomover de seus interiores para as
comunidades que tinham escolas.
Felizmente isso mudou. Atualmente a prefeitura disponibiliza ônibus para os alunos,
pois de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96), com dispositivos
acrescidos pela Lei 10.709/03, diz: Art. 11. “Os Municípios incumbir-se-ão de: (...) VI -
assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal.” É dever do órgão municipal
disponibilizar ônibus para os seus municípios.
As escolas também não disponibilizam de materiais necessários para a realização de
aulas mais práticas, pois os recursos são limitados para as escolas do campo, ou simplesmente
não são disponibilizados para professores, gestores e alunos. Algumas escolas dessa
modalidade de ensino não contam com recursos de RH, como zeladores, merendeiras, vigias,
secretários, ou até mesmo professores qualificados para estarem lecionando em série como o
fundamental nos anos finais, pois há falta de capacitação para professores.
Como melhorar o ensino da educação no campo se não oferecem oportunidades para
os professores aprimorarem sua forma de ensino se não oferecem recursos para o
melhoramento da mesma? Dessa forma a LDB3 no artigo 61 de parágrafo único, fala que:

A formação dos profissionais da educação, de modo a atender às


especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das
diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como fundamentos:
I– A presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos
fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho;
II– A associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e
capacitação em serviço;
III– O aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições
de ensino e em outras atividades (LDB, 1996, s/p).

Esse artigo fala sobre a importância da qualificação de professores para o


melhoramento do ensino nas escolas.
Outro fator que não podemos deixar de frisar é a falta de merenda nas escolas. A
escassez da merenda nas escolas do campo é muito precária. Quando disponibilizam merenda,
geralmente não suprem a necessidade da escola, podendo ainda o gestor e/ou professores
tirarem do próprio bolso dinheiro para alimentar as crianças.
Com isso a LDB no seu artigo 4°, nos diz que:

O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a


garantia de [...] VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da
educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde (LDB, 1996, s/p).

Como se pode ver, neste artigo está explícito que toda criança matriculada na rede de
ensino tem direito à educação além de outras coisas, que devem estar disponíveis para eles em
todas as etapas da educação básica. Mas como oferecer a essa criança uma boa qualidade de
ensino se não há recursos necessários para a educação?
Há professores que se flexionam em ensinar de forma que usem elementos do próprio
lugar, outros têm a necessidade de tirar do seu bolso para poder comprar materiais necessários
para dar sua aula, e produzir uma aula diferente a cada dia. Nas festas comemorativas
novamente é necessário fazer a mesma coisa para comprar materiais necessários para as
festinhas na escola durante o ano letivo.
Outra questão problematizada é a situação precária das estradas no campo. Devido a
isso, os transportes ofertados para essa modalidade quebram com muita facilidade, impedindo
assim alunos que moram longe da escola de irem para as aulas.

ORIENTAÇÕES PARA TRABALHAR NA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Neste capítulo encontra-se o resultado da análise dos dados da pesquisa, obtidos


através de questionário feitos com professores da rede de educação no campo. É necessário
encontrar e conhecer formas de se ensinar no campo.
Quanto a isso foi necessário saber e perceber quais são as orientações que os
professores do campo tiveram para iniciar seu trabalho e questionar: Quando você começou a
ensinar no campo havia alguma orientação para trabalhar com essa modalidade de ensino? E
qual era a metodologia utilizada para se ensinar?
Prof. 1- Não, nunca houve orientações.

Prof. 2- Sim, era de se adequar os conteúdos à realidade dos alunos.


Cartazes, aula de campo, dramatização, e etc.

Prof. 3- Sim, que se promovessem adaptações necessárias, adequadas às


peculiaridades da vida rural. Ex: adequação do calendário escolar, às fases
do ciclo agrícola e adequação à natureza do trabalho na zona rural, em
cumprimento ao descrito no art., 28 da lei 9394/ 96 (LDB). Ainda em
respeito à lei, as metodologias eram apropriadas às reais necessidades e
interesses da zona rural. Ex: Eu utilizava linguagens e situações vivenciadas
pelos alunos em suas atividades cotidianas.

A educação no campo tem que ser diferenciada, visando ser trabalhada e aplicada com
a realidade da comunidade. Com isso Fernandes, Cerioli e Caldart (2009) afirma que:

Uma educação específica, diferenciada, isto é, alternativa. Mas sobretudo


deve ser educação, no sentido amplo do processo de formação humana, que
constrói referências culturais e políticas para a intervenção das pessoas e dos
sujeitos sociais na realidade, visando uma humanidade mais plena e feliz.

