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Discutiremos a formação, a história e a desagregação do reino da dinastia selêucida, que

abarcou a maior parcela, e aquela mais oriental do antigo território conquistado por
Alexandre, o Grande.

O ESTABELECIMENTO DO REINO SELÊUCIDA


Seleuco havia consolidado o seu poder sobre o território e começou a expandir seu
domínio a leste em direção ao rio Indo e a oeste, sobre a Síria e a Ásia Menor.
o caso da nova capital do reino selêucida, Selêucia do Tigre, que ultrapassou em vulto a
antiga capital mesopotâmica, a cidade de Babel. Como se pode notar, as cidades
recebiam nomes em homenagem à dinastia governante.
Desta forma, no século I a.C., o reino selêucida estava já reduzido, também em função
de dissensões internas, a uma pequena área do norte da Síria, e ele finalmente sucumbiu
frente aos romanos em 64 a.C.
O enorme reino selêucida continuou a perder territórios em função da guerra ou da
rebelião de populações dominadas. Neste sentido, a anarquia e a instabilidade criaram o
contexto propício para a divisão da Ásia Menor em reinos que se tornaram
independentes. Assim ocorreu com os novos reinos da Bitínia, Paflagônia, Ponto,
Galácia, Capadócia, Comagene, Cilícia e Pérgamo. O processo de desagregação do
reino selêucida foi provocado definitivamente pela chegada dos romanos ao centro do
reino e a tomada de seu território.

O PROCESSO DE LEGITIMAÇÃO DO PODER DOS GOVERNANTES


SELÊUCIDAS
No entanto, seu filho Antíoco I foi bastante original ao criar uma imagem diferente que
dominou a produção de moedas dos selêucidas por todo um século: o retrato do rei vigente no
anverso, e no reverso o deus Apolo sobre o ônfalo.

Em suma, Antíoco I publicizou a imagem de seu pai divinizado, com o objetivo de se afi rmar
como sucessor legítimo dele

E rapidamente Antíoco I procurou estabelecer o seu papel como soberano legítimo ao inserir a
sua própria imagem no anverso das moedas.

RESPOSTA SOBRE A LEGITIMAÇÃO DO PODER

Porque a cunhagem de moedas foi um importante recurso para estabelecer a legitimidade do


poder selêucida frente aos súditos das diversas regiões dominadas. Desde Seleuco I, esta
estratégia foi utilizada e assim permaneceu sob os sucessores da dinastia. A adoção da figura
do deus Apolo tinha a função de representar bem a dinastia selêucida diante de tantos povos
dominados, na medida em que ele mantinha uma característica multifacetada – pela qual ele
se confundia com o deus Nabu dos babilônicos e também, entre os persas dominados, era
visto como a representação do rei vigente

A ORGANIZAÇÃO DO ESTADO SELÊUCIDA


O reino selêucida, tal como o império de Alexandre, mantinha aspectos similares aos dos
impérios anteriores a ele: o império assírio, o império neobabilônico e o império Aquemênida
Talvez a permanência mais forte do antigo sistema de governo persa nos domínios selêucidas
tenha sido a divisão das terras do reino em províncias ou satrapias, a serem governadas por
sátrapas, que deviam obediência e lealdade ao rei.

Houve diversas revoltas na região que a dinastia selêucida conseguiu suprimir e, na tentativa
de alcançar a obediência dos súditos orientais, os reis selêucidas procuraram agir como
protetores dos cultos persas e babilônicos. Eles adotaram amplamente a prática de subsidiar
(pagavam os custos dos sacrifícios feitos no templo) os cultos das divindades persas e
mesopotâmicas

A existência de duas capitais – Antioquia na Síria e Selêucia na Babilônia – era uma tentativa de
manter o governo sobre todo o território.

A dinastia selêucida, na tentativa de melhor dominar o território sob seu domínio, divulgou a
cultura helênica ao fundar uma série de cidades e colônias de cidadãos gregos, em algumas
regiões de seu reino. Esta iniciativa foi adotada por Seleuco I e Antíoco I, que fundaram
diversos núcleos urbanos, cujo modelo era as póleis gregas (com o ginásio, anfi teatros e
praças).

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