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Dedico este livro ao meu tio Nelson, que nos deixou recentemente. A saudade é
enorme, e ainda incomoda muito, mas a sua alegria segue eternizada no meu coração.
Obrigado pelas décadas de muitas gargalhadas. Amo você!
AGRADECIMENTOS
Depois de perder 31kg, entendi que a imagem que vejo no espelho e o número
que vejo na balança são resultados de um relacionamento, e que relacionamentos
saudáveis não se sustentam com estímulos pontuais, e no emagrecimento não é
diferente.
Aprendi que obesidade não é sentença de vida, ainda que você tenha sido obeso
pela maior parte dela. E que emagrecer exige a construção de um nível de disciplina
onde você seja capaz de se adaptar com criatividade, otimismo e regularidade às
condições mais difíceis e imprevisíveis da vida. E que o momento ideal não existe,
afinal a vida não vai parar para você emagrecer!
Há quem diga que seguir um plano alimentar é difícil, mas difícil mesmo é
persistir em habitar um corpo que rouba parte da sua felicidade. Difícil é viver sem a
coragem de construir a vida que você realmente almeja viver...
Não existe uma resposta universal, mas para te ajudar a construir com clareza a
sua própria resposta, você precisa antes responder a essas duas perguntas:
O que realmente te faz perder para você mesmo? E como você reage a isso?
A proposta deste livro não é reforçar o que você já sabe e não faz, e sim
provocar o que você ainda não sabe sobre si mesmo! Acredito que a forma mais efetiva
de transmitir valor e conhecimento seja contando histórias. E com o “coração na ponta
da caneta”, dos meus 7 aos atuais 35 anos de idade, compartilho a partir de agora a
minha história...
Nas próximas páginas você vai ter a oportunidade de refletir com profundidade
sobre os meus mais diversos e incansáveis erros, e como eu transformei a minha maior
fraqueza em vitória! Perceba as inúmeras variações do meu processo de maturidade. No
decorrer dos meus diversos movimentos de desconstrução e reconstrução. Descubra o
que me fez dar adeus a obesidade, ao efeito sanfona, e o que me permite continuar
magro há 6 anos, mesmo passando pelas situações mais extremas e inusitadas da vida.
Desejo que você termine essa leitura ciente da dimensão dos pontos que de fato
mudaram a sua trajetória, e quando isso acontecer, não tenha dúvidas, você estará diante
do real ponto de partida para construir a sua nova realidade...
www.coachfabiomagalhaes.com.br/meupresenteparavoce
Sumário
Começo essa história com uma doce nostalgia da infância, a qual não nego,
tenho enorme saudade, porém, desde cedo o mundo parecia já querer ensinar algo que a
inocência e a pureza de uma criança ainda não me habilitavam a aprender.
Em pouco tempo a indisciplina começou a mudar não somente o meu corpo, mas
a editar, de forma amarga, uma parte doce da minha infância. Afinal, como é gostoso
gostar de alguém. Não é?
Lembro-me da primeira carta que escrevi para uma menina aos nove anos, que
ao invés de lida foi rasgada. Aprendi quase que ao mesmo tempo, por um lado, o quanto
Mesmo sendo querido não escapei dos apelidos: Gordo, baleia, saco de areia!
Bola... Vez ou outra surgia alguma brincadeira mais pesada de algum amigo, parente ou
professor, mas mesmo criança eu nunca vi maldade nessas brincadeiras. Por vezes, eu
mesmo me sacaneava, a gente dava risada e estava tudo bem.
Por volta dos meus 10 ou 11 anos, meus pais tomaram o primeiro susto! Na festa
de aniversário da Aline, uma amiga da escola, havia uma gincana que dava algum
brinquedo, que hoje não consigo lembrar. Mas na época eu queria muito ganhar. A
minha motivação “atropelou” a minha condição física e pela primeira vez eu passei do
meu limite! Não venci a brincadeira e obviamente não ganhei o brinquedo, mas parei a
festa por uns 10 minutos. Fiquei vermelho como nunca! Suei muito, tive taquicardia,
tontura e falta de ar. Me recuperei e parei de brincar.
Mesmo com todo esse desconforto, ainda criança não tive um despertar para
mudar a minha forma física. No decorrer das férias, a nova rotina e a consequente
redução na alimentação, que eu lembre, me renderam no máximo uma perda de 3 kg.
Era legal perder peso, ainda mais brincando, mas eu sempre engordava muito mais
durante o ano do que emagrecia durante as férias, e desta forma iniciei a minha pré-
adolescência com essa “conta em aberto”.
Em 1997, comer biscoito de água e sal era “fazer dieta”. Não havia a facilidade
e variedade de informações, estudos, e a quantidade de profissionais qualificados que
temos de uma década para cá. Eu não tive acompanhamento, não busquei ajuda, sequer
tive um plano alimentar individual. E com isso acreditei que aquele era o meu limite. Eu
melhorei, mas não me realizei, logo me frustrei!
Tem gordinho que é bonito, tem estilo, tem charme, mas esse infelizmente não
era eu. E para o meu azar eu sempre gostava das meninas mais bonitas, e mesmo com
14,5kg a menos eu continuava a viver esse “desencontro”. Sempre fui muito visual, mas
nunca só visual. É da minha natureza, faz parte do meu instinto! Tentei na minha
ingenuidade “adestrá-lo”, e naquele cenário obviamente foi um esforço em vão. Poderia
até ter um certo domínio, ainda que muito limitado sobre as minhas atitudes, mas
atração é algo que não se escolhe. Ela simplesmente acontece ou não! Não entrava na
minha cabeça a ideia de tentar gostar de alguém.
Consegui alterar a minha forma, mas não consegui mudar a minha realidade.
Esse resultado “morno” aliado à minha imaturidade, fizeram da minha conquista algo
pequeno na minha percepção, e isso contribuiu muito para dissolver em pouco tempo o
resultado que conquistei. E adivinhe o que aconteceu? Voltei a ver o digito 9 na balança
novamente.
O “jogo” parecia dar um sinal que estava mudando, embora estivesse ainda
muito distante de ser assediado como homem. Todo esse agito me deu acesso a muitas
pessoas. Nas devidas proporções sempre fui um garoto muito conhecido e acredito que
o meu já existente jeito questionador e a forma diferente como eu via certas coisas me
proporcionaram amizades profundas com algumas garotas, por vezes, de 2 até 5 anos
mais velhas do que eu. Isso foi uma grande oportunidade de amadurecer mais rápido
como homem e ter uma visão mais completa das mulheres.
Agora vai!!! Sou legal, divertido, descolado e popular. Conheço várias meninas
e as compreendo com uma maturidade alguns anos à frente da minha própria idade...
Nesse exato momento, escrevendo esse livro e refletindo sobre a minha própria
história me pergunto: “ Se eu era gordo e queria viver a realidade dos meus amigos
magros, não seria muito mais óbvio e assertivo encarar o problema de frente e fazer o
que precisava ser feito ao invés de ficar inventando um novo caminho? ”
Para ser autêntico e honesto com essa resposta precisei visitar a memória de
quem eu era exatamente com 15 anos. E lembrei que naquela época eu não aceitava o
fato de ter que perder o “direito” de ser gordo para me relacionar com qualidade. Eu
precisava ser aceito do jeito que eu era e ponto! O meu orgulho me pressionava a criar
alguma alternativa para alimentar a minha razão. Eu “precisava ter razão.” E naquela
época eu não tinha a capacidade de compreender que quanto mais eu alimentava o meu
orgulho, maior era o tempo que eu permanecia distante da vida que realmente queria
viver.
Em 1998 montei o meu primeiro computador e por trás daquela tela havia uma
nova oportunidade, afinal, se no dia a dia ou nas festas era difícil conquistar alguém,
quem sabe numa sala de bate-papo eu conseguiria me sair bem?
Com muito sacrifício uma nova fase iniciava. Os encontros mesmo que pontuais
agora já aconteciam, mas com uma assertividade muito baixa! Geralmente quando uma
Quem me conhece bem sabe que trago uma memória da minha infância e
juventude muito rica em detalhes. Eu não sei exatamente o porquê, mas é uma
característica minha. Dependendo da sua idade é bem provável que você lembre aonde
estava ou o que estava fazendo quando soube que as Torres Gêmeas foram atacadas, em
11 de setembro de 2001, nos EUA. Isso tem uma explicação simples: As nossas
emoções são responsáveis por boa parte da construção de nossa memória, e por
coincidência eu estava num restaurante no centro do Rio de Janeiro, almoçando com
meus amigos de trabalho, e momentos antes da exibição das imagens do segundo avião
batendo na torre, pela primeira vez na vida o meu prato registrou 1kg na balança do self-
service. Eu tinha 17 anos e isso me chamou tanta atenção que eu mesmo me espantei
com o quanto comi durante aquele dia “normal” de semana, e nunca mais esqueci.
Acordei naquele dia por volta das 7:00h e antes de sair de casa comi Sucrilhos
com leite num prato fundo. Em seguida tomei um copo grande de Nescau e comi um
pão francês com manteiga, queijo e presunto. Por volta das 10:00h, saindo da empresa
Sem perceber eu estava perdendo para mim mesmo e essa série de “eventos”
minavam cada vez mais a minha autoestima. E quanto mais eu vivia uma vida que “não
escolhi”, maior era a minha busca por conforto na comida.
Sei que é muito delicado e duro dizer isso, mas é a verdade que tenho para
contar. As meninas com quem saia nessa época não eram as que eu queria e sim as que
eu conseguia, e com isso, impactos em parte da minha personalidade começavam a
surgir.
Para a minha sorte eu tinha como chefe o Aristor, alguém que considero como
amigo até hoje. Aristor é um cara que se empenhava em lapidar pessoalmente e
profissionalmente a sua equipe, e eu fui presenteado com a sua enorme paciência. A
essa altura, além do colesterol elevado e de um pequeno acúmulo de gordura no fígado,
a vida afetiva registrava mais uma nova marca. Eu estava há 1 ano sem sexo!
Imagina como eu estava? No auge da minha obesidade, mais de 1 ano sem sexo
e prestes a encontrar uma menina parecida com a Mel Lisboa. E ainda levá-la para a
casa do meu amigo, já no primeiro encontro. Isso na época era para mim algo como se
fosse um prêmio da loteria. Fiquei ansioso e eufórico!
Chegado o dia do encontro, eu a via pessoalmente pela primeira vez. Era linda e
realmente muito parecida com a Mel Lisboa. Se por um lado o meu semblante
transbordava a minha vontade e euforia, por outro o dela indicava que alguma coisa deu
errado...
Em certo momento, já com uns 85kg, meu pai me convidou no carnaval daquele
ano para conhecer a casa que tinha acabado de comprar em São Lourenço, sul de Minas.
Lembrei de uma menina com quem conversava esporadicamente há uns 4 anos e que
morava numa cidade vizinha. Nos conhecemos, ficamos juntos e pela primeira vez na
vida valeu a pena me apaixonar.
Mas como nem tudo são flores, nesta época ela se preparava para ir morar com o
pai no Japão. No mês posterior ela viria algumas vezes ao Rio de Janeiro para resolver a
documentação junto ao consulado japonês e isso nos deu a oportunidade de passarmos
mais alguns momentos juntos. Foi tudo muito rápido, mas na época muito especial. Se
por um lado estava triste porque a mulher que eu queria para mim ia morar do outro
lado do mundo, por outro ficava feliz por experimentar um novo nível de qualidade em
relacionamentos. Finalmente eu havia sido correspondido à altura!
Dando continuidade à dieta, conquistei os meus 77kg e muita coisa mudou! Era
o meu menor peso na fase adulta e consequentemente o melhor corpo que eu já havia
alcançado. Jurei que nunca mais veria o terceiro dígito na balança.
Meses depois eu passaria por uma experiência que serviu para eu chancelar um
dos maiores aprendizados desse processo. Agora eu era realmente magro e ainda era um
cara muito engraçado.
EMAGRECI, E AGORA?
Enfim magro e sem sequelas físicas. Era o meu melhor corpo, mas de fato não
era o corpo que eu realmente queria. E posteriormente um aprendizado ainda não
adquirido naquele momento seria o principal motivo para eu perder novamente todo o
meu resultado: Eu não estava preparado emocionalmente para todas as etapas do
processo!
Imagine só, eu passei uma vida com a referência de gordo e agora ouvia das
pessoas ao meu redor: “ Chega, para! Já está magro demais, está parecendo um
doente! ”
Magro demais? Não! Eu tinha gorduras localizadas e ainda tinha o que perder.
Mas eu estava tão focado no que tinha que perder, tão obcecado por números na
balança, que esqueci de olhar para o que eu tinha que ganhar para alcançar aquele
objetivo. Eu precisava ganhar músculos e sabia disso, mas não aceitava e a minha
cabeça deu um nó.
Eu não gostava de treinar e queria ter o corpo de quem treina. Tem cabimento?
Mais incongruente que isso era a minha capacidade de criar histórias para justificar a
ausência dos meus resultados. Não tem lógica, é contra intuitivo, mas é impressionante
a capacidade que temos de enganarmos a nós mesmos. Que criatividade inútil!
Das historinhas que contei para mim a mais comum era: “ O meu biotipo não
tem facilidade para ganhar massa ”, quando na verdade eu deveria dizer: “ O que me
faz acreditar que eu vou ganhar corpo apenas fechando a boca e correndo? “
A insatisfação com o meu resultado foi dando espaço para um “só hoje” aqui,
outro “só hoje” ali e o que era exceção gradativamente passou a virar regra. Uma das
historinhas que contei para mim me fez acreditar que dieta era um estímulo pontual.
Bastava tirar o excesso e depois estaria tudo ok, “vida normal.”
Eu fiz tudo errado! Ao invés de valorizar e curtir a nova realidade que criei,
deixei a ansiedade me conduzir a focar no vazio de algo que eu ainda não havia
alcançado e eu negligenciei um dos pontos mais primários nessa fase. A ação!
Dizem que toda história tem um final feliz, não é mesmo? Calma, ainda não é o
fim! Mas se até aqui o que eu mais buscava no meu emagrecimento era “conquistar o
Com o coração eufórico e empolgado por estar vivendo algo que tanto almejei,
energia para canalizar em novas realizações era algo que não me faltava! Sempre fui
muito intenso, mas mesmo sendo “pé no chão” em nosso primeiro semestre juntos o que
eu sentia já dava sinais que o futuro daquela relação poderia resultar numa família.
Descobri nessa época o quanto era gostoso amar e ser amado...
Mas nem só de amor vive uma relação e eu tratei logo de me espertar. Ela
cursava o final de uma pós-graduação e eu trabalhava no Estado há 4 anos, mas sem
estudar. Se por um lado “competir” com a minha parceira seja algo que nunca passou
pela minha cabeça, por outro eu já sabia que não tinha a menor vocação para ser peso na
vida de alguém. E se algo não fosse feito, embora longe de ser uma regra, a tendência
era essa conta não fechar.
Acho que fui tão rápido que mal conversamos sobre o assunto. Quando vi já
estava na faculdade. Era o início de mais uma etapa dessa nova fase, mas também
iniciava uma série de “eventos” que colocaria o meu emocional a prova, e se eu falhasse
você já imagina aonde essa bomba iria estourar né?
