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Sistemas de Manuseio – Máquinas de Pátio

PNR-000055, Rev.: 01-22/10/2021


Diretoria Emitente: Diretoria de Gestão de Ativos
Área: Gerência Executiva de Instalações Industriais
Responsável Técnico: João Cláudio dos Santos Loureiro Júnior Matrícula: 01486347
Aprovado por: Gerente Executivo Fernando Campos Guimarães Matrícula: 01037654
Público Alvo: 1ª Linha de Defesa
Necessita de Treinamento: (X) SIM ( ) NÃO

SUMÁRIO

1 OBJETIVO ................................................................................................... 3
2 APLICAÇÕES .............................................................................................. 3
2.1 Aplicabilidade ............................................................................................................. 3
2.2 Exclusões .................................................................................................................... 6
2.3 Disclaimer.................................................................................................................... 7
3 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ............................................................. 7
3.1 Referências Internas .................................................................................................. 7
3.2 Normas ........................................................................................................................ 8
3.3 Referências Complementares ................................................................................. 10
4 DEFINIÇÕES ............................................................................................. 10
4.1 Termos ....................................................................................................................... 10
4.2 Siglas e Abreviações ................................................................................................ 13
5 BOWTIE SÍNTESE..................................................................................... 15
6 REQUISITOS ............................................................................................. 15
6.1 Requisitos Gerais ..................................................................................................... 15
6.1.1 Geral ................................................................................................................... 15
6.1.2 Classe do Ativo ................................................................................................... 16
6.1.3 Gestão da Documentação................................................................................... 18
6.1.4 Análise de Riscos ................................................................................................ 19
6.1.5 Análise de Incidentes .......................................................................................... 20
6.1.6 Gestão de Mudanças .......................................................................................... 23
6.2 Requisitos de Projeto ............................................................................................... 27
6.2.1 Geral ................................................................................................................... 27
6.2.2 Infraestrutura ....................................................................................................... 34
6.2.3 Fundações .......................................................................................................... 37
6.2.4 Estruturas ............................................................................................................ 38
6.2.5 Caminho de Rolamento ...................................................................................... 46
6.2.6 Cabine de Operação ........................................................................................... 47
6.2.7 Chutes ................................................................................................................. 48
6.2.8 Transportador de Correia .................................................................................... 50

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6.2.9 Sistemas de Translação ...................................................................................... 50
6.2.10 Sistema de Giro .................................................................................................. 54
6.2.11 Sistema de Elevação da Lança ........................................................................... 56
6.2.12 Sistema de Retomada ......................................................................................... 57
6.2.13 Sistemas Auxiliares ............................................................................................. 59
6.2.14 Instrumentação ................................................................................................... 64
6.3 Requisitos de Construção, Montagem e Comissionamento ................................. 71
6.3.1 Construção e Montagem ..................................................................................... 72
6.3.2 Comissionamento ............................................................................................... 80
6.4 Requisitos de Operação e Manutenção .................................................................. 84
6.4.1 Operação ............................................................................................................ 85
6.4.2 Manutenção ........................................................................................................ 91
6.5 Requisitos de Descomissionamento .................................................................... 108
6.6 Revisão Independente ............................................................................................ 110
6.7 Suprimentos e Serviços ......................................................................................... 115
6.7.1 Aquisição e Contratação ................................................................................... 116
6.7.2 Fabricação e Industrialização............................................................................ 116
6.7.3 Recebimento Físico .......................................................................................... 121
6.7.4 Armazenamento ................................................................................................ 125
7 CONTROLE CRÍTICO ............................................................................. 128
8 INDICADORES ........................................................................................ 128
9 CAPACITAÇÃO TÉCNICA ...................................................................... 128
10 EQUIPE TÉCNICA – ELABORAÇÃO DO PADRÃO ............................... 128
11 APÊNDICES ............................................................................................ 128
12 HISTÓRICO DE REVISÃO ...................................................................... 129

Resultados Esperados:

✓ Melhoria contínua da Segurança e Integridade dos Ativos da Vale em todo seu Ciclo
de Vida;

✓ Minimizar a probabilidade de ocorrências e de impactos pessoais, ambientais e


materiais.

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1 OBJETIVO
Estabelecer os requisitos mínimos necessários para garantir a segurança e integridade dos
sistemas de máquinas de pátio da Vale contra Eventos Materiais Indesejados (MUEs) descritos
na Tabela 1, cujas consequências principais consistem em acidentes com pessoas, danos ao
meio ambiente e impactos financeiros.

Tabela 1 – Eventos Materiais Indesejados (MUEs)

Item Eventos Materiais Indesejados (MUEs)


MUE1 Perda da estabilidade e integridade estrutural.
MUE2 Início de incêndio na máquina.
MUE3 Emissão de particulados.
MUE4 Colisão com equipamentos.
MUE5 Perda de contenção de óleos.

2 APLICAÇÕES
2.1 Aplicabilidade

Este padrão aplica-se às máquinas de pátio. Seus requisitos cobrem todo o ciclo de vida do
ativo e devem ser aplicados em todas as operações da Vale e de suas empresas controladas.

Este documento define os requisitos mínimos para garantia da integridade dos seguintes tipos
de máquinas de pátio:

• Empilhadeiras (EP):

- Empilhadeiras de lança fixa e basculável [EPB];


- Empilhadeira de lança fixa e dupla [EPF];
- Empilhadeira de lança giratória e basculável [EPG];
- Empilhadeira do tipo ponte [EPP];
- Empilhadeira do tipo escrava [EPE].
• Recuperadoras (RP):

- Recuperadora de lança com roda de caçambas [RPC];


- Recuperadora tipo ponte com roda de caçambas [RPP];
- Recuperadora de tambor [RPT];
- Recuperadora tipo portal de arraste [RPA].
• Empilhadeira/Recuperadora de roda de caçambas [ER].

As siglas indicadas à frente de cada tipo de máquina serão utilizadas ao longo deste PNR para
indicar a aplicação dos requisitos deste documento.

O escopo das máquinas de pátio compreende a fundação do caminho de rolamento,


dispositivos de ancoragem, sistemas de acionamento, estrutura metálica, sistemas elétricos,

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sistemas de comando, carro tripper, ancinhos, carros trolley, tambor, rodas de caçambas,
chutes e sistemas de elevação da lança, de giro da máquina, de translação, de recuperação e
instrumentação.

Foram considerados como sistemas auxiliares: sala elétrica da máquina, sistemas de


lubrificação, compressores, vasos de pressão, sistemas de despoeiramento, unidades
hidráulicas, enrolador de cabos, entre outros, pelo fato de induzir ou ser impactado pelos
eventos materiais indesejados (MUEs).

Detalhes dos limites de fronteira considerados podem ser observados abaixo na Figura 1 para
uma empilhadeira típica e na Figura 2 para uma recuperadora de lança com roda de caçambas
típica.

Figura 1 – Diagrama Funcional – Empilhadeira Típica

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Figura 2 – Diagrama Funcional – Recuperadora de Lança Típica

Os sistemas de interface listados na Figura 1 e Figura 2 são aqueles que se interligam ao


sistema em estudo (máquinas de pátio), como sistema de proteção e combate a incêndio
(SPCI), sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA), sistema instrumentado de
segurança (SIS), sistema elétrico industrial (SEI) e sistema de controle básico de processo
(BCPS) e sistemas auxiliares compartilhados no processo produtivo, como hidráulico,
lubrificação e pneumático.

Os sistemas de interface que serão tratados neste documento terão foco apenas nos eventos
por ele gerados que possam causar ou ser impactado pelos MUEs. Esses sistemas serão
tratados de forma mais exaustiva pelos padrões normativos transversais ou, na sua ausência,
através de regulamentação da engenharia local.

Os requisitos apresentados neste documento limitam-se a assegurar as funções necessárias


para garantia da integridade das máquinas de pátio sob o ponto de vista de segurança de
processo, bloqueando ou eliminando os modos de falha que possam levar a ocorrência dos
MUEs, bem como estabelecendo medidas mitigatórias caso eles ocorram.

Isto se dá através da garantia da integridade de seus subsistemas resumidos na Tabela 2


abaixo e nas tabelas de cada subsistema indicado no item 6.2, de acordo com o seu respectivo
local de instalação definidos na Figura 1 – Diagrama Funcional – Empilhadeira Típica e Figura
2 – Diagrama Funcional – Recuperadora de Lança Típica.

Tabela 2 – Subsistemas das Máquinas de Pátio

Subsistema Limites de Bateria e Abrangência do Subsistema


O subsistema geral consiste no conjunto de dados e informações utilizadas na elaboração de
Geral
projeto não sendo específicos aos subsistemas.
Contempla os componentes referentes à obras de terraplenagem, drenagem, pilhas do pátio,
Infraestrutura drenagem das pilhas, sinalização e batentes (defensas) contra impacto de veículos e
máquinas.

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Subsistema Limites de Bateria e Abrangência do Subsistema


As fundações consistem nas obras civis da viga de rolamento, bases de macaqueamento e
Fundações
estaiamento e o solo na região de influência do caminho de rolamento da máquina.
Contempla todas as estruturas metálicas, articulações estruturais, rótulas, passadiços,
escadas, corrimãos e plataformas metálicas. Todos os componentes estruturais da máquina
como lança, contralança, tirantes, mastro, portal, tambor, viga caixão, etc. estão
Estruturas
contemplados neste subsistema.
O APÊNDICE V – Figuras Ilustrativas apresenta exemplos de elementos e pontos críticos
estruturais para máquinas de pátio.
Caminho de Contempla os trilhos, acessórios de fixação, batentes metálicos, para-choques hidráulico,
rolamento dormentes e lastro de brita.
Cabine de Contempla os elementos da estrutura da cabine tais como vidros, limpador de para-brisa,
operação paredes externas, dispositivos de fixação/ajuste e amortecedores de vibração.
Contempla os transportadores de correia embarcados na máquina e todos os elementos a ele
Transportador
associados, incluindo o sistema de telescopia conforme o PNR-000037 - Sistemas de
de Correia
Manuseio - Transportadores de Correia.
Consiste nos chutes e elementos dos mesmos tais como porta de inspeção, suportes, guias
Chutes laterais localizadas na descarga do chute, chapa defletora, revestimentos e suportes internos
para andaimes.
Contempla os elementos necessários para a translação da máquina sobre o caminho de
Sistema de rolamento. Incluem-se neste subsistema as rodas, pontos de ancoragem e estaiamento
translação fixados na estrutura da máquina, acionamentos e freios de translação, balancins, dispositivos
de estaiamento e ancoragem, pino de ancoragem manual, sistema garra trilhos.
É o sistema responsável pelo giro da lança e contempla a mesa de giro, rolamento, truques,
Sistema de
rodas, pinhão, cremalheira, suportes de trilhos, trilhos, acionamentos, freios e gancho de
giro
segurança contra tombamento.
Sistema de
Consiste no sistema de elevação da lança onde estão contemplados o guincho de elevação,
elevação da
cilindros hidráulicos, polias, articulações, cabos de aço e freios.
lança

É o sistema responsável pela recuperação do minério nas pilhas e consiste na roda de


Sistema de
caçambas, ancinho, tambor, acionamentos, pinhão, cremalheira e dispositivos de reversão de
retomada
caçambas conforme requerimentos de cada tipo de recuperadora.

São aqueles sistemas ou elementos auxiliares das máquinas tais como abatimento de pó,
despoeiramento, enrolador de cabos, enrolador de mangueira, aspersão de pilhas, sistema
Sistemas
de lubrificação automática, SPCI, SPDA, talhas elétricas, unidades hidráulicas,
auxiliares
compressores, vasos de pressão, sistema de troca de função em ER, sala elétrica da
máquina e sistemas não contemplados nos outros subsistemas da máquina.

2.2 Exclusões

Os transportadores de correias em pátios, transportadores com tripper formando pilhas e


transportadores da lança não estão contemplados neste documento e devem ser tratados
conforme requisitos do PNR-000037 - Sistemas de Manuseio - Transportadores de Correia.

Apenas requisitos específicos referentes a instalações elétricas das máquinas de pátio estão
contemplados neste documento. Para demais requisitos deve ser seguido o PNR-000053 -
Sistemas Elétricos - Geral.

Este documento não trata de requisitos que não estejam ligados diretamente aos MUEs.

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Este PNR não é exaustivo nos sistemas de interface, para os quais devem ser observados
critérios específicos, referenciados em documentos normativos complementares, como por
exemplo os padrões normativos transversais.

Não estão sendo considerados neste documento requisitos para dispositivos auxiliares que não
são parte integrante do conjunto das máquinas de pátio (itens embarcados), tais como pontes
rolantes, guindastes móveis, sistemas de suprimento de água e outros equipamentos
necessários para a manutenção.

2.3 Disclaimer

Os requisitos identificados pelo prefixo [PR] são aplicáveis exclusivamente a novos Projetos,
Greenfields e Brownfields, bem como na Aquisição de Componentes de Reposição.

O presente Padrão Normativo contém as orientações e requisitos mínimos de segurança e


integridade que devem ser aplicados no desempenho das atividades na [Vale S.A. e/ou
controladas], pertinentes ao tema tratado pela presente norma, tomando por base as
melhores práticas e técnicas da indústria. Além das orientações contidas no presente
documento, deve ser atendida a legislação do local no qual está sendo desempenhada a
função, além de eventuais regulamentações específicas sobre o tema tratado no presente
instrumento, devendo prevalecer e ser adotada sempre a conduta mais rigorosa.

A aplicação deste padrão não elimina a necessidade de análise e avaliação de engenharia


por profissionais habilitados que devem estabelecer requisitos adicionais sempre que
necessário para assegurar a integridade e segurança das pessoas, propriedades e meio
ambiente.

Em caso de dúvidas na execução da presente norma, o executor deve contatar a 2ª Linha


de Defesa Especialista. Conforme NFN-0001 – Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
da Vale, a revisão ou revogação deste Padrão Normativo é exclusivamente aprovada pela
2ª Linha de Defesa Especialista, sendo vedada qualquer alteração em seu conteúdo pelas
demais áreas da Vale.

O termo "MUE" citado ao longo deste documento refere-se ao conceito de “Cenário de


Risco”.

3 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

3.1 Referências Internas

Vale:
- NFN-00001 - Norma de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão;
- NOR-0003-G - Norma de Gestão de Riscos
- POL-0009-G - Política de Gestão de Riscos
- PNR-000003 - Diretrizes Básicas de Operação e Manutenção
- PNR-000012 - Manual de Indicadores Vale;

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- PNR-000033 - HIRA – Identificação de Perigos e Análise de Riscos para Eventos
Materiais Indesejados (MUEs)
- PNR-000037 - Sistemas de Manuseio - Transportadores de Correia;
- PNR-000039 - Processos e Padronização Vale;
- PNR-000044 - Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção
- PNR-000047 - Integridade Estrutural - Geral;
- PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de Aço;
- PNR-000052 - Sistemas Elétricos - Geral - Aterramento / SPDA;
- PNR-000085 - Sistemas de Gestão - Geral - DBA: Diretrizes Básicas da Gestão de
Ativos;

- PNR-000101 - Gerenciamento de mudanças.

Nota: Para uma visão geral do escopo da Gestão de Ativos e demais PNRs da área, acessar o
Portal da Gestão de Ativos, no Menu PNRs > estruturação dos PNRs da Gestão de Ativos. O
Portal da Gestão de Gestão de Ativos é acessado pela Intranet Vale.

3.2 Normas

ACI:
- ACI 318:2019 – Building Code Requirements for Structural Concrete and Commentary.

ANSI/AISC:
- ANSI/AISC 360:2019 – Specification for Structural Steel Buildings.

AREMA:
- AREMA:2020 – Manual for Railway Engineering (MRE).

AS:
- AS 3569:2010 – Steel wire rope – Product specification;
- AS 4100:1998 – Steel Structures;
- AS 4324.1:2017 – Mobile equipment for continuous handling of bulk materials General
requirements for the design of steel structures.

AS/NZS:
- AS/NZS 4024.3611:2015 – Safety of machinery Conveyors - Belt conveyors for bulk
materials handling.

ASME:
- ASME B30.7:2016 – Winches - Safety standard for cableways, cranes, derricks, hoists,
hooks, jacks, and slings.

AWS:
- AWS D1.1:2019 – Structural Welding Code Steel.

DIN:
- DIN 22261-1:2015 – Excavators, spreaders and additional equipment in lignite opencast
mines - Part 1: Construction, commissioning and monitoring;
- DIN 22261-2:2016 – Excavators, spreaders and additional equipment in lignite opencast
mines - Part 2: Calculation principles;

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- DIN 22261-3:2015 – Excavators, spreaders and additional equipment in lignite opencast
mines - Part 3: Execution of steel structures;
- DIN 22261-4:2015 – Excavators, spreaders and auxiliary equipment in opencast lignite
mines - Part 4: Hoisting winch brakes;
- DIN 22261-6:2015 – Excavators, spreaders and auxiliary equipment in opencast lignite
mines – Part 6: Examination of hopes and rope end fittings.

Eurocode/EN:
- EN 620:2011 – Safety and EMC Requirements for Fixed Belt Conveyors for Bulk;
- EN 1993-1-5:2019 – Eurocode 3 - Design of steel structures - Part 1-5: Plated structural
elements;
- EN 1993-1-6:2017 – Eurocode 3 - Design of steel structures - Part 1-6: Strength and
Stability of Shell Structures;
- EN 1993-1-7:2007 – Eurocode 3. Design of steel structures - Part 1-7: Plated structures
subject to out of plane loading;
- EN 1993-1-9:2005 – Eurocode 3: Design of steel structures – Part 1-9: Fatigue;
- EN 13001-3-1:2013 – Cranes - General Design - Part 3-1: Limit States and Proof
Competence of Steel Structure.

EURAMET:
- EURAMET Calibration Guide No. 23:2018 – Guidelines on the Calibration of Angular
Encoders.

Eurocode/BS:
- Eurocode 7:2004 – BS EN 1997-1 - Geotechnical design - Part 1: General rules.

FEM:
- FEM II:1997 Rules for the Design of Mobile Equipment for Continuous Handling of Bulk
Material.

IEC:
- IEC 60204-1:2016 – Safety of machinery - Electrical equipment of machines - Part 1:
General requirements;
- IEC 60529:2013 – Degrees of protection provided by enclosures (IP Code);
- IEC 60825-1:2014 – Safety of laser products - Part 1: Equipment classification and
requirements;
- IEC 60947-5-1:2017 – Low-Voltage Switchgear and Control gear;
- IEC 62828-1:2017 - Reference conditions and procedures for testing industrial and
process measurement transmitters - Part 1: General procedures for all types of transmitters.

ISO:
- ISO 376:2011 – Metallic Materials - Calibration of Force-Proving Instruments Used for the
Verification of Uniaxial Testing Machines;
- ISO 1275:2012 – Double-Pitch Precision Roller Chains, Attachments and Associated
Chain Sprockets for Transmission and Conveyors;
- ISO 2408:2017 – Steel wire ropes - Requirements;
- ISO 4309:2017 – Cranes - Wire ropes - Care and maintenance, inspection and discard;
- ISO 4413:2010 – Hydraulic fluid power - General rules and safety requirements for
systems and their components;
- ISO 5049-1:1994 – Mobile equipment for continuous handling of bulk materials;

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- ISO 8566:2010 – Cranes - Cabins and control stations - Part 1: General;
- ISO 13850:2015 – Safety of machinery - Emergency stop function. Principles for design;
- ISO 20816:2016 – Mechanical vibration - Measurement and evaluation of machine
vibration.

NFPA:
- NFPA 68:2017 – Standard on Explosion Protection by Deflagration Venting;
- NFPA 70B:2019 – Recommended Practice for Electrical Equipment Maintenance;
- NFPA 120:2020 – Standard for Fire Prevention and Control in Coal Mines.

OIML/ ILAC:
- OIML D 10 – ILAC-G24:2007 - Guidelines for the determination of calibration intervals of
measuring instruments.

3.3 Referências Complementares

CCPS
- Based Process Safety – Mechanical Integrity, Center for Chemical Process Safety – 2006;

- Bow Ties in Risk Management: A Concept Book for Process Safety, Center for Chemical
Process Safety – 2018;

- Guidelines for Asset Integrity Management, Center for Chemical Process Safety – 2016;

- Risk Based Process Safety – Guidelines for Engineering Design for Process Safety, Center for
Chemical Process Safety – 2011.

CEMA:
- Belt Conveyors for Bulk Materials – 2014.

HSE
- Best Practices for Risk Based Inspection as Part of Plant Integrity Mgmt, Health and Safety
Executive – 2001.

4 DEFINIÇÕES
4.1 Termos

Ambiente explosivo – Ambientes com presença de gases ou poeiras explosivas e que diante
da liberação de energia via faísca ou fogo podem ocasionar uma explosão. Isto pode ocorrer
com materiais como carvão.
Ancinho – Conjunto de hastes destinado a promover o esboroamento do minério durante o
processo de recuperação.
Ancoragem – Recurso para fixar ou estabilizar a máquina em bases e mantê-la estável.
Articulações estruturais e mecânicas – Ponto de união entre dois ou mais elementos
estruturais ou mecânicos destinados a transferir esforços ou movimentos. São consideradas
como ligações estruturais flexíveis.
Balanceamento – Atividade de equalização dos esforços e cargas atuantes na estrutura de
forma a equilibrar a estrutura da lança e contralança da máquina.

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Balancim – Elemento destinado a equalização das massas sobre as rodas através de pinos
articulados. Também conhecido como viga equalizadora.
Basculamento – Consiste no movimento de elevação ou abaixamento da lança.
Batente – Dispositivo destinado a limitar o deslocamento da máquina em caso de falha dos
sistemas de segurança. É instalado no final do caminho de rolamento.
Capacidade nominal – Capacidade ou taxa, de um equipamento ou sistema, calculada para
atingir a produção prevista, de acordo com o regime operacional definido.
Capacidade de projeto – É obtida pela multiplicação da capacidade nominal de um
equipamento ou sistema por um fator de projeto que considere a sua eficiência, oscilações nas
condições operacionais, variações dos parâmetros do processo, variabilidade da mineralogia e
outros fatores que podem influenciar diretamente seu desempenho.
Capacidade de pico – Capacidade máxima que o dimensionamento eletromecânico e
estrutural do equipamento permite que seja operado por curtos intervalos de tempo.
Cenário de Risco - Evento potencial caraterizado pela liberação não controlada de energia ou
material perigoso, com possibilidade de ocorrência na Vale e estabelecido a partir de acidentes
catastróficos ocorridos na indústria. Este evento deve ser considerado nas definições de cenário
de risco crítico, conforme PNR-000044 – Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de
Manutenção, bem como nas análises de riscos previstas no PNR-000033 – HIRA – Identificação
de Perigos e Análise de Riscos para Eventos Materiais Indesejados (MUEs), sendo
considerados MUE quando (i) resultar em múltiplas fatalidades ou (ii) e impacto ambiental
extensivo e irreversível fora do local ou perda da licença de operação; não se limitando a estes.
Comissionamento a frio – Funcionamento assistido de todos os equipamentos de um sistema
vazio, ou seja, sem carga de trabalho.
Comissionamento a quente – Funcionamento assistido de todos os equipamentos de um
sistema com aplicação progressiva de carga de trabalho.
Completação Mecânica – Confirmação (protocolos de testes e verificações estáticas em 100%
dos itens tagueados) da construção das instalações, conforme as especificações, normas e
desenhos pertinentes do empreendimento.
Contralança – Estrutura em balanço oposta à lança e destinada a suportar o contrapeso para
equilíbrio (balanceamento) da máquina.
Descomissionamento – Conjunto de providências necessárias para a desativação de uma
instalação ou parte dela. É realizado a partir de estudos específicos e prévia aprovação dos
órgãos legisladores.
Dispositivos de içamento – Componente utilizado para levantamento de cargas para
manutenção.
Equilíbrio – Condição de um equipamento ou sistema cuja resultante das forças que atuam
sobre ele é nula.
Extensometria – Técnica experimental para a medição de deformações na estrutura.
Fator de Empolamento – Fenômeno de expansão volumétrica do minério após a recuperação
em pilhas de estocagem.
Fator de projeto – Fator aplicado sobre a capacidade nominal com objetivo de definir a
capacidade de projeto dos equipamentos.

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Gancho de segurança – Dispositivo metálico para evitar o tombamento da máquina em caso
de perda do contato das rodas ou rolamento de giro, ou queda da cabine de operação em caso
de desprendimento dos suportes.
Grounding force – Procedimento utilizado no balanceamento da estrutura cujo objetivo é
anular os esforços em componentes para encontrar o balanceamento da máquina de pátio.
Handover – Processo de transferência do ativo ou das instalações de uma equipe para outra
(por exemplo: implantação para operação) após a conclusão dos serviços.
Hibernação – Período no qual um ativo deve ficar instalado, porém sem operar e sem previsão
de retorno no curto prazo.
Inspeção sensitiva – Inspeção quando o inspetor utiliza seus sentidos e experiência
profissional para avaliar a situação do equipamento em comparação com a condição adequada
de funcionamento.
Lança – Estrutura destinada a suportar o transportador de correia e roda de caçambas para
máquinas.
Macaqueamento – Processo de levantamento de máquinas ou estruturas mantendo-se o
prumo e estabilidade.
Mastro – Estrutura vertical localizada sobre o portal da máquina para sustentação da lança e
contralança através de tirantes ou estrutura treliçada.
Método dos Elementos Discretos (DEM) – Metodologia para determinar o escoamento de
materiais granulares através de modelamento matemático.
Pinos de equalização – Pinos cilíndricos metálicos para distribuição de esforços nos elementos
a eles conectados.
Polígono de estabilidade – Figura geométrica representativa dos pontos de reação das forças
gravitacionais de uma estrutura da máquina.
Portal – Estrutura da máquina que é suportada pelos truques e balancins. A interface superior
da estrutura do portal é o rolamento de giro e a interface inferior é a conexão com o pino do
balancim.
Protensão – Processo de tracionar um elemento mecânico através da aplicação de torque em
uma rosca, de modo a gerar esforços de compressão em um segundo elemento mecânico
conectado.
Ronda operacional – Inspeção com frequência pré-estabelecida e de acordo com o diário de
bordo, cujo objetivo é verificar as condições de operação de instrumentos e componentes dos
equipamentos.
Setup operacional – Ajuste de parâmetros operacionais. Ocorre na instalação e
comissionamento de equipamentos ou diante de alterações de processo, como por exemplo:
mudança das características do material transportado ou das condições operacionais da planta.
Sistema anticolisão – Conjunto de instrumentos e componentes destinados a evitar o impacto
ou colisão da máquina com pilhas, outras máquinas e obstáculos.
Sistema de troca de função – Sistema existente em empilhadeira/recuperadora para troca da
função entre empilhamento e recuperação.
Tirantes – Componente composto por um ou mais elementos com objetivo de resistir a cargas
de tração.

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Tolerância – Limites para definir o grau de aceitação de um componente mecânico ou estrutural
em função de imperfeições de fabricação.
Tripper – Estrutura móvel para elevar a correia do pátio até a região de transferência para a
correia da lança das empilhadeiras (EP) ou empilhadeiras/recuperadoras (ER).
Trolley – Estrutura apoiada sobre rodas e rebocada pela máquina de pátio. Também é o carro
de suportação das rodas de caçambas para recuperadora tipo ponte.
Truques – Componente destinado ao suporte das rodas da máquina, normalmente conectados
aos balancins através de pinos.
Viga caixão – Estrutura de seção fechada, utilizada em recuperadoras tipo ponte, na qual é
apoiado o carro de apoio das rodas de caçambas, transportador de correia e estrutura do
ancinho.
Nota: Para outros termos observar demais referências internas no capítulo 3.1 Referências
Internas.

4.2 Siglas e Abreviações

ANSI – American National Standards Institute – Instituto Nacional Americano de Padrões;


AS – Australia Standards – Padrões da Austrália;
ASD – Allowable Stress Design – Projeto de Tensão Admissível;
ASME – American Society of Mechanical Engineers – Sociedade Americana de Engenheiros
Mecânicos;
ASTM – American Society for Testing and Materials – Sociedade Americana de Testes e
Materiais;
AWS – American Welding Society – Sociedade Americana de Solda;
CCPS – Center of Chemical Process Safety – Centro para Segurança de Processo Químico;
CEMA – Conveyor Equipment Manufacturers Association – Associação de Fabricantes de
Equipamentos Transportadores;
DEM – Discrete Element Method – Método por Elementos Discretos;
DIN – Deutsches Institut für Normung – Instituto Alemão para Normatização;
EN – European standards – Eurocodes;
END – Ensaios Não Destrutivos;
EP – Empilhadeira;
EPB – Empilhadeira de Lança Basculável;
EPF – Empilhadeira de Lança Fixa e Dupla;
EPG – Empilhadeira de Lança Giratória e Basculável;
EPP – Empilhadeira Tipo Ponte;
EPE – Empilhadeira Tipo Escrava;
ER – Empilhadeira / Recuperadora;
FEM – European Materials Handling Federation - Federação Européia de Manuseio de
Materiais;

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GPS – Global Positioning System – Sistema de Posicionamento Global;
IEC – International Electrotechnical Commission – Comissão Eletrotécnica Internacional;
IHM – Interface Homem Máquina;
ILAC – International Laboratory Accreditation Cooperation – Cooperação Internacional de
Acreditação de Laboratórios;
ILO – International Labour Organization – Organização Internacional do Trabalho (OIT);
ISO – International Standards Organization – Organização Internacional para Padronização;
ITPM – Inspection, Testing and Preventive Maintenance – Inspeções, Testes e Manutenção
Preventiva;
LRFD – Load and Resistance Factor Design – Métodos dos Estados Limites;
MSHA – Mine Safety and Health Administration – Administração de Saúde e Segurança em
Mina;
MUE – Material Unwanted Event – Evento Material Indesejado;
NFPA – National Fire Protection Association – Associação Nacional de Proteção Contra
Incêndios;
NZS – New Zealand Standards – Padrões da Nova Zelândia;
OIML – International Organization of Legal Metrology – Organização Internacional de Metrologia
Legal;
OM – Ordem de Manutenção;
OSHA – Occupational Safety and Health Administration – Administração de Segurança e Saúde
Ocupacional;
PNR – Padrão Normativo;
PR – Prefixo para identificar quando um requisito aplica-se exclusivamente para novos projetos,
bem como na aquisição de componentes de reposição;
RBPS – Risk Based Process Safety – Risco Baseado na Segurança de Processo;
RFID – Radio-Frequency Identification – Identificação por Radiofrequência;
SANS – South Africa Standards – Padrões da África do Sul;
RP – Recuperadora;
RPC – Recuperadora de Lança com Roda de Caçambas;
RPP – Recuperadora Tipo Ponte com Roda de Caçambas;
RPT – Recuperadora de Tambor;
RPA – Recuperadora Tipo Portal de Arraste;
SANS – South Africa Standards – Padrões da África do Sul;
SEI – Sistema Elétrico Industrial;
SIS – Sistema Instrumentado de Segurança;
SPCI – Sistema de Proteção e Combate a Incêndio;
SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas;

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TR – Transportador de Correia;
VFD – Variable Frequency Drive – Inversor de Frequência.

5 BOWTIE SÍNTESE
Os requisitos presentes neste padrão endereçam as barreiras/controles preventivos e
mitigatórios para os modos de falha e MUEs apresentados no APÊNDICE I – Bowtie Síntese.

6 REQUISITOS
6.1 Requisitos Gerais

Os requisitos descritos neste item aplicam-se a todo o ciclo de vida do ativo. Requisitos
referentes a etapas específicas do ciclo estarão descritos mais adiante, em seus respectivos
itens.

6.1.1 Geral

i. Durante as fases de projeto, fabricação, construção, montagem, operação, manutenção,


hibernação e descomissionamento, deve ser previsto o uso de um sistema de gestão e
controle para a documentação dos equipamentos. Este controle deve garantir que todos
os documentos abaixo estejam atualizados na sua versão final conforme construído:

a. Desenhos de arranjo geral, desenhos detalhados e planos de carga;


b. Memórias de cálculo;
c. Fluxogramas de engenharia indicando toda a instrumentação existente;
d. Folhas de dados das máquinas indicando para todos os componentes e modelos,
potências e dados técnicos;
e. Folhas de dados de instrumentos, atuadores e controladores;
f. Lista de componentes e equipamentos;
g. Descritivo funcional e lógica de controle;
h. Diagramas de montagem;
i. Relatórios de handover;
j. Relatórios de comissionamento;
k. Relatórios de gestão de mudanças;
l. Relatórios de revisões independentes;
m. Relatórios de pesagem e balanceamento;
n. Relatórios de inspeções da máquina;
o. Plano de manutenção, incluindo todos os procedimentos/atividades críticas de
manutenção tais como: troca de cabos, cilindros, roda de caçambas, articulações
e demais procedimentos que envolvem equilíbrio da máquina;
p. Registro de incidentes/acidentes.

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ii. Todos os equipamentos elétricos relacionados a este padrão devem ser especificados
seguindo critérios de classificação de área de acordo com o PNR-000027 - Layout de
Instalações - Classificação de Áreas - Atmosferas Explosivas.

6.1.2 Classe do Ativo

Para prover uma forma prática de classificação do ativo em função do risco a que o mesmo é
exposto no contexto operacional, a Tabela 3 apresenta a definição das classes em função de
uma relação de parâmetros característicos do contexto e faixas de valores definidos. Esta
classificação permite agrupar os ativos em função da sua aplicabilidade. Os requisitos no
padrão apresentam a identificação das classes, permitindo identificar a quais classes se
aplicam. Requisitos sem indicação da classe devem ser aplicados a todos os ativos.

Adicionalmente, os requisitos identificados pelo prefixo [PR] são aplicáveis exclusivamente a


novos projetos.

Desta forma, os requisitos devem ser avaliados utilizando a Tabela 3.

Importante ressaltar que a Tabela 3 não deve ser utilizada para determinar uma classe geral
para a máquina de pátio em análise. A tabela deve ser utilizada para definir a classe de cada
aspecto da máquina possibilitando avaliar a aplicabilidade de cada requisito neste padrão.

Tabela 3 – Classe do Ativo

Classe
Parâmetro
I II III
Comprimento da lança 45 m ≥ Comprimento > 36
> 45 m ≤ 36 m
(RP / ER)1 m
Comprimento da lança 40 m ≥ Comprimento > 30
> 40 m ≤ 30 m
(EP)2 m
Corrosão3 CX e C5 C4 e C3 C2 e C1
Descarga Lança telescópica Fixa NA
6.000 t/h ≥ Capacidade >
Capacidade > 6.000 t/h ≤ 1.000 t/h
1.000 t/h
Massa em operação4 > 980 t 980 ≥ Massa > 600 t ≤ 600 t
Tipo de RP Caçambas Ponte com caçambas Tambor
Sistema de giro Truques Rolamento Fixo
Sistema de elevação Cilindro Guincho Fixo
800 l ≥ Volume da
Volume da caçamba > 800 l ≤ 600 l
caçamba > 600 l
Variedade de materiais5 3 tipos ou mais 2 1
> 80% Produção da 80% ≥ Produção da ≤ 40% Produção da
Relevância na unidade6
unidade unidade > 40% unidade
Inclinação CR7 > 0.4% 0.4% ≥ Inclinação > 0% Sem inclinação
Forte incidência de
Ventos ventos na direção de NA NA
comunidades

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Classe
Parâmetro
I II III
Sala elétrica com sistema
Presença de unidade
automático de detecção e
hidráulica, correia, sala
Risco ao Fogo Manuseio de carvão combate a incêndio e
elétrica e cilindros de
correia resistente à altas
gases.
temperaturas.
Locais fora da área
industrial em um raio de
Risco ao vandalismo 200 m de distância de NA NA
estradas, comunidades,
acessos e vias.
Nota 1 – "Comprimento da lança (RP / ER)” indica o comprimento da lança para máquinas com
roda de caçamba.

Nota 2 – "Comprimento da lança (EP)” indica o comprimento da lança para empilhadeiras.

Nota 3 – Conforme ISO 12944-2:2019 "Paints and varnishes — Corrosion protection of steel
structures by protective paint systems" – Parte 2 "Classification of environments".

Nota 4 – “Massa em operação” considera o peso total da máquina em operação.

Nota 5 – Considerar como similares os materiais com as propriedades "densidade" ou "coesão"


ou "granulometria" para definição da variedade de materiais.

Nota 6 – "Relevância na unidade" indica o percentual de capacidade que a máquina manuseia


anualmente na unidade onde está instalada, comparado com a capacidade total da instalação.

Nota 7 – “Inclinação CR” indica o percentual de inclinação do caminho de rolamento.

Para a correta interpretação da Tabela 3, a mesma deve ser utilizada com o fluxo de tomada
de decisão apresentado na Figura 3 – Fluxograma para Avaliação da Aplicabilidade de
Requisitos. Através deste fluxograma é possível identificar a aplicabilidade dos requisitos deste
documento a um ativo específico.

Um exemplo de aplicação da Tabela 3 em conjunto com a Figura 3 é mostrado na Figura 4 –


Exemplo de Aplicação.

Todos os requisitos para as máquinas de pátio são tratados de acordo com a fase do seu ciclo
de vida.

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Figura 3 – Fluxograma para Avaliação da Aplicabilidade de Requisitos

Figura 4 – Exemplo de Aplicação

6.1.3 Gestão da Documentação

i. Durante todo o ciclo de vida do ativo deve ser realizada a gestão efetiva de documentos
através de um sistema informatizado, de forma a manter o conteúdo atualizado e
disponível para todos os empregados conforme PNR-000039 – Processos e
Padronização Vale. Um procedimento local deve estar em vigor para garantir que os
documentos de equipamentos (fornecedores) e de projeto sejam atualizados, incluindo,
mas não se limitando a:

ii. [PR] Deve ser prevista na documentação de engenharia, o fornecimento do manual de


manutenção indicando: programa de manutenção e taxas de falhas baseados no FMEA
(Failure Mode and Effect Analysis) ou FMECA (Failure Mode and Critical Analysis),
principais procedimentos de manutenção e trocas dos componentes críticos, sequência
executiva, ilustrações para execução destas atividades, indicações de pontos de
macaqueamento e apoio da máquina para cada procedimento. Os procedimentos

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mínimos a serem detalhados se referem a ações de manutenção dos seguintes
componentes/estruturas:

a. Estrutura da lança fixa, telescópica, tirantes e contralança (exemplo: por dano


estrutural, fadiga ou perda de espessura por corrosão);
b. Cabos de aço de elevação (exemplo: por desgaste);
c. Substituição do tambor enrolador de cabos de elevação (exemplo: por desgaste
das ranhuras ou fadiga);
d. Cilindros de elevação (exemplo: por alguma avaria estrutural ou hidráulica);
e. Rodas, rolamentos e rótulas de giro (exemplo: por desgaste);
f. Pinos de articulação, tanto da parte superior quanto do sistema de translação da
máquina (exemplo: por dano estrutural);
g. Reforços estruturais, onde o procedimento necessário para a instalação exigir
macaqueamento da máquina, apoio da lança e/ou contralança em torres para
alívio de carga.
iii. Em até seis meses após o comissionamento da máquina, devem ser apresentados os
seguintes documentos:

a. Relatório de comissionamento do revisor independente incluindo eventuais


cálculos estruturais e reavaliações realizados sobre o procedimento;
b. Relatório de inspeção de baseline, apresentando os resultados dos testes
realizados nos componentes críticos a fim de servir como parâmetros de
comparação em futuras inspeções como, nível de vibração, resposta dos sistemas
de segurança, corrente elétrica, pressão nos cilindros, velocidades máximas e
mínimas dos sistemas.

