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CURSO ONLINE

CONFIANÇA
PARA
VENCER

NEUROCIÊNCIA DA
CONFIANÇA
WORKBOOK

SUSANA TORRES
COACH DE ALTA
PERFORMANCE

geral@primelinecoaching.com
CONFIANÇA PARA VENCER

FLUXOS DE
INFORMAÇÃO
FORNECIDOS PELOS
SENTIDOS

Aquilo que o cérebro tem de mais incrível, é a


sua capacidade de criar a nossa realidade.
Apesar de à primeira vista o cérebro necessitar
de fluxos de informação que são fornecidos
pelos sentidos, o cérebro não depende deles
para criar a nossa realidade. Para que entendas
melhor, os fluxos de informação fornecidos
pelos sentidos são toda a informação que
absorvemos do mundo à nossa volta, através
dos nossos sentidos.
BREVE HISTÓRIA EM
ALCATRAZ  

Aquilo que vemos, aquilo que ouvimos, aquilo que


cheiramos, aquilo que saboreamos, etc., toda esta
informação que chega aos nossos recetores, os
nossos sentidos, é enviada para o nosso cérebro e a
isso chamamos de fluxo de informação fornecida
pelos sentidos. Mas o certo é que,
apesar de aparentemente a nossa realidade ser criada
pela interpretação ou significado que o nosso cérebro
dá a toda esta informação, ele não depende
necessariamente deste fluxo de informação para criar
a realidade.
Como é que sabemos isto?
Como podemos afirmar que quando acaba o fluxo de
informação, a realidade não acaba e até pode ser
construída?
Para melhor perceber esta situação vou contar uma
história:
- David Eagleman, escritor e neurocientista, estava
em San Francisco na Califonia e decidiu apanhar um
barco e atravessar as águas
geladas até Alcatraz, a célebre ilha-prisão que
conhecemos do filme Alcatraz.

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CONFIANÇA PARA VENCER

ROBERT LUKE
PRISIONEIRO DE
ALCATRAZ

David quis ver uma cela em particular, uma cela conhecida como o Buraco. Naquela altura, quem
quebrasse as regras cá fora ia para Alcatraz, e quem quebrasse as regras em Alcatraz ia para o
Buraco. David entrou no Buraco e fechou a porta, a cela tem 3x3 metros, é completamente escura e
está totalmente isolada de sons, ali, uma pessoa fica completamente sozinha, entregue a si própria.
Talvez possas agora pensar, como seria ficar ali fechado durante dias… Para descobrir isto, David falou
com um prisioneiro ainda vivo, que tinha estado em Alcatraz. Chamava-se Robert Luke e tinha
passado 29 dias no Buraco por ter destruído a sua cela. Luke disse que o Buraco era um local terrível,
que a maioria não conseguia aguentar e que ao final de dois dias já estavam a bater com a cabeça na
parede. Luke descreve que, completamente isolado do mundo exterior, da luz e dos sons, dos
movimentos, os seus sentidos ficaram sem nenhum estímulo, no entanto a sua mente não o
abandonou, e ele continuou a construir o seu mundo, a recriar a sua realidade.
Contou ter feito uma viagem, de ter lançado um papagaio de papel, e que tudo lhe parecia bastante
real, no entanto ele sabia que só estava a acontecer na sua cabeça. O cérebro de Luke continuava a
ver! Estas são experiências muito comuns em prisioneiros que passaram pela solitária, há um
momento em que eles não imaginam as imagens, eles veem-nas.
O cérebro gera a sua própria realidade, muito antes de receber os fluxos de informação provenientes
dos olhos e de outros sentidos.
É por isso que por vezes dizemos que as coisas estão mesmo á nossa frente e ainda assim não as
conseguimos ver, porque o cérebro está na realidade a ver outra coisa diferente daquela que os
olhos mostram.

E é por isso que a nossa visão, aquilo que vemos à nossa


volta, a nossa realidade, tem muito mais a ver com
aquilo que já existe na nossa cabeça do que com aquilo
que vemos. Repara como isto de repente explica muita
coisa, estamos tão emaranhados nas ligações
neurológicas criadas no nosso cérebro, que estas
acabam por condicionar a forma como vemos o mundo,
como abordamos novas oportunidades, como
percepcionamos as coisas, e o significado que damos às
situações. Somos aparentemente “prisioneiros” das
nossas ligações neurológicas mais profundas.
Não é preciso entrar no “Buraco” para experimentar o
que é a nossa realidade sem informação, ou para
experimentar os nossos pensamentos, criatividade e
imaginação interna, práticas de meditação e
mindfulness, bem como a prática da visualização, são
tudo formas de criar a nossa realidade sem necessidade
de recurso ao fluxo de informação que nos chega pelos
sentidos.

