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Em conformidade com a exigência 7.

1
referente ao item 6.1.1 – Analise de
risco, segue documentos em anexo.
APR
ANÁLISE PRELIMINAR
DE RISCOS

METODOLOGIA APLICADA
AAF – ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHA

VERSÃO 2
REVISÃO 2
22/05/2023

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 3
2. OBJETIVO ................................................................................................ 3
3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SITE ................................................. 3
4. PROCESSO PRODUTIVO. ...................................................................... 7
4.1 Recebimento de Matérias Primas ..................................................... 9
4.1.1 Descarga de Metanol ..................................................................9
4.1.2 Descarga de óleos vegetais ....................................................... 9
4.1.3 Descarga de Gordura Animal. .................................................. 9
4.1.4 Descarga de Metilato de Sódio. ................................................ 10
4.2 Preparação do Catalisador............................................................... 10
4.3 Reação de Transesterificação. .........................................................10
4.4 Purificação do Metil Éster. ................................................................ 11
4.5 Carregamento de Biodiesel e Glicerina ........................................... 12
5. ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR) ............................................. 12
5.1 Setor da Indústria .............................................................................. 16
5.2 Setor de Armazenamento. ................................................................ 18
5.3 Setor de Laboratório...........................................................................19
5.4 Setor da Caldeira................................................................................20
6. AVALIAÇÃO DOS RISCOS .....................................................................21
7. CONCLUSÃO............................................................................................25
8. ELABORAÇÃO E APROVAÇÃO.............................................................26

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1. INTRODUÇÃO
A antecipação e prevenção de acidentes é uma maneira de eliminar ou
reduzir os riscos para os trabalhadores. Um sistema de antecipação que pode
ser totalmente aplicado é o Gerenciamento de Riscos, que oferece ferramentas
importantes e muito utilizadas em processos produtivos.
Desta forma, a Análise Preliminar de Riscos (APR) é uma ferramenta dentro
do Gerenciamento de Riscos usada para realizar uma análise qualitativa na fase
de concepção ou desenvolvimento de um projeto ou atividade com a finalidade
de se determinar os possíveis riscos que poderão ocorrer na sua fase
operacional. Esse trabalho consiste na avaliação dos riscos existentes nas
etapas de produção de biodiesel, a partir da Análise Preliminar de Riscos (APR),
identificando os riscos existentes e as correspondentes medidas necessárias
para a eliminação dos riscos ou a sua minimização.

2. OBJETIVO

Este documento tem como objetivo, realizar o levantamento dos


riscos/perigos envolvidos na atividade de usinagem de biodiesel (descarga de
metanol, descarga de matéria-prima, carregamento de biodiesel, carregamento
de glicerina, produção de biodiesel, preparo de catalisador e operação de
caldeira) bem como, propor medidas preventivas e mitigadoras, utilizando a
ferramenta “Análise Preliminar de Riscos” (APR), para minimizar os riscos e
perigos inerentes às atividades da empresa.

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SITE

O site da Petrobio Usina de Biodiesel Ltda está localizado em área não


residencial, sendo um território amplo e muito arejado, possui grandes
distanciamentos entre os setores e é rodeado de áreas desabitadas, tendo como
unidade circunvizinha apenas uma indústria de moveis. A indústria se encontra

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cerca de 60 metros da rodovia (Foto 1), com 35 metros de distanciamento entre
as áreas de tancagem de matéria prima e biodiesel até o armazenamento de
metanol (Foto 2), como é possível ver nas fotos a seguir.

Foto 1

Legenda: Vista aérea da Petrobio Usina de Biodiesel


Ltda – Distancia entre a industra e a Rod. Henio
Romagnoli

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Foto 2

Legenda: Vista aérea da Petrobio Usina de Biodiesel


Ltda – Distancia entre tancagem de matéria-prima e
Biodiesel até Deposito de Metanol

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Na Foto 3 é possível visualizar claramente as distâncias entre as áreas,
bem como a rodovia Henio Romagnoli.

