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SUMÁRIO
1 OBJETIVO ....................................................................................................... 2
2 APLICAÇÕES ................................................................................................. 3
2.1 Aplicabilidade ............................................................................................................. 3
2.2 Exclusões .................................................................................................................... 3
2.3 Disclaimer.................................................................................................................... 4
3 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ................................................................ 4
3.1 Referências Internas .................................................................................................. 4
3.2 Normas ........................................................................................................................ 5
3.3 Referências Complementares ................................................................................... 6
4 DEFINIÇÕES ................................................................................................... 6
4.1 Termos ......................................................................................................................... 6
4.2 Siglas e Abreviações .................................................................................................. 7
5 BOWTIE SÍNTESE .......................................................................................... 7
6 REQUISITOS ................................................................................................... 7
6.1 Requisitos Gerais ....................................................................................................... 7
6.1.1 Geral......................................................................................................................... 7
6.1.2 Classe do Ativo ...................................................................................................... 20
6.1.3 Gestão da Documentação ...................................................................................... 20
6.1.4 Análise de Riscos ................................................................................................... 20
6.1.5 Análise de Incidentes ............................................................................................. 22
6.1.6 Gestão de Mudanças ............................................................................................. 22
6.2 Requisitos de Projeto ............................................................................................... 22
6.3 Requisitos de Construção, Montagem e Comissionamento ................................. 23
6.3.1 Construção e Montagem ........................................................................................ 24
6.3.2 Comissionamento ................................................................................................... 24
6.4 Requisitos de Operação e Manutenção .................................................................. 26
6.4.1 Operação................................................................................................................ 28
6.4.2 Manutenção............................................................................................................ 34
6.5 Requisitos de Descomissionamento ...................................................................... 37
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Manuseio de Produtos Perigosos – Explosivos - Fábrica
Resultados Esperados:
✓ Melhoria contínua da Segurança e Integridade dos Ativos da Vale em todo seu Ciclo
de Vida;
1 OBJETIVO
Estabelecer requisitos mínimos necessários para garantir a segurança das plantas de
fabricação de emulsão e ANFO na Vale, resguardando colaboradores, comunidades, meio
ambiente e a integridade dos ativos da empresa, prevenindo e / ou mitigando MUE’s (Material
Unwanted Events), conforme apresentados na Tabela 1. As principais consequências destas
MUEs são: incêndio e / ou explosão atingindo instalações e pessoas, mistura de incompatíveis
no sistema de drenagem (potencial incêndio / explosão), vazamento de produtos com potencial
de ignição e incêndio, contaminação ambiental, efeito dominó gerando explosão da fábrica e
emulsão / ANFO fora de especificação gerando detonação ausente / parcial no desmonte de
rochas ou emissão de gases tóxicos (gases nitrosos).
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2 APLICAÇÕES
2.1 Aplicabilidade
O escopo está limitado ao perímetro da fábrica e tudo o que integra o funcionamento dela, como
apresentado na Figura 1, desde o recebimento e armazenamento de insumos para produção
passando pelos sistemas de transferência / bombeamento, processamento chegando até o
armazenamento dos produtos e carregamento dos caminhões para o uso final. Todos os
sistemas auxiliares à produção como controle de acesso, suporte administrativo, oficina de
manutenção, laboratório de qualidade, área de lavagem de caminhão e área de material de
descarte fazem parte do complexo da fábrica. Estes elementos estão interligados com requisitos
quanto a distribuição espacial, controle de qualidade, sistema de drenagem, sistema de
proteção e combate a incêndio (SPCI) e sistema de proteção a descargas atmosféricas (SPDA).
2.2 Exclusões
Esse padrão não se aplica a fábricas de emulsão e ANFO externas ao perímetro da Vale, a
depósitos de armazenamento de Nitrato de Amônio (NA), que é assunto do PNR Manuseio de
Produtos Perigosos – Explosivos - Paiol, à produção dos produtos em campo por MMUs e
UMBs, que é assunto específico do PNR 000060 – Manuseio de Produtos Perigosos –
Explosivos – Aplicação e remoção de cargas.
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Os requisitos identificados pelo prefixo [PR] são aplicáveis exclusivamente a novos Projetos,
Greenfields e Brownfields, bem como na Aquisição de Componentes de Reposição.