A felicidade era tão grande que de certa forma eu não soube lidar com ela. E o
meu relacionamento mesmo sem ruir, pagou um preço! Acredito que naquela época
80% do meu trabalho era eu mesmo quem criava, e eu não parava de criar. A minha
saída era sempre depois do horário. Ao ponto de, na minha demissão, contabilizarmos
28 dias somados em horas extras. A minha euforia não me deixava parar, nem quando
chegava em casa. Quantas vezes a minha namorada me chamava as 21:00h para deitar e
eu só deitava as 03:00h da manhã. Não havia limites! Acontecia durante a semana,
sábados, domingos ou feriados. Eu sabia que estava errado, que não era saudável, mas
não conseguia parar. Certa vez pensei: se fosse pai nessa situação e com esse
comportamento, que tipo de pai eu seria para o meu filho?
Toda essa desorganização e maus hábitos eram ainda maiores no decorrer das
viagens de trabalho. Lembro-me de ir almoçar as 4:00h da manhã do dia seguinte no
primeiro dia de montagem do Salão do Automóvel de 2010, em São Paulo. Eu não
tinha limites!
Com todo esse descontrole o meu universo foi ficando cada vez menos “físico”.
Meu relacionamento seguia bem, mesmo com problemas, mas permanecia estável. Já a
rotina alimentar do casal era cada vez pior. Os congelados, massas, frituras e
E foi dessa forma, minando a minha saúde diariamente por tanto tempo que
alcancei novamente a marca dos 100kg. Eu havia jurado nunca mais chegar ao terceiro
dígito da balança! Se até aqui eu “rodei no piloto automático”, o reencontro com essa
desagradável marca consequentemente me colocaria para refletir. “ Eu faltei com a
palavra comigo mesmo! Eu jurei que isso nunca mais iria acontecer. Eu perdi para
mim mesmo... “
A sensação que eu tinha era como a de ser pobre, ficar rico e passar a ser pobre
novamente. Foi decepcionante ver todo o meu resultado ir embora e viver as
consequências disso novamente, mas infelizmente o efeito sanfona fez parte do meu
aprendizado. Não precisava ser assim!
Em 2011 a obesidade seria severa comigo num momento tão especial. Ensaiando
sem fantasia na Marquês de Sapucaí, as vésperas de desfilar numa escola de samba pela
primeira vez no carnaval do Rio, eu sentiria até então a maior dor de coluna da minha
vida! Era o meu corpo me dando um recado que eu ainda teimava em não aceitar...
As críticas dos amigos, embora sempre construtivas eram cada vez mais duras,
porém dessa vez eu já dava sinais que estava me abrindo a pensar diferente.
Na relação com o trabalho, de certa forma sentia que eu era “o cara” na empresa,
mas por outro lado sentia que não era “o cara” na minha própria vida! Dentro da fábrica
eu tratava a faxineira com o mesmo carinho e respeito que tratava o diretor, e a sensação
Um dia olhei no espelho e me perguntei: “ É isso que você está fazendo com o
seu maior patrimônio? Com o seu templo? ” - Foi um choque de realidade! Eu
precisava ser mais honesto comigo e com a minha própria história.
Cansei dos meus últimos 20 anos. E se continuar vivendo assim, “feito cachorro
correndo atrás do próprio rabo”, como serão os meus próximos 20 anos? O que eu
preciso perder mais para tomar vergonha na cara? Preciso perder mais? CHEGA!
Agora vou até o fim, não dá mais para viver assim...
Estava disposto a “passar a minha vida a limpo” e não me conformar mais com o
“mais ou menos.” Eu precisava me realizar, me sentir livre com o meu corpo! Não
queria mais apenas “murchar”. Não queria mais depender de uma boa roupa para me
sentir bem. Não queria estagnar num platô, assumir que estava bem melhor que antes e
A família percebeu que algo diferente estava acontecendo, mas de fato ainda não
acreditavam. E foi dessa forma que eu ganhei de mim mesmo no Natal, e saí dele já de
olho na minha próxima batalha: o réveillon!
É muito ruim refletir sobre o ano, olhar para um objetivo e perceber que você
perdeu para você mesmo por mais um ano da sua vida. Mas este réveillon seria
totalmente diferente. Chega de melancolia com o passado! Chega de teoria com o
futuro! O que me interessa é o agora! Embora muito distante da minha meta, estarei as
00:01h do dia 1° de janeiro curtindo o melhor resultado possível que consigo construir
até lá, e assim foi. Virei o ano sem o terceiro dígito na balança!
Iniciadas as férias viajei à Campos, interior do Rio de Janeiro para passar duas
semanas com a família do Roberto, um amigo de infância que é para mim como se fosse
um irmão. Aliás, a vida me deu alguns amigos que posso chamar de irmãos até hoje...
Com toda essa parceria não tinha dúvidas que além de me divertir na viagem eu
encontraria um ambiente que contribuiria e muito com a construção dos meus
resultados. Dito e feito, ele vibrou com a minha iniciativa de emagrecer! Ainda em
Campos, incentivado por ele comecei a malhar e a partir daquele momento, mesmo que
posteriormente cometendo muitos erros primários, incluindo a baixa regularidade, eu
não pararia mais.
Encarei aquele dia simplesmente como um dia ruim e aceitei que o caminho era
difícil, mas também entendi que um dia seria compensador. Passei a pensar naquele
momento que o sucesso da dieta era igual ao da faculdade, afinal, eu jamais teria o
prazer e a alegria da cerimônia de formatura se não passasse por todos os períodos.
Pelas aulas de sexta-feira à noite. Pelas noites em claro estudando. E por todas as
demais concessões. Afinal, tudo na vida tem um preço e renunciar o seu sonho
também tem o seu preço!
Que fique bem claro, não tenho nada contra o bissexual, o homossexual ou
qualquer outra orientação sexual, ao contrário. Admiro muito quem tem a honestidade e
a coragem de assumir perante a si mesmo a sua própria natureza, o seu instinto. Suas
vontades e desejos devem ser vividos e não reprimidos, desde que respeite os seus
valores e que sejam práticas saudáveis, tanto no aspecto físico, quanto no aspecto
emocional. Independente de estarem mais ou menos alinhados com a cultura do
ambiente aonde você vive. Mas essa não era a realidade dela...
Não estou afirmando que quem está fora do peso tem uma relação amorosa ruim,
não é isso! Isso não é uma regra, não existem regras, mas infelizmente isso é algo
comum. Independente de eu achar certo ou errado! Negligenciar esse ponto seria fechar
os olhos para a minha própria história, e não só a minha, mas também a de todos que
compartilharam as suas histórias comigo até aqui. Dependendo do seu nível de clareza
diante da sua própria vida, as suas concessões não saudáveis, caso existam, podem já
estar no seu consciente ou ainda permanecer no seu inconsciente. Se esse for o seu caso,
tudo bem, cada um tem o seu tempo. Mas estimular o seu autoconhecimento pode
acelerar e muito o seu tempo, e esse é o meu objetivo.
E se você fosse segura (o) para escolher, o que deixaria para trás? A submissão?
A humilhação? O desrespeito? A infidelidade? A falta de educação? A falta de
perspectiva? O desnível social, cultural ou financeiro?
E se você olhasse para o espelho agora e se sentisse livre e feliz com a sua
própria imagem, o que você escolheria? Quem você escolheria? O que mudaria na sua
vida?
Chega, vou parar por aqui! Mas se por aí a lágrima desceu, pode ser um sinal de
que algo está muito errado...
Eu não estava ali para pedir uma opinião, mas sim para continuar construindo os
meus resultados. Penso que a minha individualidade, sonhos e sentimentos foram
totalmente desprezados. Fui avaliado único e exclusivamente pela frieza de uma
literatura médica, onde eu representava meros números numa tabela e ponto final.
A minha vontade de vencer era enorme, mas se ele não quer mais me ajudar, eu
vou dar outro jeito! E foi assim que interpretei... Naquela época os termogênicos
estavam em alta, e mesmo proibidos pareciam ser uma ótima alternativa. Por precaução
fui a um cardiologista e fiz todos os exames. Estava tudo ok!
Sair do Rio de Janeiro, entrar num avião para Porto Alegre, fazer uma consulta e
voltar não parecia ser algo razoável em termos financeiros e de logística, mas era a
minha liberdade que estava em jogo. Na ponta da caneta esse bate e volta de um dia me
custaria mais de R$ 1.000,00 por consulta, valor muito significativo naquela época.
Embora esse valor não estivesse sobrando, mesmo eu sendo muito econômico, eu estava
disposto a fazê-lo aparecer. Afinal, quantos mil reais eu já gastei com coisas que me
Com esse enorme incentivo comecei a me preparar para ir, porém, dias depois eu
reencontraria através do Facebook um colega de escola que havia construído um
resultado incrível nos últimos meses. Começamos a falar de nível de disciplina e pontos
específicos de dieta.
Enquanto no meu café da manhã havia pão integral, ovos, salsicha, muçarela e
peito de peru, por exemplo, no dele havia suco verde e crepioca com chia, e isso me
deixou eufórico. E já vou te explicar o porquê.
A maioria esmagadora das pessoas que não conseguem emagrecer foca em dieta
e exercícios físicos e não há nada de errado nisso. O erro vai além da ordem de como
isso é feito! Em linhas gerais as pessoas possuem um enorme interesse em saber qual a
dieta que emagrece mais rápido, ou que tipo de exercícios favorecem a queima de
gordura e isso pode sim ser excelentes ferramentas, mas elas esquecem o principal:
E você? Por que você faz o que faz? O que te faz perder para você mesmo?
Como você reage a isso?
Tive a certeza naquele momento que a ferramenta que me faltava era um plano
alimentar alinhado ao meu objetivo, só! Eu já havia construído a disciplina para
lidar com uma nova dieta, até mesmo se fosse totalmente fora do que eu estivesse
acostumado. Eu sentia isso!
Olhei fundo nos olhos dela e continuei: “ Faça a melhor dieta possível que
você tem competência para fazer, dê o seu melhor! Eu farei a minha parte, de
ponta a ponta. Serei impecável e se não tiver resultado eu vou cobrar de você! “
Num mix de espanto e euforia ela disse: “ Nossa, ouvir isso é o sonho de
qualquer nutricionista. ”
Acredito que uma das características mais virtuosas que o ser humano pode ter é
a capacidade de se adaptar a diferentes cenários e é sob este prisma que gostaria de
refletir agora.
Sempre gostei muito do carnaval e o deste ano seria em Búzios, já estava tudo
marcado! Mais de trinta pessoas dividiriam a mesma casa e eu até então não conhecia
nem 1/3 dessas pessoas, embora estivesse viajando com um dos meus melhores amigos,
o Thiago Ferro, um dos meus “irmãos da infância”. Cancelar essa viagem era algo que
não passava pela minha cabeça. Furar a dieta também não!
Pela primeira vez na vida eu teria uma mala com frigideira, espremedor de
frutas, liquidificador, legumes, verduras, carnes, ovos e frutas. Estava preparado para
qualquer situação e isso foi fundamental para eu passar “ileso” pelo carnaval. Durante o
período tivemos um dia de rodízio de pizzas, um aniversário com salgadinhos, bolo e
refrigerantes. Tudo dentro de casa e eu dividindo a pia da cozinha e o fogão para
preparar as minhas refeições. Desta vez tudo foi diferente, e para não me sentir um
Coincidência ou não esse foi o carnaval mais engraçado da minha vida até hoje,
e isso tem um enorme valor para mim. Sai do Rio na sexta-feira com 81kg e na terça-
feira eu já pesava 79,7kg. Havia mais de 10 anos que eu não via o dígito 7 no início da
balança. Eu comemorei muito! Enquanto os outros voltavam do carnaval de olho no
“prejuízo”, eu voltava radiante com o meu novo resultado. Eu finalmente voltei a me
encantar com a minha jornada...
Na minha família o desafio parecia ainda maior. Imagine como foi o impacto
para a minha tia, a matriarca e cozinheira da família, que entrega amor e carinho através
da culinária.
Confesso, dizer não para quem você ama é muito difícil, embora por vezes seja
necessário. Se você é pai ou mãe deve saber ainda melhor do que eu o que de fato estou
falando. Dizer não dói! Dizer não ao seu objetivo com atitudes incongruentes a ele
BASTA! CANSEI DE SER GORDO | 41
dói ainda mais! Eu já conhecia bem a dor que resultava o “só hoje”, “só um
pedacinho”, etc...
Se o seu ambiente ainda é resistente aos seus novos hábitos a dica é: contagie as
suas pessoas! Mas não seja um militante chato da alimentação saudável como eu fui no
início. Não invada o espaço das outras pessoas, mas também não permita que elas
invadam o seu. Seja um bom comunicador! Comunicar é a arte de transmitir
significado através das palavras. Compartilhe o significado das suas escolhas.
Permita-se deixar o seu coração falar, e lembre-se: ninguém “quer emagrecer”.
Emagrecer não é o fim, isso é apenas o meio! É o caminho para você alcançar algo
maior. Perder peso é apenas um meio para você construir a sua liberdade, independente
dos valores que ela compõe. Entregue isso aos poucos, mas tenha cuidado para não ir
além da capacidade que as suas pessoas têm nesse momento de digerir todo esse
conjunto de novas informações.
Outro ponto curioso é o quanto a nossa geração foi mal informada em termos de
alimentação. A nossa cultura alimentar das últimas décadas é péssima, e quem formou
muito dos nossos hábitos? A publicidade! Publicidade essa que por muita das vezes
inverte valores em prol do seu interesse comercial criando necessidades que de fato não
existem, como por exemplo o consumo do leite de caixa. Alvo de duras críticas por
médicos renomados do Brasil, classificado por muitos deles como um alimento
dispensável, e o mais alergênico existente. Há relatos de crianças que apresentaram
doença autoimune e obtiveram a reversão do quadro simplesmente pelo fato de
suspenderem o leite processado. E esse é apenas um de inúmeros exemplos.
Terminar uma relação é algo muito desafiador, até quando se tem certeza do que
você realmente quer. Sincronizar razão e sentimento neste momento requer muita
clareza e habilidade, e durante essa fase de transição eu cometi um grande erro que vim
a me retratar anos depois: eu acreditava que os meus valores eram melhores que os dela!
“ Liberdade é ter o poder das suas próprias escolhas, e não permitir ser refém
delas...”
Mesmo nos períodos mais nebulosos fiz questão de não deixar que as minhas
dificuldades pessoais desmoronassem o que conquistei até aqui, afinal, recomeçar é
muito ruim e sei bem o sabor amargo que tem!
Falando em família, preciso voltar agora rapidamente aos meus 14 anos e você
já vai entender o porquê. Foi com essa idade que meus pais se separaram, e após aquela
conversa do meu pai eu tinha a certeza que ele nunca mais voltaria para casa. Toda
separação geralmente é muito difícil para os filhos, ainda mais o único, como no meu
caso. Eu perdi muita coisa, mas o mais difícil foi dizer adeus ao meu “abraço família”, a
minha primeira grande perda na vida!
