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NOVEMBRO DE 2019
EQUIPE TÉCNICA
MAURO AGOSTINI
ENGENHEIRO
FISCAL DE OBRAS
FISCAL AMBIENTAL
ASSESSORA ESPECIAL
CONSULTORIA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 17
1 DOIS IRMÃOS 19
1.1 História 19
1.2 Gentílico 21
2 DADOS DO MUNICÍPIO 21
3 SÍMBOLOS 26
3.1 Brasão 26
3.2 Bandeira 27
3.3 Hino 27
4 Patrimônio Histórico 28
4.8 Igreja Luterana e Casa Pastoral Comunidade Evangélica São Miguel – IELB 37
1 TRANSPORTE 43
2.1 As calçadas 67
2.1.3 Acessibilidade 71
2.2 As vias 76
3.2 Objetivos 82
4 ACIDENTES DE TRÂNSITO 82
1 GESTÃO DO TRÂNSITO 96
4 O ÔNIBUS 154
6 OS ESTACIONAMENTOS 207
7.6.3 Avaliação prévia dos impactos do pólo gerador de tráfego- Estudo de Impacto à
Vizinhança (EIV) 238
8 OS ACIDENTES 241
9.3 Diretrizes para avaliação dos impactos ambientais e urbanísticos dos sistemas de
transporte 247
1 APRESENTAÇÃO 250
REFERÊNCIAS 276
ANEXOS 289
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
Quadro 26 – Resumo dos serviços a serem executados referente aos pontos de parada de ônibus
192
Quadro 27 – Planilha de custos referente aos pontos de parada de ônibus (ref. maio/2018) 193
Quadro 28 – Pólos geradores de tráfego: edificações que ultrapassam os seguintes limites de área
ou capacidade 232
Quadro 29– Estrutura Institucional e Administrativa 256
Quadro 30– Turismo e patrimônio histórico 257
Quadro 31– Circulação de pedestres 258
Quadro 32– Circulação de ciclistas 261
Quadro 33– Circulação de veículos motorizados 262
Quadro 34– Estacionamentos 264
Quadro 35– Redutores de velocidade 265
Quadro 36– Acidentalidade 266
Quadro 37– Transporte público coletivo 267
Quadro 39 – Acessibilidade universal 269
Quadro 39– Segurança na BR 116 270
Quadro 40– Meio Ambiente 271
Quadro 41– Segurança das pessoas no trânsito 273
Quadro 42– Legislações 274
Quadro 43– Sistema viário 275
INTRODUÇÃO
Esse trabalho tem como objetivo identificar as oportunidades de mobilidade urbana que são
oferecidas pela cidade aos munícipes abordando os problemas de acesso à essas oportunidades por
parte dos moradores e qual a causa desses problemas.
Os problemas referentes ao acesso à mobilidade urbana e suas causas são individuais para cada
cidade e um levantamento de dados e análise detalhada permitem a compreensão das
individualidades e necessidades do Município de Dois Irmãos, dando base eficiente para posterior
proposta de diretrizes, objetivos e ações para melhoria do sistema no Município, entre outros.
trânsito; a disputa pelo espaço, onde falamos da exclusão dos mais fracos, o uso das vias,
os estacionamentos, pólos geradores de tráfego, o usos e a ocupação do solo, e os prejuízos
da ocupação espacial; marcos legais; e a Política Nacional de Mobilidade Urbana.
1 DOIS IRMÃOS
1.1 História
A cidade de Dois Irmãos está situada nos primeiros degraus da encosta Meridional, numa altitude
média de 175 m, posição que lhe conferiu a designação “Portal da Serra”.
Município integrante do Vale do Rio Feitoria, afluente do Rio Caí, sua história está ligada à
colonização alemã no Estado, parte da antiga Colônia de São Leopoldo, instalada em 1824. Dois
Irmãos recebeu os primeiros colonos a partir de 1825, entre eles Pedro Baum e família, lavrador e
sapateiro, do Hunsrück.
A leva mais significativa de colonos imigrantes que ocuparam parte dos 249 lotes da “Linha
Grande de Dois Irmãos”, foi a dos ex-náufragos do navio Cecília. O veleiro partiu do porto de
Bremen em 1827 e foi surpreendido por uma tempestade no Canal da Mancha. Parcialmente
destruído, o navio com seus passageiros foi abandonado por seu capitão e pela marinhagem,
ficando sem rumo até ser encontrado por um barco inglês que o conduziu para o porto Plymouth,
no sudoeste da Inglaterra. Aí permaneceram por cerca de dois anos, aguardando a definição de
seus destinos, pelo Império do Brasil. Os ocupantes do Cecília, em algum momento fizeram a
promessa de lembrar e celebrar para o todo sempre o santo do dia de sua chegada ao destino, o que
se deu no dia de São Miguel, em 29 de setembro de 1829. Conta a tradição que em homenagem ao
Arcanjo estabeleceram essa data como seu marco fundante. Até hoje ela é comemorada no
“Michelskerb”, Kerb de São Miguel.
Em 1832, os colonos católicos inauguraram a capela em honra a São Miguel. O lugar onde foi
erguido o templo é, provavelmente, o mesmo onde a partir de 1869 foi construído o outro, com
traços góticos, concluído em 1880, onde hoje se encontra a Antiga Igreja Matriz de São Miguel,
tombada pelo Patrimônio Histórico do Estado.
Em 29 de setembro de 1834, foi a vez da Comunidade Evangélica São Miguel inaugurar a sua
igreja.
A ocupação da Linha Grande, também conhecida como “Baumschneiss” (Picada dos Baum),
Picada dos Dois Irmãos ou São Miguel dos Dois Irmãos, deu-se basicamente através da atividade
agrícola desenvolvida nos lotes que se alinharam lado a lado, no sentido sul-norte da Picada. O
adensamento construtivo e demográfico se fez ao longo da picada, hoje Av. São Miguel, com casas
de comércio, de atividades artesanais (ferrarias, marcenarias, carpintarias, sapatarias, lombilharias,
etc.), residências e igrejas, plantadas na cabeceira dos lotes, constituindo uma “povoação-lagarta”.
Ainda hoje, percorrendo a Av. São Miguel, identificamos a antiga Igreja Católica de São Miguel
(1880), a Sociedade de Canto Santa Cecília (1927), a Sociedade Atiradores (1897), a Escola
Imaculada Conceição (1900), a Igreja Evangélica de Confissão Luterana (1855), a Igreja
Evangélica Luterana (1938), além de casas de comércio, entre elas a casa que hoje abriga o Museu
Histórico Municipal.
A Rota Romântica - caminho de muitos encantos – leva a Dois Irmãos, um lugar com boa
qualidade de vida e um povo pacífico e trabalhador, um lugar onde se sente que a história, o
turismo e o desenvolvimento caminham juntos.
Uma cidade com as belezas de Dois Irmãos - é um convite à visitação. Prédios históricos, igrejas,
festas, praças e cascatas.
1.2 Gentílico
Dois-irmonense
Pela Lei Estadual n.º 8.634, de 12 de maio de 1988, desmembra-se de Dois Irmãos o distrito de
Santa Maria do Herval, elevado à categoria de município. Pela Lei Estadual n.º 9.583, de 20 de
março de 1992 é elevado à categoria de município, o distrito de Morro Reuter.
2 DADOS DO MUNICÍPIO
A Região metropolitana de Porto Alegre não coincide com a mesorregião de Porto Alegre e nem
com a Microrregião de Porto Alegre, aqui mostradas. Possuindo uma área de 10.234,012 km² e
4.011.224 habitantes de acordo com o Censo de 2010 do IBGE (IBGE, 2017), o que a classifica
como a 4ª Região metropolitana mais populosa do País.
A região abriga grandes empresas com atividades relacionadas à montagem de veículos, indústria
de autopeças, petroquímica, plásticos e produtos alimentícios.
De acordo com o Censo de 2010, realizado pelo IBGE (IBGE, 2010), 7,4 milhões de pessoas
fazem deslocamentos diários por motivos de trabalho ou estudo. Em regiões metropolitanas
brasileiras a média em 2010 era de 21,7%, e na Região Metropolitana de Porto Alegre o
percentual é de 22,3%.
Por volta de 1920, Porto Alegre assume liderança industrial no Estado; seu processo de
industrialização iniciou com o estabelecimento de intenso comércio entre Porto Alegre e as
colônias. Na troca comercial que se estabeleceu, o transporte predominante foi o fluvial, até o
século 19, quando foi construída a ferrovia, sendo que em 1874 foi completada a ligação
ferroviária entre Porto Alegre e São Leopoldo, em 1876 entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, em
1903, o trecho até Taquara e em 1924 até Canela.
No final dos anos 40 foi concluída a BR-116, fazendo a ligação entre Porto Alegre a São Leopoldo
e Novo Hamburgo. Foi esse eixo que levou à formação da concentração urbana que se caracteriza
atualmente como Região Metropolitana de Porto Alegre.
A região metropolitana de Porto Alegre fez parte das primeiras regiões metropolitanas a serem
estabelecidas, através da Constituição Federal de 1967. no seu artigo 157, § 10 e Emenda
Constitucional de 1969 no artigo 164.
Sua instituição oficial foi através da Lei Complementar nº 14, de 08 de junho de 1973, foram
incluídas à RMPA as cidades de Alvorada, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Estância Velha,
Esteio, Gravataí, Guaíba, Novo Hamburgo, Porto Alegre, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e
Viamão.
Após a constituição legal com a Lei Federal, a Constituição Estadual e várias Leis Estaduais
Complementares, compuseram a região metropolitana em sua configuração atual as seguintes:
o Lei Federal Complementar n.º 14, de 08/06/1973, Art. 1.º (BRASIL, 1973);
o Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, de 03/10/1989, Art.2.º (RS, 1989);
o Lei Estadual Complementar n.º 10.234, de 29/07/1994 (RS, 1994);
o Lei Estadual Complementar n.º 11.201, de 30/07/1998 (RS, 1998a);
o Lei Estadual Complementar n.º 11.198, de 28/07/1998 (RS, 1998b);
o Lei Estadual Complementar n.º 11.307, de 15/01/1999 (RS, 1999a);
o Lei Estadual Complementar n.º 11.340, de 21/06/1999 (RS,1999b);
o Lei Estadual Complementar n.º 11.318, de 26/03/1999 (RS, 1999c);
o Lei Estadual Complementar n.º 11.645, de 28/06/2001 (RS, 2001);
o Lei Estadual Complementar n.º 13.496, de 03/08/2010 (RS, 2010);
o Lei Estadual Complementar n.º 13.853, de 22/12/2011 (RS, 2011);
o Lei Estadual Complementar n.º 14.047, de 09/07/2012 (RS, 2012).
o 1 Morador: 1.076;
o 2 Moradores: 2.586;
o 3 Moradores: 2.887;
o 4 Moradores: 2.854.
o Média de 3,01 habitante / domicílio;
o Total: 9.403.
3 SÍMBOLOS
3.1 Brasão
O emblema é constituído de três partes: COROA, BRASÃO e FAIXA. O Brasão apresenta a
silhueta dos Morros de Dois Irmãos, que deram origem ao nome do Município, e traz também a
representação de Agricultura, Educação, Indústria e Comunidade. A faixa tem no lado esquerdo a
data da fundação de Dois Irmãos, 29/09/1829; no lado direito, a data da emancipação política –
10/09/1959 e, no centro, a denominação do Município – Dois Irmãos/RS.
Figura 3 – Brasão do Município
3.2 Bandeira
Sancionada a Lei que criou o Emblema do Município se fez necessária a criação de uma Bandeira
Municipal que foi instituída pela Lei Municipal n.º 291, de 20 de agosto de 1973 (DOIS IRMÃOS,
1973).
3.3 Hino
*Composição coletiva
4 Patrimônio Histórico
Patrimônio histórico pode ser definido como um bem material, natural ou imóvel que possui
significado e importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a sociedade.
Estes patrimônios foram construídos ou produzidos pelas sociedades passadas, por isso
representam uma importante fonte de pesquisa e preservação cultural.
A Avenida São Miguel, via em que se concentra um grande número de bens tombados e
considerada patrimônio municipal, não possui restrição quanto a circulação de veículos pesados do
tipo caminhão ou ônibus, estando a sua pavimentação danificada devido a este trânsito.
Quando um imóvel é tombado por algum órgão do patrimônio histórico, ele não pode ser
demolido, nem mesmo reformado. Pode apenas passar por processo de restauração, seguindo
normas específicas, para preservar as características originais da época em que foi construído.
O Plano Diretor Municipal de Dois Irmãos (DOIS IRMÃOS, 2006), em seu capítulo III, Do
Patrimônio Histórico e Cultura, diz:
A edificação é reconhecida popularmente como Casa Kieling por conta da família que residiu a
partir de 1893 a 1985; segundo a tradição oral, a casa teria sido construída por um Weinmann de
São Leopoldo, na primeira metade do século XIX.
Por volta de 1845 a edificação foi vendida para Nikolaus Schäffer e foi utilizada como residência;
posteriormente, pertenceu ao médico prático Georg Schäffer, filho de Nikolaus. No ano de 1918, a
filha de Georg, Carolina Schäffer, que era casada com Carlos Kieling, adquiriu a área de terras de
42 hectares, juntamente com a edificação, e passou a utilizá-la como residência. No porão havia
uma marcenaria. Laura Kieling Dienstmann foi uma das filhas das oito que o casal teve, sendo
uma das últimas moradoras da residência, nasceu ali e só saiu aos 24 anos quando casou.
As oito irmãs se dedicavam à costura e a casa era reconhecida como “Casa da Costureira Kieling”,
tinham muita habilidade com o manuseio das linhas e agulhas. A máquina utilizada por Laura faz
parte do acervo do Museu. A plantação de mandioca também era uma forma de rendimento da
família. Chegavam a produzir 300 sacos de farinha, que passavam pelo processo da colheita,
limpeza, ralagem e a secagem no tacho; nos fundos da casa havia uma atafona – moinho movido à
tração animal.
Desta forma, a casa permaneceu com os herdeiros Kieling até o ano de 1985, quando da aquisição
pelo Poder Público Municipal com a finalidade de instalar ali o Museu Histórico Municipal,
oficialmente inaugurado em 03 de junho de 1989, embasado com a filosofia da Nova Museologia
e realizando os seguintes trabalhos:
● coleta de material;
● pesquisa e organização de exposições;
● atendimento ao público, escolas e pesquisadores;
A Serraria Becker foi fundada no ano de 1872, conforme inscrição encontrada no local e pelo
relato dos descendentes de Georg Becker, que adquiriu a propriedade conforme escritura de 1863
onde constam as informações de que a finalidade da mesma era para o uso de serraria, por conta
de sua localização próxima ao arroio. Georg Becker casou-se com Anna Maria Wide em 1858 e a
mesma faleceu em 1874, fazendo com que ele contraísse matrimônio com Philippine Müller
Becker posteriormente.
A Serraria era, então, o único local em que se encontravam todos os tipos de consertos necessários
no cuidado com arados, grades, canga de bois e carroças, demais cabos e utensílios. A Serraria
desde o ano de 1992 está desativada, porém, Hugo Guilherme ainda realiza alguns trabalhos
artesanais. Além disto, o bem cultural fez parte da Rota Colonial Baumschneis, recebendo a visita
de diversas pessoas. Em 2011, a Serraria, como as demais edificações das imediações, foi atingida
por uma enchente, que acabou levando alguns utensílios e mobiliário, que não foram mais
encontrados posteriormente na beira do rio.
Acredita-se que os primeiros proprietários do Salão Sander eram da família Berächer, que o
construíram e gradativamente fizeram um armazém. Posteriormente, Albino Mechel teria iniciado
os bailes no local, e, quando de sua desistência do negócio quem assumiu o salão foi Carlos
Arnecke, que ampliou a edificação e organizou o hotel.
Em 1952 o Salão Sander fechou as portas e a casa foi dividida em duas residências. Nas décadas
subsequentes, o espaço teve diversos usos: para fins comerciais com o Bazar Central e Jeca
Esportes; também foi cedida ao Poder Público Municipal para abrigar a Casa do Papai Noel. O
imóvel está desocupado desde o ano de 2006 .
A história do Colégio Imaculada Conceição inicia no ano de 1899, quando um grupo de pessoas
lideradas pelo Pe. Augusto Lohmann vai a Porto Alegre procurar a Congregação do Imaculado
Coração de Maria, na pessoa da Reverenda Madre Maria Margarida de São José, para solicitar a
criação de uma escola que oferecesse uma educação completa, na qual fizesse parte o ensino da
Educação Cristã. Foram designadas, então, as Irmãs Maria Gertrudes do Coração de Jesus e a Irmã
Maria Sebastiana de São Miguel, para verificar o local e as possibilidades da abertura da escola.
Após as devidas constatações foi adquirida uma casa com espaço para a residência das Irmãs, um
pequeno internato de meninas, capela e sala de aula.
No ano de 1911 foi construído o prédio com três andares, com espaços mais adequados para os
educandos. O espaço usado inicialmente em 1900 foi demolido no ano 1948. No ano seguinte, em
4 de dezembro, foi dada a benção juntamente com o lançamento da pedra fundamental do outro
prédio com três andares, que fora inaugurado no dia de Nossa Senhora do Imaculado Coração, em
8 de dezembro.
Para atender melhor a comunidade, em 1951 foi criado o Jardim de Infância e em 1962 iniciam-se
as obras do terceiro prédio, com dois andares, destinado ao internato das meninas, inaugurado dois
anos após. Em 1968 o mesmo prédio passa por ampliações, sendo construídas cinco salas de aula e
três salas especiais para administração. Na época, o ano letivo iniciava em meados de janeiro e
encerrava em 15 de dezembro, possibilitando a ampliação do currículo e dos conteúdos das
disciplinas práticas e teóricas.
No ano de 1978 a escola que tinha denominação de “Ginásio Imaculada Conceição” passa a ser
chamada de “Escola Imaculada Conceição”, como é reconhecida até hoje. Mantém em suas
características filosóficas e proposta pedagógica a “educação humana cristã de qualidade”,
procurando adaptar-se às mudanças requeridas pelas exigências legais. Foi pioneira no
oferecimento da Pré-Escola e do Curso Ginasial na cidade. Também ofereceu cursos de
Datilografia, Corte e Costura e bordados diversos, incluindo tricô, crochê, pintura em tecido e
outros. A comunidade sempre esteve engajada através da Associação de Pais e Mestres e o Clube
de Mães; desde a sua fundação foram realizadas doações em dinheiro ou materiais para a
construção dos prédios, além de gêneros alimentícios.
A instituição pertence à Sociedade Educação e Caridade, e sempre foi dirigida pela Irmãs do
Imaculado Coração de Maria, atualmente o prédio mais antigo é utilizado para residência das
Irmãs e o prédio ao lado possui salas de aula da própria instituição.
O moinho possui cinco etapas de construção, onde observamos seus usos e funções: a primeira
etapa consiste na área do Moinho, salão e a parte da residência que está distribuída em quatro
pavimentos: porão (equipamento), térreo (moinho), que foi alterado em 1940, suprimindo-se o
mezanino em função das enchentes, elevando-se o manuseio da farinha para o pavimento térreo
após a moagem e modificando o sistema de transmissão da roda d’água para as mós. A segunda
etapa acredita-se ter sido construída logo após a primeira, num espaço-tempo de 20 anos, e que
aumentou a área da residência. A terceira etapa foi construída pela família Collet em 1948 para
receber novos equipamentos movidos à energia elétrica. A quarta etapa é um pequeno anexo sobre
a tomada d’água do moinho, construído para abrigar uma casa de bombas. A quinta etapa
construída em 1977, consiste num banheiro no segundo pavimento junto à residência.
A Ponte de Pedra foi construída em 1855, sobre o arroio Feitoria, transformando-se num
importante elo de ligação da Picada Dois Irmãos para Hamburgo Velho, na época já constituindo
um importante entreposto comercial e que permitia a comunicação com São Leopoldo e a Capital
da Província, Porto Alegre. Em Hamburgo Velho havia uma bifurcação que levava em direção à
Taquara e, na outra direção, às demais Picadas constituídas a partir da exploração em direção à
Serra, cortando a mata virgem. Na época as obras de infraestrutura de estradas e construção de
pontes ficavam basicamente a cargo dos próprios colonos, que acabaram custeando praticamente
40% do valor da ponte, após várias solicitações ao governo provincial, que se dedicava mais à
região da campanha onde estava a principal fonte econômica da época, a pecuária, que
disponibilizava o charque e o couro.
A construção tem características romanas, sendo o material empregado a pedra grês. A mesma
assemelha-se à Ponte do Imperador construída no mesmo ano em Ivoti pelo capitão Jacob Blauth,
que era o responsável pela obra. Já Johannes Sauther era o mestre de obras, conforme relatos no
diário de Loudwick Kunz. Também eram necessários capatazes, que recebiam mensalmente dois
mil réis. Os demais ajudantes recebiam 800 réis. Loudwick Kunz era o fornecedor de pedras grês,
que as trouxe numa carroça, provavelmente das terras dos Stoffel.
Desde a sua construção passou a ser um importante elo de ligação entre os moradores do
Travessão Rübenich e a picada Dois Irmãos, principalmente para irem à missa ou ao culto, aos
festejos do Kerb de São Miguel e também para levar seus grãos ao Moinho Collet.
A Ponte de Pedra passou a fazer parte dos pontos turísticos da cidade através da Rota Colonial
Baumschneis. Ela recebeu uma placa de identificação no ano de 1999, onde constam suas
principais características. Em 2013 passou a fazer parte do Patrimônio Histórico e Artístico do
Estado, através da inscrição nº 123, em 06 de dezembro de 2013, no Livro Tombo Compreende
um tombamento coletivo de cinco pontes do interior do Estado, construídas à base de pedra no
século XIX ou início do século XX e que ainda estão em uso.
Na década de 1990 foram realizadas diversas ações por parte da comunidade e do genealogista
André Dienstmann, em forma de mutirão, para realizar a conservação do local, com a participação
de moradores e também pelas famílias dos entes ali enterrados. Em 2000, o Cemitério passou a
fazer parte da Rota Colonial Baumschneis, recebendo informações a respeito do estilo gótico e
seus significados nas lápides encontradas ali, que apresentam símbolos como a flor-de-lis, a flor de
lótus, arcos, florões e flechas.
4.8 Igreja Luterana e Casa Pastoral Comunidade Evangélica São Miguel – IELB
No ano de 1900 a Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) iniciou os seus trabalhos no Brasil
com a vinda do Pastor Christian J. Broders, um missionário do Sínodo de Missouri, que fora
enviado para atender um pedido de luteranos vindos da Alemanha e estavam sem atendimento
espiritual. Quando veio ao Rio Grande do Sul dirigiu-se primeiramente a Novo Hamburgo e foi ao
encontro do Pastor Johann F. Brutschin, que era alemão e foi enviado pela Sociedade Evangélica
para os Alemães Protestantes na América, tendo assumido a comunidade de Dois Irmãos. Após
desentendimentos, em 1890, Brutschin afastou-se do Sínodo Riograndense e passou a atender
comunidades livres das redondezas, para tal escreveu a sociedades missionárias da Alemanha,
relatando o abandono espiritual dos imigrantes protestantes e solicitando o envio de pastores. Não
tendo êxito em relação à Europa, Brutschin teve com o Sínodo Missouri dos EUA, ocasionando na
visita de Broders. Após a visita de Broders a Novo Hamburgo, dirigiu-se as demais cidades a
convite dos pastores. No dia 1º de julho de 1900 foi convidado por uma localidade chamada São
Pedro, em Pelotas, para ser pastor, dando início a primeira comunidade, o que é a IELB hoje.
Posteriormente a Broders, o Pastor Wilhelm Mahler foi uma grande liderança da IELB até 1914,
pois realizou diversas viagens que influenciaram na expansão do trabalho do Sínodo de Missouri
no RS e seus pastores passaram a atuar em comunidades das regiões noroeste, central e nas
colônias velhas, uma delas Dois Irmãos.
O conjunto da Comunidade Evangélica Luterana São Miguel – IELB está composto pela Casa
Pastoral, a Igreja e a antiga Escola Paroquial. A data de 11 de outubro de 1903 é considerada
oficial na fundação, segundo o Pastor Oscar Zimmermann, pois foi realizado o primeiro culto,
visto que nos trinta anos subsequentes o templo luterano foi dividido entre as duas congregações,
cada ordem usava a igreja por dois domingos intercalados, até a inauguração do templo que é
utilizado atualmente.