3 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
Vale
- NFN-00001 - Norma de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
- POL 00009 - Política de Gestão de Riscos
- PNR-000003 - Diretrizes Básicas de Operação e Manutenção
- PNR-000006 – Método de Verificação das Diretrizes Básicas de Operação e de
Manutenção
- PNR-000012 - Manual de Indicadores Vale
- PNR-000015 – Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) - Geral
- PNR-000016 – Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) - Tanques - Líquidos
Inflamáveis / Combustíveis
- PNR-000023 - Sistemas de Gestão – Revisão Independente
- PNR-000027– Layout de Instalações - Classificação de Áreas – Atmosferas Explosivas
- PNR-000031 – Diretrizes para Permissão de Trabalho Seguro
- PNR-000033 - Identificação de Perigos e Análise de Riscos para Eventos Materiais
Indesejados (MUE)
- PNR-000039 - Processos e Padronização Vale
- PNR-000041 – Sistemas de Detecção e Alarme – Incêndio e Gás
- PNR-000044 - Classificação de Ativos e Diretrizes para a Estratégia de Manutenção
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Nota: Para uma visão geral do escopo da Gestão de Ativos e demais PNRs da área, acessar o
Portal da Gestão de Ativos, no Menu PNRs > estruturação dos PNRs da Gestão de Ativos. O
Portal da Gestão de Gestão de Ativos é acessado pela Intranet Vale.
3.2 Normas
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Não aplicável.
4 DEFINIÇÕES
4.1 Termos
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5 BOWTIE SÍNTESE
Os requisitos presentes neste padrão endereçam as barreiras/controles preventivos e
mitigatórios para os modos de falha e MUEs apresentados no APÊNDICE II – Bowtie Síntese.
6 REQUISITOS
6.1 Requisitos Gerais
Os requisitos descritos neste item aplicam-se a todo o ciclo de vida do ativo. Requisitos
referentes a etapas específicas do ciclo estarão descritos mais adiante, em seus respectivos
itens.
6.1.1 Geral
i. A fabricação de qualquer material explosivo é proibida, a menos que tal fabricação seja
autorizada por licença do órgão competente da legislação local.
ii. A fabricação de materiais explosivos é proibida onde apresentar um risco indevido à vida
ou à propriedade. Uma análise de risco deve ser conduzida segundo os requisitos
listados em 6.1.4.
iii. Após a obtenção da licença de fabricação a empresa deve manter registro de todas as
transações ou operações envolvendo materiais explosivos, esse registro deve ser
mantido conforme período determinado em legislação local, não podendo ser inferior a 5
anos.
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ii. As avaliações de risco de Segurança Empresarial devem ser realizadas por pessoas com
experiência e conhecimento relevantes do local, analisando o histórico de incidentes de
segurança ocorridos nos ativos da Vale, as lições aprendidas, o ambiente local e as
regulamentações aplicáveis.
iv. Onde explosivos são fabricados em locais permanentes, as instalações devem ser
fechadas por cercas com portões que possam ser trancados. O número de portões de
acesso deve ser o mínimo necessário para as operações.
v. Todo o perímetro deve ser iluminado durante o período noturno. O uso de tecnologia
deve complementar e tornar a segurança altamente eficaz pelo uso de televisão em
circuito fechado (CFTV) e câmeras de vigilância por vídeo instaladas em posições
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vii. Armas de fogo ou outras armas potenciais não são permitidas nas instalações.
viii. Deve ser fixado na entrada da planta o número máximo de pessoas permitidas a estar
presentes dentro do perímetro.
ix. A entrada na instalação deve ser restrita e controlada apenas por aqueles autorizados a
ter acesso, não ultrapassando o limite máximo permitido.
xi. As entradas devem ter um portão ou outra barreira que exija a parada do veículo.
xii. O terreno dentro de 3,05 m de qualquer cerca ou portão deve ser mantido desobstruído
para aumentar o campo de visão
xiii. No caso de interrupção do fornecimento de energia um gerador auxiliar deve ser utilizado
para manter operativos todos os sistemas indispensáveis à vigilância da planta.
