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RELATO DE CASO J Nepal Med Assoc 2022;60(251):657-60

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DE
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dois: 10.31729/jnma.7566

Ameloblastoma Unicístico de Mandíbula: Relato de Caso

Sushil Rayamajhi,1 Sunita Shrestha,2 Samata Shakya,2 Sagar Bhandari,2 Anu Radha Twayana,3 Kopila Shahi4

1
Departamento de Medicina, Swacon International Hospital, Rudramati Marg, Kathmandu, Nepal, 2 Departamento de
Medicina, All Nepal Hospital Pvt. Ltd, Samakhusi, Kathmandu, Nepal, 3 Department
Dudhpati , Bhaktapur,
of Medicine,
Nepal,
Bhaktapur
4 ZH Sikder
Hospital,
Women's Medical College and Hospital, Gulshan, Dhaka, Bangladesh.

RESUMO

Os ameloblastomas dos maxilares são tumores odontogênicos benignos de origem epitelial com quatro variantes clínicas:
tipo sólido multicístico, tipo unicístico, tipo desmoplásico e tipo extraósseo. A taxa de incidência de ameloblastoma é de
0,92 por milhão de pessoas-ano. O ameloblastoma unicístico refere-se às lesões císticas que apresentam características
clínicas e radiológicas de um cisto odontogênico, mas mostram um epitélio ameloblastomatoso típico revestindo parte da
cavidade do cisto, com ou sem proliferação tumoral luminal e/ou mural no exame histológico. Aqui está um caso único de
ameloblastoma unicístico envolvendo a mandíbula em um paciente de 70 anos. O caso foi tratado com mandibulectomia
segmentar e reparo de retalho. O ameloblastoma unicístico representa apenas 13% de todos os casos conhecidos na
literatura científica. Considerando a raridade da lesão, o objetivo de apresentar este relato de caso clínico é enfatizar a
importância da avaliação radiológica e do exame histopatológico para o diagnóstico do ameloblastoma.

Palavras-chave: ameloblastoma; cistos odontogênicos; tumores odontogênicos; mandibulectomia segmentar.

INTRODUÇÃO

O ameloblastoma é um tumor odontogênico benigno com tendência de
crescimento agressivo e alto risco de transformação maligna e
metástase.1 A taxa de incidência combinada de ameloblastoma é de
0,92 por milhão de pessoas-ano.2 Eles representam 1% de todos os
tumores orais.3 O mundo A Organização de Saúde classifica os
ameloblastomas em quatro categorias clínicas como multicísticos
sólidos, unicísticos, desmoplásicos e extraósseos/periféricos.4 O
ameloblastoma unicístico (UA) é um tipo distinto de ameloblastoma
caracterizado por crescimento lento e é relativamente agressivo
localmente.5 AI é uma variante rara de ameloblastoma frequentemente
encontrado na segunda ou terceira década. Este relato destaca a
importância do exame radiológico e patológico de qualquer patologia
na mandíbula, mesmo que pareça inócua.
Além disso, ele não tem histórico médico, familiar ou dentário
insignificante.
Após 4 anos da ocorrência do tumor, o paciente foi internado para
exame e avaliação minuciosa. No exame clínico, um inchaço solitário,
duro e indolor medindo 4 x 4 cm estendendo-se da área submentoniana
até o ângulo direito da mandíbula foi detectado acima do rebordo
alveolar edêntulo anterior. O vestíbulo bucal foi afetado intraoralmente
por seu alargamento.
A massa foi fixada com a estrutura subjacente, mas livre da estrutura
sobrejacente. Não havia sensibilidade ou linfadenopatia regional. Não
houve elevação local da temperatura. O paciente apresenta má higiene
oral e dormência do lábio inferior do lado direito.

Com base na história e no exame, o diagnóstico provisório foi dado

RELATO DE CASO
como tumor odontogênico e o diagnóstico diferencial foi dado como
cisto odontogênico e tumor ósseo.
Um homem de 70 anos visitou nosso hospital com sintomas de edema
indolor que se estendia desde a mucosa bucal da região submentoniana
até o ângulo reto da mandíbula. A protuberância apareceu pela primeira
vez por via intraoral há 4 anos, aumentando gradualmente de tamanho _______________________________________
e sendo acompanhada por uma secreção cremosa espessa. O paciente
Correspondência: Dr. Sushil Rayamajhi, Departamento de Medicina,
começou a consumir tabaco e fumar cigarros na adolescência. Swacon International Hospital, Rudramati Marg, Kathmandu, Nepal.
E-mail: dr.sushil.rayamajhi@gmail.com, Telefone: +977-9863334385.