Figura 12 – Vista da Igreja Luterana e da Casa Pastoral Comunidade Evangélica São Miguel –
IELB
A Antiga Igreja Matriz de São Miguel tem seus primórdios numa pequena capela de madeira
construída em 1832 pelos primeiros imigrantes, na época o vigário de São Leopoldo realizou a
benção, conforme registros levantados no 1º Livro Tombo da Paróquia Nossa Senhora da
Conceição de São Leopoldo. O padre Agostinho Lipinsky foi nomeado primeiro vigário da
paróquia, em 05 de agosto de 1849. Falava a língua alemã facilitando assim a comunicação com
os colonos. Também foi construída uma casa canônica. Posteriormente, em doze de março de
1852, Lipinsky dirigiu uma carta ao provincial onde constava a informação de que a capela fora
reformada e ampliada em pedra. No ano de 1857 a Picada dos Dois Irmãos foi escolhida como
centro paroquial e foi ampliada, passando a atender as demais picadas do entorno. O segundo
vigário jesuíta a atender a então paróquia foi Guilherme Doerlemann, permaneceu de 1867 a 1894.
A Igreja Evangélica São Miguel de Dois Irmãos tem seu início no ano de 1833 com a construção
de uma capela-escola no lote de Jakob Klein, que atendia na época 33 fiéis, sendo inaugurada em
vinte e nove de setembro de 1834. Deste ano até 1845 atenderam diversos pastores que se
deslocavam de outras localidades para ali: Voges, Ehlers, Klingëlhofer e Klinze. Conforme
registro no Livro Caixa iniciado em 1860 pelo então tesoureiro Johannes Weber, em 1854 foi
adquirido de Jakob Konrath o novo terreno da igreja e do cemitério. Na época, a comunidade
contava com cerca de 100 membros. Em 1855 iniciam os trabalhos de construção da atual igreja,
sendo celebrada a colocação da pedra fundamental em 13 de novembro Após dois anos é
inaugurada a igreja, igualmente em 29 de setembro, na época atendida pelo Doutor Otto Recke.
Está registrado também no Livro Caixa que nesta ocasião pela primeira vez, um coral de várias
vozes cantou em Dois Irmãos, conduzido pelo professor Schäeffer. Como a igreja encontrava-se
em terreno, descampado e, na época, exposta a riscos como pisoteio de gado selvagem e danos
feitos por pessoas incultas, conforme os registros já mencionados, foi construído um muro em
torno do terreno, concluído em 1859. Registros deixados dão conta da seguinte mensagem: “Quem
tiver se esquivado do trabalho acima descrito, quer tenha vindo morar aqui mais cedo ou mais
tarde, ou quem tiver vindo para cá posteriormente e não tiver pago quantia equivalente ao que os
outros pagaram, não terá direito de sepultar ninguém no cemitério cercado, e quem tiver se
casado na comunidade antes do dia de São Miguel de 1858, tem que pagar sua parcela para o
muro do cemitério. E quem não tiver uma parcela no cemitério não poderá ter seus mortos
sepultados pela comunidade sem custas” (Livro de Registros I 1849 a 1867 da Comunidade
Evangélica São Miguel de Dois Irmãos, p. 11).
A Igreja do Relógio, como é popularmente conhecida na cidade, passou por algumas alterações
desde fins da década de 1980. Em 1989 a galeria foi reformada, o mezanino que era de madeira é
rebaixado e aumentado para frente em concreto; também foram colocadas luminárias laterais e
embutidas caixas de alto falante, além de uma pintura geral. Em 2006 foi inaugurado o novo sino,
pois o antigo, em 2004, sofreu uma rachadura e teve que ser substituído, permanece, porém na
igreja exposto ao público. A nova peça foi adquirida a um custo de 17 mil reais e fabricado na em
Uberaba - Minas Gerais, e é feito em bronze e pesa cerca de 340 kg.
O antigo Armazém Sander possui a edificação no alinhamento e o acesso à edificação está abaixo
do nível da rua, possivelmente pelo aumento de nível da Av. São Miguel.
A edificação apresenta anexo construído antes da lei de tombamento e uma cobertura que
descaracteriza a platibanda original. O entorno imediato possui mobiliário urbano não condizente
com a escala da edificação, prejudicando a fruição do bem cultural.
Estas casas constituem mais um bem cultural da cidade, sendo muitas com características tipo casa
enxaimel e casa eclética.
● Casa Ellwanger;
● Casa Auler;
● Casa Dienstmann;
● Casa Soine;
● Casa Konrath;
A localização dos bens tombados pelo patrimônio histórico do Município estão indicadas no
Anexo 2 - Mapa 02.
1 TRANSPORTE
o Os modos individuais são aqueles em que as pessoas viajam conforme o uso privativo, em
uma motocicleta, veículo particular ou táxi;
o Já os modos coletivos são aqueles que, por sua natureza, permitem o uso simultâneo por
várias pessoas que não podem reivindicar uma utilização privativa: tratam-se aqui dos
veículos de transporte coletivo, como vans, ônibus e metrô.
Uma segunda classificação possível é aquela feita pela natureza legal de cada forma de transporte,
se privado ou público:
o O transporte privado é usado apenas pelo proprietário ou por quem ele permitir; é o caso
da bicicleta, da motocicleta e do automóvel. Seu uso está submetido apenas a regras gerais
do código de trânsito, como a habilitação dos condutores, as vias em que podem ser usados
ou os locais onde podem ser estacionados;
o O transporte público, como o nome diz, está à disposição do público, normalmente
mediante pagamento. Sua principal característica legal é que, além de estar submetido às
regras do trânsito, ele está sujeito a algum tipo de limitação ou de controle por parte do
governo. A limitação refere-se, por exemplo, à tarifa máxima a ser cobrada dos usuários ou
à quantidade máxima de usuários que podem ocupar os veículos simultaneamente. O
controle refere-se, por exemplo, ao tipo de veículo a ser usado, ao tipo de habilitação do
seu condutor e às rotas que devem ser trafegadas na cidade.
Andar é a forma mais natural de deslocamento. As pessoas viajam a pé, com ou sem a utilização
de um modo de transporte complementar. Mesmo em grandes metrópoles, caminhar compõe
grande parte dos deslocamentos diários.
Além desses deslocamentos, há outros percursos feitos a pé que antecedem o acesso a outros
veículos utilizados em um trajeto; por exemplo, um indivíduo precisa caminhar determinado
trecho até chegar a um ponto de ônibus.
É importante lembrar que “andar a pé” é parte integrante de todos os modos de transporte. Para se
tomar um ônibus, por exemplo, anda-se de casa até o ponto de parada. Mesmo de carro, em algum
momento, anda-se a pé, por exemplo, do local em que o veículo está estacionado até o destino
final.
utilizado algumas vias públicas da cidade para caminhar, em especial a Av. 25 de Julho e entorno,
via com acentuado comércio, porém não recomendada para caminhadas.
Já a Av. São Miguel, entre a Sociedade Atiradores e Sociedade Santa Cecília, possui uma
característica diferenciada quanto à mobilidade de pessoas e veículos. Neste trecho foi implantado
um modelo de traffic calming, também chamado de moderadores de tráfego, na qual houve um
alargamento da calçada em um dos lados, com a padronização do pavimento em pedra basalto e
desenhos no piso, e implantação de um mobiliário urbano diferenciado, tudo isto para valorizar o
andar. Quanto aos veículos, houve proibição de estacionamento no lado esquerdo da via,
diminuindo a largura da pista para uma única faixa de rolamento e consequentemente uma redução
na velocidade de circulação e maior segurança para os pedestres.
Em cidades dos países em desenvolvimento da Ásia, a proporção de bicicletas por habitante pode
ser quase igual a 1, como em Hanói (Vietnã) e em Xangai (China). Conheça abaixo os números
das frotas de bicicletas em comparação com os automóveis, em vários países.
No gráfico abaixo, veremos informações sobre a participação das bicicletas nos deslocamentos
diários, em várias cidades. Percebe-se que os valores de cidades como São Paulo e Santiago são
bem menores do que em cidades do litoral, tais como Santos.
Os grandes benefícios da bicicleta são seu baixo custo de aquisição, operação e manutenção, além
da facilidade de utilização e de estacionamento. Pode-se também citar o seu benefício para a
saúde, uma vez que requer um esforço físico salutar à maioria das pessoas. A sua maior
desvantagem está no campo da segurança de trânsito dada à falta de estrutura viária e de
sinalização adequada, educação do ciclista para as normas de circulação, bem como o desrespeito
por parte dos motoristas, e também a topografia que desfavorece parcialmente o seu uso.
Até o início dos anos 2000, o setor coureiro-calçadista era o maior empregador do município, mas
com a crise no setor, muitas empresas foram fechadas. Com isto, houve uma queda acentuada na
mão-de-obra e o deslocamento das pessoas por bicicleta reduziu-se. Hoje, são poucos os
deslocamentos com a finalidade de trabalho. Mas do ponto de vista de lazer, este número tem
aumentado consideravelmente, com deslocamentos nos horários de entre picos e nos finais de
semana.
De acordo com o censo de 2012, o município possui uma população de 28.388 habitantes e uma
frota de 18.365 veículos em 2018, dando uma média de 1,55 habitante/veículo, um índice de
motorização bastante elevado se considerada a média brasileira.
Grande parte das motocicletas vem sendo usada para entrega de mercadorias, mas é importante
também seu uso como forma de transporte nas áreas rurais e, mais recentemente, como transporte
entre casa-trabalho-escola de pessoas das cidades. O serviço de moto-táxi não está regulamentado,
porém o moto-frete está regulamentado no município.
As maiores vantagens da motocicleta são seu baixo custo de operação e sua relativa facilidade de
estacionamento. No Brasil se permite que ela circule entre os veículos, existindo desta forma a
vantagem da rapidez, mas aumenta muito o risco de acidentes com os autos e demais veículos, e
com os pedestres que cruzam a via.
Trata-se de um veículo muito perigoso e até letal: o risco de acidentes graves ou fatais é cinco
vezes superior ao de quem usa, por exemplo, o automóvel. Do ponto de vista social, também
apresenta uma grande desvantagem, que é a grande emissão de poluentes por passageiro
transportado.
De acordo com a Lei Municipal n.º 4.033/2014 (DOIS IRMÃOS, 2014), que "estabelece normas
para a exploração de serviço de automóveis de aluguel", e com o Decreto n.º 2.830/2015, o
número de táxis em operação licenciados não poderão exceder à proporção de 01 (um) veículo
para cada 1.500 (mil e quinhentos) habitantes. Como a população é em torno de 30.000 (trinta
mil), o limite máximo de táxis seria de 20 (vinte). Atualmente, são 15 (quinze) os permissionários
no município.
O serviço de táxi-rádio não existe no município, mas o telefone individual tem exercido uma
função muito importante no uso do serviço, chegando a ser em torno de 70% das corridas feitas
diariamente.
O papel do serviço de táxi nem sempre é contemplado pelos planos de mobilidade urbana e
tampouco recebe a atenção necessária do poder público na gestão dos transportes. O custo mais
elevado desse serviço não o coloca em competição com o transporte coletivo, mas em função das
peculiaridades de alguns tipos de deslocamentos pela cidade, faz com que o táxi seja insubstituível
e cumpra papel de natureza social, principalmente em casos de emergência e para clientes
diferenciados e turistas. Também podem representar uma alternativa de transporte para pessoas
idosas ou de maior poder aquisitivo, em substituição ao transporte individual privado.
Além dessas funções, os taxistas são, em geral, o primeiro e o principal contato dos visitantes com
a cidade. Como a cidade tem vocação para o turismo, a prefeitura tem realizado ações de
qualificação profissional dos taxistas, por meio de cursos de aperfeiçoamento, direção defensiva,
noções de segurança, conhecimento da cidade, sua história e seu patrimônio natural, cultural ou
arquitetônico, tudo de acordo com o Curso de Formação de Taxista estabelecido pelo
DENATRAN, na qual todos os motoristas da cidade realizaram.
A regulamentação do valor das tarifas se fundamenta em critérios oficiais que estimam os custos
fixos e variáveis que a operação do táxi exige. A cobrança das corridas é a soma de: a bandeirada
(valor fixo) mais uma tarifa quilométrica (para deslocamentos) e uma tarifa por tempo decorrido
(horas paradas). Além desse preço fixado, podem ocorrer variações de preço ao longo do dia,
implicando em valores mais altos para horários noturnos e finais de semana.
A localização dos pontos de táxi / estacionamentos especiais, estão indicados no Anexo 2 – Mapa
03.
O ônibus é a forma de transporte público mais comum no mundo. Trata-se de um veículo que
normalmente pode transportar entre 22 e 45 pessoas sentadas.
No Brasil, ele é o meio mais importante para transportar as pessoas. A frota brasileira de ônibus (e
micro-ônibus) era, em dezembro de 2011, de cerca de 783.000 unidades trabalhando no transporte
interestadual, intermunicipal e dentro das cidades.
Nas áreas urbanas do Brasil com mais de 60 mil habitantes existiam, em 2010, cerca de 103 mil
ônibus transportando as pessoas (ANTP, 2016). Esses veículos atendiam a 51 milhões de
deslocamentos por dia.
A empresa operadora no município é a Wendling Transporte Coletivo Ltda., que faz as linhas
municipais e intermunicipais.
Caracterizam uma linha de ônibus, uma origem e um destino (ponto inicial e ponto final), um
itinerário (ruas que ligam os pontos extremos), uma oferta de serviço (intervalo entre ônibus) e
pontos de parada ao longo do percurso. Quem define estes componentes da linha de ônibus é a
autoridade pública responsável por este tipo de transporte, por meio de normas e regulamentos
oficiais.
Itinerário de uma linha de ônibus significa o trajeto a ser percorrido, ou seja, a indicação dos locais
de referência e importância, pontos de parada, terminais e vias por onde os ônibus circulam.
As vias podem ser entendidas como espaços públicos que compreendem calçadas ou passeios e
pista de rolamento para a circulação de veículos, ocupando, em média, cerca de 20% da área
urbana. Assim, as vias, enquanto componente da estrutura urbana nas quais ocorre a circulação de
pessoas a pé e veículos, assumem importância fundamental no âmbito do desempenho das linhas
de ônibus e dos serviços de transporte de passageiros prestados.
O transporte público urbano do Município é composto por três linhas: Circular, São Miguel e
Travessão. Este serviço é realizado por 04 (quatro) veículos, havendo 01 (um) de reserva.
A linha Circular percorre em média 20 km, com um tempo aproximado de 60 minutos. Ela
contempla toda a cidade, com exceção do Travessão. A frequência da linha é em torno de uma em
uma hora.
A linha São Miguel percorre em média 12 km, em 25 minutos, ligando o bairro ao centro da
cidade. Sua frequência também é em torno de uma em uma hora.
Já a linha Travessão possui uma particularidade. Por ser um bairro afastado da cidade, fazendo
divisa com os municípios de Ivoti e Novo Hamburgo, existe um aproveitamento com a linha Dois
Irmãos - Novo Hamburgo. Esta percorre aproximadamente 20 km, com um tempo de 45 minutos,
e sua frequência é em torno de uma hora e meia em uma hora e meia.
1.6.2.2 Garagens
As garagens são locais de abrigo e de manutenção de ônibus onde se realizam ainda tarefas
administrativas e comerciais, abrigando a sede da empresa operadora, estando ela localizada na
Av. Irineu Becker com BR 116, junto a rodoviária.
A indicação das linhas e dos itinerários do transporte público estão indicadas no Anexo 2 – Mapas
04 (geral), 05 (linha Circular), 06 (linha São Miguel) e 07 (linha Travessão).
As viagens dos usuários do transporte público são motivadas por diversos fatores, distribuídos da
seguinte forma:
A existência de abrigos nos pontos de parada de ônibus é importante para proteger as pessoas das
intempéries (chuva, sol e vento), proporcionando maior conforto aos usuários durante a espera.
Alguns abrigos do município são dotados de mobiliário urbano.
A identificação dos pontos de parada é através da instalação de um poste com placa de serviços
auxiliares de "ponto de parada", com ou sem a existência de abrigos.
Uma ampla variedade de tipos de abrigos tem sido empregada no transporte público de Dois
Irmãos. Por existirem duas rotas turísticas que passam pelo município, temos duas tipologias de
pontos com características próprias e mais uma simples, sendo elas:
o Tipo Rota Romântica: paredes em alvenaria rebocada, com telha de barro, com fechamento
lateral e atrás, mais banco (Mapa 08);
o Tipo Rota Colonial: paredes em pedra de grês aparente, com telha de cimento plana, com
fechamento lateral e atrás, mais banco (Mapa 09);
o Tipo "Simples": pilar de concreto e telha de fibrocimento, sem fechamento lateral, traseiro
e banco.
A distância entre paradas tem grande influência na velocidade operacional dos veículos de
transporte público. Na definição destas distâncias, devem ser contemplados os aspectos
acessibilidade (distância de caminhada), concentração de usuários e tempo de parada para as
operações de embarque e desembarque. Em Dois Irmãos as paradas estão muito próximas umas
das outras, chegando a distâncias em torno de 100m, o que caracteriza um transporte tipo "porta a
porta".
A localização destes pontos são os mais diversos possíveis, desde curvas, rampas acentuadas,
defronte a garagens e muito próximos a cruzamentos, o que não é recomendável.
Em relação à posição da guia de meio fio, os pontos de parada no município são em posição
normal, ou seja, espaços sinalizados em aproximadamente 23 m e com proibição de
estacionamento para outros tipos de veículos, senão ônibus.
(continua)
Tipo de
N.º
Via Trecho Sentido ponto Quant.
Parada
existente
(continuação)
Tipo de
N.º
Via Trecho Sentido ponto Quant.
Parada
existente
Travessão São
50 Em frente a Creche Beira Rio N-S A 01
Miguel
Estrada Campo
58 Entre Macedônia e Pedro Becker S-N A 01
Bom
Estrada Campo
60 Entre Pedro Becker e Sapiranga S-N A 01
Bom
(continuação)
Tipo de
N.º
Via Trecho Sentido ponto Quant.
Parada
existente
(continuação)
Tipo de
N.º
Via Trecho Sentido ponto Quant.
Parada
existente
Travessão São
152 Oposto a Creche Beira Rio S-N A 01
Miguel
Quant. Tipo de
Descrição dos pontos existente
Existente ponto
109 A Tipo coluna de concreto e telha de fibrocimento, sem banco
01 B Tipo coluna e telha metálica, com banco e fechamento traseiro
Já no Anexo 1, tem a planilha detalhada dos horários e itinerários de ônibus urbano do município
de Dois Irmãos.
Ao analisar o mapa que indica os itinerários dos ônibus, verificamos que este trecho que não é
pavimentado é referente a uma única linha do bairro Travessão e que passa pela Rua Pedro
Einzweiler, na frequência de segunda a sexta, nos horários das 11h30min e 17h40min.
No geral, o sistema possui uma boa rede de vias pavimentadas para o transporte público.
No Anexo 2, tem o Mapa 11 com a indicação do tipo de pavimentação das linhas do sistema de
transporte público do município de Dois Irmãos.
Esta infraestrutura necessária à mobilidade é formada pelas calçadas, pelas vias propriamente ditas
(o leito carroçável) e por equipamentos como os terminais de integração de transporte público. A
circulação é regulamentada e orientada por uma sinalização de trânsito.
2.1 As calçadas
Andar a pé é o ato mais humano de deslocamento. Todos nós somos pedestres em algum
momento. Assim, as calçadas são elementos essenciais para a circulação das pessoas.
Em Dois Irmãos, no que diz respeito às calçadas, há três situações comuns: vias sem calçadas –
nas quais os pedestres precisam disputar o espaço com os veículos – vias com calçadas de baixa
qualidade - e vias com calçadas em boas condições, principalmente na área central. Muitas
calçadas são deixadas no terreno natural, com muitos buracos e irregularidades, além de formarem
barro na chuva. Mesmo as calçadas em cimento/pedra grês ou similar são precárias, seja por sua
manutenção deficiente, seja por apresentarem aclives e declives devido a topografia muito
irregular em algumas regiões.
Muitas pessoas têm grande dificuldade de usar as calçadas, principalmente aquelas com
deficiência ou que precisam empurrar carrinhos de feira ou levar bebês em carrinhos. Os acessos
às garagens que avançam suas rampas sobre o passeio público têm transformado as calçadas em
verdadeiros obstáculos aos usuários.
A largura mínima para a circulação exigida pelo município é de 3,0 metros, conforme figuras
acima. Se o trânsito de pedestres for elevado – como nas áreas centrais das cidades – a largura
adotada precisa ser maior. Não é difícil perceber, caminhando na cidade, que a largura efetiva é
muitas vezes inferior a 2 metros. Isto acontece porque as calçadas tiveram a sua largura diminuída,
para aumentar o espaço disponível para o trânsito de veículos, ou por falta de planejamento.
Outro aspecto importante – a declividade – pode afetar a segurança dos pedestres, dado o perigo
de escorregar ou cair. Isto pode ser agravado caso o piso esteja em más condições, por exemplo,
escorregadio quando molhado. Outro fato comum que prejudica os pedestres é a colocação, pelos
donos das casas, de degraus altos nas calçadas em vias com aclive que projetam o piso plano da
sua garagem até o meio fio.
Esta é mais uma demonstração da força da idéia do automóvel como um bem muito importante: o
nivelamento da calçada resulta da preocupação em garantir o maior conforto para quem entra e sai
do imóvel dirigindo um carro e não para assegurar a segurança e o conforto do pedestre que passa
em frente.
O Município possui a Lei n.º 636/86 torna obrigatório o calçamento dos passeios nas vias públicas
pavimentadas pelo Município, que diz:
"Art. 1º - Todos os proprietários de imóveis localizados em vias públicas não pavimentadas pelo Município,
são obrigados a efetuar o calçamento dos respectivos passeios e a mantê-los em bom estado de conservação,
de acordo com as normas ditadas pela municipalidade.
§ 1º - Para os proprietários de imóveis, cujas vias já estão pavimentadas, é concedido um prazo de 180 (cento
e oitenta) dias para a execução das obras, após notificação por escrito da autoridade municipal.
§ 2º - Para os proprietários de imóveis, cujas vias públicas estão sendo pavimentadas, o prazo de 180 (cento e
oitenta) dias, começa a fluir após o pagamento final da contribuição de melhoria devida, com notificação
automática.
Art. 2º - Não tendo sido executadas as obras de calçamento dos passeios pelos proprietários no prazo
estipulado, caberá então ao Município a realização das mesmas, com a devida cobrança das despesas
realizadas.
Art. 3º - O Poder Executivo regulamentará a aplicação prática desta Lei, no prazo de 60 (sessenta) dias."
Assim, quando se mede a largura de uma calçada é sempre importante descontar a perda
provocada por estes obstáculos à circulação, gerando o que se chama de “largura útil” da calçada,
que vai realmente indicar qual é a sua capacidade física de acomodar o fluxo de pedestres.
2.1.3 Acessibilidade
A cidade que buscamos há que ser mais racional e mais democrática: a distribuição dos espaços há
que ter relação direta com a quantidade de pessoas que os utilizam. Há que ser mais saudável,
menos barulhenta, menos poluída.
Somente avançamos na construção desta almejada cidade focando nossa atenção nas pessoas antes
que nos veículos, priorizando os modos de transporte coletivo, não motorizados e pedestres, de
forma efetiva, socialmente inclusiva e ambientalmente sustentável.
Historicamente, o acesso das pessoas com deficiência aos sistemas de transporte urbano é
associado à adaptação dos veículos, tendo como símbolo o acesso do usuário de cadeiras de rodas,
por meio de elevadores, aos diversos tipos de veículos utilizados no Brasil. Essa visão impediu
uma abordagem mais adequada do problema, desconsiderando os outros tipos de deficiência
existentes e suas necessidades específicas.
Tão importante quanto adequar os espaços públicos para garantir a circulação dessas pessoas,
eliminando-se as barreiras existentes, é evitar que se criem novas dificuldades. Além de garantir a
mobilidade das pessoas com deficiência pela cidade, também deve ser promovido o acesso a
prédios públicos, estabelecimentos de comércio, serviços e áreas de lazer.