6.1.4 Análise de Riscos

i. Avaliações de Risco são realizadas e atualizadas através de metodologia com nível de


detalhamento e frequência adequados ao grau de complexidade dos ativos, considerando o ciclo
de vida do ativo e os MUEs. As fases de projeto devem prever a adoção de medidas para refletir
uma operação segura, conforme especificado no PNR-000033 – HIRA – Identificação de Perigos
e Análise de Riscos para Eventos Materiais Indesejados (MUEs) e demais PNRs aplicáveis. Além
do que consta nos referidos PNRs, os seguintes requisitos devem ser aplicados:

6.1.4.1 Análise de Risco para Projeto Seguro

i. [PR] A análise de riscos na fase de projetos deve considerar todo o ciclo de vida do ativo
e levando-se em conta cada cenário de MUE descrito na Tabela 1. Esta análise de risco
e suas consequências, bem como medidas preventivas e mitigatórias devem ser
definidas ainda nesta fase de projeto para refletir uma operação mais segura
posteriormente.

ii. [PR] O projeto deve considerar a elaboração de análise de risco de planejamento


conforme PNR-000033 - Identificação de Perigos e Análise de Riscos para Eventos
Materiais Indesejados (MUEs).

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iii. [PR] Deve ser realizado um workshop em fase de projeto para identificar os itens críticos
que necessitam de manutenção. Dentre as atividades de manutenção identificadas,
devem ser previstos análise de risco, gerenciamento de trocas, entre outros.

iv. [PR] O PNR-000033 - Identificação de Perigos e Análise de Riscos para Eventos


Materiais Indesejados (MUEs) deve ser adotado no Projeto para definição do método a
ser utilizado na análise após a engenharia básica, garantindo a análise de no mínimo os
seguintes elementos:

a. Projeto, locação e arranjos indevidos que potencializam ocorrência de MUEs


respeitando as definições previstas no PNR-000088 - Layout de Instalações -
Critérios Seguros de Layout;
b. Operações e decisões humanas que possam ser substituídos por sistemas
lógicos;
c. Aderência do nível de qualificação de mão de obra operacional às tecnologias a
serem empregadas;
d. Modos de falha de equipamentos que levam aos MUEs e definir soluções de
projeto para eliminá-los ou reduzir a sua probabilidade;
e. Barreiras/controles necessários para evitar a ocorrência dos MUEs ou mitigar as
consequências;
f. Logística de transporte dos componentes incluindo transporte marítimo e terrestre;
g. Procedimento operacional para eventos de falta de energia;
h. Procedimento operacional para evento de incidência de ventos;
i. Potenciais fontes de contaminantes na região dos pátios (metal, sucata, bolas de
moinho) e eliminá-los em fase de projeto;
j. Possíveis modificações de material e geometria da pilha ao longo da vida útil do
sistema/equipamento para garantir a correta adequação ao serviço;
k. Volume de atividades de manutenção relacionada à prevenção e mitigação dos
MUEs e estabelecer soluções de projeto de modo a reduzi-las.

6.1.5 Análise de Incidentes

i. A análise de incidentes é essencial para identificar as causas raízes e estabelecer ações


para eliminar a recorrência de tais eventos. Devendo ser adotados procedimentos
específicos que garantam a análise adequada dos incidentes e a implementação de
medidas para eliminar a recorrência destes eventos, devendo ser seguidos os requisitos
definidos nos PNRs de Análise de Incidentes. Além do que consta no referido PNR, os
seguintes requisitos devem ser aplicados:

a. A análise de incidentes deve ser realizada através do método RCA (Root Cause
Analysis) utilizando no mínimo os elementos indicados na seção 15.5.2 do Asset
Integrity, RBPS - CCPS.
b. A análise de incidentes deve ser conduzida de forma independente pela equipe
de engenharia em menos de 24 horas para os seguintes eventos, apresentados
na Tabela 4.
Tabela 4 – Análise de Incidentes
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Objetivo do Controle Critério para Análise de
Controle Crítico Evento Analisado
Crítico Incidentes
Inspeção e medição das Se verificado sinais de
Balanceamento da massas, avaliação dos desbalanceamento após
Paralisa a operação.
máquina valores obtidos, correção ou conclusão dos ajustes para
interdição. balanceamento.
Batentes e sinalização
Cercas de proteção e Após violação das cercas e
construídos próximos a Paralisar operação
sinalização para consequente acesso de
estrutura do caminho de em caso de acesso
controle de acesso pessoas indevidamente na
rolamento protegendo em de estranhos.
pessoas e veículos área.
caso de colisão.
O operador verifica as
condições meteorológicas e,
caso a condição supere os
Em caso de condições
Controle das condições limites admissíveis pela
Paralisa a operação. climáticas adversas sem a
meteorológicas máquina, paralisa a
paralisação da operação.
operação e inicia os
procedimentos de
ancoragem.
Medição das cargas
atuantes durante operação,
Interdição ou
análise das cargas
Controle de cargas Programação para Em caso de resultados das
comparando-as com as
atuantes nos correção das medições fora dos limites
cargas admissíveis, caso
elementos estruturais Patologias admissíveis.
necessário solicita de
identificadas.
correção ou paralisa a
operação.
Monitora a corrente aplicada
Controle de corrente no 3 paradas por torque
pelos motores elétricos e
motor elétrico da roda Paralisa a operação. inadequado em um período
paralisa a operação caso
de caçambas de 24 horas.
ultrapasse os limites.
Inspeção dos níveis e Após identificação de
acúmulo de água no pátio acúmulo de água ou material
Controle de drenagem Indisponibilidade do
de estocagem, análise da com umidade excessiva por
das pilhas sistema.
condição, correção ou 2 vezes em um período de
interdição. 24 horas.
Controle de emissão
Detecta o nível de Disponibilidade Física menor
de particulados nas
particulado em suspensão e que 95% do sistema de
transferências- Indisponibilidade do
aciona o sistema de aspersão ou se sistema
Disponibilidade Física sistema.
pulverização de água e do detecta presença de pó após
menos que 95% do
agente tensoativo. atuação.
sistema de aspersão
O operador detecta o nível
de particulado em
suspensão, a condição é
Controle de emissão Caso acionado o sistema de
avaliada e, caso os limites Indisponibilidade do
de particulados nas aspersão e os níveis de
estejam acima dos sistema.
pilhas poeira não sejam reduzidos.
admissíveis, o operador
aciona o sistema de
aspersão de água.
O sistema detecta a
Controle de inclinação inclinação fora dos limites Ajusta ou paralisa a Toda parada por atuação
da lança admissíveis e paralisa a operação. deste sistema.
operação.

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Objetivo do Controle Critério para Análise de
Controle Crítico Evento Analisado
Crítico Incidentes
Monitora o nível do chute
paralisando
Controle de nível do automaticamente o Ajusta ou paralisa a Nível alto atuado 3 vezes em
chute transportador do pátio ou da operação. um período de 24 horas.
lança e roda de caçambas
caso atinja o limite máximo.
Adicionar nitrogênio
Monitora a concentração de
até atingir Se o nível de oxigênio não é
Controle de nível de oxigênio no sistema e caso
concentração de reduzido após a injeção de
oxigênio no carvão supere 12 %, adiciona
Oxigênio abaixo de nitrogênio.
nitrogênio.
12% em chutes.
O sistema detecta
sobrecarga no sistema
Controle de pressão
hidráulico, avalia a condição 2 paradas em um período de
em sistemas Paralisa a operação.
e, caso ultrapasse o limite 24 horas.
hidráulicos
admissível, paralisa a
operação.
Monitora a pressão no motor
Controle de pressão no 2 paradas por pressão
hidráulico e paralisa a
motor hidráulico da Paralisa a operação. inadequada em um período
operação caso ultrapasse os
roda de caçambas de 24 horas.
limites.
O sistema monitora a tensão
atuante em elementos
estruturais e paralisa a Em caso de atuação do
Controle de tensão Paralisa a operação.
operação automaticamente, dispositivo.
caso ultrapasse o limite
admissível.
O sistema monitora a
velocidade de translação
Em caso de atuação do
ajustando para valores
Controle de velocidade sistema indicando
admissíveis e, caso atingir Paralisa a operação.
de translação velocidades fora dos limites
os limites admissíveis,
admissíveis.
paralisa automaticamente a
translação.
Dispositivos de
Canaleta ou dispositivos de Em caso de transbordo dos
drenagem
drenagem recebem e Indisponibilidade do dispositivos ou drenagem
(canaleta/valeta,
conduz a água para um local sistema. inadequada das áreas de
descida d'água e
adequado. abrangência.
galerias)
Em caso da atuação da
O sistema de embreagem embreagem por 3 vezes em
Embreagem para limite
desacopla/patina em caso Paralisa a operação. um período de 24 horas
de torque do giro
de torque excessivo. provocando a parada de
operação.
O sistema detecta situação
Estacionamento da de emergência e o sistema
Paralisa a operação. 2 paradas por turno.
máquina (garra trilho) garra-trilhos é atuado
automaticamente.
O operador avalia a
Interdição ou
quantidade de material Diante da presença de
programação para
sobre o equipamento e, em material acumulado após
Limpeza condicional correção das
caso acúmulo excessivo, realização da limpeza em
patologias
paralisa o equipamento para período inferior a 48 horas.
identificadas.
limpeza.

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Objetivo do Controle Critério para Análise de
Controle Crítico Evento Analisado
Crítico Incidentes
Presença de corrosão e
Interdição manual ou Diante da identificação de
Manutenção trincas nas articulações e
programação para desgastes ou deformações
condicional das paralisação para correção
substituição, reparo nos elementos das
articulações caso atinja os limites
de componentes. articulações.
admissíveis.
Inspeção da estrutura, Interdição ou
Diante da identificação de
análise da condição e programação para
Manutenção trincas, deformações e sinais
paralisação para correção correção das
condicional estrutural de comprometimento da
caso atinja os limites patologias
integridade estrutural.
admissíveis. identificadas.
Inspeção da estrutura e dos
componentes, execução de
Manutenção Interdição manual ou Diante da identificação de
ensaios não destrutivos,
condicional de soldas e programação para trincas, deformações e sinais
análise da condição e
elementos submetidos substituição, reparo de comprometimento da
paralisação para correção
a fadiga de componentes. integridade das soldas.
caso atinja os limites
admissíveis.
Diante da identificação
Inspeção das unidades
vazamentos em tubos e
Manutenção hidráulicas, cilindros, tubos e Interdição manual ou
conexões, trincas em
condicional dos conexões, análise das programação para
mangueiras, aquecimento
sistemas hidráulicos e condições e paralisação substituição, reparo
das bombas e sinais de
de lubrificação para correção caso atinja os de componentes.
perda de eficiência do
limites admissíveis.
sistema hidráulico.
Inspeção e medição dos
Interdição manual ou
trilhos, análise da condição Diante da identificação de
Manutenção programação para
e paralisação para correção, desgastes fora dos limites ou
condicional dos trilhos substituição e reparo
caso atinja os limites deformações nos trilhos.
de componentes.
admissíveis.
O sistema detecta presença
Sistema anticolisão tipo de obstáculos, pilhas e Em caso de atuação do
Paralisa a operação.
radar equipamentos e paralisa a sistema.
operação.
O sistema detecta presença
Sistema anticolisão via de obstáculos, pilhas e Em caso de atuação do
Paralisa a operação.
GPS equipamentos e paralisa a sistema.
operação.
Graxa é bombeada para os
Sistema de lubrificação mancais e articulações Após falta de atuação do
Completar graxa.
automática garantindo a lubrificação sistema.
destes pontos.
Nota – Para análise de incidentes específicos do transportador da lança, ver PNR-000037 –
Sistemas de Manuseio – Transportadores de Correia.

6.1.6 Gestão de Mudanças

i. Modificações podem introduzir novos modos de falha no processo que podem resultar
em MUEs. Para cada modificação, é necessário adotar procedimentos específicos que
garantam a identificação dos riscos e a implementação das medidas de prevenção e
mitigação adequadas segundo o PNR-000101 – Gerenciamento de Mudanças. Além do
que consta como modificações no referido PNR, as seguintes modificações requerem a
realização de um processo de gestão de mudanças, adotando-se os requisitos previstos
neste documento:

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6.1.6.1 Modificações

As modificações em máquinas de pátio e sistemas adjacentes podem induzir novos modos de


falha no processo que poderão levar aos MUEs. São consideradas modificações, quaisquer
alterações de propósito, performance, configuração física ou localização geográfica do ativo,
conforme última versão do projeto, assim como descritos no PNR-000101 – Gerenciamento de
Mudanças e norma FEM II:1997 capítulos 1 e 2. Desta forma, é necessário a adoção de
procedimentos específicos garantindo a identificação dos riscos e as medidas de bloqueio e
mitigação adequadas para a realização de cada mudança.

i. As modificações nos seguintes itens exigem que seja realizada a tratativa de Gestão de
Mudanças, desde que não esteja previsto em projeto (incluindo manual de manutenção):

a. Elementos estruturais, incluindo as estruturas de suporte a componentes,


passarelas e demais estruturas;
b. Vida útil do equipamento, incluindo vida total e operacional;
c. Componentes críticos estabelecidos nas tabelas de cada subitem do item 6.2, que
representa os subsistemas da máquina;
d. Insumos (lubrificantes, óleos hidráulicos, graxas, líquidos de arrefecimento,
pastilhas);
e. Estruturas geotécnicas (cortes, aterros, taludes);
f. Alteração no regime operacional previsto no projeto;
g. Regime operacional, incluindo função na operação do pátio, por exemplo: de linha
de redundância para linha principal;
h. Infraestrutura como vias, sinalização, batentes e canaletas, caso sua modificação
crie ou altere perigos à estrutura;
i. Parâmetros de processo (deslocamento da máquina, velocidade da correia, grau
de enchimento e características do material como dureza, granulometria,
umidade, densidade e composição);
j. Lógica do sistema básico de processo, sistema instrumentado e demais sistemas
de controle e preditiva;
k. Tipo de cargas atuantes ou passíveis de atuação sobre a máquina, incluindo
massa ou distribuição de massa do ativo;
l. Troca de função da máquina, por exemplo: empilhadeira/recuperadora para
apenas recuperadora; [Aplicável à ER]
m. Distribuição das cargas durante o ciclo operacional da máquina;
n. Dispositivos de segurança ou controle de operação e carga, pela remoção, adição,
troca ou operação, na máquina ou que possam influenciar a máquina;
o. Limites de deslocamentos (giro, translação, elevação etc.);
p. Condições ambientais relevantes à determinação de qualquer uma das cargas às
quais o ativo está sujeito;
q. Reestruturação organizacional que impactem as funções de manutenção,
operação e instrumentação;

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r. Hibernação;
s. Deslocamento do ativo a um pátio distinto daquele originalmente previsto para sua
operação.
ii. Em adição aos requisitos do PNR-000047 - Integridade Estrutural - Geral, são
apresentados os seguintes requisitos para modificações:

a. Para modificações que não envolvam alteração da configuração física do ativo, é


possível que o projeto somente avalie a fitness for service da máquina após a
modificação. Pode-se também definir níveis de performance seguros para o ativo
após a modificação ou modificar procedimentos operacionais;
b. Para avaliações estruturais da modificação da máquina, pode-se realizar a
avaliação de somente uma das partes da máquina, caso se demonstre que as
solicitações transmitidas às demais não sofrerão alterações expressivas,
considerando-se as margens de segurança adotadas no projeto original da
máquina;
c. O projeto de modificação, caso aplicável, deve indicar os passos do procedimento,
de modo a manter a máquina estável durante o processo. O projeto deve prever
estruturas de apoios e cargas decorrentes do apoio da máquina, tanto na estrutura
de apoio quanto na estrutura da máquina. Todos os passos intermediários
relevantes devem ser calculados no projeto.
iii. O processo de modificação do ativo pode criar pontos críticos que somente se qualificam
como tal durante o processo de modificação, estes pontos devem ser analisados durante
o projeto. São exemplos destes pontos críticos:

a. Membros que invertam sua carga entre tração e compressão durante os


processos de apoio na modificação, particularmente no caso de lanças;
b. Pinos que sofram cargas assimétricas ou torção;
c. Elementos com pressão de contato durante apoios, o que pode causar
deformação localizada.
iv. O escopo de inspeção anterior à modificação deve ser definido de acordo com natureza
dos serviços a serem realizados. Essa inspeção deve ter seu escopo determinando pelo
projeto de modificação.

a. Modificações que não envolvam alterações na configuração física do ativo ou na


magnitude das cargas atuantes, mesmo que de forma temporária, não necessitam
de inspeção anterior. O prazo para inspeção deve ser definido a partir de uma
análise de risco da nova condição do ativo;
b. O escopo da inspeção deve ser definido de modo a aferir as premissas do projeto
de modificação, inclusive durante as etapas intermediárias, com averiguação dos
pontos críticos;
c. A pesagem da máquina deve ser realizada em alterações que reduzam a
estabilidade, mesmo que de forma temporária, caso os registros sobre as
modificações do ativo sejam incompletos, de modo a gerar incerteza sobre as
posições dos centros de gravidade das divisões da máquina.

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PNR-000055, Rev.: 01-22/10/2021


v. A inspeção após a modificação deve ser realizada para criar um novo baseline para a
máquina. O processo pode utilizar resultados de inspeções anteriores de modo a gerar
as informações necessárias:

a. Só podem ser utilizadas inspeções antigas de regiões da máquina que não


sofreram solicitações adicionais durante a modificação. A ausência de solicitação
deve ser demonstrada pelo projeto;
b. Para as regiões solicitadas, deve-se realizar uma inspeção de nível 3, com
abrangência equivalente àquela realizada na construção e montagem;
c. Todas as regiões da máquina devem sofrer uma inspeção de nível 1 após a
modificação;
d. Todos os novos pontos críticos (após fim da modificação) devem ser
inspecionados;
e. Em caso de modificação na configuração física da máquina, as partes construídas
e alteradas devem ser inspecionadas de acordo com os requisitos de fabricação
e montagem;
f. Deve ser indicado no projeto a necessidade de inspeção após um certo período
depois da conclusão dos serviços.
Estes requisitos não são aplicáveis às mudanças de processo definidas e padronizadas como
setup operacional.

6.1.6.2 Modificações Temporárias

As modificações temporárias são medidas paliativas, adotadas durante a operação do ativo em


função de um evento pontual que ocorre com tempo determinado.

i. Todas as modificações temporárias devem ser implantadas a partir da elaboração da


respectiva análise de risco conforme PNR-000101 - Gerenciamento de mudanças da
Vale.

ii. Modificações em sistema de controle e intertravamento, incluindo softwares de controle


devem respeitar minimamente o disposto no item 6.4.2. O PNR-000130 - Instrumentação
e Controle - Geral - Gerenciamento de bypass e alterações de códigos e parâmetros
define os requisitos para qualquer modificação em sistemas.

iii. O controle de bypass e alterações de códigos e parâmetros deve seguir os requisitos do


PNR-000130 - Instrumentação e Controle - Geral - Gerenciamento de bypass e
alterações de códigos e parâmetros.

6.1.6.3 Modificações Permanentes

As modificações permanentes devem seguir um processo estruturado de gestão de mudanças


bem como as normas ou procedimentos de acordo com a sua natureza.

i. O método adotado para análise de risco e gerenciamento da mudança deve conter os


elementos mínimos estabelecidos no PNR-000101 - Gerenciamento de mudanças da
Vale.

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ii. Os serviços de execução de reforços ou modificações nas estruturas bem como a troca
de componentes estruturais devem ser fiscalizados e inspecionados com objetivo de
cumprir a engenharia apresentada dentro dos padrões de qualidade descritos neste
documento.

iii. Devem ser indicados no projeto a sequência executiva para implantação das
modificações de forma a manter a estabilidade da máquina e quando necessário devem
ser previstas as estruturas de estaiamento e apoio provisórias.

iv. O planejamento de médio e longo prazo da unidade deve fornecer os dados indicados a
seguir, obtidos a partir da caracterização do minério, para permitir uma análise e
definição pela necessidade de atualização ou elaboração do estudo de modelagem por
elementos discretos:

a. Coesão;
b. Umidade;
c. Granulometria.
v. A atualização ou elaboração do estudo de modelagem por elementos discretos (DEM)
para definir as modificações necessárias em chutes deve seguir os requisitos indicados
no PNR-000037- Sistemas de Manuseio - Transportadores de correia. Os dados das
cargas atuantes nos chutes devem ser utilizados para verificação das estruturas da
máquina.

vi. Deve ser realizada a pesagem da máquina após realizadas as modificações mesmo que
tais modificações sejam temporárias.

6.2 Requisitos de Projeto

Os requisitos de Projeto definem medidas para a integridade do ativo nas fases subsequentes
do seu ciclo de vida. Para tanto, são estabelecidos critérios e premissas que visam garantir um
projeto inerentemente seguro e com qualidade.

6.2.1 Geral

Os requisitos aqui expostos não são suficientes para o desenvolvimento de todo o projeto da
máquina e devem ser inseridos em documentos e procedimentos específicos de engenharia.

6.2.1.1 Projeto do Equipamento

i. [PR] Devem ser considerados no mínimo os seguintes aspectos para conceituação e


arranjo das instalações, sem se limitar a estes:

c. Condições dos ventos;


a. Condições de temperatura;
b. Dados pluviométricos;
c. Condições de acesso;
d. Condições geotécnicas;
e. Condições geográficas locais;

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f. Condições sísmicas;
g. Restrições ambientais (emissão de particulados e ruídos);
h. Levantamento topográfico/cadastral.
ii. [PR] Para o projeto das máquinas, devem ser seguidos os dados de entrada e premissas
mínimas abaixo, porém sem se limitar aos mesmos:

d. Regime de operação por dia, disponibilidade requerida, capacidade anual,


capacidade nominal e regime de operação em capacidade de pico considerando
o tempo máximo de operação nesta condição;
e. Requisitos geométricos do pátio como bitolas entre trilhos e gabaritos, indicando
acessos e áreas de operação e manutenção;
f. Requisitos geométricos e capacidade de estocagem das pilhas;
g. Granulometria do material;
h. Massa específica do material;
i. Umidade média do material;
j. Abrasividade e coesão do material;
k. Ângulo de acomodação e repouso do material;
l. Curso de translação da máquina e indicação de estruturas ou equipamentos
adjacentes;
m. Curso de alcance da máquina;
n. Necessidades de translação prevista para o empilhamento e/ou recuperação;
o. Arranjo do pátio;
p. Vida útil do equipamento;
q. Transportador de correia do pátio;
r. Outros equipamentos utilizando o mesmo caminho de rolamento;
s. Parâmetros que possam afetar o envelope operacional do equipamento, com
atenção às possibilidades de colisão;
t. Necessidade de plataformas auxiliares para acesso e/ou manutenção ou
possibilidade de uso das plataformas do equipamento para outras funções;
u. Método de empilhamento ou recuperação com a definição dos tempos e
movimentos comprovando a taxa de recuperação e determinando a ciclagem do
equipamento;
v. Possíveis interferências e limitações a serem consideradas durante a montagem
da máquina (Ex. equipamentos adjacentes que não podem ter sua operação
paralisada).
iii. [PR] Em complemento aos itens do requisito anterior, devem ser considerados para
avaliação do desempenho:

a. Mínimo fator de projeto aceitável;

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b. Capacidade nominal requerida, considerando cada geometria de pilha prevista no
projeto;
c. Vida útil mínima da máquina, considerando o pleno atendimento aos planos de
operação e manutenção, sem necessidade de modificações estruturais;
d. Partes e componentes da máquina com limites de serviço (como vibração e/ou
deflexão) mais restritivos do que os especificados neste documento;
e. Parâmetros dos transportadores fora do escopo de fornecimento, que possam
aplicar cargas à máquina tais como: capacidade, velocidade da correia, volume,
dimensões e cargas do chute de alimentação e/ou descarga e tensões da correia.
iv. [PR] Em complemento aos itens ii e iii, devem ser considerados para recuperadoras:

a. Fatores de empolamento do material recuperado;


w. Resistência específica de corte;
x. Densidade para cada nível de consolidação da pilha.
v. [PR] Devem ser considerados testes, ensaios de laboratório e coleta de amostras
conforme norma ISO 3082:2017, ISO 3084:1998 ou AS 4264.1:2009 para caracterização
mineralógica dos materiais previstos para os seguintes aspectos:

a. Granulometria;
b. Massa específica;
c. Umidade média;
d. Abrasividade e coesão;
e. Ângulo de acomodação e repouso.
vi. [PR] O projeto deve ser elaborado considerando os requisitos de engenharia, fabricação
e montagem bem como os materiais a serem empregados conforme o PNR-000048 -
Integridade Estrutural - Estruturas de Aço e os requisitos das normas DIN 22261-2:2016
e DIN 22261-3:2015 que forem mais restritivos.

vii. [PR] Devem ser considerados no dimensionamento estrutural as situações especiais de


incrustação excessiva em alguma região da máquina.

viii. [PR] Devem ser selecionados e/ou especificados os materiais dos componentes
descritos a seguir seguindo critérios definidos na norma indicada para cada elemento,
considerando os cálculos e verificações quanto à fadiga bem como as condições locais:

a. Pivôs incluindo elementos de contato conforme normas AS 4324.1:2017 e DIN


22261-2:2016;
b. Tubos e conexões conforme norma ISO 3304:1985;
c. Engrenagens conforme norma AGMA 2001-C95:1995;
d. Pinhão e cremalheira conforme norma ISO 1275:2006;
e. Tirantes e pinos conforme norma DIN 22261-2:2016 item 12.1 e olhais item 12.2;
f. Cabos de Aço conforme normas AS 3569:2010 e DIN 15062-1:1982;
g. Gancho de segurança conforme norma AS 4324.1:2017.

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ix. [PR] Devem ser consideradas no projeto, a seleção e aplicação de materiais e/ou
componentes das articulações, rótulas, pivôs e eixos de maneira que seja minimizada a
necessidade de lubrificação frequente dos conjuntos. Devem ser consideradas vedações
para evitar fuga de graxa considerando proteção contra incidência de poeira e água.

x. [PR] Deve ser considerado no projeto o uso de porcas autotravantes e arruelas de


pressão seguindo a norma DIN 22261-2:2016, item 5.4.2.7 para parafusos que não
possuírem protensão.

xi. [PR] Deve ser utilizado proteção betuminosa ou isolamentos em membranas e neoprene
para ligações de diferentes tipos de materiais ou elemento com pintura e elemento
galvanizado. Aplicabilidade: Corrosão, Classe I.

xii. [PR] Deve ser elaborada a especificação de pintura seguindo os requisitos indicados no
PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de Aço.

xiii. [PR] Deve ser prevista na documentação de engenharia do fornecedor a emissão de


documento com o procedimento de ancoragem da máquina para atividades de
manutenção. Este procedimento deve contemplar os critérios para translação,
posicionamento, ancoragem e travamento da máquina.

xiv. [PR] O projeto deve considerar áreas especificas para macaqueamento no pátio
destinadas ao suporte de macacos hidráulicos e torres de apoio, bem como bases para
ancoragem e estaiamento da máquina.

xv. [PR] Deve ser indicada na documentação do projeto que o fornecedor deve emitir
documento específico definindo as inspeções necessárias para avaliação da pintura e os
critérios para preparação de superfície e retoques de pintura em campo.

xvi. [PR] Deve ser prevista na documentação de engenharia, a emissão pelo fornecedor do
procedimento para troca de função em ER.

xvii. [PR] Deve ser considerado no projeto e indicado no manual de operação/manutenção a


metodologia para avaliação, aceitação e/ou troca dos componentes mais suscetíveis a
desgaste ao longo do ciclo de operação.

xviii. Deve ser considerado no projeto do sistema de comunicação de dados, redundância


respeitando o padrão do site no qual ele será instalado.

xix. [PR] Deve ser previsto anteparo do tipo chapéu chinês em locais de passagem de
pessoas sob transportadores nos pisos e plataformas da máquina.

6.2.1.2 Arranjo das Instalações

i. [PR] Para elaboração do projeto do pátio, deve ser realizado um levantamento


topográfico e cadastral da região incluindo as áreas que apresentarem impacto direto
nas obras necessárias incluindo: direção preferencial dos ventos, supressão vegetal,
exigências ambientais para emissão de pó, emissões de sólidos em suspensão, níveis
de ruídos, taludes, contenções, aterros, dispositivos de drenagem natural, de pátio e
pilha, sumps de separação de finos e descarte para o meio ambiente, caminhos seguros,
áreas de manutenção de máquinas, transportadores do pátio, redes elétricas e demais
obras e edificações existentes.
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ii. [PR] As distâncias mínimas entre equipamentos, vias de acesso, redes elétricas e etc.,
devem seguir os requisitos previstos no PNR-000088 - Layout de Instalações - Critérios
Seguros de Layout.

6.2.1.3 Pesagem da Máquina

i. [PR] Devem ser seguidos os critérios apresentados no item 5.9 da norma AS


4324.1:2017 para pesagem da máquina.

ii. [PR] Deve ser solicitado na documentação da engenharia, o fornecimento do


procedimento de pesagem onde deve ser apresentada a metodologia para definição do
centro de gravidade da máquina.

iii. [PR] Deve ser previsto na documentação a necessidade de monitoramento dos ventos
durante o procedimento de pesagem. O procedimento de pesagem deve ser interrompido
em caso de ventos com velocidade superior a 20 km/h.

iv. [PR] A documentação do projeto deve considerar a pesagem das máquinas após a
conclusão da montagem e comissionamento, considerando:

a. Componentes, instrumentos e dispositivos necessários para a pesagem;


b. Quantidade de medições e posicionamentos da máquina em cada medição;
c. Fundações para suporte dos macacos e dispositivos de pesagem;
d. Condições ambientais permitidas para execução do procedimento;
e. Requisitos a serem considerados quando identificada redução ou acréscimo
superior a 5% do peso total da máquina após a pesagem;
f. Descritivo ilustrativo passo a passo do procedimento;
g. Tabela indicando a previsão da leitura em cada ponto a cada passo da pesagem;
h. Correlações adicionais aos dados obtidos na pesagem através do uso de dados
dos dispositivos de elevação (pressão em unidades hidráulicas, cargas aplicadas
em guinchos ou amperagem nos motores dos guinchos de elevação) ou dados
provenientes de extensometria;
i. Para sistemas com um sistema de bombeamento para acionamento de mais de
um macaco deve ser previsto um conjunto composto por um registro e um
manômetro para isolamento de cada macaco hidráulico;
j. Dados de pressão de manômetros e carga nas células de carga devem ser
registrados após a estabilização do sistema de aquisição de dados;
k. Sistema de pesagem a ser aplicado;
l. Precisão de 1% conforme descrito na norma AS 4324.1:2017;
m. Quantidades de 3 medições e resultado final como a média aritmética da soma;
n. Manômetros e células de carga devidamente calibrados e os certificados de
calibração devem ser entregues como anexo do relatório de pesagem.

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6.2.1.4 Setup Operacional

i. Para sistemas que operem ao mesmo tempo com materiais que apresentam diferentes
características físico-químicas, um estudo deve ser elaborado definindo as configurações
necessárias para manuseio de cada material considerando no mínimo a possibilidade de
configuração durante o regime operacional dos seguintes aspectos:

a. Nível do chute;
b. Escoamento no chute;
c. Controle de carga na correia da lança, ponte e tambor;
d. Controle de giro e avanços na roda de caçambas; [Aplicável à RPC, RPP e ER]
e. Controle de giro e avanços do tambor; [Aplicável à RPT]
f. Inclinação dos ancinhos; [Aplicável à RPP, RPT e RPA]
g. Operação manual/automática/remota;
h. Limites de giro e elevação da lança em função de alterações na geometria das
pilhas. [Aplicável à EPB, EPG, RPC e ER]
ii. Deve ser elaborado procedimento para adequação operacional em função de:

a. Variações na umidade indicadas nos resultados das análises realizadas durante


a operação a partir do minério coletado na amostragem;
b. Equipamentos em manutenção nas proximidades;
c. Atividades de manutenção no pátio que apresentem riscos de colisão com a
máquina;
d. Sistema de troca de função em ER;
e. Reversão de caçambas. [Aplicável à RPP]
iii. [PR] A máquina deve ser dimensionada de forma a suportar todos os cenários previstos
para manuseio de materiais. Estas configurações devem estar refletidas em
procedimentos operacionais para cada tipo de cenário.

6.2.1.5 Verificações de Projeto

Todas as verificações devem ser registradas no sistema de gestão de informação do projeto.

i. [PR] Devem ser elaboradas as verificações a seguir:

a. Dimensionamento das rodas dos sistemas de translação e giro indicando as


cargas máximas e mínimas por roda;
b. Seleção dos cabos de aço e dimensionamento das polias especificadas para o
projeto conforme as normas AS 2759:2004, AS 3569:2010, FEM II:1997 Seção 4-
2 e DIN 15062-1:1982;
c. Cálculos dos acionamentos e freios dos sistemas de translação, giro e elevação
ao término da engenharia detalhada e da especificação dos componentes;

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d. Critérios de paralisação da operação devido a incidência de ventos de acordo com
as condições locais e com a geometria da máquina que define a área de vela
(empuxo devido ao vento).
ii. [PR] Devem ser verificados após a conclusão do arranjo geral das instalações, na fase
da engenharia detalhada:

a. Lógica de controle de todos os sistemas com as diferentes categorias de funções


de parada e para cada modo de operação;
b. Regime de operação por dia, disponibilidade requerida, capacidade anual,
capacidade nominal e regime de operação em capacidade de pico considerando
o tempo máximo de operação nesta condição;
c. Volumes dos chutes considerando o tempo de frenagem dos transportadores;
d. Volumes e dimensões das caçambas de recuperação; [Aplicável à RPC, RPP e
ER]
e. Velocidades previstas para translação, giro e elevação;
f. Tempos de atuação dos guinchos e cilindros, bem como os ciclos previstos na
operação, incluindo a troca de função em ER;
g. Plataformas, áreas de acesso e espaços ergonomicamente adequados para
realizações de manutenções de rotina e de grande porte;
h. Dispositivos de ancoragem para situação de ventos de tormenta;
i. Peso total da máquina e localização do centro de gravidade, bem como o
conhecimento dos coeficientes de estabilidade em todas as situações de projeto,
em relação ao sistema de giro e sistema de translação, considerando-se as
posições mais críticas de giro e basculamento;
j. Limites de translação, giro e elevação e instrumentos para atuação dos controles;
k. Setup operacional para cada tipo de material e geometria de pilha em função do
seu regime de escoamento;
l. Centro de gravidade global e da parte superior da máquina; [Aplicável à EPB,
EPF, EPG, EPE, RPC e ER]
m. Dimensionamento e seleção dos componentes para sistemas de controle de
emissão de particulados;
n. Tempos de atuação dos guinchos e cilindros de elevação, bem como os ciclos
previstos na operação; [Aplicável à EPB, EPG, RPC e ER]
o. Especificação e comprimento do caminho de rolamento;
p. Utilização de chapa defletora na ponta da lança; [Aplicável à EP e ER]
q. Rampas de frenagem dos sistemas da máquina;
r. Limitações de cargas no pátio considerando a utilização de estruturas ou
equipamentos auxiliares para operação e manutenção, bem como durante a
montagem da máquina;
s. Cargas consideradas no pátio nos pontos de ancoragem ao longo do caminho de
rolamento para os dispositivos de segurança e estacionamento;
t. Folgas máximas e tolerâncias a serem adotados para trilhos não soldados;
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u. Diagrama unifilar;
v. Estudos de interferência com outros equipamentos e estruturas adjacentes.
iii. [PR] As verificações descritas devem ser complementadas com as revisões
independentes conforme item 6.6.

6.2.1.6 Liberação para Operação

i. [PR] As pendências geradas a partir das análises de risco deste capítulo que tenham
relação com os MUEs definidos neste documento devem ser consideradas como
altamente críticas no projeto e terão obrigatoriedade de implantação antes da liberação
para a operação, devendo ser critério de aceitação para handover do projeto.

6.2.2 Infraestrutura

6.2.2.1 Projeto de Vias e Acessos

i. Placas de sinalização devem ser colocadas para servir como advertência em áreas
perigosas. Áreas classificadas e áreas próximas de redes elétricas de alta tensão devem
ser marcadas e isoladas. Devem ser previstas placas de advertência expostas indicando
o nome e telefone para contatos de emergência. A sinalização deve contemplar os
acessos auxiliares das bermas, região do pátio de estocagem e áreas de manutenção.

ii. [PR] Devem ser previstas na fase de engenharia e mantidas ao longo da operação, as
plataformas para acesso e patolamento de guindastes para manutenção considerando:

a. Bases para ancoragem e estaiamento da máquina;


b. Sinalização indicando as tensões admissíveis do solo.
iii. Deve ser elaborado um plano de circulação das vias e movimentação de máquinas para
os serviços de limpeza e manutenção ao longo do caminho de rolamento e pátio de
estocagem, respeitando os requisitos do PNR-000088 - Layout de Instalações - Critérios
Seguros de Layout, referente a sistemas de atenção contra colisão, contendo:

a. Procedimento de tráfego;
b. Limites admissíveis de velocidade;
c. Placas de advertência de áreas perigosas;
d. Limites de altura;
e. Locação e especificação de batentes;
f. Sinalização viária;
g. Delimitação de áreas de estacionamento;
h. Caminhos seguros;
i. Restrição de acesso.

6.2.2.2 Projeto de Drenagens

i. [PR] Deve ser realizado um estudo hidrológico para definição dos conceitos e dos
dispositivos a serem utilizados no projeto de drenagem.