Foto 3

Legenda: Descrição das áreas do site

A indústria (unidade de transesterificação) possui cobertura de telhas e


laterais do mesmo material, possui um sistema de laternil que oferece bastante
ventilação, muito arejada, permitindo uma ótima dispersão de gases, no caso de
um eventual vazamento. As lâmpadas e bombas são a prova de explosão, já os
equipamentos, possuem os instrumentos necessários para medição de pressão
e temperatura, bem como vents para alívio de pressão. Toda a área é aterrada,
desde os tanques, equipamentos e edifícios até a cerca de proteção.
A área de descarregamento para metanol e metilato de sódio, se encontra

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em pista independente. Já o de descarregamento de matéria prima localiza-se
numa pista exclusiva, próxima aos tanques de biodiesel e glicerina.
As matérias primas (óleo vegetal, gordura animal e metanol e metilato de
sódio), são transferidos por bombeamento das respectivas tancagens até o
reator de transesterificação, localizado na Fábrica. Já as utilidades de processo
(vapor, água de refrigeração e tratamento de efluentes), localizam-se ao redor
da unidade de produção , tendo-se ainda uma grande área de terreno livre, e
sem nenhuma construção.
As instalações da Petrobio Usina de Biodiesel Ltda. são dotadas de sistemas
para combate a Incêndio, conforme apresentado no alvará do Corpo de
Bombeiros Militar CBM - PR, encontrando-se de acordo com a legislação
vigente, em conformidade ao manual da corporação que possui como base a
norma NBR 17505-7 – Proteção contra Incêndio para Parques de Tanques
Estacionários. Importante ressaltar que a empresa possui um quadro de
colaboradores treinados para executar o protocolo de emergência, como
demonstram os certificados do curso de brigada, sendo cada uma das equipes
delegada pelo líder de seu setor.

4. PROCESSO PRODUTIVO

O processo de produção de Biodiesel da Petrobio Usina de Biodiesel Ltda.,


dá-se via reação de transesterificação pela rota metílica, em que, óleos vegetais
ou gorduras animais reagem com álcool metílico (metanol), utilizando Metilato
de sódio como catalisador homogêneo e obtendo como principais produtos
biodiesel de éster metílico e glicerol (glicerina). Todas as etapas são
representadas na Figura 1 brevemente descritas a seguir.

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Figura 1: Diagrama de blocos do processo produtivo

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4.1. Recebimento de Matérias Primas

O recebimento de matérias primas é acompanhado desde a chegada dos caminhões


tanques, onde são pesados, verificado qual o conteúdo a ser descarregado e indicados
ao local de descarga.

4.1.1. Descarga de Metanol

O metanol deve ser descarregado e armazenado no TANQUE 02 no Setor de


Armazenamento por meio de bombeamento utilizando mangueiras de engate rápido. O
descarregamento de metanol deve ser previamente autorizado pelo Laboratório
Analítico após o conteúdo passar por análise qualitativa para garantira qualidade
do produto.

4.1.2. Descarga de óleos vegetais

Os óleos vegetais devem ser descarregados e armazenados no TANQUE


03 ou TANQUE 04 no Setor de Armazenamento por meio de bombeamento
utilizando mangueiras de engate rápido. O procedimento deve ser previamente
autorizado pelo Laboratório Analítico, após a análise da qualidade da matéria
prima.

4.1.3. Descarga de Gordura Animal

A gordura animal deve ser descarregada no TANQUE 03 ou Tanque 04 no


Setor de Armazenamento por meio de bombeamento utilizando mangueira de
engate rápido, caso o caminhão tanque não seja encamisado, é necessário que
o sebo seja aquecido por meio de injeção de vapor na serpentina no interior do
tanque. O procedimento deve ser previamente autorizado pelo Laboratório
Analítico, após a análise da qualidade da matéria prima.

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4.1.4. Descarga de Metilato de Sódio

O Metilato de Sódio deve ser descarregado e armazenado no TANQUE


01 no Setor de Armazenamento por meio de bombeamento utilizando
mangueiras de engate rápido. O descarregamento de metanol deve ser
previamente autorizado pelo Laboratório Analítico após o conteúdo passar por
análise qualitativa para garantir a qualidade do produto.