Em função da idade, estado de saúde, estatura e outros condicionantes, muitas pessoas têm
necessidades especiais para realizar seus deslocamentos, e receber informações, chegar até os
terminais e pontos de parada, entrar nos veículos, ou simplesmente transitar pelos espaços
públicos. São essas pessoas que consideramos Pessoas com Restrição de Mobilidade e neste grupo
incluímos as Pessoas Com Deficiência.
As deficiências podem ser divididas em cinco grandes grupos que são: física, mental, sensorial,
orgânica e múltipla. A deficiência sensorial pode ser subdividida em visual e auditiva e a múltipla
é assim considerada quando há a presença de dois ou mais tipos de deficiências associadas. Cada
deficiência pode gerar determinados tipos de incapacidades que resultam em desvantagens em
determinadas situações.
Essas desvantagens podem ser divididas em: ocupacional, de orientação, de dependência física e
de mobilidade. Assim, o desafio das diferentes esferas de governo é implantar uma política
pública que considere esse segmento da população reunindo um conjunto de ações para eliminar
as desvantagens visando à equiparação de oportunidades entre os cidadãos.
O último censo do IBGE demonstra que 14,5% da população brasileira possuem algum tipo de
deficiência, totalizando aproximadamente 24,6 milhões de pessoas. É importante salientar que
esses números referem-se somente ao total das deficiências, não considerando as pessoas com
restrição de mobilidade, conforme definido acima.
Em 2000, o Brasil possuía 8,5% de idosos, o que representa 14 milhões de pessoas. Isso equivale a
pelo menos um idoso em 26,5% dos lares. Entre 1991 e 2000, a população de idosos cresceu duas
vezes e meia a mais que a população jovem.
Outro dado relevante é que 75% dos idosos são considerados pobres. Estima-se que, em 2025,
15% da população brasileira terá idade superior a 60 anos.
A Lei Federal n.º 13.146 de 6 de julho de 2015, a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência), e é destinada a assegurar e a promover, em condições de
igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência,
visando à sua inclusão social e cidadania, tem servido de referência quando falamos em transporte,
mobilidade e acessibilidade.
Ambas foram regulamentadas por meio do Decreto n.º 5.296, de 02 de dezembro de 2004, que
definiu critérios mais específicos para a implementação da acessibilidade arquitetônica e
urbanística e aos serviços de transportes coletivos. No primeiro caso, no que se refere diretamente
à mobilidade urbana, o decreto define condições para a construção de calçadas, instalação de
mobiliário urbano e de equipamentos de sinalização de trânsito e instalação de estacionamentos de
uso público; no segundo, define padrões de acessibilidade universal para “veículos, terminais,
estações, pontos de parada, vias principais, acessos e operação” do transporte rodoviário (urbano,
metropolitano, intermunicipal e interestadual), metro-ferroviário, aquaviário e aéreo.
De acordo com essas leis, nas intervenções urbanísticas deve ser adotado o conceito de desenho
universal que, conforme o próprio texto da norma define, visa atender à maior gama de variações
possíveis das características antropométricas da população, buscando desenvolver soluções
integradoras para atendimento a todos os usuários e evitando a criação de espaços segregados,
áreas especiais, isoladas, destinadas apenas ao acesso de pessoas portadoras de deficiência.
Em junho de 2004 foi lançado pela SeMob o Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana –
Brasil Acessível”, que tem como objetivo apoiar os governos municipais e estaduais no
desenvolvimento de ações que garantam a acessibilidade das pessoas com deficiência e restrição
de mobilidade nos espaços públicos de circulação e nos serviços, principalmente de transporte
coletivo.
Com o Programa Brasil Acessível, a SeMob espera contribuir para a reflexão sobre a qualidade
das cidades que estão sendo construídas e como incorporar neste processo o respeito às diferentes
necessidades que as pessoas têm para se deslocar pelo espaço público e acessar todas as
oportunidades que a cidade oferece.
A ABNT NBR 9050 (1994) foi elaborada no Comitê Brasileiro de Acessibilidade, pela Comissão
de Estudo de Acessibilidade em Edificações, sendo que agora está na terceira edição. Esta norma
estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção,
instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às condições de acessibilidade,
devendo ser atendido em todos os seus aspectos.
No ano de 2015, através da Lei Municipal n.º 4.132/2015, criou-se o Conselho Municipal dos
Direitos da Pessoa com Deficiência - COMPEDI, que atua fortemente com reuniões periódicas, e
colabora com o Departamento Técnico do município, deliberando quanto à legislações pertinentes,
especialmente no que tange aos projetos de construções que tramitam para aprovação na
prefeitura.
Vale também salientar sobre o problema de acessibilidade e mobilidade das áreas rurais. Ela não
se restringe à implantação e à conservação das vias, devendo incluir também a possibilidade e o
grau de dificuldade de a população usufruir bens e serviços.
De forma geral, a distribuição da população na zona rural segue alguns padrões: uma parcela vive
em aglomerados urbanos, normalmente menos densos do que as áreas urbanas; outros trabalham e
residem em fazendas, sítios ou pequenas propriedades; e há um terceiro grupo, mais recente, de
moradores de classes média, média alta e alta que se instalam em loteamentos (em geral
condomínios fechados).
Todos estes moradores possuem necessidades básicas, similares aos habitantes das cidades:
necessitam fazer compras, ir ao médico, estudar, resolver problemas pessoais, passear, receber
amigos e todas outras atividades econômicas e sociais. Algumas destas necessidades podem ser
providas na própria região (escolas, postos de saúde, pequenos comércios), outras só são
encontradas no núcleo urbano; e mesmo para o acesso aos equipamentos existentes na área rural,
muitas vezes é preciso percorrer grandes distâncias, impossíveis de serem vencidas a pé.
Os dois primeiros grupos de moradores são normalmente constituídos por cidadãos de baixa
renda, que não possuem automóvel e dependem do transporte público ou, na ausência, se
deslocam a pé, cavalo, charrete, bicicleta ou outros meios de transporte não motorizados.
Já no terceiro grupo, as famílias possuem até mais de um veículo, gerando um elevado número de
viagens motorizadas por transporte individual para o atendimento de todas suas necessidades;
além disto, estes loteamentos geram empregos para um certo número de pessoas que utilizam
transporte coletivo.
2.2 As vias
Estudos de várias partes do mundo mostram que a colocação de asfalto elimina as inconveniências
da poeira e do barro, mas leva imediatamente ao aumento da velocidade dos veículos, elevando
consequentemente o risco e a gravidade dos acidentes. Caso a via atravesse uma área de intenso
movimento de pedestres ou ciclistas, os riscos de acidentes graves são ainda maiores.
Os estudos mostram também que a velocidade cresce com o aumento da largura “livre” da via
pavimentada: o cérebro do motorista percebe a largura ao dirigir e ele imprime maior velocidade
ao veículo, geralmente superior à máxima recomendada pela segurança, uma vez que não
considera os perigos que podem advir dos demais usuários.
Em Dois Irmãos, as vias estão razoavelmente sinalizadas com placas de regulamentação de limite
de velocidade, mas a falta de fiscalização e o comportamento inadequado dos condutores levam
aos excessos de velocidades em muitas vias da cidade.
Já a topografia é bastante irregular em boa parte da cidade. A área central é praticamente plana,
mas para as ligações com determinadas áreas da cidade os aclives/declives são bastante
acentuados, principalmente com os bairros São João, Navegantes e Portal da Serra.
Todos os espaços onde moram muitas pessoas têm vias para permitir a circulação. Elas variam na
sua largura, no tipo do seu pavimento e também nas funções que exercem na vida da cidade. A
classificação das vias é feita de acordo com esta função no espaço da cidade e definidas pelo
Código de Trânsito Brasileiro:
o Vias locais: aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada
apenas ao acesso local ou a áreas restritas. Em uma cidade, elas sempre formam a maioria
das vias;
o Vias coletoras: aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de
entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das
regiões da cidade;
o Vias arteriais: como analogia ao sistema vascular do corpo humano, são chamadas assim as
vias (“artérias”) caracterizadas por interseções em nível, geralmente controlada por
o Vias de trânsito rápido: aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem
interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de
pedestres em nível.
Quanto à priorização do transporte individual não motorizado, além da relação direta entre os
transtornos causados pela arborização realizada de forma inadequada com a dificuldade de
deslocamento nas calçadas, podemos salientar a ausência de pavimentação nos passeios, bem
como a inapropriação dos mesmos - incluindo a presença de acessos para veículos com
declividade avançando sobre a área reservada ao fluxo de pessoas. A ausência ou a inadequação
dos passeios também pode causar acidentes devido às quedas de transeuntes ocasionadas pelas
más condições presentes, além de forçarem pedestres a trafegarem pelo meio da via pública,
ficando expostos a atropelamentos. Os problemas são agravados quando os usuários das calçadas
são pessoas idosas e/ou com limitações físicas. Cabe, ainda, pensar na possibilidade de
incorporação de pistas exclusivas para bicicletas e outros veículos não motorizados, respeitadas as
questões espaciais, sobretudo relativas ao relevo acidentado presente na cidade. Não devemos
esquecer do transporte coletivo, sua melhoria deve ser buscada através da ampliação de horários,
número de linhas e redução de custos.
Os motivos para os problemas supra descritos passam pela falta de dados, ausência de
planejamento e de políticas públicas, inexistência de legislações municipais específicas,
fiscalização deficitária, falta de informação e/ou desinteresse por parte da população e
incapacidade do setor público de absorver as demandas inerentes aos temas aqui expostos (seja
por falta de pessoal, equipamentos ou outras questões estruturais e administrativas).
Com base em tais considerações, é importante integrar ações para promover resultados mais
efetivos tanto na área da mobilidade urbana quanto na área do meio ambiente. Neste sentido cabe
incluir não só o Departamento de Meio Ambiente, mas também a Secretaria Municipal de
Educação no planejamento da mobilidade urbana, visto que a educação para o trânsito e a
educação ambiental são aspectos importantes para a implementação do mesmo, sem esquecer os
demais órgãos municipais.
3.2 Objetivos
4 ACIDENTES DE TRÂNSITO
Os acidentes de trânsito são uma das principais causas de óbito no Brasil, representando um grave
problema de saúde pública, não só pelas perdas de vida e pelas sequelas resultantes, mas, também,
pelos seus custos diretos e indiretos, que causam um importante ônus para a sociedade.
O relatório de 2015 da Organização Mundial da Saúde indica a ocorrência de 1,3 milhão de mortes
por acidente de trânsito no mundo.
Os valores reais sobre as pessoas mortas são certamente superiores, devido ao sub-registro dos
acidentes e das mortes ocorridas algum tempo após a ocorrência do acidente.
Além disso, há certo consenso sobre alguns dos fatores que podem ser considerados mais
importantes:
ruas e estradas brasileiras. De acordo com o DETRAN (UNIDAS FROTAS, 2018), o uso
de celulares no trânsito aumenta em 400% o risco de acidentes. Com a evolução da
tecnologia e a presença cada vez mais constante dos aparelhos em nossas vidas, esse risco
se torna cada vez maior.
Figura 25– Planilha DETRAN acidentes com vítimas fatais Vale dos Sinos de 2007 a 2013
Figura 26– Planilha DETRAN acidentes com vítimas fatais Dois Irmãos de 2007 a 2013
Quadro 9 – Planilha localização dos acidentes Dois Irmãos por via 2014
(continua)
780,432,1.286,134,1.000,810,814,2.3
12,565,810,526,395,432,
São Miguel 23
66,1.596,1.305,221,387,526,830,500,
238,56
350,134,870,660,835,350,427,780,87
0,350,215,78,870,900,
888,870,712,s,n.º,77,741,265,s/n.º,10
Irineu Becker 50
9,200,660,505,1.056,800,35,712,845,
741,44,427,35,344,690,44,77,465,62
9,870,350,28,724,78,109,847,131,35
0
705,500,527,1.333,831,2.281,522,1.2
09,425,898,1.775,425,898,
538,500,801,241,1.209,500,1.237,24
10 de setembro 37
1,500,s/n.º,538,1.375,1.031,
651,1.375,1.375,891,1.309,141,2.280
,s/n.º,527,705,741
426,651,22,180,1.510,1.710,109,476,
113,757,s/n.º,476,476,476,296,360,
470,436,968,247,623,637,1.344,676,
João Klauck 44
676,426,1.666,476,700,301,70
699,260,700,434,575,77,831,550,221
,s/n.º,636,385,739,699,
25 de Julho 22
470,578,765,74,699,831,699,s/n.º
1.675,1.289,190,1.019,134,963,561,1
Anita Garibaldi 9
.475,844
Sapiranga 1.315,13,600,191,1.175,47,523,846,5 31
76,s/n.º,665,13,1.315,600,282,481,1.
330,470,131,30,30,695,40,748,1.020,
113,303,s/n.º,523,111
Canoas 186,345,186,s/n.º,688,241,567 7
595,126,1.391,576,s/n.º,812,1.829,74
Porto Alegre 12
5,413,1.857,586,221
Albino Grings 80 1
2068,206,1605,232,770,521,1115,34
Florestal 14
5,521,1077,2246,1095,1605,109
25 de Setembro 132,75 2
1.411,s/n.º,1.500,562,s/n.º,s/n.º,s/n.º,
Est. Sapiranga 11
s/n.º,s/n.º,360,s/n.º
Eusébio de Queiroz 13 1
1.900,s/n.º,1.130,639,530,113,s/n.º,8
Est. Campo Bom 13
12,s/n.º,s/n.º,3.000,800,113
5.780,7.720,1.270,5.040,1.216,3.945,
11,s/n.º,s/n.º,s/n.º,1.270,262,
Est. Alberto Rubenich 18
4.785,11,11,3.745,3.430,7.485
Trav.H.O.Dilly 10,40 2
Lagoa Vermelha 91 1
Goiás 807,807,471,765,495,885,115 7
(continuação)
(conclusão)
Roraima 81 1
Mortes 2
Convenção:
Segunda-feira 70
Terça-feira 74
Quarta-feira 60
Quinta-feira 45
Sexta-feira 91
Sábado 75
Domingo 33
Não Identificados 1
Não Identificados 16
Automóveis 587
Motocicletas 106
Caminhonetes 44
Caminhões 67
Ônibus 14
Outros 0
A localização das vias com maior número de acidentalidade do Município está indicada no Anexo
2 – Mapa 13
Pela nova lei, os princípios, diretrizes e objetivos da Política Nacional de Mobilidade Urbana
podem ser assim reunidos e sintetizados (art. 5.º ao 7.º):
o Segurança nos deslocamentos das pessoas: implica que os órgãos responsáveis pela
mobilidade devem desenvolver e operar sistemas de mobilidade garantindo a segurança no
trânsito. Isso já estava incluído no Código de Trânsito Brasileiro de 1998;
o Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos e
serviços: implica conhecer os custos do uso de cada forma de transporte e os prejuízos que
eles podem causar aos demais usuários das vias ou à sociedade, de forma a tornar justa a
distribuição de benefícios e ônus;
o Eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana: significa que a circulação deve ser
planejada e operada de modo a usar bem o espaço disponível e atender adequadamente aos
usuários.
A Lei Municipal n.º 1.793/2000 que dispõe sobre a concessão, permissão e autorização de
transporte coletivo no Município de Dois Irmãos e dá outras providências, estabelece a nível local
as condições para exploração do serviço de transporte coletivo em seu território, referido no artigo
1º e 2º:
“Art. 1.º - Os serviços de transporte coletivo nos limites do Município serão prestados
diretamente pelo Poder Público Municipal, ou mediante delegação, por particulares, pessoas
jurídicas ou físicas, que demonstrem capacidade para sua exploração, por sua conta e risco, através
de concessão, permissão ou autorização, na forma estabelecida por esta Lei.
Art. 2.º - A operação do serviço será feita por delegação à pessoa vencedora da licitação ou
beneficiária da autorização, sob regime de concessão, permissão ou autorização.
As cidades não são o que são por obra do acaso, mas por decorrência das ações e escolhas tomadas
desde muitos anos por aqueles que tiveram o poder de interferir, no campo econômico ou no
campo político, assim como da forma como os empreendimentos imobiliários ocuparam (e
ocupam) a área urbana, da omissão ou interferência da administração pública, pela ausência de
planejamento ou da falta de controle e fiscalização do plano existente e da falta de protagonismo
da sociedade.
O objetivo da exigência do Plano de Mobilidade Urbana na Lei Federal n.º 12.587 nada mais é do
que exigir que os gestores públicos, ouvida a sociedade civil, olhem para o futuro, imaginem a
cidade com melhores condições de vida e indiquem os caminhos e meios que possam produzir o
resultado esperado.
1 GESTÃO DO TRÂNSITO
O grande desafio dos gestores das cidades é a organização do deslocamento de toda a população,
que se divide em pelo menos três grandes modos: andar a pé, de automóvel e de ônibus.
E o maior dos desafios é o de buscar uma nova organização que coloque o transporte coletivo em
primeiro plano, ou pelo menos, em plano equivalente ao do automóvel. Não é mais admissível
gastar grande parte dos recursos humanos, viaturas, equipamentos e sistemas apenas para
aumentar a velocidade média dos automóveis, enquanto as velocidades médias dos ônibus são
absurdamente baixas.
Não se pode mais tratar o espaço viário existente, muitas vezes exíguo, como se fosse destinado
predominantemente ao escoamento de veículos, mas sim dispô-lo ao escoamento de pessoas.
O uso equitativo do espaço público é uma das diretrizes da lei de mobilidade urbana.
E à fiscalização, cabe o papel de inibir atos irregulares perpetrados pelos condutores e demais
usuários da via, coibir atos de transgressão e registrar infrações de trânsito que são depois tratadas
por processos administrativos.
A conscientização se faz a médio e longo prazo, atuando em várias frentes e com envolvimento
dos diversos setores da sociedade em amplos programas de educação, que não devem ter como
objetivo ensinar apenas as regras de trânsito, que já foram ou deveriam ter sido assimiladas pelos
condutores, mas sim construir hábitos e atitudes seguras e promover alterações no comportamento
e crenças dos indivíduos de forma a constituir uma cultura de segurança e preservação da vida. A
educação na mobilidade urbana também compreende a difusão dos princípios de valorização e
prioridade aos meios de transporte coletivos e não-motorizados, da acessibilidade universal, da
inclusão social e da sustentabilidade ambiental.
Os programas de educação não podem se limitar às ações junto às escolas, apesar de o tratamento
deste tema ser imprescindível em todos os níveis de ensino como um tema transversal. As crianças
também não podem ser consideradas apenas futuros motoristas, mas cidadãos que têm o direito de
andar a pé ou de bicicleta para realizar viagens curtas, com segurança. Há inúmeras outras
possibilidades de atuação para esclarecer e informar a população: campanhas em rádios, jornais e
televisão, atividades nas ruas (distribuição de folhetos de orientação, fixação de faixas e outdoors,
peças teatrais, por exemplo) e ações operacionais educativas, com envolvimento dos agentes de
trânsito. Também podem ser realizados eventos de maior porte junto à comunidade com realização
de oficinas de outras atividades recreativas, educacionais e culturais, que podem contar com a
participação da polícia militar, do corpo de bombeiros e das concessionárias do setor de trânsito e
transporte.
A difusão do conceito de mobilidade urbana, pode ser traduzida em um amplo leque de estratégias
a serem implementadas pelo poder público, entre as quais podem ser destacadas:
o Promover ações que priorizem o pedestre e o ciclista (elementos mais frágeis) nas relações
de conflitos com os sistemas motorizados;
o Promover ações que priorizem o transporte público sobre o transporte individual, através
de reserva de parte do sistema viário para sua circulação exclusiva;
o Melhorar as condições das viagens a pé, por meio de tratamento dos passeios e vias de
pedestres, eliminação de barreiras arquitetônicas, tratamento paisagístico adequado e
tratamento das travessias do sistema viário;
Na primeira situação, está o sistema de rodízio de placas veiculares, que procura retirar de
circulação, nos horários de pico, 20% da frota circulante segundo o dígito final das placas.
Outro método de restrição da oferta (medição de rampas de acesso) utiliza um controle semafórico
nos acessos a uma via de trânsito rápido e acesso controlado e com demanda próxima ao seu limite
de saturação. Nos acessos são instalados laços de detecção e equipamentos de controle para
permitir apenas a passagem de um número de veículos compatível com um nível de serviço na
malha principal, mantendo a demanda é represada fora da principal área de circulação.
Uma política de estacionamento, com maior ou menor disponibilidade de vagas e com cobrança
pela parada em via pública, por meio de sistemas rotativos pagos, pode também estimular ou inibir
a circulação de veículos particulares em áreas de tráfego saturado.
um profundo impacto nos centros tradicionais das cidades. A proliferação de shopping centers,
normalmente localizados em regiões mais afastadas, deslocou dos centros tradicionais parte
importante das atividades econômicas urbanas, principalmente aquelas voltadas para o consumo
das classes de maior poder aquisitivo. Com isto os centros antigos passaram por um processo de
esvaziamento econômico, de desvalorização imobiliária, de mudança de usos e relativa
deterioração.
Estas áreas, contudo, não perderam sua vitalidade. Na maioria dos municípios ali ainda se
concentram atividades administrativas, políticas e financeiras e um intenso setor terciário, ainda
que mais voltado para um consumo mais popular, com forte presença da economia informa. Em
muitos locais, a desvalorização imobiliária estimulou o crescimento do uso habitacional de baixa
renda.
Com o aprofundamento da formas de segregação espacial, de certa forma as áreas centrais também
se especializaram: de um lado, os centros históricos, em processo de deterioração, se tornaram um
espaço mais voltado para as classes populares, de outro, as novas centralidades, dinâmicas e
inseridas na economia globalizada, aparecem como verdadeiras ilhas de aparente prosperidade.
grandes volumes de tráfego de veículos e de pessoas que produzem impactos ambientais não
restritos às próprias áreas.
Uma primeira ação costuma ser a implantação de sentido único de direção em vias saturadas,
reservando espaço para estacionamento. Esta medida traz o benefício adicional de reduzir o
número de conflitos nas interseções e, consequentemente, os reduz a probabilidade de acidentes
com pedestres e veículos. A implantação de sentido único de direção depende da disponibilidade
de um sistema alternativo para receber o volume de tráfego eliminado, que pode ser suprido pela
adoção de binários de circulação (duas vias que operam o mesmo serviço, com sentidos únicos em
direções opostas).
A definição de sentido único de tráfego em uma via deve considerar os maiores atravessamentos
que cada via propicia dentro da malha viária, uma vez identificada a utilização de macro
circulação da via, este sentido é transportado até a região central ou pólo local, constituindo- se
referência para os binários subsequentes. Na implantação deste tipo de solução é importante que
seja mantido o equilíbrio da oferta nos dois sentidos de circulação, utilizando vias com
capacidades similares.
É importante salientar que qualquer mudança na circulação ou nas características das vias (por
exemplo, ampliação ou redução do limite de velocidade, liberação ou retirada de estacionamento,
entre tantas outras) interfere nas características de sua utilização, nos padrões de uso do solo e na
importância relativa daquela via dentro da malha viária do município.
As demandas pela ampliação dos espaços destinados à circulação podem ser em benefício dos
veículos ou dos pedestres. Principalmente sob a ótica da mobilidade urbana sustentável e da
prioridade aos meios não motorizados, é necessário analisar as possibilidades do alargamento das
calçadas para melhoria das condições de circulação dos pedestres.
o Os sentidos de circulação;
o Trânsito geral;
o Transporte coletivo;
o Bicicleta;
o Cargas;
Para organizar e dar fluidez ao trânsito, a engenharia conta com: sistemas cada vez mais
sofisticados de controle semafórico nas intersecções, sistemas inteligentes de semáforos, câmeras
para observação de situações de tráfego online, e sistemas de sinalização para a regulamentação de
proibição de estacionamento e de conversões em vias transversais, dentre muitos outros.