DAS METODOLOGIAS PARA SE ENSINAR NO CAMPO ATUALMENTE

Para se obter uma educação de qualidade é necessário que haja treinamentos e


aperfeiçoamentos para os professores do âmbito escolar. Com isso cabe perguntar: Para atuar
na educação no campo é necessária uma forma diferenciada para poder ensinar os alunos,
conhecer os espaços, as pessoas e tudo o que rodeia o aluno. Que práticas metodológicas de
ensino você conhece para trabalhar a educação no campo atualmente?

Prof. 1- Nenhuma prática específica para a educação no campo.

Prof. 2- Atualmente, se trabalha muito com livros didáticos, vídeo aula,


pesquisas pelo celular.

Prof. 3- Trazer elementos para a sala de aula, inerentes a cultura e a


realidade social da comunidade. Ex: usar como recurso didático o murici
(fruta típica da região), para trabalhar as quatro operações na matemática.

Vemos com isso que os professores utilizam os próprios recursos da região como
elementos fundamentais na construção do conhecimento dos alunos. Esses professores são
relatados no texto de Coelho (1996, p.39) como:

Aqueles “capazes”, portanto, de pensar a prática, as formas de existência individual


e coletiva, a escola e a educação em geral, em sua complexidade e historicidade e de
recriá-las por inteiro; de compreender os processos concretos de produção e
reprodução dos saberes, no plano da sociedade e da escola em seus aspectos
didático-pedagógicos, de ir além do já dito e já feito.
Ser professor é ir além do que está no planejamento, é ensinar valores, mostrar sobre a
sua realidade de forma crítica e reflexiva. Assim sendo, continua Coelho (1996, p. 41):

Ensinar não é para aventureiros, é para profissionais, homens e mulheres que


além dos conhecimentos na área dos conteúdos específicos e da educação
assumem a construção da liberdade e da cidadania do outro como condição
mesma da realização de sua própria liberdade e cidadania.

Coelho afirma que para ser professor não basta apenas ter uma boa vontade, mas
também ter incentivos e principalmente investimento para poder repassar aquilo que se sabe
para aqueles que necessitam deles.

QUANTO ÀS PRÁTICAS DE MUDANÇAS NO ENSINO

De 2001 até os dias atuais pode-se notar muitas mudanças em relação à Educação no
Campo, como algumas poucas melhorias nas escolas, a oferta de ônibus escolar para alunos
da rede municipal e entre outras. Diante disso, pergunta- se: Quais as mudanças que você
poderia citar, que você acha que é de extrema importância para as escolas aqui na sua
comunidade?

Prof. 1- Como não temos a modalidade específica ocorreram mudanças


como a melhoria das escolas e capacitações.

Prof. 2- Podemos citar a evolução socioeconômica das pessoas, o avanço


tecnológico mundial, a difusão de informação. Considero de extrema
importância que a rede pública, em especial no campo, possa acompanhar
principalmente o avanço tecnológico para suprir as necessidades dos
discentes e docentes em questão.

Prof. 3- A criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da


Educação Básica e da Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb),
através do qual, por exemplo, foram criados programas de capacitação e
qualificação de docentes que, por sua vez, passaram a aplicar nas
comunidades rurais os conhecimentos obtidos nesses cursos.

IMPOSSIBILIDADES DE SE TER UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

As dificuldades da educação no campo são totalmente visíveis, nela podemos citar a


falta de acessibilidade, salas inadequadas, falta de merenda, falta de transporte público e ainda
as péssimas condições de estradas, tornando o trajeto cada vez mais difícil para que os alunos
possam chegar à escola, e também a negligência do poder público. E com isso, acaba
dificultando ainda mais o ensino, pois essas impossibilidades acabam tornando cada vez mais
difícil o trabalho do professor.
Diante de tantas dificuldades que se encontram na educação do campo surgiu a
pergunta: Em relação ao ensino, o que você acha que está muito escasso nas escolas que
impossibilita ter uma educação melhor para todos?

Prof. 1- Salas adequadas à qualidade e ao ano, carência de pessoal, merenda,


ventilação etc.

Prof. 2- Falta um olhar especial por negligência do poder público, que venha
sanar questões da inclusão digital entre os sujeitos da educação no campo.

Prof. 3- A participação efetiva da família na vida escolar dos alunos.

IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA

A participação dos pais na vida escolar dos filhos é fundamental, pois é através dessa
cooperação entre família e escola que se consegue melhorar o desempenho escolar do aluno.
Com isso, Reis (2007, p. 6) afirma que:

A escola nunca educará sozinha, de modo que a responsabilidade


educacional da família jamais cessará. Uma vez escolhida a escola, a relação
com ela apenas começa. É preciso o diálogo entre escola, pais e filhos.

É imprescindível essa relação família-escola, de modo que haja o foco principal no


aluno. Com isso, veio a seguinte pergunta: A não participação dos pais na vida escolar dos
seus filhos traz uma falta de interesse da parte dos alunos em relação à vontade de estudar?
Por quê?

