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MÓDULO:

HISTÓRIA DA
IGREJA
Quem sou eu :

• Pr Adson Belo.
• Casado com Pra Alba Belo e pai de três heranças: Ágata, Manuela e
Davi Augusto.
• Bacharel em Teologia, com pós em ciências da Religião e Acesso ao
Mestrado.
• Juiz de Paz, especialização no livro de Levítico.
• Hebraico Intermediário bíblico na Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo (PUC).
• Pastor Sênior da IMAFE Ministério Pescador de Almas.
• Idealizador do projeto #PERGUNTAPORQUE e Diretor do ITEPA Bible
College .
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Relembrando...
• Vimos na aula passada os 4 fatores de que Jesus nasceu na
plenitude dos tempos:

• 1- Fator geográfico da Palestina;


• 2- Fator intelectual grego;
• 3- Fator religioso judaico;
• 4- Fator político romano.

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As perseguições sofridas pelos cristãos,
ordenadas por imperadores como ...
Nero,Domiciano, Trajano, Marco Aurélio e Septímio
Severo, tiveram um caráter mais político do que
propriamente religioso.

Primeiro, os cristãos recusavam-se a cultuar os deuses


propostos pelo Império, e a aceitar a divinização dos
imperadores.
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• Em segundo, graças a sua mensagem redentora, o
Cristianismo obteve enorme sucesso entre os
excluídos da sociedade romana - mulheres, pobres e
especialmente, escravos-, atestando o caráter
socialmente perigoso da nova crença.

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1) A primeira explicação e mais comum é que PEIXE em grego é
ICHTHUS.

ICHTUS, além de significar "peixe", trata-se de um


acróstico, onde cada letra de I.CH.TH.U.S. corresponde a
outra palavra grega, formando a frase que se encontra
acima do desenho do peixinho. Transliterando seria algo
como IESUS CHRISTOS THEOS UIOS SOTER.

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Iesus = Jesus
Christos =Cristo
Theos = Deus
Uios = Filho
Soter = Salvador
A tradução dessa frase grega seria: "Jesus Cristo, Filho de
Deus, Salvador".

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Tudo bem, e qual a razão disso?
Vamos para a segunda parte da explicação.

2) Como os cristãos primitivos eram perseguidos, as


suas reuniões se davam em locais secretos.
E como saber onde seria a reunião?
As reuniões não podiam ser em templos, portanto
eram realizadas nas casas, catacumbas ou cavernas.

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• E mesmo assim as reuniões não poderiam ser muito
frequente em um mesmo lugar, para se evitar chamar
atenção.

Então a forma de marcarem um lugar para a reunião, era


desenhando este peixinho nos chãos ou paredes
indicando para onde deveriam ir, usadas como setas
sinalizadoras, ou onde se daria o encontro.
Um símbolo conhecido somente pelos cristãos.

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• 3) Outra explicação também plausível, é de que para
os cristãos se identificarem, um deles desenhava um
arco no chão, com o dedo ou um pedaço de pau.

Se a outra pessoa também fosse cristã, desenharia o


outro arco, formando assim o peixe.
E repetindo o que já foi dito, esta atitude era em função
da perseguição que os cristãos sofriam naquela época e
região.
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O Coliseu

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• Em 64 d.C. Roma tinha sido incendiada por Nero, o
mesmo imperador que mandou crucificar São Pedro.
São Pedro apóstolo que se recusou a morrer como
Jesus e pediu para ser crucificado de cabeça para baixo.
Nero foi obrigado a cometer suicídio pelo Senado em
68.

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• Em 72 iniciou-se a construção do Coliseu por 60 mil
escravos judeus que foram trazidos de Israel após a
destruição de Jerusalém e o segundo Templo (Jesus falou
que não ficaria pedra sobre pedra)
pelos romanos;

• A construção levou 9 anos.


• A festa de inauguração durou 100 dias, com direito a
guerra de navios (o Coliseu podia ser enchido de água) e
mortes ao montes, de todas as maneiras possíveis e
imagináveis.
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• O Coliseu era a maior e mais pungente prova disso.

Cada cidadão recebia uma senha (um número) pra ter sua
cadeira reservada no Coliseu. A nobreza ficava mais
próxima do nível da arena, classe média no meio e os
escravos e estrangeiros dividiam o nível mais acima. As
mulheres e os pobres ficavam nas últimas fileiras da
arquibancada, lá em cima. Cabiam ao todo 80 mil pessoas
no Coliseu (a nível de comparação, no maior estádio do
Brasil - o Maracanã - cabe atualmente 79 mil pessoas)

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• Os jogos de Gladiadores já eram sucesso 300 anos antes
do Coliseu ser construído, então era algo plenamente
aceito e entranhado na sociedade (uma verdadeira
"tradição").

A entrada era gratuita, e o povo ainda recebia comida,


subsidiada pelo governo (o "bolsa-coliseu"), o que entrou
para a história como "política do pão e circo"

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• O capítulo mais conhecido do Coliseu é a perseguição aos
cristãos. Milhares morreram ali, de todas as idades e classes
sociais, apenas por professarem a fé cristã.