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CONFIANÇA PARA VENCER

TEMPO DE REFLETIR
PRISIONEIRO DE
ALCATRAZ

Aproveita para fazer uma reflexão e tomar NOTAS sobre os pensamentos que surgiram na tua mente
até agora:

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MODELO DE
COMUNICAÇÃO
INTERNA

O nosso modelo de comunicação interna, serve para nos conseguirmos orientar no mundo. De toda a
informação a que o nosso cérebro acede, apenas uma pequena parte é processada pelo nosso
consciente, tudo o resto passa completamente ao lado da nossa mente consciente. É fácil perceber
isto quando pensamos na experiência de ver um filme duas vezes. Provavelmente na primeira vez
que viste o filme ficaste com uma ideia da história, e algumas passagens deste filme podem ser
relatadas por ti ao pormenor, no entanto, quando vês o filme pela segunda vez, há pormenores que
são completamente novos para ti, como se nunca os tivesses visto, coisas em que reparas que
pensas, como é que eu não vi isto antes?

Isto também ajuda a explicar por exemplo alguns acidentes, em que os condutores atropelam peões
que estão mesmo à sua frente, ou então os truques de ilusionismo, que ocorrem bem na frente dos
nossos olhos e que ainda assim não conseguimos perceber como.

Mas voltemos ao modelo de comunicação interna e à explicação deste modelo: O mundo é um mar
de informação, e através dos nossos sentidos vamos captando essa informação. Assim, ouvimos
coisas, vemos coisas, sentimos coisas, saboreamos coisas, cheiramos coisas. Os nossos sentidos são
recetores que captam a informação á nossa volta e a encaminham para o nosso cérebro. Esta
informação passa em seguida por uns filtros, estes filtros são as nossas crenças, os nossos valores, as
nossas experiências, e é aqui que esta informação é transformada, uma vez que a partir deste
momento atribuímos um significado à informação.

Nesta fase, já é fácil entender que embora vejamos todos uma mesma coisa, nem todos lhe damos o
mesmo significado. A diferença está aqui, nesta espécie de peneira mental, ou filtros mentais pelos
quais a informação passa antes de se transformar numa representação interna, e que se traduz num
pensamento. A nossa mente está repleta de pensamentos, e eles tiveram origem neste processo
mental. Estes pensamentos por sua vez, fazem-nos sentir de determinada forma, por exemplo, se eu
estiver a pensar que me vou divertir muito numa festa, que vou conhecer pessoas novas, que vou
dançar, talvez no meu caso isto me faça sentir alegre, bem disposta e motivada para sair de casa, a
forma como eu me sinto é positiva. Por outro lado, se eu pensar que as pessoas que lá vão estar são
pessoas que eu não conheço, com as quais não me identifico, que não gosto de dançar e que estou
triste e não me apetece divertir, então provavelmente irei sentir-me apática, desmotivada,
desanimada, sem qualquer tipo de vontade de sair de casa e um pouco negativa.

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CONFIANÇA PARA VENCER

MODELO DE
COMUNICAÇÃO
INTERNA

Ou seja, aquilo que eu penso sobre a situação, os pensamentos que me ocorrem, condicionam
automaticamente a forma como eu me sinto. Agora imagina algo para o qual entendes que precisas
de mais confiança, algo no qual não sentes que tenhas a confiança necessária. Fazendo aqui um
aparte, é importante neste trabalho de aumentar a tua confiança, que especifiques as coisas, ou seja,
de nada serve manteres a ideia de que simplesmente não tens confiança… não te sentes confiante em
nada, confiança é algo que já em pequenina te diziam que não tinhas, etc… se queres realmente
aprender a aceder a este fabuloso recurso, e se a tua ideia é trabalhar a confiança a um ponto em que
tu decides quando a queres elevar ao máximo e alcançar resultados, então, a primeira coisa que
precisas fazer é começar a desmistificar a tua falta de confiança.

Vamos lá entender onde especificamente sentiste falta de confiança, em que situação, em que
momento específico.

Continuando, imagina então algo para o qual entendes que precisas de mais confiança, algo no qual
não sentes que tenhas a confiança necessária. O simples facto de pensares que nesta situação não
tens a confiança suficiente, faz com que o teu estado emocional seja precisamente esse, falta de
confiança, pois os teus pensamentos condicionam o estado. Entendendo como o nosso cérebro
funciona, estaremos mais perto de poder alterar o rumo das coisas.

Que tipo de pensamentos surgem quando estás perante esta situação especifica? Escreve esses
pensamentos, toma consciência dos teus medos, daquilo que vai na tua cabeça. Depois para cada um
desses pensamentos, encontra algo positivo e possibilitador que os possa substituir.
(Regista na página seguinte)

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SITUAÇÃO ESPECÍFICA
DE FALTA DE
CONFIANÇA
EXERCÍCIO

PENSAMENTOS RECORRENTES PENSAMENTOS SUBSTITUTOS

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MODELO DE
COMUNICAÇÃO
INTERNA

Já reparaste como está o teu estado emocional quando partes para a ação?
Já percebeste como os teus pensamentos condicionam o teu estado, e como em seguida tu levas
essas emoções e sentimentos contigo para aquilo que vais fazer?
Este é um ponto que deves analisar com cuidado, e ao qual deves dedicar especial atenção.
Com que estado emocional estou quando falo com aquela pessoa? Ou faço aquela atividade? Vou
aquele sítio? Faço o exame? Entro na reunião? Entro em palco para falar em público? Qual o estado
emocional que está presente quando me proponho a fazer as coisas?
Já reparaste na energia que carregas contigo? Naquela energia que trazes para as relações, as
conversas, o trabalho, etc… Essa energia é reflexo do teu estado emocional.