Prof. 1- Se os pais não são e não dão exemplo na participação da educação


dos filhos como estes terão algum interesse?

Prof. 2- Com certeza, porque muitos precisam de uma certa aprovação de


alguém para satisfazer seu ego, ou seja, sentir-se importante. E quando os
pais negligenciam a importância da educação, como esperar que os filhos
venham valorizá-la?

Prof. 3- Sim, porque a família é de suma importância na vida intelectual,


emocional, social e espiritual do aluno.

FALTA DE ASSISTÊNCIA
Devido à falta de assistência por parte do poder público, bem como a negligência dos
pais na vida escolar dos filhos, torna-se cada vez mais difícil a Educação, tornando a educação
no campo um desafio, como afirma Pinheiro (2014, p. 1):

[...] a educação do campo tem se caracterizado como um espaço de


precariedade por descasos, especialmente pela ausência de políticas públicas
para as populações que lá residem. Essa situação tem repercutido nesta
realidade social, na ausência de estradas apropriadas para escoamento da
produção; na falta de atendimento adequado à saúde; na falta de assistência
técnica; no não acesso à educação básica.

Diante disso cabe perguntar: A falta de políticas públicas direcionadas para a educação
no campo, bem como o não oferecimento de transportes escolares, a falta de acessibilidade
para chegar às escolas e a ausência de atenção da assistência por parte da gestão municipal,
entre outros fatores, influenciam negativamente na vida escolar dos alunos, e até mesmo
dificultando o ensino para os professores? Por quê?

Prof. 1- Porque a educação deve ser uma via de mão dupla, se não há
contrapartida do Estado, o professor sozinho não soluciona o problema.

Prof. 2- Certamente. Porque tudo isso só mostra que a educação não tem
valor ou importância, haja vista que poucas pessoas se interessam em
melhorar ela.

Prof. 3- Assumir o transporte escolar dos alunos, organizar, manter e


desenvolver, elaborar políticas e planos educacionais é incumbência direta
dos governos em todas as esferas. Se eles omitem, afetará o andamento dos
seus respectivos sistemas de ensino.

DESAFIOS DA EDUCAÇÃO NO CAMPO

O que você considera como desafio para a educação no campo?

Prof. 1- Simplesmente tudo é um desafio, porque falta praticamente tudo.

Prof. 2- É exatamente a falta de políticas públicas direcionada a ela, que


venha reforçar sua importância, e incluí-la nesta nova era digital que estamos
vivendo.

Prof. 3- Estimular a participação da família na vida dos filhos.

Em reforço ao que a professora 2 diz, Peripolli & ZZoia (2011 p. 195) afirmam que:

Não há como tratarmos as muitas questões que envolvem as escolas do


campo sem pensarmos, primeiro, as muitas questões que envolvem o campo.
Mais especificamente, a falta de políticas públicas voltadas a atender os
interesses da classe trabalhadora, que vive e trabalha a terra, os camponeses.
Nesse sentido, a falta de políticas públicas traz sérias consequências, dificultando o
ensino dos professores no campo, impossibilitando assim que a educação no campo seja
incluída nessas novas atualizações globais, como a era digital. Para Caldart (2004, p.17):

A educação somente se universaliza quando se torna um sistema,


necessariamente público. Não pode ser apenas soma de projetos e
programas. Por isso nossa luta é no campo das políticas públicas, porque esta
é a única maneira de universalizar o acesso de todo o povo do campo à
educação.

Diante disso, as políticas públicas são necessárias para que a Educação no campo seja
desenvolvida através de programas comunitários, aproveitando as experiências produzidas
dentro ou fora do âmbito escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o término desta pesquisa, fica claro que a construção desse estudo carece um
pouco mais de atenção, uma vez que ainda não está concluída. Por isso, destacamos ainda a
necessidade de um estudo mais aprofundado sobre esse tema, que apesar de tudo é um tema
bastante importante para todos.
É preciso enxergar essa abrangência e a importância que esse tema traz. Desde já,
consideramos aqui um início de estudo desse tema, a fim de que futuramente outros possam
dar continuidade.
Quanto à qualificação dos professores, sabemos que haviam muitas dificuldades, mas
com o comprometimento e determinação dos mesmos, houveram melhorias que são evidentes
até os dias atuais.
Diante da análise obtida, afirmamos que muitas intervenções e pesquisas precisam ser
feitas para que haja melhorias na educação do campo. Enfim, que esta pesquisa sirva de
inspiração para futuros pesquisadores e que tragam memórias vivas sobre a educação de
forma crítica e reflexiva, para que possamos promover uma educação de qualidade para
gerações futuras.

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