A perseguição começou entre os judeus (quando era território


de Roma), que viam nessa doutrina o esvaziamento do poder
do sinédrio. Para os romanos a doutrina cristã poderia ter sido
incorporada à multitude de deuses que, inteligentemente, os
romanos toleravam pra manter sua política territorial sem
muitas revoltas, não fosse por um detalhe

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• Os cristãos não só não faziam sacrifícios a seu Deus como
não toleravam que outros fizessem qualquer tipo de
sacrifício a qualquer Deus. Isso se tornou, para Roma,
uma "superstição perigosa", algo que era uma má
influência pra sociedade (lembrem: o contexto social e
religioso era um por centenas de anos, e toda a
"tradição" era ameaçada por um secto, um grupo
dissidente dos judeus que desprezava tudo o que eles
acreditavam).

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• A coisa ganhou contornos dramáticos com Nero e o incêndio
de Roma. Pra escapar de qualquer acusação, Nero tratou de
culpar os cristãos, e como eles já não eram populares...

O Coliseu se tornou o palco para o martírio dos cristãos por


uma centena de anos e, ironicamente, fortaleceu o que os
romanos pretendiam destruir. Isso porque o cristianismo, ao
contrário das outras religiões, alimenta-se do sacrifício, do
"Imitatio Christi", do mais fraco (manso) na Terra ser o mais
"forte" no céu. Quanto mais aumentava a perseguição e
morte (com decretos espalhados em todo o território romano)
mais aumentava a popularidade dos cristãos.
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• E a sede dos romanos de curtir um "espetáculo" como as
mortes contribuiu enormemente pra isso, ao contrário dos
outros condenados, os cristãos abraçavam a morte
Haviam grupos que xingavam as autoridades romanas em
praça pública na esperança de serem martirizados, ao ponto
de um proconsul romano falar pra eles: “Se querem morrer
que pulem de um precipício, ou se enforquem”.
Isso era algo que não se via todo dia, e os comentários a
respeito passaram de boca em boca junto às notícias sobre os
gladiadores e animais exóticos.

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•A coragem demonstrada diante da morte
passou de fraqueza para fortaleza, e o
interesse pela doutrina que conferia a essas
pessoas tanta certeza de uma recompensa no
além aumentou graças a essa poderosa
"antena emissora" que era o Coliseu.

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• A própria Igreja Católica reconheceu isso e preservou
o Coliseu (que seria destruído completamente no
Renascentismo para tirarem matéria-prima para
estátuas, pontes, casas, etc) como um monumento
cristão.

Fica entendido então o porque do país que tanto


perseguiu os cristãos ter sido o primeiro país a ser
oficialmente "convertido".

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Religião oficial do Império
• As perseguições acabaram por fortalecer o
Cristianismo;

Os cristãos uniram-se aceitando o martírio sem


hesitação, na certeza da salvação e seu exemplo fazia
novos e numerosos adeptos, especialmente em uma
época de crise e de falência dos poderes públicos,
devido a uma forte crise moral que tinha a sua
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sequência na crise político-econômica. Prof. Adson Belo
•Mais do que isso, o Cristianismo era a
única opção de consolo espiritual e
material para a grande massa de
miseráveis que o Império Romano
produzia.

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• Da mesma forma, a mensagem de igualdade e pacifismo,
negando o caráter divino do Império e a própria escravidão
contribuiu para a desagregação das bases sociais e políticas
em que se assentava o Império.

O crescimento do número de cristãos, bem como a excelência


da organização cristã, tornou as perseguições cada vez mais
difíceis.

A partir do século 3, momento em que se iniciou a crise do


Império, aumentou significativamente o número de
despossuídos, justamente a camada que teria no Cristianismo
sua única perspectiva de consolo espiritual.
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• A última perseguição foi decretada pelo imperador
Diocleciano, na segunda metade do século.

Nesse momento o Império já não conseguia manter a


postura repressiva sobre uma parcela cada vez mais
significativa da população.

No início do século 4 em 313, o imperador Constantino


publicaria o Edito de Milão, concedendo liberdade de
culto aos cristãos.
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• Quanto mais a crise do Império se agravava,
mais suas próprias estruturas administrativas se
deterioravam.

O imperador Teodósio, por meio do Edito de


Tessalônica, em 390, tornou o Cristianismo a
religião oficial do Império.

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Com as invasões dos Povos Germânicos que já
aconteciam de forma pacífica, a Igreja se tornaria
“um estado dentro de outro estado”.

A partir desse ato, ele buscava não apenas


exercer um controle sobre a crença cristã, mas,
também dar ao Cristianismo um caráter oficial,
utilizando a estrutura da Igreja como instrumento
para organizaro Império.
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"Nunca teremos grandes
pregadores até que
tenhamos grandes
teólogos. Você não pode
formar um homem de
guerra a partir de um pé
de banana"
(C. H. Spurgeon).

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