ii. Todo princípio de incêndio nas proximidades de NA, ANFO ou emulsão devem ser
comunicados e combatidos imediatamente com todos os meios disponíveis para evitar
que atinjam os produtos perigosos da planta (NA, ANFO ou emulsão), por exemplo: fogo
em veículos, motores elétricos, recipientes de lixo. Porém, se o incêndio estiver fora de
controle atingir e envolver os produtos, ou se o incêndio for tão grande que não possa
ser extinto com o equipamento disponível no local, o pessoal envolvido deve evacuar a
área para o ponto de encontro. Não se combate fogo que tenha atingido Nitrato de
Amônio, ANFO ou Emulsão.
iii. Os cenários de incêndios abrangidos pelo PAE devem incluir, mas não se limitar a:
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xii. O PAE deve contemplar ações e recursos necessários para mitigar as consequências de
uma emissão acidental de gases nitrosos para a atmosfera, resultante de incêndio ou
explosão nos locais da planta onde estão armazenados NA, ANFO ou emulsão. O PAE
deve:
xiv. A brigada de emergência deve estar capacitada e treinada para desenvolver as ações
determinadas pelo PAE. Deve-se ter brigadistas em todas as instalações, em todos os
turnos de operação.
xv. Os Pontos de Encontro deverão ser localizados a uma distância segura, definida pelo
PAE com base na tabela de Quantidades e Distâncias, ter como referência a distância
para edificações habitadas, segundo o item 6.1 PNR Layout de Instalações - Critérios
Seguros de Layout.
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xvii. O PAE deve orientar os seguintes métodos de limpeza para fuga de ANSOL:
a. Sistema de sprinklers;
b. Sistema de proteção a partir de hidrantes dimensionados para atender tanto os
depósitos de NA e ANFO como suas vizinhanças (fogo em vegetação por
exemplo);
c. Canhões-monitores auto-oscilatórios com possibilidade de acionamento remoto
(válvulas on-off) para atender as vizinhanças dos depósitos de NA e ANFO (fogo
em vegetação por exemplo);
d. Sistema de supressão por água para silos verticais de NA e ANFO com atuação
automática por detecção de temperatura ou atuação por acionamento remoto pela
sala de controle, conforme NFPA-15.
iv. Os sistemas de sprinklers devem ser projetados e instalados de acordo com a NFPA 13,
e o seguinte:
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vi. Extintores das classes A, B e C devem estar disponíveis na área da planta para combater
princípio de incêndio em veículos, equipamentos, circuitos elétricos, dentre outros, em
conformidade com os requisitos do PNR-000015 – Sistemas de Proteção e Combate a
Incêndio (SPCI) – Geral.
vii. Somente extintores classe A com água pressurizada devem ser utilizados para combate
à princípios de incêndio envolvendo nitrato de amônia, sendo que os extintores de
demais tipos devem conter sinalização proibindo o uso em nitrato de amônia.
ix. Uma área livre de vegetação de pelo menos 15 m de largura deve ser mantida ao redor
do perímetro da fábrica. No caso em que a vegetação estiver em distância menor e sua
remoção não for permitida por questões ambientais, medidas mitigatórias deverão ser
implementadas conforme avaliação de risco de incêndio, como por exemplo, muros
corta-fogo (não limitado a).
i. Deve ser implementado um sistema de Gestão de Resíduos Sólidos Perigosos para que
sejam identificados os pontos de geração. O armazenamento de resíduos deve ser
minimizado, com revisão regular e gerenciamento do inventário de resíduos.
ii. A queima de resíduos de explosivos à base de nitrato de amônio deve ser realizada
apenas com as aprovações adequadas de autoridade ambiental, das autoridades
fiscalizadoras e por empresas devidamente licenciadas e aprovadas pelos órgãos de
controle ambiental. Os resíduos devem ser eliminados de acordo com o sistema de
gestão de segurança e proteção da empresa e outros requisitos ambientais e legislativos
aplicáveis e / ou diretrizes.