O “abraço família”, batizado por mim, era a minha iniciativa de abraçar os meus
pais ao mesmo tempo. Seja num momento de extrema alegria ou de extrema
dificuldade. Aquele abraço era o meu ninho, minha segurança, meu aconchego...
Convivi com esse vazio por alguns anos, mas aos 17 anos entendi que poderia sim ter
um novo “abraço família”, um dia com a minha esposa e filhos. Sabia que esse novo
abraço demandaria tempo para ser construído e que nessa idade, embora muito
importante ele estava longe de ser uma prioridade. E foi interpretando dessa forma que
encontrei a minha paz quanto a esse assunto.
A vida parecia dar sinais de que a serenidade queria se instalar, mas pouco mais
de um mês após o término do meu relacionamento, numa avenida bem movimentada do
E era nesse tom, com uma linguagem um pouco diferente da atual que eu fazia
os meus posts eufóricos pontuando toda aquela transformação que eu estava vivendo.
Eu buscava sair do óbvio e provocar nas pessoas uma reflexão mais profunda sobre si.
Eu queria que outras pessoas pudessem viver o mesmo tipo de liberdade que eu
estava vivendo!
Eu poderia resumir esses posts nos próximos parágrafos, mas achei muito mais
interessante dividi-los aqui na íntegra para que você perceba com mais sensibilidade
A minha história com o coaching começa aos 30 anos, no final de 2013 após o
meu emagrecimento. Na ocasião esperava do coaching apenas um momento meu e
talvez um passo a mais no meu amadurecimento e autoconhecimento. Lembro-me na
época do Diogo Hudson, meu professor e hoje amigo, dizer durante a formação:
“Fábio, você é 90% intuitivo.” - E tempos depois eu alcancei o que ele quis dizer...
Ficou claro para mim que não bastava estudar e entender a metodologia. Era
preciso ter uma habilidade já amadurecida de extrair o melhor das pessoas. Era preciso
ter sensibilidade com o ser humano! E quanto melhor fosse a comunicação, maior seria
a qualidade na condução dos processos. E vale relembrar: comunicar é a arte de
transmitir significado através das palavras!
A forma como construí o meu emagrecimento fez do meu ponto fraco um ponto
forte, e mais: eu não apenas entendo as dores de quem ainda convive com a obesidade,
eu também as sinto, afinal convivi com elas durante duas décadas. E essa
“sensibilidade” nenhuma formação ensina, eu aprendi com a vida e isso faria toda a
diferença!
“ Faça o teu melhor, na condição que você tem, enquanto você não tem
condições melhores, para fazer melhor ainda! - Mário Sergio Cortella “
Eu queria namorar, mas naquele momento não tinha esse olhar para ninguém. E
não havia nada em aberto com relação ao meu relacionamento anterior. Eu estava em
paz e muito seguro quanto a isso! Era o coração vazio mesmo. E na busca de “fazer o
meu melhor”, se por um lado na minha adolescência a minha vida como homem foi um
enorme vazio, agora eu acreditava que estava pronto para viver tudo o que eu não tinha
vivido até aqui. E lá fui eu...
“Opa, tem algo errado! Esse ritmo não está saudável. É hora de desacelerar.“
Mesmo com todo esse agito e sem maiores envolvimentos eu sempre encontrava
um momento, ainda que curto para um “papo cabeça”. E no decorrer desse papo eu
criava uma oportunidade para ampliar o entendimento da minha nova realidade, além de
reforçar internamente parte dos benefícios do que construí contando resumidamente a
minha história e fazendo a seguinte pergunta:
“Olha Fábio, desculpe. Você é um cara super gente boa, agradável, inteligente,
educado, divertido, mas desse jeito aí não rolava não. Não sinto nada, sabe? Não dá!“
Sim, eu sei como é! Já vivi o outro lado, mas eu precisava confirmar. Ser visual
não é errado, tampouco é ser necessariamente raso ou vazio. Eu também sou assim, é da
minha natureza! Se há atração algo acontece naturalmente, do contrário algo não
acontece, naturalmente. De todas as mulheres que saí a resposta foi quase unânime, tive
apenas uma que disse preferir como eu era antes. Nada errado, mas estatisticamente um
ponto fora da curva. E antes de você acreditar que elas responderam dessa forma porque
eu estava na fase da “farra”, espere aí. Nessas respostas incluem-se também as quatro
relações sérias que eu teria posteriormente nos próximos anos.
Que fique claro, não estou aqui dizendo que o gordinho ou a gordinha não tem
espaço, estou dizendo que EU gordinho não tinha o espaço que EU queria, ao menos
com as mulheres que eu escolhia. Isso era um fato! E por mais estranho que possa
E qual foi a lição que tirei de tudo isso? Se até aqui estava difícil ser solteiro
tendo o meu espaço com tantas opções, imagine como seria tendo de enfrentar
novamente o vácuo da rejeição. Se eu não tivesse feito nada por mim olhe o quanto da
vida eu teria perdido. Quantas experiências, quantas pessoas...
Vale relembrar: quando você muda, tudo muda! Remediar é uma alternativa
mas tem o seu preço. Preço que estou disposto a nunca mais pagar.
“ Obesidade não é sentença de vida, ainda que você tenha sido obeso pela maior parte
dela! ”
Mesmo num ritmo bem mais devagar, estar solteiro ainda representava uma
grande angústia, agora prestes a acabar. O coração bateu diferente, tudo aconteceu
naturalmente, e finalmente voltei a namorar.
Comparar a relação atual com a anterior muita das vezes é um enorme erro,
afinal cada relação é uma relação. Mesmo assim um ponto muito relevante embora não
fosse decisivo vale a pena ser lembrado, afinal manter os meus resultados
compartilhando esse ritmo, hábitos e valores deixariam a minha jornada ainda mais leve
e prazerosa. Embora a responsabilidade de cuidar do meu corpo seja sempre minha!
Tudo foi muito rápido, mais precisamente o nosso ciclo durou 4 meses. Digo
ciclo porque enxergar relacionamentos sobre essa ótica traz mais conforto e potencializa
muito a velocidade da sua recuperação quando as coisas acontecem de forma contrária
ao que o seu coração realmente deseja. Não acredito que isso seja uma regra, e de fato
não é. É apenas um excelente recurso que quando precisei, usei e deu resultado.
Se por um lado a liberdade que conquistei com o meu corpo, declaradamente foi
fundamental para que eu vivesse essa relação, por outro havia uma outra liberdade, ou
melhor, uma ausência de liberdade que contribuiria muito para antecipar o término
dessa relação. E essa liberdade era a financeira.
Oito anos à minha frente e com um histórico respeitável de muito trabalho ela já
havia acertado a sua trajetória, enquanto eu ainda lapidava o caminho para os meus
resultados. No início da relação combinamos de ir a Cancun, mas o mercado o qual eu
atuava ainda reagia mal à crise e essa instabilidade me fez postergar a nossa viagem. A
O desemprego é algo que geralmente afeta muito as relações e na minha não foi
nada diferente. A minha aflição com o novo cenário “respingou” na relação e a minha
prudência financeira consequentemente afetou a nossa liberdade de viajar em casal, algo
que era muito importante para ela, principalmente naquele momento. A conta não
fechou, literalmente. Não fui capaz de acompanhar a sua independência e a nossa
relação chegou ao fim.
Eu poderia me vitimizar e sugerir até uma inversão de valores, mas a essa altura
eu já entendia que os meus valores eram apenas os meus valores. Nem melhor, nem pior
que os dela. E se nos meus valores cabiam um tipo de tolerância com essa situação e
nos dela não, isso não me faria melhor ou mais justo! Acredito que uma das conquistas
mais importantes do ser humano é a sua própria liberdade. Liberdade essa que pode se
caracterizar das mais diversas e diferentes formas no decorrer de uma vida. Eu lutei e
luto até hoje por mais liberdade. E qual o problema da liberdade dela naquele momento
ter esse formato?
Que fique bem claro, não sou como o Chapolin: “todos os meus movimentos são
friamente calculados”. Não é isso! Tenho um coração no lado esquerdo do peito que
quando dói, dói tanto quanto o seu! Sei o que é sentir tristeza e jamais estarei imune a
ela. Ah, também choro! E quando dói, choro demais. Choro como criança, como chorei
no término dessa e de todas as outras relações. Só que há um detalhe: eu aprendi a
colocar cada coisa no seu lugar e não “me perder” nos meus sentimentos. Isso é o que
faz toda a diferença. É aonde mora a minha paz!
Pessoas não são números! Cada um tem o seu tipo de raridade e acredito que a
vida é muito curta para não aceitarmos um término de relação. Tudo na vida acaba. Até
você acaba! Por que uma relação não pode acabar? O que há de errado nisso? Tudo é
um ciclo, com início, meio e fim. Não é só no estado de alegria que vive o ser humano.
Acredito que a tristeza foi feita para ser sentida, e tudo bem. Você só não deve sucumbir
a ela!
Se o que você tinha de mais precioso era a sua relação e se ela acabou e não dá
mais sinais de que vai voltar a existir, você já perdeu o que tinha de mais especial a
perder. Ponto! Já acabou! Para que você precisa entender o “outro” se ela (e) já foi
Observe que “por que” remete à passado e esse já passou, nem eu nem você,
nem ninguém vai mudar! Já o “para que” remete a futuro e esse sim você está
construindo agora com as suas atitudes ou com a ausência delas.
E vai falar ainda mais... Se por acaso você chegou até aqui com essa dúvida nós
a eliminaremos agora!
Acredito que o sentimento de perda naturalmente tende a nos colocar numa zona
de vulnerabilidade emocional, e quando essa perda envolve um relacionamento amoroso
é comum que essa vulnerabilidade seja ainda mais intensa. E é aqui que muita gente se
perde!
Num outro polo há quem transforme esse vazio em raiva e essa raiva em força
de ação! Neste caso é comum que as pessoas construam os seus resultados pautados
num sentimento de autoafirmação, muita das vezes acreditando que o sucesso da sua
transformação é uma forma de se vingar do (a) antigo (a) parceiro (a). E por mais
estranho que pareça, isso infelizmente é um comportamento comum. Mas esse
movimento que em muitas das vezes é ponto de partida para resultados maravilhosos
não para por aqui, afinal, tudo na vida passa! A dor, o vazio, o luto e a raiva passam. E
com eles a necessidade de autoafirmação também passa, principalmente quando você já
está feliz em outra relação.
É nesse cenário que “moram” muitas das pessoas que emagrecem solteiras e
engordam quando namoram ou casam, afinal, se você não criou um motivo maior,
para que se manter magro?
Vale lembrar que nada disso é uma regra, mas acredito ser uma relevante
tendência. O que me faz acreditar nessas teorias é a reflexão que faço sobre as minhas
próprias falhas. Eu já cometi todas essas!
A ideia de apontar neste livro a forma como lido com os meus relacionamentos,
é te apresentar de forma íntegra não apenas a trajetória e os fundamentos da minha
evolução, mas também as minhas mais diversas imperfeições. Percebo nessas
experiências uma grande oportunidade para que você possa escolher aprender com elas.
Talvez isso te ajude ao menos a não cometer os mesmos erros que eu cometi.
Buscando ser o meu melhor amigo, olhei para o término da minha relação e me
perguntei: “o que construo com essa dor?”
Mas agora não mais na energia da raiva! Acreditei que meu luto poderia ser
sereno e produtivo, e assim foi...
Eu já era feliz com o meu resultado, mas queria ainda mais! Sabia que alguns
ajustes potencializariam ainda mais a minha sensação de liberdade.
Na questão física durante esse período eu treinava em média uma hora por dia,
seis vezes por semana. A série era dividia em três grupos, e cada um deles se repetia por
duas vezes na semana. E foi com essa disciplina e regularidade que cheguei, embora no
mesmo peso, ao melhor corpo da minha vida em abril de 2015.
Idade: 60 anos
Maratona (42k): 3
E assim foi, uns três metros a diante, na única vez que fizemos os 7.5km da
Lagoa em 38.3 minutos. Ficamos impressionados e ele disse: “ Eu forcei porque sou
competitivo e não poderia perder para você de jeito nenhum (risos), mas se estivesse
sozinho jamais forçaria esse ritmo. “
E completou: “ Olha a minha respiração, estou morto! Olha a sua, está pronto
para outra. “
Sei que as vezes a verdade dói, mas neste ponto especificamente percebi que a
dor das mentiras que persisti em contar para mim mesmo durante vinte anos através de
justificativas e comparações esdrúxulas só estendiam e aumentavam a minha agonia. Se
você ainda permanece na sua “bolha da mentira” esse momento pode ser uma excelente
oportunidade para você começar de fato a construir a sua verdade.
Se você está obeso hoje, independentemente de ser uma realidade recente ou ser
algo que conviveu durante toda a sua vida, isso é sinal que o seu metabolismo não é dos
melhores para a queima de gordura, e tudo bem. Ok? Estamos “no mesmo barco”, e
acredite, eu e você somos assim. A diferença é que eu aceitei isso e há seis anos, sem
sofrimento, pratico no meu dia a dia atitudes congruentes a manutenção dos meus
objetivos levando em conta as particularidades do meu metabolismo. O que nos difere é
apenas esse “despertar com regularidade”, só isso! Se o que acabei de falar não
tivesse fundamento nós seriamos iguais aquele amigo seu ou aquela sua amiga, que
come de tudo sem se preocupar com nada e não engorda.
Talvez aquela pessoa que treina há mais de 10 anos não precise se preocupar
tanto com a alimentação quanto você, e tudo bem. Talvez aquele “desafio detox” ou
aqueles “21 dias de exercícios para chapar a barriga” sejam o suficiente para fazer saltar
os gomos do abdômen daquela pessoa que você tanto admira, mas nem conhece
pessoalmente, enquanto na sua realidade esses desafios não gerem nada além de uma
camisa mais frouxa ou de uma calça menos apertada. E tudo bem...
Cada indivíduo vive uma realidade, mas isso não quer dizer que você não possa
transformar os seus resultados e de certa forma criar a sua nova realidade. Se você
quer ter mais, precisa fazer mais, como eu fiz. E ter que fazer mais não inviabiliza o
seu sonho. Não inviabilizou o meu, por que inviabilizaria o seu?
Aonde você quer chegar? Que erros você ainda insiste cometer?
Ao seu marido? A sua esposa? Aos almoços de domingo? A comida da sua mãe?
Da sua avó? As pessoas que não te dão paz? Ao seu negócio que ainda não deu certo? A
sua “genética”? A mobilidade que você perdeu? Ao padrão físico da sua família? Aos
intermináveis eventos do trabalho?
Por quanto tempo você fez de forma correta e regular aquela dieta que você diz
que não dá mais resultado? Por quanto tempo você permaneceu com a honestidade
necessária nos atos do seu dia a dia para alcançar os seus objetivos? O que te faz
“abraçar um platô” que não precisa ser o seu? O que você está disposto a abrir mão?
Dos seus hábitos ou da felicidade que você almeja, mas ainda não experimentou?
Acredito que é nessa relação, entre você e essa honestidade, que mora o caminho
onde você vai encontrar a sua realização e paz...
“ Não é a sua realidade quem define a sua vida. A forma como você lida com a
sua vida é que vai determinar a sua realidade... “
Não importa de onde você vem ou da situação em que você se encontra. O que
vai fazer a diferença é a sua persistência e o comprometimento que tem com o seu
objetivo, vamos à pratica?