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ii. [PR] Devem ser previstos dispositivos de drenagem e caimentos nas bermas e pátios
para escoamento de água pluvial. A drenagem deve ser direcionada para uma bacia de
sedimentação que deve ser dimensionada para garantir o descarte de particulados
dentro dos parâmetros admissíveis, conforme a legislação local. Caso necessário
estações de tratamento do efluente líquido para descarte no meio ambiente, as mesmas
devem ser previstas.

iii. O projeto de drenagem do pátio deve ser elaborado considerando:

a. Dados de caracterização do minério;


b. Estudos para definição das inspeções indicando a frequência e verificações
necessárias;
c. Procedimentos a serem aplicados na operação para sobras de pilha e finos
carreados pelas chuvas;
d. Procedimentos a serem aplicados durante a operação para limpeza das bordas
das pilhas e cabeceiras dos pátios;
e. Espaço livre entre a saia da pilha e a berma da máquina.
iv. Devem ser considerados para os projetos com uso de colchão drenante:

a. Critérios para o primeiro empilhamento;


b. Ensaios necessários para o material a ser utilizado no colchão drenante incluindo
granulometria e dureza;
c. Frequência e procedimentos para as inspeções do colchão drenante;
d. Utilização de infiltrômetro de anel simples.
v. As canaletas devem ser previstas nas cristas e bancadas de taludes, bermas e na borda
das plataformas de patolamento de guindaste.

vi. [PR] Devem ser definidos na fase da engenharia os acessos para limpeza das bordas
das pilhas nos pátios e das bermas, incluindo a região dos trilhos do caminho de
rolamento, definindo a metodologia e equipamentos necessários para execução desta
limpeza.

vii. [PR] Deve ser definida na fase de engenharia a metodologia para troca do lastro da pilha
indicando o sequenciamento das atividades e limites de umidade do minério na parte
inferior da pilha e de eficiência do sistema de drenagem.

viii. A drenagem pluvial de áreas externas às pilhas não deve ser conduzida nos mesmos
dispositivos de coleta e condução de água proveniente da região das pilhas.

ix. [PR] Deve ser elaborado estudo do descarte dos efluentes das bacias de sedimentação
e para casos onde não seja possível o descarte pela bacia do pátio, devido restrições da
legislação local, deve ser considerado o bombeamento para estação de tratamento e
posterior descarte dos efluentes.

x. [PR] O projeto deve contemplar uma avaliação de riscos do sistema de drenagem das
pilhas considerando as condições de manutenção, frequências e procedimentos para

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reparo no sistema de drenagem, bem como ao atendimento da legislação local para
controles ambientais.

6.2.2.3 Estruturas de Contenção

i. [PR] Os projetos das contenções devem ser executados a partir de dados geotécnicos
indicados para as fundações.

ii. [PR] O projeto de taludes e contenções que apresentem influência na área de instalação
da máquina deve obrigatoriamente seguir as disposições da norma Eurocode 7:2004 (BS
EN 1997-1) Geotechnical Design section 11 – Overall Stability. O projeto executivo não
poderá ser desenvolvido sem a observação desta norma.

6.2.2.4 Proteções Físicas

i. Devem ser previstos batentes de acordo com os estudos de tráfego para evitar colisão
de veículos com as máquinas de pátio, incluindo estruturas auxiliares de cable racks
vinculados aos equipamentos, sempre que houver vias de acesso e/ou área de
circulação de máquinas para serviços de limpeza e manutenção na região das bermas e
áreas de manutenção incluindo as plataformas para patolamento de guindastes.

ii. Deve ser considerada a vedação na transferência entre o transportador da lança e o


transportador do pátio (retomada), e entre o transportador do pátio e o transportador da
lança (empilhamento) para evitar o acúmulo de poeira do material, bem como sua
deflagração. Aplicabilidade: Risco ao Fogo, Classe I.

6.2.2.5 Componentes e Dispositivos

i. A Tabela 5 abaixo apresenta a infraestrutura necessária que deve ser prevista no projeto
do pátio:

Tabela 5 – Componentes e Dispositivos – Infraestrutura

Componente ou Aplicabilidade
Requisitos de Normas
Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido
Para acesso de
veículos e Conforme
Acessos Conforme projeto - - -
máquinas nas projeto
bermas e pátios
Bacia em
Nos extremos do concreto armado
Bacia de Conforme
pátio de com rampa para - - -
sedimentação projeto
estocagem acesso de
máquinas

No ponto mais
Bacia de
baixo do pátio e Volume de Conforme
separação de Conforme projeto I e II -
próximo da bacia óleo projeto
água/óleo
de sedimentação

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Componente ou Aplicabilidade
Requisitos de Normas
Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido

Próximo ao
caminho de AS
Batentes Concreto ou
rolamento, - - - 4324.1:2017
(defensas) metálico
componentes e item 3.5.11
cable rack

Na região do
Conforme
Bermas do pátio caminho de Conforme projeto - - -
projeto
rolamento
Próximo a
Risco ao Conforme
Cerca estruturas e Conforme projeto I -
Vandalismo projeto
acessos
No contorno do
Cortina contra Altura de acordo
pátio conforme Ventos I [PR] Fabricante
ventos com projeto.
projeto
Cristas de
Dispositivos de
taludes, bermas,
drenagem Concreto armado Eurocode
plataforma de
(canaletas, e caimento - - - 7:2004 item
patolamento e
galerias e conforme projeto 9.4.2
pontos baixos de
descidas d’água)
platôs
Ao longo do pátio,
Drenagem das na borda/saia das Conforme
Conforme projeto - - -
pilhas pilhas e sob as projeto
pilhas
Área destinada à
Plataforma de
patolamento de Conforme
patolamento de Conforme projeto - - [PR]
guindastes para projeto
guindaste
manutenção
Altura e método
Conforme
Pilha NA empilhamento - - -
projeto
conforme projeto
Próximo a
Risco ao Conforme
Portão estruturas e Portão de aço I -
vandalismo projeto
acesso
Sinalizar locais de
Placas de
risco e CEMA:2014
Sinalização advertência e - - -
classificação das cap. 14
sinalização
áreas
Eurocode
Taludes Conforme projeto Conforme projeto - - [PR] 7:2004 item
11.5.1

6.2.3 Fundações

Todos os requisitos relacionados ao projeto das fundações (investigações geológicas/


geotécnicas, incidência de sismos, fontes de vibração e abalos, terraplenagem, etc.) devem ser
seguidos no PNR-000083 - Estruturas - Fundações.

i. [PR] Deve ser elaborado o estudo geológico/geotécnico considerando os carregamentos


previstos na base da pilha utilizando a maior densidade indicada nos estudos de
caracterização do minério e considerando as combinações de cargas dos caminhos de

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rolamento para máquinas adjacentes seguindo os requisitos da norma Eurocode 7:2004
capítulo 11.

6.2.3.1 Componentes e Dispositivos

i. A Tabela 6 abaixo apresenta os componentes que devem ser previstos no projeto de


fundação das máquinas de pátio.

Tabela 6 – Componentes e Dispositivos – Fundações

Componente ou Aplicabilidade
Requisitos de Normas
Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido
Encaixe dos Massa em ACI 318:2019
Bases em
Base de dispositivos e operação e cap 4,
concreto com I [PR]
ancoragem pinos de Volume da Eurocode
olhais
ancoragem caçamba 7:2004
Para fixação dos
dispositivos de ACI 318:2019
Base em
Base de estaiamento. cap 4,
concreto com - - [PR]
estaiamento Nos extremos do Eurocode
olhais
caminho de 7:2004
rolamento
Base em Massa em ACI 318:2019
Apoio de I e II
Base de concreto operação cap 4,
macacos [PR]
macaqueamento conforme Volume da Eurocode
hidráulicos I
projeto caçamba 7:2004
ACI 318:2019
Viga contínua Capacidade e
cap 4,
Fundação Apoio dos trilhos em concreto Comprimento I e II [PR]
Eurocode
armado da lança
7:2004
Conforme
Solo NA NA - - -
projeto

6.2.4 Estruturas

Todos os requisitos gerais para projetos (incluindo proteções contra corrosão, pintura,
elementos de fixação, materiais etc.) de estruturas em aço e em concreto estão contemplados
no PNR-000047 - Integridade Estrutural - Geral, PNR-000048 - Integridade Estrutural -
Estruturas de Aço e PNR-000084 - Integridade Estrutural - Estruturas de Concreto. Os requisitos
abaixo são específicos e se aplicam exclusivamente a máquinas de pátio.

6.2.4.1 Projeto de Estruturas

i. [PR] O projeto e dimensionamento das estruturas deve seguir na íntegra a norma AS


4324.1:2017 e suas referências normativas, com exceção de itens explícitos neste
padrão.

ii. [PR] As normas referenciadas na norma AS 4324.1:2017 podem ser substituídas por
normas internacionais conforme descrito no PNR-000048 - Integridade Estrutural -
Estruturas de Aço.

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iii. [PR] Para o dimensionamento das estruturas devem ser consideradas as variações de
densidade do material manuseado indicadas nos estudos de caracterização do minério.
Os cálculos estruturais estáticos devem considerar a máxima densidade medida
considerando eventuais variações granulométricas. Cálculos de fadiga podem
considerar a densidade média. Em locais sujeitos a acúmulo significativo de finos, deve-
se considerar para cargas de incrustação, a densidade máxima do material considerando
apenas a porção de finos.

iv. [PR] Os pontos de macaqueamento e estaiamento devem ser verificados


estruturalmente tanto na máquina quanto no pátio, considerando-se as situações mais
críticas a que serão submetidos.

v. [PR] Devem ser avaliadas todas as possibilidades de colisão da máquina durante sua
operação e relocação. As possibilidades identificadas devem ser consideradas no
dimensionamento estrutural ou prevenidas por meio de intertravamentos.

vi. [PR] As ligações de componentes principais (como olhais de fixação da lança) devem
ser dimensionadas para absorver a energia devido à sobrecargas previstas, sem
danificar outras partes do equipamento.

6.2.4.2 Cargas e Combinações

i. [PR] O cálculo de cargas deve ser realizado de acordo com a norma AS 4324.1:2017, e
complementado a partir das observações da Tabela 7.

ii. [PR] Estruturas auxiliares devem ser dimensionadas considerando-se as mesmas


combinações de carregamentos aplicadas às estruturas principais.

iii. [PR] Os requisitos estruturais indicados na tabela B.1 do apêndice B da norma AS


4324.1:2017 estão incorporados na Tabela 7 e devem ser considerados para todos os
projetos de máquinas de pátio.

Tabela 7 – Observações e Complementos sobre os Carregamentos Adotados

Tipo de
Observações e Complementos
Carregamento
• Deve ser considerado no projeto a partir de representação adequada da geometria do
equipamento em modelo computacional, contemplando chapas e perfis estruturais,
incluindo todas as suas nervuras, mísulas, enrijecedores, pinos e olhais;
• Durante a fase de projeto ou quando há incertezas quanto ao peso próprio do
equipamento, deverá ser considerado um acréscimo de 10% no peso estrutural para
critérios de cálculo estrutural, de forma a contemplar componentes não modelados.
Peso próprio
Para fins de avaliação de estabilidade, tal acréscimo não deve ser considerado.
Quando o peso próprio estiver disponível em desenhos de fabricação, não há a
necessidade de majoração do peso total obtido.
• Equipamentos e componentes não estruturais devem ter seus pesos determinados
conforme suas respectivas folhas de dados e/ou manuais ou informações do
fabricante.
• A verificação deve considerar as inclinações em ambas as direções simultaneamente
conforme a norma DIN 22261-2:2016;
Inclinação • Caso o equipamento possua mais de um sistema de translação independente, como
trippers e trailers, a verificação deve considerar a possibilidade de inclinações
distintas em cada sistema conforme a norma DIN 22261-2:2016.

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Tipo de
Observações e Complementos
Carregamento
• Deve-se considerar material apenas em regiões que causem efeitos desfavoráveis à
estrutura e/ou estabilidade da máquina conforme a norma DIN 22261-2:2016;
• Em recuperadoras, a capacidade a ser considerada deve ser calculada conforme o
critério previsto no Anexo I da norma AS 4324.1/2017;
Cargas de
material • Não é permitido determinar a capacidade transportada com base na limitação de
transportadores a montante;
• Forças atuantes em mesas de impacto e em chapas defletoras devem ser
consideradas conforme norma DIN 22261-2:2016 ou por métodos racionais
alternativos como simulações de elementos discretos (DEM).
• Para empilhadeiras podem ser calculadas para efeitos permanentes, cargas
referentes às acelerações e desacelerações dos movimentos de giro, basculamento
e translação do equipamento, considerando-se as máximas potências e forças
Efeitos dinâmicos disponíveis nos sistemas de acionamento e frenagem em substituição aos valores
permanentes apresentados na tabela 3.3.9 da norma AS 4324.1:2017;
• Para empilhadeiras com chapas defletoras na descarga, deve ser avaliada a
possibilidade de ressonância estrutural com a máquina e necessidade de
consideração de efeitos dinâmicos para análise de fadiga.
• Devem ser considerados os efeitos devido à mudança de direção da correia em
tambores, mesas de impacto e trippers ou roletes quando posicionados de forma a
Forças devidas ao alterar a direção da correia;
transportador • Em mesas de impacto, além das forças longitudinais e verticais devido à mudança
de direção da correia, também deve ser considerada uma carga transversal mínima
de 2% da tensão atuante na correia, devido a descargas com componente lateral.
• Fatores mínimos e máximos devem ser considerados para cada tipo de superfície
de contato e cada situação de projeto, conforme a norma DIN 22261-2:2016;
• As cargas devem ser consideradas em avaliação de fadiga conforme ciclagem
Atrito de
prevista pelas movimentações de operação típica do equipamento, caso esta
translação
ciclagem exceda 20.000 ciclos;
• Os pinos e rótulas para os quais as cargas de atrito se aplicam devem ser definidos,
após a configuração da máquina.
• Velocidade máxima de 20 m/s (72 km/h) para operação da máquina. Para
velocidades de ventos acima da máxima, a máquina deve ser posicionada nos
pontos de ancoragem e desligada a alimentação elétrica;
Vento de
• Velocidade máxima de 25 m/s (90 km/h) para relocação da máquina em vazio;
operação /
relocação • Possibilidade de excitação dinâmica de componentes;
• Coeficiente de arrasto conforme norma DIN 22261-2:2016, ISO 5049-1:1994, FEM
II:1997 ou outras indicadas no PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de
Aço.
• Para máquinas não dotadas de sistema de giro, as condições de força de corte
Força de corte
lateral anormal devem seguir a metodologia apresentada na seção 3.4.5.2 da norma
lateral anormal
AS 4324.1:2017.
• Para todos os tipos de equipamentos, deve-se considerar o maior valor entre as
Efeitos dinâmicos cargas inerciais ocasionadas por frenagens de emergência de cada sistema do
não permanentes equipamento e o valor apresentado na tabela 3.3.9 da norma AS 4324.1:2017, na
direção correspondente.
• Regiões sujeitas a carregamentos temporários como acúmulo de material, pessoal
de manutenção e equipamentos devem ser consideradas no dimensionamento
global da máquina, nas combinações de carregamento correspondentes a cada
situação, de acordo com análise de utilização e possibilidade de acúmulo de
Passadiços,
material. Para as demais regiões, devem ser previstas as seguintes cargas para
escadas e
verificação das estruturas de acesso e localmente das estruturas de suporte na
plataformas
máquina conforme a norma DIN 22261-2:2016:
• 3 kN de carga vertical pontual, na região mais adversa;
• 1 kN/m² de carga distribuída;
• 0,5 kN de carga horizontal no topo do guarda corpo.
Montagem, • Todas as operações de manutenção que envolvam alteração na condição de apoio
pesagem, e/ou equilíbrio da estrutura devem ser detalhadas e analisadas passo a passo

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Tipo de
Observações e Complementos
Carregamento
desmontagem e estruturalmente e quanto à estabilidade. As demais cargas a serem consideradas
manutenção nas combinações de carregamento em cada uma destas situações devem ser
definidas pelo fornecedor, conforme o procedimento em avaliação;
• Caso sejam adotados mais de um macaco por ponto de apoio, o dimensionamento
estrutural deve considerar a perda de suporte de um dos macacos;
• Caso seja adotado um macaco único por ponto de apoio, o dimensionamento da
região deve considerar uma carga 30% superior à prevista no apoio conforma a
norma DIN 22261-2:2016;
• Distribuições de cargas em içamentos devem seguir as prescrições do PNR-000047
- Integridade Estrutural - Geral.
• Deve ser apresentado pelo fornecedor um estudo dos movimentos da máquina
Apoio da roda de indicando todos os possíveis pontos de apoio da lança e contralança na pilha,
caçamba ou lança conforme dimensões da pilha e do pátio. Todos os pontos identificados devem ser
considerados no dimensionamento estrutural da máquina.
• Para máquinas sem sistema de giro, a colisão deve ser considerada conforme
metodologia análoga à de máquinas com sistema de giro, considerando-se os
limites máximos de velocidade do sistema de translação, tanto em vazio quanto em
operação;
Colisão lateral da
• Caso haja a possibilidade de colisão da contralança ou de outra parte da lança que
lança
não seja sua extremidade com a pilha ou outro obstáculo, tal situação deve ser
verificada e considerada no projeto. A velocidade de translação a ser considerada
no impacto pode ser limitada em máquinas com giro, por meio de intertravamento
entre os sistemas de giro e translação.
Colisão frontal da
• Caso haja a possibilidade de colisão da contralança, tal situação deve ser
lança
considerada no projeto;
(Aplicabilidade:
• A velocidade de translação a ser considerada no impacto pode ser limitada por meio
Sistema de giro I,
de intertravamento entre os sistemas de giro e translação.
II)
Vento fora de • O perfil de velocidades a ser considerado para o vento deve ser determinado
operação conforme condições geográficas, por norma local.
• Cargas devidas a sismos devem ser determinadas conforme referências indicadas
Terremotos
no PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de Aço.
• Nos casos em que não houver estudo atestando a estabilidade das pilhas formadas
para o material manuseado em todas as condições, a recuperadora deve ser
Soterramento dimensionada para a situação de soterramento. Deve ser considerada a aplicação
(Aplicabilidade: da carga na base da roda de caçambas no nível do pátio. A carga aplicada deve ser
Tipo RP, Classe I) referente ao volume de material sobre a estrutura da roda, incluindo caçambas,
passadiços, chutes e acionamentos, considerando a maior densidade do material e
seu ângulo de repouso.
• Deve ser considerada, no mínimo, a possibilidade de falha dos pinos de suporte das
Força de atrito vigas equalizadoras, dos balancins do sistema de translação e de articulação da
anormal lança. Não é necessário verificar a possibilidade de falha de mais de um pino
simultaneamente.
• Devem ser consideradas cargas relacionadas à avalanche de material causada pelo
desbloqueio do chute em caso de entupimento. Deve-se considerar o volume de
material do chute entupido distribuído ao longo do transportador da lança, em
Cargas extras capacidade de pico (sem borda livre). Caso o volume de material no chute seja
superior ao volume total permitido na correia da lança, o volume remanescente deve
ser considerado no interior do chute ou não considerado, de acordo com a situação
mais desfavorável.
Fonte: Norma AS 4324.1:2017, Apêndice B, Tabela B.1, adaptada.

iv. [PR] Devem ser adotadas as combinações de carregamento conforme norma AS


4324.1:2017, tabela 3.7 (A) e (B) exceto para a combinação III/6 que deve ser substituída
pelas combinações apresentadas na Tabela 8.

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Tabela 8 – Combinações a Serem Adotadas em Substituição à Combinação III/6

Combinação
Carregamento
III/6.a III/6.b
Peso próprio, incrustação, forças de corte normais, tensão de correia, efeitos
dinâmicos permanentes, inclinação normal do terreno, atritos, carga de vento em
operação, carga de neve, gelo e granizo, cargas de temperatura, reações X X
perpendiculares ao trilho, efeitos dinâmicos não permanentes, passadiços,
escadas e plataformas.
Entupimento de chute. - X
Falha no dispositivo de emergência. X -

v. [PR] As combinações referentes a montagem e manutenção devem ser divididas em


subcasos correspondentes a cada procedimento relevante e diferentes configurações de
posicionamento que devem ser consideradas para cada combinação de carregamento,
de forma a avaliar-se a situação mais desfavorável para cada caso.

vi. [PR] Deve ser adotado coeficiente de estabilidade mínimo de 1,2 para a combinação de
cargas III/10 (atuação de vento de tormenta) requerida na tabela 3.7 (B) da norma AS
4324.1:2017.

vii. [PR] Devem ser consideradas no projeto a integridade estrutural e estabilidade da


máquina em caso de falha de um cilindro hidráulico ou ruptura de um cabo de
basculamento tanto em condições operacionais quanto fora de serviço. Devem ser
avaliadas as combinações de carregamento de maior criticidade para o equipamento.
Para máquinas dimensionadas considerando-se carregamento ASD, fatores de
segurança e estabilidade mínimos de 1,1 devem ser adotados para verificação desta
situação. Para máquinas dimensionadas considerando-se carregamento LRFD, fatores
de majoração de cargas de 1,1 devem ser adotados para cargas principais e adicionais.
Para cargas especiais, os fatores indicados na tabela 3.7 (B) da norma AS 4324.1:2017
devem ser mantidos.

6.2.4.3 Análise Estática

i. [PR] A verificação estrutural estática dos componentes deve seguir os requisitos do


PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de Aço e considerar os fatores de
segurança especificados na norma AS 4324.1:2017, seção 5.4.3.3.

6.2.4.4 Análise de Estabilidade

O APÊNDICE V – Figuras Ilustrativas deste PNR apresenta figuras ilustrativas dos polígonos
de estabilidade a serem considerados. [Aplicável à EPB, EPF, EPG, EPE, RPC e ER]

i. [PR] Deve ser adotada a norma AS 4324.1:2017 para realização da análise de


estabilidade no sistema de translação e no sistema de giro Classe I. [Aplicável à EPB,
EPF, EPG, EPE, RPC e ER]

ii. [PR] Em máquinas compostas por rolamento de giro, a estabilidade no sistema de giro
deve ser garantida através da verificação do rolamento conforme os critérios exigidos
pelo fabricante. Aplicabilidade: Sistema de giro, Classe II. [Aplicável à EPG, RPC e ER]

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iii. [PR] Em máquinas compostas por truques de giro, o polígono de estabilidade do sistema
de giro deve ser delimitado por: Aplicabilidade: Sistema de giro, Classe I. [Aplicável à
EPG, RPC e ER]

a. Sistemas com truques de duas rodas: pelos pontos de articulação dos truques;
b. Sistemas com truques e balancins: pelos pontos de articulação dos balancins.
iv. [PR] Devem ser considerados os seguintes critérios para análise de estabilidade do
sistema de translação: [Aplicável à EPB, EPF, EPG, EPE, RPC e ER]

a. O polígono de estabilidade deve ser delimitado pelos pontos de conexão do portal


com os balancins de translação;
b. Os balancins de translação somente contribuirão na composição da massa
estabilizante da parte inferior da máquina caso suas articulações sejam capazes
de transmitir cargas de tração correspondentes ao peso próprio de todas as
massas conectadas a eles.
v. [PR] O fornecedor deve definir na documentação da máquina a metodologia e o ponto
ótimo de balanceamento e incluir estas informações no procedimento para
balanceamento da máquina. [Aplicável à EPB, EPF, EPG, EPE, RPC e ER]

6.2.4.5 Análise de Flambagem

i. [PR] Deve ser verificadas a flambagem de chapas planas ou cilíndricas de forma analítica
ou de forma numérica por meio de uma análise de elementos finitos. Para verificação
analítica, deve ser aplicada a metodologia presente nas normas EN 1993-1-5:2019, EN
1993-1-6:2017 e EN 1993-1-7:2007. Para verificação numérica, devem-se utilizar os
requisitos do PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de Aço..

ii. [PR] A verificação de flambagem de perfis estruturais deve seguir as premissas do PNR-
000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de Aço.

iii. [PR] Para máquinas dimensionadas com combinações de carregamento ASD, cujo
dimensionamento estrutural seja realizado por método LRFD, um fator de majoração de
1,5 deve ser utilizado para todas as combinações de carregamento.

6.2.4.6 Análise de Estado Limite de Serviço

i. [PR] Deve ser adotada a norma ISO 2631:1997 para os limites de vibração para conforto
humano.

ii. [PR] Os limites de vibração para segurança estrutural devem ser adotados de acordo
com o PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de Aço.

iii. [PR] Os deslocamentos máximos admissíveis nos componentes estruturais devem


atender aos requisitos indicados na Tabela 9. Devem ser indicados na documentação do
projeto regiões específicas em que limites admissíveis mais restritivos do que definidos
neste documento sejam requeridos.

Tabela 9 – Deslocamentos Máximos em Máquinas de Pátio

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Deslocamento
Tipo Descrição
Máximo

Torção da lança em condições normais de operação 3°


Angular
Torção da lança sob atuação de carregamentos especiais ou falha de um

tirante/cabo de aço
Deflexão vertical da lança, mastro e portal em condições normais de
operação Vão/300
Linear
Deflexão lateral da lança, mastro e portal em condições normais de Nota 1
operação
Nota 1 – Representa o vão geométrico entre apoios para região bi-apoiada. Para condições de balanço deve ser
adotado 2 vezes o vão do balanço.

6.2.4.7 Análise de Fadiga

i. [PR] As análises de fadiga devem ser executadas conforme PNR-000048 - Integridade


Estrutural - Estruturas de Aço, considerando:

a. Número de ciclos definido considerando o método de empilhamento e/ou


recuperação, geometrias das pilhas e pátios, disponibilidade do equipamento e
vida útil prevista;
b. Capacidade nominal para empilhadeiras;
c. Capacidade de recuperação ao longo do movimento de corte para recuperadoras
obtida a partir de uma análise de tempos e movimentos;
d. Variações de cargas conforme norma AS 4324.1:2017, seção 3.6.
ii. [PR] Na verificação de fadiga de juntas soldadas, não é permitida a redução da parte
compressiva do range de tensões mesmo em componentes submetidos ao alívio de
tensões residuais.

iii. [PR] A análise do rolamento de giro deve considerar, para cálculos de vida útil em fadiga,
a distribuição de cargas no rolamento levando em conta a rigidez estrutural do portal.

6.2.4.8 Análise de Ligações

i. [PR] Não devem ser utilizados parafusos da classe 12.9 em ligações sujeitas a cargas
de impacto. Nestas ligações devem ser utilizados parafusos de classes 8.8 e 10.9 ou
equivalentes à norma ASTM F3125-F3125M:2019.

ii. [PR] A protensão a ser utilizada nos cálculos de ligações parafusadas deve corresponder
a 70% da carga de prova do parafuso. Valores superiores não podem ser considerados.

iii. [PR] O uso de rebites deve ser previamente autorizado pela Vale, sendo admitido apenas
para casos específicos onde não é possível o uso de parafusos. Deve-se seguir a norma
EN 1090-2:2018 item 5.6.10, DIN 22261-2:2016 item 5.4.2 e DIN 22261-3:2015 item
5.6.7 e 8.7.

iv. [PR] A verificação das ligações deve seguir as diretrizes da AS 4324.1:2017, utilizando-
se a metodologia de norma AS 3990:2016, AS 4100:1998 ou outras, desde que
permitidas para análise conforme PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de
Aço, considerando:

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a. Aplicação de um fator de majoração uniforme sobre as cargas atuantes igual ao
fator de segurança da combinação em estudo, caso a determinação dos esforços
atuantes seja feita a partir de combinações ASD e a verificação da ligação seja
feita conforme norma que adota o método LRFD;
b. Utilização de coeficientes de atrito para ligações conforme norma AS 4324.1:2017,
tabela 5.4.2.7 (B). Não deve ser adotado coeficiente de atrito superior a 0,35 para
as ligações, exceto quando indicado de outra forma nesta norma.

6.2.4.9 Proteção Contra Vibrações Excessivas

i. [PR] As bases de acionamento apoiadas em chassis sobre as estruturas metálicas


devem apresentar frequências naturais distintas das rotações dos motores e redutores
seguindo a norma ISO 20816:2016.

ii. [PR] Devem ser indicados na documentação da máquina os limites admissíveis de


vibração e deflexão.

6.2.4.10 Estruturas de Suporte para Operação e Manutenção

i. [PR] Deve ser contemplado no projeto a retirada dos componentes sujeitos a desgaste
sem a desmontagem de qualquer componente estrutural.

ii. [PR] A remoção temporária de algum elemento estrutural só poderá ser realizada após
a comprovação técnica da engenharia de manutenção e a execução das medidas
necessárias que garantam a integridade estrutural das máquinas de pátio.

iii. [PR] O projeto deve prever em seu arranjo a possibilidade de troca de componentes e
equipamentos nas plataformas da máquina. O procedimento previsto para a manutenção
deve ser baseado em uma análise estrutural considerando a retirada temporária de
componentes, de forma a impedir acidentes devidos a danos estruturais eventualmente
decorrentes das operações de substituição.

6.2.4.11 Componentes e Dispositivos

i. A Tabela 10 apresenta os componentes que devem ser previstos no projeto de máquinas


de pátio.

Tabela 10 – Componentes e Dispositivos – Estruturas

Componente ou Aplicabilidade
Requisitos Normas
Dispositivo Características [PR]
de Aplicação Relacionadas
Requerido Parâmetro Classe
Nas juntas
Articulações Conforme AS
articuladas da - - [PR]
estruturais (rótulas) projeto 4324.1:2017
estrutura
Estruturas (lança, AS
contralança, Estruturas da Conforme 4324.1:2017 e
- - [PR]
mastro, tirante, máquina projeto DIN 22261-
etc.) 2:2016

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Componente ou Aplicabilidade
Requisitos Normas
Dispositivo Características [PR]
de Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido
AS
Passadiços,
4324.1:2017,
plataformas, Conforme
NA - - [PR] DIN 22261-
escadas e projeto
2:2016 e ISO
corrimãos
14122-1:2016
Acesso pelas
Porta de inspeção plataformas e Dimensões
[Aplicável à
de acesso a para inspeção mínimas 600 - [PR] Fabricante
RPP e RPT]
estrutura dentro da viga mm x 600 mm
caixão

6.2.5 Caminho de Rolamento

i. [PR] Devem ser previstas fundações em viga contínua em concreto armado para o
caminho de rolamento das máquinas, seguindo os critérios e definições do PNR-000083
- Estruturas - Fundações. Aplicabilidade: Capacidade, Classe I e II ou Comprimento da
lança, Classe I e II.

ii. [PR] Deve ser considerada a tolerância dimensional para os trilhos conforme limites
estabelecidos na norma FEM II:1997, capítulo 6 e tolerância de variação da bitola dos
trilhos conforme norma DIN 22261-2:2016, item 5.3.2.

iii. [PR] Deve ser considerada uma avaliação e verificação da seleção do tipo de fixação
dos trilhos e o espaçamento dos apoios no caminho de rolamento considerando os dados
de carga por roda e os dados dimensionais dos truques de translação.

iv. [PR] Deve ser considerado no projeto a seleção dos batentes/para-choques levando em
conta a massa em movimento, as inércias do acionamento do movimento, a velocidade
estimada de impacto e localização deste componente conforme indicado na norma AS
4324.1:2017 item 3.5.11.

6.2.5.1 Componentes e Dispositivos

i. A Tabela 11 apresenta os componentes que devem ser previstos no projeto de máquinas


de pátio.

Tabela 11 – Componentes e Dispositivos – Caminho de Rolamento

Componente ou Aplicabilidade
Requisitos de Normas
Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido
Elementos
Sobre a metálicos e
Acessórios de
fundação do placas de AREMA:2020 -
fixação dos - - [PR]
caminho de neoprene MRE cap. 5
trilhos
rolamento conforme
projeto
Extremos do AS
Batente metálico caminho de Metálicos - - - 4324.1:2017
rolamento item 3.5.11

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Componente ou Aplicabilidade
Requisitos de Normas
Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido
Capacidade
Em concreto e AS
Para apoio dos
Dormentes protendido ou Comprimento III [PR] 1085.14:2003
trilhos
metálico da lança (RP Parte 14
/ ER / EP)
Capacidade
Brita com
e
Para apoio dos granulometria
Lastro de brita Comprimento III [PR] -
dormente conforme
da lança (RP
projeto
/ ER / EP)
Com
amortecimento AS 4324.1:2017
Para-choques Nos batentes
hidráulico para - - - item 3.5.11, ISO
hidráulico metálicos
impactos e 13856-3:2013
choques
FEM II:1997
No caminho de Conforme cap 6,
Trilhos - - [PR]
rolamento projeto AREMA:2020
– MRE cap 4

6.2.6 Cabine de Operação

i. [PR] Deve ser adotada a norma ISO 8566:2010 para o projeto da cabine.

ii. A cabine deve ser equipada com sistema de comunicação sincronizado com o sistema
de controle da unidade.

iii. [PR] Deve ser elaborado projeto de fixação e estrutural da cabine seguindo os requisitos
da norma ISO 5982:2019 para os limites de exposição do operador à vibração. O projeto
deve considerar o uso de amortecedores para controle de vibração e gancho de
segurança.

iv. [PR] A cabine deve ser instalada em local que permita a ampla visualização da descarga
ou recuperação do minério conforme as boas práticas indicadas na ILO – Safety and
Health in Ports:2005, item 4.1.8. Em caso de impedimentos devem ser previstas câmeras
para complementar a visualização da operação.

v. [PR] Deve ser previsto atuação gradual do dispositivo de posicionamento para


compensação da inclinação da estrutura na qual a cabine está instalada. O mecanismo
deve ser acionado com atuação de fuso. [Aplicável à EPB, EPG, RPC e ER]

6.2.6.1 Componentes e Dispositivos

i. A Tabela 12 abaixo apresenta os componentes que devem ser previstos no projeto das
máquinas de pátio:

Tabela 12 – Componentes e Dispositivos – Cabine de Operação

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Componente Aplicabilidade
Requisitos de Normas
ou Dispositivo Características [PR]
Aplicação Relacionadas
Requerido Parâmetro Classe
Amortecedor
Nos suportes da
Amortecedor hidráulico ou coxim - - [PR] Fabricante
cabine
visco elástico
Cadeira
Escamoteável e PEMA
ergonômica NA - - [PR]
ergonômica IP14:2019
escamoteável
Fixados na cabine [Aplicável à
Gancho de AS 4324.1:2017
e apoiados na Dispositivo metálico EPB, EPG, - -
segurança item 5.7.3
estrutura RPC e ER]
ISO 8566-
Isolamento
Nas paredes 1:2010 item 5.7
térmico e Conforme projeto - - [PR]
externas e 5.8, normas
acústico
locais
No para-brisa
Limpador de Limpador automático ISO 8566:2010
frontal com visão - - -
para-brisa em borracha item 5.2
para operação
Dispositivo para
Mecanismo de Apoiada na [Aplicável à
manter travamento e
ajuste e posição estrutura e na EPB, EPG, - [PR] Fabricante
verticalidade da
da cabine cabine RPC e ER]
cabine (com freio)
Na porta, janelas
Vedação contra
e passagens de
poeira e ISO 8566:2010
cabos nas Conforme projeto - - -
entrada de item 5
paredes externas
água
da cabine

Vidros da Vidro incolor


Nas janelas da ISO 8566:2010
cabine de temperado, - - [PR]
cabine item 5.2
operação espessura 6 mm

6.2.7 Chutes

i. [PR] Deve ser elaborado estudo de modelagem por elementos discretos (DEM) para os
chutes de transferência da máquina e os seguintes aspectos devem ser estabelecidos
para o projeto. Aplicabilidade: Capacidade, Classe I ou II.

a. Requisitos para definição da geometria em função das características do material


manuseado;
b. Definição de uso de canhões de ar ou vibradores para evitar a incrustação de
materiais a partir dos pontos diagnosticados como críticos para o escoamento do
minério;
c. Especificação dos revestimentos a partir das características do material e do
escoamento na qual determinará seu nível de desgaste e especificação que
favoreça o fluxo de material;
d. Locação das chaves de nível garantindo a sua integridade e desempenho.
ii. Devem ser previstas guias de material no chute de transferência da máquina para o
transportador de correia do pátio para RP/ER e no chute do transportador do pátio para
o transportador da lança para EP. Estas guias devem ser providas de borracha ou

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polímero específico para guias na parte inferior conforme requerimentos da CEMA:2014,
capítulo 12.

iii. [PR] O volume dos chutes deve ser no mínimo o volume descarregado durante a parada
do transportador de alimentação, considerando a capacidade de projeto.

iv. [PR] Na fase de engenharia detalhada deve ser elaborada uma análise para locação das
chaves de nível. Esta análise deve ser elaborada considerando os dados de
caracterização do tipo de material a ser transportado.

v. [PR] Em caso de operação com previsão de setup operacional, deve ser previsto
dispositivo de controle do fluxo como chapa defletora com ajuste no chute de
transferência do transportador da lança para o transportador do pátio para RP e do
transportador do pátio para o transportador da lança para EP. Estas chapas defletoras
devem ser aplicadas para transportadores com possibilidade de variação de velocidade
e transporte de diferentes tipos de materiais. Aplicabilidade: Capacidade, Classe I e
Variedade de materiais, Classe I e II.

vi. [PR] O dimensionamento dos chutes deve considerar as condições críticas de


densidade, cargas de impacto, vibração e chute entupido com a máquina em operação
segundo a norma DIN 22261-2:2016 item 3.2.5.

6.2.7.1 Componentes e Dispositivos

i. A Tabela 13 apresenta os componentes que devem ser previstos no projeto de máquinas


de pátio.

Tabela 13 – Componentes e Dispositivos – Chutes

Componente ou Aplicabilidade
Requisitos de Normas
Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
requerido
Nas paredes de
chutes em Conforme Risco ao ISO 16528-
Canhão de ar I [PR]
locação definida fabricante fogo 1:2007
a partir do DEM
Regulagem
Capacidade I [PR]
Dentro dos manual
CEMA:2014
Chapa defletora chutes de Variedade
Regulagem cap. 12
descarga de I e II [PR]
automática
materiais
Chutes e CEMA:2014
Conforme projeto Conforme projeto - - -
suportes cap 12
Nos pontos de
Cortina flexível de Risco ao CEMA:2014
Enclausuramento fuga de I [PR]
borracha fogo cap 12
particulado
Na parte inferior Com vedação CEMA:2014
Guias laterais - - -
dos chutes ajustável cap 12
Nas paredes de
Dimensões
Porta de chutes com CEMA:2014
mínimas 600 mm - - -
inspeção acesso pelas cap 12
x 600 mm
plataformas

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Componente ou Aplicabilidade
Requisitos de Normas
Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
requerido
Durabilidade
Nas paredes dos compatível com o CEMA:2014
Revestimento - - -
chutes material cap. 12
manuseado
Nas paredes dos
chutes para
Suportes para
permitir encaixe Conforme projeto Capacidade I e II [PR] Boas práticas
andaimes
e suporte de
andaimes
Eletromagnéticos,
Nas paredes dos Risco ao
Vibradores locação definida II e III [PR] Fabricante
chutes fogo
a partir do DEM

6.2.8 Transportador de Correia

i. Para requisitos referentes aos transportadores de correia, deve ser seguido o PNR-
000037 - Sistemas de Manuseio - Transportadores de Correia.

ii. Devem ser utilizadas células de carga nos suportes do tambor de esticamento no
transportador de correia da lança.