4.2. Preparação da Solução Catalítica

A solução catalítica e preparada dentro da unidade de produção misturando


metanol e metilato de sódio no misturador catalítico através de bombas
centrifugas, tanto para o enchimento do misturador quanto para a sua
distribuição aos reatores. A quantidade necessária é estabelecida de acordo com
o índice de acidez da matéria graxa a ser transformada. O operador de painel
deve estar atento ao nível do Misturador de Solução Catalítica - MMC05 ,
para que, após a descarga de Metilato, complete-se o nível do tanque com
metanol, de forma que o tanque armazene a quantidade necessária de solução
catalítica para a batelada.

4.3. Reação de Transesterificação

O processo utilizado é o de transesterificação por batelada e Rota Metílica


onde o óleo ou gordura é posto em contato com uma solução de álcool! Metílico
com metilato de sódio a 30%, MMC 05, que é preparado num reator separado
com capacidade para 7,000 litros. No reator R01, R02, R03, R04 e R05 é
adicionado 10.500 litros de óleo e elevado a temperatura de 60 “C, quando o
óleo atinge esta temperatura é adicionado o metilato de sódio em duas reações,
a primeira reação se utiliza 1.500 litros da solução de metilato de sódio, quando
se termina de adicionar agita-se a reação por 45 minutos, após este período

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de agitação desliga-se o agitador do reator e por um período de 1,00 Hora (uma
hora) deixa-se separar as fases, aparecem duas fases distintas, na parte inferior
fica a glicerina, álcool metílico do excesso utilizado, sabões e ácidos graxos, na
fase superior temos biodiesel, alguns traços de sabões e álcool metílico. Faz-se
a separação da glicerina e dos outros produtos pela parte inferior do reator
utilizando-se uma bomba para a retirada da glicerina e levando ela para o tanque
de Glicerina para posterior venda. — Observa-se a separação de fases por um
visor instalado no cone do reator, quando a fase da glicerina, que é mais densa
e fica em baixo terminar para-se o processo, quando chega a fase do biodiesel
que é mais clara. Faz-se a segunda reação, com o restante do álcool metílico e
Metilato de sódio, 1.000 litros. Após a adição agita-se por 45 minutos e deixa-se
em repouso por mais 1,00 Hora (uma hora). Após este tempo drena-se a
glicerina por baixo do cone, encaminhando a glicerina para o tanque para
posterior recuperação do metanol. O biodiesel agora sofre o processo de
purificação por lavagens consecutivas, utiliza-se em cada lavagem 1.000 litros
de água acidificada com ácido cítrico (ácido 2-hidroxi-1,2,3-
propanotricarboxiílico) até pH 3,5. Normalmente são utilizadas 02 lavagens. O
Tempo de decantação entre um processo e outro é de 30 minutos para a
separação de fases.

4.4. Purificação do Metil Éster

Processo de purificação o Metil Ester é transferido para os depósitos TD01 e


TD02, O processo de secagem e feito a 120ºC em dois secadores com
capacidade de 17.500 litros cada Secador TS01 e Secador T02, onde após
120ºC o vácuo e ligado por duas horas. Após esse processo o biodiesel e
enviado à uma torre evaporativa onde e resfriado a 30ºC, sendo assim enviado
ao tanque de biodiesel. Na condução para o Tanque de Biodiesel é adicionado
um antioxidante. Durante todo o processo de transformação dos óleos ou
gorduras em biodiesel este é acompanhado com análises realizadas em
amostras retiradas do reator.

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O produto final é analisado para verificar a acidez, umidade e se ainda contém
sólidos dissolvidos, estes parâmetros sendo confirmados dentro dos limites
estabelecidos

4.5. Carregamento de Biodiesel e Glicerina

O biodiesel e a glicerina são carregados por bocais no topo de caminhões


tanque em plataformas de carregamento. Ambas as tubulações possuem
torneira para retirada de amostra logo antes das válvulas do braço de
carregamento e o acesso ao topo do caminhão é feito em escada pantográfica.

5. ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR)

Para visualizar os perigos presentes no ambiente laboral, realizou-se visita


no pátio industrial da empresa, cuja finalidade foi conhecer o processo do
trabalho e obter o maior número possível de informações circulando pelo local
de trabalho. Identificados os perigos, elencou-se os riscos a eles relacionados,
bem como determinou a gravidade dos mesmos e a probabilidade de que
venham a ocorrer. O Estudo de Classificação de Áreas de Risco foi utilizado
como apoio para identificação dos perigos através da análise da “Probabilidade”
da existência ou aparição de atmosferas explosivas nos diferentes locais.
A metodologia utilizada para identificar os riscos associados a cada setor
e suas causas raízes foi o Fault Tree Analysis (FTA) ou Análise de Árvore de
Falha, trata-se de um método dedutivo de análise de falhas do topo para baixo
(top-down) no qual a falha ou estado indesejado de um sistema é o evento do
topo, sendo então relacionado a outros eventos (falhas) menores em baixo por
meio de lógica booleana. É utilizado para entender como os sistemas podem
falhar, identificar as melhores maneiras de reduzir riscos e determinar a
probabilidade de falhas.

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Portanto, a seguir serão descritas todas as análises de árvore de falhas
para cada setor, seguidas dos quadros contendo os riscos, causas,
consequências, severidade, frequência e medidas mitigatórias.
A análise dos riscos leva em consideração suas causas, consequênciase
o número de colaboradores expostos eles para se determinar a severidade e o
cálculo do risco. O modelo da APR é apresentado no Quadro 1.

Classificação da frequência esperada de ocorrência para cada cenário


identificado no canteiro de obra por indicação qualitativa, como modelo expresso
no Quadro 2.

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Classificação da severidade esperada de ocorrência para cada um dos
cenários identificados na indústria por indicação qualitativa, como mostrado no
Quadro 3.

Para estabelecer o nível de risco, utiliza-se uma matriz, indicando a


frequência e a severidade dos eventos indesejáveis, conforme indicado no
Quadro 4.

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Tendo como referência as informações que constam nos quadros 2, 3 e 4,
foi determinado o grau de risco em função da frequência e severidade da
ocorrência. Portanto, a seguir, são apresentadas todas as análises de árvore de
falhas para cada setor, seguidas dos quadros contendo os riscos, causas,
consequências, severidade, frequência e suas respectivas recomendações.

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SETOR DE ARMAZENAGEM

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SETOR DE LABORATÓRIO

19
SETOR DA CALDEIRA

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ANÁLISE PRELIMINAR DE
RISCOS (APR)
SETOR: INDÚSTRIA
PROCESSO / ATIVIDADE: PRODUÇÃO DE BIODIESEL
N° DE COLAB SEVE
RISCO ASSOCIADO CAUSAS CONSEQUÊNCIAS FREQ. RISCO RECOMENDAÇÕES
EXPOSTOS R.

FALTA DA UTILIZAÇÃO DE EPI 2 3 6


• DISPONIBILIZAÇÃO DE EPI.
QUEIMADURAS FALTA DE ATENÇÃO DURANTE · QUEIMADURAS DE 1° E 2° · 3
2 3 6 • DISPONIBILIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS
OS GRAUS. COLABORADORES OPERACIONAIS.
PROCEDIMENTOS • TREINAMENTO NOS PROCESSIMENTOS OPERACIONAIS
CHOQUE ELÉTRICO 1 3 3
• INTOXICAÇÃO DOS
CONDENSAÇÃO PARCIAL DOS COLABORADORES.
VAPORES DE METANOL NOS • FORMAÇÃO DE NUVEM
DE VAPORINFLAMÁVEL. 3 4 12 TERMÔMETRO NOS COLETORES DE METANOL PARA
TROCADORES DE CALOR E
VAZAMENTO PELAS VENTOSAS • JET-FIRE CONTROLE DE TEMPERATURA DURANTE A
LIBERAÇÃO DE • FLASH-FIRE
DO EQUIPAMENTO CONDENSAÇÃO DOS VAPORES
VAPORES DE • IRRITAÇÃO DA PELE, DOS ORGÃOS · 3 • DISPONIBILIZAÇÃO DE EPI ADEQUADO
METANOL TUBULAÇÃO DANIFICADA OCULARES EDAS VIAS AÉREAS COLABORADORES 2 4 8 • INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
• DANOS À SAÚDE SE A • DISPONIBILIZAÇÃO DE FISPQ
EVAPORADORES / EXPOSIÇÃO FOR
EQUIPAMENTOS PROLONGADA 1 4 4
COM AVARIAS • EXPLOSÃO

• INTOXICAÇÃO • DISPONIBILIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS


EXPOSIÇÃO À • IRRITAÇÃO DA PELE, DOS ORGÃOS • DISPONIBILIZAÇÃO DE FISPQ
PRODUTOS OCULARES EDAS VIAS AÉREAS • TREINAMENTOS REGULARES NOS PROCEDIMENTOS
INFLMÁVEIS / RISCO DURANTE AMOSTRAGEM • DANOS À SAÚDE SE · 3 3 1 3 OPERACIONAIS
EXPOSIÇÃO FOR COLABORADORES • IMOBILIZAÇÃO DAS VÁLVULAS DE AMOSTRAGEM COM
COMBUSTÍVEIS
PROLONGADA. CADEADOS, ACESSÍVEIS SOMENTE POR PROFISSIONAL
RESPONSÁVEL E TREINADO.

RISCO DURANTE AMOSTRAGEM 3 1 3


• INTOXICAÇÃO • DISPONIBILIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
• DISPONIBILIZAÇÃO DE FISPQ
EXPOSIÇÃO À • IRRITAÇÃO DA PELE, DOS ORGÃOS
• TREINAMENTOS REGULARES NOS PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS
PRODUTOS OCULARES EDAS VIAS AÉREAS · 3
MAL USO DE EPI 2 1 2 • IMOBILIZAÇÃO DAS VÁLVULAS DE AMOSTRAGEM COM
INFLMÁVEIS / • DANOS À SAÚDE SE COLABORADORES
CADEADOS, ACESSÍVEIS SOMENTE POR PROFISSIONAL
COMBUSTÍVEIS EXPOSIÇÃO FOR
RESPONSÁVEL E TREINADO
PROLONGADA
DERRAMAMENTO DE METILATO
DE SÓDIODO MANGOTE 4 1 4
APÓS A DESCARGA

SURDEZ NÃO UTILIZAÇÃO DE EPI · SURDEZ TEMPORARÁRIA OU · 3 2 3 6 · DISPONIBILIZAÇÃO DE EPI


IRREVERSÍVEL COLABORADORES

FLANGES MAL INSTALADAS


BOMBAS COM EIXO FORA DE
ALINHAMENTO
• EXPOSIÇÃO DE
COLABORADORES AOS 2 3 6 • USO DE EPI ADEQUADO.
AUMENTO DE PRESSÃO NA • DISPONIBILIZAÇÃO DE FISPQS.
LINHA COM • INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E
VAZAMENTO EM VÁLVULAS PRODUTOS COMBUSTÍVEIS E
VAZAMENTOS · 3 TUBULAÇÕES.
INFLAMÁVEIS.
COLABORADORES • PLANO DE ATENDIMENTO À EMERGÊNCIA.
IMPACTO MECÂNICO EM • INCÊNDIO EM POÇA.
VASOS / • PERDA DE PRODUÇÃO.
TUBULAÇÕES • CONTAMINAÇÃO DO SOLO.
CHOQUE TÉRMICO EM
TUBULAÇÕES / 1 1 1
TANQUES
CORROSÃO DAS PAREDES DE
1 3 3
VASOS /
TUBULAÇÃOS
FALHA DE ATERRAMENTO 1 5 4
• INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO REGULAR DE
OPERADORES NÃO EQUIPAMENTOS EINTRUMENTOS
SEGUEM OS 2 5 10 • PLANO DE ATENDIMETO A EMERGÊNCIAS
• DANOS À SAÚDE • USO DE EPI ADEQUADO
PROCEDIMENTOS
(QUEIMADURAS DE 2° E 3° • MANUTENÇÃO DO LAUDO SPDA E DE ATERRAMENTO
INCÊNDIO OEPRACIONAIS · 3
GRAUS). ELÉTRICO
SUPERAQUECIMENTO DO SELO COLABORADORES
• DANOS AO PATRIMÔNIO DA 2 5 10 • SINALIZAÇÃO DE PROIBIDO CELULAR, FUMAR etc.
DAS EMPRESA.
BOMBAS • DISPONIBILIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS
• EXPLOSÃO. OPERACIONAIS
MAL TEMPO / DESCARGAS 1 5 5 • RECICLAGEM DE TREINAMENTOS NOS
ATMOSFÉRICAS PROCEDIMENTOS
CURTO-CIRCUITO NOS PAINÉIS
ELÉTRICOSOU 2 5 10
EQUIPAMENTOS.