Um dos meus melhores amigos foi morador de rua dos 5 aos 10 anos, idade onde
ele conseguiu começar a estudar. Enquanto eu tinha uma casa segura e confortável e
Era tarde de verão intenso no Rio, naqueles dias que passa de 40°C. No sinal de
trânsito eu era o primeiro da fila. Aqui dentro estava eu, no ar condicionado gelado do
meu carro, me preparando para viajar mais tarde. Lá fora havia um cara que deveria ter
mais ou menos a minha idade. De chinelo, bermuda e sem camisa. Rodando bolinhas
enquanto o sinal estava vermelho para faturar um trocado. Entre o intervalo de um sinal
e outro ele parava para beber a sua Coca-Cola e continuar comendo o seu salgado.
Nessa época eu estava no auge do meu corpo. Treinando seis vezes na semana e fazendo
dieta sem açúcar, glúten e lactose. Meu resultado era excelente, mas o meu abdômen
nem de longe tinha a qualidade e a marcação que o dele tinha. De contrapartida ele
estava trabalhando “com o sol na cabeça” e talvez não tivesse nem uma bicicleta. E o
que essa história tem a ver com o nosso assunto?
Acredito que ninguém nasce com todas as oportunidades, por mais privilegiado
que o seu cenário possa ser. De contrapartida acredito também que ninguém nasce sem
nenhuma oportunidade, por mais hostil que o seu cenário possa ser. Aliás, o simples
fato de viver é a nossa maior oportunidade! Oportunidade essa que muita gente que “ já
passou por aqui “ gostaria de ter e não tem mais...
Eu posso ter “aquele abdômen”, mas preciso me esforçar mais. Muito mais que
ele!
Ele pode ter um carro igual ao meu, mas precisa se esforçar mais. Muito mais
que eu!
Se for para justificar a sua inércia, nunca se compare! Afinal, o que te realiza?
Justificar a ausência de resultados ou viver uma nova realidade?
Vai, mas o ideal é que não seja antes da hora! Se está de dieta respeite os seus
sonhos se mantendo distante de tudo o que pode vir a te deixar cada vez mais longe
deles... E fique calmo, o seu padrão tende a mudar naturalmente.
O corpo pede o que você dá e quando você para de dar ele para de pedir,
mas esse “desmame” tem um tempo e é justamente o seu equilíbrio durante este tempo
que vai determinar a sua vitória ou o seu fracasso.
Por quase trinta anos o meu padrão de primeira refeição do dia era com leite,
manteiga e pão. Não apenas isso, mas sempre havia em via de regra esses três
alimentos. O leite e o pão hoje me deixam “empanturrado”, principalmente na primeira
refeição do dia. A manteiga é gordurosa demais e me deixa com gosto de óleo na língua.
Chocolates em excesso me deixa com dores de cabeça. Raríssimos são os biscoitos que
me dão prazer hoje. A maioria me deixa com um gosto incomodo de gordura na boca.
Alimentos muito gordurosos em boa quantidade me deixam com dor “na boca do
estômago”. O chocolate ao leite não tem mais graça, prefiro os mais amargos.
Nenhuma bebida minha leva mais açúcar, nem adoçante, até o café. Café com
açúcar fica doce demais e quando tomo por engano geralmente jogo fora. Beber junto a
refeição me deixa empanturrado e isso não faz mais parte do meu padrão. Comer até
não aguentar mais também não faz mais parte do meu padrão e isso obviamente, alterou
a forma como o meu estômago se comporta. Eu, naturalmente como menos, muito
menos!
Talvez você esteja se perguntando: dos hábitos do “velho Fábio”, não sobrou
nada?
Brincadeiras à parte hoje como algumas coisas quando tenho vontade e quando
sinto que ainda tenho margem perante os meus objetivos, do contrário não! A comida
nunca mais me dominou, nunca! Agora, vale lembrar que o meu padrão atual é
totalmente diferente do que sempre foi, por exemplo. Neste exato momento que escrevo
estamos em agosto de 2019 e eu posso te afirmar que saí para comprar pão francês para
o meu consumo no máximo umas cinco vezes nesse ano. É muito eventual, e mais: isso
não sou eu me controlando, não! É apenas o cenário normal de um novo padrão! No
meu dia a dia nem lembro que pão existe...
Vale lembrar que quando estou de dieta a regra é o que está no plano alimentar e
ponto final. Não há exceções! Mas isso é algo muito particular e por mais estranho que
pareça, agir dessa forma me faz sentir poderoso e mais feliz, afinal, para mim é muito
gratificante sentir que nesse caso sou eu quem está no controle.
1 – Elimine as despedidas: O que é mais congruente com a sua nova jornada: Acordar
100 gramas mais leve no primeiro dia da sua dieta ou acordar inchado e “com gostinho
de quero mais? “
3 – Não faça compras com fome: Essa é simples e muito eficaz. Fazer compras com
fome é tortura, você não precisa passar por isso! O fato de estar alimentado durante as
compras vai te ajudar muito a controlar o seu desejo no ato da compra.
4 – Não tenha alimentos “fora da dieta” em casa: O que vai fazer você emagrecer
não é o fato de abrir 10 vezes o seu armário e não comer aquele chocolate. Tortura não
emagrece. Se ajuda! Para que manter “o inimigo” dentro de casa?
5 – Tenha um plano alimentar individual: Quanto mais sei sobre nutrição, menos sei.
Tamanha as suas variações e complexidade. Valorize o nutricionista e tenha um plano
alimentar elaborado para você, que considere o seu histórico de saúde, a sua
individualidade e principalmente, o seu objetivo!
6 – Pare de compensar “furos” na dieta com exercícios físicos: Quem quer e precisa
perder peso não tem margem para compensar. Ponto! Você perdeu 10kg, parabéns! Mas
ainda tem 20kg a perder e esse peso te maltrata. Vamos focar e acabar logo com isso?
Aquela uma hora que você passou na esteira muita das vezes não queimou nem a
metade das calorias daquele lanche que você comeu em dez minutos. Exercícios físicos
potencializam e muito os resultados de uma dieta bem feita. Se a sua está “furada”, que
resultados você quer potencializar? Essa conta não fecha! Seja seu amigo e pare de se
enganar.
Conheço gente com 150kg que sabe mais de nutrição e exercícios físicos do que eu, e
aí? Cadê o resultado? Teu objetivo é ser um profundo entendedor da área ou apenas
ser magro?
Valorize o seu tempo! Foque nos seus projetos, na sua família, no seu lazer...
Terceirize de certa forma essa aquisição de “competências do emagrecimento.”
Acredite, sai mais barato! Monte o seu time para te ajudar a emagrecer e foque naquilo
que somente você pode fazer!
8 – Tenha consciência do quanto custa para você estar gordo: Qual o preço da sua
obesidade? Você já fez essa conta? Não estou falando do seu possível risco de vida ou
do enorme prejuízo emocional que esse peso te trás. Estou falando agora
especificamente de dinheiro! Quanto você gasta por mês comendo o que não deveria?
Quanto custa os remédios que você não precisaria tomar se estivesse dentro do seu peso
ideal? E no seu armário? Quantas centenas ou milhares de reais parados? Quantas vezes
precisou comprar o mesmo tipo de roupa porque a que você tem não cabe mais? E
aquela calça jeans, quantos anos duraria a mais se ao andar as suas coxas não raspassem
mais uma na outra? E na sua empresa, quanto a sua obesidade compromete a sua
produtividade e quanto isso interfere no seu faturamento? Quanto você deixa de faturar
a mais por causa disso? E na condição de funcionário, o quanto a sua obesidade te
expõe como profissional? Qual pode ser o tamanho desse prejuízo?
Talvez dinheiro não seja o seu problema, mas se você ainda insiste em acreditar que é,
essa foi a forma que encontrei para te provar que você não precisa gastar mais. Basta
usar os mesmos recursos de forma mais inteligente, otimizada e mais alinhada com o
seu objetivo.
OBS: Se você fez essa conta e se assustou, compartilha comigo? No final deste livro
você terá acesso aos meus contatos...
11- Modele alguém que inspire o seu resultado: Quem já vive os resultados que você
busca? O que ele ou ela faz? Como ele ou ela pensa? Como ele ou ela se adapta aos
imprevistos da vida? O que ele ou ela faz, respeitando a sua individualidade, que você
ainda insiste em não fazer?
14 – Entenda em qual momento você está e tome a atitude mais congruente a ele:
se você é gestor ou empreendedor vai entender isso com muita facilidade. Mas se você
por acaso não é, melhor ainda, aproveite e leve para a sua vida essa informação
Visão: Aonde estou e aonde quero estar? Quais as oportunidades e os desafios do meu
meio? Por que faço o que faço? O que preciso fazer a mais? Quais comportamentos me
fazem “ ficar pelo meio do caminho? “ Qual o meu nível de consciência da minha
melhor e pior parte? O que eu faço com isso? Quais erros estou disposto a não cometer
mais?
Ação: Agora sim, hora de agir e construir o seu resultado com regularidade.
Fecho esse tópico lhe fazendo uma simples pergunta: Qual etapa você ainda insiste
em pular?
15 – Aceite a importância do Autoconhecimento: O que você faz? Por que e para que
você faz o que faz? Nenhuma dieta vai desenvolver a sua habilidade de lidar com a sua
pior parte. Isso não é o papel dela! Que competências você já tem em outras áreas e
ainda não utiliza no seu emagrecimento? Essas e outras respostas precisam ser
construídas e desenvolvidas dentro de você.
16 – Esqueça a privação e foque na liberdade: Foque no sim que você está dando ao
seu sonho, ao invés de focar no não que você precisa dar nesse momento para a comida.
OBS: Se essa provocação serviu para você, fique tranquila (o). Sei que não faz por mal,
afinal, eu já fui assim. Mas a essa altura esse erro primário não cabe mais. Combinado?
19 – Não coma por recompensa: você já deve ter feito isso a vida toda e caso tenha
feito já deve ter percebido que não dá certo. E por que ainda insiste? Se está acima do
peso e principalmente, se está iniciando agora a sua jornada é sinal que você ainda não
construiu uma relação saudável de bom senso com a comida. Faz sentido comemorar
a sua nova marca, o seu novo recorde comendo o que não deve? Comendo aquilo que
justamente tem o poder de acabar com o seu resultado. Para que criar um evento e se
expor diante da sua maior fraqueza? Está afim de voltar a perder para o: “ só hoje? ”
Acesse: www.coachfabiomagalhaes.com.br/meupresenteparavoce
Eu poderia terminar esse livro agora se não me fizessem tanto essa pergunta.
Espero que você não encare isso como “spoiler”, mas daqui em diante eu finalmente
parei de perder para mim mesmo. Não há mais compulsão alimentar, sob nenhuma
justificativa. E olha que alguns dos maiores desafios da minha vida ainda estão por
vir...
A essa altura não alimento mais as minhas emoções com comida. Eu de fato
desassociei isso completamente. Chega de ser meu inimigo né? Chega de jogar partes
preciosas da minha vida fora.... Enfim conquistei o meu domínio. O meu equilíbrio!
Alcancei a minha liberdade e perdi o medo que tinha de mim mesmo. O fantasma da
obesidade passou!
A nova rotina pode ser maçante ou contagiante, dependendo da forma como for
construída. Se respeitar a sua fase de “desmame” e aceitar que momentos difíceis fazem
parte do processo, com certeza você terá espaço para descobrir e se encantar com uma
série de novidades.
A essa altura a sua calça já cai e aquela camisa lá do início já está tão grande que
chega a ser engraçado vesti-la. Você já não sua tanto, não fica ofegante. Já aguenta até
correr um pouco! O sexo já voltou a ser ainda mais prazeroso, não é mais aquela
“maratona” e também não precisa ser mais tão devagarzinho. Tudo mudou e você
voltou a fazer movimentos que nem lembrava mais.
Xiiiiii... A ansiedade bateu e parece que você estacionou, certo? Deu crise?
Calma! Comida de novo não! Os números não mentem, é hora da sua avaliação! Como
estão as suas medidas? E o percentual de gordura? Baixaram? Hum... era só ansiedade,
viu?
Opa, não baixaram? Precisamos aferir esse seu nível de disciplina, ou quem sabe
esse tipo de estímulo que te fez chegar aqui não é mais o suficiente para te levar além.
Hora de rever o seu planejamento...
Não sei qual é o seu ponto de partida. O meu foi 104kg, mas já tive cliente que
partiu de 216kg. Talvez o seu seja um pouco mais ou um pouco menos que isso, mas
fique tranquilo (a). Se vivêssemos no ano de 1919 eu estaria tão preocupado quanto
você, mas vivemos em 2019. Tudo tem jeito! E nada tem mais valor que o seu “melhor
sorriso...” Talvez a construção dele demore um pouquinho mais ou um pouquinho
menos, mas que diferença faz? De qualquer forma o tempo vai passar, você goste ou
não! O que vai fazer a diferença de fato é se você vai utilizar esse tempo para realizar
o seu sonho ou prolongar a sua agonia...
Vou parar por aqui, ok? Se eu contar mais vai perder a graça...
Chegando ao fim dessa etapa é hora de entender o seu novo corpo, como ele
funciona nessa nova realidade e o que você precisa fazer para manter ele assim. A
partir dessa etapa a palavra compensar começa a fazer sentido e já pode ser utilizada...
Como você já sabe, felizmente a vida não se resume a contar as calorias dos
alimentos que você ingere, tão pouco as que você queima durante os seus exercícios
físicos, embora essas práticas tenham enorme relevância.
Se por um lado agora você já convive com a liberdade das suas conquistas e dos
seus resultados, por outro, não tenha dúvidas que a imprevisibilidade natural da vida
vai te colocar em diversas situações inusitadas. Algumas delas serão de extrema tristeza
e vazio, ou até de enorme pressão. E a sua capacidade de lidar com habilidade,
diante desses sentimentos é o que realmente vai determinar se a sua vitória será para
sempre ou se você vai voltar a perder para si mesmo.
Confesso que adoro refletir sobre a vida e por muitas das vezes acabo criando as
minhas próprias teorias, porém muito melhor que estudar teorias é vê-las em prática e é
pensando nisso que sigo a diante nessa história. Obrigado por chegar até aqui! Isso para
mim significa que você está valorizando o que construí de mais nobre até agora, a
minha história. E em retribuição a esse carinho seguirei compartilhando nas próximas
páginas as minhas experiências mais relevantes e os meus maiores aprendizados até
aqui.
Ao invés de “engessar” essa resposta num único conceito, acredito que será
muito mais interessante, enriquecedor e didático seguir com o meu coração e a minha
alma “na ponta da caneta” e te dar a liberdade de construir a sua própria resposta até o
final desse livro...
De volta a 2015 e com tanta coisa boa acontecendo na minha vida, a atual fase
de solteiro não chegou a durar três meses. Tudo aconteceu muito rápido e quando
percebi já estava namorando novamente. O que eu não fazia ideia é que mais adiante
essa seria uma relação que me proporcionaria um novo ponto de partida para eu me
reinventar novamente, agora de um jeito diferente.