Para controle geral de áreas mais extensas e, às vezes, em toda a cidade, todos os sistemas de
controle convergem para um Centro de Controle Operacional que tem por finalidade observar tudo
o que ocorre no sistema viário, acionar equipamentos remotos (câmeras, semáforos, painéis de
mensagens variáveis, sistemas de informações digitais, etc.), redirecionar equipes de campo em
função de prioridades operacionais e de fiscalização e acionar, se necessário, órgãos públicos
como o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, a Polícia Militar e informar a imprensa, dentre outras
ações.
As bicicletas, por outro lado, não contam com regras bem definidas para sua movimentação,
andam na contramão de direção, não observam os sinais dos semáforos e se misturam no tráfego
sem nenhum tipo de sinalização e, por isso, frequentemente se envolvem em acidentes graves.
Para esse tipo de transporte, não há um tratamento adequado do espaço viário e a sinalização é
quase inexistente.
Na gestão de trânsito tradicional, o pedestre é tratado apenas nas travessias da rua, que nem
sempre contam com faixas de pedestre, em quantidade e com qualidade suficientes, e raramente
dispõem de semáforos próprios. Não há preocupação com o estado das calçadas e com as
condições de travessia para pessoas com deficiência, em especial para os cadeirantes, embora a lei
exija rampas entre a calçada e a pista de rolamento.
No tocante à segurança no trânsito, a engenharia de tráfego tem um papel muito bem definido e
tem contribuído significativamente para a redução de acidentes, sempre que a administração
pública inverte recursos nessa direção. É responsável pela coleta e organização de estatísticas dos
dados de acidentes, pela análise de risco e identificação de áreas/setores/vias mais críticas em
relação à acidentalidade. Medidas para mitigar o problema de mortes no trânsito estão nas mãos da
engenharia de tráfego, mas nem sempre há possibilidade de aplicá-las pela escassez de recursos,
ou por dificuldade de aplicação em razão de aspectos culturais e do predomínio da mentalidade
automotiva. Já está consolidado mundialmente que a redução dos limites permitidos de velocidade
na via reduz significativamente os acidentes e mortes no trânsito, mas ainda é muito difícil
convencer a opinião pública que é favorável ao uso dos automóveis.
Do mesmo modo, ações para mitigar acidentes envolvendo pedestres, cujo número de mortes é o
mais expressivo nas grandes cidades brasileiras, requerem medidas de redução de velocidade dos
veículos, mudanças na configuração dos cruzamentos, criação de sinalização para pedestres e
aumento do tempo de travessia. A implementação de tais medidas também esbarra naqueles
aspectos culturais ligados à iconografia do automóvel.
● Organizar os itinerários das linhas de forma mais racional, criando, quando necessário,
corredores exclusivos ou faixas exclusivas para os ônibus e dar maior espaçamento, nesses
eixos estruturais, aos pontos de parada;
● Estabelecer uma política de redução dos limites de velocidade permitidos, limitando-a a 60
km/h nas principais vias e a 30 ou 40 km/h, por exemplo, nas áreas residenciais e
O novo enfoque da engenharia de tráfego para uma engenharia da mobilidade tem como objetivo o
aumento da velocidade média dos ônibus nas linhas e, com isso, reduzir custos operacionais em
todo o sistema – cujo resultado pode ser transferido para o usuário por meio da redução da tarifa –
e, ao mesmo tempo, diminuir o tempo de viagem dos usuários.
Nesse novo enfoque, ainda, os recursos, que são escassos, deverão ser utilizados para o
atendimento do modo de transporte coletivo e para os usuários mais vulneráveis no trânsito.
Suas diretrizes podem ser consideradas como sendo de três raízes relacionadas:
o A ideia das áreas ambientais. Os primeiros exemplos daquilo que hoje seria chamado de
medidas de traffic calming foram implementadas nas áreas ambientais em muitas cidades
britânicas no final dos anos 60;
A combinação dessas três ideias teve um impacto considerável na maneira como traffic calming
tem sido entendido e implementado.
Já como medidas de segurança e apoio, temos: largura ótica, estreitamento da pista, faixas de
alinhamento, superfícies diferenciadas, entradas e portais, ilhas centrais, espaços compartilhados,
extensão de calçadas, vegetação/paisagismo, mobiliário e iluminação, e regulamentação.
a) Ondulação transversal/quebra-molas.
É uma porção elevada da via com perfil circular colocada em ângulo reto em relação à direção do
tráfego. São construídas de meio-fio a meio-fio ou afilada nas pontas, junto ao meio-fio, por
questões de drenagem.
Objetivos:
Fatores positivos:
Fatores negativos:
• por si só, não contribui para a mudança do caráter ou para a melhoria do meio ambiente;
• não discrimina as classes de veículos e pode tornar-se impopular junto aos operadores de
transporte público, além de dificultar a operação de veículos de emergência.
Descrição:
É uma porção elevada da via colocada em ângulo reto em relação à direção do tráfego. As
plataformas são um tipo de ondulação construída com perfil plano (plataforma propriamente dita)
e rampas;
Objetivos:
• permite que pedestres e cadeiras de roda atravessem a via sem qualquer mudança de nível;
Detalhes de projeto:
• nos locais onde a via é elevada ao nível da calçada, recomenda-se a colocação de elementos
verticais, tais como árvores e balizadores para manter os veículos fora das áreas de pedestres;
• recomenda-se mudança do material e/ou um leve meio-fio ou desnível entre a beirada da calçada
e o topo da plataforma, para o deficiente visual;
Fatores positivos:
Fatores negativos:
c) Almofadas.
Descrição:
É uma porção elevada da via colocada em ângulo reto em relação à direção do tráfego, sendo que
o perfil plano estende-se sobre parte da faixa de tráfego;
Objetivos:
Detalhes de projeto:
• a sua forma permite vários layouts: única, pares, pares duplos, três lado a lado, dependendo da
largura da via;
Fatores positivos:
• fácil instalação;
• custo mais baixo pois não exigem reconstrução da via, nem dispositivos especiais de drenagem;
Fatores negativos:
• veículos com rodas traseiras duplas podem ser afetados pelas almofadas;
d) Pontos de estrangulamento.
Descrição:
É uma redução da largura da seção transversal da via, nos dois sentidos de circulação
simultaneamente. Também é possível de serem construídos para apenas um dos sentidos de
circulação da via, alternadamente. Permite que dois carros passem um pelo outro com velocidade
baixa, mas um carro e um veículo grande teriam dificuldades em passar. Outro enfoque permite
apenas a passagem de um veículo por vez, através da redução ainda maior da largura.
Objetivos:
e) Chicanas.
Descrição:
Objetivos:
Fatores positivos:
• geram traçados bem interessantes, com extensão de calçadas, onde podem ser colocadas
floreiras;
Fatores negativos:
• impacto na velocidade pode ser pequeno para o veículo leve se a chicana permitir a passagem de
veículos pesados;
f) Rotatórias.
Descrição:
É uma interseção em círculo, cujo projeto varia da forma simples à elaborada, incluindo jardins,
fontes, estátuas e esculturas no centro da rotatória.
Objetivos:
• limitar a velocidade;
Detalhes de projeto:
• o projeto convencional de rotatórias limita o seu uso, portanto mini-rotatórias são mais usadas
em áreas residenciais, no acesso ou mesmo dentro da área tratada;
• o anel externo à ilha central pode ser reforçado (e rebaixado) para permitir o tráfego de veículos
pesados;
Fatores positivos:
Fatores negativos:
Cabe ao Centro de Controle Operacional a centralização das informações e dados de campo. Com
essas informações, a partir do monitoramento da situação geral do trânsito, o Centro de Controle
Operacional pode acionar recursos extras para serem utilizados pelas equipes de campo,
concentrar esforços em determinado local, acionar dispositivos de controle de tráfego à distância,
solicitar recursos humanos externos como o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e a Brigada
Militar.
Tradicionalmente, assim como a engenharia de tráfego, a operação das vias tem tido o foco
direcionado quase que exclusivamente para a circulação de veículos, em especial dos automóveis.
Com o enfoque na mobilidade urbana, essa forma de monitorar o trânsito precisa mudar:
● Os esforços das equipes operacionais de campo devem estar voltadas para os modos de
transporte pelos quais a maioria da população está sendo transportada. Nas cidades em que
o transporte coletivo é um modo importante de deslocamento, o olhar da operação deve
estar direcionado para a circulação dos ônibus;
● A operação dos “pontos fixos”, onde costumeiramente os agentes da operação ficam no dia
a dia, deve estar voltada para aumentar a eficiência e a velocidade média dos ônibus;
● As estratégias operacionais – planejadas e de emergência ou contingenciais – devem evitar
ao máximo a alteração dos itinerários de linhas de ônibus;
Tradicionalmente, a fiscalização das regras do CTB é executada por agentes de trânsito e a das
regras do transporte coletivo pelos agentes de transporte. Com o enfoque da mobilidade urbana,
essas duas ações devem estar integradas, de modo que exista apenas um agente da mobilidade, de
forma a garantir a movimentação das pessoas, por qualquer modo, com qualidade e segurança.
Complementando a atuação dos agentes operacionais de campo, cada vez mais são utilizados
equipamentos de fiscalização, com o propósito de proceder ao controle de: limite de velocidade,
desobediência à sinalização semafórica, cumprimento das restrições de circulação, em áreas ou
dias regulamentados. Os equipamentos mais utilizados, nas cidades brasileiras, são: radar,
lombadas eletrônicas, parquímetros e câmeras.
espaço viário é esse e o trânsito é o que se vê nas ruas, por isso o enfoque é o de aprender a andar
na rua, se livrar de acidentes e buscar a convivência harmônica entre todos os usuários da via.
Esse novo enfoque não se restringe às ações educativas municipais. Ao DETRAN cabe um papel
essencial que é o da formação do condutor. Assim como os programas educativos de trânsito tem
um foco no veículo e no uso da via em função dele, a formação do condutor também está
totalmente voltada para o veículo e as regras às quais ele está submetido (CTB), bem como para a
relação do condutor com outro condutor ou outro usuário da via. A discussão do desenvolvimento
das cidades e os efeitos da circulação dos automóveis sobre a qualidade de vida urbana e a
sustentabilidade global devem ser temas presentes nos programas de educação, de maneira a
formar um motorista mais consciente dos problemas do uso desnecessário do transporte
individual, e mais aberto à convivência com outros modos de transporte mais vulneráveis, como
os pedestres e ciclistas. Ainda, é importante que o DETRAN reveja os conteúdos presentes no
exame de habilitação de condutores, de maneira a exigir do candidato saberes relacionados com
essa nova forma de olhar as cidades.
Um dos trabalhos da administração municipal é dar unidade às duas áreas – transporte público e
trânsito – seja por junção de órgãos, seja pela criação de autarquia, não só para o uso mais
adequado à mobilidade urbana das técnicas de engenharia de tráfego, que incorpore o ônibus, a
bicicleta e a calçada pública em seu objeto de atuação, como também para a aplicação de novos
modelos de gestão operacional voltados para a fluidez das pessoas.
b) É com os órgãos que gerem as políticas de saúde que se conseguirá fazer as melhores
parcerias para a redução das mortes no trânsito. É com os órgãos que gerem as políticas de
educação que se conseguirá instituir programas conjuntos que consigam provocar
comportamentos mais seguros no trânsito por parte de crianças e adolescentes. Isso, sem
deixar de lado que são os órgãos responsáveis pela política de assistência social que
permitirão uma gestão mais eficaz das gratuidades e descontos para utilização do
transporte público;
c) A intersetorialidade é algo mais discutido que aplicado. Mesmo quando há um único órgão
responsável pela mobilidade urbana, sempre haverá na estrutura organizacional algum
“setor” focado em assuntos pontuais, seja na gestão de algum modal específico, seja na
implantação de algum processo mais relacionado a trânsito que a transporte, ou vice-versa;
d) Há a necessidade de se acertar procedimentos com esferas diferentes de governo, o que
acontece principalmente na fiscalização e operação do trânsito. A tudo isso, ainda,
acrescente-se a necessidade de envolver a população na formulação, gestão e
monitoramento da política de mobilidade urbana. Tudo isso faz, da gestão da mobilidade
urbana, um processo de alta complexidade;
e) A fusão dos agentes de transporte público e dos agentes de trânsito em “agentes de
mobilidade urbana”, certamente pode encurtar caminhos burocráticos, assim como a fusão
de fiscais de obras, fiscais de posturas e fiscais de meio ambiente em “fiscais urbanísticos”
também o pode. O principal, nesse tema, é evitar gastar tempo e energia em discussões
improdutivas sobre se os agentes públicos, em especial os fiscais, devem ser especialistas
ou generalistas;
f) Ambas as alternativas de fusão têm suas vantagens e suas desvantagens, mas uma
vantagem do “fiscal generalista” é imbatível: nos dias/horários em que há menor
necessidade de intervenção, como as madrugadas e os finais de semana, quando as equipes
são sempre reduzidas, é fundamental que os agentes sejam capazes, legalmente, de dar
encaminhamentos a todos os tipos de demanda. Elas podem ser, tanto referentes a: táxi,
transporte de escolares, motocicletas, transporte coletivo ou trânsito. É necessário que as
questões sejam rapidamente resolvidas pelo agente de mobilidade urbana sem a
necessidade da presença física de determinado tipo de “fiscal especialista”.
● Criação de unidade gestora das políticas de mobilidade, integrando a gestão dos serviços
de transporte público e de trânsito, de forma articulada com as políticas urbanísticas;
● Capacitação técnica e instrumental da unidade gestora da mobilidade, com provisão
específica de recursos para a gestão;
● Articulação da estrutura municipal de gestão da mobilidade com outras instâncias da
Administração Municipal, ou metropolitanas e regionais;
● Criação de fontes de recursos para implantação de infra-estrutura e para o custeio da
gestão.
2.1 O andar
É importante lembrar que “andar a pé” é parte integrante de todos os modos de transporte. Para se
tomar um ônibus, por exemplo, anda-se de casa até o ponto de parada. Mesmo de carro, em algum
momento, anda-se a pé, por exemplo, do local em que o veículo está estacionado até o destino
final.
Na situação ideal, a rede de circulação de pedestres deve oferecer à população pelo menos as
condições mínimas necessárias para que qualquer pessoa no município possa andar a pé, ou em
cadeira de rodas, de qualquer ponto para qualquer outro ponto, a qualquer momento, com
conforto, segurança, sem necessidade de desvios excessivos para atravessar as ruas e sem tempos
excessivos de espera ao atravessar.
o Pessoas carregando bebês, guarda-chuvas, bolsas, sacolas, mochilas, malas, pacotes, caixas
ou quaisquer outros objetos sem rodas; e
o Pessoas em quaisquer outras condições comuns não incluídas nos itens anteriormente
descritos.
uniformidade das calçadas em toda extensão da quadra, mesmo que cada proprietário faça
sua parte. Ver os casos de ruas em aclive, em que as calçadas são construídas
individualmente pelos proprietários dos lotes, que na sua totalidade procuram resolver
geometricamente a entrada dos seus veículos na garagem. Nestes casos, o pedestre fica
submetido a uma sequência de degraus que, em muitos casos, chegam a ter mais de 60
centímetros de altura, “empurrando” os transeuntes para a pista de rolamento – esta sim,
uniforme em toda a quadra;
o Modelo de gestão misto: muitas cidades administram a rede viária de andar a pé por meio
de um sistema misto, em que algumas avenidas, ruas e áreas da cidade são definidas como
prioritárias, para as quais a Prefeitura assume integralmente a responsabilidade pelo
projeto e pela implantação. Em alguns casos, o próprio comércio da rua assume parte dos
custos de implantação envolvidos. No restante da cidade, em face da fiscalização
ineficiente, as calçadas continuam em péssimas condições de uso e não uniformes;
o Modelo de gestão global, articulado e integrado: este modelo, aparentemente, não existe
no Brasil. Ele trata a circulação a pé como deve ser tratada:
- Como o modo de transporte que atende a 30% das viagens totais da cidade;
- Como o modo de transporte que viabiliza o uso de todos os outros modos de transportes,
já que estes só são acessíveis a pé;
2.2 As calçadas
Uma das principais limitações para que tenhamos boas calçadas é que a sua construção é uma
responsabilidade do proprietário do terreno em frente a ela. O resultado é que as pessoas – por não
se sensibilizarem, nem temerem punições – deixam a calçada de qualquer jeito. É interessante
notar que o Governo Municipal é responsável apenas pela manutenção do leito carroçável: isto é
mais uma decorrência da dominação da ideologia do automóvel, na medida em que se considera
apenas a via de tráfego de veículos como um problema público, e não as calçadas, por onde todos
precisam passar.
2.2.1 Características
As calçadas são basicamente os espaços onde os modos motorizados não podem circular. Os
percursos dos veículos sobre as calçadas são restritos aos acessos aos imóveis lindeiros e devem
manter, nesses trechos, as mesmas peculiaridades físicas do restante das calçadas. Como as
calçadas podem acolher, além dos pedestres, a implantação de paisagismo e demais equipamentos
urbanos, a parte das calçadas exclusivamente destinada à circulação das pessoas denomina-se
passeio.
A continuidade das áreas por onde as pessoas se deslocam diariamente é fundamental para
assegurar condições satisfatórias de conforto e segurança para os seus usuários. As calçadas
devem oferecer pavimentação regular e sequencial, bem como inclinação de rampa e largura
suficientes para circulação a pé e com cadeiras de rodas. Nenhum equipamento urbano – como
postes, sinalização, bancas de jornal, gabinetes de telefonia ou de semáforos e outros – pode ser
implantado de forma a impedir a livre circulação na calçada pelas pessoas ou forçá-las a desvios
de rota através de vias ou áreas lindeiras.
O material para a execução das calçadas pode ser do tipo cimentado, ladrilhos hidráulicos,
cerâmicas, pedras ou outro qualquer, desde que apresente acabamento antiderrapante e sem
ressaltos. Se a calçada é formada por uma sucessão de trechos, não podem ocorrer interrupções,
buracos, desníveis e demais arremates físicos que tragam insegurança para as pessoas.
As calçadas não podem ser adaptadas ao nivelamento de terrenos dos imóveis lindeiros. Em
princípio, o perfil longitudinal das calçadas deve acompanhar o perfil longitudinal da pista da via
lindeira.
Nos acessos às faixas de pedestres implantadas no mesmo nível da via, deve-se adequar
fisicamente o piso para assegurar a acessibilidade dos cadeirantes (rampas), bem como a
instalação de piso táctil nessas áreas e na extensão da rede de passeios. Ainda, as calçadas devem
incluir iluminação pública, bem como equipamentos urbanos, de acordo com local.
2.2.2 Função
A Lei que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana confere prioridade aos
modos não motorizados sobre os motorizados nas vias, e o Código de Trânsito Brasileiro define as
calçadas como parte integrante do sistema viário das cidades. Os dispositivos legais evidenciam a
importância da função das calçadas no contexto do sistema de Mobilidade. Da mesma maneira,
em termos urbanísticos, a sua função fica relevada pelo caráter de equipamento urbano
imprescindível, porque toda a mobilidade urbana começa ou termina nelas.
Ainda que a legislação e as posturas urbanísticas confiram um papel muito importante para as
calçadas nas cidades, e apesar de as municipalidades planejarem, implantarem, operarem e
fiscalizarem as pistas por onde circulam os transportes motorizados, incluindo as faixas de
pedestres, em quase todas as cidades as calçadas são deixadas por conta dos proprietários dos
imóveis lindeiros.
Em decorrência desse costume, resulta, na maioria das municipalidades, uma descontinuidade dos
alinhamentos das calçadas, tanto na largura quanto no perfil longitudinal, acomodando-se mais aos
nivelamentos das soleiras de cada imóvel que à continuidade da rede. Os acabamentos dos pisos,
executados por diferentes proprietários, inevitavelmente são heterogêneos, como também a
regularidade da manutenção, descumprindo-se assim a principal função das calçadas, que é
facilitar os deslocamentos dos pedestres, carros de bebê e cadeiras de roda. Muitas vezes é mais
fácil andar pela pista, em conflito com os automóveis, que pelas calçadas.
Mesmo os projetos das novas edificações, nos terrenos junto às calçadas, não contribuem para
melhorar a situação, pois não contemplam a rede de calçadas, e tampouco as municipalidades
assim a exigem nos projetos submetidos à aprovação. Em geral, as calçadas são executadas mais
como acabamento entre o terreno e a via, do que como componente do sistema de transporte das
cidades. Agravando esse quadro, existem muitas calçadas com largura insuficiente para circulação
de cadeirantes ou para atender à demanda de pedestres. Como o alargamento das calçadas não está
no âmbito da competência dos proprietários de imóveis junto às calçadas, somente as prefeituras
poderão efetuar alargamentos, avançar sobre a pista, e executar as obras nos logradouros públicos.
Para que as calçadas assumam eficazmente a sua função, as municipalidades precisam assumir os
custos ou a responsabilidade pela rede de mobilidade a pé, corrigir as deficiências relativas à
homogeneidade e à capacidade, bem como operar e fiscalizar essas áreas como um modo de
transporte importante para a população.
2.2.3 Operação
As calçadas devem estar à disposição da população diuturnamente. Para isso, as municipalidades
devem efetivamente assumir a responsabilidade pela fiscalização do uso, como também pela
conservação, que devem ser constantes e regulares, de forma a garantir a segurança e o conforto
dos usuários, da mesma maneira que em qualquer outro modo de transporte.
de cadeirantes. Precisam ser identificadas eventuais irregularidades nos pisos e tomar todas as
providências pertinentes para evitar acidentes dos transeuntes ou impedir a livre circulação.
2.2.4 Custo
A estimativa para execução de calçadas está em cerca de R$ 51,91/m² (FRANARIN, 2018).
Em relação às calçadas, os dados principais por trecho são: largura, altura mínima livre, tipo(s) de
piso, qualidade geral do piso, defeitos por tipo e local que poderiam ocasionar quedas e tropeços
(buracos, degraus, inclinações excessivas, etc.), obstáculos à circulação de pedestres, tipo e estado
de iluminação noturna, tipos e estado de rampas de transição em locais de travessia.
Em relação aos locais de travessia, os dados principais por local são: geometria básica da via
(presença de ilhas, refúgios, canteiro central, passarela, passagem subterrânea, etc.); sentidos de
fluxo de veículos (sentido único, sentido duplo, com/sem faixa exclusiva de ônibus, etc.),
sinalização viária instalada (elementos e estado de manutenção), tipo e estado do piso ao longo da
travessia, oportunidades para travessia segura (frequência de oportunidades e como o pedestre
pode perceber a oportunidade).
a) Medidas de planejamento:
c) Medidas operacionais:
- Serviço municipal contínuo do tipo tapa-buraco para calçadas e para pisos nas travessias;
- Intensificação da fiscalização;
- Construção mantendo o perfil longitudinal sem degraus, exceto quanto os declives forem
muito acentuados e estes apresentarem um nível de conforto melhor do que as rampas;
2.3.1 Características
O espaço onde são implantadas as faixas de pedestres tem como peculiaridade o uso alternado
pelo modo a pé e pelos modos motorizados no sistema viário das cidades. Trata-se de uma
superfície demarcada no mesmo nível das vias em que trafegam os veículos motorizados, mas que
em alguns casos, evidenciados pela necessidade de incremento da prioridade para os pedestres, as
faixas de pedestres podem ser executadas em continuidade ao nível das calçadas e são
denominadas de lombo-faixa ou passeio elevado.
Uma solução que ajuda o pedestre na travessia e melhora a sua segurança é o estreitamento da
pista de rolamento no local da faixa de pedestre. Isso pode ser feito com o alargamento das
calçadas no local ou através do alargamento feito por meio de pintura no pavimento e colocação
de sinalizadores.
2.3.2 Função
A Lei que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana confere prioridade aos
modos não motorizados sobre os motorizados nas vias, e o Código de Trânsito Brasileiro define as
faixas de pedestres como instrumento para controle de prioridades no sistema viário da cidade.
Nessas condições, fica evidenciada a importância das faixas de pedestres pela função definida em
lei e pelo caráter de sinalização de trânsito imprescindível.
Como as faixas de pedestres têm a função fundamental de atender aos deslocamentos diários da
população no sistema viário, torna-se imperativo assegurar condições satisfatórias de conforto e
segurança para os seus usuários. Nessas condições, é papel das municipalidades assegurar que as
faixas de pedestres ofereçam pavimentação e sinalização em condições satisfatórias, tanto para
circulação a pé quanto para as cadeiras de rodas.