TERRORISMO / VANDALISMO 1 5 5
• PLANO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA
• MANUTENÇÃO DO LAUDO SPDA E DE ATERRAMENTO
FALTA DE MANUTENÇÃO E • MORTE ELÉTRICO
1 5 5
CALIBRAÇÃODE • DANOS À SAÚDE • DISPONIBILIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS
EQUIPAMENTOS (QUEIMADURAS DE 2° E 3° OPERACIONAIS.
EXPLOSÃO · 3
QUEDAS DE ENERGIA GRAUS). COLABORADORES 2 5 10 • DISPONIBILIZAÇÃO DE FISPQ
ERRO OPERACIONAL • DANOS AO PATRIMÔNIO DA 2 5 10 • SINALIZAÇÃO DE PROIBIDO CELULAR, FUMAR etc.
EMPRESA. • RECICLAGEM DE TREINAMENTOS NOS
FALHA NO ATERRAMENTO 1 5 5 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS.

MAL TEMPO / DESCARGAS 1 5 5


ELÉTRICAS

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• USO DE EPI ADEQUADO.
• EXPOSIÇÃO DE
• DISPONIBILIZAÇÃO DE FISPQ.
COLABORADORES AOS
• DISPONIBILIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS
DERRAMAMENTO FALHA NOS MEDIDORES DE PRODUTOS COMUSTÍVEIS E · 3 1 4 4 OPERACIONAIS.
NÍVEL INFLAMÁVEIS. COLABORADORES • RECICLAGEM DE TREINAMENTO NOS
• INCÊNDIO EM POÇA PROCEDIMENTOSOPERACIONAIS.
• CONTAMINAÇÃO DO SOLO

PROCESSO / ATIVIDADE: MANUTENÇÃO DE TANQUES (TRABALHO EM ESPAÇO CONDFINADO)


N° DE
RISCO ASSOCIADO CAUSAS CONSEQUÊNCIAS COLAB. EXPOSTOS FREQ. SEVE RISCO RECOMENDAÇÕES
R.

• FORNECIMENTO DE EPI ADEQUADO.


MÁ UTILIZAÇÃO DE EPI 2 5 3 • DISPONIBILIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS.
• MORTE
QUEDA DO FALTA DE SUPERVISÃO · 1 COLABORADOR 2 5 10 • TREINAMENTO EM NR-35 E PROCEDIMENTOS
• DANOS À SAÚDE (FRATURAS,
COLABORADOR TORÇÕES etc.) AUTORIZADO OPERACIONAIS
• A ENTRADA DEVE SER REALIZADA SOMENTE
TROPEÇO / ESCORREGÃO 2 5 10 POR PESSOALTREINADO, AUTORIZADO E
SUPERVISIONADO

• PERDA DE CONSCIÊNCIA.
• IRRITAÇÃO OCULAR GRAVE. • USO DE EPI ADEQUADO
• DANOS AOS ORGÃOS DO · 1 COLABORADOR • EMISSÃO DE PET
MÁ OU FALTA DE UTILIZAÇÃO 3 5 15
INTOXICAÇÃO / SISTEMA NERVOSO CENTRAL, AUTORIZADO • A ENTRADA DEVE SER REALIZADA SOMENTE
DE EPI
ASFIXIA ORGÃOS DA VISÃO. POR PESSOAL TREINADO, AUTORIZADO E
SUPERVISIONADO
· SONOLÊNCIA OU VERTIGEM.
FALTA DE SUPERVISÃO 2 5 10
· MORTES.

Analisando todos os processos de obtenção do biodiesel, nota-se que a maior


incidência de perigos está voltada ao vazamento de produtos químicos, tais
como óleo vegetal, sebo bovino, Metilato de sódio, biodiesel e glicerina. Além
disso, por se tratar de substâncias inflamáveis, requerem uma atenção maior
quanto a fissuras e rupturas nas estruturas
(armazenamento/depósito/passagem), como tanques, tubulações, bombas,
flanges e válvulas de retenção e escape.
Nestes casos, por acometer ao risco de incêndio e explosão, manutenções e
vistorias devem ser realizadas para evitar os seguintes cenários:
• Liberação de inflamável por fissura na estrutura em função da corrosão;
• Liberação de inflamável por ruptura na estrutura em função da corrosão
e/ou impacto mecânico.
• Mal funcionamento ou falta de confiabilidade em instrumentos de medição
e equipamentos.
Outro fator de risco a ser considerado, é a exposição contínua às partículas de
produtos químicos emanadas durante os processos. Desta forma, como uma
medida de controle preventiva às doenças ocupacionais do trabalho,
recomenda-se a execução de exames complementares, a aqueles cuja
exposição esteja direcionada ao contato direto e indireto à essas substâncias,
respeitando os limites pertinentes a cada atividade e à delimitação das áreas de
risco em destaque, conforme NR-16:

