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MATERIAIS DE PAVIMENTAÇÃO

PROFESSORA: Laura M. G. Motta, Dra.


ALUNO: Bruno Cavalcante Mota
DRE: 121177504

RESUMO DE ARTIGO (4ª aula)


TEMA: Materiais para pavimentos de aeroportos

TÍTULO DO ARTIGO:
Influência do material de base na deflexão de pavimentos aeroportuários flexíveis
Autores: Mateus do Nascimento Lira, Cláudia Azevedo Pereira e Francisco Heber Lacerda de
Oliveira

A condição estrutural dos pavimentos aeroportuários é um fator importante a ser


avaliado, devido a algumas características específicas de movimentação das aeronaves nas
pistas. Atualmente, existem métodos destrutivos para a avaliação estrutural, contudo, podem
causar danos às operações aeroportuárias, enquanto que os métodos não-destrutivos permitem
uma avaliação rápida e sem dano. Dentre os equipamentos utilizados para esse tipo de operação,
destacam-se o Falling Weight Deflectometer (FWD) e o Heavy Weight Deflectometer (HWD),
que medem as deflexões ao longo de uma bacia deflectométrica.
Dessa forma, os autores buscaram analisar a influência do material da camada de base
nos resultados de deflexão de uma pista de pouso e decolagem com pavimento flexível. Para
isso, foram levantados 478 pontos por HWD, realizado em pista de pouso e decolagem
brasileira, cobrindo os offsets ±3,0m e ±6,0m em relação ao eixo.
Para analisar a influência do material de base nesse parâmetro, foi realizada a análise
gráfica das deflexões máximas por comparação de média do Impulse Stiffness Modulus (ISM).
Os autores utilizaram índices de dano e curvatura das camadas do pavimento (BCI, BDI, SCI e
AAUP) para verificar a influência sobre características como módulo de elasticidade do
revestimento, tensão de tração nas fibras inferiores do revestimento e tensões de compressão
no topo da base e da sub-base.
O sítio aeroportuário fica situado na região Nordeste do Brasil e possui temperatura
média máxima mensal de 28,6 °C, apresentando 844 mil operações entre os anos de 2009 e
2019. Conforme descrito pelos autores, a estrutura do pavimento é composta de um
revestimento de concreto asfáltico, base com trechos em macadame hidráulico e outros em base
asfáltica, sub-base em areia e subleito com CBR entre 15% e 30%, a depender do local (ver
Figura 1).

Figura 1 – Estruturas analisadas

Como resultados, os autores observaram que as menores deflexões correspondem aos


trechos com base asfáltica, enquanto que os maiores foram encontrados nas bases de macadame
hidráulico. Apresentando diferenças de 30 a 80%, a depender do local de análise. Os resultados
indicam que a rigidez da base de macadame hidráulico é menor quando comparada a da base
asfáltica.
Também é válido destacar que a camada granular que se encontra abaixo do macadame
da seção 2 é dez centímetros menos espessa em relação à mesma camada da seção 1. Essa menor
espessura, assim como as diferenças sutis entre as areias, pode contribuir para a menor
eficiência da seção 2 em distribuir os esforços de compressão sobre o subleito.
Desse modo, as bases de macadame permitem que os revestimentos de concreto
asfáltico resultem em tensões de tração em suas fibras inferiores mais elevadas, por permitirem
maiores deflexões em relação às bases asfálticas. Ainda, possibilitam uma distribuição de carga
menos eficiente, fazendo com que maiores tensões de compressão cheguem ao topo do subleito.

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