6.2.8.1 Componentes e Dispositivos

i. A Tabela 14 apresenta os componentes que devem ser previstos no projeto de máquinas


de pátio.

Tabela 14 – Componentes e Dispositivos – Transportadores de Correia

Componente ou Aplicabilidade
Requisitos de Normas
Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
requerido
ASME
Descarga B30.7:2016,
Guincho da lança Fixado na
Conforme projeto [Aplicável à I - FEM II:1997 cap
telescópica estrutura
EPE] 3-7, AS
4324.1:2017
Nota – O guincho da lança telescópica se aplica para a empilhadeira escrava existente.

6.2.9 Sistemas de Translação

6.2.9.1 Projeto e Especificação

i. O sistema de acionamento e frenagem da translação deve ser intertravado e


sincronizado com o sistema de controle da máquina.

ii. Os acionamentos do sistema de translação devem ser dimensionados considerando a


condição normal de operação com 1/3 dos conjuntos fora de operação.

iii. Devem ser verificados na fase de engenharia a simulação das condições de falha
conforme citado no item ii de conjuntos de acionamento e frenagem em ambos os trilhos
de forma a evitar a torção da estrutura da máquina.

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iv. Devem ser previstos controles físicos ou lógicos que impeçam a operação do sistema de
translação no caso de indisponibilidade dos seguintes sistemas:

a. Mais de 1/3 dos freios;


b. 1/3 do total de acionamentos em um mesmo lado do caminho de rolamento;
c. Anemômetro;
d. Chaves de fim de curso e sobrecurso;
e. Grampo de ancoragem (garra trilho);
f. Um ou mais conjuntos de acionamento exceto em caso de stand by ou situações
previstas em projeto.
v. [PR] Devem ser considerados os requisitos indicados na norma FEM II:1997, capítulo 4,
item 4-2.4 para definição do diâmetro e dimensões das rodas de translação, bem como
requisitos de fabricação incluindo as etapas de seleção de materiais, usinagem e
tratamento térmico.

vi. [PR] Não é permitido o uso de colunas com rodas não equalizadas.

vii. Deve ser considerado o uso de inversores para alimentação elétrica dos motores de
translação, exceto para acionamentos com uso de motor hidráulico.

viii. Para a determinação de cargas estruturais devido às acelerações e desacelerações de


translação, as curvas de partida e frenagem dos inversores devem ser consideradas.

ix. Para máquinas que utilizam motores hidráulicos para translação devem ser definidas as
rampas de partida e parada na lógica de controle das bombas e instrumentos do sistema
hidráulico.

6.2.9.2 Verificação de Deslizamento

i. [PR] Deve ser considerado uma eventual contaminação por óleo ou graxa nos trilhos de
translação, bem como a verificação para superfície limpa tomando-se como base os
coeficientes de atrito da norma DIN 22261-2:2016, apresentados na Tabela 15.

Tabela 15 – Coeficientes de Atrito para Dimensionamento Estrutural

Tipo de Atrito

Par de Superfícies Secas Superfícies Lubrificadas


Materiais Atrito estático Atrito cinético Atrito estático Atrito cinético Falha de Rolamento
máx mín máx mín máx mín máx mín
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Aço - Aço1 0,33 0,112 0,15 0,093 0,14 0,09 0,05 0,01 0,80
Aço - bronze 0,25 0,17 0,20 0,15 0,14 0,09 0,05 0,01 0,50
Nota 1 – Quando empregar diferentes pares de materiais os coeficientes de atrito devem ser validados pelo revisor
independente.
Nota 2 – Estes valores não se aplicam a superfícies de contato de ligações parafusadas por atrito conforme norma
EN 1993-1-8:2005.
Nota 3 – Quando se empregam trava-trilho, estes valores podem ser aumentados de acordo com o revisor
independente.

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ii. Devem ser adotados coeficientes de atrito para resistência de atrito para rolamento de
rolos conforme a norma DIN-22261-2:2016 indicados na Tabela 16.

Tabela 16 – Coeficientes de Atrito para Resistência de Rolamento de Rolos

Superfícies Lubrificadas
Rolamento Danificado
máx mín
0,01 0,005 0,12

iii. A Tabela 17 representa as forças de atrito normal e anormal para o dimensionamento da


resistência ao deslizamento e ao rolamento conforme a norma DIN 22261-2:2016.

Tabela 17 – Coeficientes de Atrito para Resistência ao Deslizamento e ao Rolamento

Tabela 15 Tabela 16
Superfícies Secas Superfícies Lubrificadas
Falha Superfícies Falha
Atrito Atrito Atrito Atrito
Aplicações de Lubrificadas de
Estático Cinético Estático Cinético
Rol. Rol.
máx. min. máx. min. máx. min. máx. min. máx. min.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3
Suporte de cabos
estáticos,
manilhas, R - - - - - - - RR - - -
terminais de
cabos, rótulas
Suporte de cabos
móveis,
- - - - R - - - RR R - RR
rolamentos de
giro
Resistência ao
rolamento de RR - - - - - - - - - - RR
rodas em trilho
Atrito para
dimensionamento
- - - R - - - R - - - -
de sistema
frenagem
R – Força de atrito normal;

RR – Força de atrito anormal.

iv. A Tabela 18 representa os envelopes de velocidades de vento a serem adotadas para


diferentes condições.

Tabela 18 – Envelope de Velocidades de Vento

Velocidade do Vento
Condição Permitida Velocidade de Translação
Nota 1
Macaqueamento Equipamento parado
0 – 5,5 m/s
Pesagem Equipamento parado
0 – 10 m/s Reparo Equipamento parado
0 – Vop.
0 – 20 m/s Operação (máquina carregada)
Nota 3
Relocação (máquina vazia) 0 – Vrel.
0 – 25 m/s
Nota 4
25 m/s – Vt Máquina vazia; lança abaixada, apoiada e
Equipamento parado
Nota 2 travada; Sistemas de freio de translação e

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Velocidade do Vento
Condição Permitida Velocidade de Translação
Nota 1
trava trilhos acionados; Freio e trava de giro
acionados;
> Vt Fora do envelope de projeto
Nota 1 – Velocidade aferida a uma altura de 10m do solo.

Nota 2 – Velocidade de tormenta, velocidade máxima de vento fora de operação, determinada


por norma local, conforme localização do ativo, com período de retorno mínimo de 50 anos.

Nota 3 – Velocidade máxima de operação do equipamento, conforme definido em projeto.

Nota 4 – Velocidade máxima de relocação do equipamento, conforme definido em projeto.

6.2.9.3 Componentes e Dispositivos

i. A Tabela 19 apresenta os componentes que devem ser previstos no projeto de máquinas


de pátio.

Tabela 19 – Componentes e Dispositivos - Sistema de Translação

Componente Aplicabilidade
ou Requisitos de Normas
Características [PR]
Dispositivo Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido
Conexões de
Articulações
elementos Conforme projeto - - [PR] -
mecânicas
mecânicos
Conexão das Pinos na articulação. AS 4324.1:2017
Balancim estruturas dos Estrutura não deve ser - - [PR] item 3.7, AS
truques rígida 4100:1998
Cabos de aço ou
Fixados na
Dispositivos de correntes de elo para Inclinação CR AS 3569:2010, EN
estrutura do portal
ancoragem remoção manual e e Massa em I e II - 818-1:2008, FEM
e truques através
(manual) gancho de auto operação II:1997 cap 3
de olhais
fechamento
Acionamento hidráulico
dimensionados sem
Grampo de Massa em
considerar o freio FEM II:1997 cap
ancoragem Nos truques Operação e I e II [PR]
atuado, com unidade 3-7 item 2-2.3.6
(garra trilho) Inclinação CR
hidráulica e abertura
manual
Acoplados aos
Freio de Nas rodas FEM II:1997 cap
motorredutores do - - -
serviço acionadas 3-7
acionamento
Extremos das AS 4324.1:2017,
Raspador em polímero
Limpa-trilhos estruturas móveis - - - AREMA:2020 –
e com regulagem
- Truques MRE cap 4
Para
Motorredutor acionamentos de Conforme projeto - - [PR] Fabricante
translação
Olhais e
Olhais ou ganchos Inclinação CR
pontos de Instalados na AS 4324.1 item
metálicos soldados à e Massa em I e II -
estaiamento e estrutura 6.3
estrutura da máquina operação
ancoragem

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Componente Aplicabilidade
ou Requisitos de Normas
Características [PR]
Dispositivo Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido
Capacidade e
Comprimento
Pino de Na região dos
da lança (RP /
ancoragem e truques e bases Pinos para travamento
ER) AS 4324.1:2017,
travamento metálicas no manual e encaixe em I [PR]
[Aplicável à FEM II:1997 cap 3
(anti-furacão caminho de bases metálicas
EPB, EPF,
manual) rolamento
EPG, RPC e
ER]
Na região dos
Pivô do
truques de Conforme projeto - - [PR] DIN 743-1:2012
balancim
translação
Nos truques de Roda de aço forjado,
Rodas - - [PR] FEM II:1997 cap 4
translação conforme projeto
Na horizontal e Tipo de RP
Roda de aço forjado,
Roda guia nos truques de [Aplicável à II e III [PR] FEM II:1997 cap 4
conforme projeto
translação RPP, RPT]
AS 4324.1:2017
No sistema de Soldados com pinos de
Truques - - [PR] item 3.4.6.3, FEM
translação articulação
II:1997 cap 4

6.2.10 Sistema de Giro

i. [PR] Devem ser considerados para o dimensionamento do sistema de giro diferentes


combinações de carregamento seguindo o disposto na norma FEM II:1997 tabela T.2
item 5.1.2, conforme abaixo. Aplicabilidade: Sistema de giro, Classe I e II. [Aplicável a
EPG, RPC e ER]

a. Vento atuando na lança e contralança;


y. TR da lança carregado e vazio;
z. Lança em diferentes posições de inclinação;
aa. Outros cenários de combinação de cargas.
ii. Devem ser previstos controles físicos ou lógicos que impeçam a operação do sistema de
giro no caso de indisponibilidade dos seguintes sistemas. Aplicabilidade: Sistema de giro,
Classe I e II. [Aplicável a EPG, RPC e ER]

a. Falha em um dos freios ou sistemas de acionamento;


b. Falha em chaves de fim de curso, sobrecurso e anemômetro.
iii. [PR] Devem ser previstos ganchos de segurança (sistema antitombamento) no sistema
de giro para sistemas com uso de rolamento com pista aberta ou truques, dimensionados
conforme norma AS 4324.1:2017, item 5.8. As cargas para dimensionamento dos
ganchos devem considerar as condições críticas de desbalanceamento da máquina. A
geometria dos ganchos deve ser definida de forma a evitar a concentração de tensões
em regiões submetidas a esforços. Aplicabilidade: Sistema de giro, Classe I e II.
[Aplicável a EPG, RPC e ER]

iv. [PR] Nos casos em que o rolamento de giro suporta as forças de separação, não é
necessária a utilização de gancho de segurança. [Aplicável a EPG, RPC e ER]
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v. [PR] Devem ser considerados os requisitos indicados na norma FEM II:1997, capítulo 4
item 4-2.4 para definição do diâmetro e dimensões das rodas de giro (sistemas com
truques), bem como requisitos de fabricação incluindo as etapas de seleção de materiais,
usinagem e tratamento térmico. Aplicabilidade: Sistema de giro, Classe I e II. [Aplicável
a EPG, RPC e ER]

vi. Deve ser considerado o uso de inversores para alimentação elétrica dos motores de giro,
exceto para acionamentos com uso de motor hidráulico. Para a determinação de cargas
estruturais devido às acelerações e desacelerações do giro, as curvas de partida e
frenagem dos inversores devem ser consideradas. Aplicabilidade: Sistema de giro,
Classe I e II. [Aplicável a EPG, RPC e ER]

vii. [PR] Deve ser considerada no projeto, a verificação/seleção dos acionamentos e


sistemas de frenagem com “redundância”, não podendo ser considerado apenas um
conjunto de frenagem para o sistema de giro. [Aplicável a EPG, RPC e ER]

6.2.10.1 Componentes e Dispositivos

i. A Tabela 20 abaixo apresenta os componentes que devem ser previstos no projeto de


máquinas.

Tabela 20 – Componentes e Dispositivos – Sistema de Giro

Componente ou Aplicabilidade
Requisitos de Normas
Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido
Sobre a
Elementos metálicos e
Acessórios de fundação do Sistema AREMA:2020
placas de neoprene I [PR]
fixação dos trilhos caminho de de giro - MRE cap 5
conforme projeto
rolamento
No
acionamento Embreagem mecânica
Embreagem do Sistema FEM II:1997
de giro limitando o torque do I e II [PR]
acionamento de giro Item 2-2.2.4
conforme acionamento
projeto
Acoplados aos
Nas rodas Sistema FEM II:1997
Freio de serviço motorredutores do I e II -
acionadas de giro cap 3-7
acionamento
Fixados na AS
Gancho de Sistema
estrutura de Dispositivo de aço I e II [PR] 4324.1:2017
segurança de giro
giro cap 5.8
Parte da
estrutura para
Sistema ANSI/AISC
Mesa de giro suporte do Conforme projeto I e II [PR]
de giro 360:2019
rolamento de
giro ou truques
Para
Sistema
Motorredutor acionamentos Conforme projeto I e II [PR] Fabricante
de giro
de giro
Pinhão e No Cremalheira de pinos
Sistema ISO
cremalheira de acionamento e pinhão conectado II [PR]
de giro 1275:2012
pinos de giro no acionamento
Acionamento
Fixado
Pino travamento eletromecânico Sistema FEM II:1997
verticalmente I e II [PR]
de giro dimensionado sem de giro item 2-2.2.4
na parte lateral
considerar o freio

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Componente ou Aplicabilidade
Requisitos de Normas
Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido
do suporte de
trilhos

Roda de aço forjado, Sistema FEM II:1997


Rodas Nos truques I [PR]
conforme projeto de giro cap 4
Na horizontal e
nas estruturas Roda de aço forjado, Sistema FEM II:1997
Roda guia I [PR]
dos truques de conforme projeto de giro cap 4
giro

No sistema de Sistema
Rolamento de giro Conforme projeto II [PR] ISO 492:2014
giro de giro

Sobre a
Nivelados sobre a Sistema ANSI/AISC
Suporte de trilhos estrutura da I [PR]
mesa de giro de giro 360:2019
mesa de giro
FEM II:1997
Na estrutura de Sistema cap 6;
Trilhos Conforme projeto I [PR]
giro de giro AREMA:2020
– MRE cap 4
AS
4324.1:2017
Na estrutura de Soldados com pinos Sistema
Truques I [PR] item 3.4.6.3,
giro de articulação de giro
FEM II:1997
cap 4

6.2.11 Sistema de Elevação da Lança

i. Devem ser previstos controles físicos ou lógicos que impeçam a operação do sistema de
elevação da lança no caso de indisponibilidade dos seguintes componentes.
Aplicabilidade: Sistema de elevação, Classe I e II. [Aplicável a EPB, EPG, RPC, RPA e
ER]

a. Guincho de elevação (para máquinas com dois guinchos);


b. Cilindro hidráulico de elevação (para máquinas com dois cilindros).
ii. Em caso de indisponibilidade para operação dos componentes indicados no item i deve
ser ativado alarme no sistema de controle. Aplicabilidade: Sistema de elevação, Classe
I e II. [Aplicável a EPB, EPG, RPC, RPA e ER]

iii. [PR] O sistema de elevação deve seguir a norma AS 4324.1:2017 capítulos 3 e 5 e os


cilindros devem ser selecionados e testados conforme as normas DIN 24336:1980 e ISO
10100:2020. Aplicabilidade: Sistema de elevação, Classe I e II. [Aplicável a EPB, EPG,
RPC, RPA e ER]

iv. [PR] Não será permitida a utilização de apenas um cilindro hidráulico para elevação da
lança conforme a norma AS 4324.1:2017 item 5.7.7. Aplicabilidade: Sistema de elevação,
Classe I. [Aplicável a EPB, EPG, RPC, RPA e ER]

v. Deve ser considerado no projeto o monitoramento das cargas aplicadas nos movimentos
de elevação da lança através de sensores de pressão para cilindros, células de carga
nos cabos ou corrente dos motores dos guinchos elétricos. Esta informação deve ser

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disponibilizada para o operador e alarmes devem ser considerados em caso de
sobrecargas. Aplicabilidade: Sistema de elevação, Classe I e II. [Aplicável a EPB, EPG,
RPC, RPA e ER]

vi. Deve ser considerado o uso de inversores para alimentação elétrica dos motores de
guinchos de elevação, exceto para acionamentos com motores hidráulicos. Para a
determinação de cargas estruturais devido às acelerações e desacelerações de
elevação, as curvas de partida e frenagem dos inversores devem ser consideradas.
Aplicabilidade: Sistema de elevação, Classe II. [Aplicável a EPB, EPG, RPC, RPA e ER]

vii. [PR] A verificação dos cabos de aço deve considerar os requisitos da norma AS
4324.1:2017, item 5.7 e coeficiente de segurança conforme tabela 5.7, complementado
com a norma AS 1418.1:2002, itens 7.17, 7.18 e 7.19, que deve ser utilizada para
determinação dos diâmetros mínimos de tambores e polias . Estes critérios se aplicam a
todas combinações de carregamentos. Aplicabilidade: Sistema de elevação, Classe II.
[Aplicável a EPB, EPG, RPC, RPA e ER]

6.2.11.1 Componentes e Dispositivos

i. A Tabela 21 abaixo apresenta os componentes que devem ser previstos no projeto de


máquinas. [Aplicável a EPB, EPG, RPC, RPA e ER]

Tabela 21 – Componentes e Dispositivos – Sistema de Elevação da Lança

Componente Aplicabilidade
Requisitos de Normas
ou Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido
Para elevação Traçado regular com AS 3569:2010,
da lança arames “extra Sistema de ISO 2408:2017,
Cabos de aço II [PR]
através do improved plow steel” e elevação FEM II:1997
guincho cabo independente Seção 4-2
Cilindros Na elevação Com articulação e Sistema de ISO 4413:2010,
I [PR]
hidráulicos da lança proteções do embolo elevação AS 4324.1:2017
Acoplado ao FEM II:1997 cap
Freio de Sistema de
eixo do tambor A disco II - 3-7, AS
emergência elevação
do guincho 4324.1:2017
DIN 22261-
Acoplado ao Sistema de
Freio de serviço Conforme projeto II - 4:2015, DIN
guincho elevação
22261-2:2016
Fixado na
ASME
Guincho de estrutura do Sistema de
Conforme projeto II [PR] B30.7:2016; EN
elevação mastro, portal elevação
13001-3-1:2013
ou contralança
Para desvios Aço fundido e diâmetro
Sistema de DIN 15062-
Polias do cabo de mínimo de 30 vezes o II [PR]
elevação 1:1982
aço diâmetro do cabo
Para suporte
Suporte de das polias de Sistema de EN 13001-3-
Conforme projeto II [PR]
polias elevação da elevação 1:2013
lança

6.2.12 Sistema de Retomada

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i. [PR] O projeto deve definir os limites máximos de penetração para escavação nas pilhas
que devem ser utilizados para obtenção das cargas e ciclos resultantes do processo de
recuperação seguindo o Apêndice F da norma AS 4324.1:2017. Estas cargas devem ser
utilizadas em todo o dimensionamento estrutural da máquina. [Aplicável à RP e ER]

ii. [PR] Deve ser considerado no cálculo do eixo da roda de caçambas os critérios para
dimensionamento quanto à fadiga conforme norma DIN 743-1:2012. Aplicabilidade: Tipo
de RP, Classe I e II.

iii. Deve ser considerado monitoramento e controle do torque aplicado pelas rodas de
caçambas, tambor na recuperação ou corrente de arraste. Para acionamentos com uso
de motores elétricos o monitoramento será através dos dados de relé térmico ou VFD
(Sistema elétrico) e para acionamentos com uso de motores hidráulicos através dos
transdutores de pressão acoplados no sistema hidráulico destes motores. [Aplicável à
RP e ER]

iv. [PR] Para acionamentos da roda de caçambas onde não é utilizado acionamento com
uso motor hidráulico, deve ser considerado o uso de inversor de frequência para
alimentação elétrica do motor. [Aplicável à RPC, RPP e ER]

6.2.12.1 Componentes e Dispositivos

i. A Tabela 22 abaixo apresenta os componentes que devem ser previstos no projeto de


máquinas de pátio.

Tabela 22 – Componentes e Dispositivos – Sistema de Retomada

Componente ou Aplicabilidade
Requisitos de Normas
Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido

Acionamento da
Acoplamento Com uso de Nota 1
roda de I [PR] -
hidráulico água ou óleo Tipo de RP
caçambas
Metálica com
No acionamento superfície de
Base de ANSI/AISC
da roda de apoio de Tipo de RP I [PR]
acionamento 360:2019
caçamba componentes
usinada
Acionamento da Conforme
Conforme
Braço de torque roda de projeto I [PR] Fabricante
fornecedor
caçambas Tipo de RP
Carro de Com rodas
Apoiado na FEM II:1997
translação da roda apoiadas sobre Tipo de RP II [PR]
ponte cap 6
de caçambas trilhos
Com pinhão, no
Tipo de RP II
acionamento da
Conforme
Corrente roda de [PR] ISO 1275:2012
projeto
caçambas e do Capacidade III
tambor
Corrente
Estrutura de
Corrente de metálica com [Aplicável à ASME
suporte apoiada - [PR]
arraste elementos RPA] B29.15M:2017
no portal
revestidos

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Componente ou Aplicabilidade
Requisitos de Normas
Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido
Eixo da roda de Na roda de Eixo de aço DIN 743-
Tipo de RP I [PR]
caçamba caçambas forjado 1:2012
Apoiado em
No sentido de
Estrutura do rake pontos AS
recuperação da Tipo de RP II [PR]
(grade do ancinho) articulados e de 4324.1:2017
máquina
basculamento
ASME
Guincho do Elevação do B30.7:2016;
Eletromecânico Tipo de RP II [PR]
ancinho ancinho FEM II:1997
cap 4
Suportes dos
Mancal da roda de Conforme
eixos da roda de Tipo de RP I [PR] ISO 113:2010
caçambas projeto
caçambas
Acionamento da Motor acoplado
Capacidade
Motor hidráulico roda de no eixo da roda I [PR] -
ou Tipo de RP
caçambas de caçambas
Pinhão e No acionamento Tipo de RP II
Conforme
cremalheira de da roda de [PR] ISO 1275:2012
projeto Capacidade I e II
pinos caçambas
Conforme
Pino limitador de No braço de Conforme DIN 743-
projeto I [PR]
torque torque fabricante 1:2012
Tipo de RP
Capacidade ANSI/AGMA
No acionamento
[Aplicável à II e III 2003-
da roda de Conforme
Redutor RPC e ER) [PR] B97:2003,
caçambas e do projeto
AGMA 2001-
tambor Tipo de RP II e III
C95:1995
Na ponta da
lança ou Corpo único e AS
Roda de caçambas Tipo de RP I e II [PR]
estrutura tipo pista usinada 4324.1:2017
ponte
Rolamento da roda Interno na roda Conforme
Tipo de RP II [PR] ISO 492:2014
de caçambas de caçambas projeto
Montados em
rodas com Rodas de aço FEM II:1997
Roletes de apoio Tipo de RP II e III [PR]
apoios forjada cap 4
articulados
Sistema de
Na roda de Conforme
reversão de Tipo de RP II [PR] -
caçambas projeto
caçamba
Suporte usinado
Para rolamento ANSI/AISC
Suporte de apoiado na
da roda de Tipo de RP II [PR] 360:2019, AS
rolamentos estrutura da
caçamba 4324.1:2017
ponte
Para
Tambor recuperação da Corpo soldado Tipo de RP III [PR] -
pilha
Nota 1 – Apenas para máquinas existentes.

6.2.13 Sistemas Auxiliares

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6.2.13.1 Sistema de Lubrificação

i. [PR] Devem ser previstos sistemas de lubrificação centralizada automático do tipo


progressivo para atender a todos os mancais, rolamentos e articulações da máquina.

ii. [PR] Devem ser considerados diferentes sistemas de lubrificação automática em caso
de utilização de lubrificantes diferentes nos sistemas de translação, giro, elevação,
retomada e mancais de equipamentos.

6.2.13.2 Dispositivos de Içamento

i. [PR] Os dispositivos de içamento e movimentação de carga devem atender aos


requisitos apresentados no PNR de Sistemas de Movimentação de Carga - Geral.

ii. [PR] Para içamento de componentes com uso de talha elétrica deve ser previsto
condições de acesso sem a necessidade de desmontagem parcial de estruturas. Não
pode ser considerado o içamento de componentes com cabos inclinados.

iii. [PR] Deve ser considerado estrutura ou dispositivo para içamento de peças, ferramentas
e dispositivos durante o procedimento de manutenção.

6.2.13.3 Sistema de Ar Comprimido

i. [PR] A locação dos compressores deve ser em local onde não há risco de queda de
minério, protegido contra raios solares e chuvas.

ii. [PR] Devem ser previstas mangueiras nos pontos onde a tubulação atravessa um ponto
articulado ou quando a rota da tubulação sai da estrutura do portal para a estrutura de
giro ou lança da máquina.

iii. [PR] Devem ser previstos vasos de pressão para ar de serviço ou para canhão
desobstruidor quando os compressores não forem fornecidos com vaso acoplado. O
projeto dos vasos de pressão deve ser conforme a norma ISO 16528-1:2007.

6.2.13.4 Sistema de Proteção e Combate a Incêndio

i. Deve ser previsto Sistema de Proteção e Combate a Incêndio com alcance em todos os
pisos da máquina.

ii. Devem ser previstos dispositivos de alarme audiovisuais (sirenes e giroflex) para atuação
em caso de incêndio, conforme estabelecido no PNR-000041 - Sistemas de Detecção e
Alarme - Incêndio e Gás.

iii. O manuseio de carvão deve obedecer aos critérios estabelecidos na NFPA 120:2020,
capítulo 9.

6.2.13.5 Sistema de Prevenção de Incêndio

i. As pilhas de carvão devem possuir um sistema de aspersão de água para redução de


temperatura prevenindo a combustão espontânea. Devem ser obedecidos os critérios
estabelecidos na norma NFPA 120:2020, seção 6.2.2.

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ii. O manuseio de carvão deve obedecer aos critérios estabelecidos na NFPA 120:2020,
capítulo 9.

6.2.13.6 Sistemas de Controle de Poeira – Geral

i. [PR] Para consolidação da engenharia básica devem ser elaboradas avaliações de


geração de particulados nas transferências na máquina e ao longo das pilhas
considerando a incidência de ventos. A análise deve considerar:

a. Caracterização do material transportado;


b. Percentual de finos em cada etapa do processo;
c. Geração de finos nas transferências e pilhas;
d. Impacto em comunidades/instalações decorrente da geração de finos;
e. Equipamentos e sistemas necessários para controle de emissão de particulados
e definição do tipo de sistema para controle de poeira: abatimento de pó com uso
de bicos atomizadores ou filtro de mangas;
f. Controles requeridos durante operação indicando a frequência de monitoramento
e localização dos pontos de monitoramento;
g. Legislação local.
ii. [PR] Deve ser considerado no projeto um sistema de despoeiramento e respectivos
equipamentos auxiliares nos pontos previstos de geração de pó e particulados, seguindo
as definições apresentadas nos fluxogramas de processo e engenharia. Caso o sistema
definido seja filtro de mangas, este sistema deve ter condição para controle de:

a. Diferencial de pressão para os filtros mangas;


b. Pressão no vaso de ar comprimido;
c. Pressão e velocidade nos dutos.

6.2.13.7 Sistemas de Controle de Poeira – Carvão

i. [PR] O sistema deve seguir as normas ISO 16890:2017 e NFPA 120:2020, seção 6.1.2.

ii. [PR] Todos os sistemas devem ser dimensionados para exaustão de ar suficiente para
evitar o vazamento de poeira nos pontos onde houver aberturas.

iii. [PR] Todos os sistemas devem considerar o uso de vedações em todos os pontos
abertos como entradas de chutes, proteções superiores nas guias e saídas das guias.

6.2.13.8 Sistema Elétrico Industrial (SEI)

i. [PR] Devem ser adotados todos os requisitos aplicáveis e descritos no PNR-000053 -


Sistemas Elétricos - Geral.

ii. [PR] A documentação de engenharia deve considerar que os serviços de montagem


devem ser executados considerando o ordenamento dos cabos elétricos nas bandejas
seguindo o PNR de Sistemas Elétricos – Cabeamento e Infraestrutura.

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iii. [PR] O projeto deve considerar o uso de cabos com isolamento de material de baixa
inflamabilidade de acordo com o PNR de Sistemas Elétricos – Cabeamento e
Infraestrutura. Aplicabilidade: Risco ao Fogo, Classe I.

iv. [PR] Deve ser elaborada uma avaliação da locação da sala elétrica onde deve ser
evitada a possibilidade de queda e acúmulo de material sobre o teto da sala.

v. [PR] Deve ser considerado nas áreas de movimentação de painéis elétricos para
atividades de manutenção dentro da sala elétrica e na plataforma externa, uma
sobrecarga de 1000 kg/m2.

vi. [PR] A sala elétrica deve ser única. Quando não for possível, deve ser avaliada a
possibilidade de divisão em duas unidades com os respectivos estudos locacionais na
máquina. Neste caso devem ser mantidos os requisitos de controle de acesso, alarme e
combate a incêndio.

vii. [PR] Deve ser avaliada a aplicação de estações de I/O distribuídas com o objetivo de
diminuir as dimensões da sala elétrica.

viii. [PR] Deve ser previsto IHM na ante sala da sala elétrica.

ix. [PR] Devem ser instalados coxins para amortecimento e absorção de vibração nos
suportes dos painéis elétricos.

x. [PR] Devem ser previstas gavetas e cubículos do tipo fixas para Centro de Controle de
Motores (CCM). Não serão aceitas gavetas e cubículos extraíveis.

xi. [PR] Deve ser previsto o uso de transformador de potência do tipo seco.

xii. [PR] Devem ser previstas baterias seladas sem geração de gases nas salas elétricas.
Não devem ser utilizadas baterias não seladas.

6.2.13.9 Sistemas Pressurizados

i. [PR] Devem ser adotados para sistemas pressurizados (hidráulicos e pneumáticos) os


requisitos indicados neste PNR complementados com os requisitos indicados no PNR
de Sistemas Pressurizados - Geral.

6.2.13.10 Sistema de Troca de Função

i. [PR] Deve ser previsto sistema de giro lento para troca de função em ER quando o
transportador do pátio for reversível. Este sistema deve ser sincronizado através do uso
de chaves de fim de curso e sua atuação intertravada com a função adotada.

6.2.13.11 Componentes e Dispositivos

i. A Tabela 23 apresenta os requisitos para os componentes auxiliares das máquinas de


pátio quando previstos em projeto:

Tabela 23 – Componentes e Dispositivos – Sistemas Auxiliares

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Componente Aplicabilidade
Requisitos de Normas
ou Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido
Acumulador do
Para sistemas Conforme ISO 4413:2010
sistema Nota 1 - -
hidráulicos fabricante item 5.4.3
hidráulico
Calha de Com tampa em
Nas plataformas
limpeza de grade metálica Capacidade I e II [PR] -
do portal
pisos reforçada
Para suprimento
Compressor Conforme projeto Nota 1 - - EN 1012-1:2010
de ar comprimido
Enrolador de Na plataforma do Conforme
- - [PR] Fabricante
cabos portal fabricante
Para máquinas
com uso de
Enrolador de Conforme
pulverização de Conforme projeto - [PR] Fabricante
mangueira projeto
água na
transferência

Estação
NA Conforme projeto - - [PR] -
meteorológica

Para
Macaco
levantamento da Conforme projeto Nota 2 - - BS EN 1494:2001
hidráulico
máquina
Motorredutores,
Óleo de
redutores,
lubrificação e Conforme projeto Nota 1 - - Fabricante
mancais e
graxa
articulações
Óleo de
Para sistemas
sistemas Conforme projeto Nota 1 - - Fabricante
hidráulicos
hidráulicos
Para ligações
Parafusos de FEM II:1997 item
estruturais e Conforme projeto Nota 1 - -
fixação 3-2.3
mecânicas

Porta de Instalada na Risco ao NFPA 68:2017


Conforme projeto I -
explosão parede de filtro Fogo item 6.3.3.4

IEC 61537:2006
Proteção Tampas metálicas
Cabeamento do PNR-000053 -
mecânica do para instalação Nota 1 - -
sistema elétrico Sistemas Elétricos
bandejamento sobre as bandejas
- Geral.
Nos
acionamentos
Redutor Conforme projeto - - - Fabricante
para redução da
rotação
PNR-000053 -
Sala elétrica Conforme projeto Conforme projeto - - [PR] Sistemas Elétricos
- Geral.
Inclui bicos
Conforme
Sistema de atomizadores,
previsto em
abatimento de tubos, mangueiras, - - [PR] ISO 16122:2015
projeto nos
pó conexões e
chutes
reservatórios
Sistema de Próximo a pilhas Torres com bicos Risco ao
I - ISO 16122:2015
aspersão de carvão aspersores fogo

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Componente Aplicabilidade
Requisitos de Normas
ou Dispositivo Características [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas
Requerido
instaladas ao
longo do pátio
Na transferência, Tipo compacto
Sistema de Risco ao NFPA 68:2017
instalado sobre o I [PR]
despoeiramento (cartucho) fogo item 8.6 e 8.7
chute
Sistema de Mancais,
Automático do tipo CEMA:2014 cap
lubrificação rolamentos e - - [PR]
progressivo 14
automática articulações
Braço giratório
Sistema de Para TR do pátio
com atuação por Tipo de RP I [PR] -
troca de função reversível
cilindro hidráulico
PNR-000015 -
Projetado com Sistemas de
alcance em Proteção e
SPCI Conforme projeto - - -
todos os pisos Combate a
da máquina Incêndio (SPCI) -
Geral
PNR-000052 -
Sistemas Elétricos
Descarga
SPDA Conforme projeto - - - - Geral -
atmosférica
Aterramento /
SPDA
Para içamento
AS 2550.1:2011
Talha elétrica componentes Conforme projeto - - [PR]
AS 4324.1:2017
críticos
Tubos, Nos sistemas
ISO 3304:1985 e
mangueiras e hidráulicos e Conforme projeto Nota 1 - -
ISO 3306:1985
conexões pneumáticos
Para acionamento
Instalado em
Unidade de motores Conforme
plataforma da - [PR] ISO 4413:2010
hidráulica hidráulicos ou projeto
máquina
cilindros
Vaso metálico com
Vaso de Para sistemas
dispositivos de Nota 1 - - ISO 16528-1:2007
pressão pneumáticos
segurança
Para
Visor incolor para
Visor de nível acoplamentos Nota 1 - - Fabricante
nível de óleo
hidráulicos
Nota 1 – Item associado a outro sistema ou componente da máquina conforme indicado no requisito de aplicação
dos mesmos.
Nota 2 – O uso deste componente é por demanda e definido em função de casos específicos e análises prévias
das necessidades.

6.2.14 Instrumentação

Este PNR especifica a instrumentação necessária para garantir o controle dos perigos
presentes na operação de máquinas de pátio.

São considerados neste documento apenas requisitos que garantam o funcionamento dos
sensores e atuadores/elementos finais. O PNR-000086 - Instrumentação e Controle - Geral
deve ser consultado para estabelecer requisitos que garantam os demais elementos do sistema
como servidores, PLCs, gateways, infraestrutura de comunicação, etc.

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i. Todas as máquinas de pátio devem conter os instrumentos indicados na Tabela 24 de
acordo com a sua aplicabilidade na Tabela 3. A especificação, quantidades e critérios
para instalação devem seguir:

a. Descritivo funcional e filosofia de controle;


b. Fluxogramas de processo e de engenharia (P&IDs);
c. Critérios de instalação e configuração do fabricante;
d. Normas especificadas neste documento;
e. Folhas de dados;
f. Planta de locação dos instrumentos;
g. Diagramas de interligação.
ii. Deve ser prevista instalação de balança integradora nos transportadores nas seguintes
condições:

a. Para empilhadeiras: No TR de alimentação do TR do pátio;


b. Para recuperadora de lança com roda de caçambas: No TR da lança;
c. Para empilhadeira/recuperadora: No TR da lança e no TR de alimentação do TR
do pátio.
iii. O sistema de controle e supervisão da máquina deve ser alimentado por fonte de energia
ininterrupta.

iv. Para recuperadoras, devem ser previstos controles a fim de reduzir a capacidade de
recuperação da máquina pela variação da velocidade de giro e/ou translação a partir do
valor aferido na pesagem.