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iii. Barreiras de proteção (como sacos de areia, exemplo, barricada), devem ser
consideradas quando necessário, para atender aos requisitos do item 6.1.6.1 do PNR
Layout de Instalações - Critérios Seguros de Layout.
iv. Postes de proteção ou outros meios aprovados (p.ex. sistema de defensas metálicas –
guard rail, postes de iluminação, balizas, portões de correr) devem ser fornecidos para
proteger áreas e equipamentos de armazenamento, transferência, manuseio e descarte
de produtos perigosos (ex. sistemas com óleo diesel, ANSOL, emulsão, ANFO, etc.) que
estiverem sujeitos a danos por veículos (ex. empilhadeiras) conforme itens 6.2.3.4.i e ii
do PNR-000036 – Manuseio de Produtos Perigosos - Geral.
vi. NA denso utilizado na produção de ANSOL e NA poroso utilizado para blendar emulsão
não podem ser armazenados na mesma área. Devem ser estabelecidas áreas distintas,
segregadas e sinalizadas, para evitar troca acidental de um produto pelo outro.
viii. Caso Ácido Acético, Ácido Sulfâmico e outros sejam utilizados na planta, como
componente do processo, então deve-se assegurar a segregação entre o ácido e Nitrato
de Amônio, ANSOL e Emulsão, determinando um local específico, com contenção
secundária e drenagem segregada para o Ácido Acético.
ix. Nitrito de Sódio sólido deve ser armazenado isoladamente segregado de NA e emulsão.
Os seguintes requisitos adicionais também devem ser cumpridos:
a. O depósito de Nitrito de Sódio deve ser identificado e sinalizado para evitar ser
confundido com nitrato de sódio.
b. A segregação também deverá ser realizada entre resíduos de nitrito de sódio e
nitrato de amônio na área de descarte.
c. O sistema de contenção e drenagem de áreas de manuseio de nitrito de sódio
deve ser isolado da contenção e drenagem das áreas de nitrato de amônio.
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iv. O ajuste de temperatura (set point) no painel de controle da planta, deve ter acesso
restrito e ser protegido por controle de acesso.
vi. Os tanques e linhas com drenagem controlada e assistida pelo operador devem ter
válvulas do tipo de retorno por mola (Dead Man) instaladas.
vii. Tanques de armazenamento de emulsão devem ter sensor de nível alto instalado.
viii. Deve ser instalado um sensor de nível alto e intertravamentos para evitar o
transbordamento do funil e o bombeamento em vazio devido à falta de produto.
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xi. Os ajustes e configurações das Interfaces Homem-Máquina (IHM) somente devem ser
realizados por pessoas designadas pela gerência da planta, de acordo com o PNR de
Gestão de Mudanças. A IHM deve estar protegida por controle de acesso para prevenir
acesso indevido, por pessoas não autorizadas. Para plantas controladas por sistema
supervisório, os ajustes de setup devem ser automaticamente registrados e o log
preservado por, no mínimo 3 meses.
a. Selos de água para bombas com transmissor de fluxo e pressão com alarme e
intertravamento para fluxo baixo e pressão baixa de água de selagem;
b. Sensor de temperatura alta; e
c. O sensor de fluxo.
Tabela 2 - Dispositivos de proteção mínimo para as bombas de emulsão, falha e perigo
associado
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iv. Adicionalmente, as bombas de emulsão e ANSOL devem atender aos requisitos listados
na Tabela 3.
Sistemas de
Requisitos
bombeamento
Não devem utilizar gaxetas
6.1.1.7 Equipamentos
iii. Em locais com a presença de NA não devem ser utilizados materiais de cobre nos
elementos e componentes de aterramento e SPDA.
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vi. O número de flanges no tanque de armazenamento ANSOL deve ser reduzido ao mínimo
praticável e devem estar instaladas fora do isolamento térmico do tanque.
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xiv. A especificação dos sistemas elétricos para as Fábrica de ANFO e Emulsão devem ser
avaliadas quanto aos critérios da norma NFPA 495, item 5.4.5.
ii. Devem ser colocadas telas de proteção para a retenção de corpos estranhos:
iv. Devem ser instaladas telas de retenção nos funis de alimentação de matérias primas.
ii. As válvulas de corte devem ser do tipo falha-fecha, em caso de perda de suprimentos de
utilidades por exemplo.
iii. O suprimento de combustível deve ser realizado por meio de bomba com duas válvulas
de corte automáticas (shut-off valves) independentes entre o tanque de armazenamento
e o ponto de entrega na planta.