22
QUADRO 06 – DESTAQUE NR – 16

ATIVIDADES ÁREA DE RISCO


Unidade de processamento de refinarias. Faixa de 30 metros de largura, no mínimo,
contornando a área de operação.
Outros locais de refinarias onde se realizam
operações com inflamáveis em estado de
volatização ou possibilidade de volatização Faixa de 15 metros de largura, no mínimo,
decorrente de falha ou defeito dos sistemas contornando a área de operação.
dos sistemas de segurança e fechamento de
válvulas.
Tanques de líquidos inflamáveis. Toda a bacia de segurança.
Enchimento de vagões-tanques e caminhões Círculo com raio de 15 metros com centro nas
tanques com inflamáveis líquidos. bocas de enchimento.

6. AVALIAÇÃO DOS RISCOS

Identificados os principais riscos de cada um dos perigos das diferentes


atividades executadas nas duas frentes de trabalho, eles foram agrupados por
tipo de risco:
• Triviais – até grau 3 com severidade menor que 3;
• Toleráveis – de grau 4 a 6 com severidade menor que 4;
• Moderados – de grau 8 a 10 com severidade menor que 5;
• Relevantes – de grau 12 a 20;
• Intoleráveis – de grau maior que 20.
Com base nestes valores foi determinado o percentual de ocorrência de cada
tipo de risco nas duas frentes de trabalho, conforme Quadro 07.

23
QUADRO 07 – PERCENTUAL DE OCORRÊNCIA POR GRAU E TIPO DE
RISCO
PRODUÇÃO DE BIODIESEL
GRAU TIPO DE RISCO
QUANTIDADE %
1 TRIVIAL 24 14,6
2 TOLERÁVEL 74 45,1
3 MODERADO 60 36,6
4 RELEVANTE 6 3,7
5 INTOLERÁVEL 0 0
TOTAL 164 100

Nota-se que o percentual de ocorrência na distribuição por tipo e grau de


risco, a maior concentração dos riscos está na classificação de grau 3
(moderado) e grau 4 (relevante).

7. PERIODICIDADE E CRITÉRIOS DE REVISÃO

Como procedimento foi estabelecido à revisão dos riscos periodicamente, a


cada 12 (doze) meses ou quando ocorrer modificações no processo, uso de
produtos e tecnologia, bem como após ocorrência de acidentes não previstos
pela APR. A cada revisão deverá ser ministrado treinamento para os
colaboradores, realizando as devidas adequações.

24
8. CONCLUSÃO

As técnicas de gerenciamento de riscos vêm sendo cada vez mais


implementadas nas empresas não apenas para cumprir as normas do MTE, mas
principalmente por oferecer melhores condições de trabalho, gerenciamento
efetivo dos riscos e redução de custos com paradas provocadas por acidentes e
incidentes. As etapas principais para o gerenciamento dos riscos são:
• Revisão dos riscos de processos;
• Gerenciamento de modificações;
• Manutenção e garantia da integridade de sistemas críticos;
• Exames Médicos Ocupacionais;
• Procedimentos operacionais documentados e implementados;
• Capacitações e Treinamentos voltados à Saúde
e Segurança do Trabalho;
• Plano de Ação e Emergência;
• Auditorias; e melhoria contínua.

Essa avaliação evidencia a necessidade de uma mudança cultural nas


lideranças da empresa quanto ao investimento em uma política de segurança,
voltada para uma nova consciência do trabalhador, com foco especial na
aplicação em Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC’s (que minimizam os
riscos oferecidos pelo meio, equipamentos e ferramentas) e o uso de
Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s (que minimizam os riscos inerentes
à atividade).