Tabela 24 – Instrumentos

Requisitos de Aplicabilidade Normas


Instrumento Função [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas

Tipo Ultrassônico.
Medição da No ponto mais alto
Anemômetro
velocidade e direção da máquina e - - - ISO 16622:2002
ultrassônico
do vento redundância de sinal
no pátio
IEC 62828-
[Aplicável à 1:2017, OIML D
Balança Monitorar a carga
Ver item ii EP, RPC e - - 10 - ILAC-
integradora sobre o TR da lança
ER] G24:2007 e IEC
60529:2013
Botão homem Detectar inatividade No painel frontal da
- - - -
morto do operador IHM
Desligar o Próximo aos ISO 13850:2015
Botoeira de
equipamento em motores em local de - - - e IEC 60204-
emergência
caso de emergência fácil acesso e visível 1:2016
Sistema de
Medir a força ISO 376:2011 e
Cabo de elevação elevação
Célula de carga aplicada nos cabos II - IEC 62828-
da lança [Aplicável à
de aço 1:2017
EPB, EPG,

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Requisitos de Aplicabilidade Normas


Instrumento Função [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas

RPC, RPA e
ER]
Medir a tensão No suporte do
aplicada na correia tambor de - - -
da lança esticamento
Medir a carga
Nos pontos de
aplicada nos pontos
macaqueamento Nota 6 - -
de macaqueamento
durante a pesagem
da máquina
Sistema de
elevação
Indicar
Tambor do guincho [Aplicável à
Chave cames posicionamento II - IEC 61511:2020
de elevação EPB, EPG,
angular
RPC, RPA e
ER]
Na plataforma da
Desligar a máquina mesa de giro e ISO 13850:2015,
Chaves de
em caso de ao longo do Nota 3 - - IEC 60204-
emergência
emergência transportador da 1:2016
lança
Instalado nos
Identificar se a extremos do
máquina está na caminho de AS/NZS
Chave de fim posição final do rolamento para 4024.3611:2015
- - -
de curso curso de translação, translação e nos e IEC
giro, elevação e sistemas de giro, 60529:2013
telescopia elevação e
telescopia
Conforme projeto IEC 60947-5-
Controla o nível dos
Chave de nível geométrico dos - - - 1:2017 e IEC
chutes
chutes 60529:2013
Na frente dos
Detectar contato ou truques consistindo
Chave de Relevância na IEC 60947-5-
colisão nos truques em haste metálica I e II [PR]
proximidade unidade 2:2019
de translação atuando um sensor
indutivo
Instalado na mesa
Identificar se a
de giro e caminho de AS/NZS
Chave limite máquina está com a
rolamento, sistema - - - 4024.3611:2015
(sobrecurso) posição de
de elevação e IEC 60529:2013
sobrecurso
telescopia
Controla o nível dos Conforme projeto
IEC 60947-5-
chutes ou geométrico dos
Chave sonda Capacidade I - 1:2017 e IEC
proximidade com chutes e lança.
60529:2013
pilhas Tipo pêndulo
Monitorar imagens Nas máquinas e
Circuito ANSI/TIA-568.0-
de locais para apoio áreas externas Risco ao
fechado de TV I [PR] D:2015 e IEC
à operação e no próximas da vandalismo
(CFTV) 60065:2014
entorno da máquina máquina
Comando local de Próximo aos ISO 13851:2019
Comando local partida e parada do motores em local de - - - e IEC 60204-
equipamento fácil acesso e visível 1:2016

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Requisitos de Aplicabilidade Normas


Instrumento Função [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas

Controle de Controlar o acesso ANSI/TIA-568.0-


Na entrada da
acesso de pessoas na - - [PR] D:2015 e IEC
cabine de operação
automático cabine de operação 60065:2014
Identificar o nível de
Dentro dos chutes,
Detector de pó particulados em Nota 1 - [PR] IEC 60529:2013
conforme projeto
suspensão
Comprimento
I e II [PR]
Identificar Instalado ao longo da lança (EP) ISO 13850:2015
Detector tipo
obstáculos na região da lança das Tipo de RP I [PR] e IEC 60204-
corda
da lança recuperadoras Sistema de 1:2016
I e II [PR]
giro
Instalado nas rodas
do sistema de
Monitorar e medir a IEC 60529:2013
translação e giro, no
Encoder posição, velocidade - - [PR] e OIML D 10 -
tambor do guincho
e aceleração ILAC-G24:2007
de elevação e
enrolador de cabos
Instrumento
Verificar
utilizado pela equipe
precisamente os
de manutenção e
Estação total níveis do pátio e Nota 6 - - -
operação durante a
caminho de
execução da
rolamento
atividade
Conforme projeto e
Medir as ISO 376:2011 e
nos elementos
Extensômetro deformações nas Nota 6 - - ASTM
principais da
estruturas E8/E8M:2016
máquina
Monitora o fluxo nas ISO 4413:2010 e
Tubulações de
Fluxostato tubulações do Nota 1 - - IEC 62828-
sistemas hidráulicos
sistema hidráulico 1:2017
Sistema integrado
aplicado para
Monitora via GPS a posicionamento da
GPS Nota 5 - [PR] IEC 60529:2013
posição da máquina máquina incluindo
monitoramento de
velocidades
Na lança das Sistema de
Monitorar a I e II [PR] IEC 60947-5-
máquinas elevação
Inclinômetro inclinação da lança 1:2017 e IEC
durante a operação Na entrada do - - [PR] 60529:2013
enrolador de cabos
Para unidades
hidráulicas,
Indicador de IEC 62828-
Sinalizar excesso de instalados junto aos
saturação do Nota 1 - - 1:2017, ISO
sujeira no filtro filtros e conforme
filtro hidráulico 4413:2010
instruções do
fabricante
Nos freios a disco
Medidor
Medir espessura de para medição
automático de
pastilhas de freios automática da Nota 1 - [PR] IEC 60529:2013
espessura da
de disco espessura da
pastilha de freio
pastilha

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Requisitos de Aplicabilidade Normas


Instrumento Função [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas

SANS 60079-29-
Monitoramento de Chutes para 2:2017, NFPA
Medidor de O2 Risco ao fogo I
oxigênio em chutes manuseio de carvão 68:2017, IEC
62828-1:2017
Indicar pressão em Unidades IEC 62828-
Medidor de sistema hidráulico, hidráulicas, sistemas 1:2017, ISO
Nota 1 - -
pressão pneumático e de de ar comprimido e 4413:2010, ISO
lubrificação de lubrificação 4414:2010
Instalado sobre IEC 62828-
transportador de 1:2017,
Medidor de Monitorar a correia de SEMEM 4-
umidade umidade do alimentação de - - - 44:2013, OIML
automático material empilhadeira ou D10 - ILAC-
empilhadeira/ G24:2007,
recuperadora NFPA 68:2017
Instrumento utilizado
Verificar pela equipe de
precisamente o manutenção/operaç
Paquímetro Nota 6 - - -
desgaste do trilho ão durante a
(boleto) execução da
atividade
Instalado na ponta
da lança e
Identificar a
contralança e nos IEC 60529:2013
distância da
Radar truques de Nota 5 - [PR] e OIML D 10 -
máquina em relação
translação. ILAC-G24:2007
a outros obstáculos
Instrumento do
sistema anticolisão
PNR-000053 -
Relé térmico ou Monitorar o torque
Todos os motores Nota 2 - - Sistemas
VFD dos motores
Elétricos - Geral
Instalado na
Monitorar o
máquina e TAGs
posicionamento da
RFID passivos ao longo Nota 5 - [PR] IEC 60529:2013
máquina no caminho
do caminho de
de rolamento
rolamento
Instalado na lança e
IEC 60825-
Mapeamento da contrapeso das Tipo de RP e
Scanner a laser 1:2020 e OIML
pilha em 3D em máquinas e em Comprimento I [PR]
3D D 10 - ILAC-
tempo real torres próximas ao da lança
G24:2007
pátio
Na frente dos
IEC 60825-
Sensor a laser Detectar obstáculo truques no caminho - - [PR]
1:2020
de rolamento
Sinalizar para o EN 620:2011,
Utilizado para
Sensor de operador o seção 5.7.2.11
medição manual do
desalinhamento desalinhamento do Tipo de RP III [PR] AS/NZS
alinhamento da
a laser tambor da 4024.3611:2015
estrutura
recuperadora Seção 2.8.2.6
Sensor de freio Indica se o freio está IEC 60947-5-
Nos freios Nota 1 - -
aberto atuado 1:2017
Sensor de Para atividades de
Medição manual de ISO 18251-
temperatura monitoramento de Risco ao fogo I -
temperatura 1:2017
infravermelho temperatura

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Requisitos de Aplicabilidade Normas


Instrumento Função [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas

(pirômetro
manual)
Mancais dos
Sensor de IEC 60751:2008
Medir temperatura motores, redutores e
temperatura por Nota 1 - [PR] e OIML D 10 -
por contato de componentes
contato ILAC-G24:2007
mecânicos
Mancais de motores,
redutores, roda de
caçambas, tambor
Nota 1 - [PR]
Monitorar vibração de retomada e ISO 16063-
Sensor de
dos componentes e mancais das rodas 21:2003 e ISO
vibração
estruturas de translação 20816:2016
Pontos críticos de
Nota 6 - -
estruturas
Nos dispositivos
garra trilhos para
Detectar posição do IEC 60947-5-
Sensor indutivo indicar posição Nota 1 - [PR]
garra trilhos 2:2019
aberta/fechada dos
mordentes
OSHA 3170-
Sinalizar início de Em local visível nas
Sinalização 02R:2007,
operação e/ou proximidades da
audiovisual - - - MSHA
movimentação da máquina e audível
(sirene e luzes) 57.14201:1988 e
máquina ao longo do pátio
ISO 14118:2017
Realizar
comunicação entre a IHM na cabine de
cabine de operação operação com IEC 61158-
Sistema de
com os operadores conexão via fibra Nota 4 - - 1:2019 e IEC
comunicação
em campo e óptica e antenas de 60529:2013
também com a sala rádio
de controle
Instrumento utilizado
Ajustar
pela equipe de
precisamente o
manutenção/
Torquímetro torque de um Nota 6 - - ISO 6789:2003
operação durante a
parafuso em uma
execução da
porca
atividade
Nota 1
Monitorar a pressão No motor hidráulico
[Aplicável à IEC 62828-
Transdutor de aplicada em cilindros da roda de
EPB, EPG, - - 1:2017, ISO
pressão e motores caçambas e cilindros
RPC, RPA e 4413:2010
hidráulicos de elevação
ER]
Na tubulação de
ISO 4413:2010,
Válvula de Aliviar a pressão de sistemas hidráulicos
ISO 6264:1998 e
alívio de sistemas hidráulicos e vasos de pressão Nota 1 - -
ISO 13849-
pressão e pneumáticos de sistemas
1:2015
pneumáticos

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Requisitos de Aplicabilidade Normas


Instrumento Função [PR]
Aplicação Parâmetro Classe Relacionadas

Nos sistemas de
Válvula On/Off injeção de nitrogênio ASTM
Liberar nitrogênio Risco ao fogo I -
para N2 para controle do F1793:2016
nível de oxigênio
Inspecionar Instrumento utilizado
visualmente o pela equipe de
interior de manutenção/
Videoscópios Nota 6 - - -
instalações e de operação durante a
componentes de execução da
modo indireto atividade.
Nota 1 – Instrumentos vinculados a sistemas ou componentes da máquina conforme indicado na função dos
mesmos.
Nota 2 – Instrumento do sistema elétrico, instalado na sala elétrica da máquina.
Nota 3 – Para instrumentos de controle aplicados nos transportadores de correia deve ser consultado o PNR-
000037 - Sistemas de Manuseio - Transportadores de Correia.
Nota 4 – Contempla o sistema de comunicação da máquina com a sala de controle.
Nota 5 – Deve ser consultado o PNR-000153 - Instrumentação e Controle - Supervisão e Controle - Sistemas Anti-
Colisão - Máquinas Industriais para arquitetura e definição dos instrumentos a serem utilizados no sistema
anticolisão da máquina.
Nota 6 – O uso destes instrumentos é por demanda e definido em função de casos específicos e análises prévias
das necessidades.

v. Para requisitos dos sistemas anticolisão e combinação dos sensores para cada nível
deste sistema deve ser consultado o PNR-000153 - Instrumentação e Controle -
Supervisão e Controle - Sistemas Anti-Colisão - Máquinas Industriais.

vi. Deve ser instalado sistema anticolisão na máquina conforme a Tabela 25.

Tabela 25 – Cenários Típicos dos Sistemas Anticolisão

Tecnologias para Tecnologias para


Arquitetura do
Cenários Típicos Primeira Camada de Segunda Camada de
Controlador
Proteção Proteção
- Máquina contra
PLC de segurança máquina: RFID +
autônomo que lê a Encoders.
Cenário 1 posição das máquinas e
- Máquina contra pilha:
a posição da lança e
Detector tipo corda + - NA
EPF + RPP calcula a proximidade
Chave sonda.
EPF + RPA para garantir que as
distâncias seguras sejam - Máquina contra
mantidas. obstáculos no trilho:
Chave de proximidade.

- Máquina contra - Máquina contra


PLC de segurança máquina: RFID + máquina: GPS de alta
Cenário 2 autônomo que lê a Encoders. precisão.
posição das máquinas e
EPB + RPT suas posições de lança e, - Máquina contra pilha: - Máquina contra pilha:
EPG + RPT calcula a proximidade Radar; Chave sonda
EPG + RPP para garantir que as - Máquina contra.
ER + EPG distâncias seguras sejam Obstáculos laterais na
- NA
mantidas. máquina inclusive trilho:
Radar.

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PNR-000055, Rev.: 01-22/10/2021


Tecnologias para Tecnologias para
Arquitetura do
Cenários Típicos Primeira Camada de Segunda Camada de
Controlador
Proteção Proteção
- Máquina contra - Máquina contra
Cenário 3 máquina: RFID + máquina: GPS de alta
PLC de segurança
autônomo que lê a Encoders. precisão.
EPG + RPC
posição das máquinas e
EPG + RPC + Outra - Máquina contra pilha: - Máquina contra pilha:
suas posições de lança e,
máquina no mesmo Radar. Chave sonda.
calcula a proximidade
caminho de rolamento da
para garantir que as - Máquina contra
EP ou da RP - Máquina contra
distâncias seguras sejam obstáculos laterais na
EPG + RPC + Outra obstáculos no trilho:
mantidas. máquina inclusive trilho:
máquina no pátio Chave de proximidade.
Radar.
Nota – Para cada cenário típico foram apresentadas diferentes combinações de máquinas. Em caso de outras
combinações, devem ser avaliados os riscos de colisão e realizado o enquadramento nos cenários apresentados
na Tabela 25, onde está definido o sistema anticolisão.

vii. [PR] Para máquinas onde a operação será automática (fully automatic) o sistema de
controle deve ter capacidade de processamento dos dados e sistema automático de
paralisação da operação em caso de falha no sistema de controle.

viii. [PR] Devem ser previstas redundâncias com uso preferencialmente de diferentes
tecnologias nos sistemas com operação automática:

a. Controle de torque aplicada pela roda de caçambas;


b. Posicionamento da máquina, ângulo e elevação da lança;
c. Controle de carga nos cilindros ou guincho de elevação;
d. Controle de torque nos acionamentos do sistema de giro.
ix. [PR] Todos os sistemas de controle adotados devem ser compatíveis entre si mantendo
a mesma tecnologia das máquinas instaladas na unidade.

x. [PR] Deve ser previsto sistema de comunicação redundante com uso de sistemas de
rádio utilizando diferentes frequências. O sistema deve ser especificado conforme a
tecnologia aplicada em cada unidade da Vale.

xi. Deve ser prevista a instalação de sensor indutivo para ajuste e correção do desvio (reset)
nas posições de giro da lança em 0°, 90° e -90°. Os ângulos indicados devem ser
ajustados em função dos limites de giro previstos para a máquina. [Aplicável à EPG, RPC
e ER]

xii. [PR] Deve ser previsto o sincronismo do inclinômetro do enrolador de cabos, controle de
torque do enrolador e sistema de translação da máquina.

6.3 Requisitos de Construção, Montagem e Comissionamento

O processo de Construção, Montagem e Comissionamento estabelece requisitos para o


controle de qualidade conforme especificado na fase de projeto, garantindo sua correta
implantação.

i. Os equipamentos, instrumentos/ferramentas (paquímetro, termômetro, torquímetro,


calibres de solda, células de carga, entre outros) utilizados durante a construção e

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PNR-000055, Rev.: 01-22/10/2021


montagem de componentes críticos devem estar calibrados por órgão devidamente
certificado conforme a ISO/IEC 17025:2017 e identificados com tarjeta indicando número
do certificado, data da calibração e data de vencimento.

ii. Deve ser elaborado um procedimento para montagem dos cilindros hidráulicos definindo
os requerimentos para garantir que as principais características necessárias estejam
conforme especificadas no projeto e atendendo os requisitos da norma ISO 4413:2010,
item 5.4.2. As atividades a seguir devem ser consideradas:

a. Grau de acabamento da superfície e ovalização das hastes;


b. Medições de alinhamento na montagem;
c. Inspeção visual das articulações e fixações;
d. Inspeção por END de trincas no corpo e região das soldas.
iii. Os desenhos de montagem devem estar atualizados e presentes no local de instalação
e devem conter as seguintes informações conforme DIN 22261-3:2015:

a. Desenhos de arranjo com informações de elevação, eixos e requisitos de


tolerâncias;
b. Desenhos de montagem de suportes temporários e travamentos;
c. Pesos, centro de gravidade e pontos de ancoragem da estrutura;
d. Instruções de remoção dos componentes de seus suportes temporários;
e. Informações sobre a desmontagem dos pontos de ancoragem;
f. Dimensões dos componentes para a montagem.
iv. Qualquer alteração nos procedimentos de montagem deve ser previamente aprovada e
registrada conforme PNR-000101 - Gerenciamento de mudanças.

v. Deve ser considerada para o processo de fabricação e montagem da máquina a norma


DIN 22261-3:2015 e as diretrizes e referências do PNR-000047 - Integridade Estrutural
- Geral e PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de Aço.

vi. Os testes e abrangência da inspeção para ligações soldadas, ligações parafusadas,


ligações por atrito, içamento, movimentação de carga assim como procedimentos gerais
de montagem devem ser conforme PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de
Aço.

vii. Devem ser definidas as classes de execução do ativo conforme os requisitos


apresentados no PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de Aço.

6.3.1 Construção e Montagem

i. Devem ser adotados os requisitos previstos no PNR-000084 - Integridade Estrutural -


Estruturas de Concreto e PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de Aço para
execução dos projetos de concreto armado e estruturas em aço.

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PNR-000055, Rev.: 01-22/10/2021


6.3.1.1 Fundações

i. Devem ser adotados os requisitos previstos no PNR-000083 - Estruturas - Fundações


para execução dos projetos de fundação.

ii. As escavações a céu aberto devem seguir os procedimentos indicados na norma da


Eurocode 7:2004, item 4. As condições gerais de escavação identificam necessidade de
investigação geotécnica/geológica do terreno assim como o levantamento de
informações de fundações das edificações vizinhas, redes existentes e outras possíveis
interferências que possam ser afetadas pela atividade de escavação a ser realizada.

iii. Devem ser estabelecidos os controles a serem considerados nas regiões de corte e
aterro durante a fase de construção e operação.

iv. Devem ser verificados o alinhamento e nivelamento topográfico dos trilhos para liberação
do início da montagem da máquina.

6.3.1.2 Montagem Eletromecânica

i. Os requisitos estabelecidos para execução dos serviços de soldagem, torque dos


parafusos, flushing de tubulação hidráulica, para as estruturas, sistemas de translação,
giro, elevação, retomada, lubrificação, bem como os procedimentos executivos e
registros gerados e descritos a seguir devem ser evidenciados e considerados como
critério de aprovação da etapa completação mecânica antes de iniciar o
comissionamento a quente.

ii. As conexões finais serão feitas com a estrutura completamente montada, alinhada e
conectada conforme requisitos do projeto.

iii. Os apoios só serão retirados quando a estrutura estiver completamente montada e não
devem ser retirados de forma abrupta.

iv. Deve ser realizado plano de rigging antes do início da montagem eletromecânica.

6.3.1.3 Soldagem

i. Os requisitos relacionados à soldagem de estruturas de aço devem ser adotados como


aqueles apresentados na norma DIN 22261-3:2015. Requisitos análogos da AWS D1.1
podem ser adotados quando a DIN 22261-3:2015 referenciar a EN-1090.

6.3.1.4 Torque dos Parafusos

i. Devem ser aplicados os procedimentos de montagem para as ligações parafusadas


conforme instruções do fornecedor e requisitos indicados no PNR-000048 - Integridade
Estrutural - Estruturas de Aço.

ii. Flanges e componentes que exigem sequenciamento ao aperto dos parafusos como
cubos de tambores, flanges de ligação, tampas das caixas de redutores e acoplamentos
devem ser torqueados seguindo a especificação de torque presente no manual do
componente.

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PNR-000055, Rev.: 01-22/10/2021


iii. Para ligações protendidas, deve-se adotar os requisitos de torqueamento de parafusos
prescritos no PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de Aço.

6.3.1.5 Lubrificação

i. Após a montagem do sistema de lubrificação centralizada automática devem ser


verificadas e registradas as conexões nos pontos de lubrificação, caminhamento dos
tubos e alimentação elétrica.

ii. Deve ser inspecionado o correto abastecimento de graxa da unidade, bem como a
funcionalidade para cada ponto de lubrificação.

6.3.1.6 Pesagem da Máquina

i. A pesagem da máquina deve seguir os requisitos definidos pelo fornecedor atendendo


ao item 6.2.1.3.

ii. O relatório de pesagem da máquina deve ser emitido e deve conter no mínimo:

a. Descritivo da metodologia empregada;


b. Identificação e localização dos pontos de macaqueamento, relacionando-os aos
equipamentos utilizados;
c. Folha de dados dos equipamentos utilizados;
d. Certificados de calibração dos equipamentos utilizados;
e. Registros das leituras realizadas com identificação dos pontos e comparando os
valores da leitura com os valores previstos na documentação do fornecedor;
f. Cálculo do centro de gravidade;
g. Massa total da máquina considerando como critério as cargas registradas
individualmente por dispositivo;
h. Estudo comparativo da posição do centro de gravidade em relação à posição
prevista no projeto;
i. Comparativo da massa medida em relação à massa prevista no projeto.
iii. Deve ser realizado o comparativo entre a massa obtida na pesagem e a massa prevista
em projeto. Caso a massa final construída exceda em 5% à massa de projeto, uma nova
análise estrutural e de estabilidade deve ser realizada para averiguação dos impactos da
diferença de massa observada conforme descrito na norma AS 4324.1:2017.

iv. Caso a massa final seja menor que 95% da massa de projeto, a necessidade de uma
reanálise estrutural dependerá da distribuição de massa da máquina após construção.
Neste caso, deve ser avaliado pelo fornecedor se o balanceamento final do equipamento
trará impactos negativos à integridade estrutural da máquina conforme descrito na norma
AS 4324.1:2017.

v. O fornecedor deve emitir um atestado certificando que os impactos relativos a eventuais


desvios de massa ou relativos ao balanceamento do equipamento construído em relação
ao projeto foram avaliados e que tais desvios não comprometem a condição estrutural e

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mecânica do equipamento. Caso necessário, as devidas medidas de correção no
equipamento devem ser realizadas.

vi. As diretrizes gerais apresentadas abaixo devem ser seguidas durante o procedimento
de pesagem:

a. O procedimento de pesagem deve ser realizado somente em pontos existentes


na estrutura da máquina preparados estruturalmente para tal finalidade. É
expressamente proibido o apoio dos dispositivos de pesagem em pontos da
máquina que não tenham sido dimensionados para suportar a carga relativa à
pesagem;
b. Pontos de macaqueamento devem ser previstos em projeto para novas máquinas
e, caso não existam tais pontos em máquinas em operação, pontos de
macaqueamento devem ser instalados desde que validados por meio de uma
análise estrutural;
c. Para a realização da pesagem no sistema de translação, a máquina deve ser
posicionada no ponto do caminho de rolamento previsto para tal finalidade. Não
será permitido o apoio dos dispositivos de pesagem diretamente no solo, devendo
ser realizado um procedimento de compactação do solo e utilizadas chapas para
a distribuição dos esforços no solo. Cálculos devem ser realizados para o
dimensionamento da espessura da chapa, de forma que não ocorra a punção da
mesma sob a atuação da carga, e a determinação da área necessária para as
chapas deve ter como referência a pressão admissível do solo;
d. Devem ser garantidos o alinhamento vertical e a centralização dos dispositivos de
pesagem em sua base e na máquina, de forma a evitar a instabilidade do
dispositivo durante a atuação da carga e a transferência de carga de forma
desalinhada;
e. A utilização simultânea de macacos hidráulicos e células de carga é requerida,
permitindo-se o comparativo entre os dados obtidos durante o procedimento de
pesagem. Ambos os dispositivos devem ter capacidade máxima de carga superior
em no mínimo 50% à carga esperada;
f. As medições de todos os pontos devem ser repetidas três vezes e o resultado
final será a média aritmética entre as medições;
g. Manômetros e células de carga devem estar propriamente calibrados no momento
da pesagem. Tais equipamentos somente devem ser utilizados mediante
apresentação de certificado de calibração válido emitido por empresa
especializada;
h. É permitida a utilização de um mesmo sistema de bombeamento para o
acionamento de mais de um macaco. Entretanto, deve ser prevista a instalação
de um conjunto composto por um registro e por um manômetro para isolamento
de cada macaco do sistema de bombeamento;
i. Não será permitida a utilização de sistemas de bombeamento manual, e o
acionamento dos macacos deve ser feito por meio de uma fonte eletro-hidráulica;
j. Os dados de pressão nos manômetros e de carga nas células de carga devem
ser registrados após a estabilização do sistema de aquisição de dados, de forma
a evitar que efeitos dinâmicos sejam contabilizados e para minimizar a
possibilidade de erros de medição.
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vii. Os valores esperados conforme projeto para as cargas nos macacos e nas células de
carga devem ser informados pelo fornecedor da máquina para fins comparativos com os
dados obtidos durante a pesagem. Caso desvios superiores a ±10% sejam verificados,
o procedimento deve ser interrompido e a situação avaliada em conjunto com um
representante do fornecedor.

viii. Para máquinas com sistema de giro com uso de truques, devem ser realizadas duas
pesagens sendo: [Aplicável à EPG, RPC e ER]

a. Sistema de giro com três ângulos distintos de basculamento da lança (máximo,


mínimo e intermediário);
b. Sistema de translação nas mesmas posições adotadas para o giro.
ix. Para máquinas compostas por rolamentos de giro, torna-se necessária a pesagem do
equipamento em sua totalidade, sendo: [Aplicável à EPG, RPC e ER]

a. A configuração da máquina (posição de giro e elevação) deve ser registrada para


futuras análises;
b. Requere-se a realização do procedimento em pelo menos três posições de giro,
devendo estar inclusas nestas as posições da lança em que a mesma é
perpendicular às arestas que definem o polígono de estabilidade no portal;
c. Para cada ângulo de giro, requere-se a pesagem nos ângulos máximo,
intermediário e mínimo de basculamento.
x. No caso de máquinas sem capacidade de giro, mas com grau de liberdade de elevação,
a pesagem do equipamento em sua totalidade deve ser executada. Neste caso, o
procedimento deve ser realizado para três ângulos de elevação, sendo requerida a
pesagem nos ângulos máximo e mínimo, além de um ângulo intermediário. [Aplicável à
EPB]

xi. Para a pesagem no truque de giro, requer-se a realização da pesagem de forma


simultânea em todos os pontos de macaqueamento disponíveis. Neste caso,
procedimentos adicionais devem ser adotados, tais como a ancoragem lateral da
máquina de forma a evitar qualquer instabilidade lateral. Além disso, é necessária a
utilização de suportes de forma a minimizar a altura de elevação necessária à pesagem
da máquina. A pesagem individual por truque de giro, de maneira semelhante ao
estabelecido acima para o sistema de translação, também é permitida. [Aplicável à EPG,
RPC e ER]

xii. Em caso de utilização de sistemas de macaqueamento é vedada a equalização de


pressão entre dois apoios utilizados para pesagem.

xiii. Os instrumentos de medição utilizados na pesagem devem ser capazes de medir e


registrar o valor da carga durante todo o procedimento (ex. manômetro digital, célula de
carga), sendo possível a representação gráfica de todos os macacos simultaneamente.

6.3.1.7 Balanceamento da Máquina

i. Deve ser realizado o balanceamento da máquina considerando as informações de


projeto conforme descrito no item 6.2.4.4. [Aplicável à EPB, EPF, EPG, RPC e ER]

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PNR-000055, Rev.: 01-22/10/2021


ii. Todas as placas de contrapeso devem ter sua massa registrada e identificada de forma
legível nas placas. O peso total do contrapeso deve ser apresentado no relatório de
balanceamento, incluindo data da pesagem. [Aplicável à EPB, EPF, EPG, RPC e ER]

iii. Em máquinas compostas por cilindros, as pressões nos cilindros de elevação devem ser
registradas à medida que as placas de contrapeso forem adicionadas à máquina.
Comparativos com a condição prevista em projeto devem ser realizados e eventuais
desvios devem ser reportados. [Aplicável à EPB, EPF, EPG, RPC e ER]

iv. A máquina deve ser rebalanceada caso o momento estabilizante das cargas de peso
próprio tanto da parte superior quanto da parte inferior for inferior a 95% do momento
estabilizante previsto em projeto, ou caso as premissas estabelecidas para a massa final
obtida na pesagem não sejam atendidas. [Aplicável à EPB, EPG, RPC e ER]

v. O fornecedor deve emitir um relatório de balanceamento evidenciando com base nos


parâmetros utilizados para o balanceamento (pressões no(s) cilindro(s) de elevação ou
cargas nos cabos de aço e dados obtidos na pesagem) a posição do centro de gravidade
final da máquina completa e de forma individual para a parte giratória e para a translação.
Comparativos devem ser realizados com a condição prevista em projeto e eventuais
desvios devem ser reportados. [Aplicável à EPB, EPG, RPC e ER]

vi. Caso seja verificada a necessidade de instalação de placas de contrapeso ou lastros,


análises estruturais e mecânicas devem ser realizadas para avaliação dos impactos
sobre a estrutura da máquina e seus acionamentos. [Aplicável à EPB, EPF, EPG, RPC
e ER]

6.3.1.8 Estruturas

i. O processo de fabricação e montagem deve ser realizado seguindo os requisitos do


PNR-000047 - Integridade Estrutural - Geral e PNR-000048 - Integridade Estrutural -
Estruturas de Aço e os requisitos da norma DIN 22261-3:2015 que forem mais restritivos.

ii. A definição da classe de execução do ativo deve atender aos seguintes requisitos:

a. Para ativos classificados com classe de consequência CC3, conforme PNR


000047 - Integridade Estrutural - Geral, deve-se utilizar a classe EXC3 do EN-
1090-2:2018;
b. Para ativos classificados com classe de consequência CC2 ou CC1, conforme
PNR-000047 - Integridade Estrutural - Geral, deve-se utilizar: para componentes
sujeitos à fadiga: EXC3 e para componentes não sujeitos à fadiga: EXC2.

6.3.1.9 Sistema de Translação

i. As seguintes atividades devem ser verificadas e registradas após a montagem mecânica


do trilho, estruturas móveis, montagem elétrica e demais componentes:

a. Alinhamento e nivelamento topográfico do trilho;


b. Assentamento das rodas no trilho;
c. Folgas no freio;
d. Registro do torqueamento dos parafusos do acionamento;

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e. Montagem das articulações;
f. Alimentação elétrica;
g. Sistema de translação do ancinho;
h. Sistema de translação da roda de caçambas;
i. Sistema de ancoragem e seus dispositivos no caminho de rolamento;
j. Carro tripper.

6.3.1.10 Sistema de Giro

i. As seguintes atividades devem ser verificadas e registradas após a montagem


eletromecânica do sistema de giro conforme projeto: [Aplicável à EPG, RPC e ER]

a. Geometria e nivelamento topográfico do trilho;


b. Assentamento das rodas no trilho para máquinas. Aplicabilidade: Sistema de giro,
Classe I;
c. Nivelamento do rolamento. Aplicabilidade: Sistema de giro, Classe II;
d. Folgas no freio e engrenamento pinhão/cremalheira;
e. Registros do torqueamento dos parafusos do acionamento;
f. Montagem e lubrificação das articulações (rótulas);
g. Alimentação elétrica.

6.3.1.11 Sistema de Elevação da Lança

i. As seguintes atividades devem ser verificadas e registradas após a montagem


eletromecânica do sistema de elevação da lança: [Aplicável à EPB, EPG, RPC e ER]

a. Alinhamento dos cilindros e conexões com tubos hidráulicos;


b. Integridade e lubrificação dos cabos de aço;
c. Nivelamento, posição e giro livre das polias de cabos;
d. Acomodação correta dos cabos nos canais das polias;
e. Folgas no freio;
f. Registros do torqueamento dos parafusos do guincho e dos cilindros hidráulicos;
g. Montagem e lubrificação das articulações (rótulas);
h. Alimentação elétrica;
i. Comandos de movimentação da lança.

6.3.1.12 Sistema de Retomada

i. As seguintes atividades devem ser verificadas e registradas após a montagem


eletromecânica do sistema de retomada:

a. Alinhamento e nivelamento dos mancais dos eixos da roda de caçambas;


[Aplicável à RPC e ER]

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b. Fixação das caçambas e verificação de interferências com o chute de descarga;
[Aplicável à RPC, RPP e ER]
c. Fixação e ajustes do sistema de reversão de caçambas; [Aplicável à RPP]
d. Lubrificação dos mancais e roletes de apoio da roda de caçambas; [Aplicável à
RPC, RPP e ER]
e. Lubrificação e tensionamento da corrente de acionamento da roda de caçambas;
[Aplicável à RPP]
f. Registros do torqueamento dos parafusos de fixação das caçambas e dos
mancais da roda de caçambas; [Aplicável à RPC, RPP e ER]
g. Lubrificação dos mancais; [Aplicável à RPC, RPP e ER]
h. Alimentação elétrica. [Aplicável à RPC, RPP e ER]

6.3.1.13 Sistema de Controle e Supervisão

i. Devem ser elaborados os testes de plataforma para validação da lógica de controle com
registro de verificação da atuação de todos os controles aplicados no projeto. Os testes
devem contemplar as condições de operação manual, automática e remota.

ii. Os resultados dos testes devem ser registrados no sistema de informação do projeto.

6.3.1.14 Procedimentos Executivos

i. A construção e a montagem da máquina devem ser executadas de acordo com


procedimentos executivos específicos, emitidos previamente ao início de cada atividade
da obra e elaborados conforme documentos de projeto, contemplando, no mínimo:

a. Inspeção de recebimento, armazenamento e preservação de materiais;


b. Diário de obra;
c. Identificação das embalagens e componentes;
d. Soldagem de campo, incluindo: ajuste, alinhamento e fixação dos componentes e
acessórios para soldagem e respectivos registros de qualificação, preservação e
tratamento dos insumos de soldagem;
e. Inspeção por ensaios não destrutivos após soldagem;
f. Reparos de pintura;
g. Montagem e instalação de componentes;
h. Limpeza do local da obra;
i. Armazenamentos provisórios;
j. Plano de rigging;
k. Supervisão do fornecedor;
l. Planejamento e programação;
m. Condições meteorológicas;
n. Análise de riscos;

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o. Serviços a quente e risco de incêndio;
p. Tensões em cabos;
q. Pressão em cilindros;
r. Contatos de coroa pinhão;
s. Alinhamento de eixos;
t. Contatos de rodas;
u. Nivelamentos (controles topográficos);
v. Controle dimensional (ex. flechas previstas, tensões em cabos, pressão em
cilindros, tensão em correias, folgas, contatos de coroa pinhão, alinhamentos de
eixos, contatos de rodas, nivelamentos;
w. Protensão e torque de parafusos em ligações por atrito;
x. Pesagem e balanceamento.

6.3.2 Comissionamento

i. Os seguintes documentos devem ser providenciados antes do início do comissionamento


das máquinas de pátio conforme norma DIN 22261-1:2015 item 4.2 e 4.3 e Directive of
the Saxon Mining Authority for handling opencast mining equipment and conveyor
systems in lignite opencast mines:

a. Certificado do revisor independente alegando não haver objeções ao início do


comissionamento do equipamento;
b. Certificado do revisor independente alegando que os guinchos e cabos
empregados são adequados com base na realização de testes normalizados
conforme normas EN 12385-1:2009 anexo A e ASME B30.7:2016 item 7-2.2;
c. Certificado do fabricante da máquina alegando que a geometria e materiais
empregados estão de acordo com o indicado em projeto. Também devem ser
apresentados resultados dos testes de qualidade de fabricação realizados durante
esta etapa;
d. Resultado da pesagem do equipamento e verificação do balanceamento
indicando não haver diferenças significativas entre o valor aferido e o previsto em
projeto;
e. Resultados da inspeção de montagem da máquina indicando no relatório as
verificações de torque das ligações principais e das tolerâncias dimensionais do
caminho de rolamento;
f. Manual de instruções de operação e manutenção a ser emitido pelo fornecedor
da máquina;
g. Lista completa de sobressalentes;
h. Informações a respeito de todas as instalações da máquina com diagramas, tipo
e função, bem como prova de funcionamento.
ii. Deve constituir parte do “handover” da máquina a entrega, apresentação e registro do
“Machine Book”, contendo no mínimo as seguintes informações:

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a. Identificação e localização da máquina;
b. Função e características principais, como métodos de empilhamento/
recuperação, capacidade, altura máxima da pilha, tipo de operação, etc.;
c. Características do material manuseado;
d. Descrição física das estruturas;
e. Descrição física dos sistemas, como velocidade de translação, giro, elevação,
recuperação (roda de caçambas), transportador da lança;
f. Envelopes de operação, como limites de movimentação, intertravamentos,
capacidade dos sistemas, velocidade limite de vento;
g. Descrição do sistema de lubrificação e frequência de realização;
h. Descrição geral do sistema elétrico como, tensão de alimentação, número de
transformadores, tamanho e tipo dos cabos;
i. Descrição geral dos sistemas de proteção e sistemas auxiliares;
j. Compilado de todas as memórias de cálculo e desenhos da máquina, certificado
de testes e dispositivos de segurança;
k. Certificado de testes e dispositivos de segurança;
l. Critérios e padrões para os testes de ramp-up da máquina.

6.3.2.1 Comissionamento a Frio

Os requisitos desta etapa visam assegurar o desempenho da máquina após a conclusão da


montagem eletromecânica e calibração de todos os instrumentos.

i. A aprovação da montagem eletromecânica se dará após o atendimento dos seguintes


itens de comissionamento não se limitando a eles:

a. Todas as pendências da fase de construção e montagem solucionadas;


b. Liberação do data book da construção incluindo todos os certificados de testes;
c. Desenhos conforme construídos emitidos conforme montagem;
d. Completação mecânica dos sistemas;
e. Calibração de todos os instrumentos;
f. Testes I/O, funcionais e intertravamentos dos equipamentos e sistemas
concluídos;
g. Manuais de operação e manutenção com a respectiva lista de sobressalentes
disponíveis;
h. Operadores e mantenedores treinados para operar e manutenir o sistema;
i. Sistema de comunicação disponível;
j. Testes dos dispositivos de segurança para operação com ventos fortes.
ii. O “Machine Book” deve ser armazenado no sistema de informações de integridade
estrutural.

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iii. Deve ser gerado um relatório com as comprovações de performance dos componentes
das máquinas incluindo motores, acoplamentos, redutores, freios, unidades hidráulicas,
sistemas de lubrificação, sistemas de translação, giro, elevação da lança, retomada,
instrumentos de medição e instrumentos de segurança.

iv. Todos os dispositivos de segurança devem ser checados durante o comissionamento


quanto a ajuste e funcionamento.