2.3.3 Operação
As faixas de pedestres devem estar à disposição da população diuturnamente e o cumprimento da
regulamentação precisa ser uma das principais preocupações da operação de trânsito, quer nas
travessias providas de semáforos para pedestres, quer nas faixas simplesmente demarcadas. Para
isso, as municipalidades responsáveis pela fiscalização do trânsito e pelos programas de educação
de trânsito devem manter programas continuados, de forma a monitorar o comportamento dos
usuários e, com esse recurso, garantir a segurança e o conforto dos transeuntes, como em qualquer
outro modo de transporte. Dentre outras atividades de fiscalização, destacam-se a obediência aos
semáforos de pedestres, a parada dos veículos nas faixas apenas demarcadas para ceder passagem
aos pedestres, como também a obrigação de serem coibidos os veículos estacionados sobre as
faixas de pedestres, e os demais obstáculos que venham a impedir o livre fluxo a pé ou de
cadeirantes.
Para a melhoria da visibilidade à noite, a boa técnica indica a necessidade de incluir iluminação
pública nas faixas de pedestres, vias para melhoria da segurança, bem como toda a sinalização
luminosa de advertência e de regulamentação, de acordo com local. Os semáforos de pedestres
devem ter focos específicos e a extensão de tempo do foco vermelho piscante, para os pedestres,
deve ser o necessário para contemplar a travessia.
2.3.4 Custo
A sinalização de faixa de travessia para pedestres pode se dar de duas maneiras: uma através de
pintura fria a um custo estimado de R$ 300,00/faixa, e outra através de fita auto colante, a um
custo de R$ 1.026,00/faixa, não esquecendo que em se tratando de um cruzamento normal com
vias de duplo sentido, serão utilizadas placas (8) que terão um custo de R$ 1.740,00
(janeiro/2018).
Para a faixa elevada, além do descrito anteriormente, temos o custo da implantação e execução
dela, a um valor estimado de R$ 4.000,00 (janeiro/2018).
- Traffic Calming (dispositivos que diminuem a velocidade dos veículos), como lombadas
e almofadas físicas, chicane, estreitamento de pista, lombadas eletrônicas;
preparação adequada da população nas escolas e nas empresas; medidas nas ruas, como
orientadores de travessia, palhaços e mímicos; participação de celebridades e autoridades;
2.4 Acessibilidade
2.4.1 A Implementação
O município deverá elaborar um Programa Municipal de Acessibilidade, com o apoio do
Ministério das Cidades, através dos instrumentos de implementação do Brasil Acessível, NBR
9050 e demais legislações. Para ter acesso às fontes de financiamento existentes, o Programa deve
conter etapas de trabalho, metas, indicadores de avaliação e estar de acordo com as normas do
Ministério das Cidades. Inicialmente, estão previstas três etapas de trabalho:
Na primeira etapa, o Ministério das Cidades, junto com seus parceiros, oferece instrumentos para
capacitação de pessoal e elaboração de um diagnóstico sobre a legislação local e as condições de
acessibilidade de idosos e pessoas com deficiência, abrangendo os serviços públicos essenciais e
as áreas públicas de circulação.
Na segunda etapa, os municípios elaboram um plano de ação, compatível com o Plano Diretor de
Mobilidade, com os conceitos da acessibilidade e do desenho universal compreendendo a
alteração da legislação municipal necessária para evitar-se a construção de novas barreiras
arquitetônicas, as intervenções emergenciais para a garantia da circulação e acesso aos serviços
essenciais, bem como ações a médio e longo prazo.
● Capacitação de Pessoal;
● Adequação dos sistemas de transportes;
● Eliminação de barreiras;
● Difusão do conceito de desenho universal no planejamento de sistemas de transportes e
equipamentos públicos;
● Estímulo à integração das ações de Governo;
● Sensibilização da sociedade;
● Estímulo à organização das PCD;
● Estímulo ao desenvolvimento tecnológico.
Diretor Municipal e o Plano de Transporte e Mobilidade Urbana, que orienta todos os seguimentos
da sociedade que participam da construção das cidades.
O Brasil possui 82% de sua população morando nas áreas urbanas das cidades e a atenção às
pessoas com deficiência, idosos e outras com restrição de mobilidade tende a crescer. Atuar na
adequação da cidade existente e na sua expansão é um desafio para todos e tem papel fundamental
neste processo, a divulgação da legislação brasileira para os gestores públicos, instituições de
ensino, empresas prestadoras de serviços públicos, profissionais da área, governos estaduais e
municipais, apontando a responsabilidade de cada um no cumprimento das regras e prazos
previstos.
2.4.5 Acessibilidade
A acessibilidade nos espaços urbanos e edificações de uso coletivo, sejam públicas ou privadas,
tem que ser garantida. O Plano Diretor Municipal, as legislações específicas como o Código de
Obras ou de Posturas e o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade constitui um conjunto de
instrumentos municipais, complementares ao Decreto Federal n.º 5.296/04. Incluir o conceito de
acessibilidade nestes instrumentos é fundamental para a construção da cidade acessível. O governo
local tem responsabilidades, regras e prazos estabelecidos na legislação. Dentre elas, está a
Implantação de sistemas de mobilidade urbana acessíveis, contemplando a infraestrutura e
serviços de transporte coletivo com utilização do conceito do desenho universal.
(I) Eliminação das barreiras arquitetônicas, que impedem ou dificultam o acesso à cidade e aos
espaços internos das edificações;
(II) Eliminação das barreiras urbanísticas que impedem o cidadão de circular e utilizar o espaço e
o mobiliário urbano;
(III) Eliminação das barreiras de transportes que se caracterizam pela falta de adaptação em
qualquer sistema de transporte. Isto vale tanto para projetos novos quanto para a adaptação dos
sistemas existentes, obedecendo às seguintes diretrizes:
3 A BICICLETA NA CIDADE
3.1 A bicicleta
Os grandes benefícios da bicicleta são seu baixo custo de aquisição, operação e manutenção, além
da facilidade de utilização e de estacionamento. Pode-se também citar o seu benefício para a
saúde, uma vez que requer um esforço físico salutar à maioria das pessoas. A sua maior
desvantagem está no campo da segurança de trânsito em países com altos níveis de acidentes,
como o Brasil, dada à falta de estrutura viária e de sinalização adequada, educação do ciclista para
as normas de circulação, bem como o desrespeito por parte dos motoristas.
O modo de transporte bicicleta tem como atributo básico o tipo de veículo não motorizado de duas
rodas, usado tanto para lazer como para atender a deslocamentos de curto percurso. Este modo de
transporte apresenta inúmeros benefícios para a população, tem baixo custo de aquisição e de
manutenção, bem como é ambientalmente correto. Todavia, devido à sua fragilidade em face dos
outros modos em circulação no sistema viário, muitos cuidados devem ser tomados para a
melhoria da segurança dos seus usuários, expostos aos riscos do tráfego compartilhado com os
veículos motorizados nas vias.
Além da atenção dedicada aos ciclistas no tráfego compartilhado, podem ser implantados
tratamentos específicos no sistema viário que possibilitem as seguintes melhorias: aumento da
segurança, maior capacidade de transporte, mobilidade regional, ampliação das oportunidades de
lazer na cidade e integração com outros modos de transporte.
É importante ressaltar que a adoção de soluções segregadas na via para a circulação de bicicleta,
como ciclovias e ciclofaixas, vai ocorrer muito lentamente em todas as cidades brasileiras, em
razão dos investimentos que são necessários, e ainda em relação à discussão com a sociedade na
divisão do espaço viário com os automóveis. O que significam alguns quilômetros de vias
exclusivas de bicicleta em um sistema viário com milhares de quilômetros? Será ainda muito
comum durante muito tempo a circulação de bicicletas em tráfego compartilhado com veículos,
seja para alcançar terminais de integração com sistemas de transportes coletivos, seja para
alcançar uma ciclofaixa ou uma ciclovia.
Por essa razão, um plano de circulação de bicicletas não deve ser entendido como um plano de
implantação de ciclovias ou ciclofaixas. Muitas outras ações podem ser adotadas para tornar a
bicicleta um meio de transporte mais seguro no trânsito, tanto aquelas que envolvem a mudança de
comportamento do ciclista quanto sistemas de sinalizações simples para tráfego compartilhado
com veículos na pista de rolamento, criando-se “redes de circulação” (que passaram a ser
conhecidas como ciclorotas).
● Código de trânsito: por muitos anos seguidos, a ideia de que a bicicleta é um veículo e
que o condutor está sujeito a um conjunto de regras, não fez parte do imaginário das
pessoas. O uso da bicicleta se deu como uma extensão natural do andar a pé, em que
liberdade de movimentação é quase total. Por essas razões, embora o Código de Trânsito
Brasileiro estabelece normas muito bem definidas de circulação, o que se vê nas ruas é
uma não observância generalizada das regras mais simples, como respeitar o sinal
vermelho do semáforo, andar na mão de direção, não circular sobre calçadas e circular
próximo ao bordo da pista. Regras de segurança estabelecidas pelo CONTRAN, como uso
de espelhos retrovisores, lanternas, campainhas e capacete, para ficar em alguns exemplos,
não são vistos como necessários para a quase totalidade dos ciclistas;
● Instalações: exceto nas grandes fábricas, onde o acesso dos operários e trabalhadores é
realizado por esse modo de transporte em grande volume, onde se podem encontrar
bicicletários e equipamentos para estacionamentos dos veículos, nas demais áreas urbanas
(parques, logradouros, ruas e edifícios residenciais e comerciais) não há instalações para a
guarda da bicicleta com segurança, ou quando existem, não são inteiramente adequadas
para dar segurança ao seu proprietário, um dos fatores importantes para o crescimento
deste tipo de meio de transporte.
Com base nesses conceitos, podem ser elencadas algumas diretrizes gerais para a inclusão do
modo cicloviário na política de mobilidade urbana, independente do porte da cidade e do nível
pretendido para o uso da bicicleta:
A SeMob editou o caderno de referência para a elaboração de “Plano de Mobilidade por Bicicleta
nas Cidades” (MC, 2007) que reúne informações necessárias para o estímulo ao uso da bicicleta e
contém subsídios para os municípios implantarem um plano cicloviário integrado aos demais
modos de transporte.
Veja, a partir de agora, uma descrição de cada um dos sistemas sinalizados de circulação de
bicicletas.
3.1.1 Ciclorotas
As ciclorotas são percursos para a circulação prioritária de bicicletas, de maneira compartilhada
com os demais veículos motorizados, realizados por meio de itinerários estudados, em vias do
sistema viário local de determinadas regiões da cidade.
● Características: o percurso das ciclorotas deve ser natural e favorável à convivência com
o tráfego geral, sem criar grandes restrições para os usuários. A velocidade, nas vias
componentes do percurso estudado, normalmente é limitada a 30 km/h e todas as
interseções precisam ter sinalização para permitir a prioridade às bicicletas no trânsito.
Inclusive, todas as interseções do percurso para implantação das ciclorotas, da mesma
forma que os demais trechos, devem ter adequação geométrica e sinalização específica
para cada situação. O itinerário das ciclorotas deve usufruir de pavimentação regular e de
iluminação pública da via onde está implantada.
● Função: as ciclorotas podem ser utilizadas para lazer ou acesso a serviços de âmbito local.
Compartilham com o trânsito geral os mesmos itinerários definidos para atender
determinada região da cidade. Podem, ainda, participar dos serviços de aluguel de
bicicletas e fazer parte de um roteiro que tangencie estações de transporte público.
● Operação: a operação, nas áreas de ciclorotas, é diuturna e exige fiscalização frequente
para garantir os limites de velocidade regulamentados e as prioridades estabelecidas
mediante sinalização. Os estacionamentos que também realizam aluguel de bicicletas
devem fazer parte do sistema viário e ser objeto de atenção da fiscalização de trânsito.
● Custo: as ciclorotas estão estimadas em cerca de R$ 50 a 100 mil por quilômetro, quando
são executadas em área pavimentada.
3.1.2 Ciclovias
Ciclovias são pistas isoladas das vias onde trafegam os veículos motorizados, dimensionadas para
a circulação segregada de bicicletas, em área segura e de fácil acesso para a população.
3.1.3 Ciclofaixas
Ciclofaixas são faixas exclusivas para bicicletas, implantadas em parte de pistas existentes do
sistema viário das cidades e dimensionadas para a circulação segura de bicicletas.
Bike share são bicicletas de aluguel, com sistemas de estações distribuídas na malha urbana das
cidades, permitindo ao usuário tomar a bicicleta em um polo (estações de guarda da bicicleta) e
entregá-la em outro pólo (uma outra estação), facilitando o uso e o deslocamento por esse meio.
Este sistema se expande paulatinamente, acrescentando outras facilidades, como a integração com
sistemas de transporte coletivo, e também tarifária, ou seja, o mesmo cartão permite o uso da
À medida que o uso desse tipo de serviço vai se popularizando e ganhando novos adeptos, a rede
de estações pode ir acrescentando novas unidades, paulatinamente.
Além dos equipamentos de apoio para a guarda de bicicletas – que comportam sistemas
eletrônicos de travamento e liberação das bicicletas e dispositivos de controle e identificação dos
veículos (chip) –, há na estação também um sistema computadorizado para o controle de
informações e mapas de identificação dos locais (estações), bem como instruções de uso e espaços
para publicidade e conexão com o centro de controle.
Com a centralização das informações, é perfeitamente possível obter relatórios gerais de uso, com
a identificação de local de retirada e entrega, bem como tempos de uso, etc., o que permite analisar
a forma e intensidade de uso da rede.
● Sistema de cobrança: não é em todo sistema implantado nas cidades brasileiras que é
feita a cobrança pelo uso da bicicleta. Na cidade de Sorocaba (SP), por exemplo, o sistema
é gratuito, podendo ser utilizado por uma hora. Nessa cidade, também, o sistema pode ser
compartilhado com o ônibus urbano, por meio do cartão (bilhete único) do ônibus. Nos
modelos com cobrança pelo aluguel, o sistema de cobrança é totalmente informatizado.
Após o cadastramento, o usuário pode solicitar a liberação da bicicleta por celular;
Embora, em tese, sejam atribuições e responsabilidades que poderiam ser supridas pelas
administrações públicas, as cidades brasileiras não dispõem de estruturas e organizações
adequadas para fazer frente a esse tipo de serviço. Este é um típico empreendimento que deve ser
contratado a empresas fornecedoras capazes de atender a todos os requisitos de qualidade e
segurança que o serviço exige.
3.1.9 Bicicletários
Um dos requisitos tão importantes quanto a infraestrutura viária e a sinalização de trânsito é a
provisão de locais para o estacionamento de bicicletas que deem segurança aos usuários.
É natural que uma política de estacionamento deva considerar de modo prioritário, a instalação de
equipamentos de guarda de bicicleta nos logradouros públicos, onde é grande o volume de
usuários desse tipo de transporte, como escolas, universidades, centros comerciais e áreas de lazer,
e em especial nos locais de conexão com os sistemas de transporte coletivo.
Nas grandes cidades, onde as viagens de casa-trabalho e casa-escola, por exemplo, têm distâncias
superiores a 5 ou 6 km – distância limite admissível para o meio de transporte bicicleta, é
fundamental a integração desse modal com a rede de ônibus, metrôs, ferrovias e barcas. É nestes
locais de integração que devem instalações adequadas para um grande número de bicicletas, de
preferência cobertas e equipadas com dispositivos para fixação da bicicleta com segurança.
Este circuito inicia no Bairro Navegantes (zona leste), passando pelo Bairro Industrial. Se
direciona em direção ao norte passando pelo Centro, 7 de Setembro, União e Vale Verde (zona
norte), quando retorna em direção ao Centro passando pelo Bairro Floresta. Ao chegar na Av.
Irineu Becker há uma divisão: segue uma ciclofaixa em direção a Rua 10 de Setembro, e outra em
direção ao Bairro Beira Rio, passando pelo Bairro Primavera (ver mapa 18).
Com a criação deste anel cicloviário, possibilitará que boa parte da cidade tenha acesso a esta rede,
com uma topografia razoavelmente boa. Os bairros mais afastados como São João (zona sul), e
Bela Vista, Porta da Serra e São Miguel (zona oeste) inicialmente não serão contemplados devido
a topografia acentuada e um sistema viário com dimensões limitadas.
4 O ÔNIBUS
A mobilidade depende da integração das políticas públicas de transporte público, circulação e uso
e ocupação do solo, administradas de forma coordenada pelos diversos órgãos que compõem a
Administração Municipal, o que já pressupõe uma mudança de foco na forma tradicional de
planejamento, exigindo a formação de novos paradigmas para gerir as políticas públicas. Para isto,
o PlanMob deverá dispor sobre diretrizes para esta integração que poderão contemplar:
o Capacitação dos técnicos da administração municipal que atuam na gestão das políticas
urbanas nos conceitos de mobilidade urbana e dos técnicos dos órgãos gestores de
transporte e trânsito em noções urbanísticas;
o Realização de estudos conjuntos para avaliação de tendências e projeção das variáveis que
incidem sobre a mobilidade e a distribuição das viagens no território (domicílios,
população, renda, posse de autos, empregos, matrículas, etc.).
Nas últimas duas décadas foram desenvolvidas e estão sendo implantadas sistemáticas de gestão e
controle fortemente apoiadas pela telemática, visando à implantação de operação assistida no
serviço de transporte urbano por ônibus (a exemplo do que ocorre com os sistemas de trilhos) e a
avaliação permanente da qualidade do serviço prestado.
Existem alguns meios de monitorar e gerenciar todos esses dados, que serão descritos a seguir.
o Ônibus: a integração com outros dispositivos de controle instalados nos ônibus (ex.:
validadores eletrônicos, contadores de passageiros).
ponto do planeta sempre deverá haver uma quantidade razoável de satélites (três ou mais) em
movimento.
A outra ponta do sistema é o receptor de sinais GPS que o usuário deverá portar. Este receptor vai
receber o sinal dos satélites "visíveis" e calculará a sua posição (altitude, latitude e longitude).
Calcula-se em que posição o receptor está na superfície da terra, com base nos parâmetros das
órbitas dos satélites. Os dados – data e hora, localização (altitude, latitude e longitude),
velocidade, direção, estado da ignição, entradas e saídas digitais, botões do terminal de dados – do
equipamento embarcado (GPS) são enviados para a central de controle (Data Center), que possui
um software de gestão específico que processa estas informações e distribui os dados processados
para os diversos centros de controle e garagens.
- Veículos na garagem;
Este conceito não pode ser confundido com a capacidade de transporte de um determinado
veículo, que é o número de lugares disponíveis, sentados e em pé, para acomodar os passageiros.
Enquanto este conceito é estático, o da capacidade de transporte é dinâmico, pois expressa a
quantidade de pessoas nos veículos em movimento, num período de tempo.
O nível de serviço é a qualidade dos serviços de transporte público oferecida à população. Trata-se
de um conceito muito amplo que pode englobar diferentes abordagens sobre aspectos de conforto
e segurança que variam muito de um modo de transporte para outro. Entretanto, no caso de
comparação modal, entende-se por nível de serviço a avaliação das condições específicas de cada
implantação ou sistema analisado.
exemplo – é preciso considerar vários fatores. Ela depende da capacidade estática dos veículos e
da velocidade na qual podem circular, que por sua vez está sujeita às características físicas dos
veículos e das paradas que podem precisar fazer (e nos semáforos, no caso de transporte público
que usa o sistema viário da cidade).
Deste ponto de vista, o transporte público tem a desvantagem de precisar parar com maior
frequência (que é uma necessidade intrínseca, indispensável ao serviço). No entanto, sua
capacidade estática (passageiros por veículo) faz com que a sua capacidade dinâmica seja muito
superior à dos meios privados de transporte.
Em geral, o parâmetro adotado, para se avaliar um modo como “bom”, é o que expressa a
ocupação do veículo em torno de 5 a 6 passageiros/m². Com essa ocupação, o veículo proporciona
condições satisfatórias de conforto e segurança na hora de pico aos passageiros. Abaixo desse
parâmetro, isto é, menor do que 5 passageiros por metro quadrado, o nível de serviço pode ser
considerado como “ótimo”. Ao contrário, acima desse parâmetro, isto é, de 7 a 10 passageiros/m²,
considera-se “regular” e acima de 11 considera-se “ruim”.
Em Dois Irmãos, nos horários de pico, o número de passageiros transportados chega a 60 pessoas
por veículo, dando abaixo de 5 passageiros por metro quadrado, o que é considerado ótimo.
aceitável, número de veículos por composição e número máximo de composições circulando por
hora.
Utilizado desde o começo do século XX nas cidades do mundo inteiro, o ônibus evoluiu tanto no
avanço tecnológico quanto na qualidade dos veículos de transporte público para passageiros dos
sistemas urbanos e rodoviários. O uso dos veículos na prestação de serviços assume papel
diversificado, desde o atendimento capilar na extensão da malha urbana até operações em faixas
exclusivas ou em corredores exclusivos que permitem uma maior oferta de transporte e redução da
poluição causada pelo seu combustível.
A segregação das vias dedicadas à circulação dos ônibus tem possibilitado aumentos significativos
da capacidade de transporte, fazendo com que os ônibus saltem da classificação de baixa
capacidade para a de média capacidade de transporte, mas não é o caso de Dois Irmãos, que não
possui faixas exclusivas para ônibus.
o Descrição: os ônibus são veículos de grande porte para o transporte urbano coletivo de
passageiros que circulam pelo sistema viário das cidades, abertos ao atendimento
indiscriminado de pessoas, dispostos em geral em itinerários de grande penetração em toda
a mancha urbana. Oferecem serviços de interesse público, regulares e indispensáveis para
os deslocamentos da população;
devem ser identificados e estão sujeitos às mesmas normas de circulação e conduta dos
demais veículos automotores.
Para circular pela cidade, os ônibus, ainda, devem incluir itens de segurança que são obrigatórios
por lei, como também obedecer às regras pertinentes à concessão para a prestação de serviços e
dos demais instrumentos que autorizam a sua circulação como serviço regular.
A empresa concessionária procede à vistoria dos veículos que entram em circulação regular pela
cidade, visando assegurar as condições mecânicas e ambientais de cada um, bem como emitir
anualmente os competentes certificados para licenciar a prestação do serviço público.
As portas devem ser amplas e o piso deve ser construído de forma a possibilitar acessibilidade
universal para pessoas com deficiência, como também facilidade no embarque e desembarque das
pessoas em geral, de preferência no mesmo nível da plataforma do ponto de parada.
Quanto aos aspectos mecânicos, os veículos devem ter desempenho para atender - em termos de
aceleração, frenagem, capacidade de subida em aclives e manobrabilidade – às condições de
segurança e conforto específicas para o transporte de passageiros. A legislação municipal permite
que a frota tenha idade média de 10 (dez) anos, não podendo ter veículos com mais de 15 (quinze)
anos.
"Art. 3.º - Considera-se coletivo, o transporte regular operado através das seguintes categorias: ônibus,
microônibus e lotação.
I - Ônibus - o veículo que comporta mais de 20 (vinte) passageiros sentados, no qual poderá ser permitido o
transporte de passageiros em pé, até o máximo de 50% (cinqüenta por cento) da lotação.
II - Microônibus - o veículo que comporta até 20 (vinte) passageiros sentados, no qual não é permitido o
transporte em pé.
III - Lotação - o veículo que transporta, pelo menos, 08 (oito) passageiros sentados, no qual não será
permitido o transporte em pé."
Com os novos conceitos, para Dois Irmãos, de acordo com suas dimensões e peculiaridade de
atendimento à demanda, os novos ônibus podem ser apresentados nos seguintes tipos de veículos:
o Miniônibus - formado por um volume (ou corpo), dispõe normalmente de 2 portas do lado
direito do veículo.
o Midiônibus - formado por um volume (ou corpo), dispõe normalmente de 3 portas do lado
direito do veículo.
o Informações aos usuários: serviços desenvolvidos para subsidiar as decisões dos usuários
antes e durante seu deslocamento pelo sistema viário (por exemplo: painéis de mensagens
variáveis – PMV);
o Transações financeiras por via eletrônica: coleta de dados e de demanda, referente aos
serviços de cobrança automática de tarifas (por exemplo: bilhetagem eletrônica);
Um dos elementos mais importantes da configuração geométrica de uma via é a largura de suas
faixas, que deve ser definida a partir da largura dos veículos, acrescida da denominada super
largura – largura adicional que facilita a movimentação dos veículos, mesmo em linha reta, ela
garante mais velocidade de circulação com segurança, até o limite da “velocidade diretriz de
projeto”1.