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iv. No projeto das linhas de drenagem deve ser considerada a necessidade de contenção
de água de incêndio - contaminada - e prevenir que seja lançada fora dos limites da
fábrica. As linhas de drenagem devem obedecer a segregação dos efluentes para evitar
contaminação cruzada e reações indesejadas.
vii. As áreas de movimentação de big bags devem adequadas (piso nivelado e livre de
detritos) para que seja possível recolher qualquer vazamento de NA. Piso com cascalho,
areia ou terra não são adequados.
viii. O lançamento de efluentes para fora da área da fábrica deve atender plenamente aos
padrões de emissão estabelecidos pelo órgão ambiental local e de acordo com o PNR
de Sistemas de Controle e Tratamento – Efluentes.
Não aplicável.
i. Durante todo o ciclo de vida do ativo deve ser realizada a gestão efetiva de documentos
através de um sistema informatizado, de forma a manter o conteúdo atualizado e
disponível para todos os empregados conforme PNR-000039 - Processos e
Padronização Vale.
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i. Modificações podem introduzir novos modos de falha no processo que podem levar a
MUEs. Para cada modificação, é necessário adotar procedimentos específicos que
garantam a identificação dos riscos e a implementação das medidas de prevenção e
mitigação adequadas segundo o PNR - Gestão da Mudança.
Os requisitos de Projeto definem medidas para a integridade do ativo nas fases subsequentes
do seu ciclo de vida. Para tanto, são estabelecidos critérios e premissas que visam garantir um
projeto inerentemente seguro e com qualidade.
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iv. O piso da área de armazenagem de NA deve ser construído de material não combustível,
por exemplo: concreto, base compactada ou asfalto com baixo teor de betume (menos
de 9%).
Projeto de
Requisitos de segurança
agitador
Eixo do agitador De material rígido, sem vazio interno
Devem ser soldadas ao eixo, formando uma peça única.
Pás do agitador
Não podem ser fixadas por parafusos.
Deve-se manter distância interna entre as pás e os
Distância interna vasos para evitar atrito ou danos em caso de queda de
corpo estranho
Fonte: (Eixo do Agitador) AEISG - Code of Practice STORAGE AND
HANDLING OF UN3375 Edition 5 July 2018 (adaptado) e (Pás e distância
interna) RAGAEP dos fabricantes de explosivos (adaptado).
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i. O responsável pela construção não deve ser responsável pelo comissionamento, mas é
responsável por garantir que a planta seja construída conforme definido nas
especificações e desenhos e por garantir que sejam realizados testes para comprovação
de funcionamento e operabilidade.
ii. O responsável pela construção deverá realizar inspeções da planta e registrar os itens
que não estão em conformidade com a especificação de projeto para que sejam
comunicados aos contratados envolvidos na construção para resolução dos problemas.
6.3.2 Comissionamento
iii. Quando o pré-comissionamento for concluído, o sistema deverá estar pronto para o
comissionamento (RFC - Ready For Commissioning). O comissionamento deve testar se
a planta funciona conforme o previsto no projeto. Atividades típicas de comissionamento
devem incluir teste de desempenho dos equipamentos, simulação de partida, calibrações
de instrumentos e teste em regime de operação.
iv. No início de cada uma dessas etapas, deverá haver a formalização da transferência de
responsabilidade da planta de uma fase para a fase seguinte, por exemplo, da
construção à equipe de comissionamento (RFC) e do comissionamento à equipe de
operações (RFO).
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Fonte: Typical Commissioning and Startup Process Flow - Shell Project and Operations (Petroleum
Development Oman) (adaptado).
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A etapa de Operação e Manutenção estabelece os requisitos para controle dos riscos críticos
intrínsecos a estas etapas.
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ix. Cada planta deve estabelecer procedimentos específicos para identificação, verificação
e registro de pessoas que podem ter acesso à planta, incluindo: empregados,
contratados, provedores de equipamentos e produtos, visitantes, clientes e autoridades.