6.3.2.2 Comissionamento a Quente

i. A Tabela 26 especifica todas as verificações necessárias e os critérios de aceite da


máquina de pátio e seus dispositivos.

ii. Os demais componentes correlacionados a outros PNRs devem seguir o seu próprio
critério de aceite.

Tabela 26 – Critério de Aceite de Comissionamento a Quente

Comissionamento (Critério de Aceite)


Equipamento /
Sistemas
Verificação Física Verificação de Desempenho

- Atuação durante a operação;


- Conexões de controle, fixação das chaves; - Aferição dos dados de medição para
- Posição de chaves atuadas; balanças, chaves de nível, posição e
Geral - Aferição e calibração para instrumentos de desalinhamento;
medição; - Operação contínua por 3 horas sem alarmes
- Testes funcionais em vazio. por temperatura e vibração fora dos limites e
sem indicação de sobrecargas.
- Registro de torque dos parafusos;
- Alinhamento e nivelamento;
- Confirmar flechas e contra flechas
- Integridade das estruturas;
conforme projeto;
- Ruído;
Estruturas (inclui - Verificar ligações articuladas e rótulas;
- Vibração;
carro tripper) - Pinos com contra pinos;
- Confirmação de dados de projeto para o
- Parafusos submetidos a cargas dinâmicas;
balanceamento.
- Pesagem da máquina e confirmação de
dados de projeto para balanceamento;
- Janelas de inspeção das vigas e colunas.
- Fixação dos trilhos no dormente ou na
base em concreto;
- Nivelamento e alinhamento dos trilhos;
Caminho de
- Fixação dos batentes metálicos de fim de NA
rolamento
curso;
- Conexões nos pontos de ancoragem, anti-
furacão e estaiamento.
- Suporte e fixação conforme projeto;
- Verificação do gancho de segurança;
- Verificação e teste de funcionalidade do
Cabine de - Conforto térmico e acústico;
sistema de ajuste da posição da cabine;
operação - Travamento na posição vertical.
- Conexões elétricas e de controle;
- Inspeção do conforto térmico e acústico
com porta fechada.
- Após operação contínua por 3 horas e
Chute - Fixação nas estruturas; atingindo a capacidade nominal sem
apresentar vazamentos e entupimentos.

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Comissionamento (Critério de Aceite)


Equipamento /
Sistemas
Verificação Física Verificação de Desempenho

- Fixação das chapas de desgaste e


confirmação de todos os parafusos
instalados;
- Fixação e ajuste da chapa defletora;
- Presença de corpos estranhos;
- Verificar revestimentos.
- Lubrificação dos mancais e pinos
articulados;
- Alinhamento e nivelamento das rodas e
pinos; - Operação contínua por 3 vezes consecutivas
Sistema de
- Ajustes dos limpa-trilhos; confirmando as velocidades de projeto, em
translação (inclui
- Posição das chaves fim de curso; percurso mínimo de 50 metros e confirmando
carro tripper)
- Conexões de controle e monitoramento; as rampas de aceleração e frenagem.
- Nível de óleo em motorredutores;
- Alinhamento e nivelamento da estrutura do
ancinho.
- Lubrificação do pinhão e cremalheira;
- Lubrificação do rolamento de giro;
- Lubrificação de rodas e pinos articulados; - Operação contínua por 3 vezes consecutivas
Sistema de giro - Alinhamento e nivelamento; confirmando o giro até os limites de projeto e
- Inspecionar dispositivos antitombamento; atuação das chaves.
- Conexões de controle e monitoramento;
- Nível de óleo em motorredutores.
- Fixação das polias e guinchos;
- Lubrificação do guincho, polias e cabos;
- Posicionamento dos cabos;
Sistema de - Fixação dos grampos dos cabos de aço; - Operação contínua por 3 vezes consecutivas
elevação com - Verificação do dispositivo medidor de confirmando a elevação da lança até os
guincho tensão aplicada; limites máximo e mínimo.
- Conexões elétricas e de controle;
- Testes funcionais do sistema de medidor
de tensão.
- Fixação dos suportes às estruturas e
caldeirarias;
Sistema de - Conexões com tubulações de óleo; - Operação contínua por 3 vezes consecutivas
elevação com - Conexões de controle e monitoramento; confirmando a elevação da lança até os
cilindro - Alinhamento e nivelamento; limites máximo e mínimo.
- Funcionalidade de instrumentos de
controle, alívio e monitoramento.
- Conexões elétricas e de controle;
- Fixação dos mancais da roda de
caçambas, tambor e correntes de arraste;
- Operação contínua por 3 vezes consecutivas
- Nivelamento e alinhamento dos mancais;
Sistema de confirmando a rotação de projeto, rampas de
- Fixação das caçambas nas rodas;
retomada aceleração e frenagem;
- Regulagem das válvulas de pressão dos
- Reversão do conjunto de caçambas.
sistemas hidráulicos;
- Fixação e folgas do sistema de reversão de
caçambas.
- Fixação na base;
- Frenagem em vazio e carregado verificando
- Conexões elétricas e de controle;
tempos definidos no projeto;
- Folga das pastilhas;
Freios - 5 frenagens em período de uma hora com
- Nivelamento e alinhamento;
carga sem temperatura exceder o limite do
- Testes de rampa de frenagem e ajustes
fornecedor.
necessários.

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Comissionamento (Critério de Aceite)


Equipamento /
Sistemas
Verificação Física Verificação de Desempenho

- Fixação dos componentes às estruturas;


Durante a operação contínua até atingir a
- Conexões e suportes de tubulações;
capacidade nominal sem operar fora dos
- Testes hidrostáticos para tubulações de
limites para:
óleo;
- Temperatura do sistema;
Sistemas - Execução de flushing com relatório de
- Vazamentos;
hidráulicos e liberação para testes com carga;
- Pressão no sistema;
pneumáticos - Conexões elétricas e de controle;
- Cargas nos sistemas de elevação e
- Testes de funcionalidade de válvulas de
estruturas;
alívio de pressão;
- Vibrações;
- Nível de óleo nas unidades hidráulicas;
- Testes de atuação dos cilindros.
- Testes dos cilindros.
- Confirmar tempos de partida vazio e com
- Alinhamento; carga de acordo com projeto;
Acoplamento
- Encaixe das chavetas nos eixos; - Operar continuamente por 3 horas com
hidráulico
- Nível de óleo. temperatura estável sem apresentar
vazamentos.
- Encaixe no eixo da roda de caçamba;
- Conexões com tubulações e verificação
- Operação contínua por 3 horas confirmando
Motor hidráulico dos suportes;
limites de vibração e temperatura de projeto.
- Conexões elétricas e de controle;
- Fixação do braço de torque.
- Conexões elétricas e de controle;
- Após operação contínua por 6 horas;
- Vedações dos pontos de captação e
- Chaminé com níveis de emissão conforme
regulagem das válvulas;
projeto;
- Fixação dos dutos, exaustor e chaminés;
Sistema de - Espelhos limpos;
- Montagem das mangas;
despoeiramento - Pontos de coleta com níveis admissíveis de
- Alinhamento do exaustor;
emissão;
- Velocidade de arraste;
- Exaustor não apresentando elevação de
- Teste funcional das solenóides, sensor de
temperatura nos mancais.
pressão, pulsos de ar comprimido.
- Conexões e integridade dos cabos;
SPDA - Conexões para toda a instalação; NA
- Teste de continuidade.
- Atendimento ao projeto seguindo a
distribuição indicada;
Revestimento - Verificar montagem de todos os parafusos NA
de fixação;
- Verificar presença de corpos estranhos.
- Fixação da base;
Sistema de - Conexões com tubos;
- Testes funcionais;
lubrificação - Conexões elétricas e de controle;
- Atendimento a todos os pontos previstos.
automática - Nível de graxa;
- Análise termográfica de mancais.
- Fixação das articulações;
- Ajuste dos cilindros; - Testes funcionais;
Sistema de troca - Lubrificação; - Operação contínua por 3 vezes consecutivas
de função - Alinhamento e nivelamento; confirmando os limites de projeto e atuação
- Verificar montagem de todos os parafusos das chaves.
de fixação.

6.4 Requisitos de Operação e Manutenção

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A etapa de Operação e Manutenção estabelece os requisitos para controle dos riscos críticos
intrínsecos a estas etapas.

6.4.1 Operação

A correta operação do sistema conforme especificado pelo projeto é um dos principais


elementos que garantem a integridade da instalação. Desta forma, as medidas e os requisitos
descritos nesta fase são essenciais e funcionam como barreiras/controles evitando a ocorrência
MUEs.

6.4.1.1 Controle Operacional

i. Toda a documentação da máquina de pátio, incluindo variáveis de controle, limites


operacionais e os procedimentos a serem adotados em caso de desvio, devem estar
disponíveis para os operadores de controle de processo e sala de controle.

ii. A previsão do clima e de intempéries deve realizada considerando dados de uma estação
meteorológica ou um centro de previsão de tempo e estudos climáticos reconhecidos.

iii. A máquina deve ser operada dentro dos limites especificados e, no caso de desvios,
devem existir ações automáticas ou padronizadas para restaurar as condições ideais de
operação.

iv. O material manuseado deve possuir propriedades físicas de acordo com as


originalmente especificadas, operando no máximo na capacidade de projeto dos
equipamentos, cabendo ao sistema de controle paralisar o mesmo quando a capacidade
de projeto for superada.

v. Caso haja necessidade temporária de operação com material fora da especificação, deve
ser feito uma análise seguindo o PNR-000101 - Gerenciamento de mudanças.

vi. Em caso de impedimento de operação dos componentes indicados nos subsistemas da


máquina conforme item 6.2, a operação deve ser paralisada para o reparo.

vii. Deve ser implementado treinamento para pessoal de operação e manutenção para os
sistemas e componentes hidráulicos da máquina.

6.4.1.2 Ronda Operacional

i. As operações e condições gerais das máquinas de pátio devem ser acompanhadas


diariamente através de rondas operacionais garantindo a identificação de anomalias com
potencial de causar danos severos ao sistema.

ii. As rondas operacionais devem ser padronizadas contendo as condições a serem


verificadas pelas equipes operacionais para os componentes descritos nos subsistemas
da máquina conforme o item 6.2.

iii. As anomalias levantadas durante as rondas operacionais devem ser registradas e


encaminhadas de forma padronizada para a equipe responsável pela atividade de
correção.

iv. Nas atividades de ronda operacional deve ser considerado, no mínimo:

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a. Presença de elementos deformados;
b. Condições de operação (como condições climáticas, material a ser manuseado,
caminho de rolamento, etc.);
c. Funcionamento de componentes mecânicos;
d. Verificação dos sensores de segurança;
e. Condição geral do cabo de aço;
f. Contaminações ambientais por particulados ou fluidos hidráulicos;
g. Não conformidades gerais que possam interferir na operação do ativo causando
risco à sua integridade e/ou estabilidade.

6.4.1.3 Movimentação da Máquina (Translação, Elevação da Lança e Giro)

i. As operações de movimentação da máquina devem seguir os seguintes requisitos:

a. As velocidades máximas de translação, de giro e de elevação e suas respectivas


manobras de frenagem e intertravamentos devem ser definidas com base nos
requisitos de segurança de operação e manual do fabricante. No caso de
recuperadoras do tipo portal, aplicam-se as manobras dos componentes do portal;
b. Os operadores devem ser treinados de acordo com os procedimentos de
segurança e, a depender da complexidade e criticidade de cada máquina, deve
ser respeitado o tempo mínimo de experiência de operação exigido;
c. As recuperadoras tipo ponte com sistema de reversão de caçambas exigem
treinamento específico para controle do freio da roda de caçambas e inspeções
ao final da reversão.

6.4.1.4 Manuseio de Material e da Pilha

i. Devem ser estabelecidos procedimentos padrão para manuseio de pilha, desde o


empilhamento até a recuperação. Tais procedimentos devem definir os seguintes
parâmetros, mas não se limitando a eles:

a. Taxas de empilhamento e de recuperação em níveis seguros;


b. Altura máxima segura da pilha;
c. Profundidade máxima de corte;
d. Altura mínima para recuperação, a fim de evitar o colapso da pilha;
e. Controle de caracterização do minério.
ii. Devem ser implementados sistemas de controle da pilha que monitorem, no mínimo, os
seguintes parâmetros:

a. Umidade do material;
b. Propriedades do material, tanto em manuseio quanto em estoque;
c. Temperatura da pilha para materiais inflamáveis, como o carvão.
iii. Deve ser elaborado um procedimento para inspeção e manutenção dos dispositivos de
drenagem do pátio, incluindo o colchão drenante da pilha.

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6.4.1.5 Avaliação de Máquinas Existentes

i. As adequações nas máquinas em operação na Vale devem ser realizadas de acordo


com o item 1.2 da norma AS 4324.1:2017, que também deve ser usada como parte do
processo de análise de risco.

a. As áreas operacionais devem desenvolver estudo de engenharia para determinar


a viabilidade técnica e econômica para as adequações necessárias.

b. Para requisitos cuja adequação se demonstre inviável tecnicamente, deve ser


realizada análise de risco de acordo com PNR de Análise Riscos e adotadas
medidas mitigatórias. As áreas devem fazer os seus procedimentos de engenharia
e adequações necessárias de acordo análise específica.

ii. A classificação de prioridade estrutural de máquinas existentes deve seguir um dos dois
métodos apresentados no PNR-000047 - Integridade Estrutural - Geral: método de
avaliação padrão ou método de avaliação por histórico operacional.

iii. Independentemente do método de classificação selecionado dos descritos no item i,


deve-se:

a. Realizar uma avaliação do peso e balanceamento da máquina;


b. Caso já exista registro de pesagem e balanceamento anterior, a verificação
poderá ser apenas baseada na documentação disponível da máquina, validada e
complementada com base em visita de campo para identificação de modificações
na estrutura ou componentes da máquina. Caso haja registro de pressões ou
forças no sistema de basculamento durante a pesagem anterior, os mesmos
devem ser conferidos em campo;
c. Caso não haja pesagem anterior ou haja motivo de dúvida em relação à sua
representatividade para a condição atual da máquina, outra pesagem deve ser
realizada;
d. Identificar os limites operacionais pré-existentes em dispositivos de controle da
máquina.

6.4.1.6 Setup Operacional

As máquinas de pátio são projetadas para operar com materiais dentro de propriedades
específicas, definidas na engenharia. Algumas situações de operação exigem o manuseio de
materiais com diferentes propriedades, influenciando a forma de operar e a configuração do
sistema.

i. Sistemas que transportam materiais com diferentes características físico-químicas,


devem possuir procedimentos e configurações predefinidas para manuseio de cada
material. Estas configurações devem estar refletidas em procedimentos operacionais
para cada tipo de operação.

ii. A operação da máquina deve adotar a configuração estabelecida para manuseio de cada
material seguindo as definições do projeto.

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6.4.1.7 Intertravamentos de Segurança

Os intertravamentos de segurança são conjuntos de dispositivos que detectam e atuam de


forma automática sem a necessidade de intervenção humana. Os objetivos, as lógicas e regras
de controle, assim como configuração, tecnologia e normas relacionadas estão descritos na
Tabela 27 – Intertravamentos.

i. Toda paralisação da operação indicada na Tabela 27 deve ser implementada pela


engenharia local garantindo uma parada de forma segura.

ii. Para máquinas que necessitam paralisar para Troca de Função devem ser seguidos os
procedimentos conforme manual de operação do fornecedor.

Tabela 27 – Intertravamentos

Normas
Subsistema Objetivo Intertravamento Tecnologia
Relacionadas

Impedir operação de Detecta, comunica e, caso a


ISO 16063-2
componentes vibração ultrapasse os limites Sensor de
1:2003, e ISO
mecânicos fora dos admissíveis, paralisa a vibração
20816:2016
limites de projeto operação
Evitar colisão com O sistema detecta presença de
Encoder, OIML D 10 -
equipamento durante obstáculos, pilhas e
Inclinômetro, ILAC-G24:2007 e
a translação, giro e equipamentos e paralisa a
RFID e Radar EN 1088;2008
elevação operação
Evitar colisão com
equipamento durante EN 1088:2008,
O sistema detecta presença de
a translação e giro. IEC 60825-
obstáculos, pilhas e GPS e Scanner
Controlar o nível de 1:2020 e OIML D
equipamentos e paralisa a a laser 3D
aproximação via GPS 10 - ILAC-
Geral operação
dos equipamentos no G24:2007
mesmo trilho
Sistema detecta o sincronismo
Evitar a falta de
entre o controle de torque do
sincronismo do Inclinômetro, IEC 60947-5-
enrolador de cabos, dados do
enrolador de cabos Encoder, Relé 1:2017 e IEC
inclinômetro e do sistema de
com o movimento de térmico ou VFD 60529:2013
translação, corrige ou paralisa a
translação
operação
Evitar a operação com
Sistema detecta alta
temperatura excessiva EN 620:2011
temperatura e alarma e/ou Sensor de
em componentes AS/NZS
paralisa a operação temperatura
mecânicos e sistemas 4024.3611:2015
automaticamente
hidráulicos
Sistema monitora a umidade da
pilha, analisa as condições com
Evitar carga excessiva Medidor de
os dados de processo do
Estruturas sobre o transportador umidade -
projeto e ativa o sistema de
da lança automático
aspersão caso atinja os limites
admissíveis

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Normas
Subsistema Objetivo Intertravamento Tecnologia
Relacionadas

O sistema monitora
Evitar a operação da continuamente a tensão atuante
Extensômetro ISO 376:2011
máquina com tensões em elementos estruturais e
(strain gauge) ASME
atuantes fora dos paralisa a operação
Nota 1 B30.7:2016
limites de projeto automaticamente, caso
ultrapasse o limite admissível
Reduzir concentração
Sistema monitora a SANS 60079-
de oxigênio nos chutes
concentração de oxigênio no Medidor de 29.2:2017, NFPA
durante o manuseio de
sistema e caso supere 12 %, oxigênio 68:2017 e IEC
carvão para evitar a
adiciona nitrogênio 62828-1:2017
Chutes deflagração
Detecta o nível de particulado
Evitar a emissão Detector de pó e
em suspensão e aciona o
excessiva de bicos -
sistema de pulverização de
particulados atomizadores
água e do agente tensoativo
Sistema monitora a carga
Evitar a operação do atuante no suporte do tambor
ISO 376:2011
Transportador transportador fora dos de esticamento, avalia a
Célula de carga ASME
de correia limites de tensão da condição e, caso ultrapasse o
B30.7:2016
correia estabelecidos limite admissível, paralisa a
operação
Controlar o Sistema detecta o
posicionamento dos posicionamento da máquina, Encoder EURAMET
truques de translação, avalia a posição em relação a Chaves de fim Calibration Guide
de giro e avanço da velocidade e, caso necessário, de curso No. 23:2018
lança telescópica paralisa a operação
Sistema detecta presença de
Evitar o choque e
obstáculos na região a frente
colisão da roda da Chave de
dos truques e, caso seja -
máquina com proximidade
identificado algum obstáculo,
obstáculos
paralisa a translação
Sistema de
Sistema detecta falta de
translação Evitar torção na Sincronismo dos
sincronismo entre os -
estrutura do portal acionamentos
acionamentos de translação
Sistema detecta situação de
Impedir o movimento emergência e o sistema garra- Anemômetro e FEM II:1997 cap
da máquina trilhos é atuado Garra trilho 3-7
automaticamente
Sistema detecta posição fora
Evitar colisão com Encoder e EURAMET
dos limites de operação e
equipamento durante chaves fim de Calibration Guide
paralisa a operação atuando o
a translação curso No. 23:2018
sistema de frenagem
Sistema detecta rotação do
Evitar a operação de
Sistema de tambor do guincho e rodas de EURAMET
elevação da lança e
elevação e translação e caso ultrapasse o Encoder Calibration Guide
translação fora dos
translação limite admissível, paralisa a No. 23:2018
parâmetros de projeto
operação
Evitar a operação com Sistema detecta posição fora
Sistema de Sensor de
espessura de pastilhas dos limites de operação e
translação, giro desgaste das -
fora dos limites paralisa a operação atuando o
e elevação pastilhas
estabelecidos sistema de frenagem

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Normas
Subsistema Objetivo Intertravamento Tecnologia
Relacionadas

Sistema detecta situação de


emergência e atua FEM II:1997 cap
Freios
automaticamente o freio de 3-7
Paralisar o movimento emergência
de giro e translação
Sistema detecta ventos acima ISO 17713-
em caso de Anemômetro
do limite 1:2007
emergência
Sistema de giro Chave fim de
Chave fim de curso ou
curso ou -
sobrecurso é atuada
sobrecurso
Paralisar o movimento Sistema monitora a corrente
PNR-000053 -
de giro e translação aplicada pelos motores elétricos Relé térmico ou
Sistema Elétricos
em caso de e paralisa a operação caso VFD
- Geral
emergência ultrapasse os limites
Sistema monitora a carga
Evitar a operação do
atuante no cabo de aço do ISO 376:2011
guincho fora dos
guincho, avalia a condição e, Célula de carga ASME
limites de carga
caso ultrapasse o limite B30.7:2016
estabelecidos
admissível, paralisa a operação
Sistema detecta sobrecarga no
IEC 62828-
Evitar a operação fora sistema hidráulico, avalia a
Medidor de 1:2017,
dos limites de carga condição e, caso ultrapasse o
Sistema de pressão IEC 60825-
estabelecidos limite admissível, paralisa a
elevação 1:2020
operação
Sistema detecta a posição do
Controlar a posição do
cilindro hidráulico e paralisa
cilindro durante a Transponder -
automaticamente a operação
elevação
quando fora dos limites
O sistema recebe sinal de
Controlar o movimento
controle de processo ou Freio de serviço -
de giro do guincho
emergência e atua
Evitar a operação com Sistema monitora a pressão no
IEC 62828-
torque na roda de motor hidráulico e paralisa a Transdutor de
1:2017, IEC
caçambas acima dos operação caso ultrapasse os pressão
60825-1:2020
limites permitidos limites
Evitar a operação com
Sistema monitora a corrente
torque na roda de PNR-000053 -
aplicada pelos motores elétricos Relé térmico ou
Sistema de caçambas e tambor Sistema Elétricos
e paralisa a operação caso VFD
retomada acima dos limites - Geral
ultrapasse os limites
permitidos
Sistema monitora o peso do
Evitar carga excessiva
material transportado e paralisa
sobre o TR da lança Balança
a roda de caçamba ISO 12745:2008
das recuperadoras integradora
automaticamente caso
com lança
ultrapasse o limite admissível
Paralisar o
Sistema de transportador do pátio, Sistema monitora o nível do
retomada e da lança, ponte e chute paralisando o EN 620:2011
transportador tambor evitando o transportador do pátio ou da Chave de nível AS/NZS
das transbordo de material lança e roda de caçambas caso 4024.3611:2015
empilhadeiras e/ou sobrecarga de atinja o limite máximo
chutes

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Normas
Subsistema Objetivo Intertravamento Tecnologia
Relacionadas

Evitar a operação com Sistema monitora a posição do


o sistema de troca de sistema de escamoteamento da
Sistemas Sistema de troca
funções fora da correia de alimentação e -
auxiliares de função
posição adequada paralisa a operação caso esteja
para a função prevista fora da posição
Nota 1 – Para máquinas existentes e sob demanda.

Para demais intertravamentos referentes aos transportadores do pátio, transportador


intermediário e transportadores embarcados, o PNR-000037 - Sistemas de Manuseio -
Transportadores de Correia deve ser considerado.

Para intertravamentos referentes ao sistema de proteção e combate a incêndio, o PNR-000015


- Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) - Geral deve ser considerado.

6.4.2 Manutenção

O objetivo deste capítulo é estabelecer medidas que impeçam a degradação de todo o sistema
que compõe a máquina e seus componentes garantindo uma operação segura.

Estas medidas têm foco específico na prevenção das falhas que possam levar aos MUEs não
sendo suficiente para garantir o desempenho operacional da máquina na sua plenitude.

6.4.2.1 Aspectos Gerais

A classificação dos tipos de manutenção adotada neste documento segue a classificação da


IEC 60300-3:2011 – Reliability Centered Maintenance e pode ser observado na Figura 5 abaixo.

Figura 5 – Atividades de Manutenção.


Fonte: Adaptado da norma IEC 60300-3:2011

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Apenas as medidas relacionadas à Manutenção Preventiva são adotadas neste documento
uma vez que medidas após a falha não são adequadas na prevenção dos MUEs.

As atividades operacionais como ronda operacional e controles operacionais descritas no item


6.4.1 estão contempladas no APÊNDICE IV – Tabela ITPM por se tratarem de medidas
preventivas contra degradação de componentes.

As atividades descritas no APÊNDICE IV – Tabela ITPM constituem elementos de uma barreira


preventiva ou mitigatória e são a base para o gerenciamento do risco. Desta forma, o não
cumprimento destas medidas expõe o ativo ao risco de ocorrência dos MUEs descritos neste
documento.

As atividades necessárias para preservação da integridade da máquina estão descritas no


APÊNDICE IV – Tabela ITPM. Uma legenda para auxiliar no entendimento desta é mostrada
logo após a mesma ao fim do Apêndice.

As atividades de manutenção descritas no APÊNDICE IV – Tabela ITPM apresentam requisitos


e frequências mínimas, cabendo a engenharia local após uma avaliação técnica devidamente
registrada, adotar a medida mais restritiva em função da degradação do componente ou
especificação do fornecedor.

Os seguintes requisitos devem ser aplicados:

i. Todos os ativos e componentes críticos descritos nos subsistemas indicados nas tabelas
do item 6.2 devem estar cadastrados como equipamento no sistema informatizado de
manutenção, de forma hierarquizada, com as seguintes informações mínimas:

a. Dados técnicos de fabricantes;


b. Data de início de operação;
c. Lista técnica de materiais;
d. Plano de Inspeção;
e. Testes necessários;
f. Manutenção preventiva;
g. Históricos de OMs devidamente assinadas eletronicamente pelo mantenedor;
h. Relatórios técnicos anexos;
i. Estoque mínimo.
ii. Todos os serviços de monitoramento, inspeção, testes, manutenção preventiva,
hibernação, mudanças nos ativos e atividades oriundas destes serviços devem ter os
registros no sistema informatizado de manutenção.

iii. Todos os eventos de parada operacional das máquinas causados por intertravamentos
ou intervenção manual, devem ter seus registros apontados adequadamente no sistema
de paradas.

iv. As atividades de controle e monitoramento das máquinas de pátio e sistemas auxiliares


devem garantir:

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a. Restauração da condição do equipamento devido ao uso natural ou dano gerado
por outro sistema;
b. Correção de desvio operacional ou situação fora dos limites estabelecidos em
projeto;
c. Interdição caso a operação ultrapasse os limites admissíveis.
v. A cada 6 meses deve ser realizado o teste de trip de todos os intertravamentos previstos
na Tabela 27, garantindo a execução completa e respeitando a sequência de parada
conforme definido pela filosofia de controle do projeto.

vi. Os sistemas instrumentados devem ser mantidos de acordo com o PNR-000081 -


Instrumentação e Controle - Supervisão e Controle - Sistema Instrumentado de
Segurança (SIS) e PNR-000087 - Instrumentação e Controle - Supervisão e Controle -
Sistema de Controle Básico de Processo (BPCS).

vii. Deve ser considerado procedimentos de realização de serviço a quente (soldagem,


oxicorte e outros) com requisitos de segurança antes, durante e após a realização dos
serviços contemplando atividades de preparação dos serviços, execução, limpeza e
monitoramento por 2 horas após a conclusão das atividades incluindo a limpeza e
remoção de ferramentas e restos de materiais da área.

viii. Devem ser realizadas inspeções sensitivas para avaliações das condições das máquinas
quanto aos seguintes aspectos:

a. Presença de elementos deformados, corroídos ou com trincas;


b. Presença de elementos soltos ou faltantes de ligações;
c. Presença de acúmulo de material ou outro tipo de sobrecarga;
d. Ruídos anormais;
e. Temperaturas anormais;
f. Vibrações anormais;
g. Vazamentos de óleo, graxa ou minério;
h. Parafusos soltos;
i. Peças ou componentes caídos no piso;
j. Odores anormais;
k. Preservação das condições do caminho de rolamento;
l. Preservação da funcionalidade dos componentes mecânicos;
m. Preservação da integridade dos cabos de aço e polias;
n. Não conformidades que possam interferir na operação e integridade.
ix. Deve ser elaborado um plano plurianual de substituições preventivas de itens sujeitos a
desgastes considerando a criticidade do componente, prazos de fornecimento, qualidade
e critérios de estocagem para os seguintes itens:

a. Truques de translação e giro;


b. Rolamento de giro e rodas de truques;

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c. Cilindros hidráulicos;
d. Unidades hidráulicas;
e. Redutores, freios e motorredutores;
f. Pinhão e cremalheira de pinos;
g. Cabos de aço;
h. Roda de caçambas;
i. Pinos e rótulas estruturais.
x. Para avaliação de retorno a operação de máquinas que sofreram avarias, os
procedimentos de tratamento de desvios indicados no PNR-000047 - Integridade
Estrutural - Geral e PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de Aço devem ser
seguidos.

xi. As engenharias de manutenção das unidades de negócio devem estabelecer


procedimentos conforme abaixo:

a. Procedimento para interdição segura: atividades a serem realizadas para


interdição de cada instalação de forma segura, garantindo a integridade física das
pessoas e dos componentes com papéis e responsabilidades necessárias e fluxo
de comunicação;
b. Procedimento para execução das atividades de limpeza descrevendo os limites
admissíveis de aceitação desta tarefa, uso de ferramentas para desagregar
incrustação de minério e aplicação de jatos de água seguindo os critérios
estabelecidos na documentação da máquina;
c. Detalhamento dos limites admissíveis de acordo com a condição de degradação
dos elementos da máquina respeitando os critérios mínimos da Tabela 28 abaixo;
d. Checklist cadastrado no sistema informatizado de manutenção contendo as
verificações mínimas a serem adotadas pelo revisor independente ou analista de
acordo com a Tabela 28.
Tabela 28 – Tabela de Degradação

Verificações mínimas a serem realizadas no


Elemento Avaliado Condição de Degradação
processo de Inspeção e Ronda Operacional
- Verificar integridade e condições de tráfego;
- Integridade; - Verificar sinais de erosão;
- Acessos ao pátio.
- Erosão. - Verificar presença de vegetação e necessidade de
poda.
- Verificar se não há vazamentos, trincas, sinais de
- Integridade; impacto de materiais metálicos no corpo, válvula,
- Acumuladores do - Corrosão; tubos e mangueiras;
sistema hidráulico. - Trincas; - Verificar integridade do reservatório e proteções
- Vazamentos. contra queda de material;
- Verificar se há material incrustrado.
- Amortecedores; - Verificar funcionalidade do isolamento térmico e
- Cadeira ergonômica - Integridade; acústico, condições de regulagem da cadeira,
escamoteável; - Funcionalidade; vedações, presença de entrada de água e poeira e
- Isolamento - Corrosão; amortecedores de suporte da cabine;
térmico/acústico; - Desgaste. - Verificar funcionalidade do limpador de para-brisa;
- Limpador de para-brisa; - Inspecionar.

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Verificações mínimas a serem realizadas no
Elemento Avaliado Condição de Degradação
processo de Inspeção e Ronda Operacional
- Mecanismo de ajuste e
posicionamento da
cabine;
- Vedação contra poeira e
entrada de água.
- Verificar a integridade visual das chapas e pinos
das ligações;
- Corrosão; - Identificar a presença de trincas nos elementos
- Trincas; das articulações, ruídos, estalos, folgas e desgaste
- Deformações; acentuado;
- Articulações estruturais. - Desgaste; - Verificar lubrificação e funcionalidade
- Corrosão; componentes lubrificação;
- Lubrificação; - Para rótulas autolubrificadas seguir programação
- Integridade. para substituição;
- Verificar condições dos elementos quanto à
corrosão.
- Corrosão;
- Verificar a integridade das articulações;
- Articulações mecânicas. - Trincas;
- Verificar lubrificação.
- Deformações;
- Verificar sinais de vibração excessiva, trincas e
- Corrosão; folgas na fixação;
- Bases de acionamento.
- Deformações. - Verificar integridade e sinais de corrosão ou
deformações.
- Integridade; - Identificar presença de trincas ou deformações;
- Batentes (defensas).
- Corrosão. - Verificar fixação.
- Verificar se os batentes possuem alguma avaria
ou sinal de choque;
- Trincas; - Avaliar presença de trincas ou deformações;
- Batentes metálicos; - Fixações nas estruturas; - Avaliar fixação dos mesmos à estrutura;
- Pontos de ancoragem. - Integridade; - Verificar integridade dos chumbadores de fixação;
- Corrosão. - Eliminar obstruções de acesso aos pontos de
ancoragem.
- Verificar pintura e presença de corrosão.
- Verificar integridade do conjunto do braço de
- Braço de torque; - Integridade; torque, e folgas na fixação e encaixe no eixo;
- Pino limitador de torque. - Folgas. - Inspecionar pino limitador de torque seguindo
instruções do fornecedor.
- Desgaste; - Verificar condição dos arames;
- Rompimento de arames; - Verificar condição de limpeza e ruídos no
- Cabos de aço.
- Corrosão; movimento sobre polias;
- Lubrificação - Verificar condições de lubrificação.
- Verificar pintura e sinais de corrosão;
- Integridade;
- Verificar integridade dos suportes;
- Corrosão;
- Canhão de ar. - Verificar funcionalidade da válvula de alívio de
- Trincas;
pressão;
- Vazamentos.
- Verificar presença de vazamentos.
- Verificar presença de atos de vandalismo em telas
- Integridade;
- Cerca; e arames de cercas;
- Sinais de vandalismo;
- Portão. - Verificar integridade dos elementos de fixação da
- Corrosão.
cerca.
- Verificar se sistema de ajuste não está travado;
- Chapa defletora; - Travamento do ajuste;
- Verificar integridade dos suportes das caldeirarias,
- Calha de limpeza de - Integridade;
entupimento de chutes e calha de limpeza de pisos;
pisos; - Entupimento;
- Movimentar a chapa defletora para os dois
- Chutes; - Desgaste do
sentidos e retornar a mesma para a posição inicial;
- Porta de inspeção. revestimento.
- Lubrificar a rosca do volante;

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Verificações mínimas a serem realizadas no
Elemento Avaliado Condição de Degradação
processo de Inspeção e Ronda Operacional
- Inspecionar o desgaste das chapas do
revestimento;
- Verificar presença de deformações em
caldeirarias.
- Verificar integridade do corpo haste do cilindro;
- Verificar integridade das articulações e suas
fixações;
- Integridade; - Verificar empeno e ovalização em haste tubular;
- Cilindros hidráulicos. - Vazamentos; - Verificar ocorrência de ruídos e estalos nas
- Conexões. articulações;
- Verificar evidências de vazamentos nas conexões
e retentores;
- Verificar integridade da proteção da haste.
- Verificar rasgos na cortina;
- Verificar presença de objetos estranhos aderidos
- Integridade;
- Cortina contra ventos. na cortina;
- Corrosão.
- Verificar integridade dos cabos de sustentação e
torres de estaiamento.
- Desgaste; - Verificar condições de limpeza do local dos
- Dispositivos de - Rompimento de arames; suportes metálicos;
ancoragem (manual); - Integridade do suporte - Verificar condições de pintura e presença de
- Olhais e pontos de metálico e chumbadores; corrosão;
estaiamento e - Corrosão no suporte, - Verificar integridade dos chumbadores;
ancoragem. cabos e acessórios; - Verificar condição dos arames;
- Lubrificação. - Verificar integridade dos olhais.
- Verificar presença de trincas;
- Dispositivos de
- Verificar erosão na proximidade destes
drenagem (canaletas, - Trincas;
dispositivos;
galerias e descidas - Entupimento.
- Verificar entupimentos e presença de vegetação
d’agua).
que prejudique a integridade dos dispositivos.
- Condições de - Verificar presença de trincas no concreto nos
escoamento de água; dispositivos de drenagem;
- Trincas e recalques nos - Verificar erosão na proximidade destes
dispositivos; dispositivos;
- Drenagem das pilhas.
- Entupimento dispositivos - Verificar entupimentos e presença de vegetação
de drenagem; que prejudique a integridade dos dispositivos;
- Contaminação do colchão - Verificar contaminação do colchão drenante com
drenante. finos de minério e lama.
- Verificar ruídos;
- Integridade; - Verificar lubrificação;
- Embreagem do
- Lubrificação; - Verificar parafusos de fixação;
acionamento.
- Fixação. - Verificar integridade dos elementos;
- Verificar sinais de desgaste.
- Verificar fixação dos elementos;
- Enclausuramento. - Fixação.
- Verificar se há rasgos nos elementos.
- Verificar presença de vibração excessiva ou
- Integridade; ruídos anormais;
- Nivelamento e - Verificar presença de corrosão no suporte do
- Enrolador de cabos.
alinhamento; enrolador;
- Corrosão. - Verificar fixações na estrutura da plataforma;
- Verificar vazamentos de óleo em retentores.
- Integridade; - Verificar integridade das conexões;
- Nivelamento e - Verificar presença de vibração excessiva ou
- Enrolador de
alinhamento; ruídos de operação;
mangueira.
- Vazamentos; - Verificar presença de corrosão no suporte do
- Corrosão. enrolador;

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Verificações mínimas a serem realizadas no
Elemento Avaliado Condição de Degradação
processo de Inspeção e Ronda Operacional
- Verificar fixações na estrutura da plataforma;
- Verificar vazamentos de óleo em retentores.
- Limpeza;
- Verificar integridade dos elementos, condições de
- Estação meteorológica. - Corrosão;
limpeza, sinais de corrosão e vazamentos.
- Vazamentos.
Inspeção Sensitiva:
- Verificar sem uso de equipamentos danos à
pintura;
- Corrosão;
- Inspecionar sistemas de movimentação;
- Trincas;
- Verificar níveis de corrosão;
- Deformações;
- Verificar alinhamento e nivelamento de
- Estruturas - Inspeção - Desgaste;
componentes estruturais;
nível 1. - Lubrificação das
- Verificar deformações nos elementos estruturais;
articulações da máquina;
- Verificar acúmulo de material;
- Ruído
- Verificar condições das ligações;
- Vibração.
- Verificar ruídos e vibrações anormais;
- Verificar desgaste de elementos;
- Verificar lubrificação em articulações.
- Conforme PNR-000047 - Integridade Estrutural -
- Corrosão; Geral e PNR-000048 - Integridade Estrutural -
- Trincas; Estruturas de Aço;
- Deformações; - Verificar danos à pintura;
- Estruturas – Inspeção - Desgaste; - Inspecionar sistemas de movimentação;
nível 2. - Lubrificação das - Verificar níveis de corrosão;
articulações da máquina; - Verificar alinhamento e nivelamento de
- Ruído; componentes estruturais;
- Vibração. - Verificar desgaste de elementos;
- Verificar lubrificação em articulações.
Abrangência conforme resultados de inspeção nível
2 e/ou análises estruturais.
- END; - Verificar medição de espessura;
- Corrosão; - END por ultrassom;
- Trincas; - END por líquido penetrante;
- Deformações; - END por partícula magnética;
- Estruturas – Inspeção
- Desgaste; - Verificação de vibrações por acelerometria;
nível 3.
- Lubrificação das - Verificação de deformações por extensometria;
articulações da máquina; - Medição de dureza e em pinos e elementos de
- Ruído; articulações;
- Vibração. - Verificação do alinhamento e nivelamento com
topografia ou escaneamento 3D;
- Verificação de 25% das soldas principais e pinos;
- Integridade do sistema;
- Verificar as fixações dos suportes dos freios;
- Condições das molas e
- Freio de emergência; - Verificar a integridade dos elementos;
atuadores;
- Freios de serviço. - Verificar presença de corrosão em elementos de
- Corrosão em suportes;
fixação das pinças e do disco de frenagem.
- Limpeza do disco.
- Fundação;
- Verificar recalques com recursos de topografia;
- Base de ancoragem;
- Recalque; - Verificar integridade do concreto;
- Base de estaiamento;
- Integridade. - Verificar presença de trincas;
- Base de
- Verificar presença de corrosão das armaduras.
macaqueamento.
- Verificar deformações e desgastes no gancho
- Desgaste;
- Verificar integridade e presença de trincas
- Gancho de segurança. - Corrosão;
- Verificar presença de corrosão
- Deformações.
- Verificar soldas e fixações

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Verificações mínimas a serem realizadas no
Elemento Avaliado Condição de Degradação
processo de Inspeção e Ronda Operacional
- Integridade das conexões;
- Grampo de ancoragem - Verificar integridade das conexões;
- Vazamentos;
(garra trilho). - Verificar vazamentos em conexões/mangueiras.
- Corrosão.
- Graxa;
- Vazamentos em juntas e - Verificar nível de óleo e graxa;
- Óleo de lubrificação;
mancais; - Verificar vazamentos em conexões, tubulações,
- Óleo de sistemas
- Nível de óleo e graxa. retentores e carcaças de componentes mecânicos.
hidráulicos.
- Vazamento de partícula maior que 2 mm;
- Guias laterais. - Desgaste da guia.
- Ajuste das guias sobre a correia.
- Verificar a integridade dos elementos;
- Guincho de elevação;
- Integridade; - Verificar ruídos excessivos e diagnosticar a
- Guincho da lança
- Corrosão em suportes; origem;
telescópica;
- Trinca. - Verificar níveis de vibração;
- Guincho do ancinho.
- Verificar as fixações dos suportes do guincho.
- Verificar suportação e integridade;
- Conexões; - Verificar conexões elétricas;
- Instrumentos descritos
- Integridade; - Inspecionar integridade das carcaças;
na Tabela 24.
- Limpeza. - Verificações conforme norma NFPA 70B:2019
Capítulo 22.
- Verificar as fixações dos limpadores;
- Desgaste do raspador;
- Verificar folga do raspador e ajustar conforme
- Folga excessiva;
- Limpa-trilhos. projeto;
- Corrosão dos elementos
- Verificar condições dos trilhos quanto à presença
de fixação.
de material depositado.
- Verificar integridade geral do componente e
movimentação da haste;
- Integridade;
- Verificar as condições dos selos, o´ring e outras
- Macaco hidráulico. - Vazamentos;
vedações;
- Corrosão.
- Verificar a corrosão no corpo da haste e olhais de
fixação.
- Verificar fixações, condições de lubrificação,
- Mancais; - Fixações;
folgas em eixos e sinais de vibração;
- Mancal da roda de - Lubrificação;
- Verificar temperatura de trabalho e sinais de
caçambas. - Folgas.
trincas.
- Verificar integridade das conexões;
- Integridade das conexões; - Verificar presença de vibração excessiva ou
- Motorredutor;
- Vazamentos; ruídos;
- Redutor.
- Corrosão. - Verificar temperatura em operação normal;
- Verificar vazamentos.
- Fixações; - Verificar sinais de choques e deformações;
- Para-choques
- Vazamentos; - Verificar vazamentos e folgas na fixação e nos
hidráulico.
- Folgas. elementos do braço do para-choque.
- Verificar integridade dos elementos do piso e das
fixações;
- Corrosão;
- Passadiços, - Verificar sinais de corrosão;
- Trincas;
plataformas, escadas e - Inspecionar as ligações e identificar a presença de
- Fissuras;
corrimãos. trincas e fissuras em soldas.
- Deformações.
- Verificar visualmente condições de alinhamento e
nivelamento dos elementos do piso e de apoio.
- Medir a espessura das pastilhas;
- Pastilha de freio. - Abaixo do limite mínimo. - Comparar valores obtidos com os valores
admissíveis pelos fornecedores.
- Verificar geometria das pilhas e comparar com
- Ângulos acima dos limites
dados do projeto;
do RG do projeto com
- Pilha. - Verificar presença de material compactado nas
riscos de
bordas e na região de operação de recuperadoras;
desmoronamentos;
- Verificar umidade do material estocado.