Nos trechos em curva, a super largura e a superelevação2 são fundamentais para prover conforto e
segurança à circulação de todos os tipos de veículos, nas vias urbanas e nas rodovias. Para vias de
circulação de ônibus devem ser adotadas larguras totais, em trechos retilíneos, de 3,50 m a 3,60 m,
1
American Association of State Highway and Transportation Officials – AASHTO define velocidade de
projeto (ou velocidade diretriz) como a máxima velocidade que um veículo pode manter, em determinado trecho, em
condições normais, com segurança.
2
É a inclinação transversal que se dá à plataforma da pista, nos trechos de curva horizontal, a fim de fazer
frente à força centrífuga que atua sobre o veículo na trajetória curvilínea.
utilizando-se larguras menores apenas em casos excepcionais e em situações críticas para trechos
muito curtos, de no mínimo 3,25 m.
Outro elemento importante no âmbito do Projeto Geométrico de vias para ônibus são os aclives,
decorrentes do alinhamento vertical, a partir de curvas circulares e parabólicas, pois reduzem a
velocidade dos veículos, exigindo um sobre-esforço para sua transposição, implicando em
acréscimo do tempo de viagem, consumo de combustível e desgaste maior. Dependendo do tipo de
ônibus, inclinações superiores a 6% tornam a operação praticamente inviável, pois a redução da
velocidade chega a 75% e o sobre-esforço é 50% maior do que em condições de trechos planos.
Ademais, há limites de circulação em valetas, lombadas de depressões pelo balanço dianteiro e
traseiro dos ônibus e ângulos de entrada e saída em curvas verticais:
Já curvas horizontais, formadas por curvas circulares e espirais de transição, também devem ser
tratadas com atenção, pois, em função das dimensões dos ônibus, sua configuração não pode
condicionar a via ser causa de reduções excessivas de velocidade, ou seja, a sinuosidade do
traçado deve ser limitada a uma condição preestabelecida no Projeto Geométrico, para não
comprometer o desempenho da operação.
Os raios mínimos de curva horizontal devem ser determinados segundo os valores da “velocidade
diretriz de projeto”, coeficiente de atrito radial do pneu com o pavimento e superelevação da
plataforma. Ademais, deve-se sempre considerar os raios mínimos de giro dos ônibus nas
interseções e no sistema viário interno das garagens.
Assim, as conversões em interseções devem ser tratadas como pontos críticos dos itinerários, pois
exigem manobras que reduzem os tempos de viagem.
Desta forma, política de circulação dos ônibus nas vias e a política de estacionamento devem estar
integradas, pois é preciso, muitas vezes, limitar o estacionamento junto ao meio-fio, propiciando
mais espaço para as manobras dos ônibus. Quando um ônibus entra em uma via de dupla mão de
direção, sem separação física, pode ocorrer a ocupação momentânea da faixa contrária, o que pode
ser resolvido pelo recuo da faixa de retenção dos veículos do sentido inverso:
A priorização do transporte coletivo pode, pelo menos em tese, em maior ou menor grau, fomentar
a transferência de passageiros dos veículos particulares para os veículos de transporte coletivo,
obtendo-se assim a redução do volume total de veículos.
Em pequenas cidades nas quais os volumes do tráfego geral são baixos e os ônibus se inserem no
sistema viário sem dificuldades, é desnecessário estabelecer qualquer tipo de prioridade ou
exclusividade no uso de vias, muito menos pensar em implantar vias ou faixas exclusivas para os
ônibus. Por outro lado, a partir de fluxos de 25 ônibus/hora, quando a disputa pelos exíguos
espaços viários é acirrada, de tal forma que todos os fluxos têm desempenho sofrível, torna-se
necessário estabelecer algum tipo de prioridade para a circulação dos ônibus, conforme as
seguintes possibilidades:
Cada uma destas opções encerra vantagens e desvantagens e oferece custos de implantação e
operação diferentes, além de exigirem graus variados de negociação política pelo conjunto de
interesses envolvidos entre os usuários de automóvel e de ônibus, os condutores dos outros
veículos, o comércio e a sociedade em geral.
A preferência para os ônibus no sistema de controle de tráfego podem ser tratadas da seguinte
forma:
- Dar preferência de cruzamento para a via em que os ônibus trafegam ou a que apresenta
maior volume de ônibus; e
- Permitir que os ônibus efetuem conversões (geralmente à esquerda) em locais onde não é
permitido aos demais veículos (facilidades para escolha de melhores itinerários),
evitando-se assim os retardos ao tráfego causados por muitos veículos realizando o mesmo
movimento.
- Dar prioridade aos ônibus no dimensionamento dos ciclos semafóricos, atribuindo uma
proporção de atrasos menor para a via em que os ônibus trafegam ou que possuam maior
volume de ônibus;
3
Forma de retenção situada a montante do semáforo principal de uma interseção, distante deste de forma tal
que o tráfego geral fique retido no pré-sinal e o ônibus possam se inserir na via sem conflitos, realizando inclusive, se
necessário, conversões à esquerda. O pré-sinal deve necessariamente estar sincronizado com o semáforo principal.
- Utilizar sincronismo semafórico, tendo em vista que a implantação de ondas verdes que
beneficiem o tráfego de ônibus é de difícil dimensionamento, devido às variações nos
tempos de parada nos pontos de embarque/desembarque de cada linha. O posicionamento
dos pontos de parada poderá permitir que os ônibus transponham dois semáforos por etapa.
Na medida em que se coordena a sinalização semafórica de uma área, obtém-se maior
fluidez para todo o tráfego, sendo necessário, dentro dessa coordenação, privilegiar os
ônibus para evitar o aumento do tráfego geral incentivado pela melhoria das condições de
fluidez; e
- Implantar semáforos atuados pelos ônibus que, por detecção por controladores
semafóricos, dão preferência para estes veículos nas fases de verde dos semáforos. A
detecção pode ser feita através de detectores, no piso da faixa em que os ônibus trafegam
(só quando exclusiva), ou por meio da instalação de equipamentos eletrônicos nos ônibus
para a comunicação com os controladores semafóricos, na faixa onde não há segregação do
fluxo de ônibus. A instalação dos pontos de parada e dos detectores pode se dar de forma
tal que no instante em que o ônibus sai do ponto o semáforo é acionado. E, caso um tempo
de verde mínimo para a via transversal tenha transcorrido, o tempo de percurso do ônibus
até a interseção será suficiente para que o semáforo lhe dê luz verde.
4.5.4 Sinalização
A implantação de quaisquer das medidas anteriores deve ser acompanhada pela aplicação de
sinalização adequada (sinalização horizontal, sinalização vertical e sinalização para pedestres), o
que inclui a sinalização semafórica.
No âmbito da sinalização horizontal, a delimitação de faixas deve se dar por elementos físicos
(pintura de solo, tachas e tachões, canteiros, etc.), indicando-se por legendas as faixas em que só
trafegam ônibus.
Já a sinalização vertical indicará o início e o fim da prioridade para os ônibus na via, devendo ser
apresentado a todos os veículos com antecedência e precedência de pelo menos 100 m. No
percurso da faixa, a sinalização deve ser repetida após cada interseção. Deverão existir ainda
indicações, por sinalização aérea suspensa sobre a via, dos locais em que se inicia e em que
termina a prioridade para os ônibus. Será também necessária a instalação de placas de proibição de
estacionamento e regulamentação do embarque/desembarque de passageiros e de carga/descarga.
A sinalização para pedestres deve alertar os pedestres sobre a existência de vias preferenciais,
prioritárias e/ou exclusivas para os ônibus, principalmente no contra fluxo, pois o baixo volume de
tráfego nessas faixas, em relação às demais, induz os pedestres a não perceberem que existe uma
operação por ônibus ocorrendo na contramão.
Por fim, a sinalização semafórica, como subsistema da sinalização viária, consiste em indicações
luminosas acionadas alternadamente ou intermitentemente através de sistema eletroeletrônico,
cuja função é controlar o direito de passagem e os deslocamentos dos veículos. Existem dois
grupos de sinalização semafórica:
4.5.5 Pavimento
O pavimento, desde sua concepção, projeto, execução, manutenção e estado de conservação,
exerce influência significativa sobre o desempenho das linhas de ônibus.
Segundo a NBR n.º 9.207 (ABNT, 1982), pavimento é uma estrutura construída após a
terraplenagem e destinada, econômica e simultaneamente, em seu conjunto, a:
o Resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a superfície do
rolamento.
Segundo Bianchi, Brito e Castro (2008), as principais características na comparação dos dois tipos
de pavimentos são:
Estes elementos indicariam a adoção de pavimentos rígidos nas vias ou faixas de ônibus, o que,
principalmente por razões econômico-financeiras, não constitui a regra no Brasil e na maioria dos
países do mundo, dado que os pavimentos flexíveis são amplamente majoritários. Os pavimentos
flexíveis sofrem ataque dos derivados de petróleo.
Na associação de alta temperatura externa e alta temperatura dos veículos, a simples emissão de
vapores ataca os pavimentos flexíveis. A repetição das cargas pela alta frequência dos ônibus leva
estas estruturas à fadiga, em curto espaço de tempo, propiciando então a instalação e propagação
dos defeitos antes citados.
Ainda assim, analisando-se as faixas preferenciais e exclusivas para ônibus, apesar de se constatar
os defeitos típicos desse tipo de pavimento (principalmente exsudação e formação de trilhas das
rodas), é possível sugerir algumas medidas para, se não eliminar os problemas, pelo menos prover
um melhor desempenho dele.
O valor usual das distâncias entre paradas varia de 200 a 600 metros, para o caso de ônibus, sendo
que elas influenciam na velocidade operacional dos ônibus. Recomendamos a distância de 400
metros.
Quando o fluxo de coletivos em uma via é elevado, esse tipo de operação provoca
congestionamento nos pontos de parada, pois a capacidade de atendimento é limitada. Nesse caso,
é indicado utilizar outras formas de operação.
Em calçadas estreitas, onde o acúmulo de usuários esperando nos pontos de parada prejudica o
trânsito de pedestres e dificulta o acesso a estabelecimentos comerciais, pode ser indicado o
emprego de guias avançadas. Outra característica positiva dessa solução é permitir a colocação de
abrigos nos pontos. O impacto negativo é o impedimento do fluxo de veículos na faixa da direita
quando os coletivos estão parados nos pontos.
A solução com baia recuada beneficia o tráfego normal de veículos, mas dificulta a volta dos
coletivos ao fluxo de tráfego quando o trânsito é intenso. Outro aspecto a ser verificado nesse caso
é a largura restante do passeio após a implantação da baia recuada, sendo o mínimo recomendável
de 2,5m. Esta situação poderá ser adotada na área central da cidade, onde houver largura suficiente
para sua implantação.
Os principais aspectos a serem analisados na adoção de uma ou outra solução são os seguintes:
fluidez do trânsito, quantidade de vagas de estacionamento, comodidade de pedestres e usuários
esperando no ponto de parada e facilidade de retorno do ônibus à corrente de tráfego.
Por razões de segurança, nos pontos localizados próximos a interseções deve ser mantida uma
distância livre de no mínimo 10 metros do alinhamento dos terrenos.
No caso de vias estreitas com duas faixas de tráfego, uma em cada sentido, entre pontos de parada
de lados opostos deve haver uma distância livre de no mínimo 40 metros, para evitar que a parada
simultânea de dois coletivos transitando em sentidos opostos interrompa o trânsito.
As tipologias "Rota Colonial" (tipo D) e "Rota Romântica" (tipo E) serão ampliadas nos seus
respectivos roteiros, onde houver necessidade, conforme modelos já apresentados nos mapas 08 e
09 respectivamente.
Serviços
Tipo de
N.º
Via Trecho Sentido ponto Quant.
parada a serem
existente
executados
Implantar mais
5 Anita Garibaldi Entre Ten. Portela e Braga L-O A 01
um tipo "A"
Entre Fortaleza e Da
13 Da Integração O-L A 01 Falta piso
Conquista
(continuação)
Serviços
Tipo de
N.º
Via Trecho Sentido ponto Quant.
parada a serem
existente
executados
Deslocar para
Entre Montenegro e
16 Walter Schneck O-L A 01 quadra seguinte
Valmor A. Becker
(falta piso)
Implantar tipo
Entre Walter Schneck e
18 BR116 N-S A 01 "E" (Rota
Campo Bom
Romântica)
Abrigo em
policarbonato
20 BR116 Em frente a Herval N-S G 01
(Rota
Romântica)
Entre BR116 e Da
21 Walter Backes L-O F 01
Cascata
Entre Da Cascata e
23 Portugal S-N A 01
Bolívia
Entre Da Cascata e
26 Walter Backes O-L A 01 Falta piso
BR116
(continuação)
Serviços
Tipo de
N.º
Via Trecho Sentido ponto Quant.
parada a serem
existente
executados
Entre Trav. 25 de
Substituir por
42 10 de Setembro Setembro e Trav. N-S A 01
tipo "B"
Atiradores
Substituir por
tipo "B"
46 Tocantins Entre Sergipe e Acre O-L A 02
deslocando mais
a frente
Substituir por
49 Tocantins Entre Ipê e Ceará O-L A 01
tipo "B"
(continuação)
Serviços
Tipo de
N.º
Via Trecho Sentido ponto Quant.
parada a serem
existente
executados
Entre 10 de Setembro e
66 29 de Setembro L-O A 01
São Miguel
Prof. Afonso
Wolf Implantar tipo
68 Entre Esteio e Florestal L-O F 01
"A"
Entre Guilherme
Implantar tipo
71 São Leopoldo Sauressig e Trav. N-S H 01
"F"
Reinaldo Koch
Substituir por
73 Irineu Becker Entre Taquara e Florestal O-L A 01
tipo "B"
Substituir por
74 Irineu Becker Entre Florestal e Taquara L-O A 01
tipo "B"
Substituir por
Entre Santos Dumont e
80 João Klauck O-L A 01 tipo "B" (falta
Adão Hack
piso)
(continuação)
Serviços
Tipo de
N.º
Via Trecho Sentido ponto Quant.
parada a serem
existente
executados
Substituir por
Entre Irmã Virginia e C.P.
81 João Klauck L-O A 01 tipo "B" (falta
19
piso)
Implantar tipo
89 Tocantins Entre Dos Cedros e Ipê L-O H 01
"B"
Substituir por
94 Goiás Entre Piauí e Pernambuco L-O A 01
tipo "B"
Substituir por
96 Sergipe Entre Goiás e Tocantins L-O A 01 tipo "B" (falta
piso)
Alberto
100 Após Arroio Caru N-S F 01
Rubenich
Alberto
100m após Arroio Caru N-S F 01 Excluir
Rubenich
Deslocar mais a
Alberto Após Lothário frente e
101 N-S H 01
Rubenich Schallemberger implantar tipo
"F"
(continuação)
Serviços
Tipo de
N.º
Via Trecho Sentido ponto Quant.
parada a serem
existente
executados
Entre Lothário
Alberto Substituir por
102 Schallemberger e Esc. N-S A 01
Rubenich tipo "F"
Mario Sperb
Alberto
Entre Lothário
Rubenich Implantar tipo
103 Schallemberger e Esc. N-S H 01
"F"
Mario Sperb
Entre Lothário
Alberto Substituir por
104 Schallemberger e Esc. N-S A 01
Rubenich tipo "F"
Mario Sperb
Aloysio
118 Entre Assis e Pinhal Alto S-N A 01 Falta piso
Maldaner
Antes da Alberto
120 BR 116 S-N E 01 Rota Romântica
Rubenich, sentido DI
Aloysio
122 Entre Marília e Rincão N-S A 01 Falta piso
Maldaner
(continuação)
Serviços
Tipo de
N.º
Via Trecho Sentido ponto Quant.
parada a serem
existente
executados
Implantar tipo
Alberto Após Floricultura da
129 O-L H 01 “D” (Rota
Rubenich Clarice
Colonial)
Implantar tipo
Alberto Próximo a linha de alta
130 O-L A 01 “D” (Rota
Rubenich tensão
Colonial)
Implantar tipo
Alberto
131 Antes da Jacó Boll O-L A 01 “D” (Rota
Rubenich
Colonial)
Implantar tipo
Alberto Oposto a antiga
132 O-L H 01 “D” (Rota
Rubenich Cachaçaria Braga
Colonial)
Implantar tipo
Alberto Entre Esc. Mario Sperb e
135 S-N A 01 “D” (Rota
Rubenich Lothário Schallemberger
Colonial)
Implantar tipo
Alberto Entre Esc. Mario Sperb e
136 S-N A 01 “D” (Rota
Rubenich Lothário Schallemberger
Colonial)
Implantar tipo
Alberto Entre Esc. Mario Sperb e
137 S-N A 01 “D” (Rota
Rubenich Lothário Schallemberger
Colonial)
Implantar tipo
Alberto Antes Lothário
138 S-N A 01 “D” e relocar
Rubenich Schallemberger
(Rota Colonial)
Entre Lothário
Alberto
140 Schallemberger e Arroio S-N D 01
Rubenich
Caru
Implantar tipo
Alberto Entre Travessa Harry
141 S-N A 01 “D” (Rota
Rubenich Berlitz e Ernesto Kafer
Colonial)
Implantar tipo
Alberto
142 Após Ernesto Kafer S-N A 01 “D” (Rota
Rubenich
Colonial)
(conclusão)
Serviços
Tipo de
N.º
Via Trecho Sentido ponto Quant.
parada a serem
existente
executados
Implantar tipo
148 BR116 Frente a Malhas Daiane S-N G 01
“E”
06 G Outro tipo
Quadro 26 – Resumo dos serviços a serem executados referente aos pontos de parada de ônibus
Quant.
Descrição de serviços a serem executados
Projetada
07 Implantar abrigo tipo coluna de concreto e telha de fibrocimento, sem banco (A)
05 Relocar abrigo tipo coluna de concreto e telha de fibrocimento, sem banco (A)
50 Retirar abrigo tipo coluna de concreto e telha de fibrocimento, sem banco (A)
51 Implantar abrigo tipo coluna e telha metálica, com banco e fechamento traseiro (B)
06 Implantar abrigo tipo paradão, coluna e telha metálica, com banco e fechamento traseiro (C)
Quadro 27 – Planilha de custos referente aos pontos de parada de ônibus (ref. maio/2018)
Item Qtd. Unid. Descrição R$ unit. R$ total
Segundo levantamento da NTU, aproximadamente 28% dos passageiros dos sistemas regulares de
transporte não pagam passagem. O problema é que o usuário pagante é o responsável pelo custeio
desses benefícios, já que todos os custos de transporte são rateados pelos passageiros pagantes do
sistema. Quanto maior a fatia de passageiros com direito à gratuidade, menor a fatia de pagantes
do sistema, o que acarreta em maior ônus sobre a tarifa. Desta forma, o desconto dado aos alunos
do ensino médio deverá ser revisto.
Quanto a tarifa, de acordo com a Lei Municipal n.º 1.793/2000 (BRASIL, 2000), art. 24, serão
isentos do pagamento da tarifa:
"I - as crianças até 5 (cinco) anos de idade quando acompanhadas dos pais ou responsável;
III - as pessoas portadoras de deficiência física ou mental, devidamente comprovado por entidade de notório
conhecimento nesta atividade ou pelo Serviço de Assistência Social do Município;
IV - os alunos residentes no Município de Dois Irmãos, regularmente matriculados no ensino médio, terão
direito ao desconto de 50% (cinqüenta por cento) sobre o preço da tarifa, percurso de ida e volta ao
estabelecimento de ensino, para freqüência escolar, mediante apresentação de credencial. (NR) Redação
determinada pela Lei nº 2.003/2003".
Os operadores, públicos ou privados, devem ser remunerados pelo serviço que prestam de forma a
garantir a cobertura dos seus custos administrativos e operacionais, acrescidos de uma justa
remuneração pelo capital investido. Na absoluta maioria dos casos a única fonte de recursos para
isto são as tarifas pagas pelos seus usuários diretos, ao contrário dos países desenvolvidos onde há
significativos subsídios públicos para o transporte coletivo.
fontes alternativas de financiamento são raras, sendo a única exceção no país a concessão do
vale-transporte, mesmo assim constantemente ameaçada de cancelamento.
Por outro lado, a totalidade dos sistemas brasileiros adota mecanismos de subsídios internos. Com
a predominância de modelos de tarifa única, os sistemas operam com sistemas de compensação
interna no qual, como regra, a tarifa dos usuários das viagens mais curtas cobre parte dos custos
dos que residem em áreas mais distantes. Do mesmo modo, algumas categorias de usuários gozam
de privilégios tarifários, com gratuidade no pagamento da tarifa, de forma integral ou parcial. Os
benefícios tarifários variam de local para local, exceto a isenção total do pagamento da tarifa para
os idosos maiores de 65 anos, estabelecido constitucionalmente. Fora isto, a legislação e a
regulamentação local, ou muitas vezes os hábitos consolidados, beneficiam alguns segmentos de
usuários: estudantes são beneficiados com redução de 50% no valor da passagem ou com
gratuidade total; o limite de isenção do idoso foi reduzido para 60 anos; pessoas portadoras de
deficiências e seus acompanhantes gozam de gratuidade.
O PlanMob pode analisar a política tarifária para os serviços de transporte coletivo sob os dois
pontos de vista citados anteriormente (política de remuneração dos operadores e política de
benefícios sociais), acrescidos de um outro, não menos relevante, que é o da política de
desenvolvimento urbano, utilizando a fixação de preços como fator de gestão da demanda. Assim,
tarifas mais baixas para viagens locais podem ser um importante estímulo para a consolidação de
sub-centros e para o desenvolvimento regional; preços reduzidos nos horários de menor demanda
(fora dos picos) pode produzir um melhor aproveitamento da estrutura operacional implantada; do
mesmo modo, tarifas relativamente mais elevadas para o pagamento de viagens isoladas podem
inibir a utilização de dinheiro nos veículos e induzir a utilização de meios de pagamento múltiplos
adquiridos com antecedência.
Entretanto, esta população não pode ser privada do acesso ao trabalho, à saúde, à educação, ao
lazer, nem permanecer segregada das oportunidades disponíveis na cidade. Este atendimento pode
ser viabilizado com o emprego de diversos recursos do planejamento dos sistemas de transporte:
subsídio público, mecanismos compensação tarifária, tarifas diferenciadas, sistemas integrados,
utilização de veículos diferenciados, estímulo ao uso de transporte não motorizado, implantação
de serviços de transporte alternativo complementares, etc. As alternativas devem ser analisadas
pelo poder público considerando as suas especificidades e restrições (legais, orçamentárias, etc.)
locais.
o adaptação dos veículos de transporte coletivo para acesso de cadeiras de rodas mediante
rebaixamento do piso interno dos veículos, implantação de elevadores ou nivelamento dos
pisos das plataformas com o piso interno dos veículos;
5.1 Táxi
A prefeitura, apoiada por sindicatos de hotéis, restaurantes e similares, deve produzir materiais de
apoio á para a operação dos taxistas, tais como guias e mapas indicando os principais pontos
turísticos da cidade, informações institucionais e de serviços, informações sobre programação
cultural e de eventos.
Quanto aos pontos de táxi, a maioria possui cobertura e sinalização de acordo com o Código de
Trânsito Brasileiro - CTB.
5.2 Moto-táxi
Esse serviço é prestado por um motorista a qualquer pessoa, mediante o pagamento de uma tarifa
acertada entre as partes. Utiliza-se de um veículo motorizado de duas rodas, em que são
transportados apenas o motorista e um passageiro. É semelhante ao modo de transporte por táxi,
porém utiliza motocicleta em vez de automóvel. Assim como o serviço de táxi por automóveis, o
serviço de moto-táxi deve ser regulamentado pela autoridade municipal, mas em Dois Irmãos este
serviço não é regulamentado.
Esse tipo de serviço foi facilmente aceito pela população porque é uma alternativa mais
econômica que o táxi, assim como mais versátil, exercendo assim um papel útil para a população.