“ Se você já tem esse resultado e essa disposição cometendo ainda alguns furos
desnecessários, imagina a resposta do seu corpo se você corrigir isso. ”
Assim como eu, ela tem muita personalidade! Mas pouco tempo depois ela por
si só comprou a ideia e me disse:
“ Ok, vamos lá. Vou topar! Vamos ver até aonde isso vai! ”
Costumo dizer que a “diferença mora nos pequenos detalhes” e ela é um grande
exemplo disso. Dois meses de disciplina na alimentação deixariam o seu corpo muito
mais marcado e cinco quilos a menos na balança, uma surpresa para nós dois.
Encarei esse trabalho inicialmente de três meses como uma despedida pois a
vida que eu queria construir em seus inúmeros aspectos não se encaixavam mais com a
rotina de “bater ponto”, com a liderança subordinada e as demais particularidades
comuns à uma empresa.
Confesso que essa foi uma das decisões de maior desgaste emocional da
minha vida. Afinal, fui educado para ter um emprego, algo “certo”, de preferência um
funcionário público. Foi um momento muito difícil, uma enorme ruptura.
Passados os três meses, me pediram mais uma, depois duas e por fim três
semanas a mais do combinado. E quando pensei que iria embora me chamaram para
ficar. O salário não era sedutor, mas era “certo”. A linha editorial especificamente que
fui convidado a “cuidar” não tinha nada a ver comigo e paralelo a isso eu já vibrava
com os primeiros resultados das primeiras semanas do meu primeiro cliente de
coaching. A diferença de entusiasmo e realização entre uma atividade e outra era
desleal, e eu precisava de fato ouvir isso dentro de mim.
Até aqui de certa forma sempre fui muito cauteloso e conservador com relação a
minha carreira. Mas da mesma forma que encaro o meu emagrecimento como um
“choque de honestidade” entre a vida que eu tinha e a vida que eu queria ter, eu
precisava realizar também um diálogo interno referente a minha carreira e parar de ser
guiado prioritariamente pelo medo, agindo com mais honestidade num âmbito geral
perante as minhas decisões de trabalho.
Não foi nada fácil, e eu tive apenas três dias para decidir. Depois de inúmeras
ponderações entendi naquele momento que era melhor eu me arrepender por algo
que fiz ao invés de me arrepender por algo que deixei de fazer.
Ao encontrar minha namorada no final do dia eu ouvi uma frase que jamais
esqueci: “ Fábio, a vida está muito difícil. Nosso país está entrando em crise! As
pessoas estão querendo emprego e você está deixando um para trás... ”
Não tenho a menor dúvida que a sua intenção era me preservar e me proteger.
Foi o jeito dela de querer o melhor para mim. Mas no meio de tantas emoções, ouvir a
opinião de alguém tão importante na sua vida, pautada em valores opostos aos seus,
mesmo que bem intencionados, pode facilmente te direcionar a um caminho que de fato
não é o seu.
Se por um lado as diferenças eram grandes, a admiração era ainda maior. Sua
bondade e respeito pelas pessoas, principalmente as que de alguma forma eram menos
favorecidas, era algo muito bonito e especial. Sua dedicação a dança, seu principal
trabalho, por um lado me trazia euforia, orgulho e encanto. Mas por outro lado me trazia
um enorme desespero! Quando a gente ama muito o que faz, “equilibrar esse amor” é
um enorme desafio, e esse ponto sacrificou muito a nossa relação. Eu buscava sempre
contribuir de alguma forma, nós estávamos sempre juntos, mas sempre sem qualidade.
A semana era muito corrida e por muita das vezes o “nosso” final de semana começava
no domingo às 21h, e isso não dava o menor sinal que iria mudar. Eu ficava irado!
A qualidade do nosso diálogo era o ponto alto da relação, mas a inércia diante de
alguns ajustes me deixava cada vez mais nervoso e sem esperança. Eu amava a minha
namorada, mas desgostava muito da dinâmica da minha relação! Entendo que numa
relação falida nunca existe apenas um “culpado”, e se você ainda não enxerga dessa
forma acredito que a sua maturidade um dia vai te apresentar algo diferente.
Muito pensativo naquela época, entendi que “não é o amor que sustenta uma
relação, e sim a forma como nos relacionamos é que sustenta o amor.” A ausência
do “nosso tempo” me machucou muito e com isso eu a pressionei demais. A crise bateu
Ainda em nosso último dia, nos seus braços eu chorei muito! Chorei tudo de
uma vez só, como nunca chorei na vida. Aquilo me chamou muita atenção! Estava
triste, minha relação acabou, mas foi muito desproporcional. Eu não sabia ainda o que
era, mas a minha intuição dizia que existia algo mais.
No dia seguinte liguei para o Pablo Tuffano, um grande amigo que faz um
trabalho muito especial na área de relacionamentos. Conversa vai conversa vem, depois
de algumas provocações e reflexões eu consegui conectar tudo. O que estava em
questão era o meu pai!
Meu pai foi muito responsável e cuidadoso comigo durante a infância. Aos meus
três meses de idade ele passou por um desemprego e acredito que o seu jeito metódico e
super planejado possa ter favorecido algum tipo de trauma a partir daquele evento.
Mesmo em tempos difíceis, nunca nos faltou nada até porque minha mãe é campeã em
se virar bem, mesmo com pouco recurso. As contas lá em casa sempre estiveram em
dia, mas o orçamento durante a minha infância sempre foi muito “justo.” Essa tensão e
cobrança interna do meu pai foi tão grande, e essa responsabilidade era tão intensa que
chegamos à conclusão que ele não se deu a oportunidade de me curtir, e aí iniciaram os
nossos desencontros.
Essa minha percepção mais profunda e melhor elaborada era recente. Fruto de
anos de ajustes e reflexões. Aos meus 14 anos, a turbulência da separação dos meus pais
“respingou” muito na minha relação com meu pai e por inúmeros períodos esses nossos
desencontros ficaram maiores e ainda mais intensos. Isso me gerou um vazio muito
grande, difícil de lidar. De lá para cá na grande maioria das vezes, nos meus momentos
mais importantes a “cadeira do meu pai” esteve sempre vazia. E agora você vai
entender o porquê chorei tanto...
Um dos maiores sonhos da minha vida é viver com os meus filhos, que ainda
nem tenho, os momentos que gostaria de ter vivido com o meu pai. E esse era o ponto!
O término da minha relação significou para mim naquele momento um adiamento do
meu projeto família, mesmo não sendo prioridade naquele momento. O simples fato de
ter de recomeçar do zero novamente me levou à uma crise de desespero, mas havia
ainda um fato que fazia com que a minha dor não coubesse mais no peito: os dois anos
Terminei a nossa ligação e liguei logo em seguida para o meu pai. Encontrei-o a
noite, coloquei tudo “na mesa” e deixei o meu coração falar. Nos acertamos e de lá para
cá nunca mais ficamos sem nos falarmos...
Ter clareza sobre os seus sentimentos é algo libertador. Eu pensei que estava
chorando pela minha “ex”, quando na verdade era pelo meu pai. Você não faz ideia do
quanto isso suavizou e encurtou o meu “ luto. ”
Sempre que eu quero muito alguma coisa que não consigo conquistar ou que
acabo perdendo, automaticamente busco criar "algo maior" para não eternizar aquela
frustração. Não vejo nenhuma vantagem em “prorrogar sofrência”. Isso é um
desperdício de vida! Mas cuidado, essa virada pode até ser rápida como foi a minha
desta vez, mas precisa ter base, fundamento, equilíbrio, consciência e consistência.
Se você “tampar o sol com a peneira” tentando enganar o seu coração ainda que por
desconhecimento, o “efeito rebote” tende a ser ainda mais forte e possivelmente vai
roubar a sua paz e “ te jogar ao chão! ”
Mas o maior desafio dessa relação que já não existia mais ainda estaria por vir.
Três semanas após o nosso término, uma foto no Instagram indicava que ela já tinha
outra pessoa, algo bem difícil de lidar em função de ser ainda uma situação muito
recente. E não para por aí...
O seu novo namorado era um transexual, ou seja, alguém que nasceu mulher e
“se transformou” num homem. Se por um lado não há nada de errado nisso, por outro
eu me vi numa situação completamente nova e não tinha sequer uma referência de
Preferia ficar sem tocar neste assunto até porque não é uma história minha e
sim dela, mas devido às dezenas de mensagens que estou recebendo nas últimas horas
de pessoas “preocupadas” em questionar a vida alheia, pontuarei de forma bem
objetiva algumas questões sobre valores e se você chegou até aqui, vá até o fim, talvez
leve algo de bom para você...
Entendo relação como um ciclo com início, meio e fim e o nosso se encerrou há
alguns meses.... Ficou a amizade, admiração (sim, admiração) e gratidão!
Possessividade é algo que não faz parte de mim e seria ótimo se não fizesse parte de
ninguém!
Muito me entristece quem julga e condena a vida alheia a partir dos seus
próprios valores. O ser humano é livre para escrever a sua história como quiser.
Respeite as escolhas! Seu valor não é melhor ou pior que o do outro, é apenas o seu
valor! Mais respeito a diversidade, é o meu pedido.
Para que eu preciso entender o por que dessa escolha? O que essa resposta
muda a minha situação atual? Nada! Afinal, mesmo com as minhas inúmeras
imperfeições eu dei o meu melhor naquela relação e isso não foi o suficiente para nos
Começo esse capítulo com uma pergunta simples e direta: Você se namoraria?
Achei muito mais interessante começar a responder tudo isso olhando para mim,
ao invés de montar um briefing imaginário da minha próxima parceira.
1 – Chega de querer mudar as pessoas: isso é muito desgastante para ambos os lados.
Aceite-a como ela é ou então assume que não dá para você. E vale lembrar, a pessoa
com quem você vai construir uma relação é a aquela que de fato ela é, e que em muitas
das vezes é bem diferente daquela versão idealizada que o seu coração de forma insana
insiste em criar.
2 – Conquistar SIM, convencer NÃO: chega de tentar convencer, você não precisa
mais “compensar” a sua imagem. Que fique claro, mesmo após a sua nova realidade,
beleza não é o seu carro chefe. Você não é o galã, mas a sua imagem deixou de ser um
peso, uma concessão. Você já vive há alguns anos como um ser humano normal. Já tem
o seu espaço. Assim como você procura, você também é procurado. E assim como você
pontualmente rejeita, você também pontualmente será rejeitado. E tudo bem! De agora
em diante só tem valor o que é fluido e natural. Isso não quer dizer que você vai deixar
de tomar a iniciativa, não é isso! O processo da conquista é maravilhoso, já o da
exaustão não. Saiba diferenciar...
3 – Ser útil SIM, como forma de conquista NÃO: continue sendo parceiro e
prestativo mas tome cuidado para não usar essa característica, ainda que sem perceber,
como moeda de conquista. Dê preferência para demonstrar esse lado num segundo
momento. De início seja mais ao invés de fazer mais.
4 – Respeite o seu coração sem desrespeitar os seus limites: prestigie sempre os seus
sentimentos com atitude. Se está gostoso sentir, seja o que for, jamais guarde para si o
que ela provoca em ti. Vai sem medo e esquece essa ilusão de proteção! Curta
5 – Pare de ser refém da sua ansiedade pela família: reconheço que construir a sua
família é um dos maiores sonhos da sua vida, mas não é o único! Valorize mais o que
você tem ao invés de focar no que você ainda não tem. Casar e ser pai deve ser
maravilhoso. Ser solteiro também é! Você já se deu conta do tamanho da sua liberdade?
Você é livre! Dono do seu tempo. Se quiser não precisa nem voltar para casa. Valorize
isso ao máximo e aproveite esse tipo de liberdade, pois um dia por mais feliz que
esteja, por alguns momentos você sentirá falta dela.
De volta a esse velho desafio, como seria agora com esse novo Fábio? Acredite,
não foi fácil construir essa resposta, mas valeu muito a pena todo esse processo. De
antemão, uma coisa é certa: eu quero plenitude e paz, sem excessos.
Por mais que não existam regras, olhando para as minhas experiências e a das
pessoas ao meu redor, cheguei à duas conclusões. A primeira é que a alta rotatividade
de parceiras ou parceiros quando não se quer estar solteiro ou solteira provavelmente
vai te machucar bastante em algum momento, muita das vezes bem antes até do que
você imagina. A segunda conclusão é que entre o movimento de “curtir todo mundo” e
“parar porque me apaixonei”, existe um período de desaceleração. Um tempo! Afinal, é
muita gente, muita “interferência”. E é comum que essas interferências sejam tão
intensas ao ponto até de comprometer uma futura possível relação. E fique atento! Em
muitas das vezes, mesmo não chegando a esse ponto, são comuns as “marcas” e o
desgaste nessa fase tão especial que é a da paixão. Não precisa ser assim! Precisa?
Pensando desse jeito, daqui em diante tudo o que eu queria era ter momentos
felizes. Independentemente de estar me relacionando ou não! Eu poderia estar viajando
Teoria e prática nem sempre caminham lado a lado, e desta vez eu seria
colocado à prova numa situação bem complexa e diferente de tudo que havia vivido até
aqui. Estou falando dessa vez do carnaval de 2017. Aliás, quem nunca viveu uma
paixão de carnaval? Eu não sei você, mas essa foi a minha primeira vez.... Tudo
começou de forma intensa e recíproca. Parecíamos ter muitas afinidades, mas não só de
afinidades vive uma relação, não é? Entre os nossos desafios havia a distância, afinal
morávamos em estados diferentes, mas como o coração não escolhe CEP optei por
buscar alternativas e viver um dia de cada vez.
No terceiro dia, antes de voltar para a sua cidade, de forma muito integra e
honesta ela disse:
“ Fábio, se pensa em ter algo sério comigo você precisa saber disso. Fui
diagnosticada há alguns anos com um transtorno chamado borderline. Ele é
Confesso, eu “gelei! ” - Ela dizia-se já distante das piores crises, e de fato era
esse mesmo o cenário. Mas o desafio era constante. Uma eterna batalha contra a sua
pior parte, muito consciente por sinal. Ela se empenhava muito em se tratar, buscando
diversos caminhos e isso fez total diferença. Mas mesmo com toda essa evolução e
graças a deus longe dos seus piores momentos há anos, ela ainda dizia:
Se por um lado havia tudo para dar errado, por outro havia um sentimento
querendo viver algo que poderia ser vivido e se eu bloqueasse isso “à força” o
Talvez se você tivesse feito diferente realmente tudo fosse diferente, mas a essa
altura a vida passou, cada um seguiu o seu rumo e isso hoje não é mais uma
possibilidade. E agora? Conviver com essa angústia para mim é algo desesperador. Eu
não topo carregar essa dúvida! Por isso vou sempre até o final e esgoto as
possibilidades. É muito mais fácil superar um término sem dúvidas do que viver se
alimentando delas.
As oscilações por parte dela foram acontecendo como era de se esperar, embora
em intensidade bem menor do que inicialmente imaginei, mas nem por isso deixaram de
ser desgastantes. Nós tínhamos um combinado, que embora fosse respeitado, não era o
meu formato desejado. O que norteava as minhas atitudes até então eram os meus
valores e a minha voz interior. Não a reciprocidade do outro! E a partir daí vem uma das
maiores lições sobre relacionamentos que construí na minha vida até aqui.