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Verificações mínimas a serem realizadas no
Elemento Avaliado Condição de Degradação
processo de Inspeção e Ronda Operacional
- Umidade acima dos
limites definidos no projeto.
- Verificar integridade da cremalheira e pinhão;
- Integridade dos dentes; - Verificar condições de lubrificação em todo o
- Lubrificação; conjunto;
- Pinhão e cremalheira de
- Alinhamento, nivelamento - Verificar parafusos de fixação e deformações na
pinos.
e geometria (circular); cremalheira;
- Fixação. - Verificar alinhamento e geometria para
cremalheira em curva.
- Pino de ancoragem
- Corrosão;
(anti-furacão manual); - Verificar integridade e sinais de corrosão ou
- Deformações;
- Pino de travamento de deformações.
- Integridade.
giro.
- Desgaste; - Verificar condição das polias e suportes;
- Polias; - Corrosão; - Verificar condição de limpeza, e ruídos no
- Suporte de polias. - Lubrificação; movimento;
- Integridade. - Verificar condição de lubrificação dos mancais.
- Verificar posicionamento das tampas das
bandejas e inspecionar para garantir que não tenha
material depositado sobre as bandejas;
- Corrosão; - Verificar presença de cabos fora das bandejas e
- Proteção mecânica do
- Fixação; relatar este evento. Cabos não podem ser
bandejamento.
- Integridade. posicionados fora das bandejas;
- Verificar integridade dos suportes das bandejas e
relatar qualquer avaria na suportação que possam
provocar a deformação das bandejas.
- Verificar a integridade e espessura dos
revestimentos;
- Verificar fixações dos revestimentos quanto a
- Desgaste;
- Revestimento. presença de parafusos soltos ou sem com folgas;
- Fixação.
- Inspecionar a existência de chapas de
revestimento em todos os locais previstos onde há
furação para fixação.
- Verificar a integridade do corpo da roda e das
- Roda de caçambas; - Desgaste; caçambas e espessura dos revestimentos;
- Caçamba; - Fixação; - Verificar fixações dos revestimentos quanto a
- Eixo da roda de - Lubrificação; presença de parafusos soltos ou com folgas;
caçamba. - Folgas. - Verificar sinais de deformações e folgas no eixo,
presença de ruídos anormais e vibração.
- Verificar integridade da pista de rolamento da
- Integridade;
roda;
- Lubrificação;
- Rodas; - Verificar condições de lubrificação nos mancais;
- Alinhamento e folgas nos
- Roda guia. - Verificar parafusos de fixação e deformações no
eixos;
suporte dos mancais;
- Fixação.
- Verificar alinhamento do truque.
- Verificar ruídos e estalos anormais;
- Rolamento de giro; - Integridade; - Verificar lubrificação;
- Rolamento da roda de - Lubrificação; - Verificar parafusos de fixação;
caçambas. - Fixação. - Verificar integridade de rolos;
- Verificar sinais de desgaste.
- Verificar condição superficial da pista de
- Desgaste;
rolamento;
- Corrosão;
- Roletes de apoio. - Verificar condição de limpeza, e ruídos no
- Lubrificação;
movimento;
- Integridade.
- Verificar condição de lubrificação dos mancais.
- Corrosão; - Verificar sinais de corrosão nas estruturas e
- Sala elétrica.
- Limpeza. painéis elétricos;

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Verificações mínimas a serem realizadas no
Elemento Avaliado Condição de Degradação
processo de Inspeção e Ronda Operacional
- Verificar limpeza da sala;
- Verificar funcionalidade da porta de entrada.
- Sinalização; - Verificar integridade e condição visual da pintura;
- Integridade.
- Sinalização audiovisual. - Verificar conexões elétricas.
- SPCI;
- Integridade. - Verificar integridade das conexões.
- SPDA.
- Verificar integridade dos suportes e braços
articulados;
- Sistema de aspersão;
- Integridade; - Verificar vazamentos nos tubos, mangueiras e
- Sistema de abatimento
- Corrosão. conexões;
de pó.
- Verificar integridade das mangueiras;
- Verificar entupimento dos aspersores.
- Verificar as vedações nos pontos de captação;
- Vedações deficientes;
- Verificar posicionamento e abertura das válvulas;
- Sistema de - Regulagem das válvulas;
- Verificar integridade das coifas, vedações, e dutos
despoeiramento (filtro de - Entupimento de dutos;
e incrustações nos dutos e mangas;
mangas); - Corrosão componentes;
- Verificar funcionalidade dos jatos de ar nas
- Porta de explosão. - Mangas entupidas;
mangas;
- Mangas furadas.
- Verificar anomalias no exaustor e chaminé.
- Verificar fixações do conjunto, condições de
- Fixações;
lubrificação de mancais e sistemas de
- Sistema de translação - Corrosão;
acionamento, folgas em eixos e sinais de vibração;
da roda de caçambas. - Lubrificação;
- Verificar sinais de corrosão nas estruturas e
- Folgas.
suportes.
- Verificar integridade das conexões;
- Integridade das conexões; - Verificar presença de vibração excessiva ou
- Talha elétrica. - Vazamentos; ruídos durante translação e elevação;
- Corrosão. - Verificar presença de corrosão na monovia;
- Verificar vazamentos de óleo em retentores.
- Verificar integridade das fixações entre o trilho e
- Fixação; dormentes;
- Trilhos;
- Trincas em dormentes; - Inspecionar capacidade da drenagem do lastro de
- Acessórios de fixação
- Deformações no trilho; brita e presença de contaminação que impeça a
dos trilhos;
- Desgaste no trilho; drenagem;
- Dormentes;
- Contaminação do lastro - Verificar integridade do trilho e desgaste no boleto
- Lastro de brita.
de brita. da pista de rolamento;
- Verificar integridade dos dormentes.
- Unidade hidráulica, - Verificar vazamentos e trincas nas bombas,
tubos, conexões e - Integridade; válvulas, tubos e mangueiras;
mangueiras; - Limpeza; - Verificar integridade do reservatório e proteções
- Bomba hidráulica; - Vazamentos. contra queda de material;
- Motor hidráulico. - Verificar se há material incrustrado.
- Corrosão; - Verificar integridade do vaso e sinais de choque
- Vaso de pressão. - Fixações; ou impacto com objetos metálicos;
- Integridade. - Verificar fixações e sinais de corrosão.
- Verificar travamento;
- Travamento do ajuste; - Verificar integridade dos suportes das caldeirarias;
- Vibradores. - Integridade; - Verificar funcionalidade do vibrador em operação;
- Desgaste dos elementos. - Verificar trincas nos suportes e caldeirarias no
entorno.
- Integridade; - Verificar presença de material incrustrado no
- Incrustações impedindo a visor;
- Visor de nível.
leitura do nível; - Verificar condição de visibilidade e integridade do
- Condição de visibilidade. visor;

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6.4.2.2 Atividades Baseadas em Condição

i. As atividades de manutenção preventiva baseadas em condição conforme Figura 5,


devem ser estabelecidas considerando os seguintes aspectos:

a. Análise de forma integrada permitindo um diagnóstico assertivo da saúde do


sistema;
b. Análise da condição de degradação e da tendência possibilitando interdição ou
manutenção programada evitando exposição ao risco;
c. Padronização do método de análise nos 2 itens anteriores, garantindo isonomia
nas análises;
d. Supervisão do engenheiro de operação quando necessitar de ajustes
operacionais.
ii. Os limites admissíveis precisam ser definidos pelas equipes de engenharia para que as
os diagnósticos das atividades baseadas em condição conforme Figura 5 permitam a
equipe de manutenção atuar de forma preventiva.

iii. Para as atividades classificadas no APÊNDICE IV – Tabela ITPM como críticas (coluna
“C”), a Tabela 29 deve ser adotada para definição dos níveis de interdição ou alarme.
Para componentes estruturais, as ações considerando os atrasos nas atividades de
manutenção devem ser tomadas com base nos níveis de prioridade estrutural definidos
no PNR-000047 - Integridade Estrutural - Geral”

Tabela 29 – Critérios de Interdição

Atividades de manutenção Interdição

Manutenção predeterminada OM Vencida acima da tolerância


Manutenção baseada em condição –
OM Vencida acima da tolerância
Diagnóstico
Manutenção baseada em condição - Correção Prazo conclusão vencido

iv. A tolerância indicada na Tabela 29 deve ser definida pelas engenharias de cada área de
acordo com os seguintes critérios:

a. Situação de alarme: apresenta uma situação que levará à uma condição insegura;
b. Situação de interdição: situação de operação insegura que pode levar a perda de
integridade e segurança dos ativos.

6.4.2.3 Execução dos Serviços de Manutenção e Recuperação

i. A execução dos serviços de manutenção consiste nas atividades necessárias para a


restauração da função do sistema através de substituição, reparo (soldagem/
torqueamento), ajustes e calibração.

ii. Os requisitos associados a execução dos serviços de manutenção devem seguir, no


mínimo os itens dispostos no item 6.3.1 relacionados a montagem eletromecânica.

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iii. Os seguintes itens não podem ser recuperados, remanufaturados, industrializados ou
fabricados, cabendo à área de manutenção a aquisição de um item novo:

a. Elementos de desgaste;
b. Óleos lubrificantes (exceto processo diálise, desde que recupere a condição
original do óleo);
c. Rolamentos;
d. Filtros em geral;
e. Instrumentos (exceto caso haja comprovação técnica da viabilidade de reparo).
iv. A engenharia de manutenção deve estabelecer uma lista contendo os componentes
reformáveis, industrializáveis e peças que podem ser fabricados bem como a lista de
peças reutilizáveis e de substituição obrigatória.

v. A engenharia de manutenção deve homologar todos os fornecedores de componentes


críticos para reposição de peças, subconjuntos e componentes.

vi. Para reformas, recuperação, restauração e substituição de componentes críticos devem


ser obedecidas as especificações de materiais bem como as características técnicas de
acordo com os dados de projeto e do fornecedor do equipamento. Qualquer modificação
técnica (inclusive aquelas que visem melhorias) deve seguir os requerimentos do PNR-
000101 -Gerenciamento de Mudanças, bem como os requerimentos escritos no item
6.4.2 deste documento.

6.4.2.4 Balanceamento em Máquinas Existentes

i. Para máquinas existentes, o balanceamento pode ser realizado por avaliação de pressão
do cilindro, força dos cabos ou extensometria.

ii. Para máquinas com uso de cilindros para elevação da lança, as pressões devem ser
registradas para todos os ângulos de basculamento possíveis. É necessária a completa
estabilização das pressões com a lança em posição estática, evitando erros de medição.
[Aplicável à EPB, EPG, RPC e ER]

iii. A avaliação da condição de balanceamento deve ser feita por meio da elaboração de um
modelo computacional por elementos finitos. Tal modelo deve ser alimentado com os
dados obtidos na pesagem, na extensometria ou em cilindros hidráulicos ou cabos de
aço, conforme método de basculamento, permitindo sua calibração e a obtenção do
centro de gravidade da máquina em campo. [Aplicável à EPB, EPF, EPG, RPC e ER]

iv. Caso seja verificada a necessidade de instalação de placas de contrapeso ou lastros,


análises estruturais e mecânicas devem ser realizadas para avaliação dos impactos
sobre a estrutura da máquina e seus acionamentos. [Aplicável à EPB, EPF, EPG, RPC
e ER]

6.4.2.5 Macaqueamento

O macaqueamento da máquina para manutenção é normalmente utilizado para substituição de


componentes críticos ou instalação de reforços estruturais onde possa haver condições
transitórias de perda da estabilidade da estrutura.

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i. Deve existir um procedimento formal para macaqueamento da máquina. Para máquinas
existentes onde não há um procedimento elaborado pelo fornecedor deve ser elaborado
o mesmo, juntamente com uma análise estrutural para garantia da estabilidade durante
a execução dos serviços.

ii. O procedimento de macaqueamento deve seguir as diretrizes abaixo:

a. O macaqueamento somente poderá ser realizado em caso de ventos com


velocidade de até 20 km/h. A programação das atividades deve considerar os
dados da estação de monitoramento de ventos e em caso de ventos superiores
ao limite descrito as atividades devem ser paralisadas;
b. Apenas pontos de macaqueamento devem ser utilizados para suporte e onde não
disponíveis estes pontos os mesmos devem ser instalados a partir da análise
estrutural;
c. Devem ser utilizados macacos hidráulicos com certificados de validade por testes
dinâmicos e com porca-trava para levantamento da máquina. Estes dispositivos
devem ter capacidade de carga no mínimo 50% superior à carga prevista para
levantamento;
d. Os macacos hidráulicos e suportes estáticos não devem ser apoiados diretamente
sobre o solo e sobre bases existentes sem a devida verificação de capacidade;
e. Caso seja adotado um macaco único por ponto de apoio da máquina, o
dimensionamento na região deve considerar uma carga 30% superior à prevista
em projeto;
f. A máquina deve ser posicionada no local específico previsto em projeto;
g. O sistema hidráulico deve conter os manômetros para indicação da pressão
atuante. Deve ser apresentado o certificado de calibração válido dos manômetros
a serem utilizados;
h. O acionamento do sistema hidráulico deve ser feito por meio de fonte eletro-
hidráulica, não sendo permitida a utilização de sistemas manuais;
i. Devem ser instalados suportes e calços de aço para apoio da máquina após o
devido macaqueamento;
j. Deve ser prevista ancoragem lateral para macaqueamento de um conjunto
estrutural completo;
k. Deve ser previsto continuidade do sistema de aterramento durante o
procedimento de macaqueamento abrangendo todos os trilhos da máquina.
iii. Para suporte da lança ou contralança em torres de apoio devem ser seguidos os
seguintes critérios: [Aplicável à EPB, EPF, EPG, RPC e ER]

a. As torres devem ser dimensionadas considerando os requisitos de carga a serem


apresentados pelo fornecedor da máquina ou a partir de cálculos específicos para
cada aplicação;
b. Deve ser verificada a condição de apoio da estrutura da máquina sobre a torre
para não provocar cargas compressivas em tirantes;
c. Deve ser verificada a estrutura na condição de apoio e instaladas nervuras ou
reforços de acordo com os resultados do cálculo;

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d. Devem ser previstos calços para distribuição das cargas sobre as estruturas de
apoio e apoiadas;
e. A torre deve ser apoiada sobre chapa metálica dimensionada para distribuir os
esforços sem punção e respeitando as tensões admissíveis do solo.
iv. A altura limite de elevação da máquina, quando utilizados macacos de forma individual,
deve ser determinada por meio de uma análise estrutural.

6.4.2.6 Hibernação

Os requisitos de hibernação abrangem práticas operacionais e de manutenção que preservam


a integridade do ativo durante um longo período de parada.

Deve ser elaborado para cada equipamento um plano contendo os procedimentos e atividades
a serem executadas antes e durante o processo de hibernação, incluindo e não se limitando as
descritas neste capítulo.

i. No início do período de hibernação deve ser realizada uma limpeza em todas as


estruturas e componentes da máquina de pátio bem como em suas plataformas.

ii. Deve ser realizada uma análise em campo da situação real dos equipamentos e
acondicionamento das principais partes do ativo.

iii. Deve ser incluído no SAP PM, o cadastro do plano de hibernação com o respectivo
checklist e a alteração do status do ativo.

iv. Devem ser realizadas as seguintes atividades durante a fase de hibernação:

a. O posicionamento da lança e contralança na posição de estacionamento conforme


instruções do manual do fornecedor;
b. A aplicação do freio mecânico no sistema de translação;
c. O travamento de cada garra trilho;
d. O travamento do sistema de giro através do pino de travamento e sistema de
estaiamento;
e. O desligamento das fontes de energia, exceto para resistências elétricas dos
motores e painéis elétricos;
f. A lubrificação deve ser mantida conforme instruções do fornecedor;
g. Ancoragem através do estaiamento com uso de cabos de aço fixados nas
respectivas bases de ancoragem.
h. O travamento através dos dispositivos de ancoragem e sistema anti-furacão.
v. Após a realização dos procedimentos descritos nos itens anteriores, o equipamento deve
passar por inspeções estruturais e mecânicas conforme Tabela 30.

Tabela 30 – Inspeção de Equipamentos em Hibernação

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Frequência Inspeção Escopo Responsáveis

Conforme item viii


2 anos Estruturas Inspetor qualificado
seção 6.4.2.1

Inspeção do cabo de
Semestral Conforme Tabela 28 Inspetor qualificado
aço

vi. Para paradas acima de 30 dias deve ser considerada a operação em vazio da máquina
por um período mínimo de 5 minutos em cada semana subsequente.

vii. Devem ser realizadas inspeções durante o período de operação em vazio para
identificação de anomalias e verificação de dados de temperatura, pressão, corrente
elétrica e vibração.

viii. As resistências elétricas dos motores e painéis elétricos devem permanecer em


operação durante o período de hibernação.

ix. Os testes funcionais devem ser realizados durante o período de hibernação


considerando os mesmos procedimentos e frequências estabelecidos para a operação
normal dos equipamentos.

x. Durante o período de hibernação, o equipamento deve ser posicionado e travado para


suportar cargas referentes a vento fora de operação sem danos ou movimento
indesejado à estrutura ou suas partes principais.

6.4.2.7 Procedimentos

Os fatores humanos apresentam uma relação direta com a degradação das barreiras/controles
que levam aos MUEs. A padronização de atividades é um dos mecanismos adotados para
controle do processo e consequentemente do risco.

i. Os procedimentos descritos na Tabela 31 devem ser aplicados para cada atividade


listada no APÊNDICE IV – Tabela ITPM de acordo com a coluna “Atividade Requerida”.

ii. Devem ser adotados os requisitos especificados nas referências abaixo para elaboração
dos procedimentos do APÊNDICE IV – Tabela ITPM cujo tipo de procedimento seja
“Instrução de Trabalho”:

a. Critical Task Analysis: Guidelines for Engineering Design for Process Safety
Chapter: 4.5.2.1- Human Factors – CCPS;
b. Mechanical Integrity Procedure Format and Content – Guidelines for Mechanical
Integrity Systems, Chapter 6.4 – MI Procedures – CCPS.
Tabela 31 – Requisitos Mínimos para Procedimentos

Atividades de Tipo de
Disciplina Requisitos mínimos
manutenção procedimento

As instruções de trabalho para calibração de instrumentos


Instrução de
Calibração NA devem especificar no mínimo as seguintes atividades:
trabalho
- verificação dos valores indicados no sistema de controle

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Atividades de Tipo de
Disciplina Requisitos mínimos
manutenção procedimento

com valores medidos em campo.


- Ajuste do instrumento para atender a valores dos
dispositivos de calibração.
A instrução de trabalho para as atividades de soldagem
devem conter no mínimo:
- Princípios básicos dos processos para soldas e
requerimentos da norma AWS;
- Critérios para presença ou não de Inspetor de solda.
- Critérios para execução de ENDs;
Solda
- Critérios de limpeza e controles para evitar incêndio.
- Limites de soldagem em um local;
Execução / - Proibir um segundo reparo de solda em mesmo local;
Instrução de - Documentação mínima necessária para execução de
Reparo /
trabalho soldas em estruturas e elementos submetidos a esforços
Ajustes
dinâmicos.
A instrução de trabalho para atividade de torqueamento deve
conter no mínimo:
- Lista dos componentes e regiões das estruturas a serem
Torque verificadas;
- Critérios para uso e manuseio do torquímetro;
- Critérios para identificação de parafusos torqueados;
- Critérios para o registro do torqueamento.
Os checklists devem especificar detalhadamente os pontos
Todas que devem ser inspecionados e devem conter no mínimo as
seguintes verificações:

- Verificar temperaturas em elementos como mancais,


carcaça de redutores, acoplamentos hidráulicos, motores,
etc;
- Condições de limpeza dos componentes mecânicos;
Mecânica - Condições de vedação de óleo;
- Condições das fixações dos mancais, articulações,
cilindros e demais componentes mecânicos;
- Condições de encaixe de rolos da correia da lança;
- Definir padrões para os relatórios de inspeção.

- Condições da integridade e degradação dos elementos


Inspeção Checklist
estruturais;
- Condições das fixações;
Estrutura - Avaliação do projeto e comparação com estruturas
metálica implantadas;
- Avaliação das condições das proteções metálicas;
- Avaliação de eventuais eventos de vibração e
deslocamentos.
- Avaliar integridade dos bandejamentos e eletrodutos;
- Temperatura de cabos críticos identificados em cada área;
Elétrica - Relatar presença de material depositado sobre bandejas e
eletrodutos;
- Avaliar integridade de caixas de junção e terminações.
- Condições das drenagens e constatar curso de água em
locais onde não deveriam haver este curso;
Geotecnia
- Condições das estruturas das fundações e de contenções;
- Avaliar vegetação nos taludes;

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Atividades de Tipo de
Disciplina Requisitos mínimos
manutenção procedimento

- Avaliar trincas em taludes e regiões de aterro;


- Avaliar presença de água em taludes de corte e aterro.
- Integridade dos suportes e integridade dos instrumentos;
- Avaliar condições de limpeza dos instrumentos;
Instrumentação
- Avaliar conexões elétricas;
- Avaliar correto posicionamento.
Inspeção Checklist - Condições das plataformas de manutenção no entorno;
- Avaliar disposição de materiais inadequadamente nas
plataformas de patolamento para manutenção e ao longo do
Civil
caminho de rolamento;
- Avaliar integridade do concreto;
- Avaliar presença de trincas no concreto.
As instruções de trabalho para limpeza industrial devem no
mínimo estabelecer:
- Definir limites da limpeza;
Limpeza Instrução de - Definir locais para disposição no entorno;
NA
periódica trabalho - Critérios para limpeza de plataformas e passarelas;
- Critérios para limpeza de estruturas próximas a partes em
movimento;
- Conceitos de limpeza ao longo do caminho de rolamento.
As instruções para as atividades de monitoramento devem
Todos
detalhar no mínimo os seguintes elementos:
- Pontos de vibração e dos limites para alarme;
- Técnica de análise a ser adotada;
- Identificação dos dados de vibração e dos requisitos
Vibração
necessários em função dos níveis de vibração;
- Disponibilizar documentação do fornecedor da máquina e
sensores de vibração.
- Identificação dos pontos de inspeção;
- Mapeamento da especificação do óleo e volumes para
Instrução de cada componente;
Monitoramento
trabalho - Critérios para relatar início de vazamentos;
Óleo - Critérios para medição de nível;
- Critérios para coleta, transporte e armazenagem de
amostras;
- Critérios para interpretação dos resultados de análise;
- Limites para troca do óleo.
- Pontos específicos para monitoramento;
- Temperaturas admissíveis para os diferentes
Temperatura componentes;
- Critérios para relatar temperatura elevada e para paralisar
a operação.
As rotas operacionais devem ser especificadas com no
mínimo os seguintes elementos:
Ronda
Rota NA - Tempos previstos para diferentes etapas da caminhada;
operacional
- Limites da inspeção sensitiva;
- Metodologia para relatar os desvios e anomalias.
As instruções de trabalho para substituição de dispositivos,
instrumentos ou componentes devem considerar no mínimo:
Substituição Instrução de - Elementos considerados para substituição periódica;
Geral
periódica trabalho - Critérios para transporte e armazenagem provisória no
campo dos componentes;
- Ferramentas e recursos necessários;

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Atividades de Tipo de
Disciplina Requisitos mínimos
manutenção procedimento

- Programação dos tempos envolvidos na substituição;


- Conceitos de bloqueio para início das atividades.
As instruções de trabalho para realização de testes
funcionais e intertravamentos devem considerar no mínimo
os seguintes elementos:
- Lista dos testes previstos nas instalações indicando as
Instrução de
Teste Geral frequências e limites admissíveis;
trabalho
- Lista indicando os instrumentos e ferramentas necessárias;
- Critérios para execução de cada teste e parâmetros a
serem considerados;
- Critérios para elaboração dos registros dos testes.

Deve ser considerado o cumprimento dos requisitos mínimos exigidos nas normas locais em
complemento aos apresentados na Tabela 31.

6.5 Requisitos de Descomissionamento

A etapa de Descomissionamento envolve a desativação e a desmontagem de ativos


estabelecendo medidas para garantir segurança e a integridade destes.

i. Antes do descomissionamento, deve ser realizada uma inspeção na máquina de acordo


com o PNR-000047 - Integridade Estrutural - Geral. Essa inspeção deve identificar a
existência de regiões fragilizadas na estrutura e componentes. Com base nessa
inspeção, deve ser elaborado o projeto de descomissionamento, considerando uma
análise de risco dos seguintes aspectos:

a. Recalque diferencial dos trilhos ou fundações;


b. Amarrações temporárias como parte do trabalho de desmontagem;
c. Desmontagem parcial e atividades de enfraquecimento;
d. Tensões residuais de soldas em perfis;
e. Escoramento e estaiamento da máquina.
ii. Deve ser elaborado o plano de descomissionamento contemplando:

a. Projeto de descomissionamento, incluindo descrição da estrutura, sequência


executiva e coordenação com outros trabalhos;
b. Detalhamento de medidas de proteção;
c. Delimitação na região das operações de descomissionamento;
d. Plano de rigging;
e. Estudo de içamento a partir dos desenhos da máquina;
f. Estudo de movimentação de partes da máquina sobre instalações existentes.
iii. O descomissionamento das máquinas e de seus sistemas auxiliares envolve a
desativação e desmontagem estabelecendo medidas para garantir a segurança e
integridade. As atividades de descomissionamento devem ser realizadas com a máquina
em condição plenamente desenergizada.

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iv. Durante a desmontagem eletromecânica para desativação deve ser realizada a
separação dos materiais que não serão reutilizados para que sejam destinados à
reciclagem, conforme plano de gestão de resíduos do empreendimento:

a. Estruturas e componentes metálicos;


b. Cabos elétricos;
c. Correias;
d. Instrumentos;
e. Baterias;
f. Materiais plásticos oriundos do processo de desmontagem.
v. Todo o sequenciamento de desmontagem, principalmente da parte estrutural, deve ser
planejado de acordo com os requisitos de projeto. Na ausência de informações deste
tipo na documentação, o PNR-000101 - Gerenciamento de mudanças deve ser seguido.

vi. Em caso de verificação de condições não previstas em projeto identificadas durante a


demolição, é necessária realização de análise estrutural com adequação do projeto.

vii. Durante a desmontagem, óleos e graxas devem ser coletados e acondicionados de


acordo com o plano de gerenciamento de resíduos do empreendimento.

viii. Todos os componentes devem ser limpos e devem estar isentos de incrustações de
minério para realizar o transporte, possível armazenamento e/ou descarte.

ix. Após desmontagem, todo o processo de direcionamento dos componentes mecânicos,


estruturais, sucatas, resíduos oleosos e plásticos deve ser monitorado com registros até
o destino.

x. Fundações devem ter os pedestais (primeiro seguimento de coluna a partir da face


superior do bloco de fundação) demolidos com a retirada e separação da armação e
destinação do concreto para área de descarte de acordo com o licenciamento ambiental
aprovado, além dos critérios estabelecidos no PNR-000083 - Estruturas - Fundações.

xi. Após desmontagem e remoção dos componentes mecânicos, estruturais, correias,


instrumentos, materiais plásticos e material de demolição deve ser executado processo
de recuperação de áreas degradadas, caso necessário. deve ser executada uma última
limpeza de restos e pequenos objetos metálicos, de borracha e plásticos. Após a limpeza
deve ser feito o tratamento do solo seguindo o requerido projeto de descomissionamento
para início do plantio, quando for o caso.

xii. Devem ser determinadas atividades específicas de descomissionamento conforme


prescrições do PNR-000047 - Integridade Estrutural - Geral.

xiii. Durante o processo de demolição, inspeções adicionais devem ser previstas conforme
abaixo:

a. Para averiguar a configuração física (em contraste com o projeto) e a condição


das amarrações para resistir a cargas ambientais (incluindo vento) de acordo com
as normas locais;

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b. Na preparação de cortes que envolvam divisões de porções significativas da
máquina ou que envolvam a queda das partes cortadas, com o objetivo de
averiguar as superfícies a serem cortadas e a integridade da estrutura para evitar
quedas não programadas;
c. Anteriores a içamentos complexos de modo a verificar olhais/dispositivos de
içamento e pontos de amarração.
xiv. Deve ser realizada uma análise de risco para determinação do método de demolição a
ser adotado. A análise deve considerar, no mínimo, os seguintes fatores:

a. Tamanho e peso do objeto;


b. Possibilidade de ricochetes;
c. Segurança pessoal não limitada aos operadores e observadores;
d. Área impactada e proteções, com barricadas e sinalizações;
e. Prevenção de quedas prematuras e não intencionais.
xv. Caso seja adotada a demolição por meio de uma sucessão de cortes e içamentos das
partes cortadas:

a. Todas atividades de içamento devem ser regidas por planos de rigging;


b. O restante da estrutura deve ser mantido estável por amarrações, escoras e
travamentos, ou combinações destes.
xvi. Devem ser consideradas margem de segurança de pelo menos 3 vezes a distância de
queda em todas as direções nas quais a queda pode ocorrer, caso seja adotada a
demolição por meio de queda controlada.

xvii. Caso seja adotada a demolição por meio de explosivos para aços (LSC - linear shaped
charges), o plano de detonação deve ser submetido à revisão independente.

6.6 Revisão Independente

As atividades detalhadas abaixo deverão ser submetidas a um processo de Revisão


Independente conforme PNR-000023 – Sistemas de Gestão – Revisão Independente.

Tabela 32 – Revisão Independente

Necessidade
Análise Eventos/ Período de
Escopo de
Independente Gatilho Execução
Supervisão
- Para todas as máquinas de pátio;
- Conceitos aplicados nos arranjos
gerais da instalação do pátio;
Arranjos - Atendimento da especificação
Gerais, Etapa de Projeto em técnica e folhas de dados aos
Prevenir
especificações, qualquer momento do requisitos de integridade;
MUEs 1,
Folhas de ciclo de vida: - Critérios para combinação de cargas Sim
2, 3, 4
Dados, Análise Planejado, evento indicados na documentação;
e/ou 5
de Riscos e único. - Conformidade do projeto conforme
HAZOP requisitos de auditoria da norma AS
4324.1:2017, Apêndice K e ISO
12100:2010, e normas indicadas
neste PNR para materiais a serem

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Necessidade
Análise Eventos/ Período de
Escopo de
Independente Gatilho Execução
Supervisão
empregados;
- Ações da Análise de Riscos e
HAZOP.
- Para todas as máquinas que
sofreram acidente com choques e
Etapas de Montagem, impactos e que sofreram
Avaliação de Após Operação, deformações;
máquinas MUEs Manutenção e/ou - Análise dos elementos estruturais
Sim
existentes após 1,2, 3, 4 Descomissionamento: danificados;
acidentes e/ou 5. Planejado após o - Verificação dos elementos a serem
acidente. substituídos ou recuperados;
- Verificação dos conceitos para troca
dos componentes estruturais.
- Avaliar os desvios indicados pelo
proponente quanto à compatibilidade
com as normas e legislações
especificadas e identificar potenciais
riscos à integridade estrutural e
durabilidade da máquina;
- Identificar desvios e falhas não
explicitados e omissões referentes ao
Etapa de Projeto em cumprimento de requisitos estruturais
Prevenir
qualquer momento do especificados;
Propostas MUEs 1,
ciclo de vida: - Validar se a documentação Sim
técnicas 2, 3, 4
Planejado, evento proposta pelo fabricante é suficiente e
e/ou 5
único. adequada para possibilitar a completa
auditoria estrutural.
- Análise da documentação proposta
pelas proponentes e verificação do
atendimento aos requisitos deste
PNR;
- Conformidade do projeto conforme
requisitos de auditoria da Norma AS
4324.1:2017, Apêndice K.
- Conceitos aplicados no arranjo da
máquina;
- Critérios para estabilidade e
pesagem da máquina;
- Conceitos das articulações e
ligações estruturais;
- Critérios e premissas para obtenção
Etapa de Projeto em
Arranjo básico das cargas a serem consideradas no
Prevenir qualquer momento do
e cálculo dimensionamento estrutural;
MUEs 1, ciclo de vida: Sim
estrutural (pelo - Critérios para combinação de
4 e/ou 5 Planejado, evento
fornecedor) cargas;
único.
- Dimensionamento estrutural;
- Critérios para ligações parafusadas,
soldadas e seleção de parafusos;
- Materiais utilizados;
- Identificação, análise e aprovação
de alterações do projeto em relação
ao apresentado na fase de proposta.
- Características do ativo e do
Etapa de Projeto e
Manual de Prevenir fabricante;
Comissionamento em
operação e MUEs 1, - Descrição da utilização do ativo; Sim
qualquer momento do
manutenção 4 e/ou 5 - Normas observadas para o projeto e
ciclo de vida:
construção do ativo;

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Necessidade
Análise Eventos/ Período de
Escopo de
Independente Gatilho Execução
Supervisão
Planejado, evento - Diagramas, inclusive circuitos
único. elétricos, em especial a
representação esquemática das
funções de segurança;
- Dados, procedimentos e indicações
de segurança em todas as fases de
utilização do ativo;
- Informações técnicas para subsidiar
a elaboração dos procedimentos de
trabalho e segurança durante todas
as fases de utilização;
- Especificações e limitações técnicas
para a sua utilização com segurança;
- Riscos que podem resultar de
adulteração ou supressão de
proteções e dispositivos de
segurança;
- Riscos que podem resultar de
utilizações de dispositivos diferentes
daqueles previstos no projeto;
- Periodicidade e instruções quanto a
inspeções e Manutenção;
- Procedimentos a serem adotados
em situações de emergência;
- Riscos a que estão expostos os
usuários e ao meio ambiente, com as
respectivas avaliações quantitativas
de emissões geradas pelo ativo em
sua capacidade máxima de utilização;
- Indicação da vida útil do ativo e
componentes relacionados com a
segurança.
Etapa de Projeto em
- Para máquinas com capacidade >
qualquer momento do
1.000 t/h;
ciclo de vida:
- Dados dos minérios utilizados nos
Prevenir Planejado, série de
Geometria de estudos geométricos de chutes;
MUEs 1 eventos: Na Sim
chutes - Geometria dos chutes;
e/ou 3 conclusão do
- Conceitos adotados para garantir o
modelamento DEM e
escoamento do material;
projeto de fabricação
- Tipos de revestimento adotado.
dos chutes.
Etapa de Projeto em
qualquer momento do
- Lógica de controle;
ciclo de vida:
- Critérios para seleção dos
Planejado, evento
instrumentos e sistemas de controle;
Prevenir único: Na conclusão
- Sincronismo dos sistemas de
Sistema de MUEs 1, do projeto detalhado
translação, giro e elevação da lança e Sim
controle 2, 3, 4 e definição dos
com máquinas próximas;
e/ou 5 modelos e
- Atendimento aos requisitos do PNR-
fornecedores dos
000086 - Instrumentação e Controle -
instrumentos e
Geral.
dispositivos de
controle.

