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Antropologia Corpo e Saúde

As diversas aulas abordando temas da saúde e assistência à saúde de


LGBT’s e negros/as alargaram-me a visão de como o preconceito e falta de cuidado
são tão próximo de nós e/ou como deixamos passar despercebido essas práticas.
Aqui aplica-se o tema assistência de saúde a toda forma de atendimento básico
e/ou especializado que é destinado a todo cidadão.
Acabam por ser marginalizados “especialmente” a população negra na pele e
LGBT’s “declarados”, pois essas populações fazem sentir quão devastador pode ser
o valor ou posso dizer o desvalor que a cultura colonizadora e opressora exerce
sobre nós ainda hoje. Por ser “branco” quer-se excluir o negro, negando lhe o
acesso e assumindo a defesa de uma posição já bastante discutida de colonizador,
isso tudo para negar e para esconder a força que a população negra exerceu e
exerce em nosso país. Por declarar-se hetero(a) quer-se excluir a população
LGBT’s também negando ou dificultando-lhe os acessos de cuidado de si e
assistência básica e ou especializada no que diz respeito aos seus cuidados,
preconceito esse que não se pode negar advindo de uma cultura machista e/ou
feminista de séculos de história de não aceitação do diferente ou simplismente
“singular” ou “plural”.
Esses diversos modos de não aceitar seja pela cor ou pela sexualidade, tão
presentes em nossa sociedade e por isso em nossos sistemas de saúde, não sei se
precisam de investigação para saber as causas, mas parece-me que necessita
muito mais de educação e amor de si e alteridade para fazer diferença em nossa
sociedade, ainda que através das pesquisas podemos identificar o quão devastador
está sendo o descaso com essa grande parte de nossa população.
É necessário assistir melhor e garantir o atendimento não simplesmente
pelas leis, mas também por elas. Mas como visto nesta disciplina, às vezes é
garantido por lei mas negligenciado no atendimento factual, são as violência
subjetivas ou simbólicas que invisibilizam essas populações.
A forma de como são assistidas as populações LGBT’s e Negras, fazem
toda a diferença para que eles/elas continuem procurando ou não o acesso à saúde,
muitos pela falta de atendimento ou pelo mal atendimento deixam de procurar a
assistência de saúde e ainda que resilientes formam o terrível “número” de mortes
por diversas doenças.
Essa disciplina enterneceu-me no cuidado àqueles que me são próximos,
negros/as, LGTB’s, idosos e/ou todo àquele/a que precisa de uma atenção básica
de saúde as vezes física, psiquica ou emocional e estão nas cercanias de meus
cuidados.
Por melhores condições de vida, “Vida em Plenitude”, no viver bem
filosoficamente de Pierre Hadot e de tantos outros que adentrando os temas
metafísicos e metafóricos não se eximiram de falar, escrever, gritar com suas vidas
que precisamos ser melhores.

Davi Nilo de Jesus


Mestrando PPGAnt

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