Eu faço o que faço para prestigiar o meu sentimento e não para impressionar o
outro. O fruto deste “prestigio” pode vir a resultar numa relação, ou não. Respeito o
meu sentimento com atitudes congruentes a ele, inclusive quando ele começa a se
deteriorar, se for o caso. Pensando dessa forma acredito que jamais farei o “papel de
bobo”, sob nenhuma hipótese, porque o meu “norte” é o meu coração e isso me dá a
liberdade de ser para a minha parceira quem de fato quero ser, independente do seu grau
de reciprocidade. Ao invés de bloquear atitudes pensando que supostamente “ela não
merece tudo isso”, prefiro escolher o que o meu sentimento merece que eu faça, e
Era necessário ter tolerância para buscar um certo equilíbrio. Afinal, tenho um
recurso emocional bem mais apurado que o dela, pois ela tem um transtorno e eu não.
Mas isso me consumia muita energia e não poderia fazer com que eu negligenciasse as
minhas prioridades e as colocasse em segundo plano. Essa tolerância que alguns
chamam de pena, não podem extrapolar um certo limite. Não posso perder o meu
próprio espaço ao ponto de nem me reconhecer mais. De confundir o meu papel dentro
do relacionamento e até da minha própria vida. Essa “bolha” não é emocionalmente
saudável, tampouco sustentável, mas eu já vi até psicóloga entrar nela sem perceber. Já
tive clientes que viveram situações bem semelhantes e esse desequilíbrio foi aparecer
nos dígitos da balança. Se você não aceitar o momento de parar, o corpo vai pagar o
Chegamos ao fim! Foram apenas três meses. Ainda existiam bons momentos,
mas o desgaste atingiu o limite do que me propus a suportar. Até aqui prestigiei o meu
sentimento, acreditei. Se eu não parasse, daqui em diante seria apenas teimosia e dor! E
assim como no início, segui prestigiando os meus sentimentos, agora apenas com uma
conduta inversa. E que fique claro, isso não é descartar alguém! É apenas viver em
harmonia e paz com o coração. “Ele” me pediu para fechar esse ciclo, e eu apenas
escolhi aceitar esse pedido.
Estou falando “daquela voz” que insiste em dizer que aquilo não é para você,
ou que aquele objetivo você não é capaz de alcançar. Aquela voz que quando soa tão
alto é capaz de fazer você desacreditar dos seus próprios sonhos. É aquela que insiste
que você faça algo agora que você já sabe a anos que não deve mais fazer. Uma voz que
busca incansavelmente uma objeção externa para justificar a sua inércia, fazendo você
assumir um fracasso que não é seu! A voz que estou me referindo é o seu inimigo
interno, que em casos extremos pode te fazer acreditar que nada mais tem valor,
inclusive a sua própria vida. Se você ainda convive com “parte dessa voz”, que soa alto
o suficiente a ponto de tirar o brilho de parte da sua vida, eu tenho algo a te dizer e
ficarei feliz se você acreditar.
Quanto mais profunda e consciente for a sua jornada, maior será o seu “legado
além da balança.” Emagrecer exige o desenvolvimento e o direcionamento de uma série
de competências, e sem dúvidas a que mais gosto é a auto responsabilidade.
Emagrecer da forma como eu fiz me fez um ser humano internamente muito mais forte!
E se eu consegui vencer um dos maiores desafios da minha vida, o que seria agora
capaz de fazer? E é sob a auto responsabilidade que será pautada boa parte desse
capitulo. Sem ela, os próximos parágrafos ao invés de fazerem parte da minha
realidade, estariam restritos apenas a minha imaginação.
Se por um lado o projeto era muito empolgante, por outro era mega desafiador.
A começar pela data! Estávamos em 14 de dezembro de 2017, e a minha ideia de
desacelerar para as festas de final de ano e seguir de férias em janeiro logo foi por água
abaixo. Ao invés de desacelerar, eu iria acelerar como nunca! Mas eu era solteiro e
dono integral do meu tempo, bastava eu comprar a ideia, não precisava negociar com
ninguém. Além do fator tempo, havia outro ainda mais desafiador. O projeto não tinha
recursos financeiros. Nada! Caixa zero! E isso exigiria ainda mais da minha
criatividade...
“ Eu topo, mas só se for para gerir junto com você, além de ser coach. Topa? “
E ele respondeu de imediato que sim.
Até então nunca havia elaborado nenhuma produção robusta seja para web ou
TV, mas eu sempre gostei e havia estudado isso na faculdade. Ia dar certo! Mas havia
ainda mais um grande detalhe, o prazo. Garcia não abriria mão de iniciar o projeto e as
gravações no dia 2 de janeiro. Inicialmente isso parecia colidir com uma das etapas que
eu mais prezo, o planejamento. Sempre fui muito planejador, mas não havia tempo para
fazê-lo de forma mais ampla como eu gostaria. Romper essa barreira foi o mais difícil
tendo em vista que eu não gosto de fazer nada mais ou menos, e nesse cenário tive a
clareza que iria de alguma forma extrapolar os meus limites por quase dois meses. Mas
eu me apaixonei pela ideia e não tinha mais margem para voltar atrás na minha decisão.
Desde o início da nossa conversa estava claro para mim que nós precisaríamos
de parceiros, e muitos, para tudo isso acontecer. A essa altura o Garcia já havia montado
a equipe técnica multidisciplinar que daria todo o suporte aos participantes, e já contava
com a disposição das duas unidades da academia para os treinos diários e as gravações,
além da agência Guerra, que seria responsável por toda a parte relacionada as redes
sociais. Mas seguindo a visão que eu tinha do projeto ficou claro que a nossa equipe
Por um lado, era insano iniciar algo nessas condições do dia para a noite em
meados de dezembro, afinal, por já ter vivido “o outro lado da mesa” na condição de
gestor de marketing eu tinha clareza que em linhas gerais, por exemplo, o comércio
nessa época não queria pensar em nada além de vender. As fábricas já haviam fechado o
ano! Já venderam o que tinham que vender e muitas delas entrariam em recesso de fim
de ano nos próximos dias. Enquanto isso para a maioria das “marcas” em termos de
marketing, o ano também já havia terminado! E tinha mais um “pequeno” detalhe, o
Brasil estava em crise. Essa visão era muito prudente e em nenhum momento a
desqualifiquei, mas havia uma outra visão em paralelo, que chegou de certa forma a
roubar o meu sono e por isso não tive como deixar de abraçá-la.
Dizem que “feito é melhor que o perfeito”, e eu concordo, mas aceitar isso
sendo detalhista não é nada fácil. Costumo dizer em minhas palestras que projetos
maravilhosos guardados na gaveta tem a mesma finalidade que papel higiênico. Me
desculpe, sei que o termo é bem deselegante, mas eu não encontrei outra forma para dar
esse recado! Na minha visão o projeto seria feito, não perfeito, mas fazia questão que
fosse muito bem feito! Enquanto o Garcia dizia: “Eu conheço um cara que filma”, eu
respondia: “Isso é projeto para ter diretor, produtora, uma outra estrutura...”
Quatro dias após a nossa primeira reunião o Garcia, num tom de entusiasmo,
dizia que eu havia transformado o projeto em algo de proporções que ele não
imaginava. Eu tinha lucidez quanto ao cenário real, mas para cada ponto que colocava
no papel eu já imaginava uma solução. Nós não tínhamos verba, mas entendo que o
dinheiro é apenas uma forma de se trocar valor, não a única! E foi seguindo essa linha
de raciocínio que montamos a nossa equipe em alguns dias.
A essa altura nós já tínhamos uma produtora para a captação de imagens, três
editores, dois diretores, imagens de helicóptero para a abertura, maquiadora e um
De tudo que busquei, apenas uma rede de mercados não nos deu muita atenção.
Paralelo a isso tínhamos um parceiro de marmitas congeladas que preferi preservar, por
entender que aquele momento onde ele concentrava todos os seus recursos financeiros
na construção de uma nova cozinha, não estava de acordo com o investimento adicional
que ele teria que fazer em nosso projeto. A empolgação e o carinho que ele demonstrou
com o nosso reality ofuscou um pouco a sua visão quanto a sua possibilidade de
resultados naquela ação. Afinal, nem no melhor cenário ele teria chance de recuperar os
seus investimentos porque naquele momento a sua capacidade de entrega era muito
limitada.
Se eu estivesse em seu lugar, tudo o que eu queria era alguém para abaixar a
minha emoção e aumentar a minha dose de razão, e foi o que fiz. Disse: “Vai, termina a
sua nova cozinha, amadurece a sua nova equipe e na próxima oportunidade você vem
com a gente para ter resultado...”
A credibilidade que construí durante uma vida fez toda a diferença e nos ajudou
muito! E assim conforme o planejado, iniciamos o nosso reality no dia 2 de janeiro de
2018. Vinte dias depois nós contávamos também com a participação do programa
Esporte Mágico, do SBT, que cobriu parcialmente o nosso reality durante três sábados
seguidos, dentro da sua programação.
O projeto trouxe muita coisa boa para a minha vida! Aproveito essa
oportunidade para deixar registrado o meu agradecimento ao Garcia pelo convite e pela
confiança, aos patrocinadores, e a toda equipe que com muito trabalho e dedicação
transformaram essa ideia em realidade.
Durante aquele período não faltava assunto. E naquela mesma academia que um
dia me senti um estranho no ninho, agora aquelas pessoas me faziam sentir em casa. Por
vezes nós treinávamos em grupo, principalmente aos sábados durante as gravações do
programa. A sensação que eu tinha era como se estivesse brincando com meus amigos
no play quando criança. A gente se divertia muito! Que saudade...
Uma das coisas que mais me fascina no meu trabalho é a oportunidade que ele
me oferece de acessar a essência das pessoas de forma rápida, ampla e profunda. E
como é gostoso acessar a raridade de cada ser humano, isso me lapida diariamente.
Alguns dias depois, uma conversa surgiu naturalmente entre nós, agora num
novo tom. Nós saímos, “o corpo gritou”, meus olhos brilharam e meu coração “bateu
diferente.” Ficamos grudados por mais de 7 horas. “Aquele abraço era o meu abraço!”
Algo diferente aconteceu...
Tão importante quanto ter a clareza sobre os seus valores e conceitos, é ter
também a capacidade de questioná-los e se desconstruir a qualquer momento. E foi
assim que quebrei um dos meus maiores pré-conceitos. Até aqui a minha preferência era
por mulheres de idade superior à minha, independente de vínculos, mesmo que com
pouca diferença. Sempre atrelei idade a maturidade, embora isso passe longe de ser uma
regra. Imaturidade é algo que automaticamente me provoca desinteresse. Me relacionar
com uma mulher onze anos mais nova que eu era algo que não passava pela minha
cabeça, mas dessa vez tudo foi diferente.
Por acaso conheci a Michelle numa situação de trabalho, “de dentro para fora” e
isso me ajudou muito a romper essa barreira. Desconstruir esse pré-conceito foi o que
me permitiu viver essa paixão com integridade. E naturalmente as afinidades ganharam
muito mais espaço que as diferenças.
Seu olhar, sua beleza e o seu sorriso me encantam até hoje como se fosse o
nosso primeiro dia. Meu coração a escolheu! Sua bondade e sensibilidade com as
pessoas provocam frequentemente o meu “melhor sorriso.” Seu jeito alegre, leve, doce,
carinhoso e divertido me trouxe algo que ainda não sei bem definir. Mas é como se eu
me sentisse renovado! Mulheres mais novas tendem a ter menos “marcas”, e quando as
tem acredito que “cicatrizam” mais rápido. Manter essa leveza viva, seja na idade que
for, é algo que pode se ter de enorme valor. A gente se entende, se ama e se diverte!
Olhamos para a vida, cada um do seu jeito, mas ambos na mesma direção.
O corpo é a base para todas as nossas experiências, é ele que nos leva nessa
experiência única que é a de viver, e por incrível que possa parecer, é comum não
darmos prioridade a ele. Quando o assunto é alimentação saudável e exercícios físicos, a
frase mais comum que ouço é: “não tenho tempo!”
A meu ver essa inversão de valores é um erro comum e muita das vezes paga-se
um preço muito caro por isso. Afinal, independente de crenças somos movidos a
energia, certo? Sendo assim, é coerente buscar performar na vida sem cuidar do seu
corpo, mesmo precisando dele para conquistar todos os seus objetivos?
Acredito que quanto mais clareza temos sobre algo ou sobre nós mesmos, mais
fácil e assertivo se torna qualquer hábito! Aprendi nos últimos anos que de fato você é o
que você come, ou o que você não digere, como diz uma amiga nutricionista.
Pare e pense: nas últimas décadas embora a tecnologia otimize o nosso tempo
nós ainda não a usamos para nos desacelerar, talvez se usarmos nas próximas décadas a
evolução da robótica a favor da nossa qualidade de vida esse cenário possa vir a mudar,
mas isso é assunto para outro livro.... Paralelo a isso, alimentamos um modelo atual de
vida com cada vez mais metas, desejos e atividades o que facilmente nos coloca em
alguma posição de desequilíbrio.
O maior legado de toda essa jornada na minha vida certamente tem estes pilares
como os principais, que de fato mudaram a forma como me relaciono com a vida diante
dos meus valores e atitudes, gerando mais harmonia, menos interferências e mais
efetividade nos meus resultados. Gostaria de compartilhar agora grande parte do que
aprendi até aqui...
Aprendi que viver é um risco e que relacionamento é apenas uma parte dele.
Aprendi que relacionamento é um ciclo, e mesmo que seja o último, tem começo, meio
e fim.
Aprendi que “quando tem amor tem jeito”, mas que “eu te amo” não
necessariamente quer dizer “seremos felizes juntos”. E que não é o amor que mantém
uma relação e sim a forma como nos relacionamos é que mantém o amor! Aprendi que
entregar o meu melhor é o que me dá mais paz, e quando não há reciprocidade não há
mais o que fazer. É hora de entender que esse ciclo chegou ao fim, para que outro possa
iniciar.
Aprendi que quem está chegando agora não tem culpa de quem passou, e que é
de grande valor ter a consciência de não ultrapassar o seu limite. Aprendi que o amor ou
a ausência dele é uma decisão do coração, e tudo bem! O que faço com este sentimento,
aí sim é de minha responsabilidade. Aprendi que mais importante que ter alguém, é ter
alguém livre para partir a hora que quiser, ou livre para permanecer para sempre!
Aprendi que ser visual nada tem a ver com ser raso, e que quem tem clareza do limite de
suas concessões se relaciona com muito mais qualidade.
Vale lembrar que conhecimento é algo libertador, mas o que de fato define a sua
vida não são as suas teorias e sim as suas atitudes. A perfeição é um estado inatingível,
mas isso não tira o brilho do seu compromisso em ser cada vez melhor! Termino este
parágrafo indo além da ótica de relacionamentos, e te refazendo este convite, mas agora
em relação a todos os papéis que você exerce em sua vida:
Não apenas o que vai ao prato, ou a quantidade de vezes que vai à academia. É a
conexão com os seus valores e propósito que vai sustentar a disciplina para fazer o que
precisa ser feito.
