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2. Referencial teórico
2.1 Operações Típicas da Contabilidade das Instituições Financeiras
A concessão de crédito é a principal operação de aplicação de recursos captados pelas
instituições financeiras, sendo a fonte de receita mais significativa destas. Na Resolução nº
2.682 do Banco Central determina os critérios de classificação e as modalidades de operação
que as instituições devem utilizar. O Banco Central também estabelece a norma contábil a ser
utilizada, seguindo a destinação dos recursos e a atividade do tomador de crédito.
Em 1988, com autorização do Conselho Monetário Nacional, foram constituídos os
bancos com múltiplas modalidades de crédito, com carteiras comerciais, de investimento, de
crédito, financiamento e crédito imobiliário e arrendamento mercantil (NIYAMA, 2012).
As operações de crédito estimulam e intensificam a produção, circulação e consumo
econômico e por meio delas as pessoas conseguem antecipar a aquisição de bens e consumo.
Esse crédito concedido faz a ligação entre quem empresta o dinheiro (agente superavitário) e
quem toma (agente deficitário), sendo a instituição financeira o intermediário dessa transação
(FILGUEIRAS, 2007).
Existem vedações para concessão de crédito, onde as instituições financeiras não
podem realizar as operações de crédito, a lei 4.595/1964 proibiu a concessão de crédito a
pessoas associadas as instituições, são elas: os diretores, membros de conselhos, seus
conjugues e parentes de até 3º grau; sócios ou acionistas com mais de 10% do capital social;
pessoas jurídicas que participem com mais de 10% do capital social e empresas cuja diretoria
seja da mesma instituição financeira. Segundo Niyama (2012), “tais medidas têm como
principal objetivo evitar o desvirtuamento na concessão do crédito ou que não seja
direcionado para a finalidade prevista".
Partindo do ponto de vista de uma instituição financeira, o crédito figura como ativo,
sendo assim direito e bem da instituição, podendo ser vendido com ou sem retenção de riscos,
tendo como controle dessas garantias, as contas de compensação.
As operações de crédito são classificadas em: empréstimo, operações sem destinação
específica; títulos descontados, que consistem em descontos de títulos, conhecidas também
como antecipação de recebíveis; e financiamentos, que contem destinação específica para o
crédito e precisa de comprovação da aplicação de recursos. Essas operações também devem
ser separadas por beneficiários, para garantir a identificação do direcionamento do crédito
(NIYAMA, 2012).
Exemplo 1 – Empréstimo a PJ
- Valor: R$ 5.000
- Juros: R$ 500
3 Conclusão
Em suma, vimos os trâmites necessários para obtenção de um crédito junto a uma
instituição financeira e tudo que engloba este processo. Levando sempre em consideração as
normas e regras impostas pelas instituições. Diante disso, foi possível ver que na harmonia
entre ambas as partes (agente que concede o crédito e o tomador), gera benefícios para os dois
lados, seja qual for a operação em questão.
Além disso, no que se refere as contabilizações das operações estas visam, à princípio,
a classificação do nível de risco sob responsabilidade das instituições financeiras para
provisão de crédito. Assim, com os lançamentos, vale-se da apropriação do valor do
empréstimo liberado.
As escriturações estão conectadas de forma a uma complementar a outra, sendo cada
uma independente e com seus propósitos. Necessária para auxiliar nos eventos contábeis seja
na empresa ou instituição financeira, facilitando a compreensão e análise dos fatos ocorridos.
No ato da realização do livro razão, utiliza-se dos elementos ocorridos no livro diário para
melhor e mais prática distribuição no livro razão. Da mesma forma com o livro caixa
registrando o histórico de entrada, saída e saldo dos débitos e créditos.
REFERÊNCIAS
NIYAMA, Jorge Katsumi; GOMES, Amaro L. Oliveira. Contabilidade de instituições financeiras. 4ª
ed. São Paulo: Atlas, 2012.
OLIVEIRA, Ademir. A escrituração contábil, a legislação pertinente e a participação do contabilista,
2019.
DAVID, Fernanda Calaça; BARBOSA, Edna Alves. A história da contabilidade: origem e evolução,
2014.
SILVA, Sabrina Eterna de Souza Prudente; COSTA, Suelen Thainara Ferreira, SILVA, Clesiomar
Rezende. A evolução da escrituração contábil à era digital, com foco na escrituração contábil digital e
escrituração contábil fiscal, 2017.
MANTHAY, Dheovan. A importância da escrituração contábil e escrituração fiscal, 2007.
PURIFICAÇÃO, Carlos Alberto da. Contabilidade Bancária. São Paulo: Atlas, 1995.
RESOLUÇÃO CFC N.º 1.330/2011. Disponível em <http://www.normaslegais.com.br>. Acesso em:
25 set. 2022.