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De acordo com Rayamajhi et al. Ameloblastoma Unicístico de Mandíbula: Relato de Caso

O paciente foi explicado detalhadamente sobre o procedimento
e o consentimento informado por escrito foi obtido. o
paciente foi submetido a exame hematológico e radiológico.
Radiograficamente na ortopantomografia, a lesão apresentava
radiolucência multilocular com padrão radiográfico misto de
aspecto de favo de mel intercalado com padrão de bolha de
sabão na mandíbula direita (Figura 1).
A tomografia computadorizada com contraste (CECT)
demonstrou uma lesão cística expansiva de densidade mista
bem definida no corpo da mandíbula medindo 3,6 x 3,9 cm de
tamanho. Além disso, o forame mentual não foi rastreável no
lado direito. As áreas de realce foram observadas consistentes
com a porção sólida do tumor e o conteúdo sem realce
inferiormente foi consistente com a porção cística do tumor
(Figura 2 e Figura 3).

Figura 2. CECT mostrando uma lesão lítica expansiva

Figura 1. Ortopantomografia mostrando radiolucência na região da mandíbula, com áreas de realce observadas
multilocular com padrão radiográfico misto de aspecto adjacentes ao osso remanescente.
de favo de mel intercalado com padrão de bolha de
sabão na mandíbula direita.

Figura 3. Lesão tridimensional reconstruída na mandíbula.