Os atendimentos reforçam cada vez mais a ideia que tenho de que, a obesidade
ou o sobrepeso seja, o indicativo mais claro de uma vida desequilibrada. Durante os
últimos quatro anos tive a oportunidade de vivenciar diversos cases que “fugiram do
óbvio”, como uma cliente médica que iniciou o processo querendo emagrecer e no
decorrer dele percebeu que a sua “fome emocional” estava ligada ao seu casamento,
com uma pessoa excelente por sinal, mas pautado num amor de amiga e não mais de
mulher. Sim, o casamento acabou!
Num outro extremo um empresário decidiu fechar uma de suas quatro empresas
por perceber que esta, literalmente, consumia a sua vida. São inúmeras as histórias e a
diversidade de resultados. Gente que queria sair mais magro e saiu também mais
produtivo. Gente que aumentou o faturamento; que mudou de emprego; que
empreendeu. Teve gente que passou até a fazer mais sexo...
Estamos na “reta final” deste livro, e não tenha dúvidas: estarei aqui torcendo
para que de alguma forma um dia eu venha saber o que você fez da sua história, a partir
de suas reflexões perante essa leitura.
No momento em que escrevo esse capítulo, estamos nos últimos dias de agosto
de 2019. E como a vida é surpreendente e imprevisível, agora aos 35 anos eu tenho mais
alguns acontecimentos e pensamentos para compartilhar.
Considero que a maturidade é um dos melhores presentes que a vida pode nos
dar. E como é gostoso sentir essa transformação. Ela tem o poder de nos proporcionar
um olhar mais amplo e sensível para tudo e para todos. E consequentemente, ao menos
na minha visão, isso contribui bastante para uma vida cada vez mais assertiva, em todos
os aspectos.
Mas ao mesmo tempo o corpo também dá sinais de mudanças. Essas por vezes
não muito favoráveis, afinal, os hormônios já não são mais os mesmos. Na prática a
“matemática” é simples: ou você faz mais para manter o que já tem, ou faz muito mais
para alcançar o seu auge. E a segunda opção me parece bem mais interessante...
Mas existe uma outra possibilidade. Você pode cruzar os braços e começar a se
despedir de certas coisas da vida, e determinar como “expirado” o prazo de validade de
muitos dos prazeres e experiências que você ainda pode viver. Sei que não parece uma
opção muito inteligente, mas a grande maioria infelizmente “para por aqui.”
Acredito que assim como eu, você não queira fazer parte dessa “maioria.” E a
essa altura o seu coração já deve estar “apontando” a direção dos seus próximos passos,
e aproveitando esse momento gostaria de te provocar algumas reflexões:
Me encanto em ver algumas pessoas que chegam aos 70 anos, por exemplo, que
eu sequer consigo chamar de idoso! Gente que exala vida e que não se permite
“perecer”. Gente que persiste em ter os seus próprios projetos e que ainda é capaz de
renovar os seus sonhos com atitude! Gente interessante, que cria, que se atualiza... Que
nos enriquece com a sua experiência do passado, mas que consegue viver ativamente
o seu presente! Gente que não abre mão de se sentir bonita...
Vale lembrar que o único instrumento que vai nos permitir viver ou não essas
experiências com esse nível de qualidade é o nosso corpo. Embora exista ainda tanta
gente que não dê a mínima para “ele”...
Não bastasse a dor física, perdi ao mesmo tempo o meu tio. Que sem dúvidas foi
a maior perda da minha vida até aqui! A essa altura sinto que o meu corpo “reclama”
pela ausência dos exercícios físicos, e o meu emocional “pede” pelo aeróbio, que para
mim funciona como uma excelente válvula de escape.
Tudo na vida passa e não tenho dúvidas que essa fase também vai passar. No
início do ano planejei nesse momento estar no auge do meu corpo, mas concluir a
fisioterapia foi o máximo que consegui construir até agora. Amanhã sigo para a minha
segunda sessão de RPG, que neste momento não tem data prevista para acabar. Após
Como assistir a tudo isso de “braços cruzados” não é uma opção, sigo magro, e
neste momento estabilizado em 77kg. O plano agora é ter um corpo ainda mais
equilibrado e “funcional”, próximo aos 80kg, “seco”. Aquela volta na lagoa Rodrigo de
Freitas eu ainda quero fazer abaixo dos 38.3 minutos, e me esforçarei ao máximo para
isso.
Dizem que um dos maiores segredos da vida é saber lidar com as frustrações, e
pensando nisso, olhei para as turbulências que estou vivendo e me perguntei:
“O que eu crio para essa fase deixar de ser um peso e valer a pena?“
Não sei se já nos conhecemos ou se ainda iremos nos conhecer. Não sei quais
são os seus sonhos, tão pouco o tamanho dos seus desafios e interferências. Mas
mesmo assim, estarei por aqui torcendo para que você decida, de alguma forma,
desenvolver os comportamentos que ainda são capazes de te fazer “ficar pelo meio do
caminho”. Tenho certeza que a conquista desse equilíbrio é o que vai te proporcionar,
gradativamente, a liberdade de viver a sua melhor versão...
O que precisa acontecer este ano, que dependa de você, para que este seja um
dos melhores anos da sua vida?
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Como está a sua vida hoje e o que você gostaria de ser, ter ou fazer?
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1 – _____________________________________________ ____/_____/___________
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3 – _____________________________________________ ____/_____/___________
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Se não fizer nada qual será o destino provável e quase certo dele (a)?
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Imagine como seria a vida dele (a) daqui a 1 ano se ele (a) não fizer nada
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Imagine como seria a vida dele (a) daqui a 5 anos se ele (a) não fizer nada
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Imagine como seria a vida dele (a) daqui a 10 anos se ele (a) não fizer nada
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Imagine a sua vida daqui a 1 ano após você ter atingido o seu objetivo...
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Imagine a sua vida daqui a 5 anos após você ter atingido o seu objetivo...
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Imagine a sua vida daqui a 10 anos após você ter atingido o seu objetivo...
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Para que você quer atingir este objetivo? Qual a relevância disto para você e para as
pessoas ao seu redor?
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Você sente que este exercício agregou algo para a sua vida?
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Se nestes poucos minutos você já consegue visualizar este futuro. Imagine você e eu
trabalhando juntos para atingir o seu objetivo...
Segundo estudos de Harvard, quando os médicos dizem para seus pacientes que
vão morrer se não mudarem seus hábitos, apenas 14,3% conseguem realizar as
mudanças necessárias. A consciência dos riscos e a vontade de mudar, mesmo quando
se trata de uma questão de vida ou morte, não bastam para que os indivíduos obtenham
sucesso em mudar seus hábitos.
Portanto, saber o que se deve fazer é algo bem diferente de realmente fazê-lo.
Mas afinal, por que é tão difícil mudar, mesmo quando sabemos que determinados
hábitos ou atitudes nos são prejudiciais? Que mecanismos estão por trás da nossa
resistência a mudança e como entendê-los para, então, desconstruí-los?
Imagine ter alguém do seu lado para ajudá-lo de forma bem objetiva e
pragmática a atingir suas metas, superar desafios, gerenciar emoções, cultivar estados
mentais positivos, aprimorar seus relacionamentos, descobrir e usar suas plenas
Muitas vezes, adoecemos porque não estamos felizes, não estamos em paz, nem
conosco nem com os outros. Aprendemos muita das vezes de forma inconsciente a nos
afastar da nossa verdadeira essência para atender às expectativas e tentar satisfazer as
necessidades e vontades dos outros. As expectativas dos nossos pais, do nosso chefe, do
nosso parceiro, dos nossos filhos...
Este programa geralmente começa com o cliente descrevendo uma visão realista
de vida que evidencia no futuro e que deseja para si, definindo o seu objetivo e
posteriormente o planejamento para concretizá-lo.
Essa descrição do que fazer e ser, em longo prazo (um ano, cinco anos, dez
anos), gera a energia que move o indivíduo para frente nos estágios de mudança e abre o
caminho para a autoeficácia e autoestima.
O meu desejo é que você não apenas alcance as metas que o trouxeram para este
processo, mas também que se torne confiante em suas habilidades para estabelecer
novas metas no futuro e enfrentar novos desafios quando surgirem, avançando de forma
bem-sucedida. Esse amadurecimento visa promover autonomia, insights e aprendizados,
Trazer para si a responsabilidade sobre o uso que faz do seu tempo é o primeiro
passo para usá-lo de maneira a colocar sua energia nas coisas mais importantes para a
sua vida. Aprender a gerenciar o seu tempo com eficácia lhe permitirá aumentar a sua
produtividade e reduzir o estresse relacionado à sensação de estar sobrecarregado, e
existem ferramentas que ajudam a descobrir as maiores interferências no uso do tempo.
Durante o programa, você atingirá resultados que não atingiria ou levaria muito
mais tempo para atingir. Os resultados mais comuns observados são:
PRODUTIVIDADE:
RELACIONAMENTOS:
Autoconhecimento.
Melhor entendimento e aceitação de si mesmo e dos outros.
Resolução de conflitos, dúvidas e problemas.
SAÚDE:
CONCLUSÃO:
Se você chegou até aqui e enxerga no meu trabalho o melhor caminho para a
construção dos seus resultados, vamos à próxima etapa! Para agendarmos o seu
primeiro atendimento, por favor, envie uma mensagem via whatsapp com o seu nome e
sobrenome para o número (21) 99237-5884 e aguarde o meu retorno, que geralmente é
realizado em até 72 horas após o primeiro contato.
coachfabiomagalhaes
contato@coachfabiomagalhaes.com.br
Grande abraço,
Fábio Magalhães
Muito ruim acordar, olhar no espelho e não gostar do que vê! O dia já começa
quadrado!
Muito desagradável vestir o seu armário inteiro e perceber que nada fica bom! Tirar
uma foto num momento especial e perder o prazer de ver...
Há necessidade de viver assim? Por que alimentar frustrações? Por que negligenciar
algo que te tira tanta energia? É justo comigo? Será que a comida e maus hábitos
sucumbiram o meu amor próprio?
Foi ao ver esta foto e pensando desta forma que falei comigo mesmo:
Por muitos anos tive vergonha de ser esse gordo! Hoje olho p/ esta foto com carinho e
gratidão, pois não da forma mais amistosa esse gordinho me ensinou muita coisa
preciosa que carregarei para a vida inteira.
Aprendi que ninguém “é” gordo, magro ou forte! Você apenas “está”, e mesmo se
“esteve” a vida inteira, VOCÊ É CAPAZ DE MUDAR! O corpo apenas responde aos
estímulos que você dá! Se saudáveis, boas respostas! Se após a conquista não se
preocupar em manter, jogará todo o seu esforço no lixo.
Ser gordo não é “sentença de vida!” A virada é difícil, principalmente no início, mas
ela só depende de você!
Aprendi com esse “gordo” que a sua maior fraqueza pode passar a ser a sua maior
conquista. Isso vale p/ tudo!!
Esse “gordo” me ensinou que é possível sim escrever uma nova história, e a partir dela
incentivar e motivar pessoas, provocando mais sorrisos, instigando as pessoas a serem
mais felizes e isso me faz sentir um ser humano melhor!
Fico feliz pelas mensagens inbox, pelas palavras de carinho, pelos pedidos de ajuda!
Obrigado pela atenção, obrigado pelo carinho e sempre que puder somar em algo, por
favor, conte comigo! ;)
Aos amigos (as) que estão acima do peso, gostaria de deixar um comentário para que
vocês façam uma reflexão (LEIA ATENTAMENTE E SEJA HONESTO COM VOCÊ
MESMO!)
Não importa se a tua meta é de -5kg ou -80kg, VOCÊ PODE CONSEGUIR! A única
diferença é que uns terão de ter mais paciência, SÓ ISSO! Se você se alimentou errado
a vida inteira não espere que vá consertar esse “tempo perdido” em 1 mês, 2, 3… mas
isso não tira “o brilho” do seu resultado, afinal, VOCÊ É CAPAZ! Parti de 104Kg e
hoje peso 76,5Kg (sim, quem foi gordo faz questão até de 500 gramas…rs), perdi
27,5Kg…
Porque eu segui “à risca” a dieta e você não! Porque você ficou no computador e eu
fui para a esteira. Porque você entrou no rodízio de pizza e comeu alguns pedaços “só
hoje” enquanto eu segui a refeição da dieta em casa e na pizzaria bebi apenas um suco
de laranja com acerola…
Sabe aquela festa que você se entupiu de salgadinho, refrigerante, doce e bolo porque
era “o dia do lixo”? Eu também fui, mas bebi água e comi ovo de codorna…
Você foi ao “churrasco” e bebeu cerveja, enquanto eu bebi água e suco, quando
tinha…
Sabe por que eu consigo controlar a minha “gula” e você não? Por que eu já me
convenci que “como para viver” e o teu subconsciente parece ainda acreditar que você
“vive para comer”…
Você fechou a boca por duas semanas, foi rígido, disciplinado! Perdeu 3kg mas na foto
não deu a mínima diferença. O teu resultado foi ótimo, mas a tua percepção foi
péssima! Você julgou que não valeu a pena tanto esforço para “tão pouco” enquanto
eu permanecia tão insatisfeito quanto você, porém, entendi que era necessário persistir
pois só assim poderia “vibrar’ com dias melhores…
Você permitiu muitos “só hoje” e eles foram tantos que a “balança voltou a subir”; e
você meu amigo (a) mais uma vez desistiu enquanto eu fiz da dieta uma REGRA, sem
EXCEÇÃO!
Quando foi “questionado” quanto ao seu excesso de peso, você apresentou “um pacote
de desculpas”. Falou que não emagrecia porque os seus pais ou a sua parceira (o)
abarrotava a geladeira de guloseimas deliciosas.
Falou que não tinha alguém que cozinhasse coisas saudáveis para você!
Você teve a coragem de dizer em pleno ano de 2013 que simplesmente o teu biotipo
“não ajuda”. Você meu amigo (a) teve a ESTUPIDEZ de falar que agora namora ou
está casado (a) e não precisa dar mais atenção ao corpo, afinal, você já conquistou
quem tinha que conquistar…
É, confesso… também passei por todas estas “dificuldades”, mas entre nós há uma
“pequena diferença”. Você canalizou toda a tua energia em “PROMOVER
DESCULPAS” enquanto eu foquei as minhas em ROMPER OBSTÁCULOS e FAZER
ACONTECER!
Pessoal, eu errei tanto, MAS TANTO, que um dia resolvi fazer tudo diferente! É SÓ
ISSO QUE VOCÊ PRECISA FAZER!
Hoje “vibro” a cada quinzena, a cada mês porque cheguei a uma etapa onde cada KG
ou % de gordura faz toda a diferença, porém, “la atrás” passei pelas semanas de
“desespero” e resultados pouco expressivos, mas descobri que “dieta é igual a
faculdade”, você nunca saberá o gostinho de cursar o último período e se formar, se
não passar antes por todos os períodos…
Voltarei “um dia” para dividir com vocês mais uma etapa de sucesso deste grande
desafio que faço questão de impor na minha vida…
Um abraço a todos,
Fábio Magalhães
Para quem começa uma dieta e deseja ir bem além de “se esconder” numa roupa que
te favorece, não existe nada mais desagradável do que ouvir:
“Nossa, você está magro demais! Parece que está doente... chega de emagrecer!”