Os procedimentos devem conter as seguintes informações e instruções:
xiii. Veículos que transportam emulsão ou NA e não estão sob cuidados dos operadores,
devem ter locais de estacionamento definidos, atendendo a distância mínima segura
estabelecida nas Tabelas 11 e 12 do subcapítulo 6.1.1.6.1 do PNR Layout de Instalações
- Critérios Seguros de Layout, longe o suficiente da armazenagem de emulsão ou NA
para garantir que os produtos armazenados não sofram influência de incêndio nesses
veículos e que uma eventual explosão do veículo não cause explosão por simpatia, efeito
dominó, dos tanques de armazenagem.
xiv. A entrada de corpos estranhos deve ser prevenida para evitar riscos à segurança do
processo, evitando que cheguem até as bombas e misturadores de emulsão e roscas de
transporte de ANFO. O ingresso de corpos estranhos e os riscos associados ao atrito e
impacto devem ser prevenidos com os seguintes cuidados:
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6.4.1 Operação
ii. O fabricante deve fazer análises de qualidade da emulsão / ANFO emitindo certificado
de análise com especificação das propriedades dos explosivos.
iii. Os locais de descarga de insumos e carregamento dos MMUs/UMBs devem ter o piso
nivelado para evitar movimentação do caminhão durante a operação. Mesmo nessa
condição, o motorista / operador deve estar presente no local, acompanhando a
operação até o final.
v. Antes de iniciar o turno de produção, os operadores devem realizar uma verificação geral
na planta para assegurar que os equipamentos e sistemas de proteção estão operativos.
Os sistemas de comunicação (rádio e telefone) devem ser testados diariamente e as
rotas de fuga devem estar desimpedidas.
vi. Os veículos MMUs/UMBs devem ser carregados apenas quando for necessária
expedição de material. Não deve permanecer carregado em área de estacionamento, a
quantidade máxima de carga deve se limitar ao heel.
6.4.1.1 Housekeeping
i. Todas as áreas da planta devem ser mantidas com elevados padrões de housekeeping.
A planta dever estar sempre limpa, organizada e isenta de resíduos e materiais
inservíveis.
ii. A área deve determinar a frequência de limpeza de pós explosivos, que devem ser
removidos do sistema de coleta regularmente para evitar sobrecarga e acúmulo dentro
do sistema, que elimine concentrações perigosas de poeiras explosivas acumuladas em
canos, tubos ou dutos.
iii. Devem ser mantidos elevados padrões de ordem e limpeza na planta para fins de
prevenir a contaminação de NA, do ANFO e da emulsão. Todo vazamento de produto
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iv. Materiais orgânicos (serragem, por exemplo), não devem ser utilizados para absorção e
limpeza do piso. Em caso de vazamento, o NA deve ser prontamente recolhido para
evitar contaminação do produto, contaminação ambiental e prevenir incêndio. Se não for
possível limpar o vazamento imediatamente, então a área deve ser coberta com material
impermeável para evitar contato com água e contaminação ambiental. Todo NA
derramado no piso deve ser prontamente recolhido, embalado, identificado e enviado
para a área de armazenagem de resíduos contaminados para que seja descartado na
mina.
v. Deve ser mantido um aceiro através de um plano de limpeza periódica de pelo menos
15 metros, livre de vegetação e materiais combustíveis, ao redor do perímetro da fábrica
de explosivos e área de armazenagem. A manutenção do aceiro deve estar incluída nas
atividades de ITM.
vi. As canaletas de drenagem devem ser mantidas sempre limpas para que fiquem
desimpedidas e livre de detritos ou outros materiais visto que em caso de vazamento ou
incêndio (o NA funde) o produto deve escoar livremente pela canaleta de drenagem, sem
ficar confinado, sob calor, devido a risco de decomposição e explosão.