No caso dos operadores, pode ter sido uma questão de subsistência para aqueles que procuram
nessa atividade uma fonte de renda.
Tendo em vista os outros modos de transporte, como os carros, motos, táxis e ônibus, o moto-táxi
não vingou no município, diferentemente de outras cidades próximas a Dois Irmãos.
5.3 Moto-frete
O serviço de moto-frete surgiu nas cidades brasileiras de grande porte, principalmente em
decorrência do trânsito congestionado. Quanto pior os tempos de viagem no sistema viário, maior
é a sua importância em termos de prestação de serviço e estímulo à ampliação da frota
operacional. As dimensões e a versatilidade operacional das motocicletas possibilitam uma
circulação rápida através do trânsito nas vias das metrópoles, viabilizando a entrega de
encomendas rapidamente para os setores do comércio, da indústria e de escritórios, na maioria dos
casos, em condições de segurança críticas.
o Motociclistas autônomos;
o Empresas que contratem diretamente como funcionário registrado (CBO n.º 5.191/10).
Tanto o serviço de moto-táxi quanto o de moto-frete são regulamentados por normas do Conselho
Nacional de Trânsito (Resoluções do CONTRAN) que definem as condições para os motociclistas
e para os veículos, como por normas própria do município. As normas do CONTRAN dizem
respeito às especificações e regulamentação dos veículos e à habilitação do condutor. Já as normas
municipais acrescentam outras exigências, como as especificadas na Lei Municipal n.º 3.090/2011
(BRASIL, 2011). Para que os veículos sejam licenciados e classificados como de aluguel, é
necessário que o serviço de moto-táxi ou de moto-frete sejam criados legalmente no município.
Os veículos são construídos e caracterizados para esta atividade e, ainda, dispõem de dispositivos
de segurança adequados aos cuidados que são tomados essencialmente com as crianças. São
utilizados ônibus de pequena ou média dimensão, sinalizados de acordo com as normas de trânsito
Entende-se o transporte escolar como um serviço público regulamentado pelos municípios, mas
que, na maioria dos casos, também apresenta características de transporte por fretamento, uma vez
que as condições da sua prestação de serviço, principalmente o preço para realização da atividade,
são ajustadas diretamente entre o transportador e os pais ou responsáveis pelas crianças. Mais
recentemente, esse serviço também passou a ser oferecido diretamente pelas prefeituras, quer com
frota própria, quer mediante terceiros contratados por elas, caso em que fica mais claramente
caracterizado o serviço fretado.
A prestação de serviço de transporte escolar tem amparo legal. A título de exemplo, cita-se o
Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE), criado pela Lei Federal n.º 10.880/2004
(BRASIL, 2004), que garante o repasse automático, em caráter suplementar, de recursos para
custear despesas com manutenção de veículos ou de serviços terceirizados destinados ao
transporte escolar nas redes de ensino público estadual e municipal. O programa objetiva
assegurar o acesso de estudantes residentes na área rural à rede pública de ensino, contribuindo
para a redução da evasão escolar nessas comunidades.
Tanto no caso de veículos contratados, quanto no de frota própria, devem ser observadas as
determinações do Código de Trânsito Brasileiro para a condução de escolares. O Código de
Trânsito Brasileiro fixa diversas exigências para os veículos a serem utilizados na condução
coletiva de escolares, tais como: autorização do órgão ou entidade de trânsito estadual, inspeção
semestral, diversos equipamentos e dispositivos de segurança e identificação visual específica.
Existe também um conjunto de exigências dirigidas aos condutores. A norma federal foi
complementada por uma legislação local específica, com exigências adicionais, como: definição
Outras providências são de natureza física, como o tratamento adequado dos pontos de parada,
próximos às escolas. Trata-se de outra atividade da responsabilidade das administrações
municipais e deve ser encarada como parte importante da política de mobilidade urbana. Envolve
investimentos na configuração da malha viária e ainda envolve projetos de controle do trânsito,
como: moderação de tráfego, sinalização horizontal, vertical e até semafórica, incluindo a
operação do trânsito próximo às escolas e programas de educação para o trânsito.
Em Dois Irmãos, o ensino infantil e fundamental é 100% pago pelo Município, por força de Lei.
Já o ensino médio, 50% da tarifa é paga pelo aluno e os outros 50% é dado pela empresa
Wendling. Por sua vez, o ensino superior é pago totalmente pelo aluno, mas em torno de 20%
destes recebem o “Passe Livre”, que é um programa do Governo Estadual.
Com a aprovação de leis municipais que isentam em 50% os alunos do ensino, sem indicação da
receita ou repasse do município, houve oneração do sistema de transporte urbano, devendo serem
revistas estas leis. O usuário pagante é o responsável pelo custeio desses benefícios, já que todos
os custos de transporte são rateados pelos passageiros pagantes do sistema.
O transporte escolar para a população de baixa renda nas áreas rurais é um dos principais
problemas de muitos municípios. A educação fundamental é um direito constitucional de todo
brasileiro e, portanto, é obrigação do Estado propiciar as condições de acesso das crianças às
escolas, incluindo o transporte.
Em alguns locais, o poder público (prefeitura ou estado) oferece transporte para as crianças do
ensino fundamental residentes na área rural, por meio do próprio sistema de transporte coletivo,
por ônibus operados diretamente pelas prefeituras ou por serviços contratados na modalidade de
fretamento.
O planejamento deste tipo de atendimento não é simples. A definição das rotas e dos horários
precisa levar em conta os locais de residência, a localização das escolas, os tempos de viagem, os
horários de início e término das aulas, tanto na ida como na volta. O órgão público responsável por
esse planejamento precisa montar e manter atualizado um cadastro com estas informações para
todos os alunos que necessitam do transporte. A dificuldade de obter informações precisas não
pode ser subestimada, dada a constantes mudanças de local de moradia, ao baixo nível de
escolaridade dos responsáveis pelas crianças, a imprecisão dos endereços, entre outras.
Devem ser mapeadas as residências, pontos escolhidos para concentrar o embarque dos estudantes
(quando não for possível o atendimento porta a porta, devem ser determinados pontos
intermediários, próximos ás residências) e as escolas. Precisam também ser identificados os
horários de entrada e de saída e o sistema viário existente (estradas, vias urbanas ou caminhos).
Com base nos dados cadastrados, são elaboradas as rotas onde, em seguida, serão alocados os
alunos de uma maneira que sejam atendidas as suas necessidades de transporte, de acordo com o
nível de serviço determinado pela prefeitura. O planejamento precisa atender ainda a comodidade
dos estudantes, para que percam o menor tempo possível dentro dos veículos, e os limites do
orçamento público, otimizando a necessidade de frota e a quilometragem percorrida.
5.5 Fretamento
Transporte público coletivo por fretamento é o serviço prestado por meio de ônibus a grupos de
pessoas, mediante o pagamento de uma tarifa rateada entre os usuários, mediante contrato ou não.
O serviço, normalmente, é autorizado por entidades públicas e contratado por entidades privadas.
Os usuários têm horários determinados para estar nas paradas do ônibus.
O conceito de ônibus fretado, como modalidade de transporte público tem sua origem nos ônibus
alugados para grupos de turistas em serviços de transportes rodoviários. Os ônibus fretados foram
introduzidos nas cidades para atender às viagens intermunicipais e para complementar os serviços
regulares de transporte coletivo.
o Motoristas autônomos;
Isso é através do transporte de carga, que é realizado primordialmente por veículos automotores,
misturados ao tráfego de outros tipos de veículos na via. Não é possível pensar em mobilidade
urbana, mais ainda, em planos de mobilidade urbana, que não considerem a circulação de
mercadorias, o uso das vias por caminhões, veículos urbanos de carga (VUC) e outros tipos de
transporte de carga.
Os veículos de carga têm como principal característica compartimentos abertos ou fechados para o
deslocamento de mercadorias. As tipologias preponderantes, segundo seu tamanho, dos veículos
de transporte de carga que circulam no meio urbano são:
o Veículos de grandes dimensões para transporte de cargas especiais e que não podem
circular normalmente pelo sistema viário;
o Veículos grandes e médios que conseguem circular pelo sistema viário, mas encontram
dificuldades no trânsito;
o Veículos urbanos de carga que tem dimensões próximas aos automóveis e possibilitam um
compartilhamento no trânsito;
o Caminhão de lixo.
A falta de espaço físico para circulação de caminhões, aliada às questões do patrimônio histórico,
levou o município a elaborar um projeto para estabelecer restrições à circulação ou a
regulamentações especiais para veículos de carga em um determinado perímetro da cidade,
indicado no mapa 16 do anexo I.
Abastecer a cidade de forma programada, dando preferência aos horários não comerciais e/ou
noturnos, possibilita a realização das entregas com menor desgaste ao transportador. E ainda há a
possibilidade de substituição dos caminhões por VUCs, com o propósito de possibilitar os
deslocamentos mais rápidos durante o dia, nos casos em que a entrega noturna não for possível.
escritório ou com equipamentos urbanos como escolas e hospitais, causando impactos negativos
sobre elas.
Parte desses problemas pode ser minimizada, preventivamente, pela gestão do uso e da ocupação
do solo, estabelecendo um zoneamento adequado das indústrias, pelo menos das que produzem
maiores impactos ambientais, segregando-as das áreas mais sensíveis. Porém, nem sempre isso é
possível, até porque, mesmo isoladas, estas atividades necessitam de abastecimento de
suprimentos e matérias primas e de escoamento da produção, gerando um tráfego de passagem
pelo sistema viário da cidade.
Outras atividades, mesmo de menor impacto ambiental, geram deslocamentos urbanos para
recebimento de matérias primas e despacho de mercadorias que causam transtornos na sua
vizinhança imediata. Nestes casos, são necessárias medidas, no âmbito da gestão da circulação
urbana, para administrar os conflitos. Em alguns casos, a simples regulamentação de espaços e
horários para as operações de carga e descarga pode ser suficiente para controlar seus efeitos
negativos, outros podem exigir medidas mais abrangentes.
Para mitigar esses impactos, o PlanMob deve desenvolver estudos específicos sobre a circulação
de carga urbana, identificando os tipos, o volume e as especificidades da movimentação gerada em
cada local, e desenvolver programas específicos de transporte e trânsito relacionados ao transporte
de cargas que contemplem, pelo menos, os seguintes aspectos:
A regulamentação do transporte de carga pode exigir instrumentos legais adicionais (leis, decretos,
portarias) para a limitação de horários e locais de circulação de veículos pesados, localização de
áreas de estacionamentos públicas ou privadas, determinação de horários para operação de carga e
descarga na via pública, e outras restrições de trânsito. Outras medidas têm caráter de orientação,
como a sinalização de rotas para o tráfego de passagem dentro do POT. Em ambos casos, o
Neste caso, a gestão da mobilidade também envolve a engenharia, demandando projetos e planos
de circulação de veículos de carga, gerais ou localizados, que definam rotas preferenciais ou vias
de uso proibido a veículos de carga como produto de estudos específicos das matrizes de origem e
destino dos produtos movimentados na área urbana e da análise das características e da capacidade
da estrutura urbana, em termos de uso e ocupação do solo e de infraestrutura viária.
6 OS ESTACIONAMENTOS
É cada dia maior o número de veículos concentrados nas cidades, com necessidade de circular em
áreas de atratividade comuns. Considerando a restrição de capacidade imposta pelas condições
operacionais das vias, a fluidez e a segurança do trânsito muitas vezes podem ficar
comprometidas.
também áreas onde existe pouca concorrência pelo espaço disponível e não é necessário
regulamentar usos específicos ou restrições de qualquer natureza, já que há condições para
acomodação livre da demanda. O poder público deve buscar compreender a lógica diversa de cada
área, regulamentando os usos na medida em que isso pode contribuir para uma apropriação mais
democrática e sustentável do espaço disponível.
As restrições ou proibições de uso e ocupação da via podem ser dinâmicas, variando no espaço e
no tempo, implicando em proibição de estacionamentos e de circulação em trechos de vias, por
algum período do dia ou por todo o dia. O objetivo é garantir a melhor utilização do espaço
público, proporcionando fluxos seguros e harmonizados com as rotinas urbanas.
Nele, considera que cerca de 95% do tempo, um automóvel está de fato imóvel. Ao contrário, os
veículos do transporte público passam a maior parte do tempo em movimento. Carros
estacionados tomam uma parcela significativa do espaço urbano que poderia ser utilizada para
atividades mais produtivas ou que melhorem a vida urbana.
Todavia, há uma infinidade de exemplos de “boas práticas” de cidades que foram bem sucedidas
no controle do estacionamento público disponível, e requalificaram a vida econômica e cultural
dos seus centros, aproveitando o espaço viário em benefício do transporte público e dos pedestres.
Há também uma expansão do desenvolvimento das facilidades da “integração de modos públicos e
privados” – IPP e das viagens intermodais. Isso tem reduzido o congestionamento nas cidades e
aumentado a produtividade das redes de transporte público.
O principal objetivo é aumentar a oferta de estacionamento, por meio da rotatividade das vagas
físicas existentes, em locais onde a demanda por estacionamento é maior do que a oferta de vagas.
O estacionamento rotativo permite a democratização do uso do espaço público, que é escasso.
apresentar uma demanda maior que a quantidade de vagas físicas ofertadas, gerando, com
isso, a necessidade de garantir a rotatividade na utilização dos espaços.
É possível intercalar com outras regulamentações fora do horário estabelecido, ou liberar aos
sábados nos locais de baixa ocupação, dependendo o caso.
Em Dois Irmãos, teríamos o perímetro definido pela Av. Irineu Becker, Av. 25 de Julho, Travessa
São José / Lipinski, Rua 10 de Setembro, e Rua Otto Engelmann, com possível potencial para área
de estacionamento pago, mas necessitando um estudo mais detalhado quanto a sua demanda e
consequente viabilidade.
Neste caso, teríamos que proibir estacionamento de motos neste trecho e criar espaços especiais
para elas.
regulamentação, na mesma face de quadra. Essa distância pode ser menor em casos de vias
com pista dupla ou onde exista canteiro central, ou em casos para aproveitamento de vagas
em que o tamanho seja menor a que de um carro de passeio;
o recomenda-se que a área regulamentada não ocupe uma extensão maior do que 10% dos
trechos com permissão de estacionamento na respectiva face de quadra;
o Em áreas comerciais cujos estabelecimentos lidam com cargas de maior dimensão ou peso
(valores superiores a 70 kg e indivisíveis e/ou que tenham 3m³ de volume ou mais), a
distância mínima para outra regulamentação de carga e descarga deve ser de 50 metros, e o
comprimento máximo da regulamentação, de 13 metros.
o Quando a instituição beneficiada possuir área interna onde seja possível a realização da
operação de carga e/ou descarga, esta regulamentação não deverá ser implantada na via
pública.
o Será possível a implantação desta regulamentação apenas nos locais e horários em que o
estacionamento for permitido.
o Quando a instituição beneficiada possuir área interna onde seja possível o estacionamento
interno, esta regulamentação não deverá ser implantada na via pública.
Desde que respeitadas as condições da regulamentação, esse espaço pode ser utilizado por
quaisquer veículos.
o Será possível a implantação desta regulamentação apenas nos locais e horários em que o
estacionamento for permitido.
o Quando a instituição beneficiada possuir área interna onde seja possível a realização de
toda a operação de embarque e desembarque de alunos, esta regulamentação não deverá
ser implantada na via pública.
o Esse tipo de estacionamento deve ser considerado como local de alta rotatividade.
o Será possível a implantação desta regulamentação nos locais onde o estacionamento for
permitido.
o Quando a instituição beneficiada possuir área interna com área suficiente, onde sejam
possíveis o estacionamento de ambulâncias e o acesso de pacientes, não deve ser
regulamentado este tipo de estacionamento na via pública. Estacionamentos especiais
deverão ser tratados em função de suas particularidades.
o Será possível a implantação desta regulamentação nos locais onde o estacionamento for
permitido.
o Será possível a implantação desta regulamentação nos locais onde o estacionamento for
permitido.
que nos horários em que o estacionamento for permitido e a utilização de uma faixa de
tráfego para estacionamento não comprometa a fluidez e a segurança do trânsito.
o Só será possível a implantação desta regulamentação nos locais onde o estacionamento for
permitido.
o Nos casos em que a demanda por estacionamento de alta rotatividade estiver relacionada a
um pólo gerador de demanda, observar o horário de funcionamento do estabelecimento
para definição da faixa horária de aplicação da regulamentação.
o Só será possível a implantação desta regulamentação nos locais onde o estacionamento for
permitido.
o Só será possível a implantação desta regulamentação nos locais onde o estacionamento for
permitido.
o A implantação deve ocorrer em trechos de via onde a demanda justifique, tais como áreas
comerciais, de serviços ou de lazer.
o O ponto deve ser, sempre que possível, regulamentado do lado direito do sentido de fluxo
da via, para facilitar o embarque e desembarque de passageiros.
o Deve-se evitar regulamentar ponto de táxi em trechos onde existem entradas de garagens,
já que a formação de fila de táxi pode obstruir os trechos com guia rebaixada para entrada
e saída de veículos.
o Só será possível a implantação desta regulamentação nos locais onde o estacionamento for
permitido.
o Só será possível a implantação desta regulamentação nos locais onde o estacionamento for
permitido.
o O estacionamento para ônibus de turismo deve ser, sempre que possível, regulamentado do
lado direito do sentido de fluxo da via, evitando intercalá-lo com entradas de garagens ou
outras regulamentações.
o A implantação do ponto do lado esquerdo da via deve ser realizada apenas em situações
especiais.
o A implantação deve ocorrer em trechos de via que não apresentem vegetação arbórea que
impossibilite a aproximação dos veículos da calçada.
o Só será possível a implantação desta regulamentação nos locais onde o estacionamento for
permitido.
o Esse tipo de regulamentação em geral é válido para o período integral do dia (24 horas, de
segunda a segunda). No entanto, caso identifique-se que a demanda está fortemente
relacionada a um determinado equipamento que apresenta horários restritos, a
regulamentação de estacionamento para este tipo de veículos credenciados pode
restringir-se às faixas horárias específicas.
4
A lei federal n.º 10.098/2000, que “Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências”, cria a
obrigatoriedade de se reservar este tipo de vaga e estabelece que "Em todas as áreas de estacionamento de veículos,
localizadas em vias ou em espaços públicos, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de
pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade
de locomoção.”
o Para a escolha da localização das vagas a serem regulamentadas deverão ser observados os
seguintes critérios:
- Sempre que possível, a reserva de vagas deverá ser regulamentada em vias com o
menor volume de trânsito, minimizando a exposição da pessoa com deficiência na
mobilidade ao conflito com trânsito intenso na entrada e saída do veículo.
5
A intenção da Lei n.º 10.098/200 é de garantir o acesso à cidade como um todo e não a prédios específicos.
Quando reservamos uma vaga junto a uma faixa de travessia de pedestres e nessa faixa já há um rebaixo de meio-fio
para facilitar a travessia de todas as pessoas com mobilidade reduzida, não precisamos reservar vaga no meio de um
quarteirão onde está instalada uma clínica de fisioterapia, por exemplo. Apenas em locais onde há um grande fluxo de
pessoas com deficiência com dificuldade de locomoção justifica-se a implantação de vagas reservadas
(obrigatoriamente com rebaixo de meio-fio), em frente ao estabelecimento.
corretamente o rebaixo para acesso à calçada em determinado local, deve-se buscar outra
localização para a vaga para estacionamento para veículos credenciados.
6
A Resolução CONTRAN nº. 303, de 18/12/2008, uniformiza, no âmbito nacional, os procedimentos para
sinalização e uso das vagas regulamentadas para estacionamento exclusivo de veículos que transportem ou que sejam
conduzidos por pessoas idosas. Todo cidadão que possua mais de 60 anos pode ser beneficiário da credencial que dá
direito ao estacionamento nas vagas exclusivas para idosos.
o Só será possível a implantação desta regulamentação nos locais onde o estacionamento for
permitido.
o Esse tipo de regulamentação em geral é válido para o período integral do dia (24 horas, de
segunda a segunda). No entanto, caso identifique-se que a demanda está fortemente
relacionada a um determinado equipamento que apresenta horários restritos, a
regulamentação de estacionamento especial para idosos pode restringir-se às faixas
horárias específicas.
o O ponto deve ser sempre regulamentado do lado direito do sentido de fluxo da via,
evitando intercalá-lo com entradas de garagens ou outras regulamentações.
o Observar a distância mínima recomendável de 250 m entre dois pontos da mesma linha. Na
área central recomenda-se uma distância mínima de 400 m entre pontos de uma mesma
linha, devido à grande demanda por utilização do espaço viário e grande oferta do serviço.
o Em cada trajeto, buscar regulamentar os pontos nos locais com declividade mais suave
para locação dos pontos de parada (até 12%).
o Sempre que possível, assegurar-se de que o ponto está sendo proposto junto a uma calçada
com condições de abrigar os pedestres. Observar se a largura da calçada é suficiente para
instalação de abrigo.
o Sempre que possível, o marco do ponto deve ser proposto junto a um poste de iluminação
pública existente, resguardando a segurança do usuário.
o O ponto deve ser sempre regulamentado em locais onde a vegetação arbórea não
impossibilite a aproximação dos veículos à calçada.
7
O artigo 181 do CTB define que é infração estacionar o veículo onde houver sinalização horizontal
delimitadora de ponto de embarque ou desembarque de passageiros de transporte coletivo ou, na inexistência desta
sinalização, no intervalo compreendido entre dez metros antes e depois do marco do ponto. A infração é média, com
penalidade de multa e previsão de medida administrativa de remoção do veículo.
- sinais R-6c início e término, com legenda de permissão de parada para veículos
autorizados, quando se pretende definir a exclusividade de parada para apenas
determinadas linhas de ônibus. As paradas dos ônibus rodoviários poderão ocorrer nos
pontos já regulamentados para o transporte urbano, respeitando as proibições dos
pontos “seletivos” e R-6c “exclusivo para veículos autorizados”.
o A marca delimitadora deverá ser utilizada onde a demanda por estacionamento é muito
grande, para promover o respeito da sinalização da área do ponto.
o Será possível a implantação desta regulamentação nos locais onde o estacionamento for
permitido.
o A cada 50 cm, deve-se prever um paraciclo, instalado a 90º em relação ao meio-fio. Cada
paraciclo deve estar instalado a 55cm de distância do meio-fio.
o Será possível a implantação nos locais solicitados pelos órgãos de segurança (bancos,
exército, polícia federal, polícias civis e das polícias militares).
o Será possível a implantação nos locais solicitados pelos órgãos de segurança (bancos,
exército, polícia federal, polícias civis e das polícias militares).
Os impactos sobre a circulação ocorrem quando o volume de tráfego nas vias adjacentes e de
acesso ao pólo gerador de tráfego se eleva de modo significativo, devido ao acréscimo de viagens
gerado pelo empreendimento, reduzindo os níveis de serviço e de segurança viária na área de
influência.
Toda essa situação é agravada quando as áreas de carga e descarga e de embarque e desembarque
não são previstas no projeto ou são subdimensionadas, acarretando, mais uma vez, a utilização de
espaços nas vias de acesso para tais atividades.