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A análise mais aprofundada possibilitou a identificação dos riscos de maior
grau como a área de secagem de biodiesel, seguido das áreas de purificação,
reação, armazenamento e separação. O setor que possui o maior grau de
severidade é p tanque de armazenagem de metanol devido ao seu volume de
combustivel estocado. Impactos ambientais também foram identificados
principalmente pelo uso/descarte dos reagentes e subprodutos, como a glicerina.
Com o estudo foi possivel elaborar um plano de ação para mitigar os riscos
identificados, ação simples, baratas e faceis de serem implementadas, mas que
podem salvar vidas e equipamentos.
É nessesario desenvolver novas praticas de gestão (treinamentos, palestras,
campanhas e dialogos diários/semanais de segurança) que busquem, alem dos
atuais programas de treinamentos, um enfoque na mudança do comportamento
e no comprometimento, tanto da alta administração quanto do trabalhador,
visando a excêlencia, segurança e saúde no trabalho.

Nome RG/CPF Cargo Assinatura


Tec. Segurança do trabalho

Gabriel Nacimento Matos 103.868.569-90 Gerente

Eduarda Braga da Rovha 082.539.219-50 Quimica Responsável

Marcelo Alessandro Anholeto 931.109.608-68 Administrativo

Allysson Junio O. de Jesus 009.364.609-70 Operador

Valdecir Beraldo 068.473.698-50 Operador

Edson Aparecido Costa 883.988.469-68 Operador

Luiz Carlos Paulino Martins 668.404.909-63 Operador

Assinado de forma
Sheila digital por Sheila
Cristina Dias
Cristina Dias Dados: 2023.06.13
13:51:04 -03'00'
PREVCLIN – A. BORDINI SERVIÇOS MÉDICOS LTDA SHEILA CRISTINA DIAS
ENGENHEIRA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
CREA: 136316-PR

26
Página 1/1
Anotação de Responsabilidade Técnica - ART ART de Obra ou Serviço
Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977 CREA-PR 1720233021748
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná

1. Responsável Técnico
SHEILA CRISTINA DIAS
Título profissional: RNP: 1712779206
ENGENHEIRA DE SEGURANCA DO TRABALHO Carteira: PR-136316/D

2. Dados do Contrato
Contratante: PETROBIO USINA DE BIODISEL CNPJ: 40.911.538/0001-72

R NAGA, S/N
PARQUE INDUSTRIAL II - UMUARAMA/PR 87507-150
Contrato: (Sem número) Celebrado em: 13/06/2023
Valor: R$ 500,00 Tipo de contratante: Pessoa Jurídica (Direito Privado) brasileira

3. Dados da Obra/Serviço
R NAGA, S/N
PARQUE INDUSTRIAL II - UMUARAMA/PR 87507-150
Data de Início: 13/06/2023 Previsão de término: 14/06/2023

Proprietário: PETROBIO USINA DE BIODISEL CNPJ: 40.911.538/0001-72


4. Atividade Técnica
Quantidade Unidade
[Laudo] de Análise de Risco (AR) 1,00 UNID
Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deverá proceder a baixa desta ART
5. Observações
LAUDO APR- ANALISE PRELIMINAR DE RISCOS

7. Assinaturas 8. Informações
- A ART é válida somente quando quitada, conforme informações no
Documento assinado eletronicamente por SHEILA CRISTINA DIAS, registro Crea- rodapé deste formulário ou conferência no site www.crea-pr.org.br.
PR PR-136316/D, na área restrita do profissional com uso de login e senha, na - A autenticidade deste documento pode ser verificada no site
data 13/06/2023 e hora 11h26. www.crea-pr.org.br ou www.confea.org.br
- A guarda da via assinada da ART será de responsabilidade do profissional
e do contratante com o objetivo de documentar o vínculo contratual.

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Central de atendimento: 0800 041 0067
PETROBIO USINA DE BIODISEL - CNPJ: 40.911.538/0001-72

Valor da ART: R$ 96,62 Registrada em : 15/06/2023 Valor Pago: R$ 96,62 Nosso número: 2410101720233021748

A autenticidade desta ART pode ser verificada em https://servicos.crea-pr.org.br/publico/art


Impresso em: 16/06/2023 09:28:25
www.crea-pr.org.br

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