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a. Ser identificadas;
b. Obedecer a critérios de segregação de resíduos (não misturar NA com resíduos
orgânicos, panos limpeza, outros resíduos químicos);
c. Permanecer na área externa da planta Todo NA que cai no piso e tem contato
com sujeira deve ser considerado NA contaminado e deve ser descartado.
iii. Todos os recipientes de coleta e locais de armazenagem e destinação de resíduos
perigosos devem estar identificados e sinalizados, com inscrições e pictogramas.
iv. Emulsão não sensibilizada poderá ser reprocessada na planta a partir de um sistema
auxiliar. O sistema de reprocessamento, composto basicamente de tanque, bomba (e
seus dispositivos de proteção), linhas de transferência e instrumentação de controle de
processo; deve ter seu projeto submetido a um estudo de análise de riscos - HazOp. Os
critérios de reprocessamento devem ser estabelecidos pelo fabricante da emulsão.
v. Resíduos gerados no processo de fabricação de ANFO e Emulsão e que não podem ser
reprocessados, devem ser descartados durante as operações de desmonte de rocha,
seguir as diretrizes do PNR 000060 – Manuseio de Produtos Perigosos – Explosivos –
Aplicação e Remoção de Cargas.
v. Para prevenir contaminação, nenhum outro produto de ser mantido no local onde o NA
estiver armazenado.
iii. Para a armazenagem de big bags de NA deve ser assegurada a estanqueidade das
embalagens com o liner interno de polietileno para impedir contaminação do produto e
do meio ambiente.
v. Deve-se garantir que as áreas estejam sempre limpas e sem a presença de óleo pelo
chão.
a. Deve ser designada uma pessoa como responsável pelo controle de processo;
b. O controle de processo deve ser realizado a partir de um cronograma da
amostragem dos produtos em processo;
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ii. O pH das soluções de nitrato de amônio deve ser monitorado regularmente e mantido
neutro ou alcalino. Esse monitoramento deve cumprir os seguintes requisitos:
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Manuseio de Produtos Perigosos – Explosivos - Fábrica
80 57 128
82,5 65 132
85 75 136
87,5 85 140
90 96 146
95 122 168
98 146 203
Fonte: EFMA – European Fertilizer Manufacturing Association
a. Parar o equipamento;
b. Comunicar imediatamente ao supervisor da planta;
c. Intervenção imediata da equipe da manutenção para investigar e solucionar o
problema.
iii. Todos os mangotes e os respectivos engates rápidos tipo "camlock", utilizados nas
operações de bombeamento de emulsão devem:
a. Ser regularmente inspecionados para verificar se estão aptos para uso, sem
apresentar sinais de desgaste excessivo nem pontos de vazamento;
b. Em caso de desgaste em decorrência do uso ou término da vida útil estipulado
pelo fabricante, ser retiradas da operação imediatamente e descartadas conforme
as diretrizes para destinação final de equipamentos contaminados;
c. Ter seus registros de inspeção arquivados pelo prazo mínimo de um ano;
d. Ser de material compatível com a emulsão e especificados de acordo com as
pressões e temperaturas de bombeamento;
e. Ter seus engates rápidos travados com presilhas ou com as alças amarradas para
evitar desconexão.
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Manuseio de Produtos Perigosos – Explosivos - Fábrica
ii. Os equipamentos usados para transferir NA não devem contaminar o NA, por exemplo,
equipamentos que possam vazar óleo ou que tenham sido usados para outras
finalidades e não descontaminados.
iii. Latão e cobre não podem ser utilizados em contato com NA prill ou solução e emulsão
(para prevenir a possível formação do composto explosivo nitrato de cobre (II) de tetra-
amina).
iv. A rosca helicoidal de transporte de ANFO deve ser monitorada durante o processo
produtivo. Em caso de ruídos e vibrações anormais, as seguintes ações mínimas devem
ser tomadas:
a. Parada do equipamento;
b. Comunicação imediata do fato ao supervisor da planta;
c. Intervenção da equipe de manutenção para investigar e solucionar o problema.
ii. A operação de carregamento do MMU/UMB deve ser assistida pelo operador em toda
sua duração, para sistemas sem fechamento de válvula automático.