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Necessidade
Análise Eventos/ Período de
Escopo de
Independente Gatilho Execução
Supervisão
Etapa de Projeto em - Para todas as máquinas de pátio;
qualquer momento do - Dados de investigações
ciclo de vida: geológicas/geotécnicas utilizados;
Planejado, evento - Elementos de fundações críticos e
Projeto de Prevenir único: Na conclusão submetidos a cargas dinâmicas;
Sim
fundações MUE 1 da memória de - Verificação das fundações
cálculo para considerando os carregamentos e
dimensionamento e condições críticas durante a operação
do projeto detalhado e em situações de ventos conforme
das fundações. especificado no projeto.
Etapa de Projeto em
qualquer momento do
Projeto de
ciclo de vida:
SPDA (Ver - Conceitos adotados no projeto;
Planejado, evento
PNR-000052 - - Critérios para garantia da
Prevenir único: Na conclusão
Sistemas continuidade nas estruturas, ligações Sim
MUE 4 do projeto detalhado
Elétricos - Geral e articulações;
do sistema de
- Aterramento / - Dimensionamento do sistema.
proteção contra
SPDA)
descargas
atmosféricas - SPDA.
- Critérios utilizados para arranjo da
Etapa de Projeto em sala elétrica;
qualquer momento do - Locação, suportação e acessos da
ciclo de vida: sala elétrica;
Planejado, evento - Dados utilizados no
Projeto elétrico único: Na conclusão dimensionamento dos cabos elétricos;
(Ver PNR- Prevenir do diagrama unifilar, - Sobrecargas adotadas na sala
000053 - MUEs 1, arranjo da sala elétrica e na região de movimentação
Sim
Sistemas 3, 4 e/ou elétrica, memória de de painéis elétricos;
Elétricos - 5 cálculo para - Dimensionamento dos cabos
Geral) dimensionamento dos elétricos de alimentação de motores
cabos elétricos e do com uso de inversores de frequência
projeto detalhado de e de motores com potências
caminhamento dos superiores a 75 kW;
cabos. - Caminhamento dos cabos na
máquina.
Etapa de Projeto em
qualquer momento do - Conceitos adotados para as
ciclo de vida: premissas de geração de pó;
Planejado, evento - Dados do material utilizados;
Prevenir
Projeto de único: Na conclusão - Dimensionamento do sistema;
MUEs 1, Sim
despoeiramento da Memória de - Geometria das coifas;
3 e/ou 5
Cálculo para - Controles aplicados para
dimensionamento do monitoramento da velocidade nos
Sistema e do projeto dutos e pressão no sistema.
detalhado.
- Para todas as máquinas;
Etapa de
- Análise dos elementos estruturais;
Manutenção:
- Verificação dos relatórios de
Planejado, evento
Prevenir inspeção e de ensaios END
Avaliação de único: Após início de
MUEs 1, realizados;
máquinas aplicação deste PNR Sim
3, 4 e/ou - Verificação das ações indicadas nas
existentes e conforme
5 análises de integridade;
planejamento
- Verificação de conceitos
definindo as
apresentados para troca ou reparo
prioridades.
dos componentes estruturais.

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Necessidade
Análise Eventos/ Período de
Escopo de
Independente Gatilho Execução
Supervisão
- Verificar cumprimento dos
procedimentos, certificados de
Etapa de Montagem: calibração de instrumentos utilizados
Planejado, evento e resultados da pesagem;
Pesagem da Prevenir único. - Elaborar lista de itens que devem
Sim
máquina MUE 1 Na realização dos ser corrigidos;
serviços de pesagem - Verificar emissão pelo fornecedor de
após a montagem. certificado de liberação para operação
após execução das correções
indicadas.

Em complemento à abrangência das Revisões Independentes indicadas na Tabela 32, os


requisitos abaixo devem ser considerados durante o processo de Revisão Independente
conforme PNR-000023 - Sistemas de Gestão - Revisão Independente e norma AS 4324.1:2017,
Apêndice K, com adaptações.

i. Deve ser termo constante no contrato de fornecimento a obrigação do fornecedor em


cooperar completamente com o revisor independente, de forma a permitir uma auditoria
completa do equipamento.

ii. Durante a elaboração da especificação técnica, o revisor independente deve prestar


serviços de suporte técnico e revisão.

iii. Durante a etapa de projeto básico, devem ser emitidos pelo fornecedor documentos com
as seguintes informações para auditoria:

a. Desenhos de arranjo geral do equipamento e dos componentes estruturais


principais, indicando ligações principais;
b. Premissas e valores preliminares de todas as cargas a serem consideradas no
projeto estrutural;
c. Combinações de carregamento e situações de projeto consideradas para o
equipamento, tanto em operação quanto fora de operação;
d. Premissas de variação de cargas para todos os carregamentos a serem
considerados em avaliação de fadiga;
e. Análise preliminar de estabilidade ao tombamento do equipamento;
f. Indicação de todas eventuais mudanças de projeto e construção em relação ao
apresentado em proposta técnica.
iv. O relatório preliminar do revisor independente, incluindo quaisquer pedidos de revisão
das informações listadas no item iii, deve ser fornecido dentro de um período a ser
acordado entre as partes.

v. Progressivamente, durante o projeto detalhado da máquina, o revisor independente deve


avaliar os desenhos de arranjo e detalhes de componentes estruturais principais,
incluindo suas ligações, bem como suas respectivas análises estruturais. Devem ser
avaliados também os manuais de operação e manutenção do equipamento e
procedimentos de balanceamento e pesagem, na extensão necessária para validar que

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os impactos estruturais de todas as situações previstas de operação e manutenção da
máquina são adequadamente avaliados no projeto do equipamento.

vi. O fornecedor não deve iniciar a fabricação de qualquer parte da máquina cujo projeto
esteja sujeito a revisão pelo revisor independente, até que seja confirmada por escrito
que as verificações mostraram um resultado satisfatório.

vii. A montagem deve estar de acordo com o contrato entre proprietário e fornecedor e não
deve começar até que o revisor independente do projeto confirme que os desenhos e
cálculos selecionados estão em conformidade com os regulamentos, códigos e normas
especificadas no contrato. Estruturas e outras peças sujeitas a revisão pelo revisor
independente de projeto devem ter passado nas inspeções incluídas no contrato do
proprietário com o fornecedor.

viii. Ao concluir a montagem, o revisor independente de projeto deve comparecer


pessoalmente à pesagem da máquina (ou sua superestrutura) e, juntamente com o
fornecedor, deve determinar que ajustes de resistência e estabilidade, incluindo da
massa do contrapeso, devem ser feitos. O revisor independente deve inspecionar
pessoalmente a máquina concluída e compilar as seguintes listas:

a. Itens que devem ser corrigidos antes que a máquina inicie a operação;
b. Itens que devem ser corrigidos no prazo de um ano após o início da operação.
ix. Quando os itens indicados para correções antes do início de operação do item viii forem
concluídos, um certificado de liberação para operação deve ser emitido ao proprietário e
ao fornecedor.

x. Dentro de um período de um ano após o início da operação do equipamento, as


seguintes ações devem ser tomadas pelo fornecedor, de forma a permitir a conclusão do
relatório final de auditoria:

a. Revisão de todas as modificações necessárias nos desenhos e manuais do


equipamento, de forma a permitir a conclusão do relatório de auditoria.
b. Confirmação de que todas as atividades mencionadas no item viii foram
adequadamente concluídas.
xi. Dentro de um período de um ano após o início da operação do equipamento, o revisor
independente deve emitir um relatório final de auditoria, contemplando:

a. Premissas de cargas para o equipamento conforme construído;


b. Todas as verificações realizadas durante o processo de auditoria;
c. Parecer final indicando todas as condições, limitações e premissas nas quais o
revisor independente não possui objeções à operação do equipamento.

6.7 Suprimentos e Serviços

Os requisitos estabelecidos na fase de Suprimentos consistem na priorização da qualidade no


fornecimento de materiais e serviços de acordo com o projeto e necessidades operacionais
futuras.

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Deve ser consultado o PNR-000037 - Sistemas de Manuseio - Transportadores de Correia para
requisitos de suprimentos e serviços para transportador do pátio, intermediário e transportador
de correia da lança.

Nota: Para requisitos gerais de Quality Assurance e Quality Control consultar o PNR-000089 –
Sistemas de Gestão - QA/QC - Fornecimentos de Equipamentos e Materiais.

6.7.1 Aquisição e Contratação

i. Devem ser seguidos os requerimentos de serviços sobre inspeção e diligenciamento


indicados no PNR-000089 Sistemas de Gestão - QA/QC - Fornecimentos -
Equipamentos e Materiais.

ii. Disponibilização de procedimento e requerimentos para transporte, recebimento e


acondicionamento de eixos, bases de acionamento, cabos de aço, truques com rodas,
cilindros e componentes estruturais que não possam sofrer deformações e impactos.

iii. Identificação de espessuras mínimas admissíveis para as pastilhas de freios de parada


de operação e freios de emergência. Devem ser informadas também as frequências de
monitoramento e inspeção para todos os freios.

iv. Plano de içamento detalhado, indicando os dispositivos e olhais de içamento dos


componentes estruturais e mecânicos, contemplando as estruturas treliçadas, vigas com
comprimento superior a 6 metros e caldeirarias com dimensões superiores a 3 metros.

v. Deve ser termo constante no contrato de fornecimento a obrigação do fornecedor em


cooperar completamente com os processos de revisão independente, de forma a permitir
uma auditoria estrutural completa do equipamento conforme norma AS 4324.1:2017,
Apêndice K.

vi. Catálogo de todos os parafusos utilizados nas fixações dos mancais e componentes de
articulações e acionamentos, indicando a especificação, classificação, propriedades
mecânicas e local de aplicação, além de documento específico definindo os respectivos
torques aplicados. Também devem ser disponibilizados procedimentos indicando valor
de torques e inspeção quando em operação para parafusos de fixação de componentes
sujeitos a cargas dinâmicas e/ou vibração.

6.7.2 Fabricação e Industrialização

i. O controle de qualidade do processo de fabricação visa garantir conformidade da


fabricação da estrutura ou componente de acordo com as especificações do projeto. A
Tabela 3 estabelece as medidas que devem ser adotadas de acordo com a aplicabilidade
do ativo.

ii. Devem ser exigidos certificados de qualificação dos funcionários da empresa contratada
para montagem do sistema. Funcionários responsáveis pela montagem, inspeção e
soldagem devem ser treinados e os soldadores qualificados conforme norma ASME
B31.4:2019, Capítulo V, ISO 9606-1:2012 e AWS D1.1:2019.

iii. Os testes e abrangência de inspeções para ligações soldadas, ligações parafusadas,


ligações por atrito, içamento e movimentação de carga assim como procedimentos gerais
de montagem serão conforme PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de Aço.
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PNR-000055, Rev.: 01-22/10/2021


iv. Antes de qualquer procedimento de montagem, os componentes em questão devem ser
inspecionados quanto às suas especificações técnicas, principalmente relacionadas a
dimensão geométrica, material e qualidade.

v. Deve ser realizado um comparativo entre a massa obtida na pesagem e a massa prevista
em projeto. Caso a massa final do equipamento construído exceda em 5% ou mais a
massa de projeto, uma nova análise estrutural deve ser realizada.

vi. Caso a massa final do equipamento construído seja menor que 95% da massa de projeto,
é necessária nova análise estrutural considerando a distribuição de massa a ser
fornecida pelo fabricante. O fabricante deve verificar se o balanceamento final do
equipamento irá resultar em impactos negativos à integridade estrutural da máquina.

vii. Caso identificado algum desvio em relação a massa conforme critérios definidos nos
itens anteriores, o fabricante deve emitir um relatório certificando que tais desvios foram
avaliados e os impactos não comprometem a condição estrutural e mecânica do
equipamento. Caso necessário, as devidas medidas de correção devem ser realizadas.

viii. Deve ser emitido um relatório específico a ser arquivado junto ao book do equipamento
para cada teste ou ensaio indicado na Tabela 33.

Tabela 33 – Requisitos para Fabricação

Critérios para o Requisito Aplicabilidade


Componente /
Equipamento Testes / Norma /
Etapa Atestação Amostra Parâmetro Classe
Ensaios Referência
Projeto,
Após Inspeção AREMA:202 10% por
Acessórios de Dimensional - -
fabricação em fábrica 0 - MRE cap dia
fixação dos
5
trilhos
Certificado Antes da
Relatórios Projeto 100% - -
de material fabricação
Testes Após Inspeção
Acionamentos - 100% - -
funcionais fabricação em fábrica
ASME
Acumulador VIII:2019 -
Testes Após Inspeção
do sistema Divisão 1, 100% - -
hidrostáticos fabricação em fábrica
hidráulico parte UG 97
a 103
AWS
Articulações Após
END soldas Relatórios D1.1:2019 100% - -
estruturais soldagem
cap 6
Articulações AWS
Após
mecânicas END soldas Relatórios D1.1:2019 100% - -
soldagem
(rótulas) cap 6
Lote de
Após ASTM
Ensaio de cada
aquisição A370:2017 e
Balancim resistência Relatório material - -
pelo ISO
dos pinos emprega
fornecedor 6892:2019
do
AS
Batentes Após pré-
Dimensional Relatório 4324.1:2017 100% Capacidade I e II
metálicos montagem
item 3.5.11

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Critérios para o Requisito Aplicabilidade
Componente /
Equipamento Testes / Norma /
Etapa Atestação Amostra Parâmetro Classe
Ensaios Referência
Braço de
Ensaio de Após Inspeção Conforme
torque da roda Projeto Projeto -
resistência fabricação em fábrica projeto
de caçamba
AS
Após Inspeção 3569:2010;
Dimensional 100% - -
fabricação em fábrica DIN 22261-
6:2015
Cabos de aço
1 teste
Ensaio de Após AS por
Relatório - -
resistência fabricação 3569:2010; bobina ou
lote
Testes de Após Inspeção
Canhão de ar - 100% - -
pressão fabricação em fábrica
Carro de
translação da Após
Dimensional Relatórios Projeto 100% RPP -
roda de fabricação
caçambas
EN
Após Inspeção Inspeção
Dimensional 10029:2011 - -
aquisição em fábrica por lote
(Classe A)
DIN 22261-
Chapas Qualidade Após Inspeção Inspeção
3:2015 item - -
metálicas superficial aquisição em fábrica por lote
5
Teste de DIN 22261-
Após Teste em Inspeção
dobramento 3:2015 item - -
aquisição fábrica por lote
na solda 5
Após
fabricação
Dimensional Relatório Projeto 100% Capacidade I e II
Chute / Chapa e pré-
defletora montagem
Após Inspeção AWS
END soldas 100% Capacidade I
soldagem em fábrica D1.1:2019
Dimensional Projeto e
END soldas Após
AWS
Cilindros fabricação Sistema de
Relatórios D1.1:2019 100% I
hidráulicos do corpo e e elevação
cap 6, ISO
suportes soldagem
10100:2020
Dimensional Após Projeto e
Corrente de END soldas fabricação AWS
Relatórios 100% RPA -
arraste do corpo e e D1.1:2019
suportes soldagem cap 6
Após
Cremalheira Dimensional Relatórios Projeto 100% - -
fabricação
AS Inclinação
Após 3569:2010; CR e
Dimensional Relatórios 100% I e II
fabricação DIN 22261- Massa em
Dispositivos
6:2015 operação
de ancoragem
1 teste
(manual)
Ensaio de Após AS por
Relatórios - -
Resistência fabricação 3569:2010 bobina ou
lote
Ensaio de Após 2% das
Relatórios - - -
Resistência fabricação peças
Dormentes
Após
Dimensional Relatórios Projeto 10% - -
fabricação

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Critérios para o Requisito Aplicabilidade
Componente /
Equipamento Testes / Norma /
Etapa Atestação Amostra Parâmetro Classe
Ensaios Referência
Ensaios de Após
Relatórios Projeto 100% - -
material fabricação
Ensaio de
Eixos das Após
Resistência Relatórios Projeto 100% - -
rodas fabricação
e Dureza
Após ASTM
Ultrassom Relatórios 100% - -
fabricação A388:2019
Eixos das Após Inspeção
Dimensional Projeto 100% - -
rodas fabricação em Fábrica
Ensaios de Antes da
Relatórios Projeto 100% - -
material usinagem
Ensaio de Após
Relatórios Projeto 100% - -
Eixo da roda resistência fabricação
de caçamba Após ASTM
Ultrassom Relatórios 100% - -
fabricação A388:2019
Após Inspeção
Dimensional Projeto 100% - -
fabricação em fábrica
Estrutura do ANSI/AISC
Após Inspeção
rake (grade do Dimensional 360:2019 100% RPP -
fabricação em fábrica
ancinho) Parte M e N
ANSI/AISC
Após pré-
Dimensional Relatório 360:2019 100% - -
montagem
Parte M e N
Após
processo DIN 22261- Conforme
END Soldas Relatórios - -
de 3:2015 Projeto
soldagem
Estruturas Inspeção de
Após pré Conforme
(geral) contraflecha Relatório Projeto - -
montagem Projeto
s
Inspeção Após pré Conforme
Relatório Projeto - -
topográfica montagem Projeto
ISO
Após 10%
Inspeção 2808:2019
Pintura execução peças do Corrosão I
em fábrica ISO
pintura dia
4624:2016
Testes Após Inspeção
Freios Projeto 100% - -
Funcionais fabricação em fábrica
Teste de
Após Inspeção FEM II:1997
Garra trilho funcionalida 100% - -
fabricação em fábrica cap 3-7
de
1 Ensaio
Granulometr Após
Lastro de brita Relatórios - por - -
ia aquisição
remessa
Vibração do
Após Inspeção ISO 21940-
Mancais rolamento e 100% - -
fabricação em fábrica 12:2016
dimensional
Mesa do
Após
rolamento de Dimensional Relatórios - 100% - -
fabricação
giro
Motor Testes Após Inspeção
Projeto 100% - -
hidráulico funcionais fabricação em fábrica
Teste de
Para-choques Após Inspeção
funcionalida - 100% - -
hidráulico fabricação em fábrica
de

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Critérios para o Requisito Aplicabilidade
Componente /
Equipamento Testes / Norma /
Etapa Atestação Amostra Parâmetro Classe
Ensaios Referência
Ensaio de Após ISO 898-
Relatório 1,5% - -
resistência fabricação 1:2013
Parafusos
Certificado Após
Relatórios Projeto 100% - -
de material aquisição
AWS
Perfis Após Conforme Conforme
END soldas Relatórios D1.1:2019 -
Soldados aquisição projeto projeto
cap 6
Pinhão e
Após
cremalheira de Dimensional Relatórios Projeto 100% - -
fabricação
pinos
Lote de
Após
cada
Ensaio de aquisição
Pinos Relatório Projeto material - -
resistência pelo
emprega
fornecedor
do
Após Inspeção
Montagem Projeto 100% - -
Pivô do fabricação em fábrica
balancim Certificado Antes da
Relatórios Projeto 100% - -
de material fabricação
DIN 15062-
1:1982,
Após Inspeção
Polias Dimensional ASTM A709 100% - -
fabricação em fábrica
e ASTM
A609
Após
Ensaio de aquisição
Revestimento Relatórios Projeto 100% - -
material pelo
fornecedor
Após
Dimensional fabricação
Rolamento de
e ensaio e Relatórios Projeto 100% - -
giro
resistência tratamento
térmico
Dimensional Após Projeto e
END soldas fabricação AWS
Relatórios 100% - -
do corpo e e D1.1:2019
Roda de suportes soldagem cap 6
caçambas AWS
END Soldas Após Inspeção
(incluindo D1.1:2019 100% Capacidade I e II
no corpo soldagem em fábrica
sistema de cap 6
reversão) Após Inspeção
Montagem Projeto 100% Capacidade I e II
soldagem em fábrica
Vibração de Após Inspeção ISO 21940-
100% Capacidade I e II
mancais montagem em fábrica 12:2016
Certificado Antes da
Relatórios Projeto 100% - -
de material fabricação
Após
Rodas fabricação
END e
e Relatórios Projeto 100% - -
dureza
tratamento
térmico
Sistema de
Testes Após Inspeção
lubrificação Projeto 20% - -
funcionais fabricação em fábrica
automática

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Critérios para o Requisito Aplicabilidade
Componente /
Equipamento Testes / Norma /
Etapa Atestação Amostra Parâmetro Classe
Ensaios Referência
Após Projeto e
Suporte de Dimensional fabricação AWS
Relatórios 100% - -
rolamentos END soldas e D1.1:2019
soldagem cap 6
ANSI/AISC
Suporte de Ensaio de Após 2% das
Relatórios 360:2019 - -
trilhos material fabricação peças
Parte M e N
Suportes Inspeção Após Inspeção
Projeto 100% - -
temporários visual fabricação em fábrica
ANSI/AISC
Tambor da Após Inspeção
Dimensional 360:2019 100% - -
recuperadora fabricação em fábrica
Parte M e N
Dimensional Após Projeto e
Tambor do END soldas fabricação AWS
Relatórios 100% - -
guincho do corpo e e D1.1:2019
suportes soldagem Cap.06
AREMA:202
Ensaio de Após 5% das
Trilho Relatórios 0 – MRE cap - -
material fabricação peças
4
Certificado Antes da
Relatórios Projeto 100% - -
de material fabricação
Truques Projeto e
Após AWS
END soldas Relatórios 100% - -
fabricação D1.1:2019
cap 6
Após Inspeção
Montagem Projeto 100% - -
Unidade fabricação em fábrica
hidráulica Pressão Após
Relatório Projeto 100% - -
bombas fabricação
ASME
VIII:2019 -
Vaso de Testes Após Inspeção
Divisão 1, 100% - -
pressão hidrostáticos fabricação em fábrica
parte UG 97
a 103

ix. Os serviços externos devem seguir os critérios de qualidade descritos no item 6.7 deste
documento.

6.7.3 Recebimento Físico

i. Deve ser consultado o PNR-000048 - Integridade Estrutural - Estruturas de Aço para


requisitos de verificação da pintura de elementos estruturais.

ii. A Tabela 34 apresenta os requisitos de recebimento dos componentes específicos para


máquinas.

iii. Todas as verificações listadas na Tabela 34 devem se basear nas documentações de


projeto ou do fornecedor.

Tabela 34 – Requisitos para Recebimento de Materiais

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Equipamento ou Controle de Qualidade no Recebimento
Amostragem
Componente Embalagem Verificações Atestação
Integridade do vaso,
defeitos na pintura,
Acumulador do
Todas as embalagens Verificar integridade verificar sinais de Relatório
sistema hidráulico
impactos ou choques
de peças metálicas.
Verificar integridade do
conjunto e inspecionar
defeitos na pintura
Balancim Integridade Verificar integridade Relatório
oriundos de choques ou
má condição de
içamento.
Integridade das
paredes, portas e
Cabine de operação Todas as embalagens Verificar integridade vidros. Relatório
Integridade das
cadeiras.
Verificar integridade da
bobina do cabo e
Cabos de aço Todas as bobinas Verificar integridade inspecionar marcas de Relatório
impactos e defeitos na
embalagem.
Integridade do vaso,
defeitos na pintura,
Canhão de ar
Todas as embalagens Verificar integridade verificar sinais de Relatório
Vasos de pressão
impactos ou choques
de peças metálicas.
Integridade do corpo,
hastes e das camisas
de proteção.
Cilindros hidráulicos Todas as embalagens Verificar integridade Condições das Relatório
conexões das
tubulações e dos
instrumentos.
Integridade,
alinhamento,
Acondicionamento identificação defeitos
Chutes Chute Relatório
do transporte na pintura e marcas de
acondicionamento
inadequado.
Verificar integridade do
Cremalheira Integridade Verificar integridade conjunto e inspecionar Relatório
defeitos nos dentes.
Confirmar dimensões e
quantidades conforme
Dormente Integridade Verificar integridade requisição. Relatório
Inspecionar trincas em
dormentes de concreto.
Integridade e verificar
marcas nos eixos
Eixo da roda de
Todas as embalagens Verificar integridade devido ao içamento Relatório
caçambas
inadequado ou
choques.

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Equipamento ou Controle de Qualidade no Recebimento
Amostragem
Componente Embalagem Verificações Atestação
Integridade do corpo do
enrolador, fixação dos
eixos, embalagens dos
Enrolador de cabo Todas as embalagens Verificar integridade Relatório
componentes do
acionamento, defeitos
de pintura.
Integridade e
identificação de
Acondicionamento
Integridade defeitos e marcas de Relatório
do transporte
acondicionamento
inadequado.
Estruturas (geral) Integridade,
alinhamento,
Acondicionamento identificação defeitos
Pintura Relatório
do transporte na pintura e marcas de
acondicionamento
inadequado.
Verificar integridade do
conjunto e inspecionar
defeitos na pintura e
Freios Integridade Verificar integridade Relatório
corpo do disco oriundos
de choques ou má
condição de içamento.
Integridade do sistema
e de embalagens com
instrumentos, tubos do
Garra trilho Integridade Verificar integridade Relatório
sistema hidráulico,
mangueiras e painéis
elétricos.

Integridade da estrutura
Estrutura do rake
Todas as embalagens Verificar integridade e alinhamento dos Relatório
(grade do ancinho)
elementos.

Alinhamento e Relatório
Acondicionamento
Lança Integridade integridade das por carga
do transporte
ligações. entregue

Acondicionamento Integridade e sinais de


Macaco hidráulico Integridade no transporte vazamentos e Relatório
Verificar integridade impactos.

Integridade dos
Mancais Integridade Verificar integridade Relatório
mancais.
Mancal da roda de Integridade dos
Todas as embalagens Verificar integridade Relatório
caçambas mancais.
Verificar integridade do
conjunto e inspecionar
Mesa do rolamento
Integridade Verificar integridade defeitos na pintura Relatório
de giro
devido choques ou má
condição de içamento.

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Equipamento ou Controle de Qualidade no Recebimento
Amostragem
Componente Embalagem Verificações Atestação
Confirmar modelos,
dimensões e
Parafusos Todas as embalagens Caixas de madeira quantidades conforme Relatório
requisição. Integridade
e estado de oxidação.
Verificar integridade do
Pinhão e
Integridade Verificar integridade conjunto e inspecionar Relatório
cremalheira de pinos
defeitos nos dentes.
Verificar integridade do
conjunto e inspecionar
defeitos na pintura e
Redutores Integridade Verificar integridade carcaça do redutor Relatório
oriundos de choques ou
má condição de
içamento.
Em pallets e Integridade das chapas
Revestimento Chapas de desgaste Relatório
amarrados dos extremos.
Verificar integridade do
conjunto e inspecionar
Rodas Integridade Verificar integridade Relatório
defeitos na pista de
rolamento e eixo.
Verificar integridade da
embalagem e do
Rolamento de giro Integridade Verificar integridade conjunto e inspecionar Relatório
defeitos na pista e
elementos.
Integridade do sistema
Sistema de
e de embalagens com
lubrificação Todos os subconjuntos Verificar integridade Relatório
instrumentos e painéis
automática
elétricos.
Integridade do corpo do
Sistema de
Integridade Verificar integridade filtro, exaustor, válvulas Relatório
despoeiramento
solenoides e gaiolas.
Integridade da estrutura
Tambor Todas as embalagens Verificar integridade e alinhamento dos Relatório
elementos.
Confirmar modelos e
dimensões conforme
Trilhos Integridade Verificar integridade requisição. Inspeção do Relatório
alinhamento e defeitos
causados por impactos.
Integridade do conjunto
e inspecionar defeitos
na pintura oriundos de
choques ou má
Truques e rodas Integridade Verificar integridade Relatório
condição de içamento.
Inspecionar defeitos na
pista de rolamento e
eixo.
Integridade dos
instrumentos,
Unidade hidráulica Todas as embalagens Verificar integridade tubulações, bases, Relatório
tanques e condições
das conexões.

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6.7.4 Armazenamento

i. Todos os itens armazenados devem ser devidamente codificados no SAP-MM e


vinculados à lista técnica do equipamento no SAP-PM.

ii. Para garantir a integridade dos materiais e equipamentos fornecidos, é importante adotar
as medidas descritas na Tabela 35 abaixo.

iii. Para componentes elétricos, considerar os requisitos de armazenamento listados no


PNR-000053 - Sistemas Elétricos - Geral.

Tabela 35 – Requisito para Armazenamento de Componentes

Equipamento ou Controle de Qualidade no Armazenamento


Componente Embalagem Verificações Atestação
Apoiado sobre suportes madeira Lubrificação de
ou berço metálico, nivelados e superfícies
Balancim NA
conforme instruções do usinadas a cada
fornecedor. 60 dias

Apoiada sobre suportes de


Cabine de operação NA NA
madeira em local abrigado.

Em local abrigado e apoiado


Carretel de madeira com sobre suportes de madeira e
Cabos de aço NA
proteções laterais sem depositar peso sobre as
embalagens.

Armazenagem em local
Canhão de ar Pallets/caixas de madeira e
abrigado, seguir instruções do NA
Vasos de pressão amarrados
fabricante.

Apoiado sobre suportes


Chutes NA madeira, nivelados e conforme NA
instruções de fornecimento.
Preferência pela posição vertical
Rotacionar eixo
de armazenagem em berços
em 180º a cada
Cilindros hidráulicos e Pallets/caixas de madeira e metálicos ou deitado sobre
15 dias em caso
unidades hidráulicas amarrados suportes de madeira, nivelados.
de posição
Em local abrigado.
horizontal.
Ver instruções do fornecedor.
Deitado sobre suportes madeira,
Lubrificar dentes
Pallets/caixas de madeira e nivelados e em local abrigado.
Cremalheira e pinos a cada 3
amarrados Verificar instruções do
meses
fornecedor.
Manter apoiado sobre
Dormente NA dormentes de madeira e NA
nivelados.

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Equipamento ou Controle de Qualidade no Armazenamento
Componente Embalagem Verificações Atestação
Lubrificação de
superfícies
Horizontal sobre suportes
usinadas a cada
de madeira ou se montado Manter limpo e lubricadas partes
Eixo da roda de caçamba 60 dias.
nos mancais considerar usinadas.
Rotacionar o
suporte sob os mesmos
eixo em 180º a
cada 15 dias.

Armazenagem em local
Pallets/caixas de madeira e Girar o enrolador
Enrolador de cabo abrigado, seguir instruções do
amarrados a cada 60 dias
fabricante.

Apoiado sobre suportes


Estruturas (geral) NA madeira, nivelados e conforme NA
instruções de fornecimento.

Lubrificação de
Caixa de madeira/quadro superfícies
Freios Local abrigado.
metálico adequado usinadas a cada
60 dias

Caixa de madeira/quadro
Garra trilho Local abrigado. NA
metálico adequado

Apoiado sobre suportes madeira


Estrutura do rake (grade ou berço metálico, nivelados e
NA NA
do ancinho) conforme instruções do
fornecedor.
Rotacionar
Pallets e caixas de
Guincho Local abrigado. tambor a cada
madeira.
30 dias
Ambiente exclusivo
climatizado. Estocar
Instrumentos Conforme fornecedores. NA
embalados, abrigados e
isento de poeira.
Apoiado sobre suportes madeira
ou berço metálico, nivelados e
Lança NA NA
conforme instruções do
fornecedor.
Abrigado e em armários Conforme fabricante Girar haste a
Macaco hidráulico
fechados Posição vertical. cada 60 dias
Lubrificação de
Armazenagem em local
Mancal da roda de Pallets/caixas de madeira e superfícies
abrigado, seguir instruções do
caçambas amarrados usinadas a cada
fabricante.
30 dias
Armazenagem em local
Pallets/caixas de madeira e
Mancais abrigado, seguir instruções do NA
amarrados
fabricante.
Apoiado sobre suportes madeira Renovar camada
Mesa do rolamento de ou berço metálico, nivelados e de proteção dos
NA
giro conforme instruções do dentes e eixos a
fornecedor. cada 90 dias
Caixa de madeira
Parafusos Local abrigado contra chuvas. NA
adequada

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Equipamento ou Controle de Qualidade no Armazenamento
Componente Embalagem Verificações Atestação
Renovar camada
Sobre suportes de madeira em
Pinhão e cremalheira de Pallets/caixas de madeira e de proteção dos
local abrigado. Verificar
pinos amarrados dentes e eixos a
instruções do fornecedor.
cada 90 dias
Lubrificação de
superfícies
Pivô do balancim Abrigado Conforme fabricante.
usinadas a cada
60 dias
Revestimento Pallets e amarrados NA NA
Girar eixo a cada
3 meses
Redutores Pallets e amarrados Local abrigado deixando
defasado em
180º
Berço de transporte Lubrificação de
apoiado sobre suportes Não deve permitir o acúmulo de superfícies
Roda de caçambas
madeira e não apoiar água nas caçambas. usinadas a cada
diretamente sobre o solo 60 dias
Lubrificação de
Pallets/caixas de madeira e Conforme instruções do superfícies
Rodas
amarrados fornecedor. usinadas a cada
60 dias
Local abrigado e ambiente
climatizado controlado.
O conservante fornece proteção
contra a corrosão por
aproximadamente cinco anos.
Para isso, as condições de
armazenagem de rolamentos
devem ser as adequadas.
Após cinco anos, deve-se seguir
Revestidos com um as diretrizes abaixo:
Lubrificação de
composto inibidor de - Remova o rolamento da
superfícies
Rolamento de giro ferrugem e embalados embalagem sem danificá-la, se
usinadas a cada
adequadamente sob possível;
60 dias
pallets de madeira - Limpe o rolamento, usando um
solvente adequado;
- Seque o rolamento
cuidadosamente;
- Verifique visualmente se o
rolamento não apresenta sinais
de corrosão ou danos. Aplique
um novo revestimento. Utilize
um composto inibidor de
ferrugem adequado.

Sistema de lubrificação Sobre pallets e caixas de Manter limpo.


NA
automática madeira Abrigado e armários fechados.
Armazenagem em local
Pallets/caixas de madeira e
Talha elétrica abrigado, seguir instruções do NA
amarrados
fabricante.
Apoiado sobre suportes madeira Lubrificação de
Berço metálico e cruzeta
ou metálico, nivelados e superfícies
Tambor da recuperadora de travamento interno ao
conforme instruções do usinadas a cada
componente
fornecedor. 60 dias

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Equipamento ou Controle de Qualidade no Armazenamento
Componente Embalagem Verificações Atestação
Manter apoiado sobre
Trilhos NA dormentes de madeira e NA
nivelados.
Lubrificação de
Berço com apoio nas rodas Conforme instruções do superfícies
Truques
dos truques fornecedor. usinadas a cada
60 dias
Conforme instruções do
Vaso de pressão NA NA
fornecedor.

7 CONTROLE CRÍTICO
Os controles avaliados como críticos para este padrão estão detalhados no APÊNDICE II –
Controle Crítico.

8 INDICADORES
Os indicadores que são essenciais para a avaliação de aderência aos processos de integridade
dos controles críticos e para a avaliação do resultado e efetividade destes estão listados no
PNR-000085 – Sistemas de Gestão - Geral - DBA: Diretrizes Básicas da Gestão de Ativos e
fazem parte do PNR-000012 - Manual de Indicadores Vale.

9 CAPACITAÇÃO TÉCNICA
Os requisitos estabelecidos neste padrão requerem competências técnicas mínimas para que
um colaborador esteja devidamente qualificado a realizar determinada tarefa crítica, visando a
segurança e integridade dos ativos. As certificações ou qualificações necessárias estão listadas
no APÊNDICE III – Matriz de Competência Técnica.

10 EQUIPE TÉCNICA – ELABORAÇÃO DO PADRÃO


Este padrão foi elaborado por um Comitê Técnico multidisciplinar com representantes de
diversas áreas da Vale e de empresas especialistas, sob a liderança do time da Diretoria de
Gestão de Ativos.

A empresa especializada Hatch, contratada pela Vale, participou na elaboração deste Padrão
Técnico Normativo para segurança e integridade dos ativos, tendo a responsabilidade pela
execução de serviços técnicos especializados de diagnóstico, benchmarking e planejamento
detalhado para elaboração e entrega do padrão, em conformidade com as especificações
técnicas do contrato, escopo e metodologia estabelecidos.

A listagem completa dos elaboradores está descrita no APÊNDICE VI – Lista de Elaboradores.

11 APÊNDICES
• APÊNDICE I – Bowtie Síntese

Apêndice I - Bow
Tie Síntese.pptx

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• APÊNDICE II – Controle Crítico

Apêndice II -
Controles Críticos.xlsx

• APÊNDICE III – Matriz de Competência Técnica

Apêndice III - Matriz


de Competência.xlsx

• APÊNDICE IV – Tabela ITPM

Apêndice IV -
Tabela ITPM.docx

• APÊNDICE V – Figuras Ilustrativas

Apêndice V -
Figuras Ilustrativas.docx

• APÊNDICE VI – Lista de Elaboradores

Apêndice VI - Lista
de Elaboradores.xlsx

12 HISTÓRICO DE REVISÃO
Número da
Data Revisado por Descrição
Revisão
João Cláudio dos Santos
Loureiro Júnior
00 30/12/2020 Emissão inicial consolidada
Engenheiro Master
01486347
João Cláudio dos Santos
Remoção do Capítulo e Apêndice Check –
Loureiro Júnior
01 22/10/2021 Lista de Verificação e adequação ao novo
Engenheiro Master
conceito de cenário de risco.
01486347

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