Passei por isso e a cabeça “dá um nó”! Seu corpo muda, mas a mente de gordinho
permanece ainda por algum tempo muito “presa a números”! Quem emagrece “só pela
boca” chega num ponto que bate o seu peso ideal, mas ainda convive com aquelas
gorduras localizada e muita das vezes erradamente faz como eu: Cai na fissura de
perder peso!
Não foi por falta de orientação, foi por teimosia mesmo que fiquei deste jeito! Quem a
maior parte da vida foi gordo como eu, não deve emagrecer sem malhar “no seu
limite”, pois a gordura some e não há estrutura muscular para modelar o corpo. Moral
da história, você pode estar abaixo do seu peso e achar que tem que emagrecer ainda
mais!
#ficaadica
Não importa o quanto você errou, e sim o que você aprendeu com os seus erros...
Passei anos errando, mais precisamente três! Sabia o que tinha que fazer, mas
infelizmente teoria e pratica nem sempre andam juntos! A cada dia de desculpas, mais
um dia de derrota! E assim o tempo vai passando, a gente se auto sabota e o nosso
objetivo parece fugir de nossas mãos...
Está aí o resultado! Muito distante do meu objetivo, mas surpreendente para as minhas
expectativas em dois meses. Caramba, meu corpo está mudando! Como é bom viver
isso!!!
Depois de mais de 10 anos, hoje voltei a vestir uma camiseta! Lembro das décadas que
passei alimentando a frustração e me escondendo “no preto”... Nossa, parece que foi
ontem! Hoje percebo meu ombro “fibrar” durante uma abdução de ombros. Amigos,
que fique bem claro, “passo longe” do narcisismo, porém venho aqui “com brilho nos
olhos” expor abertamente o quanto é bom olhar no espelho e gostar do que você vê,
principalmente se você já viveu intensamente o “lado oposto da moeda”.
Não tem pizza, chocolate, refrigerante ou cerveja que pague o seu bem estar físico e
mental, que agrega saúde e autoestima... ACREDITE, VALE A PENA!!!
Agradeço aos amigos que sempre me incentivaram! Obrigado pelas palavras e pelos
sorrisos de entusiasmo! Obrigado aos que gentilmente me chamam de “exemplo.”
Vocês não têm ideia do quanto me fazem bem, do quanto me fazem sentir ainda mais
VIVO!
E p/ você que está aí lendo agora, cheio de vontade, mas com atitude zero... Que tal
mudar? A HORA É AGORA!!! Não importa o tempo que vai demorar, quer você queira
ou não o tempo passará da mesma forma!
O passado passou você não pode mudar, mas o futuro... ahhh o futuro!!! Esse sim pode
ser fantástico, mas depende EXCLUSIVAMENTE DE VOCÊ!
ATITUDE!!!
“Se algum ponto da sua história não te agrada, comece agora a escrever um novo
capítulo!”
Quando o assunto é perder peso vejo dezenas de pessoas dizendo o que você deve
comer ou como deve treinar, porém, o fator principal para um resultando crescente e
sustentável costuma ser pouco trabalhado: O amadurecimento comportamental para o
início de uma nova jornada, de uma nova vida! Fui gordo a maior parte do tempo! Aos
18 anos saí de 101 kg para 77 kg... Uau, que diferença!
Depois de tanto “efeito sanfona”, fracassei! Fui desonesto comigo, quebrei o meu
pacto! 28 anos, 104 kg... Hora de recomeçar do zero!!!
Prazer, meu nome é Fábio Magalhães tenho 31 anos e hoje peso 73kg! Por muito
tempo olhei para a foto da esquerda com certo desprezo, vergonha...
Hoje o meu olhar é de orgulho e gratidão! Agradeço muito a este “gordo” ter existido
na minha vida, afinal, não da forma mais amistosa “ele” trouxe ensinamentos que
levarei para o resto da vida e alguns deles agradeço a oportunidade de poder
compartilhar neste momento com todos vocês!
Para início de conversa, não importa o quanto você errou! Provavelmente errei tanto
quanto ou até mais que você! Vamos deixar os erros no passado e trazer com carinho
os ensinamentos deles para a partir deste momento começarmos a construir uma nova
história! Fique tranquilo, você pode e ainda vai errar bastante, porém, não há mais
espaço para cometer os mesmos erros, ok?
Na vida só há dois caminhos para lidar com desafios: Ou você “promove desculpas”
ou canaliza a sua força em “FAZER ACONTECER”! Nada é fácil, mas garanto: Vale à
pena, e MUITO! Sem desculpas, ok?
- Foi gordo a vida inteira? Ok, hora de acertar e fazer TUDO DIFERENTE!
- Foi magro a vida inteira e a idade lhe trouxe um peso indesejável? Ok! Primeiro,
agradeça a papai do céu por ter gozado de um belo corpo por tanto tempo “sem
esforço”. Agradece mesmo porque não tive essa sorte! Agradeceu? Ok!!! Entenda que
Não importa a sua meta... -10kg? -120kg? Ok, você é capaz! VOCÊ É CAPAZ!!!
Seja grato por viver na era do conhecimento, afinal, seja o seu caso qual for haverá um
profissional qualificado para RESOLVER o seu problema; num consultório, centro
cirúrgico, academia ou porque não nos três?
Lembre-se: Não importa o tempo que vai demorar, quer você queira ou não o tempo
passará da mesma forma! E aí, qual a história que você quer contar?
- O que gostaria de viver que hoje não consegue em função da sua condição atual?
- Mais saúde? Autoestima? Quer se vestir melhor? Ser mais desejado? O que é valor
para você?
Acredite, ter estes conceitos bem fixados em sua essência fará toda a diferença nos
momentos de fraqueza; eles existirão e possivelmente serão muitos!
Fazer dieta sozinho é a meu ver uma tentativa de se auto sabotar! Não coloque
desculpas no seu biotipo sem antes fazer o melhor que dá para ser feito!
Tenha em mente que você “come para viver” ao invés de “viver para comer”, afinal há
outras formas de sentir prazer na vida! Mais vigor nas atividades físicas, mais elogios,
mais autoestima, mais saúde no sexo! Precisa mais para te convencer que é
compensador?
Encare a realidade com ela de fato é e não como você fantasia que seja! Dieta é
“matemática” e a conta é: “muito sacrifício” = “algum resultado”! Vivemos numa
cultura alimentar que engana, uma vez que a maioria esmagadora dos produtos da
Quem está fora do peso deve “só perder”! “Compensação” é para o estágio de
manutenção e se você ainda não o alcançou, feche a boca e paciência! Sou a favor de
ser radical, pois a meu ver o corpo pede o que você dá e foi assim depois de muitos “só
hoje” que voltei a pesar mais de 100 kg e joguei todo o meu esforço no lixo!
Costumo dizer que dieta é “igual à faculdade”! Nos primeiros semestres você já está
doido para terminar, mas não sentirá o prazer de se formar se não tiver paciência e
disciplina para passar por todos os períodos!
Não há pizza, chocolate, refrigerante ou cerveja que pague o seu bem estar físico e
mental, que agrega saúde e autoestima... ACREDITE, VALE A PENA!!!
O passado passou você não pode mudar, mas o futuro... ahhh o futuro!!! Esse sim pode
ser fantástico, mas depende EXCLUSIVAMENTE DE VOCÊ!
ATITUDE!!!
“Se algum ponto da sua história não te agrada, comece agora a escrever um novo
capítulo, afinal, melhor que sonhar é viver o seu próprio sonho!”
DIETA 01:
Desjejum (9h):
Ao acordar, tomar 5g de glutamina com água em jejum + 150ml de água morna com 1
limão espremido e 15 gotas de própolis (Sugestão: marca Apiday ou Apiário extrato
seco min de 25%)
Pré-treino:
-300ml de suco verde feito com 1 porção de frutas: 1 maçã ou 2 fatias de abacaxi ou
melancia ou melão ou manga ou 5 morangos orgânicos ou mirtilos + 4 cubinhos de
4 ovos inteiros mexidos feitos no óleo de coco ou manteiga ghee (apenas o suficiente
para untar a panela) e temperar com sal rosa , mix de pimentas a gosto e 1 col de café de
açafrão no final da preparação.
Ou
Suco verde
Crepioca feita com 2 colheres de sopa rasas de farinha de tapioca hidratada + 4 ovos
inteiros + 1 colher de sopa de semente de chia + 1 colher de sopa de farinha de coco ou
farinha de macadamia ou amêndoas marca Holy Nuts. Bater os ingredientes no mixer e
colocar na frigideira antiaderente untada com óleo de coco. Depois de pronta, passar 1
colher de chá cheia de requeijão de búfala marca Bom Destino.
Nos dias sem treino, o desjejum será apenas o suco verde com os ovos mexidos e nos
dias de treino à tarde, suco verde com crepioca ou suco verde + ovos mexidos + 3 a 4
pães de inhame (ver receita).
Colação (11:30h):
OBS: Caso o intervalo entre a colação e o almoço seja superior a 2h, adicionar na
colação: 150g de filé de peito de frango desfiado ou grelhado
170g de carne, peixe ou frango. Peixe: Dar preferência para tilápia, sardinha, pescada,
linguado, salmão 01 vez na semana. Aves: Dar preferência para filé de peito de frango
orgânico – Korin. Carnes: dar preferência para patinho moído ou filé mignon. Usar o
mínimo de sal (sal light, marinho ou de ervas). Usar temperos naturais, como: Açafrão,
cebola, hortelã, salsinha, orégano, salsa, sálvia, manjericão, tomilho, alecrim e outras
ervas para temperar e 1 dente de alho por dia (esmagar e deixar 10 minutos
descansando antes de usar para cozinhar).
Usar óleo de coco ou azeite para cozinhar os alimentos. Mastigar bem os vegetais antes
da sua chegada ao estômago. Não aquecer no micro-ondas os vegetais. O melhor
método de preparo é no vapor (inferior a 10 minutos).
Evitar beber líquido nas refeições. Se necessário tomar no máximo 300ml de suco
de frutas natural ou polpa de frutas sem açúcar.
Tomar 1 xícara de chá digestivo sem adoçar após as refeições: erva doce, capim limão,
erva cidreira, hortelã, boldo, camomila.
300ml de açaí batido com 1 banana ou 5 morangos orgânicos e 1 col de sopa de mel
orgânico ou 1 unidade de Juçaí. Adicionar no açaí 1 scoop de whey protein isolado (20
a 25g)
Ou
Ou
2x na semana: 1 scoop (20 a 25g) de whey protein isolado batido com 1 colher de chá
de cacau em pó ou 1 colher de sopa de Chocokids (marca Essential) + água e gelo.
Comer 2 bolachas de arroz integral com 1 col de sobremesa de pasta de amendoim sem
açúcar, marca Santa Helena ou Eat Clean ou Power One.
Ou
1 “salgado funcional” com massa de frango com batata doce (dias de treino pela
manhã) ou couve flor (dias sem treino) e recheio de espinafre ou vegetais.
(alface, rúcula,
agrião, tomate,
brotos)
200g de proteína: filé de peito de frango ou filé de peixe ou carne moída magra
(patinho, filé mignon). Temperar a proteína com sal de ervas ou tempero Mrs Taste ou
Mr Dasho ou sal rosa, limão, açafrão, alho, cebola e ervas naturais (salsinha, orégano,
alecrim, manjericão) e açafrão.
60g de arroz integral cateto + 40g de quinoa em grãos ou 100g de arroz integral cateto
ou 60g de macarrão de arroz (Bifum ou marca Urbano) com molho de tomate natural.
Pode substituir a porção de vegetais A por arroz de couve flor ou nos dias sem treino,
macarrão de abobrinha.
Suflê de frango: 1 ovo inteiro caipira + 3 claras, 3 colheres de sopa de farelo de aveia,
sal rosa, pimenta e orégano a gosto. Misturar bem os ingredientes e acrescentar 3
colheres de sopa de frango desfiado e 2 bolas de muçarela de búfala. Levar ao micro-
ondas por 3 minutos. Comer com uma salada verde (alface, hortelã, agrião, brotos ou
ver sugestões) temperada com azeite de ervas e 1 col de sopa de semente de gergelim
sem sal.
(Opção 03):
Observação especial:
Sugestão para sal de mesa: GENSER-DIETÉTICA (sal iodado para dieta com restrição
de sódio 99,9% menos sódio)
Dica de frango feito sem gordura, com sabor sem ficar seco:
1 colher (de sobremesa) de óleo de coco (pode ser azeite de oliva ou manteiga ghee ou
clarificada)
Modo de preparo:
A primeira coisa é preparar a couve-flor. Corte os floretes dela e lave muito bem, se
quiser deixe até um pouquinho de molho. Agora para deixar ela com aparência de arroz
você pode fazer de três maneiras:
Macarrão de abobrinha:
1 abobrinha grande
- Molho branco: 2 xícaras de caju, 2 dentes de alho, 1 xícara de água de coco, 1 limão e
sal rosa a gosto.
Ingredientes:
Orégano
Modo de preparar:
Se quiser, acerte cada rodela de berinjela com um cortador redondo para que todas
tenham o mesmo tamanho e coloque-as em água com limão para que não escureçam.
Leve-as ao forno por 15 minutos, num prato refratário untado com metade de azeite.
Cubra cada fatia com tomate e queijo, polvilhe com orégano, sal e pimenta, e leve
novamente ao forno apenas para o queijo derreter.
Ingredientes:
1 kg de polvilho azedo
8 a 9 ovos “caipira”
Colocar numa panela o óleo (ou azeite), a água e o sal e levar ao fogo. Deixar ferver.
Ingredientes:
Leite de Coco
Modo de Preparo:
Coloque todos os ingredientes, exceto o leite de coco e as amêndoas, e misture até ficar
homogêneo. Coloque o leite aos poucos para ficar com a consistência mais mole. Levar
a geladeira por 2 horas. Servir com amêndoas picadinhas por cima.
Cenoura:
3 ovos caipiras
Calda (opcional): 1 barra de chocolate 70% Chocolife derretida em banho maria com
um pouco de leite de coco.
Banana:
3 ovos caipiras
4 bananas pequenas
3 col de sopa de adoçante em pó ou açúcar demerara (sugestão: açúcar Fit Jasmine com
stévia e demerara)
100 ml de água
DIETA 02:
Coach e gestor do reality show “40 dias vivendo como bodybuilder”, exibido
no YouTube, que contou com a participação do Programa Esporte Mágico, no SBT.
Atua como coach desde 2015 e em seus atendimentos individuais, tem como
seu principal case o Leandro Durão, ex-participante do programa Além do Peso, da
Rede Record. Leandro, que chegou a pesar 216kg, enfrentou o reganho de peso após a
sua participação no programa e juntos alcançaram os seus 96kg, sem bariátrica!
"Aprendi que obesidade não é sentença de vida, ainda que você tenha sido
obeso pela maior parte dela. Acredito que a obesidade é o sinal mais evidente de uma
vida desequilibrada! Meu trabalho nasceu do desejo de ajudar as pessoas a construir
uma nova realidade através do emagrecimento..."
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