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De acordo com Rayamajhi et al. Ameloblastoma Unicístico de Mandíbula: Relato de Caso
A biópsia incisional foi realizada no local da lesão.
Em tecidos moles corados com hematoxilina e eosina, lúmens císticos
revestidos por revestimento epitelial achatado ameloblastoma foram
encontrados em diversos locais. O epitélio proliferou dentro do
revestimento, bem como na parede do tecido conjuntivo, formando
ilhas ameloblastomatosas. O revestimento cístico foi formado a partir
da camada basal do epitélio colunar em paliçada com polaridade
reversa. As porções centrais apresentavam células reticulares
estreladas, enquanto o restante da área apresentava hemorragia.
Essas características são sugestivas de ameloblastoma unicístico da
mandíbula com erosão óssea.
Em seguida, o paciente foi encaminhado ao Departamento de Cirurgia
Oral e Maxilofacial, onde foi submetido a uma grande excisão local
com mandibulectomia segmentar e reparo com retalho. A reparação
óssea não foi realizada devido à idade avançada da paciente. O pós-
operatório do paciente transcorreu sem intercorrências, recebendo
alta após 14 dias.
A paciente encontra-se em acompanhamento rigoroso e sem recidiva
tem sido observado até agora.
DISCUSSÃO
Os ameloblastomas são tumores odontogênicos benignos de
crescimento lento, persistentes e localmente invasivos.
Eles têm a capacidade de crescer rapidamente, resultando em
deformidades ósseas.1 Broca publicou a primeira descrição detalhada
do ameloblastoma no ano de 1868. Não há previsão de sexo. A
incidência é maior na terceira e quarta décadas de vida, com idade
mediana de apresentação de 35,9 anos e faixa etária de 4 a 92
anos.4 A mandíbula é responsável por 80% dos casos, sendo os
molares e ramos os mais locais prevalentes. Apresenta-se
clinicamente como um tumor expansivo de crescimento lento e
relativamente indolor que causa mobilidade dentária, deslocamento
dentário e aparência facial deformada se não for tratado.1
O ameloblastoma unicístico é uma variante distinta do ameloblastoma
que foi descrito pela primeira vez por Robinson e Martinez em 1977.
AI refere-se às lesões císticas que apresentam características clínicas
e radiológicas de um cisto odontogênico, mas mostram um epitélio
ameloblastomatoso típico revestindo parte da cavidade do cisto, com
ou sem proliferação tumoral luminal e/ou mural no exame histológico.7
No exame histológico, a AU mostra um epitélio ameloblastomatoso
típico revestindo parte da cavidade do cisto, com ou sem crescimento
tumoral luminal e/ou mural.7 De acordo com os achados relatados
por Em muitos relatos de casos, a histologia deste caso também
revelou tecidos moles, lúmens císticos revestidos por revestimento
epitelial achatado ameloblastomatoso que proliferava dentro do
revestimento, bem como na parede do tecido conjuntivo, formando
ilhas ameloblastomatosas.
A lesão é mais comumente observada nas coroas
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dos terceiros molares inferiores, embora também possa estar
presente nas áreas interrradiculares, periapicais e edêntulas.8 Em
nosso caso, está associado à área submentoniana até o ângulo
direito da mandíbula. Apresentava-se como edema indolor com
assimetria facial, impacção dentária, deslocamento dentário,
mobilidade ou reabsorção dentária.
Radiograficamente, a AU pode aparecer unilocular ou multilocular
com aparência de bolha de sabão ou favo de mel; A expansão
vestibular e lingual do córtex invariavelmente acompanha o
ameloblastoma. O córtex afinado e intacto mostra aparência de casca
de ovo.9 Da mesma forma, a radiografia da lesão deste caso também
identificou uma lesão cística expansiva bem definida com um padrão
radiográfico misto de aparência de favo de mel intercalado com
padrão de bolha de sabão no corpo da mandíbula com realce septos
finos, realçando os componentes dos tecidos moles juntamente com
esclerose e erosão da sínfise.
O ameloblastoma mostra áreas císticas de baixa atenuação e regiões
sólidas isoatenuantes na tomografia computadorizada (TC). A
tomografia computadorizada mostra um efeito de realce nos
componentes sólidos.10 No ameloblastoma, houve uma correlação
significativa entre a densidade de microvasos (que representa a
vascularização do tecido tumoral) e as características de realce de
contraste em tomografias computadorizadas.11 Como resultado, o
realce de contraste é um das características mais essenciais dos
tumores odontogênicos benignos. Como o padrão de destruição
óssea nas radiografias intraorais sugeria um tumor em vez de um
cisto, decidimos usar a CECT para avaliar o padrão de realce do
tumor.
O manejo do ameloblastoma pode ser feito de três maneiras (1)
conservadora, que inclui enucleação e curetagem, bem como o uso
de terapias adjuvantes, como solução de Carnoy e crioterapia, (2)
marsupialização e (3) cirurgia radical, que inclui cirurgia marginal ou
ressecção em bloco (margens de 1 a 1,5 cm resultam na maior
chance de controle local) e reconstrução óssea imediata. Enxertos
de crista ilíaca ou retalhos fibulares microvasculares podem ser
necessários para procedimentos de reconstrução facial.6,12 A
radioterapia deve ser considerada em pacientes com margens
positivas nos quais a ressecção não é recomendada e para aqueles
com tumores incompletamente ressecáveis. Em nosso caso,
realizamos excisão local com ressecção segmentar da mandíbula
com margem de segurança de 1 cm para evitar recorrência e reparo
com retalho para reconstrução.
Para ameloblastomas convencionais, taxas de recorrência de 50 a
90% foram observadas após curetagem e até 15% após ressecção
marginal ou em bloco.3 Por esse motivo, exames de acompanhamento
cuidadosos e prolongados devem ser realizados. A radiografia
convencional e o exame clínico podem falhar na detecção precoce
de recorrências
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De acordo com Rayamajhi et al. Ameloblastoma Unicístico de Mandíbula: Relato de Caso

o suficiente. A TC é a técnica de imagem mais sensível para detectar prognóstico dessas lesões.
o ameloblastoma e deve ser recomendada sempre que possível.10
Da mesma forma, a recorrência da lesão em nosso caso foi RECONHECIMENTOS
detectada pela CECT e tratada de acordo.
Os autores agradecem ao paciente e sua família por fornecer dados
e informações para este relato de caso.

O caso destaca a importância de exames, exames de imagem e

Consentimento: Formulário de Consentimento de Relatório de
biópsia precoces para o diagnóstico precoce e tratamento do
Caso JNMA foi assinado pelo paciente e o artigo original está
ameloblastoma. Acompanhamento próximo e prolongado deve ser
anexado ao prontuário do paciente.
realizado para detecção de recorrências. A documentação de mais
desses casos torna a patogênese dessas lesões mais perspicaz. A Conflito de Interesses: Nenhum.
pesquisa é necessária para correlacionar

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