Consequentemente, se o teu estado emocional não está positivo e não te possibilita o teu
comportamento, as coisas que vais fazer, provavelmente não serão feitas segundo as tuas máximas
capacidades, a tua criatividade estará diminuída, a tua confiança em baixo, logo o resultado da ação
não será aquele que pretendes.
Ao invés disso, se o teu estado emocional for de alegria, entusiasmo, otimismo, confiança, a forma
como te apresentas a fazer as coisas é completamente diferente e muito provavelmente o resultado
estará mais perto do esperado.

Podemos dizer que a confiança se traduz num estado emocional, e uma vez que este depende da
forma como pensas, e por sua vez a forma como pensas é um resultado de todas as representações
internas que o teu cérebro gera com toda a informação que processa, então, para aumentares este
estado emocional de confiança, uma das coisas que podes fazer é colocar a tua atenção nos
significados que dás a tudo à tua volta, às pessoas, às situações, aos momentos, às ações e
consequências, ao mundo à tua volta.
Por outro lado, se a tua falta de confiança estiver ligada a uma competência, lembra-te que a
aprendizagem e o treino dessa competência são a solução. O treino de uma determinada
competência gera alterações físicas no cérebro, a repetição de um determinado comportamento ou
pensamento, gera certas e determinadas ligações neurológicas, fortalece as sinapses (que são as
ligações entre os neurónios) e torna esse circuito neurológico cada vez mais automático.

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CONFIANÇA PARA VENCER

SINAPSES

Quando isto acontece, e um determinado padrão de ligação neurológica é gravado ao nível do


subconsciente, o cérebro passa a gastar muito menos energia para essa ação ou pensamento, fica
automático. Através do treino, sinais repetidos passam pelas redes neuronais, reforçando sinapses e
gravando essas competências a um nível muito profundo nos circuitos, de tal maneira que há coisas
que conseguimos fazer até de olhos fechados. Nesta situação, a competência passa para um nível
inferior ao do controlo do consciente, conseguindo executá-la sem que sequer seja necessário
pensar muito nela.

Em alguns casos a competência fica de tal modo incorporada que os circuitos que a suportam ficam
alojados abaixo do cérebro, na espinal medula. Aquilo que deves reter desta informação, e que é
realmente fundamental, é que as ligações neurológicas ocorrem, substâncias químicas são
libertadas, que são os neuro transmissores, e que estes transportam sinais entre os neurónios. Estas
ligações, chamadas de ligações sinápticas, não têm todas a mesma força, e podem tornar-se mais
fortes ou mais fracas. Deves por isso reforçar os pensamentos positivos, arriscar, tomar ações que te
permitam desenvolver competências e aprendizagens, de forma a conseguires trabalhar a tua
confiança através do reforço de certas e determinadas ligações neurológicas.
 
Quando o teu pensamento e ações estão a potenciar aquilo que não queres na vida, como pensares
por exemplo de forma consistente que não és capaz de algo… aquilo que está a acontecer no teu
cérebro, é um reforço de uma determinada ligação neurológica. Pensar demasiadas vezes nisto e ir
validando este pensamento com ações, vai alojar este tipo de ligações a nível do teu subconsciente,
de tal forma que, a determinada altura acreditas mesmo que não és uma pessoa confiante, levas isso
á tua identidade como se isso fizesse parte de ti. Não faz, e a forma de começares a alterar isso, é
entenderes esta informação e começares a trabalhar nela.

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CONFIANÇA PARA VENCER

SINAPSES

As sinapses são junções entre a terminação de um neurônio e a membrana de outro neurônio. São
elas que fazem a conexão entre células vizinhas, dando continuidade à propagação do impulso
nervoso por toda a rede neuronal. Os neurônios fazem a comunicação entre os órgãos do corpo e o
meio externo, isso acontece através de sinais elétricos. Todas as nossas sensações, sentimentos,
pensamentos, respostas motoras e emocionais, a aprendizagem e a memória, a ação das drogas
psicoativas, as causas das doenças mentais, e qualquer outra função ou disfunção do cérebro
humano não poderiam ser compreendidas sem o conhecimento do fascinante processo de
comunicação entre as células nervosas (neurônios).

Imagina uma situação específica de falta de confiança:

Que tipo de pensamentos poderias ter que te permitissem sentir mais confiança nesta situação
específica?

Que ações e atitude podes adotar sempre que sentires falta de confiança nesta
situação?

Existe algo que poderias fazer para conseguir ganhar mais confiança e que ainda não estás a fazer?
o quê?

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PARA
VENCER

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