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Fora em 1582 que houve o início dos ápices de acontecimentos importantes para a
Biblioteconomia no Brasil. Esta é a data de aparição da primeira biblioteca monástica no Brasil,
localizada em um colégio dos jesuítas, cuja maior era a do Colégio dos Jesuítas da Bahia, que
contava com alguns milhares de livros, em sua maioria, manuscritos. Em 1821 D. Pedro
regulamentou a liberdade de impressão e abriu caminho para o aumento da produção de
livros no Brasil. No ano de 1920 o ensino da biblioteconomia passaria ao nível superior nos
Estados Unidos. E, assim, a ordem cronológica de acontecimentos foi datada, até chegar no
ano de 2001, que foi quando foram estabelecidas as diretrizes curriculares e as escolas de
Biblioteconomia brasileiras adquiriram mais flexibilidade e autonomia para estabelecer seus
projetos pedagógicos. Assim, percebemos que a história da Biblioteconomia no Brasil e no
mundo vem de longas datas importantíssimas que interferiram diretamente no funcionamento
das diretrizes do curso.
O curso de Biblioteconomia no Brasil surgiu primeiramente nos estados do Rio de Janeiro e São
Paulo. No Rio de Janeiro iniciou no ano de 1911, na Biblioteca Nacional, com predominância
humanística, e formava o “erudito-guardião”. No estado de São Paulo, o curso surgiu no ano
de 1929, no Mackenzie College, voltado para uma visão técnica relacionada ao processo de
organização de serviços de informações.
Acredita-se que a história do ensino da biblioteconomia no Brasil pode ser dividida em seis
fases: a primeira fase de 1879-1928, com o Movimento fundador da Biblioteconomia no Brasil,
de influência humanística francesa, sob a liderança da Biblioteca Nacional; a segunda fase de
1929-1939 com predomínio do modelo pragmático americano em relação ao modelo
humanista francês anterior; a terceira fase de 1940-1961 de consolidação e expansão do
modelo pragmático americano; a quarta fase de 1962-1969 com a uniformização dos
conteúdos pedagógicos e regulamentação da profissão; a quinta fase de 1970-1995 de
crescimento quantitativo dos cursos e novas metodologias e abordagens emprestados de
outros campos do saber e a sexta fase, datada do ano de 2001, com o estabelecimento das
diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação em Biblioteconomia e
implantação de novos cursos no país.
Curso Superior de Biblioteconomia (2º ANO) - destinado a preparar os candidatos aos serviços
especializados e de direção de bibliotecas, com as seguintes disciplinas: Organização e
Administração de Bibliotecas; Catalogação e Classificação; História da Literatura (aplicada à
Bibliografia);
Os alunos possuíam quinze disciplinas obrigatórias, e além disso, para diplomar-se, ficava
obrigado a prestar exame em um curso avulso, dentre os vários oferecidos pela Biblioteca
Nacional.
O primeiro currículo mínimo estabelecido por meio do Parecer no 326, datado de 16/11/1962
e homologado pela Portaria Ministerial de 04/12/1962, compreendia as seguintes matérias:
História do Livro e das Bibliotecas; História da Literatura; História da Arte; Introdução aos
Estudos Históricos e Sociais; Evolução do Pensamento Filosófico e Científico; Organização e
Administração de Bibliotecas; Catalogação e Classificação; Bibliografia e Referência;
Documentação; Paleografia.
Mudanças ocorreram no mundo dos bibliotecários desde 1582. Houve o surgimento de novos
pensamentos científicos voltados aos estudos da Biblioteconomia, novas tecnologias e
ferramentas operacionais para um melhor desempenho nesta área. Os bibliotecários tiveram
que acompanhar essas mudanças para exercer, com plenitude, suas atividades profissionais. É
desta forma que percebemos o quanto a Biblioteconomia se renova.