6.4.2 Manutenção
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xi. Atividades de ITM nos circuitos elétricos das plantas de ANFO e Emulsão, incluindo
áreas de insumos e produtos acabados devem seguir os requisitos estabelecidos no
PNR-000051 – Sistemas Elétricos – Geral – Energia Incidente.
xii. Caminhões MMUs/UMBs que atendem as operações de desmonte de rocha a partir das
plantas de ANFO e Emulsão devem ser submetidos a atividades de ITM para assegurar
a integridade dos veículos e sua operação de acordo com os requisitos de projeto. Estas
atividades devem cumprir os seguintes requisitos:
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a. O acesso à área de trabalho deve ser controlado (isso pode exigir uma cerca de
segurança);
b. O pessoal que realiza o trabalho deve ser treinado;
c. Equipamento de proteção individual adequado;
d. Resíduos gerados pelo descomissionamento devem ser gerenciados;
e. A documentação deve ser controlada e retida;
f. Planos de emergência devem ser preparados para cobrir qualquer operação
durante o comissionamento não conduzida rotineiramente no local;
g. Os controles sobre a reutilização ou sucateamento da planta devem estar em vigor
para garantir a conformidade com os requisitos legais;
h. Deve ser verificada eventuais contaminações de solo remanescentes e seu
correto tratamento.
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Nota: Para requisitos gerais de Quality Assurance e Quality Control consultar os PNRs de
Sistemas de Gestão - QA/QC - Fornecimentos de Equipamentos e Materiais e/ou Fornecimento
de Serviços.
7 CONTROLE CRÍTICO
Os controles avaliados como críticos para este padrão estão detalhados no APÊNDICE III –
Controle Crítico.
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8 INDICADORES
Os indicadores que são essenciais para a avaliação de aderência aos processos de integridade
dos controles críticos e para a avaliação do resultado e efetividade destes estão listados no
PNR – Diretrizes Básicas de Ativos – DBA e fazem parte do PNR-000012 - Manual de
Indicadores Vale.
9 CAPACITAÇÃO TÉCNICA
Os requisitos estabelecidos neste padrão requerem competências técnicas mínimas para que
um colaborador esteja devidamente qualificado a realizar determinada tarefa crítica, visando a
segurança e integridade dos ativos. As certificações ou qualificações necessárias estão listadas
no APÊNDICE IV – Matriz de Competência Técnica.
Este checklist é destinado ao uso dos times de Projetos, Operação e Manutenção. Não se
destina a substituir ou interpretar todos os requisitos de padrões de engenharia e/ou manual
dos fabricantes, incluindo uma análise detalhada das leis e regulamentos aplicáveis.
Foi desenhado para auxiliar na autoavaliação dos Padrões Normativos da Vale e no seu uso
em referência aos padrões de engenharia e/ou manual dos fabricantes na aplicação dos
requisitos mínimos, e como um guia para o que é esperado na demonstração de controles para
a integridade dos ativos.
Este checklist está sujeito a revisões baseadas em mudanças nos acima mencionados Padrões
Normativos da Vale. Sugestões para revisões ou esclarecimentos a este checklist devem ser
direcionadas ao time de padrões normativos em Gestão de Ativos.
Deste modo, os times de Projetos, Operação e Manutenção devem observar que: a) alguns
aspectos deste checklist podem não ser aplicáveis (N/A), para os quais será necessário
apresentar justificativas técnicas que permitam identificar o atendimento aos requisitos mínimos
de integridade e segurança dos ativos, conforme previstos em cada Padrão Normativo; b) que
este checklist pode não delimitar todas os possíveis aspectos a serem revisados. O usuário do
checklist deve observar que o conteúdo e as informações contidas neste checklist não devem
ser, e não constituem, uma substituição ao julgamento profissional.
A empresa especializada SGS, contratada pela Vale, participou na elaboração deste Padrão
Técnico Normativo para segurança e integridade dos ativos, tendo a responsabilidade pela
execução de serviços técnicos especializados de diagnóstico, benchmarking e planejamento
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12 APÊNDICES
• APÊNDICE I – Check – Lista de Verificação
Apêndice I_Check
List.docx
Apêndice II – Bow
tie Síntese.pptx
Apêndice III –
Controle Crítico.xlsx
Apêndice IV -
Matriz de Competências Técnicas.xlsx
Apêndice V –
Checkist Pré partida.docx
Apêndice VI – Lista
de elaboradores.xlsx
13 HISTÓRICO DE REVISÃO
Número da
Data Revisado por Descrição
Revisão
Milena Ribas
00 08/01/2021 Engenheira Master Emissão Inicial
Mat:81013422
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