Quadro 28 – Pólos geradores de tráfego: edificações que ultrapassam os seguintes limites de área
ou capacidade
Atividade Capacidade
Art. 2º. Os empreendimentos e atividades que causem ou possam causar impacto de âmbito local, cuja competência
de licenciamento é municipal, constam em destaque no anexo I desta Resolução.
o Parque de exposições/eventos;
o Hospitais/clínicas médicas;
o Hospitais/clínicas veterinárias;
o Centro esportivo/estádio
o Escolas e creches;
o Comércio em geral;
o Hotel/pousadas;
o Análise do impacto na circulação viária: essa análise possibilita a avaliação dos impactos
no sistema viário na área de influência do projeto, considerando a provável geração de
pontos críticos de segurança para veículos e pedestres, bem como a ocorrência de
congestionamentos nas vias de acesso pela redução ou esgotamento de sua capacidade. A
análise dos impactos dos polos geradores de tráfego na circulação viária é realizada pelo
Departamento de Trânsito e a Secretaria de Planejamento utilizando-se modelos de geração
e atração de viagens elaborados pelo empreendedor, adaptados às condições específicas de
ocupação urbana, sistema viário, trânsito e transporte coletivo do município. Esses
É importante que os EIV de pólos geradores de tráfego sejam desenvolvidos segundo dois planos
distintos de análise, porém complementares, quais sejam:
Identificação e descrição das vias principais de acesso e adjacentes ao terreno destinado à sua
implantação. Mapeamento da área de influência em escala adequada, mostrando a localização
prevista do empreendimento e das vias de acesso e do entorno imediato; caracterização atual do
uso e ocupação do solo no entorno do empreendimento; memorial descritivo do projeto
arquitetônico, contendo os parâmetros urbanísticos adotados, bem como:
7.6.3 Avaliação prévia dos impactos do pólo gerador de tráfego- Estudo de Impacto à
Vizinhança (EIV)
No Estudo de Impacto à Vizinhança (EIV) deverá ser apresentada uma avaliação prévia,
tecnicamente fundamentada, dos prováveis impactos do empreendimento na circulação viária,
contemplando os seguintes aspectos:
segurança do tráfego; avaliação dos impactos nos serviços de transporte coletivo e/ou táxi
e/ou transporte escolar em operação na área de influência do empreendimento; elaboração
da matriz de análise de impactos, considerando os seguintes critérios de avaliação: fase de
ocorrência do impacto, reflexo sobre o ambiente (positivo, negativo, não qualificável),
nível de reversibilidade, periodicidade, abrangência espacial e magnitude relativa do
impacto8.
8
Observação: na análise dos impactos deverão ser também considerados aqueles decorrentes das
interferências das obras de implantação do empreendimento sobre a operação da infraestrutura viária e equipamentos
urbanos existentes no entorno.
deverão ser apresentadas sob a forma de estudo conceitual e layout básico. É recomendável
a preparação de um plano de implementação das medidas mitigadoras, com a indicação,
para cada intervenção proposta, das correspondentes fases e prazos previstos para serem
implementadas, bem como dos responsáveis pelos serviços e obras de implantação /
manutenção. Medidas compensatórias devem ser recomendadas quando da impossibilidade
de mitigação completa de impactos negativos.
o Acessos;
o Recuos;
8 OS ACIDENTES
o Âmbito pessoal: a dor e o sofrimento das pessoas acidentadas e de seus parentes e amigos.
As estimativas internacionais desses custos mostram que eles são muito elevados, da ordem de 2%
a 3% do PIB de cada país. No Brasil, o estudo mais completo foi realizado em 2002 pelo Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, do Governo Federal, e pela Associação Nacional de
Transportes Públicos – ANTP.
Os acidentes de trânsito normalmente têm quatro causas principais. Podem ser causados por erros
humanos, decorrentes de falta de conhecimento, atenção ou atitudes imprudentes dos motoristas,
pedestres e ciclistas; pela falta de gestão e de fiscalização adequada; pelas características
inadequadas ou de manutenção precária das vias (inexistência de calçadas, ciclovias e locais
adequados para travessia de pedestres, sinalização deficiente, má conservação do pavimento, etc.)
ou dos veículos.
Ao analisarmos os acidentes na área urbana de Dois Irmãos no ano de 2014, verificamos que a
maioria dos acidentes ocorrem na faixa horária entre às 12h e 18h, as sextas-feiras, e o veículo é o
automóvel.
Já na localização dos acidentes citados no quadro 14, verificamos algumas questões críticas
quanto a estes números. Se considerarmos os comprimentos das vias, o número de acidentes nas
Avenidas Irineu Becker e 25 de Julho são críticos. Nestas duas vias aconteceram 53,1 e 35,4
acidentes por quilômetro, respectivamente, índices estes muito altos para uma via. Estes acidentes
estão ocorrendo em pontos localizados e deverão serem analisados caso a caso para uma posterior
intervenção.
A educação para o trânsito tem um papel essencial para mudar estes índices de acidentalidade.
Como já foi dito anteriormente, no modelo de educação de trânsito tradicional, o Município tem
trabalhado realizando ações ao longo do ano como "Operação Volta às Aulas", "Maio Amarelo",
"Dia do Motorista", "Semana Nacional de Trânsito", entre outros. Também foram pintados em
nove escolas minicircuitos de trânsito cujo objetivo é ser um espaço vivencial para o trânsito.
Neste espaço foi feita sinalização vertical, horizontal e semafórica, e ainda a confecção de painéis
com imagens de prédios de interesse público, que servem como referência e conhecimento da
cidade onde as crianças vivem, sendo utilizado de forma lúdica.
Uma ideia que está em desenvolvimento no município é o "Projeto Sinal de Vida", que objetiva
incentivar o uso compartilhado do espaço entre motoristas e pedestres. Focalizando na travessia de
pedestre, o Projeto apresenta uma metodologia capaz de avaliar a eficácia das intervenções nos
campos da fiscalização, da engenharia e da educação no trânsito, contando para isso com a
participação da comunidade organizada. Neste contexto, o desenvolvimento desta metodologia,
poderá oportunizar, não só o envolvimento de diferentes setores, mas sobretudo desencadeará um
conjunto de ações para uma efetiva redução de acidentes por atropelamento. Mais do que isso,
contribuirá para a constituição de uma nova cultura no trânsito que priorize a vida, o respeito e a
solidariedade no espaço público.
o Promover a participação de diferentes setores, de forma que todos possam se sentir parte
deste processo de implantação;
Já na educação para o trânsito no enfoque da mobilidade, este Plano faz uma singela análise de
que cidade queremos para nós, não esquecendo de ensinar as regras de circulação e convivência.
9 O MEIO AMBIENTE
gênico entre as populações de animais silvestres, bem como a conservação dos fragmentos
florestais que compõem o mosaico ecológico que caracteriza o ambiente urbano de Dois Irmãos e
que são necessários a sobrevivência da fauna nativa;
A expansão dos sistemas de transporte não deve estimular ocupações em áreas de proteção ou
preservação ambiental, em áreas de proteção aos mananciais, parques, faixas de preservação
permanente e áreas de risco ou insalubres.
mobilidade, o PlanMob deve conter diretrizes para que os impactos ambientais e de vizinhança
sejam considerados na implementação de suas ações e projetos:
Além dos aspectos mais gerais de urbanização, administrações municipais podem implementar
diversas outras ações no âmbito das suas competências específicas, que contribuem para o
desenvolvimento de condições de mobilidade mais adequadas, do ponto de vista ambiental:
Normalmente o grau de detalhamento das propostas contidas nos planos não é suficiente para a
sua efetiva implantação. As normas e diretrizes nele fixadas precisam ser desenvolvidas tanto no
âmbito da regulamentação normativa (leis específicas complementares, decretos
regulamentadores, resoluções ou portarias), como no desenvolvimento dos projetos, estruturação
de equipes próprias ou na contratação de obras e serviços necessários para a sua implementação.
Uma vez iniciada a implementação do Plano, ele exige estrutura e processos internos de
acompanhamento permanente e revisões periódicas. Estas podem ocorrer continuamente, mas é
conveniente estabelecer previamente um prazo para uma atualização mais ampla e estruturada do
PlanMob, em periodicidade compatível com o horizonte e com a complexidade das suas
propostas, por exemplo, a cada dez anos.
Vale destacar que é fundamental que a mobilização dos agentes sociais na fase de elaboração do
PlanMob seja mantida, dentro das devidas proporções, ao longo da sua implementação e nas suas
revisões. Consequentemente, os processos participativos precisam ser estruturados também de
forma continuada, com objetivo de manter a sustentação ao Plano na sociedade e de fiscalizar a
sua condução pelo poder público.
1 APRESENTAÇÃO
O Plano de Ações da Mobilidade Urbana de Dois Irmãos neste documento apresentado, é uma
associação de duas etapas:
o Concepção de Proposta;
o Consolidação do Plano.
O sistema de mobilidade urbana é complexo e totalmente interligado com a cidade, sua economia
seu planejamento urbano, qualidade de vida e bem-estar. Pensando nisso a concepção de propostas
se dá dividida em 15 eixos:
3. Circulação de pedestres;
4. Circulação de ciclistas;
6. Estacionamentos;
7. Redutores de velocidade;
8. Acidentalidade;
14. Legislações;
As diretrizes passam por uma análise de viabilidade durante sua concepção, porém, para se
garantir que o Plano seja factível, adequado e eficiente é feita análise de viabilidade técnica,
ambiental, socioeconômica, financeira.
A partir dessa análise as diretrizes são hierarquizadas pelo nível de complexidade e pelo empenho
necessário. São estabelecidos prazos para alcance de cada uma das ações necessárias.
Entende-se como sistema de mobilidade todo o conjunto organizado e coordenado dos modos de
transporte, de serviços e de infraestruturas que garante os deslocamentos de pessoas e cargas no
território do Município.
Todas as ações aqui propostas seguem o proposto pela Política Nacional de Mobilidade Urbana,
tendo como prioridade a valorização do transporte coletivo acerca do individual e do transporte
não motorizado acima do transporte motorizado.
Já o estudo de viabilidade financeira, por se tratar de setor mais específico, deverá passar por
análise de forma mais detalhada.
A cidade não apresenta facilidades topológicas em relação ao transporte não motorizado, seu
relevo e disposição urbana dificultam um pouco esse meio de locomoção, porém sua taxa de
crescimento e histórico de expansão urbana e evolução da frota de veículos motorizados tornam
necessário um planejamento de recuperação da participação do uso da via por pedestres e ciclistas
e da integração entre os diferentes modais.
Tendo isso em vista e visando a conformidade com a Política Nacional de Mobilidade Urbana, os
princípios do Plano de Mobilidade Urbana de Dois Irmãos são:
o Distribuição igual dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos e
serviços;
1.4 Diretrizes
Em acordo com os princípios e diretrizes constantes na Política Nacional de Mobilidade Urbana, o
Plano de Mobilidade Urbana de Dois Irmãos tem algumas diretrizes gerais às quais se pretende
atender com todo o desenvolvimento deste PlanMob.
Entre estas diretrizes consta a integração do Plano de Mobilidade Urbana com a Política de
Desenvolvimento Urbano, buscando integração com o Plano Diretor, Lei de Ordenamento Uso e
Ocupação, Lei de Parcelamento do Solo Urbano, entre outras políticas de desenvolvimento e
ordenamento urbano, buscando o desenvolvimento orientado pelo transporte. É visada também a
integração com as políticas setoriais de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do
solo.
Dar prioridade aos deslocamentos não motorizados em relação aos deslocamentos motorizados,
assim como a prioridade do transporte coletivo em relação ao transporte motorizado individual.
As diretrizes desse plano visam também a integração entre os diferentes modais de transporte
urbano, promover desenvolvimento ambiental, social e econômico no deslocamento de pessoas e
cargas na cidade.
2 DIRETRIZES E AÇÕES
As estratégias e ações aqui apresentadas são trabalhadas em eixos, sendo 15 eixos sugeridos para
facilitar organização e compreensão das diretrizes e ações. Para cada um desses eixos são
apresentadas diretrizes para se alcançar as metas gerais do Plano de Mobilidade Urbana. E para
cada uma dessas diretrizes são apontadas ações e estratégias específicas organizadas em forma de
tabela.
(conclusão)
3. CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES
(conclusão)
3. CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES
4. CIRCULAÇÃO DE CICLISTAS
(conclusão)
4. CIRCULAÇÃO DE CICLISTAS
Melhoria do desempenho
do sistema viário -
Promover investimentos em tecnologia para
5.1 aumento da capacidade, 5.1.1 modernização dos equipamentos de controle X
redução dos tempos de da operação do tráfego
viagem e conflitos
Estabelecimento de regulação da
legislação do Estudo de Impacto de
Realização de Estudos de 5.2.1 Vizinhança, com rigor na aprovação de X
projetos de médio e grande porte,
Impacto para todos os
principalmente se o projeto for identificado
empreendimentos
5.2 como Polo Gerador de Tráfego.
Estabelecer uma equipe técnica
considerados Pólos multidisciplinar para gestão da análise e
Geradores de Tráfego 5.2.2 fiscalização da aprovação de projetos de X
impacto e apta a estabelecer medidas de
mitigação para aprovação desses
empreendimentos.
Promover sinalização Projeto e execução da implantação da
sinalização vertical e horizontal no trânsito,
5.3 vertical e horizontal em 5.3.1 conforme o Manual Brasileiro de Sinalização
X
locais de conflito de Trânsito Vertical, estabelecido pelo
DENATRAN
(conclusão)
Organizar e regular o
transporte de cargas e
Elaboração de plano de Gerenciamento de
5.4 5.4.1 Carga para área urbana
X
mercadorias dentro da
área urbana
Regulamentar os estacionamentos de
acordo com as diretrizes do
Regulamentar
6.3 6.3.1 Departamento Municipal de Trânsito, X
estacionamentos Plano Diretor Municipal e respectivas
resoluções do CONTRAN
(continuação)
(Conclusão)
(conclusão)
Implantação de infra-estrutura
Tratamento especial do controladora de velocidade, cuidado
trecho da BR 116 que especial dos trechos com travessia de
atravessa a área urbana, 11.1.1 pedestres: em trechos em que se X
diagnostica maior travessia de pedestres
devem ser implantados controladores
11.1 promovendo maior conexão eletrônicos de velocidade
entre a rodovia e a malha
urbana, com elevação da Projeto de iluminação da Rodovia com
segurança, principalmente luminárias assimétricas e de tamanhos
11.1.2 X
para tráfego e travessia de variados, para cuidado especial não só
pedestres aos veículos, mas também aos pedestres
(conclusão)
13,2,7 Orientar e estimular projetos de educação nas escolas pelo Departamento - Curto
Quadro 42 – Legislações
(continua)
14. LEGISLAÇÕES
14.1.2 Monitoramento e tratamento dos pólos geradores de tráfego, conforme Plano Diretor -
curto
(conclusão)
14. LEGISLAÇÕES
REFERÊNCIAS
BIANCHI, Flávia Regina; BRITO, Isis Raquel Tacla; CASTRO, Verônica Amanda Brombley.
Estudo comparativo entre pavimento rígido e flexível. Serra/ES: UCL, 2008.
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em: 26 jul. 2018.
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2004/lei-10880-9-junho-2004-532613-normaatualizada-pl
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proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Disponível em:
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Nacional de Mobilidade Urbana; revoga dispositivos dos Decretos-Leis nos3.326, de 3 de junho
de 1941, e 5.405, de 13 de abril de 1943, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada
pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e das Leis nos 5.917, de 10 de setembro de
1973, e 6.261, de 14 de novembro de 1975; e dá outras providências. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12587.htm>. Acesso em: 24 jul.
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nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e
11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e
7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá
outras providências. Disponível em:
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valor/92/padrao/1/load/1>. Acesso em: 13 jul. 2018.
DOIS IRMÃOS. Lei municipal nº 395, de 19 de novembro de 1978a. Dispõe sobre o código de
postura do município e dá outras providências. Disponível em: <https://doisirmaos.atende.net/
?pg=autoatendimento#!/tipo/servico/valor/92/padrao/1/load/1>. Acesso em: 06 ago. 2018.
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e dá outras providências. Disponível em: <https://doisirmaos.atende.net/?pg=autoatendimento#
!/tipo/servico/valor/92/padrao/1/load/1>. Acesso em: 06 ago. 2018.
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Meio Ambiente de Dois Irmãos e dá outras providências. Disponível em:
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Municipal e estabelece as diretrizes e proposições de desenvolvimento no município de Dois
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exploração de serviços de automóveis de aluguel (taxi) no município de Dois Irmãos e dá outras
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servico/valor/92/padrao/1/load/1>. Acesso em: 13 jul. 2018.
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transporte coletivo no município de Dois Irmãos” e dá outras providências. Disponível em: <
https://doisirmaos.atende.net/?pg=autoatendimento#!/tipo/servico/valor/92/padrao/1/load/1>.
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municipal da pessoa com deficiência, cria o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com
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FUMPEDI. Disponível em: <https://doisirmaos.atende.net/?pg=autoatendimento#!/tipo/servico/
valor/92/padrao/1/load/1>. Acesso em: 6 ago. 2018.
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Hid_Tipo=TEXTO&Hid_ TodasNormas=20057&hTexto=&Hid_IDNorma=20057>. Acesso em
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RIO GRANDE DO SUL. Lei Complementar n.º 13.853, de 22 de dezembro de 2011. Inclui o
Município de Igrejinha na Região Metropolitana de Porto Alegre – RMPA. Disponível em:
<http://www.al.rs.gov.br/legis/M010/M0100099.ASP?Hid_Tipo=TEXTO&Hid_TodasNormas=57
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RIO GRANDE DO SUL. Lei Complementar n.º 14.047, de 09 de julho de 2012. Inclui o
Município de São Sebastião do Caí na Região Metropolitana de Porto Alegre – RMPA. Disponível
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em: <https://frotas.unidas.com.br/blog/entenda-os-grandes-riscos-de-usar-o-celular-no-transito/>.
Acesso em: 3 ago. 2018.
ANEXOS
9. Salvador 6. 29 de Setembro
16. BR 116
21. Esteio
22. 29 de Setembro
23. 10 de Setembro
27. Tocantins
7. Vitória 8. Sapiranga
8. Goiânia 7. 10 de Setembro
9. Salvador 6. 29 de Setembro
16. BR 116
21. Esteio
22. 29 de Setembro
23. 10 de Setembro
27. Tocantins
7. Vitória 8. Sapiranga
8. Goiânia 7. 10 de Setembro
9. Salvador 6. 29 de Setembro
16. BR 116
21. Esteio
22. 29 de Setembro
23. 10 de Setembro
27. Tocantins
7. Vitória 8. Sapiranga
8. Goiânia 7. 10 de Setembro
9. Salvador 6. 29 de Setembro
16. BR 116
21. Esteio
22. 29 de Setembro
23. 10 de Setembro
27. Tocantins
7. Vitória 8. Sapiranga
8. Goiânia 7. 10 de Setembro
9. Salvador 6. 29 de Setembro
16. BR 116
21. Esteio
22. 29 de Setembro
23. 10 de Setembro
27. Tocantins
7. Vitória 8. Sapiranga
8. Goiânia 7. 10 de Setembro
9. Salvador 6. 29 de Setembro
16. BR 116
21. Esteio
22. 29 de Setembro
23. 10 de Setembro
27. Tocantins
7. Vitória 8. Sapiranga
8. Goiânia 7. 10 de Setembro
9. Salvador 6. 29 de Setembro
16. BR 116
18. Da Cascata
19. Bolivia
20. Itália
22. BR 116
27. Esteio
28. 29 de Setembro
29. 10 de Setembro
33. Tocantins
7. 10 de setembro 8. Sapiranga
3. Guilherme Sauressig
2. São Leopoldo
7. Vitória 8. Sapiranga
8. Goiânia 7. 10 de Setembro
9. Salvador 6. 29 de Setembro
16. BR 116
18. Da Cascata
19. Bolivia
20. Itália
22. BR 116
27. Esteio
28. 29 de Setembro
29. 10 de Setembro
33. Tocantins
7. Vitória 8. Sapiranga
8. Goiânia 7. 10 de Setembro
9. Salvador 6. 29 de Setembro
16. BR 116
18. Da Cascata
19. Bolivia
20. Itália
22. BR 116
27. Esteio
28. 29 de Setembro
29. 10 de Setembro
33. Tocantins
5. Adão Haack
4. João Klauck
3. São Miguel
5. Adão Haack
4. João Klauck
3. São Miguel
Extensão:5,60km Extensão:6,35km
5. Adão Haack
4. João Klauck
3. São Miguel
5. Adão Haack
4. João Klauck
3. São Miguel
5. Adão Haack
4. João Klauck
3. São Miguel
Extensão:5.60km Extensão:6,35km
2. São Miguel
3. 7 de Setembro
4. 10 de Setembro
6. São Miguel
7. João Klauck
8. Adão Hack
9. Érico Veríssimo
12. BR 116
14. Da Cascata
15. Bolivia
16. Itália
18. BR 116
Código: 2-3 Dia semana: 2.ª a 6.ª (dias letivos) Tipo de operação: Convencional
5. Bolivia 4. 10 de Setembro
6. Itália 3. 29 de setembro
2. Da Cascata
3. Bolivia
4. Itália
5. Walter Backes
6. BR 116
7. João Klauck
8. São Leopoldo
9. Irineu Becker
3. Bolivia
4. Itália
5. Walter Backes
6. BR 116
7. João Klauck
8. Frei Caneca
9. Érico Veríssimo
17. Tocantins
17. Tocantins
3. Bolivia
4. Itália
5. Walter Backes
6. BR 116
7. João Klauck
8. Frei Caneca
9. Érico Veríssimo
2. Da Cascata
3. Bolivia
4. Itália
5. Walter Backes
6. BR 116
7. João Klauck
8. Frei Caneca
9. Érico Veríssimo
2. Da Cascata
3. Bolivia
4. Itália
5. Walter Backes
6. BR 116
7. João Klauck
8. Frei Caneca
9. Érico Veríssimo
2. Da Cascata
3. Bolivia
4. Itália
5. Walter Backes
6. BR 116
7. João Klauck
8. Frei Caneca
9. Érico Veríssimo
Código: 2-3 Dia semana: 2.ª a 6.ª (dias letivos) Tipo de operação: Convencional
2. Da Cascata
3. Bolivia
4. Itália
5. Walter Backes
6. BR 116
7. João Klauck
8. Frei Caneca
9. Érico Veríssimo
2. 25 de Julho
3. São José
4. 10 de Setembro
5. Sapiranga
6. João A. Kolling
7. Gonçalves Dias
8. São Paulo
9. Bento Gonçalves
10. Sapiranga
12. Tocantins
14. Goiás
15. Sergipe
20. Rincão
23. BR 116
13:30 2. 25 de Julho
3. São José
4. 10 de Setembro
5. Sapiranga
6. João A. Kolling
7. Gonçalves Dias
8. São Paulo
9. Bento Gonçalves
10. Sapiranga
12. Tocantins
14. Goiás
15. Sergipe
20. Rincão
23. BR 116
2. 25 de Julho
3. São José
4. 10 de Setembro
5. Sapiranga
6. João A. Kolling
7. Gonçalves Dias
8. São Paulo
9. Bento Gonçalves
10. Sapiranga
12. Tocantins
14. Goiás
15. Sergipe
20. Rincão
23. BR 116
2. 25 de Julho
3. São José
4. 10 de Setembro
5. Sapiranga
6. João A. Kolling
7. Gonçalves Dias
8. São Paulo
9. Bento Gonçalves
10. Sapiranga
12. Tocantins
14. Goiás
15. Sergipe
20. Rincão
23. BR 116
Tempo:45min Tempo:
13:00 2. 25 de Julho
3. São José
4. 10 de Setembro
6. São Miguel
7. Alberto Rübenich
8. Albano Hansen
9. Dos Coqueiros
10. Rincão
13. BR 116
Extensão:16,00km Extensão:
2. 25 de Julho
3. São José
4. 10 de Setembro
6. São Miguel
7. Alberto Rübenich
8. Albano Hansen
9. Dos Coqueiros
10. Rincão
13. BR 116
2. 25 de Julho
2. BR 116
3. Aloisio Maldaner
4.Rincão
5. Dos Coqueiros
6. Albano Hansen
7. Alberto Rübenich
8. São Miguel
10. 10 de Setembro
11. 7 de Setembro
2. Aloísio Maldaner
3. Rincão
4. Dos Coqueiros
5. Albano Hansen
6. Alberto Rübenich
7. São Miguel
9. 10 de Setembro
10. 7 de Setembro
2. Aloísio Maldaner
3. Rincão
4. Dos Coqueiros
5. Albano Hansen
6. Alberto Rübenich
7. São Miguel
9. 10 de Setembro
10. 7 de Setembro
3. Rincão
4. Dos Coqueiros
5. Albano Hansen
6. Alberto Rübenich
7. Rio de Janeiro
8. Tocantins
10. Sapiranga
2. Aloísio Maldaner
3. Rincão
4. Dos Coqueiros
5. Albano Hansen
6. Alberto Rübenich
7. Rio de Janeiro
8. Tocantins
10. Sapiranga
15. Sapiranga
16. 10 de Setembro
17. 7 de Setembro
Extensão:19,65km Extensão:
ANEXO 2 – MAPAS